Sei sulla pagina 1di 48

0

MAO TSÉ TUNG NA


REVOLUÇÃO CHINESA

Escrito em comemoração ao 30º aniversário do Partido Comunista da China


por
Chen Bo Da

Vice-Presidente da Academia Sinica

Imprensa de Línguas Estrangeiras

PEQUIM 1953
1

Sobre o Autor

Chen Bo Da, um membro do Comitê Central do Partido Comunista da China é


atualmente Vice-Presidente do Instituto do Marxismo-Leninismo em Pequim e
Vice-Presidente da Academia Sinica. Antes de 1937 sob o regime reacionário do
Kuomintang, ele levou a cabo o trabalho secreto pelo Partido no norte da China.
Durante todo o período da Guerra de Resistência à Agressão Japonesa, ele
trabalhou no comitê central do Partido, fazendo um estudo especial do problema
chinês. Seus importantes escritos incluem: As quatro grandes famílias da China;
Um estudo geral do imposto territorial na China moderna; Yuan Shih-kai, o grande
usurpador; e, Chiang Kai-shek, o inimigo público do povo chinês.

*Texto retirado da edição em inglês de 1953


2

Chen Bo Da (1904-1989)
*Mao Tsé-tung na revolução chinesa, retirado da edição em espanhol e traduzido
para o português pelo Comitê Popular de Libertação em junho de 2015.

1.

MAO TSÉ-TUNG É O MAIS DESTACADO EXPOENTE DO


MARXISMO-LENINISMO NA CHINA

Em seu artigo intitulado “Sobre a Ditadura da Democracia Popular”,


Mao Tsé-tung afirma:

“As salvas da Revolução de Outubro nos trouxeram o Marxismo-


Leninismo. - A Revolução de Outubro ajudou as forças progressistas
da China, assim como as da Terra inteira, em adotar a concepção
proletária do mundo como o instrumento para estudar o destino do seu
país e para reconsiderar seus próprios problemas. – Seguir o caminho
dos Russos: tal foi a conclusão”. [1]

Como é amplamente conhecido, Mao Tsé-tung é o expoente mais


representativo das tais forças na China.

Sua maior contribuição à Revolução Chinesa foi ter integrado a


verdade universal do Marxismo-Leninismo com a prática concreta da
Revolução Chinesa e ter resolvido de maneira correta e brilhante os
numerosos problemas que surgiram durante a revolução. Ele
desenvolveu a ciência do Marxismo-Leninismo na forma mais ampla,
3

aplicando nas condições da China e do Oriente, levando desta maneira


a revolução do povo chinês à vitória.

Mao Tsé-tung ensina: “A teoria de Marx, Engels, Lenin e Stalin é uma


teoria universalmente aplicável” [2] – Sem dúvida, para aplicar
corretamente esta teoria na China e transformá-la em uma força
invencível das massas, é essencial liquidar constantemente todas as
tendências ideológicas estranhas a causa do proletariado e sustentar
batalhas ideológicas, algumas delas ferozes. Durante trinta anos, Mao
Tsé-tung lutou inflexivelmente contra várias tendências ideológicas
reacionárias estranhas ao Partido, e contra diferentes formas de
oportunismo dentro do Partido. Isto inclui as lutas contra os
Nacionalistas [3]. Contra a ala direita e os conciliadores dentro do
Kuomintang, contra o Chen Tu-hsiuismo [4], o Trotskismo e as
diferentes ilusões reformistas sobre o governo contra-revolucionário do
Kuomintang amparadas pelos setores direitistas da burguesia e
pequena burguesia; contra o aventureirismo de “esquerda” que
predominou no Partido em várias ocasiões, e contra a repetição dos
erros do Chen Tu-hsiuismo. No desenvolvimento desta série de lutas,
Mao Tsé-tung provou ser um grande mestre na difusão e aplicação da
teoria revolucionária de Marx, Engels, Lenin e Stalin. As lutas que
conduziu, fortaleceram e consolidaram o Partido Comunista da China.

A unidade da teoria e a prática é uma característica exclusiva do


Marxismo-Leninismo. Na China revolucionária, seguindo os passos dos
grandes mestres Marx, Engels, Lenin e Stalin, Mao Tsé-tung prestou a
maior atenção ao grande poder criador das massas revolucionárias.
Nunca separou seu trabalho teórico rico do Marxismo-Leninismo do
movimento revolucionário das massas. Sob todas as circunstâncias e
em todas as épocas, conjugou a teoria Marxista-Leninista com a
prática da revolução chinesa e “utilizou o ponto de vista básico do
Marxismo, o método de análise da classe”, para estudar, analisar e
sintetizar as experiências da revolução chinesa. Trabalhando desta
maneira, provou na forma mais ampla a exatidão do Marxismo-
Leninismo e demonstrou sua grandeza, sua dinâmica, sua força
revolucionária.

Baseando-se precisamente na força criadora das massas


revolucionárias da China, e nos muitos aspectos das complexas
experiências da revolução chinesa, Mao Tsé-tung desenvolveu o
Marxismo-Leninismo e expôs diante das massas todo o tipo de desvios
direcionados para falsificar e corromper o Marxismo-Leninismo.
4

Em seu famoso artigo “Sobre o significado do Materialismo Militante”,


publicado em 1922, Lenin disse:

“...A dialética que Marx... aplicou com tão bom resultado e que na
atualidade, com o despertar para a vida e a luta de novas classes no
Oriente (Japão, Índia e China) – significa, das centenas de milhões de
seres humanos que constituem a maioria da população mundial e cuja
passividade e letargia históricas tinham sido até então casuais
responsáveis pelo estancamento e putrefação de muitos estados
europeus avançados a cada dia com o surgimento a vida em novos
povos e novas classes, confirmam cada vez mais e mais o Marxismo”.
[5]

Sem dúvida, o surgimento da vida e a luta do povo chinês sob a direção


da classe operária e grande vitória que alcançaram recentemente, são
uma confirmação em grande escala da maior vitória do Marxismo-
Leninismo no Oriente. Isto constitui uma confirmação de fato de que
os ensinamentos de Marx, Engels, Lenin e Stalin, são uma ciência todo-
poderosa aplicáveis em todas as partes e uma ratificação de que Mao
Tsé-tung – líder do Partido Comunista da China – aplicou esta ciência
às condições particulares de seu país e a desenvolveu com brilhante
êxito.

2. CHINA MODERNA: CENTRO DE NUMEROSAS


CONTRADIÇÕES NO ORIENTE

Durante cem anos e especialmente no final do século XIX, a China foi o


centro de numerosas contradições no Oriente.

Em primeiro lugar, a China era uma semi-colônia das potências


imperialistas do mundo que a saqueavam, considerando-a como a
maior e a mais suculenta maçã de discórdia entre elas.

Em 1916, em sua obra “O imperialismo, fase superior do Capitalismo”,


Lenin anotava:

“É natural que a luta por estes países semi-dependentes tenha chegado


a ser particularmente feroz durante o período do capital financeiro,
quando já havia concluído a divisão do mundo...” [6].
5

“A divisão da China é somente o começo, e a luta entre o Japão e os


Estados Unidos, etc., em conexão com isto torna-se aguda
continuamente”.

Stalin anotou em 1927:


“A China é uma nacionalidade compacta com uma população de
várias centenas de milhões de habitante e constitui um dos mercados
de venda de capitais mais importantes do mundo. ...o imperialismo
deve golpear o corpo vivo da China nacional, despedaçá-lo e despojá-lo
de províncias inteiras, para poder preservar suas velhas posições, ou
ao menos para reter algumas delas”. [8]

Devido as potências imperialistas considerarem a China como seu


campo de exploração, em muitas ocasiões formaram uma frente unida
para enfrentar a revolução chinesa. Por exemplo, em 1900 as forças
aliadas de oito potências imperialistas invadiram Pequim e
massacraram as forças patrióticas do movimento Yi Ho Tuan. Em
1927 os países imperialistas se opuseram conjuntamente a Grande
Revolução Chinesa [9]. Em outras oportunidades trabalharam em
conluio para repartir a China. Entretanto, a ambição destas potências
imperialistas para se apoderarem de todo melhor da suculenta botija,
ou para ganhar o controle exclusivo da China, conduziu a profundas
contradições entre eles. Concluiu tal como Mao Tsé-tung havia
estabelecido, em “conflitos entre os imperialistas na China”.

Isto significou que, como resultado das contradições entre os países dos
países imperialistas e seu desejo de repartir a China, suas forças no
país permaneciam frequentemente mais divididas do que unidas. Em
segundo lugar, as contradições e as lutas entre os países imperialistas
tiveram o efeito de agravar e tornar aguda as contradições e as lutas
entre as velhas classes dominantes na China – os senhores feudais, a
burguesia compradora – levando a contínuos e intermináveis conflitos
entre os senhores da guerra.

Mao Tsé-tung disse em 1928:

“Uma característica da China semi-colonial era a existência


prolongada e ininterrupta – desde o primeiro ano da República (1912 –
Tradutor) – de contínuas guerras que enfrentavam as diferentes
camarilhas dos velhos e novos senhores da guerra sustentados pelos
imperialistas desde o estrangeiro e ela burguesia compradora e os
grandes latifundiários residentes no país... Este fenômeno era devido a
duas razões: primeiro, o parcelamento do país em regiões isoladas com
6

sua própria economia agrícola (a China não tinha uma economia


capitalista unificada); segunda, a política imperialista de divisão e
exploração da China para seu reparto em zonas de influência”. [10]

Quer dizer, sabendo que as classes feudais chinesas e a burguesia


compradora serviam a diferentes potências imperialistas e
representavam os interesses de diferentes forças feudais locais, as
hierarquias destas castas dominantes permaneciam também mais
divididas do que unidas.

Em terceiro lugar, a opressão conjunta do imperialismo e do


feudalismo causou terríveis sofrimentos ao povo chinês. No entanto,
desde a Guerra do Ópio em 1848 o povo chinês sempre sustentou
inflexíveis e repetidas lutas contra o imperialismo e o feudalismo. Se
houve algumas pausas nestas lutas, elas foram de curta duração. Por
outro lado, considerando a China como um grande país com uma
enorme população, o número de pessoas mobilizadas em cada um
daqueles combates foi colossal.

