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Linguística

o modo como comunicamos, a linguagem que escolhemos


Tenho que...
Quando alguém seleciona uma palavra para elaborar o seu discurso (interno ou externo)
provoca, imediatamente, o disparo de uma extensa rede de neurónios, recuperando os possíveis
da palavra, a sua ligação com outras palavras, memórias associadas... Enfim, quando alguém
seleciona uma palavra, aciona o seu mundo interior! Se tivesse selecionado outra palavra, poderia
ter acionado outro mundo. Gostaria que refletisse sobre uma dessas importantes escolhas...

Repita internamente as seguintes frases:


Tenho de estudar. Tenho de ir às compras. Tenho de me esforçar. Tenho de ser alguém. Tenho
de me defender. Tenho de ganhar. Tenho de respeitar os outros. Tenho de cuidar da minha
família. Tenho de me divertir. Tenho de mudar as minhas palavras.
Como se sente? Consegue reparar como a utilização do verbo "ter" remete para sensações de
obrigação e limitação?
tenho que...
Experimente agora com as seguintes alterações:
Quero estudar. Quero ir às compras. Quero esforçar-me. Quero ser alguém. Quero defender-me.
Quero ganhar. Quero respeitar os outros. Quero cuidar da minha família. Quero divertir-me.
Quero mudar as minhas palavras.
Percebe a diferença? Agora, muito provavelmente, sentiu afirmação em vez de obrigação, escolha em vez de
limite!

Tarefa: Durante os próximos dias, repare na utilização (por si e pelos outros) do verbo "ter" associado a
obrigações pessoais (eu tenho de me lembrar disto, tu tens de prestar mais atenção, ela tem de ver aquela série,
nós temos de falar com eles, vocês têm de se decidir, eles têm de ser mais honestos) e imagine a troca pelo verbo
"querer". Reformule a frase (se for sua) ou proponha a alteração através da pergunta "tens ou queres"? Preste
muita atenção depois ao que acontece emocionalmente, consigo e com os outros!
...não...

Uma das capacidades ímpares que a linguagem verbal nos concede é a possibilidade de
exprimirmos a negativa. Sem a utilização de palavras, a nossa habilidade de descrever o contrário
de algo ou de afirmar a negação de um conceito fica quase limitada ao acenar negativo de cabeça!

Pensemos um pouco sobre o processo através do qual processamos a negativa, depois de a


termos formulado ou ouvido. Tomemos como exemplo a afirmação "não quero esquecer-me desta
lição".
1. O nosso cérebro processa isoladamente os potenciais significados de cada uma das palavras e
das suas combinações.
2. Aciona, por exemplo, o significado de "esquecer-me da lição".
3. Depois procura algo que possa ser uma expressão da negação, neste caso, "não me esquecer
da lição", que é como quem diz, "lembrar-me da lição"!
O grande desafio é que, no processo de determinação do significado, foi ativado o processo de esquecimento,
antes de ser negado. Ou seja, literalmente, colocamos o foco (linguístico e mental) naquilo que não queremos.
Resultado? Uma probabilidade expandida de nos esquecermos!
Já pensou na quantidade de vezes em que utiliza a negativa ao longo de um dia? "Não quero que faças isto",
"espero não ser despedido", "não vás por aí", "não podemos fazer isso"... Em todas essas situações está a ativar
internamente as emoções negativas associadas ao que não quer!

Como utilizar a Linguística para recuperar da negativa? Bem, simplesmente reformulando positivamente. Aí vão
alguns exemplos:
Não quero que te deites tarde. - Quero que te deites às 9.30h.
Espero não ser despedido. - Espero manter o meu emprego.
Não vás pela esquerda. - Vai pela direita.
Não podemos fazer essa operação. - A operação que podemos fazer é esta.
Quando começamos a restringir o uso das negativas na nossa linguagem, trazemos mais eficiência e clareza à
mesma, criando melhor impacto emocional (em nós e naqueles que nos rodeiam).
...não...

A partir de agora, repare na forma como a negativa é usada por si e pelas outras pessoas e
na forma como se sente quando o faz. Experimente perguntar, se tiver oportunidade, "e de que
gostarias em vez disso?",

Alargue a tarefa ao seu próprio discurso e, quando se apanhar a usar negativas que julgue pouco
eficientes... Reformule-as!
...mas…

"Eu gosto de ti mas quero mesmo que arrumes o teu quarto."


