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2019
UNIVERSIDADE METROPOLITANA DE SANTOS
2019
RESUMO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 1
1. PATRIMÔNIO CULTURAL ARTÍSTICO E SUA MEDIAÇÃO ............................................ 3
1.1 Patrimônio Cultural Artístico e a Atuação do IPHAN ........................................................... 3
1.2 A Mediação no Campo Cultural .............................................................................................. 4
1.3 A Arte Armorial na Atualidade ................................................................................................ 5
2. MOVIMENTO ARMORIAL E AS ARTES VISUAIS .............................................................. 7
2.1. O Movimento ............................................................................................................................ 7
2.2. As Artes Visuais Dentro Do Movimento Armorial .............................................................. 9
2.2.1 Francisco Brennand ..........................................................................................................10
2.2.2 Gilvan Samico ...................................................................................................................12
2.2.3 Miguel dos Santos ............................................................................................................13
2.2.4 José Costa Leite .................................................................................................................14
2.2.5 Ariano Suassuna ................................................................................................................15
3. RPOJETO DE CURSO ..................................................................................................................19
3.1. Justificativa ..............................................................................................................................19
3.2. Objetivos Gerais ......................................................................................................................19
3.3 Objetivos Específicos ..............................................................................................................20
3.4 Metodologia ..............................................................................................................................21
3.5 Materiais Necessários ..............................................................................................................22
3.6 Desenvolvimento ......................................................................................................................22
3.7 Avaliação ...................................................................................................................................24
3.8 Bibliografia do Projeto ............................................................................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................................................26
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .............................................................................................28
1
INTRODUÇÃO
No início dos anos 70, o clima era de tensão, causado pela censura e pela repressão do
regime militar. Mesmo assim, em Pernambuco, mais especificamente em Recife, nasciam
grupos de artistas e intelectuais que buscavam o reconhecimento às formas autênticas da
cultura brasileira. O Movimento Armorial, criado pelo escritor Ariano Suassuna, tinha como
princípio a realização de uma arte erudita, partindo das raízes populares da cultura brasileira.
Inicialmente apresentado na igreja barroca de São Pedro dos Clérigos, este movimento foi
uma representação forte da cultura popular brasileira, em especial na cultura nordestina. O
movimento consegue reunir o saber erudito e o popular, fazendo uso do pensamento critico e
elaborado da sociedade, transformando em arte os costumes e tradições de um povo, sendo
assim, por ser um forte marco na cultura brasileira, teve um arco maior, sendo considerado e
respeitado em todo o mundo. Este trabalho tem por objetivo pesquisar e analisar as artes
visuais como parte integrante do Movimento Armorial, enfatizando as ilustrações,
especialmente a técnica da xilogravura como opção estética. Busca-se também destacar o
papel de resistência cultural desse devido movimento e sua intenção de construção,
fortalecimento e valorização de uma cultura genuinamente brasileira.
Neste estudo, buscar-se-á referencial teórico que forneça subsídios para a parte
conceitual do trabalho. Serão consultados livros, sites na internet, artigos e vídeos que
trabalhem o Movimento Armorial e sua relação com as Artes Visuais. O referencial teórico
deste trabalho, descrito na bibliografia básica, servirá como ponto de partida e de discussão
acerca dos temas trabalhados, além de apreciação e análise das ilustrações e xilogravuras no
decorrer do processo.
Este capítulo tem como objetivo realizar uma análise sobre as possibilidades do uso do
patrimônio como mediação no âmbito da esfera educacional.
Deste modo, patrimônio se refere aos bens que são passados de geração em geração,
sejam as riquezas herdadas como os saberes e costumes adquiridos. Apesar de estar
relacionado com a ideia de propriedade, o patrimônio não se resume apenas ao que é material,
mas a tudo aquilo que permaneceu ao longo do tempo entre diversos grupos e gerações.
Outro autor, Vasconcelos Pereira Junior (2018, p. 4), acrescenta a discussão o sentido
da memória coletiva:
não tem motivo de ser somente a história ou a estética, senão que são
valiosos por tratarem de manifestações da atividade humana em geral,
ainda que sejam muito recentes.
Quando falamos em Brasil, a história do nosso país nem sempre teve uma noção de
que seria importante de se preservar ou não em sua memória cultural. Estas ideias de
preservação só foram surgir a partir da década de 1930, quando foi criado um órgão que
ficaria encarregado de preservar nosso patrimônio cultural – o IPHAN.