O povo chinês contra todas e cada uma das potências imperialistas que
invadiram a China, e recusou se submeter a qualquer um dos regimes
contra-revolucionárias estabelecidos pelos imperialistas.

A China esteve comprometida em uma revolução prolongada.

Quer dizer, as contradições entre o povo chinês por uma parte, e o


imperialismo e o feudalismo de outra, eram irreconciliáveis. No curso
da sua luta contra o imperialismo e o feudalismo, o povo Chinês
chegou gradualmente a converter-se em uma força unida,
extremamente poderosa.

Então se pode deduzir que quando dizemos que a China moderna foi o
ponto central das contradições no Oriente, queremos significar
brevemente que a China foi antes de tudo, o centro da luta feroz entre
os países imperialistas, e em segundo lugar, o centro da feroz luta entre
a revolução e a contra-revolução.

Obviamente, somente a vitória da revolução do povo chinês poderia


resolver estas contradições e começando com a China, romper as
cadeias do imperialismo no oriente. – O povo chinês teve a força para
fazer. - Mas foi somente sob a direção do proletariado que pode
organizar-se nesta poderosa força capaz de concretizar a vitória.
7

A notável militância desferida pela classe operária chinesa se deve


principalmente por três razões. Em primeiro lugar, a classe operária
chinesa estava submetida à opressão das três forças imperantes: o
imperialismo estrangeiro, o feudalismo doméstico e o capitalismo. Em
segundo lugar, se encontrava altamente concentrada. Apesar de a
indústria chinesa ser subdesenvolvida, estava concentrada, uma
grande parte dos trabalhadores industriais se ocupavam em empresas
modernas, cada uma das quais empregava mais de quinhentos
operários. Em terceiro lugar, apesar dos trabalhadores industriais
serem uma minoria em relação ao total da população, o número de
proletários e semi-proletários de diferentes camadas era colossal. Se
incluir os semi-proletários do campo – os lavradores pobres- com os
proletários e semi-proletários, em conjunto constituíam muito mais da
metade da população total. A opressão a qual estavam submetidos era
extremamente cruel. Por estas razões, a classe operária na China
revolucionária se desenvolveu em uma poderosa força combativa,
formou seu próprio partido político – o Partido Comunista- e chegou a
ser líder de todas as classes revolucionárias no país.

A China, um extenso país empenhado em uma longa guerra


revolucionária, tomou uma determinação que levou a um término feliz
sua poderosa classe operária revolucionária, convertendo-se no líder
de amplas massas de camponeses extremamente combativos e, por
conseguinte no verdadeiro líder de todas as forças revolucionárias.
Também porque internacionalmente foi a época da revolução
proletária, a época em que o socialismo triunfou pela primeira vez na
Rússia, recebendo assim a revolução Chinesa um excelente apoio
internacional. Estas coisas explicam por que era inevitável a vitória da
revolução do povo chinês e o fracasso do imperialismo e seus lacaios –
a classe feudal e a burguesia compradora.

Stalin apontou em 1927:

“... a luta contra o imperialismo na China deve assumir um conteúdo


profundamente popular e um caráter claramente nacional, e
aprofundando-se passo a passo, desenvolvendo dentro de encarniçados
combates com o imperialismo até sacudir suas bases em todo o
mundo”. [11]

Este é o curso que os acontecimentos tomaram.

Naturalmente não deve se supor que a vitória da revolução pode-se


alcançar facilmente em um país tão vasto que foi a mação da discórdia
8

entre os países imperialistas, e onde o feudalismo permaneceu vivo


durante séculos. Não, não foi fácil o caminho percorrido. Em um artigo
escrito em agosto de 1949, Mao Tsé-tung descreveu o processo do
triunfo desse jeito:

“Eles lutaram, fracassaram, lutaram de novo, fracassaram de novo,


voltaram a lutar, acumularam uma experiência de 109 anos, uma
experiência de centenas de lutas, grandes e pequenas, militares e
políticas, econômicas e culturais, com ou sem o derramamento de
sangue e só então obtiveram a vitória fundamental de hoje”. [12]

O processo da revolução chinesa foi extremamente tortuoso, intrincado


e cruel. Foi esta situação que levou a classe operária e ao povo chinês
adquirir um templo heróico, e de igual modo permitiu ao partido da
classe operária chinesa – o Partido Comunista da China – aproximar-
se completamente. Ademais, as grandes experiências da revolução, que
haviam chegado a construir o tesouro da classe operária chinesa
enriqueceram inevitavelmente a teoria Marxista-Leninista.

As ricas experiências revolucionárias da China se cristalizaram no


pensamento e nas obras de Mao Tsé-tung.

Em novembro de 1919 Lenin dizia aos comunistas no Oriente:

“Vós haveis encarado uma tarefa que até agora os Comunistas não
haviam enfrentado em nenhuma parte do mundo: confiando na teoria
geral e na prática do comunismo, vós mesmos tivestes que adaptar as
condições peculiares que não existem nos países europeus, e fostes
capazes de aplicar esta teoria e esta prática em condições específicas
onde maioria das pessoas é camponeses, cuja tarefa é a de sustentar
uma luta não só contra o capitalismo mas também contra os
remanescentes da idade média.” [13]

E novamente:

“Vós tereis que encontrar formas específicas para esta aliança dos
primeiros proletários do mundo com as massas trabalhadoras e
exploradas do Oriente, cujas condições de vida são em muito dos casos,
medievais.” [14]

Lenin também anotou:


9

“A tarefa é despertar as massas trabalhadoras para atividade


revolucionária, para a ação independente e a organização, fazendo
caso omisso do nível em que possam estar; traduzir a verdade da
doutrina do comunismo para a linguagem de cada povo tal como
fizeram os comunistas dos países avançados; levar a cabo aquelas
tarefas práticas que devem sem ser realizadas de imediato e unirem-se
em uma luta comum com os proletários de todos os países.

“Este é um problema cuja solução vós não encontrareis em nenhum


manual comunista, mas encontrareis na luta comum que a Rússia
começou. Vós tereis de abordar este problema e resolvê-lo por vossa
própria e livre experiência”. [15]

Como é amplamente conhecido através de seus escritos, Lenin e Stalin


resolveram os princípios básicos dos problemas anteriormente
mencionados expostos por Lenin. Stalin também realizou
importantíssimas contribuições teóricas sobre a questão Chinesa. A
tarefa de Mao Tsé-tung, líder do Partido Comunista da China, era a de
continuar a obra de Lenin e Stalin, estudar incessantemente a
experiência chinesa e integrar a teoria geral e prática do comunismo,
com a prática concreta da revolução chinesa. O traslado da verdade da
doutrina comunista - como foi realizado pelos comunistas dos países
mais avançados - na linguagem do povo chinês, completou esta
doutrina na luz das condições na China e a transformou em teoria e
prática da revolução chinesa. Desta maneira, inspirou a centenas de
milhões de seres humanos a se unirem na luta mundial contra o
imperialismo, a aliarem-se com a União Soviética, com a classe
operária e as pessoas progressistas dos outros países e com as nações
oprimidas em todo o mundo. Com o cumprimento desta tarefa, o poder
do imperialismo e seus lacaios foi derrubado na grande terra da China.

3. A REVOLUÇÃO CHINESA É PARTE DA REVOLUÇÃO


MUNDIAL

Lenin e Stalin consideravam os movimentos de libertação das nações


oprimidas, como parte da revolução proletária socialista mundial.

Isto se deve ao fato de que estamos vivendo na época do imperialismo,


e da revolução proletária, a época em que o socialismo triunfou pela
primeira vez na União Soviética, a nova época do Marxismo, a época
do Leninismo. Esta é a causa de que a revolução chinesa seja sobre
tudo, uma revolução antiimperialista.
10

Denunciando o Tai Chi-tao-ismo do Kuomintang, em março de 1926


em um artigo intitulado “Análise de Classes na Sociedade Chinesa”,
Mao Tsé-tung estudou a situação baseando-se na divisão do mundo em
dois grandes campos:

“A atual situação internacional se caracteriza pelo combate decisivo,


em escala mundial de duas forças gigantescas: a revolução e a
contrarrevolução. Estas duas forças içaram duas bandeiras: uma é a
bandeira da revolução, a bandeira vermelha que foi levantada pela
Terceira Internacional que chama todas as classes oprimidas do
mundo para se unirem sob ela: a outra, a bandeira da contra-
revolução, a bandeira branca, foi levantada pela Sociedade das Nações
que chama todas as forças contra-revolucionárias do mundo para se
unirem sob ela. No sei das classes médias, em uma data próxima,
inevitavelmente haverá uma cisão: uns irão para a esquerda, até a
revolução, os outros irão para a direita até contra-revolução. Para eles
a possibilidade de ocupar uma posição independente está excluída”.
[16]

Este conceito de Mao Tsé-tung é muito claro. Desde a Revolução


Socialista de Outubro, o mundo se dividiu em dois grandes tipos
opostos, a saber, o campo antiimperialista dirigido pelo movimento
revolucionário mundial do proletariado socialista, e o movimento
imperialista com todas as forças unidas da contra-revolução. A
camarilha de Tai Chi Tao no Kuomintang representava a ala direita
da burguesia nesta época, servindo na realidade como porta-voz de
Chiang Kai Shek, preparando o caminho para sua traição à revolução.
Esta camarilha se opôs a teoria da luta de classes, desaprovou a aliança
do Kuomintang com a Rússia e no Partido Comunista e de modo vão
acreditou que poderia permanecer “independente” dos grandes
campos e estabelecer um estado sob o exclusivo domínio da burguesia.
Mao Tsé-tung anotou que seus intentos foram condenados ao fracasso
total, pois as classes intermediárias estavam destinadas a desaparecer.
A burguesia nacional tinha que: girar à esquerda e aliar com a Rússia
e o Partido Comunista, aceitando a direção do proletariado e se unir
na luta mundial com o imperialismo: ou girar à direita opor-se a
Rússia e ao Partido Comunista, opor-se às revoluções proletárias em
outros países e chegar a ser um lacaio do imperialismo.

A burguesia nacional teria de recorrer a uma dessas duas alternativas,


pois não tinha a oportunidade de assumir uma posição
“independente”. Na prática, a ala direita da burguesia nacional logo
seguiu a Chiang Kai-Shek em sua traição à revolução e se colocou ao
11

lado do imperialismo.