"Por mim ficavas na empresa mas o diretor não o permite."
"Eu acho que nós conseguimos mas é muito difícil."

Mas, mas, mas...

O "mas" tem um dom muito especial: o dom de apagar aquilo que antecede esta curta palavra.
Uma das características fundamentais do comunicador eficiente é a capacidade de se exprimir
com clareza, criando no receptor um conjunto de imagens nítidas. Ora, a utilização sistemática da
palavra "mas" torna a comunicação mais complexa, através da criação de potenciais significados
que são depois negados e/ou contraditos.
O que fazer para melhorar o discurso?
...mas…

"Eu gosto de ti mas quero mesmo que arrumes o teu quarto", o foco do receptor é colocado na segunda parte da
frase, já que a primeira parte foi apagada pelo "mas".

Teste a diferença...
"Eu gosto de ti e quero mesmo que arrumes o teu quarto". O foco do receptor é agora atraído simultaneamente
pelas duas partes da frase.

"Por mim ficavas na empresa mas o diretor não o permite" transforma-se em "Por mim ficavas na empresa e o
diretor não o permite". A pessoa continua a não ficar na empresa e eu consegui exprimir com clareza a minha
opinião, em lugar de a apagar.
"Eu acho que nós conseguimos mas é muito difícil", transforma-se em "Eu acho que nós conseguimos e é muito
difícil". A frase continua a transmitir a minha noção de dificuldade e precedo-a de uma expressão de crença de que
conseguimos.

Como tarefa, durante os próximos dias, experimente identificar momentos em que utiliza o
"mas", estude aquilo que quer realmente comunicar e repita a frase, desta feita utilizando o
...mas…

Como tarefa, durante os próximos dias, experimente identificar momentos em que utiliza o
"mas", estude aquilo que quer realmente comunicar e repita a frase, desta feita utilizando o
"e" como conexão entre as duas partes da frase.
Generalizações
...quantificadores universais, palavras que têm o dom de universalizar uma afirmação.
Aqui ficam alguns exemplos:
"Toda a gente sabe isto."
"Ninguém consegue encontrar emprego."
"Não me deixam fazer nada."
Quando utilizamos um quantificador universal (tudo, nada, ninguém, nunca, etc) comunicamos a inexistência de
possibilidades que contrariem a generalização. Se "ninguém gosta de mim" então, para manter a validade da
afirmação, terei que negar toda e qualquer expressão comportamental, por parte de toda e qualquer pessoa, que
pudesse ser interpretada como contrária à afirmação. (Incluindo familiares, melhores amigos, colegas, etc!) Ou
seja, para manter uma generalização, garantimos apagar ou ignorar informação que o nosso sistema tem à
disposição!
O que ganhamos com isso? Uma diminuição do nosso leque de escolhas e inflexibilidade no nosso mapa-mundo
(a forma como representamos o mundo)...
Como contrariar este fenómeno e ganhar flexibilidade e escolha?
Generalizações
Com a contra-exemplificação. Repare no seguinte diálogo e nos exemplos:
- "Ninguém me ouve!"
- "Ninguém? Consegues pensar em pelo menos uma pessoa que te ouça?"
- "Sim, tu estás a ouvir-me."
- "Então quem é que não te ouve?"
- "Os dois diretores da empresa onde trabalho."
Este é um exemplo simples de generalização abusiva. Consegue perceber a diferença emocional entre a primeira e
a última afirmações?
A tradução acontece através de um processo de questões semelhantes ao exemplo apresentado acima.
"Toda a gente sabe isto.", passa a: "Há 3 pessoas que sabem isto."
"Ninguém consegue encontrar emprego.", passa a: "Falei com 4 dos meus antigos colegas de curso e nenhum
deles conseguiu encontrar um emprego que considerasse satisfatório."
"Não me deixam fazer nada.", passa a: "Os meus pais não me deixam chegar a casa depois das 2h da manhã."
Generalizações

Ao quebrarmos generalizações, introduzindo especificidade na comunicação, conseguimos


aceder a representações linguísticas mais adequadas à nossa experiência. Estas vão mostrar-nos
mais rapidamente que caminhos podemos seguir para alterar os resultados de que não gostamos!