Outros brasileiros ilustres também colaboraram com esse projeto como Manuel
Bandeira, Afonso Arinos, Lúcio Costa e Carlos Drummond de Andrade.
Hoje o nosso país conta com dezenove monumentos culturais e naturais considerados
pela UNESCO como Patrimônio Histórico Mundial
A mediação pode ser definida como uma forma de comunicação, pois é uma
intervenção de um agente entre dois pontos, dessa forma se estabelece uma conexão de
dialogo pedagógico.
Todavia, é uma definição insuficiente para abranger o total significado da ligação que
se estabelece entre o mediador dos instrumentos do Patrimônio Cultural (seus campos de ação
e modos de articulação) e o público. Nesse caso é preciso endereçar e conhecer os
intervenientes específicos.
Porém, se num primeiro momento, o Movimento Armorial ficou restrito mais aos
círculos de Cultura e Arte pernambucana e nordestina, nota-se que foi a partir das produções
televisivas da obra de Ariano que suas ideias e ideais armoriais chegaram mais incisivamente
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às diferentes partes desse país, ou seja, via um meio de comunicação de massa de largo
alcance, como a Rede Globo. O sertão e sua produção cultural passam a ser vistos, e são
apresentados por quem lhes vive e pode lhes significar e não somente pelas reportagens com
as recorrentes imagens de solo rachado e seca‖.
2.1. O MOVIMENTO
De maneira geral, Santos (2009) destaca a relação originária da arte armorial com o
folheto de feira, pois este consegue reunir três formas artísticas distintas: a poesia escrita, a
xilogravura que os ilustra e a música de suas estrofes. Assim, a literatura de folheto é um
modelo da possibilidade de polifonia entre a palavra, a imagem e a sonoridade da cultura
regional do Nordeste. Por este motivo, pode-se identificar o folheto como o padrão que irá
pautar todas as escolhas dos artistas armorialistas.
Ainda segundo a mesma autora, o Movimento Armorial pode ser dividido em três
fases: a fase preparatória (de 1946 a 1969), a fase experimental (de 1970 a 1975) e a fase
―romançal‖ (a partir de 1976). A fase preparatória antecede a estruturação do Movimento em
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si, consistindo na descoberta da cultura popular nordestina pelo público por meio de trabalhos
realizados, por exemplo, por Suassuna, Hermilo Borba Filho, Abelardo da Hora e Francisco
Brennand. A fase experimental é quando o Movimento de fato se articula e passa a encontrar
os pontos em comum nas práticas de diferentes artistas, centrando suas produções dentro de
um objetivo em comum. Esta fase tem início com a criação e a apresentação da Orquestra
Armorial na igreja São Pedro dos Clérigos no Recife, acompanhada também por uma
exposição de artes plásticas, ambas organizadas por Ariano Suassuna, que havia se tornado
diretor do Departamento de Extensão Cultural da Universidade de Pernambuco. O
Movimento foi formalmente apresentado ao público do Nordeste. A terceira fase, ―romançal‖
— chamada assim para remeter ao imenso romanceiro popular brasileiro, que adaptou as
estruturas narrativas europeias aos temas nordestinos—, começa quando a Orquestra
Romançal Brasileira é apresentada ao público pernambucano no Teatro Santa Isabel. Um
marco significante dessa fase é a nomeação de Suassuna para Secretário de Educação e
Cultura do Município de Recife, cargo no qual busca continuar as pesquisas que iniciou no
Departamento de Extensão Cultural, mas dessa vez, incorporando as iniciativas culturas já
existentes a nível municipal, como a Orquestra Sinfônica do Recife, o Coral Guararapes, a
Orquestra Popular, o Balé Popular do Recife e a Orquestra Municipal.
É importante frisar mais uma vez a inspiração das artes visuais na literatura de folheto,
cujas ilustrações apresentam características muito próprias, como à ausência de perspectiva,
de profundidade ou relevo e também as cores e traços específicos dos seus desenhos. Para
Souza (2013), a temática abordada pelos folhetos também é um diferencial desta linguagem,
como ―fatos históricos, personagens heroicos, romances de amores impossíveis e de grandes
lutas entre homens valentes e criaturas lendárias como os dragões e outras feras, temas
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eróticos, crônicas de costumes critica da vida social‖, que são símbolos do imaginário
nordestino, além de instrumentos importantes para a construção de suas histórias e dos relatos
de sua vida cotidiana.