Durante a guerra de Resistência contra o Japão (1937—1945), sob a


iniciativa de nosso Partido, uma ampla frente unida nacional foi
restabelecida. Entretanto, os reacionários do Kuomintang regressaram
uma vez mais ao seu desgastado tema da ditadura da burguesia, que na
realidade pretendia camuflar e preservar a ditadura dos grandes
senhores feudais e dos capitalistas burocráticos representados por
Chiang Kai Shek, a “ditadura do partido único”do Kuomingtang, ou
como Mao Tsé-tung a descreveu, a ditadura semi-colonial e semi-
feudal. Ao mesmo tempo, dentro do nosso Partido reapareceu uma
forma de oportunismo de direita que tentava colocar o proletariado
como apêndice da grande burguesia. Com o objetivo de colocar em
descoberto os falaciosos pontos de vista dos reacionários do
Kuomintang, afastar o oportunismo de direita no Partido e desta
maneira garantir que o proletariado chinês, as grandes massas do povo
chinês e nosso Partido, não se desorientarem ante a complexa situação
da nova frente unida nacinonal, Mao Tsé-tung escreveu sua
importante obra “Sobre a Nova Democracia”.

Nesta combativa obra, Mao Tsé-tung desenvolveu mais concretamente


e mais profundamente a teoria de Lenin e Stalin antes mencionada no
que diz respeito à revolução nos países coloniais e semi-coloniais.
Citando os escritos de Stalin, e sobre a base das grandes experiências
acumuladas na revolução chinesa, uma vez mais abordou
minuciosamente a questão da direção fundamental, uma linha
fundamental da revolução chinesa.

Ele expôs:

“...A primeira revolução socialista vitoriosa, a Revolução de Outubro,


mudou o destino histórico do mundo e marcou uma nova era na
história da humanidade”.[17]

Agrega mais adiante:

“Na época em que a frente do capitalismo mundial se funde em uma


sexta parte do globo, e onde a decomposição de outros estados se
manifesta plenamente: na época em que o capitalismo subsistente não
pode vingar graças a suas colônias e semi-colônias, e que o estado
socialista já estabelecido proclama sua vontade de ajudar aos
movimentos de libertação de todas as colônias e semi-colônias; quando
o proletariado dos “vasos” capitalistas está se libertando dia após dia
12

da influência dos partidos social-democratas-imperialistas e


declararam também apoiar e defender os movimentos de libertação
das colônias e semi-colônias – em tal era qualquer revolução que tenha
lugar em uma colônia ou semi-colônia contra o imperialismo, quer
dizer, contra a burguesia e o capitalismo internacional, já não
corresponde a velha categoria da revolução mundial democrático-
burguesa, senão a uma nova categoria, que já não faz parte da velha
revolução burguesa, ou da revolução mundial do capitalismo, senão
que faça de uma nova revolução mundial, a revolução mundial do
proletariado socialista”. [18]

Esta é uma valorização fundamentalmente Marxista-Leninista e uma


análise da revolução nos países coloniais e semi-coloniais. – Desta
análise pode-se obviamente deduzir uma conclusão claramente
definida no que concerne a direção fundamental da revolução chinesa.
- A consolidação é: a revolução chinesa é parte integrante da
revolução mundial do proletariado socialista. – Avançando nesta
conclusão, os seguintes pontos ficam claros: Primeiro: “Tais revoluções
são radicalmente antiimperialistas e por isso não são toleradas pelo
imperialismo que as combate, porém encontram a aprovação do
socialismo e são aprovadas e defendidas pelo estado socialista e a
Internacional do proletariado socialista”. [19] – “Todas as potências
imperialistas do mundo são hostis a nós: se a china quer a
independência, jamais poderá alcançá-la sem a ajuda do estado
socialista e do proletariado internacional – Quer dizer, a China não
poderá alcançar sua independência sem a ajuda da União Soviética, e a
ajuda dada pelas contínuas lutas anticapitalistas sustentadas pelo
proletariado no Japão, Grã Bretanha, Estados Unidos, França,
Alemanha, Itália e todos os demais estados”. [20]

Segundo: “todo “chefe” de uma colônia ou semi-colônia, ou bem se


coloca ao lado da frente imperialista para chegar fazer parte da força
mundial da contrarrevolução, ou bem se colocam ao lado da frente
antiimperialista para fazer parte das forças da revolução mundial. –
Deverão necessariamente escolher um desses dois caminhos, pois para
eles não há uma terceira posição”.

“Como o conflito entre a União Soviética socialista e as potências


imperialistas chegou a intensificar-se mais, é inevitável que a China
deva colocar-se em um ou outro lado – É possível não se inclinar pra
nenhum dos lados? – Não, isto é uma ilusão” [22].
13

Terceiro “O mundo de hoje entrou em uma nova era de revoluções e


guerra, uma nova era na qual o capitalismo está morrendo
definitivamente e o socialismo está prosperando triunfalmente. – Sob
tais condições, não é completamente fantástico desejar o
estabelecimento de uma sociedade capitalista sob a ditadura da
burguesia na China, depois da vitória do povo em violentas batalhas
contra o imperialismo e o feudalismo?” [23].

“É definitivo, justo e verdadeiro, que ao menos que os reacionários da


burguesia chinesa se despertem, os acontecimentos não marcharão tão
facilmente com eles e então sua única perspectiva será a de provocar
sua própria ruína”. [24]

Quarto: “O sistema ideológico e social do comunismo arrastou ao


mundo com o ímpeto de uma avalanche da força de um raio e goza de
uma juventude perpétua. – Desde a chegada do comunismo científico
na China as perspectivas do povo têm sido mais amplas e a revolução
chinesa mudou sua fisionomia. Sem a direção do comunismo, a
revolução democrática na China não teria êxito jamais, sem falar dos
períodos posteriores à revolução... – Hoje em dia, o mundo inteiro
necessita do comunismo para a sua salvação e a China não é uma
exceção. [25] – “... “Qualquer um que deseja enfrentar o comunismo,
deve se preparar para ser destruído” [26]

Todos estes temas foram elevados por Mao Tsé-tung faz dez anos em
sua obra “Sobre a Nova Democracia”. – Desde então, continuou
elucidando-o em seus vários escritos. – Os acontecimentos no mundo
na China durante os últimos dez anos testemunharam sua verdade.

Naturalmente, a aclaração destas questões afastou o nacionalismo


mesquinho reacionário da burguesia.. Também liquidou os prejuízos
nacionalistas da pequena burguesia que estava satisfeita com seu
mundinho pequeno, retrógrado e isolado.

Aplicar os ensinamentos do Marx, Engels, Lenin e Stalin,


especialmente os ensinamentos de Lenin e Stalin, estudar e analisar a
revolução chinesa a partir do ponto de vista fundamental e guiar a
revolução chinesa na direção correta - este é o caminho que levou o
pensamento de Mao Tsé-tung ao triunfo.

4. REVOLUÇÃO DAS GRANDES MASSAS POPULARES SOB A


DIREÇÃO DO PROLETARIADO
14

Baseando-se em mudanças fundamentais trazidos na história do


mundo, pela Revolução Socialista de Outubro e suas mudanças
fundamentales na história da China, trazidos por sua aparição na
arena política do proletariado na China moderna, Mao Tse-tung
anotou que, antes estas mudanças tivessem lugar, a revolução chinesa
era uma revolução democrática de velho tipo; pode-se dizer, dirigida
pela burguesia, e que logo ocorreriam mudanças, a revolução chinesa
chegou a ser uma revolução de nova democracia, pode-se dizer, uma
revolução dirigida pelo proletariado.
Desde sua oposição ao oportunismo de direita de Chen Tu-hsiu no
primeiro período revolucionário [27] e seguindo os princípios do
Partido, Mao Tse-tung aderiu firmemente —debaixo de todas as
circunstâncias— à teoria de Lenin e Stalin concernente à direção do
proletariado e a desenvolve concretamente de acordo com as condições
existentes na China. Durante o primeiro período da Guerra de
Resistencia contra o Japão, Mao Tse-tung sustentou uma luta
irreconciliável contra o oportunismo de direita que acabava de surgir,
e constantemente enfatizou a necessidade de lembrar as lições
aprendidas através do fracasso da revolução de 1927: as consequências
criminosas do oportunismo de Chen Tu-hsiu em prejuízo da direção do
proletariado. Constantemente aconselhava aos membros do Partido
Comunista chinesa, ler cuidadosamente a grande obra ideológica de
Lenin "Dois táticas de uma Social-Democracia na Revolução
Democrática", posto que a considerava como uma poderosa arma para
ser utilizada enfrentando-a ao oportunismo de direita.
O problema da direção do proletariado na revolução chinesa estava
relacionado estreitamente com a debilidade da burguesia nacional
chinesa. Em 1926, diante da debilidade da grande burguesia nacional
na China, Stalin escreveu seu artigo "As Perspectivas da Revolução na
China":

"...Conclui-se disto, que o papel de iniciador e continuador da


revolução chinesa, o papel de direção do camponês chinês, deve
inevitavelmente corresponder ao proletariado chinês e a seu partido”
[28]. Mao Tse-tung disse:

"No que concerne à China, a situação é muito clara. Aqueles que


podem conduzir o povo a derrotar as forças imperialistas e feudais,
ganharam a confiança do povo, posto que seus inimigos mortais são o
feudalismo e sobretudo o imperialismo...a história tem provado que a
burguesia chinesa é incapaz de assumir esta responsabilidade, que não
pode senão recair sobre as costas do proletariado" [29].
15

Mao Tse-tung anotou: "o curso histórico da revolução chinesa se


dividiu em duas etapas: a revolução democrática e a revolução
socialista" [30]. Ainda que em seu caráter social na primeira etapa que
dá início à revolução chinesa, ela seja, sem dúvida, fundamentalmente
democrático-burguesa, "já não pertence à revolução de velho tipo
dirigida inteiramente pela burguesia com o objeto de estabelecer uma
sociedade capitalista e um estado sob a ditadura burguesa, ou seja, sem
dúvida, pertence a uma revolução de novo tipo que seja dirigida
inteiramente ou em parte pelo proletariado, aspirando ao
estabelecimento de uma sociedade de nova democracia e um estado sob
a ditadura conjunta de todas as classes revolucionárias" [31].
Mao Tse-tung definiu esta revolução na seguinte fórmula bem clara e
sincera: "Uma revolução de nova democracia é uma revolução das
grandes massas do povo, dirigida pelo proletariado contra o
imperialismo e o feudalismo" [32]. Em algumas circunstâncias também
se referiu a ela como "uma revolução democrática popular contra as
forças do imperialismo e do feudalismo". Devido ao fato de que
durante os largos anos de dominação contrarrevolucionária —as
quatro Grandes Famílias [33] encabeçadas por Chiang Kai-shek
chegaram a converter-se em uma camarilha monopolizadora de
capital-burocrático— um novo elemento se somou ao caráter da
revolução. Este elemento foi a oposição ao capitalismo burocrático.
Mao Tse-tung agregou este novo elemento à sua fórmula, que então
chegou a ser: "a revolução contra o imperialismo, o feudalismo e o
capitalismo burocrático, sustentada pelas grandes massas do povo sob
a direção do proletariado" [34]. Considerou esta fórmula como a linha
geral e a política geral na primeira etapa da revolução chinesa.

