Cópia não autorizada

DEZ 1992 NBR 7243

Peças fundidas de aço-m anganês
austenítico
ABNT-Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
CEP 20003-900 - Caixa Postal 1680
Rio de Janeiro - RJ
Tel.: PABX (021) 210 -3122
Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA
Especificação

Origem: Projeto EB-1176/1992

CB-01 - Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
C E -0 1 :2 0 3 .0 1 - C o m issã o d e E stu d o d e A ço F u n d id o
NBR 7243 - Steel castings of austenitic manganese - Specification
Descriptors: Steel castings. Austenitic manganese
Copyright © 1990,
Esta Norma substitui a NBR 7243/1982
ABNT–Associação Brasileira Válida a partir de 01.03.1993
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavras-chave: Aço-manganês austenítico. Peça fundida 3 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO 3 Definições
1 Objetivo
2 Documentos complementares Os termos técnicos utilizados nesta Norma estão defini-
3 Definições dos nas NBR 6215 e NBR 8653.
4 Condições gerais
5 Condições específicas 4 Condições gerais
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição 4.1 Tipos de aço

Esta Norma prevê dez tipos de aço. Cada tipo é designa-

1 Objetivo
Esta Norma fixa as condições exigíveis a que devem sa-
tisfazer as peças fundidas de aço-manganês austenítico.
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 5889 - Aço fundido e ferro fundido - Coleta de
amostras - Método de ensaio
NBR 6215 - Produtos siderúrgicos - Terminologia
NBR 6645 - Peça bruta de aço fundido - Afastamentos
dimensionais - Padronização
NBR 8653 - Metalografia e tratamentos térmicos e ter-
moquímicos das ligas ferro-carbono - Terminologia
ASTM E 30 - Standard methods for chemical analysis
of steel, cast iron, open hearth iron, and wrought iron
do por uma sigla formada pelas letras “AF”, indicativas de
“aço fundido”, seguidas de uma letra ou de uma letra e um
número.
4.2 Projeto e ferramental
4.2.1 O comprador deve fornecer o projeto, na forma de
desenhos, da peça usinada e eventualmente em bruto
e/ou o ferramental (modelo, caixas-de-macho, etc.).
4.2.2 Quando o comprador fornece apenas o projeto, ca-
be ao produtor a responsabilidade pela confecção do fer-
ramental e pela conformidade da peça fundida com o pro-
jeto. Mediante entendimentos entre comprador e produ-
tor, podem ser feitas modificações na forma da peça pa-
ra assegurar a sanidade interna.
4.2.3 Quando o comprador fornece apenas o ferramental,
cabe a ele a responsabilidade pela forma e pelas dimen-
sões da peça fundida, salvo desvios de forma ou dimen-
são decorrentes de falha de fundição.

ASTM E 352 - Standard methods for chemical analysis 4.2.4 Quando o comprador fornece o projeto e o ferramen-
of tool steels and other medium high alloy steels tal, este deve sofrer correção, se necessário, e cabe ao
 Cópia não autorizada
2 NBR 7243/1992
produtor a responsabilidade pela conformidade da peça
com o projeto. As eventuais modificações são feitas
mediante entendimentos entre comprador e produtor.
4.3 Tratamento térmico
Todas as peças fundidas nos aços previstos nesta Norma
devem ser submetidas a um tratamento térmico adequa-
do para atingirem tenacidade e ductilidade. O tratamento
térmico consiste em aquecer uniformemente as peças a
uma temperatura aplicável ao tipo do aço, no mínimo
1000°C, manter a temperatura até completar a homo-
geneização e resfriar, normalmente, em água.
4.4 Sobremetal
Deve ser estabelecido mediante entendimento entre
comprador e produtor.
4.5 Pontos de referência para usinagem
Devem ser indicados pelo comprador no desenho ou no
ferramental.
4.6 Tolerâncias dimensionais
O comprador deve indicar as tolerâncias dimensionais da
peça em bruto no desenho. Quando não indicadas, de-
vem ser objeto de entendimento entre comprador e pro-
dutor. Na falta deste entendimento e no caso de peças va-
zadas em moldes de areia, aplica-se a dimensão corres-
pondente ao grau m ais aberto de acordo com a N B R 6645.
4.7 Defeitos
4.7.1 As peças fundidas não devem apresentar defeitos
comprovadamente prejudiciais ao seu desempenho.
4.7.2 O comprador deve indicar as regiões da peça onde
não é permitida a recuperação por soldagem. Quando não
indicadas, fica permitida a recuperação por soldagem em
todas as regiões da peça.
4.8 Marcação
Quando solicitado pelo comprador e compatível com o
tamanho e a forma da peça, o nome e/ou a sigla do pro-
dutor e o número do modelo devem ser fundidos em to-
das as peças. Quando necessário, o número da corrida,
ou qualquer indicação que a identifique, deve ser marca-
do em cada peça, sendo que estas marcações devem
ser compatíveis com o tamanho e a forma da peça.
4.9 Ordem de compra
O comprador deve indicar em sua ordem de compra o
seguinte:
a) número desta Norma;
b) tipo de aço;
c) quantidade de peças;
d) descrição das peças;
e) dimensões e tolerâncias;
f) acabamento superficial;
g) características da embalagem;
h) critérios de qualidade;
i) exigências especiais.
5 Condições específicas
5.1 Ensaios
Os ensaios devem obedecer ao prescrito em 5.1.1 e 5.1.2.
5.1.1 Análise química
A determinação dos teores dos diversos elementos deve
ser realizada segundo as ASTM E 30 e ASTM E 352.
5.1.2 Ensaios suplementares
Os ensaios suplementares só devem ser aplicados me-
diante entendimentos prévios entre comprador e produ-
tor e quando expressamente especificados na ordem de
compra.
5.2 Requisitos de composição química
5.2.1 A composição química do aço deve satisfazer aos
requisitos especificados na Tabela.
5.2.2 Quando não especificado o tipo de aço na ordem de
compra, a escolha deve ser feita mediante entendimentos
entre comprador e produtor.
6 Inspeção
6.1 Amostragem
6.1.1 Amostras para análise química
As amostras para análise química devem ser colhidas e
preparadas de acordo com a NBR 5889, observando as
condições descritas em 6.1.1.1 e 6.1.1.2.
6.1.1.1 Deve ser retirada uma amostra de metal líquido por
corrida, para análise desta.
6.1.1.2 No caso de análise química por via úmida, as
amostras de metal sólido, para análise de produto, devem
ser formadas por cavacos obtidos por furação a uma
profundidade mínima que evite a superfície descarbo-
netada. Deve ser tomado especial cuidado para evitar a
contaminação dos cavacos com fragmentos da broca.
6.2 Procedimento
6.2.1 Mediante entendimentos com o produtor, o compra-
dor deve ter livre acesso aos locais em que as peças en-
comendadas estejam sendo fabricadas, examinadas ou
ensaiadas. Durante o tempo em que se desenvolvam es-
sas etapas de produção, o comprador tem o direito de ins-
pecionar e rejeitar as peças que não satisfaçam às exi-
gências desta Norma. Para este fim, ele deve nomear um
inspetor devidamente credenciado.
 Cópia não autorizada
NBR 7243/1992 3