Para exemplificar a arte armorial neste trabalho, foram escolhidos cinco artistas que
pertenceram ou tiveram suas obras relacionadas com o Movimento em determinado momento:
Francisco Brennand, Gilvan Samico, Miguel dos Santos, José Costa Leite e o próprio Ariano
Suassuna. Através destes artistas, este capítulo buscará traçar um breve panorama dos
elementos mais importantes da arte armorial.
Francisco Brennand. Grande Floral, 1967 Óleo s/tela., s. d. Coleção particular. Disponível em:
<https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/08.020/1732> acesso em 21 out. 2019
Francisco Brennand. Fruto 9, 1984. Escultura s/ madeira., s. d. Coleção particular. Disponível em:
<https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/drops/08.020/1732> acesso em 21 out. 2019
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Mais conhecido por sua obra em gravura, Gilvan Samico foi também desenhista,
pintor e possivelmente o grande nome das artes visuais dentro do Movimento Armorial. Sua
produção é marcada pela recuperação do romanceiro popular nordestino, por meio da
literatura de cordel e pela utilização criativa da xilogravura. Samico mantém nas suas
gravuras uma relação intrínseca com a poesia dos folhetos. Assim, o artista utiliza um
colorido particular sobre bichos e plantas, que farão o papel de símbolos dentro da narrativa
fantástica. Suas imagens são povoadas por personagens bíblicos e outros, provenientes de
lendas e narrativas locais, assim como por animais lendários, monstros e seres míticos. Santos
(2009, p. 201) aponta as características principais das gravuras de Samico: a) seu
despojamento artístico, no qual as personagens/objetos da gravura se assentam sobre
superfícies brancas; b) a preocupação com a composição e com o equilíbrio da obra; c) a
narratividade, partindo do princípio que a imagem sempre conta uma história e, servindo ou
não como ilustração para algum folheto de cordel, deve ser capaz de transmitir o enredo
expressado de forma simbólica pelos signos visuais; d) o simbolismo das cores, que são
distribuídas pelo autor de forma precisa e consciente, capaz de destacar o significado
metafórico das suas gravuras.
Gilvan Samico. Tentação de Santo Antônio, 1962. Xilogravura. 34x35cm. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra66054/tentacao-de-santo-antonio>. Acesso em: 21 de Out. 2019.
Miguel dos Santos. Ariano Suassuna, 2000. Óleo s/ tela. 163x20cm. Disponível em:
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/obra9283/ariano-suassuna>. Acesso em: 21 de Out. 2019.
José Costa Leite nasceu em Sapé (Paraíba) no dia 27 de julho de 1927. Em 1938,
muda-se com a família para Pernambuco, fixando residência em Condado, cidade onde mora
até hoje. Sua arte é influenciada pelo cordel que lia e escutava enquanto trabalhava nas
plantações de Pernambuco. De leitor de cordel, se torna escritor dos próprios folhetos,
comercializando-os nas feiras da região. Somando a sua atividade de poeta, passa a fazer as
xilogravuras dos seus cordéis. Assim, improvisando de acordo com a necessidade, atua nas
mais diversas funções da literatura popular, sendo poeta, editor, ilustrador e vendedor dos
próprios folhetos nas feiras.
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José da Costa Leite. O Vaqueiro do Sertão, 1969. Xilogravura, s. d. Disponível em: <
http://www.fibragaleria.com/peca.asp?ID=213626> acesso em 21 out. 2019
Ariano Suassuna foi escritor, dramaturgo e artista plástico brasileiro, autor do Auto da
Compadecida, considerada sua obra-prima que foi adaptada para o cinema e televisão.
Suassuna foi ocupante da cadeira nº 32 na Academia Brasileira de Letras (eleito em 1989).