"As amplas massas do povo" na fórmula proposta por Mao Tse-tung


faz referência principalmente aos camponeses. Esta revolução estava
baseada em uma aliança dos operários e os camponeses e abarcou a
todo o povo que era oposto ao imperialismo, ao feudalismo e ao
capitalismo burocrático. Segundo Mao Tse-tung, o proletariado, os
camponeses, os intelectuais e alguns setores da pequena burguesia na
China eram as forças fundamentais que, com o proletariado como
força dirigente, poderiam decidir seu destino.
A ditadura democrática revolucionária implantada por esta revolução
permitiu que se mantivessem as mesmas classes fundamentais. Mao
Tse-Tung a chamou "a ditadura conjunta de todas as classes
revolucionárias sob a direção do proletariado", ou "a ditadura
democrática popular sob a direção da classe operária... e baseada na
aliança dos operários e dos camponeses".[35]
16

Segundo Mao Tse-Tung, a questão da direção do proletariado foi a


chave que permitiu que pudessem ser resolvidos uma série de
problemas da revolução chinesa. Foi também o ponto chave para
decidir o êxito ou o fracasso da revolução chinesa. Em maio de 1937,
falando sobre a questão da frente unida nacional anti-Japonesa, Mao
Tse-tung disse:

“É o proletariado quem segue a burguesia, ou é a burguesia que segue


o proletariado? Esta questão da responsabilidade na direção da
revolução chinesa é o ponto fundamental do qual depende o êxito da
revolução" [36].
Em sua famosa obra "Sobre a Ditadura da Democracia Popular",
publicada em 1949, ele anotou de novo:

"A história inteira da revolução prova que, sem a direção da classe


operária a revolução fracassa e que com a direção da clase operária a
revolução triunfa. Na época do imperialismo, en nenhum país,
nenhuma outra classe —diferente da classe opreária— pode conduzir
uma verdadeira revolução até a vitória. Isso prova claramente o fato
de que todas as revoluções dirigidas pela pequena burguesia e a
burguesia nacional da China, tenham fracassado" [37].

Ao mesmo tempo, Mao Tse-tung via questão dos camponeses como o


centro do problema concernente à direção do proletariado. Em seu
informe sobre os problemas nacionais e coloniais apresentados diante
do Segundo Congresso da Internacional Comunista, Lenin expôs:
"Seria utópico pensar que os partidos politicos proletários, se
realmente puderam levantar-se em tais países atrasados, poderiam
adotar táticas comunistas e uma política comunista sem temer em
conta as relações precisas com o movimento camponês e sem apoiá-lo
efetivamente" [38]. Stalin anotou em várias ocasiões, "... em essência, a
questão nacional é a questão camponesa" [39]:
A visão de Mao Tse-tung sobre a revolução chinesa estava justamente
de acordo com os pontos de vista de Lenin e Stalin e foi um
desenvolvimento destes conceitos. Nas revoluções democrático-
burguesas, a principal controvérsia entre o proletariado e a burguesia,
e entre o proletariado e todos los outros partidos políticos, teria sido o
problema campesino. Em sua obra "Sobre o Governo de Coalizão,”
Mao Tse-tung anotou:

"Reunindo todas as forças e seus comandos, a camarilha antipopular


do Kuomintang lançou contra o Partido Comunista chinês toda classe
de dardos venenosos, ataques públicos como secretos, políticos como
17

militares, cruentos e incruentos. Desde o ponto de vista de suas


implicações sociais, o centro da controvérsia entre as duas partes gira
realmente em torno do princípio das relações agrárias".[40]

O signo de boa qualidade na direção da revolução camponesa se coloca


na direção do proletariado. A burguesia não pode chegar a converter-
se em uma líder de uma revolução democrático-burguesa, devido
principalmente ao fato de que não pode dirigir uma revolução
camponesa e porque teme a tal revolução e se opõe a ela. Não há
dúvida de que somente sob a direção do proletariado, é possível
efetivamente organizar a enorme e desunida população camponesa em
uma inesgotável força combativa, formar uma aliança de operários e
camponeses e sobre as bases desta aliança, ganhar todo o potencial de
força revolucionária e forjar uma unidade entre as forças
revolucionárias chinesas com todas as outras partes do mundo.
Durante o primeiro período revolucionário, Chen Tu-hsiu sustenta que
"se a revolução democrático-burguesa perde o apoio da burguesia,
deixará de ter um conteúdo de classe e perderá toda base social na
causa revolucionária". Pode-se dizer, Chen Tu-hsiu considerava "o
significado de classe e os fundamentos sociais" da revolução
democrático-burguesa como pertencentes à burguesia somente. Ele
não tinha em conta a questão camponesa.(Ver o artigo de Chen Tuhsiu
"A Revolução Burguesa e a Burguesia Revolucionária", publicado em
1923). Dever-se-ia indicar que foi em relação ao problema dos
camponeses que os oportunistas de toda laia, começando com Chen
Tuhsiu, se opuseram ao papel de direção do proletariado e o
tergiversaram. Alguns deles negaram diretamente a direção do
proletariado e admitiram a da burguesia, rechaçando desta maneira a
revolução camponesa, como o fez Chen Tu-hsiu e seus seguidores no
primeiro período revolucionário e os oportunistas de direita na etapa
inicial da Guerra de Resistência contra o Japão. Outros mantiveram
uma aparência ultra-esquerdista, mas na prática negavam a
necessidade da unidade com os camponeses médios e a pequena
burguesia urbana, de tal maneira que na realidade negavam o
princípio de direção do proletariado, como fizeram os oportunistas de
"esquerda" durante o período da Guerra Civil dos Dez Anos
compreendido entre 1927 e 1937.
Não há dúvida de que foi precisamente a direção do proletariado e em
consequência da aliança de operários e camponeses, a que fez possível
por uma parte da vitória da revolução contra o imperialismo, o
feudalismo e o capitalismo burocratico, tal como Mao Tse-tung
expressa: "Estas duas classes são a principal força para a derrocada do
imperialismo e dos reacionários do Kuomintang" [41]. Por outra parte,
18

elas fizeram possível a transição da revolução de Nova Democracia


para uma revolução socialista; como disse Mao Tse-tung: "a transição
da Nova Democracia ao socialismo também depende principalmente de
sua aliança" [42].
Se nós tivéssemos seguido o caminho dos oportunistas que renegavam
a direção do proletariado, então, como demostraram os fatos
históricos, a revolução havia sofrido sérios revezes e fracassos, a
revolução chinesa não havia chegado a ser o que é agora e não haveria
tido futuro.

5. Das bases revolucionárias no campo à vitória completa da revolução

Como é sabido por todos, a revolução chinesa triunfou depois de uma


larga e cruel luta, logo depois de capturar um a um todos os baluartes
inimigos. Depois de 1927, a captura destes baluartes não começava nas
grandes cidades, mas sim no campo. Nesta época, o Partido Comunista
da China, representado por Mao Tse-tung, transferiu o centro
gravitacional de seu trabalho às aldeias, tomou força ali e as utilizou
para cercar as cidades e logo tomá-las. Esta foi a linha de trabalho
sobre a qual Mao Tse-tung insistiu. Faz muito tempo que os fatos
provaram que esta linha trouxe a vitória completa, posto que era a
linha correta e a única. Estava baseada em uma sólida análise
científica Marxista-Leninista das condições da China.
Os inimigos da revolução chinesa eram numerosos e poderosos. Já em
1927 Stalin tinha dito:

"Os inimigos da revolução chinesa —tanto internos (Chang Tso-lin,


Chiang Kai-shek, a grande burguesia, os senhores feudais, etc.), como
externos (os imperialistas)— são muito numerosos e demasiado
fortes..." [43].

Analisando os inimigos de da revolução chinesa que incluíam não


somente os poderosos países imperialistas, mas também as poderosas
forças feudais e a grande burguesia que estava em coalizão com os
imperialistas e as forças feudais, e que eram hostis ao povo, Mao Tse-
tung considerou uma série de questões a saber:

Enfrentando a tais inimigos, a revolução chinesa chegou a ter um


caráter cruel e uma natureza prolongada. Sendo os inimigos tão
sumamente poderosos, não foi senão depois de um largo período de
tempo que as forças revolucionárias puderam ser aglutinadas e
fortalecidas ao ponto de serem invencíveis e obter a vitória final. Posto
que nossos inimigos se esforçam ferozmente por aniquilar a revolução,
19

as forças revolucionárias não poderiam manter firmemente suas


próprias posições e enfrentar-se com eles, a menos que se fortalecessem
-e se desenvolveram com tenacidade. A concepção de que as forças da
revolução chinesa podem ser construídas em um abrir e fechar de
olhos, e que a luta revolucionária chinesa pode triunfar da noite até a
manhã, é em consequência, falsa.

