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Roteiro Macondo

Reconhecimento Social: o que é? Para que serve?

05/05/2020

Intro

1. O que é reconhecimento social?

R- Valorização. Reconhecimento = valor a outro/a pessoa. Logo, demonstrar reconhecimento é


tornar público o valor de alguém, ou demonstrar o juízo de valor que torna a pessoa ou sua
contribuição algo distintivo em relação ao de outras. Teoria do valor aplicado às pessoas?
(Alain Caillé)

- Ok, sabemos o que é reconhecimento. Mas precisamos abrir a “caixa preta” e entender de
que forma ele se forma, se materializa, é sentido e praticado entre as pessoas. Precisamos
responder, portanto, ao “como” e fundamentalmente, ao “por quê”. O “como” é a forma mais
completa de se compreender a noção de reconhecimento. Responder ao “por que” é o único
caminho para responder posteriormente ao “para que serve”.

2. Nova configuração das lutas políticas contemporâneas: discussões em torno de


“políticas identitárias” (inclusive usada de forma pejorativa), relação entre identidade,
diferença, desigualdade e poder; empoderamento; lugar de fala; são todos termos
contemporâneos que tentam dar conta de uma aparente modificação na forma de se
entender como sujeito social e, ao mesmo tempo, de como agir politicamente. Essas
mudanças apontam também para reconfigurações das concepções de justiça/injustiça
(que envolvem conceitos correlatos como a ideia de Taylor de “vida boa”, ou “vida que
vale a pena ser vivida”). Ao fim, as modificações recentes

I. Reconhecimento como justiça social (ou “por que a Teoria do Reconhecimento é


uma ponte importante para compreensão das injustiças contemporâneas”)

- Reconhecimento social como Teoria do Reconhecimento. Nancy Fraser, Axel Honneth e


Charles Taylor. Teoria do Reconhecimento como “forma renovada” da Teoria Crítica.

- Teoria Crítica como “grande teoria”, que busca apreender a sociedade capitalista em sua
totalidade a partir da fusão de três níveis de análise:

a. ontológico/antropológico (filosofia moral)

b. social (relação economia/cultura, estruturação das sociedades capitalistas)

c. político (critérios de estabelecimento de padrões de igualdade e diferença,


inclusão/exclusão, lutas, conflitos e disputas de poder, democracia, multiculturalismo).
- Tem-se portanto uma forma de compreensão da realidade que articula uma dimensão
“analítica” (ou seja, que visa a traçar um “diagnóstico de época”) e de uma dimensão
“normativa” (ou seja, que aponta para a vinculação entre esse diagnóstico de épocas e formas
deterioradas de relações sociais, ou de injustiças sociais). Para operar nessa dupla dimensão, é
fundamental investigar quais os fundamentos da ideia de justiça (e, portanto, de injustiça). Isso
coloca a teoria do reconhecimento como parte importante não apenas do esforço
científico/acadêmico de investigar as causas das injustiças, mas mais propriamente de
instrumentalizar processos de mudança social.

- A teoria Crítica não abre mão, portanto, da ideia de emancipação (vista como “possibilidade
de uma vida com autonomia e liberdade”).

- Há duas formas de interpretar a nova configuração das lutas políticas contemporâneas: a) ou


a partir da leitura de um processo de desilusão política (que teria levado ao abandono de uma
noção abrangente de justiça em prol de uma mais restrita e possivelmente mais “aplicável”);
ou b) como uma transformação na forma de compreender os sentimentos de injustiça,
configurando uma espécie de “aumento da sensibilidade moral” dos sujeitos (Honneth).

- O dilema Fraser X Honneth: redistribuição ou reconhecimento?

- Para Fraser, algumas das lutas políticas de novos movimentos sociais são equivocadas por
não conseguirem articular bem as dimensões da redistribuição (igualdade) com a dimensão do
reconhecimento (diferença). A sobrevalorização de apenas um desses dois polos do
sentimento de emancipação  noção bidimensional de justiça

- Honneth, só há redistribuição se houver reconhecimento. O reconhecimento deve ser


entendido como categoria central da ideia de justiça.  noção unitária de justiça

- Articulação entre instância simbólica e material da vida em sociedade

II. Abrindo a caixa preta (ou “como se forma uma relação de reconhecimento”)

- Honneth e as três esferas do reconhecimento

a) amor  cuidado/confiança  autoconfiança (arquétipo: relações entre mãe e bebe)

b) direito  respeito  autorrespeito (arquétipo: expansão do direito e das dimensões da


dignidade humana)

c) solidariedade  estima  autoestima (arquétipo: relações de trabalho útil/valorizado)

- lutas/conflitos como formas de disputa/tensões por padrões de vida que se querem


reconhecidos.

- O reconhecimento é uma categoria de justiça que pressupõe a autonomia nas três dimensões
descritas por Honneth (ou mais). Não se pode comparar a luta por reconhecimento de uma
comunidade indígena com a luta de neonazistas.

- A dimensão do aprendizado moral  só há a ideia de justiça se há referência a alguma


dimensão da existência humana que deva ser considerada ideal ou “plena”.

- Ideias de patologias X terapêutica (psicanálise)  dimensões de não-reconhecimento em


nível pré-reflexivo
- articulação entre sentimentos de injustiça e movimentos sociais organizados X instituições
(mudança institucional)  a mera imposição do sofrimento não cria as demandas por
reconhecimento (black lives matter, lutas pela demarcação de terras)

Conclusões

- Sabendo o que é, para que serve?

- Pistas:

a) refinamento do conceito de justiça social

b) compreensão das demandas por reconhecimento

c) organização social de sentimentos individuais

d) formulação de políticas públicas

e) superação

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