Também foi membro da Academia Pernambucana de Letras (a partir de 1993) e da Academia
Paraibana de Letras (eleito em 2000). No entanto, apesar de ser reconhecido como grande
escritor e teórico, Suassuna possui uma faceta menos conhecida: a de artista plástico. Santos
(2009, p. 205-213) nos apresenta este lado visual do autor, como ilustrador do livro ―As
sentenças do tempo‖, de Maximiano Campos e do ―Romance d‘A pedra do reino‖, de sua
própria autoria. Tecnicamente, nas gravuras de Suassuna, assim como na maioria da arte
armorial, não existe a perspectiva e as imagens são constituídas do forte contraste entre os
espaços brancos e pretos, remetendo às xilogravuras. As ilustrações estão intimamente ligadas
ao texto, mas sem ser redundante. Elas funcionam como um complemento visual, capaz de
atribuir novas camadas de significado por meio dos símbolos escolhidos e pela forma de
compor a ilustração.
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Figura 6: Ilustração para "Romance d'A pedra do reino", por Ariano Suassuna
Ariano Suassuna. Ilustração para Romance d’A pedra do reino, 1971. Xilogravura, s. d. Disponível em:
<http://artepopularbrasil.blogspot.com/2016/02/ariano-suassuna.html> acesso em 21 out. 2019
Além disso, Ariano ainda criou aquilo que chamava de ―iluminogravura‖: uma forma
de arte que combinava a técnica medieval da iluminura — com sua pintura decorativa
aplicada às letras capitulares nos pergaminhos — com a gravura, resultando em uma poesia
visual de caráter popular com influência erudita. Somadas a poesias brasileiras, as
iluminogravuras se utilizavam de imagens de cavaleiros, animais, brasões, armas, bandeiras,
cruzes e outros símbolos tão fortes na cultura brasileira.
Na confecção das iluminogravuras, o autor produzia uma matriz com suas ilustrações
combinadas com poemas manuscritos, feitos em nanquim sobre papel. Depois de copiar em
gráfica, ele manualmente coloria os desenhos com tinta guache, óleo e/ou aquarela. A
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tipografia do texto era realizada com letras que remetiam as marcas de gado feitas com ferro
quente. Nascia assim, o alfabeto armorial, baseado nessas marcas e na heráldica sertaneja.
Ariano Suassuna. A Estrada, 1980. Guache sobre impressão offset, s. d. Disponível em:
<http://artepopularbrasil.blogspot.com/2016/02/ariano-suassuna.html> acesso em 21 out. 2019
Assim, pode-se então perceber o quão fecundo foi o universo visual dentro do
Movimento Armorial. Sempre dialogando com a linguagem do folheto de cordel, os brasões,
a xilogravura e a ilustração, a arte armorial aliou tais formas a temas bíblicos, míticos,
históricos e populares para criar uma arte genuína e resistente, que olha para as tradições
passadas e sua ancestralidade em busca de entender o homem do presente.
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3. PROJETO DE CURSO
3.1 JUSTIFICATIVA
Promover por meio de cordéis e seus principais autores, o interesse pela poesia, textos
e ilustrações artísticas, conhecimentos em Língua Portuguesa, Literatura e Arte, Despertando
a sensibilidade dos alunos para o reconhecimento e importância da cultura brasileira
principalmente na região Nordeste.
3.4 METODOLOGIA
Será utilizado ensinamentos por meio da leitura de cordel, para que os alunos se
aprofundem ao assunto, com isso envolvemos a parte das músicas, cantos teatros e desenhos
para que possamos deixar mais animados, e bem amplos, para que os alunos não se sintam
fadigados, e podemos estimular os mesmos por algo que eles gostem. Arte popular tem um
grande abrangente da arte nordestina, onde muitos estilos de dança ou musica pode ser
implementando através de uma simples poesia criada e envolvente, onde com um batuque,
escolhendo o ritmo, uma dança pode virar um canto, um bater de pé possa virar um batuque.
Iremos seguir o meio em que ao aluno se envolva não somente na aula, mas também
com todo o contexto literário, e seus aspectos mais profundos, de como identificar um cordel,
o que é um cordel, mas há vários meios de fazer isso. Pode ser do jeito padrão curricular
educacional, ou até mesmo do jeito envolvente e sinuoso dentro de uma escola. Teremos que
empregar também, modos em que os alunos interajam mais como, desenhos, pinturas, leituras
com músicas, e até danças, afinal a cultura nordestina é mais envolvente do que imaginamos.
rodinha da leitura não chega a ser tão ruim cada um pegar um cordel, e se envolver diante as
belas poesias da cultura nordestina..