Enfrentando a tais inimigos, a revolução chinesa deve ser —no que diz
respeito a seu caráter fundamental— uma revolução armada antes que
uma revolução pacífica. Isto se deve a que nossos inimigos
impossibilitam ao povo chinês —privado de todos os direitos e de todas
as liberdades políticas— a realização de qualquer ação política
pacífica. Stalin disse: "Na China, a revolução armada está lutando
contra a contrarrevolução armada. Esta é uma das peculiaridades e
uma das vantagens da revolução chinesa". Esta é uma formulação
perfeitamente correta. As concepções que dão escassa importância à
luta armada, à guerra revolucionária, à guerra de guerrillas e a um
trabalho militar, são, por consequente, falsas. Enfrentando tais
inimigos, a revolução chinesa tem também que abordar a questão das
áreas das bases revolucionárias. As grandes potências imperialistas e
os exércitos de seus aliados, as forças reacionárias na China, tem
ocupado sempre e indefinidamente as principais cidades. Se as forças
revolucionárias não queriam comprometer-se com elas, sem que
desejavam continuar firmemente na luta, se tinham por objetivo
crescer, acumular forças, fortalecer-se e evitar batalhas decisivas com
seu poderoso inimigo antes de ter-se podido concentrar e chegado a ser
bastante fortes, então, devem transformar as regiões rurais atrasadas
em grandes baluartes revolucionários tanto no plano militar como no
político, econômico e cultural. Então, desde estes baluartes, a força
revolucionária pode lançar ataques para liquidar o inimigo
acantonado nas grandes cidades, mas cercado por nossas aldeias e, em
uma prolongada luta levada até o fim, gradualmente ganhar uma
vitória absoluta para a revolução"[44].
O estabelecimento de bases revolucionárias com forças armadas, foi o
ponto de partida do caminho seguido por Mao Tse-Tung para levar a
revolução chinesa a uma vitória absoluta. Ele anotou que era
necessário estabelecer bases revolucionárias, a não ser quando no
começo foram somente pequenas partes de território, demonstrando
que seguindo esse rumo é que "uma faísca somente pode incendiar
toda uma pradaria". Mao Tse Tung disse:

"Somente então podemos ganhar a confiança das massas


revolucionárias em todo o país, justamente como a União Soviética tem
20

obtido em todo o mundo. Somente então poderemos criar tremendas


dificuldades às reacionárias classes dominantes, fazer tremer suas
bases e precipitá-las à sua desintegração interna. E somente então
poderemos criar verdadeiramente um Exército Vermelho que seja
nossa arma principal para a vinda da Grande Revolução. Em resumo,
somente então poderemos acelerar o futuro revolucionário".[45]

Por que teve a possibilidade de estabelecer bases que puderam existir


durante um largo tempo e por que poderia esta possibilidade
transformou-se em uma realidade? Mao Tse-Tung anotou as seguintes
condições existentes na velha China:

A China se desenvolve desigualmente sobre os dois planos: político e


econômico; coexiste uma frágil economia capitalista e uma economia
semi-feudal profundamente enraizada; coexistem umas poucas
indústrias modernas e umas quantas cidades comerciais, e um
ilimitado número de distritos rurais atrasados; coexistem em uma
parte vários milhões de trabalhadores industriais e em outra parte,
milhões de camponeses e de artesãos sob o jugo de uma ordem arcaica;
coexistem os grandes senhores da guerra que controlam o Governo
Central, e os pequenos senhores da guerra que controlam as
províncias; coexistem duas categorias de exércitos reacionários, quer
dizer que o chamado Exército Central debaixo do mando de Chiang
Kai-shek e as tropas de diverso tipo sob o mando dos senhores da
guerra nas províncias, e coexistem umas poucas vias férreas, linhas de
vapor e carreteras por una parte, e um vasto número de caminhos de
ferro e de caminhos nos quais somente se pode circular a pé e alguns
naqueles é difícil transitar.

China é um país semi-colonial —os conflitos entre os países


imperialistas causam também conflitos entre as diferentes camarilhas
políticas imperantes na China. Um estado semi-colonial controlado por
vários países, é diferente de uma colônia controlada por um só país.
China é um vasto país. "Quando o Leste se encontra todavia obscuro, o
Oeste se ilumina; quando a noite cai no sul, o dia nasce no Norte"; em
consequência, ali não há razão para preocupar-se por falta de espaço.
China levou até o fim uma grande revolução que preparou o terreno
para a criação do Exército Vermelho, que tinha preparado o elemento
dirigente do Exército Vermelho: o Partido Comunista, que tinha
preparado as massas populares, as quais tomaram parte na Revolução
[46].
21

Com especial ênfase, Mao Tse-Tung assinalou as divisões e as guerras


dentro do campo da burguesía compradora e os senhores feudais
governantes manipulados pelo imperialismo. Ele estableceu:

As prolongadas lutas e divisões no interior do campo branco criaram


tais condições, fazendo com que tenha sido possível a uma ou várias
pequenas regiões vermelhas dirigidas pelo Partido Comunista,
constituir-se e subsistir em meio do cerco da força política branca...
Somente comprovando que as lutas intestinas e as guerras no interior
do campo branco revistam-se, na China, de um caráter crônico, pode
explicar-se a possibilidade do surgimento, existência e diário
crescimento do poder político vermelho.[47]

Pode deduzir-se do anterior que, aplicando à China semi-colonial a lei


que rege o desigual desenvolvimento político e econômico em vários
países capitalistas, como lhe expuseram Lenin e Stalin, e fazendo uma
análise séria das condições concretas, Mao TseTung extraiu uma série
de amplas conclusões. Tais conclusões foram: que o desenvolvimento
político e econômico da China foi ao extremo desigual; que este
desigual desenvolvimento deu origem a extremas desigualdades no
desenvolvimento da revolução: que era possível para a revolução
tomar vantagem da debilidade do inimigo para ganhar a primeira
vitória nas áreas rurais, e que foi possível, a longo prazo, o
estabelecimento de bases revolucionárias ali. Obviamente, depois do
fracasso da revolução em 1927, estas conclusões de Mao Tse-Tung
foram de enorme significado para a causa revolucionária na China.
Mao Tse-Tung recordou em 1936:

"Nós assinalamos isto (ante a Primeira Conferência do Partido da


Área Fronteriça Hunan-Kiangsi), no final de 1927 e começo de 1928,
pouco depois de que a guerra de guerrilhas começou na China, quando
alguns camaradas na área fronteriça de Hunan-Kiangsi —as
montanhas Chingkang— fizeram a pergunta: "quanto iempo
conseguiremos manter no alto a bandeira vermelha?" Esta era uma
questão fundamental. Sem responder à pergunta que se era possível a
existência e o desenvolvimento de áreas de bases revolucionárias na
China e do Exército Vermelho Chinês, nós não teríamos dado um só
passo adiante".[48]

A marcha das forças revolucionárias dirigidas pelo camarada Mao


Tse-Tung nas Montanhas Chingkang, constituiu um ataque muito
heroico à contrarevolução de Chiang Kai-Shek e Wang Ching-wei.[49]
Este ataque deu nascimento à primeira base revolucionária. O
22

estabelecimento desta base revolucionária quando o povo sofria


espantosas dificuldades e privações, encheu de esperança a nação
inteira e muitas outras bases revolucionárias foram estabelecidas com
este despertar.
Depois do fracasso da revolução em 1927, a camarilha capitulacionista
de Chen Tu-Hsiu perdeu imediatamente a confiança no futuro da
revolução e se tornou liquidacionista. Se opuseram à linha de Mao Tse-
Tung e à heróica marcha que ele dirigiu para atacar a
contrarrevolução. Sua permanente negação da revolução camponesa
constituía a base de sua integração à camarilha trotskista com a qual
prontamente colaboraram, sendo expulsos do Partido. Os membros da
camarilha trotskista de Chen Tu-Hsiu fizeram todo o possível para
popularizar o governo reacionário do Kuomintang de Chiang Kai-
Shek e o poder dos reacionários do Kuomintang. Inclusive chegaram a
ser tão desavergonhados que chegaram a alardear a guerra
contrarrevolucionária de Chiang Kai-Shek como una "guerra de
unificação" e declarar publicamente estar "de acordo com a reação".
Denegriram Mao Tse-Tung e a revolução com grande maldade.
Constantemente este punhado de elementos degenerou na mais
despprezível e vil sujeira contrarrevolucionária e fez o mais sujo
trabalho para o imperialismo e a contrarrevolução.
Por outro lado, alguns camaradas do Partido cometeram o erro de
tornar-se impetuosos, um defeito peculiar dos revolucionários da
pequena burguesia. Odiavam a cruel política de massacre do
Kuomintang e se enfureceram com a capitulação de Chen Tu-Hsiu.
Mesmo assim, careciam de paciência para continuar em uma lenta,
árdua e delicada luta revolucionária e se impacientaram diante da
necessidade de persistir no trabalho das bases revolucionárias no
campo por um largo período de tempo. Estabeleceram a teoria de que
a revolução poderia ganhar uma rápida vitória. Estes camaradas
realmente negaram o desigual desenvolvimento político e econômico da
China: negaram o desigual desenvolvimento da revolução e sonharam
com que se poderia ganhar uma rápida vitória da noite para o dia, e
que se poderia conseguir uma significativa e rápida vitória,
capturando muitas cidades. Este aventureirismo de "esquerda"
ganhou temporalmente ascendência no Partido em três ocasiões, sendo
rechaçada a linha correta de Mao Tse-Tung e sofrendo a revolução
sérias perdas. A terceira linha aventureira representada por Wang
Ming (Chen Shao-yu) e Po Ku (Ching Pang-hsien), particularmente,
que prevaleceu no Partido depois da linha aventureira de Li Li-san,
causou os danos mais sérios. Novamente graças à direção de Mao Tse-
Tung, a revolução foi eventualmente salva da crítica situação criada
por tais aventurerismos.
23

Como as bases revolucionárias foram estabelecidas e preservadas até o


final da luta armada, a questão concernente às bases revolucionárias
estava em relação com os problemas estratégicos da guerra
revolucionária. Realmente, a controvérsia sobre a questão concernente
às bases revolucionárias era uma controvérsia sobre os problemas
estratégicos da guerra revolucionária.