Tabela - Composição química

Tipos de Teores em massa (%)

aço C Mn Si P Cr Ni Mo
máx. máx.

AF-Mn-A 1,05 11,0 1,00 0,10 - - -

1,35 mín.

AF-Mn-B1 0,90 11,5 1,00 0,07

1,05 14,0 - - -

AF-Mn-B2 1,05 11,5 1,00 0,07

1,20 14,0 - - -

AF-Mn-B3 1,12 11,5 1,00 0,07

1,28 14,0 - - -

AF-Mn-B4 1,20 11,5 1,00 0,07

1,35 14,0 - - -

AF-Mn-C 1,05 11,5 1,00 0,07 1,5

1,35 14,0 2,5

AF-Mn-D 0,70 11,5 1,00 0,07 3,0

1,30 14,0 - 4,0 -

AF-Mn-E1 0,70 11,5 1,00 0,07 0,9

1,30 14,0 - - 1,2

AF-Mn-E2 1,05 11,5 1,00 0,07 1,8

1,45 14,0 - - 2,1

AF-Mn-F 1,05 6,0 1,00 0,07 0,9

1,35 8,0 - - 1,2

6.2.2 O produtor deve fornecer todas as facilidades para
que o inspetor possa certificar-se de que as peças estão
fabricadas de acordo com esta Norma.
6.2.3 Salvo entendimentos em contrário, todos os exames
e ensaios devem ser realizados nas instalações do pro-
dutor e conduzidos de modo a não interferirem desneces-
sariamente nos trabalhos.
6.2.4 Quando solicitados e mediante entendimentos por
ocasião da ordem de compra, o produtor deve fornecer os
resultados dos exames e ensaios especificados, junta-
mente com o fornecimento ou antecipadamente.
7 Aceitação e rejeição
7.1 O comprador confronta os resultados obtidos nos exa-
mes e ensaios com as exigências desta Norma e as de
comum acordo. Caso os resultados satisfaçam às exi-
gências, o fornecimento é aceito; em caso contrário, ele é
rejeitado.
7.2 Salvo outro acerto, qualquer rejeição, baseada nos
resultados dos exames e ensaios realizados segundo es-
ta Norma, deve ser comunicada ao produtor dentro de
uma semana, a partir da data do recebimento destes re-
sultados pelo comprador. Decorrido esse prazo, sem que
haja comunicação de rejeição, o fornecimento é conside-
rado aprovado.
7.3 As peças que após sua aprovação pelo comprador
apresentarem defeitos comprovadamente prejudiciais ao
seu desempenho, atribuíveis à fundição e não-detectáveis
na inspeção original, podem ser rejeitadas. Salvo outro
acerto, o comprador tem o prazo de seis meses, a partir da
data de recebimento das peças, para notificar o fabrican-
te da rejeição. Comprovada pelo produtor a procedência
da rejeição, cabe ao comprador o direito de exigir a
substituição das peças defeituosas.
7.4 O comprador deve deixar as peças rejeitadas à dis-
posição do produtor no local da entrada, para que ele
possa verificar a procedência da rejeição.