Datashow, computador, internet, vídeos são de uso primordiais para que as aulas
sejam dinâmicas e interessantes, e com isso realizar a passagem das leituras e músicas,
que se envolvem ao cordel, para que os educandos se aprofundem, através da
pesquisa;
Jornais, revistas e folhetos, Folhas impressas, para que a aula seja mais dinamica;
Rádio, para que os alunos não só leiam o cordel, mas também escutem, e se envolvam
no tema através da música;
Materiais de escritório – (Cartolina, Lápis, agenda, caderno etc.) para que os alunos
exponham seus pensamentos.
3.6 DESENVOLVIMENTO
2ª etapa: Desenvolvimento da visão sobre o tema – onde os alunos, irão retirar sua
duvidas, e gerar discussões, questionando o que é, como é, e o porquê, são visões e questões
simples de realizar, mas meios muito fáceis de se aprofundar, onde não só o aluno aprende,
mas o professor também pode aprender coma visão de seus alunos.
3ª etapa: Visão e meios de exposição do que foi ensinado – onde iniciamos com os
alunos os métodos que serão utilizados para exposição da compreensão, onde os alunos
divididos em 3 grupos, realização maneiras diferentes da visão que tem do que seria a arte
nordestina, em especial o cordel, mas também temos a dança e a leitura.
4ª etapa: Exposição de Dança típica: onde os alunos realizarão uma dança típica da
região nordestina, a Ciranda, que era realizada por moças esperando seus maridos retornarem
do mar, e é bem conhecida no país e no mundo, e também inspirou vários meios de cordéis e
poesias para nossa cultura.
6ª etapa: Exposição em mural - Pesquisas na internet para conhecer quem são esses
artistas cordelistas e produzir um texto com a biografia dos poetas do sertão de Pernambuco e
da Paraíba e confeccionando também seu autorretrato.
10ª etapa: Feira cultural - será montada para a exposição de todo o trabalho
englobando os mais diversos gêneros textuais e integrando várias disciplinas, Expor os
materiais como fotografias das etapas, atividades de escrita como pesquisas com linha do
tempo, sinopses, mapas, além das análises estruturais do gênero cordel e da contribuição para
a valorização do patrimônio imaterial (os saberes, a arte, os ofícios, as histórias) e da
diversidade cultural brasileira são somente exemplos do que foi trabalhado e aprofundado e
será exposto.
11ª etapa: Resultado de satisfação: entender com os alunos o que eles gostaram e o
que eles acharam da aula, sem contar se tiveram alguma dúvida que foram decorrentes ao
longo do caminham, e com tudo o que aconteceu acabou se tornando claro e certo.
3.7 AVALIAÇÃO
A avaliação será contínua durante todo o processo. O professor, como mediador mais
experiente, precisa estar atento às dúvidas e equívocos dos alunos, para poder mediá-los de
forma correta e significativa, compartilhando o que aprenderam no decorrer do projeto com os
pais e a comunidade escolar.
tanto com matérias quanto com apoio educacional e moral, fazendo com que os alunos se
sintam confortáveis a realizar tal projeto educacional. Também terá que visar o grupo,
ponderando onde o serviço nos grupos possa ter sido distribuído de maneira injusta, onde
cada um segue um meio para realizar a inclusão de alunos com dificuldades de interação, e até
alguns PCD‘s que talvez possam estar diante da mesma situação que um aluno extrovertido.
COUTINHO, Rejane Galvão. A cultura ante as culturas na escola e na vida, In: Horizontes
culturais: lugares de aprender. Secretaria de Educação, Fundação para o Desenvolvimento
da Educação: organização, Devanil Tozzi e outros. São Paulo: FDE, 2008, p. 39-50.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A mensagem que existe por trás do Movimento Armorial é cada vez mais necessária.
Como foi exposto em capítulos anteriores, há autores que creem que tal iniciativa enquanto
movimento estruturado finalizou no hiato que houve na vida pública de Ariano Suassuna no
início dos anos 1980; outros acreditam que o movimento perdura até os dias de hoje; outros
ainda podem acreditar que o movimento teve fim com o falecimento de Suassuna em 2014.