Uma das maiores contribuições militares feitas por Mao Tse-Tung no


longo processo da revolução chinesa, foi o de haver colocado a guerra
de guerrilhas em uma posição estratégica no extremo importante. Ele
anotou:

"A prolongada luta revolucionária sustentada em tais áreas de bases


revolucionárias é principalmente uma guerra de guerrilhas camponesa
dirigida pelo Partido Comunista Chinês. Desprezar a constituição de
áreas de bases revolucionárias nos distritos rurais, descuidar da
execução de um trabalho laborioso entre os camponeses e abandonar a
guerra de guerrilhas, são em consequência pontos de vista incorretos".
[51]

Posto que durante o período da Guerra Civil dos Dez Anos, os


oportunistas de "esquerda" ignoraram a importancia de colocar e
manter bases rurais por um largo período de tempo, inevitavelmente
ignoraram a guerra de guerrilhas e a linha de conseguir grandes
vitórias por uma acumulação de pequenas vitórias. Eles não
reconheceram que a guerra de guerrilhas e a guerra móvell de caráter
guerriheiro eram as formas principais de luta e sonharam lutando
batalhas decisivas na guerra de posições, debaixo de condições em que
o poder do inimigo era muito maior que o nosso. Os resultados
desastrosos ocasionados por esta estratégia errônea conduziram a uma
perda das bases. Logo, quando sua teoria de chegar a uma rápida
vitória não conduziu ao êxito, mas ao contrário, levaram à perda de
muitas bases, estes oportunistas de "esquerda" chegaram a ser
pessimistas e se desviaram para a direita. No período da Guerra de
Resistência contra ol Japão, de novo propugnara, pela estratégia de
uma rápida vitória. Não mostraram interesse na política de persistir no
estabelemento de bases anti-Japonesas no campo, em uma guerra de
guerrilhas anti-Japonesa e na extensão em grande escala e de vigorosas
bases. Quanto à política de operações pelas forças armadas do povo,
foram intolerantes com qualquer coisa com exceção da "guerra
regular", desconhecendo o fato de que o poder do inimigo era muito
maior que o nosso nas etapas iniciais da guerra. Todo isto era similar à
política que haviam defendido durante o período da Guerra Civil dos
24

Dez Anos. A diferença estava en que no período da Guerra de


Resistência mostraram completamente que haviam perdido a
confiança no poder do povo. Fixando suas esperanças de vitória
durante a Guerra de Resistência principalmente na "guerra regular"
sustentada pelo Exército do Kuomintang, não compreenderam o
grande papel e o futuro das forças armadas do povo.
O método da condução da guerra de guerrilhas, como expôs Mao Tsé-
Tung, era, em alguns casos, "dividir o todo em partes" e "dividir as
forças de forma a mobilizar as massas"; enquanto que em outros era
"unir as partes em um todo" e "concentrar as forças para assestar
golpes no inimigo". A principal estratégia da Guerra Revolucionária,
como foi exposta por Mao Tsé-Tung, era o desenvolvimento extensivo
da guerra de guerrilhas o mais completamente possível e, em
determinadas condições, com o crescimento de nosso poder, convertê-
la em uma guerra regular, como ocorreu no período posterior da
Guerra Civil dos dez anos. Durante este período, a guerra regular,
todavia, adquiriu a forma de uma guerra de movimentos de caráter
guerrilheiro. Sob outras circunstâncias, de acordo com as mudanças na
situação do inimigo, a guerra regular foi convertida em guerra de
guerrilhas, como no primeiro período da Guerra de Resistência contra
o Japão. Durante aquele período, a principal forma de luta era a
guerra de guerrilhas; assim sendo, a posibilidade de sustentar uma
guerra de movimentos sob condiçoes favoráveis foi não foi
abandonada.

Devido a novas condições, o amplo crescimento da força revolucionária


às mudanças na situação do inimigo, a guerra de guerrilhas foi de novo
convertida em guerra regular, como no último período da Guerra de
Resistência contra o Japão e durante a Guerra de Liberação contra o
imperialismo norte-americano e contra Chiang Kai-Shek. No período
posterior à Guerra de Libertação, a guerra regular se desenvolveu de
tal maneira e de forma tão completa que incluiu operações de grandes
formações. Nelas, grande número de armas pesadas foi empregado.
Foram lançados ataques sobre pontos poderosamente fortificados. Ao
mesmo tempo em que ocorriam todos estas mudanças estratégicas,
outras mudanças tinham lugar nas bases revolucionárias, pequenas
bases se haviam convertido em grandes e estas por sua vez se
estenderam por áreas que incluíam cidades, até que a vitória foi
alcançada na metade da China e logo em todo o país.
Depois de que a revolução tinha alcançado a vitória toda na nação,
Mao Tsé-Tung notou a necessidade de construir um exército
completamente moderno com o objetivo de defender nossa pátria. Em
25

seu amplo discurso diante da Conferência Consultiva Política do povo


chinês, em Setembro de 1949, disse:

"Nossa defesa nacional deve ser consolidada e não permitiremos aos


imperialistas invadir de novo nosso território. Nossas forças armadas
populares devem preservar-se e fortalecer-se, tendo como pilar
fundamental nosso heróico e comprovadamente experiente exército de
Libertação Popular. Não devemos ter somente um poderoso exército,
devemos também ter uma poderosa força aérea e uma poderosa
marinha de guerra".

A tomada de nosso território de Taiwan pelo imperialismo norte-


americano e sua agressão contra a República Democrática Popular de
Corea, estão demonstrando plenamente — como Mao Tse-Tung que
havia anotado dois anos antes— quão necessário seja construir
modernas forças para a defesa nacional. Ainda que se enviassem
voluntários a lutar triunfalmente ombro a ombro com o Exército
Popular Coreano contra a agressão dos Estados Unidos, o povo chinês
tem feito todo o possível para construir um exército completamente
moderno, uma poderosa força aérea e uma poderosa força naval.
Mao Tse-Tung aplicou a dialética Marxista-Leninista aos problemas
estratégicos de la guerra revolucionária com excepcional brilhantismo
e passo a passo provou que esta análise dialética era correta. Assim
sendo, os oportunistas e os dogmáticos sempre ignoraram a relação de
forças entre nós e o inimigo, e insistiram unilateralmente na "guerra
regular". Eles ignoraram a dialética na vida e em consequência na vida
lhes traz somente sofrimentos.

6. UMA AMPLA FRENTE ÚNICA, TANTO DE UNIDADE COMO


DE LUTA

Durante séculos, China foi um país agrário que sofreu em épocas


recentes as ações agressivas de várias potências imperialistas,
convertendo-se em um país semi-colonial extremamente agitado e,
como dissemos antes, o ponto central de las contradições no Oriente.
Foi em consequência possível para a revolução de nova democracia na
China, contra o Imperialismo, o feudalismo e o capitalismo
burocrático, aproveitar todas as vantagens destas contradições e
concentrar todas suas forças para derrotar um por um aos inimigos do
povo.
Em relação com isto, dois tipos de erros ocurreram na história do
Partido Comunista da China. Um foi o oportunismo de direita: por
exemplo, o de Chen Tu-Hsiu durante o período da revolução,
26

comprendido entre 1924 e 1927 e os erros direitistas cometidos por


alguns camaradas no período inicial da Guerra de Resistência contra o
Japão. Os oportunistas de direita propuseram uma frente unida sem
princípios, pretendendo converter o proletariado em um apêndice da
burguesia. Mao Tse-Tung definiu este erro do oportunismo de Direita
como "somente alianças e nenhuma luta". Outro erro foi o do
oportunismo de "esquerda", cometido em três ocasiões durante o
período da Guerra Civil dos Dez Anos. Aqueles que cometeram este
erro rechaçaram uma frente unida de qualquer classe, isolando-se
deste modo do proletariado, dos trabalhadores agrícolas e dos
camponeses pobres. Mao Tse-Tung definiu este erro de oportunismo
de "esquerda" como "somente lutas e nenhuma aliança".
Obviamente foi um grave erro negar a posibilidade de uma amplia
frente unida durante a revolução chinesa e sua necessidade debaixo de
certas condições. Em agosto de 1927, refutando a posições dos
trotskistas em relação com a China, Stalin anotou que a premissa
básica do Leninismo em sua aproximação em relação aos problemas de
los movimentos revolucionários nos países colôniais e dependentes
consistia em uma estrita distinção entre a revolução nos países
imperialistas e a revolução nos países que sofrem a opressão
imperialista de outros estados. A burguesia em aqueles países é
diferente da burguesia nacional destes últimos. A diferença é que a
burguesia nos países imperialistas é o opressor de outras nações, sendo
"contrarrevolucionária em todas as etapas da revolução", ainda que a
burguesia nacional nos países oprimidos pelo imperialismo “até um
certo grau e por certo período pode apoiar o movimento
revolucionário de seu país contra o imperialismo".[52]

Em outras palavras, é possível para o proletariado nos países coloniais


e semi-coloniais, estabelecer sob certas condições históricas, uma frente
unida revolucionária com a burguesia nacional. Assim sendo,
supostamente, nesta frente unida, o proletariado não deve ocultar sua
posição independente e deve manter efetivamente a independência do
movimento proletário. O proletariado deve criar sua própria posição
de direção da frente unida. Este princípio foi também formulado por
Lenin e Stalin.

De acordo com a experiência da revolucão chinesa, especialmente a


experiência do Partido Comunista chinês no estabelecimento de um
frente unido com o Kuomintang, Mao Tse-Tung desenvolveu estes
pontos de vista de Lenin e Stalin e criou um conjunto de políticas
compreensivas e corretas relativas à frente unido na revolução chinesa.
27

Mao Tse-Tung chamou a política do Partido Comunista chinês da


frente unida com a burguesia —especialmente sua política para com a
grande burguesia representada pelo Kuomintang no período da
Guerra de Resistência contra o Japão— como uma política em vez da
unidade e de luta. A razão pela qual ele exigiu em vez unidade e luta,
foi ele caráter dual que tinha a burguesia chinesa. Os sectários da
"esquerda" não compreendiam o caráter dual da burguesia chinesa
em consequência, negaram a possibilidade e a necessidade da unidade;
os oportunistas de direita tampouco compreenderam este caráter dual
e em consequência, negaram a necessidade da luta. A política correta
formulada por Mao Tse-Tung era precisamente levar a cabo uma
resolução e séria luta em duas frentes, de vez contra o oportunismo de
"esquerda" e contra o oportunismo de direita.