A tarefa aqui consiste em reparar na utilização que faz de quantificadores universais (sempre,
ninguém, nunca, todos, etc) e procurar perceber se a generalização é adequada ou abusiva. Se for
exagerada, quebre a generalização e introduza especificidade.
Marcadores temporais

A nossa linguagem contém, muitas vezes, aquilo a que se chamam de marcadores temporais.
São pequenas palavras que indiciam comportamentos futuros, abrem ou fecham possibilidades,
programam o que está por acontecer! Os marcadores temporais são uma daquelas pequenas
diferenças que fazem uma enorme diferença.

Aí vão alguns exemplos de utilização dos marcadores temporais


"Não consigo falar inglês" - neste caso, não existe um marcador de tempo, a afirmação é
aparentemente sobre uma limitação permanente.

"Esqueço-me muito das coisas que me dizem" - mais um caso em que não existe qualquer
enquadramento temporal, pelo que a afirmação é temporalmente universal.
Marcadores temporais
"Não consigo falar inglês" passa a "Ainda não consigo falar inglês" - introdução de um marcador temporal, que
divide o tempo em dois períodos: antes e depois de aprender. Passo assim a afirmar que ainda estou no período
em que não consigo falar inglês, passando a pressupor que existirá um outro período em que já conseguirei:
programação positiva!

"Esqueço-me das coisas que me dizem" passa a "Esquecia-me das coisas que me diziam e agora começo a
lembrar-me" - outro exemplo da divisão do tempo, através do marcador "agora", em dois períodos. Um período,
passado, em que acontecia um resultado de que não gosto e um outro, que começa agora, com um resultado que
me interessa.

A tarefa para os próximos dias vai ser exigente e transformadora. Reparar, em si e nos outros, nos momentos em
que afirmações são feitas sem marcação temporal (como se a realidade descrita fosse permanente) e, através dos
marcadores "ainda" e "agora", quebrar o tempo e criar a possibilidade e mudança!
objectivos… intenções… metas...

Esta proposta é que possa colocar a sua atenção sobre a forma como fala sobre os seus
objetivos, intenções e metas.
Repare nos seguintes exemplos:

"Eu queria ter um emprego."


"Nós gostaríamos de ter sucesso."
"Eu gostava de deixar de fumar."

São exemplos de afirmações com fraco poder de transformação, pois apenas exprimem vontade.

Está ausente qualquer tipo de decisão!


Com a utilização de comunicação, quando estiver perante uma verdadeira intenção, simplesmente
transformará cada uma destas vontades em intenções.
objectivos… intenções… metas...

"Eu queria ter um emprego" transforma-se em - "Eu vou ter um emprego."

"Nós gostaríamos de ter sucesso" transforma-se em - "Nós vamos ter sucesso."

"Eu gostava de deixar de fumar" transforma-se em - "Eu vou deixar de fumar."

O poder da afirmação "Eu vou" é uma autêntica programação para o futuro. Se é mesmo isso que
quer então... diga que o vai fazer ou alcançar!
Qual é a intenção?

Perante uma questão, uma afirmação ou até mesmo um pedido que lhe é feito por outra pessoa,
experimente utilizar esta ferramenta, antes de qualquer opinião, juízo ou decisão.

Pergunte simplesmente "Qual é a intenção?" e observe a resposta. Aja com base naquilo que
observou e perceberá as vantagens deste tipo de pergunta.
Alguns exemplos:
"Preciso que faças isto agora!"
- "Qual é a intenção de me pedires para fazer isto agora?"
"Estou a pensar mudar isto tudo."
- "Qual a intenção de me dizeres isso?"
"Não consigo decidir."
- "Qual é a intenção de me dizeres que não consegues decidir?"
para terminar...

Sugestões:
Vá tirando notas, fazendo apontamentos. Pode por exemplo responder às seguintes
questões.
Quais as estratégias que de facto está a implementar?
Qual a que melhor resulta e porquê?
Qual lhe parece não resultar tão bem e porquê?
Qual a maior aprendizagem que fez/está a fazer desde que começou a alterar a
linguagem?

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