Mas o que todos esses autores concordam entre si é o fato de que os princípios e objetivos do
Movimento Armorial continuam tão atuais quanto na época em que seus artistas começaram a
propor suas primeiras experimentações estéticas. Gilvan Samico, Francisco Brennand, Ariano
Suassuna e tantos outros representam o resgate de uma cultura popular apoiado na bagagem
erudita, mesclando o que há de mais verdadeiro no mundo da Academia e no da Rua.
Por reunir todas essas qualidades, é fundamental que o aluno contemporâneo tenha
contato com esse movimento, não apenas pela fruição estética - que, por sua apurada técnica,
já valeria a pena - mas também por aquilo que ele representa. A arte armorial continua sendo
até hoje um o símbolo de alternativa à cultura de massa. A rejeição à padrões impostos por
nações colonialistas, a forma de produção emprestada do artesanato, a valorização do artista
popular e a visão da arte inserida no seu contexto social são alguns dos possíveis
desdobramentos que podem ser trabalhados com os alunos ao estudar o movimento.
Há, hoje em dia, uma dominância cada vez maior da arte que é importada de outros
países, especialmente dos países anglo-saxônicos. Por meio de séries, filmes, livros, músicas,
programas de televisão e tantos outros produtos, se impõe determinados gostos e padrões para
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o consumo cultural, escondidos sob o nome de globalização. Tais padrões parecem visar única
e exclusivamente a objetificação da arte, que passa a ser tratada como produto de mercado e
avaliada pelo seu valor monetário. O aluno que hoje está no ensino fundamental ou ensino
médio é uma dos consumidores que compõem o público-alvo dessa indústria cultural. E, por
estar em fase de formação - tanto biológica, quanto acadêmica e social - o estudante não pode
receber este tipo de arte como o único meio cultural possível. Cabe ao professor - e também a
escola - ser um bastião da resistência àquela forma de arte que é desalmada, industrializada,
pasteurizada e mesquinha. Essa luta por aquilo que é genuíno na cultura brasileira será
encontrada na sua forma mais pura dentro do Movimento Armorial. E assim o adolescente
estará em condição de valorizar a arte da sua gente, não de forma paternalista ou
condescendente, mas de forma sincera, carregando o respeito e a admiração pela arte
brasileira e com a sensação de pertencimento e identificação através da expressão artística do
seu povo. Parafraseando Ariano Suassuna em suas palestras pelo Brasil, trata-se de
desacostumar o cachorro em relação ao osso e acostumá-lo com o filé mignon.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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2005.
COIMBRA, Ana Luisa de Castro; ALVES, M. S.; ALVES, P. R. de. O Movimento Armorial
reafirmando as raízes da cultura popular. In: IX Congresso Brasileiro de Ciências da
comunicação da região nordeste. Disponível em:
<http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2007/resumos/R0259-1.pdf > . Acesso
em 01 set. 2019.
COSTA, Luís Adriano Mendes. Antonio Carlos Nóbrega em acordes e textos Armoriais.
Luís Adriano Mendes Costa.— Campina Grande: EDUEPB 2011.
COUTINHO, Rejane Galvão. A cultura ante as culturas na escola e na vida, In: Horizontes
culturais: lugares de aprender. Secretaria de Educação, Fundação para o Desenvolvimento
da Educação: organização, Devanil Tozzi e outros. São Paulo: FDE, 2008, p. 39-50.
FERREIRA, Lia Tavares. Xilogravura e literatura de cordel: sua relação com as artes, a
publicidade e a comunicação visual. 2005. Monografia (Comunicação Social - Publicidade e
Propaganda) — Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, Centro Universitário de Brasília,
Brasília.
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LIMA, BF. Interunidades em estética e história da arte. Universidade de São Paulo, 2015.
Disponível em: www.teses.usp.br › disponiveis › publico ›
2015_FrancieleBusicoLima_VCorr. Acesso em: 13 out. 2019.
NEWTON JÚNIOR, Carlos. Almanaque Armorial. Rio de Janeiro. José Olympio: 2008.
NEWTON JÚNIOR, Carlos. As três fases do Movimento Armorial. Correio das Artes, João
Pessoa, p. 41-42, dez. 2011.
SOUSA, Cinara Barbosa de. A xilogravura nordestina na arte-educação: como usá-la como
ferramenta de ensino. 2013. Monografia (Licenciatura em Artes Visuais) — Departamento de
Artes Visuais, Instituto de Artes da Universidade de Brasília, Brasília.
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