Estas duas formas de oportunismo não são sempre igualmente


perigosas para a revolução. A história da revolução chinesa prova que
antes de formar-se a frente unida com a burguesia, o sectarismo de
"esquerda" foi o principal perigo para o Partido; mas depois que a
frente unida foi formada, o capitulacionismo de direita não constituiu o
principal perigo. Por exemplo, durante a Segunda Guerra Civil
Revolucionária, no período compreendido entre 1927 e 1937, os
oportunistas de “Esquerda" também negaram a possibilidade e a
necessidade de uma frente unida com a pequena burguesia em geral.
Eles consideravam algumas pequenas capas da pequena burguesia e
alguns setores da burguesia nacional que não estavam no poder, como
os inimigos perigosos da revolução. Em 1931, como resultado da
ocupação do nordeste de China pelos imperialistas Japoneses, certas
mudanças tiveram lugar nas relações políticas das classes na China,
mas não aconteceu, apesar disto, nenhuma mudança na posição dos
oportunistas de "esquerda". Este erro de "esquerdismo" constituiu o
principal perigo neste momento, posto que impediu ao Partido seu
vínculo com as amplas massas e impediu o amplo aproveitamento de
todas as vantagens proporcionadas pelas numerosas contradições para
facilitar assim a revolução. Mas depois que a frente unida nacional
anti-Japonesa foi formada em 1937, alguns camaradas representados
por Chen Shao-yu, quem havia cometido erros de "esquerdismo",
cometeram logo erros de direitismo. O erro de direitismo constituiu
neste momento o principal perigo, posto que impediu ao Partido lutar
contra os reacionários e as tendências reacionárias na frente unida e
expôs o proletariado ao perigo de perder sua independência.

Durante a Guerra de Resistência contra o Japão, a frente unida


também incluía a camarilha do Kuomintang representada por Chiang
28

Kai-shek. Esta camarilha estava integrada pelos grandes latifundiários


pró-Anglo-Americanos e a grande burguesia, a qual durante dez anos
havia levado adiante uma cruel guerra contra o Partido Comunista.
Era necessário incluir esta camarilha na frente unida, porque nesse
momento tinha um grande exército e havia contradições entre o
imperialismo norte-americano e o imperialismo japonês em sua luta
pela supremacia no Extremo Oriente. Depois de haver sido formado
esta ampla frente unida nacional anti-japonesa —aplicando o método
de análise de classe— Mao Tse-Tung anotou que dentro desta frente
havia três grupos diferentes —na ala esquerda, as forças
intermediárias e a ala direita. Ele se propôs a política de estender e
consolidar a ala esquerda, estimular as forças intermediárias a
progredir e mudar, e isolar a ala direita; ou em outras palabras, uma
política de "desenvolver as forças progressistas, ganhar as forças
intermediárias e isolar as forças reacionárias".

Mas aqueles camaradas que cometeram erros de Direitismo se


opuseram à política de Mao Tse-Tung ignorando as diferenças de
classe numa frente unida e em oposição à política de Mao Tse-tung,
propuseram "não fazer distinção entre a ala de esquerda, as fuerzas
intermediárias e a ala direita", e negaram a existência do fascismo na
China. Eles também ignoraram a distinção de classe entre o Partido
Comunista e o Kuomintang, considerando ambos partidos como "a
confluência do mais sobressalente da progressista Juventude chinesa".
(Ver "a chave para la Salvação da Situação Presente", por Chen Shao-
yu, publicado en Dezembro de 1937). Os pontos de vista direitistas
realmente sirviram para proteger as forças reacionárias,
representadas pelo Kuomintang de Chiang Kai-shek.

Os camaradas que cometeram erros de direita negaram o princípio de


"independência na frente unida" como lhe propôs Mao Tse-tung no
período da Guerra de Resistência, e em efeito, advogaram porque todo
deveria ser realizado completamente por Chiang Kai-shek e o governo
do Kuomintang. Militarmente advogaram pela "unificação de
comandos, organização, forças armadas, disciplina, planos
operacionais e ação". Realmente este era o equivalente da fusão do
exército popular dirigido pelo Partido Comunista, com o exército do
Kuomintang, permitindo a Chiang Kai-shek absorvê-lo como quisesse.
Isto coincidiu completamente com a demanda contrarrevolucionária
que Chiang Kai-shek fez mais tarde para a chamada "unificação dos
mandos militares e a administração do governo". Tal como Mao Tse-
tung lhe havia dito, estes camaradas foram "fazendo concessões à
política antipopular do Kuomintang, tendo mais confiança no
29

Kuomintang do que nas massas, não atrevendo-se a ampliar as regiões


liberadas e os exércitos populares nas regiões ocupadas pelos
Japoneses e entregando a direção na Guerra de Resistência ao
Kuomintang".[53]

Explicando o princípio de "independência na frente unida", Mao Tse-


tung disse:

"Qual é então nosso propósito sustentando este princípio? Em um


aspecto, o de manter a firme posição que já tínhamos ganhado. Esta
firme posição é o ponto de partida de nossa estratégia e sua perda
poderia significar o fim de tudo. Mas o principal propósito descansa
em outro aspecto, a saber: ampliar essa firme posição, compreender o
positivo propósito de "mobilizar milhões sobre milhões de massas a
unir-se na Frente Unida Nacional anti-japonesa e derrubar o
imperialismo Japonês".[54]

Os princípios formulados por Mao Tse-tung com respeito aos


problemas políticos e aos princípios estratégicos da guerra, e a série de
políticas formuladas com relação a estes princípios, conduziram ao
propósito geral de converter o resultado da Guerra de Resistência em
uma vitória para o povo. Estes princípios e estas políticas foram
certamente decisivas na realização de tal vitória.

Assim sendo, como os pontos de vista direitistas conduziram antes de


tudo o abandono das posições que haviam sido já conseguidas, sua
ampliação estava fora de questão. Consequentemente, os camaradas
que cometeram erros de direitismo chegaram a uma conclusão
totalmente contrária à de Mao Tse-tung. Por exemplo, en seu artículo
"a chave para a Salvação da Situação Presente", Chen Shao-yu fez a
seguinte estimação da perspectiva na Guerra de Resistência:

"A presente situação na China é a seguinte: Se o Kuomintang e o


Partido Comunista de China, devido à sua cooperação, pudessem
expulsar os invasores japoneses e obter a vitória, então o Kuomintang
teria provado de fato ser o maior partido político que lutou pela
existência nacional do povo chinês e o líder do Kuomintang, o senhor
Chiang Kai-shek e outras pessoas que firmemente dirigiram a Guerra
de Resistência, serão eternamente honrados como os heróis nacionais
da China. Quando esta ocorra, quem poderá desconhecer o desejo do
povo chinês e continuar uma luta para derrubar o Kuomintang?”
30

Em consequência, pode-se ver que aqueles que crêem no rumor de que


“depois da Guerra de Resistência, a China pertencerá ao Comunismo
Soviético", não somente ignoram a atual situação em China, sendo que
tampouco têm confiança no poder combativo e as brilhantes
perspectivas do Kuomintang. Obviamente, esta é uma coisa muito
prejudicial".

De acordo com esta opinião, depois de chegada a vitória na guerra


contra o Japão, a China queria permanecer totalmente debaixo do
governo de Chiang Kai-shek e os mais reacionários Kuomingtanistas, e
não queria ser uma Democracia Popular dirigida pelo Partido
Comunista. Esta era a lógica e inevitável conclusão derivada de uma
série de diretivas e concepções incorretas dos desviacionistas de direita
nesta época. Esta ignominiosa conclusão foi certamente muito danosa
para o poder combativo e as brihantes perspectivas do povo chinês.
Não obstante, em todo o tempo de sua vida militante, o povo chinês tem
descartado desde há muito tempo esta ignomínia. Totalmente o
contrário da estimação de Chen Shao-yu, Chiang Kai-shek havia
resultado ser nada menos que um traidor “de quem todos os cidadãos
consideravam devia ser castigado com a morte", ainda que os
verdadeiros heróis nacionais, os quais semmpre iluminaram o caminho
até o futuro do povo chinês e os quais serão eternamente honrados pelo
povo, são os inumeráveis membros do Partido Comunista e os
combatentes populares, os quais, batendo-se heroicamente pelo povo,
executaram verdadeiras coisas para a revolução. Está claro então que
ninguém desconhecia mais e de maneira mais completa a situação de
então na China, que os desviacionistas de direita.

Os camaradas que cometeram erros de direitismo esperaram manter a


unidade com o Kuomintang de Chiang Kai-shek de forma unilateral e
fazendo concessões passivas. Isto foi totalmente errôneo.
Contrariamente a estes camaradas, Mao Tse-tung adotou uma política
de luta ativa como um meio para unir todas as forças anti-japonesas.
Mao Tse-tung disse:

"No período da Frente Unida Anti-japonesa, as lutas foram os meios


para a solidaridade e a solidaridade é a alma das lutas... a solidaridade
é realizar desde o princípio até o fim as lutas e destruir desde o
princípio até o fim as concessões".[55]

Os acontecimentos que tiveram lugar no país ao largo de todo o


período da Guerra de Resistência, confirmaram plenamente esta
verdade estabelecida por Mao Tse-tung. Na frente unida, nosso
31

partido, aderindo à política de Mao Tse-tung, adotou decididamente


uma política revolucionária dupla ao mesmo tempo de unidade e de
luta para fazer diante da política de traição da grande burguesia do
Kuomintang, que consistia em resistir ao Japão ao mesmo tempo em
que preparavam a capitulação, e de unir-se com o Partido Comunista
ao mesmo tempo em que ao mesmo tempo tratavam de destruí-lo.
Como resultado, nosso Partido foi capaz de mobilizar completamente
ao povo, unir todas as forças possíveis que estavam contra o Japão,
estabilizar os elementos vacilantes, isolar os reacionários, rechaçar
várias campanhas anti-comunistas de Chiang Kai-shek e
consequentemente persistir na Guerra de Resistência e manter a frente
unida anti-japonesa até o fim.

Por uma parte, os desviacionistas de direita se negaram


completamente a entender que nossa frente unida con o Kuomintang
de Chiang Kai-shek durante o período da Guerra de Resistência, foi
construída sobre a base das forças armadas populares. Chiang Kai-
shek estava obrigado a aderir à frente unida. Se não tivessem existido
as forças armadas populares, Chiang Kai-shek não havia estabelecido
nenhum tipo de frente unida conosco. Por outra parte os
desviacionistas de direita resistiram completamente a entender que,
depois de haver visto necessidade a estabelecer uma frente unida
conosco, o Kuomintang de Chiang Kai-shek apoiando-se em suas
forças armadas contrarrevolucionárias, constantemente intentava
utilizar qualquer meio e qualquer oportunidade para nos atacar e
eliminar o Partido Comunista e as forças armadas populares. Por
consequência, nós teríamos que apoiar nas forças armadas populares
com o objeto de realizar lutas justas, úteis e limitadas contra tais
ataques contrarrevolucionários lançados pelo Kuomintang de Chiang
Kai-shek. Mao Tse-tung criticou os erros dos desviacionistas de direita
em estes dois puntos básicos, anotando que essa aliança contra o Japão
era principalmente uma aliança de forças armadas que estavam
obrigadas a adiantar a luta dentro da frente unida nacional anti-
japonesa. Quando Chiang Kai-shek, em coalização com os agressores
japoneses lança ataques armados sobre las forças armadas populares e
sobre as bases anti-japonesas, Mao Tse-tung declarou que não
devíamos permitir-lhe voltar às épocas passadas, mas que devíamos
continuar nas lutas armadas necessárias de auto-defesa, tanto como
foram justas, úteis e limitadas. Na realidade quando em coordenação
con os agressores japoneses, Chiang Kai-shek lançou as três
campanhas anti-comunistas em forma de ataques armadas, o Partido
Comunista não foi intimidado por estes ataques
contrarrevolucionários, senão que pelo contrário os rechaçou
32

decididamente e assim salvaguardou as forças armadas populares e as


bases anti-japonesas e ganhou a Guerra de Resistência.

Sobre a questão da luta contra os reacionários do Kuomintang na


frente unida anti-japonesa, ao lado das concepcões de direita segundo
as quais "as lutas podiam dividir a frente unida", estavam os pontos de
vista "esquerdistas" de que as lutas deviam ser adiantadas sem limites
e adotando táticas incorretas com os vacilantes. Mao Tse-tung criticou
tanto os pontos de vista direitistas, como também os pontos de vista
"esquerdistas". Foi precisamente então, com o propósito de prevenir
qualquer erro de ultra-esquerdismo, que formulou seus três famosos
princípios na luta contra os reacionários de Kuomintang, a saber: o
princípio de "justiça", o princípio de "utilidade" e o princípio de
"limitação" (segundo o qual uma luta deve deter-se no momento
oportuno). Mao Tse-tung anotou:

"Persistindo em tais lutas justas, úteis e limitadas, podemos


desenvolver as forças progressistas, ganhar as forças intermediárias,
isolar as forças reacionárias e nos colocarmos em guarda frente aos
reacionários que nos atacam perfidamente, e que perfidamente se
comprometem com o inimigo, o que, de forma traiçoeira, colocam em
marcha uma guerra civil em grande escala".[56]

Uma política tal de unidade com a burguesia reacionária, assim como


de luta contra ela na frente unida nacional, é uma expressão de
"correspondência da luta nacional com a luta de classes" [57],
princípio exposto por Mao Tse-tung. Esta é a arte da revolução —é a
arte Marxista-Leninista da revolução que Mao Tse-tung aplicou tão
exitosamente. Durante a Guerra de Resistência, esta política teve bom
êxito e chegou ao maior grau possível, isolando as forças reacionárias,
ganhando as forças intermediárias e desenvolvendo as forças
progressistas. Tudo isto preparou o Partido Comunista e ao povo
ideológica, política, organizativa e militarmente, de tal maneira que
depois da rendição do Japão, no espaço de dois ou três anos, o Partido
Comunista de China foi capaz de dirigir ao povo sistemática e
constantemente para aplastar a guerra contrarrevolucionária lançada
pelos imperialistas dos Estados Unidos e seu lacaio Chiang Kai-shek
contra o povo chinês, derrubar a última dinastia contra-
rrevolucionária na China encabeçada por Chiang Kai-shek, e ganhar a
vitória pela qual o povo chinês tem estado lutando durante cem anos.

Durante a Guerra de Resistência, a burguesia nacional ou a burguesia


média, constituíram a ala dos vacilantes entre os operários, os
33

camponeneses e outros setores da pequena burguesia por uma parte, e


os grandes senhores feudais e a grande burguesia representada por
Chiang Kai-shek pela outra. O partido Comunista de China adotou
uma política de ganhar as forças vacilantes. Mao Tse-tung explicou a
situação da maneira seguinte:

"Ainda como classe (a burguesia nacional —tradutor) está em


contradição com os operários e não aprova a independência da classe
operária, assim sendo, sendo oprimida pelo imperialismo japonês nas
áreas ocupadas pelo inimigo e limitada pelos grandes senhores feudais
e a grande burguesia nas áreas debaixo do governo do Kuomintang,
quer por ele resistir ao Japão e ganhar força política para si mesma.
Sobre a questão da resistência ao Japão, a burguesia nacional apoia a
solidaridade na resistência; e em seu afã de ganhar força política,
favorece o movimento pelo constitucionalismo e trata de atingir seu
objetivo explorando as contradições entre as forças progressistas e as
reacionárias. Este é um estrato que nós devemos ganhar".[58]

Uma política de unidade com a burguesia nacional foi adotada na


medida em que apoiava a revolução e uma política de crítica foi
adotada frente à sua vacilação a fim de obriga-la a comprometer-se.
Esta política de crítica foi outra forma de luta, diferente da que se
susteve contra os reacionários do Kuomintang, posto que a burguesia
nacional não estava no poder. Foi também uma política de unidade de
luta a que se praticou com a burguesia nacional e que a fez permanecer
firme na luta contra o imperialismo.

Depois de concluída a Guerra de Resistência, a burguesia nacional


continuava limitada e oprimida pelos grandes senhores feudais e a
burguesia burocrática (a grande burguesia) representada por Chiang
Kai-shek. Ao mesmo tempo, prontamente assim que a opressão
imperialista japonesa tinha terminado, foi substituída pela opressão
imperialista dos Estados Unidos, que também usurpava os interesses
da burguesia nacional. Isto fez possível para o proletariado manter
uma frente unida com a burguesia nacional. A questão se colocava da
mesma maneira: adotar uma política de unidade junto da burguesia
nacional no que diz respeito ao seu apoio à revolução e adotar uma
política de crítica e de luta contra ela no que diz respeito à sua
vacilação obrigando-a comprometer-se. Mao Tse-tung também anotou
que depois da vitória da revolução, poderia ser também necessário
manter uma frente unida com a burguesia nacional no campo
econômico devido ao atraso da economia da China.
34

Naturalmente, como ele explicou, a política dualista de unidade e de


luta devia ser levada ao campo econômico na frente unida. Uma
política de unidade com a burguesia devia ser adotada até onde fosse
possível e operando con perspicácia para desenvolver a produção
industrial; ainda que uma política de luta contra ela devia ser adotada,
sempre e quando recorrera à especulação e ao monopólio, especulação,
violando as leis governamentais e os planos econômicos.

Os acontecimentos dos últimos anos tem provado novamente a


exatidão da política de Mao Tse-tung que "para fazer frente à opressão
imperialista e elevar sua economia atrasada a um nivel más alto, a
China deve utilizar todos os elementos do capitalismo rural e urbano
que sejam benéficos e não prejudiciais para a economia nacional e a
vida do povo, e devemos nos unir unirnos com a burguesia nacional em
uma luta comum" [59]. Sua exatidão pode comprovar-se nas muitas
realizações econômicas e financeiras da República Popular Chinesa.
Esta é então mais evidente nas massivas mobilizações populares, como
o movimento de resistência à agressão dos Estados Unidos e de ajuda a
Corea, a supressão dos contrarrevolucionários e a reforma agrária.

Os acontecimentos dos últimos anos têm demonstrado a falsidade do


oportunismo de direita, que intentava sacrificar a independência e a
posição de direção do proletariado na frente unida e que em
consequência seria sacrificada inevitavelmente a vitória do povo.
Ademais, estes acontecimentos tem demonstrado a falsidade do
oportunismo de "esquerda", no qual, no momento en que era
necessário e possível isolar amplamente aos inimigos da revolução,
tratava de isolar ao Partido beneficiando assim ao inimigo.

7. O CONTÍNUO DESENVOLVIMENTO DA REVOLUÇÃO


DEMOCRÁTICA NA REVOLUÇÃO SOCIALISTA

Mao Tse-tung escreveu em sua obra “Sobre o governo de coalizão”

"Nós os comunistas nunca ocultamos nossa posição política. É


definitivo e está fora de toda dúvida de que nosso futuro, o nosso
programa máximo é Ievar a China ao socialismo e comunismo. Tanto o
nome do nosso partido, como nossa inequívoca concepção Marxista do
mundo, assinalam nosso ideal fundamental do futuro, futuro pleno de
incomparável esplendor e beleza. Em união ao partido, cada
Comunista deve ter em pensamento o espírito de luta para a conquista
de dois objetivos claramente definidos, a saber: a revolução de nova
democracia no presente e o socialismo e o comunismo no futuro. E ao
35

mesmo tempo, devemos estar resolvidos a combater la animosidade, a


calúnia, la intriga e a ridiculização, que en sua ignorância e baixeza os
inimigos do comunismo levantam contra nós.

Quanto aos céticos honrados, não devemos atacá-los, mas sim explicar-
lhes as coisas com boa vontade e paciência. Tudo isto é muito claro,
definido e inequívoco".[60]

Este aparte dá um quadro muito claro do futuro da China,


absolutamente inevitável segundo as leis que governam a história do
mundo, assim como a história da China.

Os oportunistas de direita tampouco podiam vislumbrar este futuro a


não ser que o consideravam completamente incerto e muito distante.
Devido a que julgavam a burguesia como o líder da revolução
democrático-burguesa, consideravam que o futuro da revolução devia
ser recolhido unicamente pela burguesia. Por exemplo, en seu artígo
"A Revolução Burguesa e a Burguesia Revolucionária" publicado em
1923, Chen Tu-hsiu escreveu: "a vitória em tal revolução democrática,
certamente significa a vitória da burguesia". A partir deste ponto de
vista direitista, negou categóricamente o futuro da Revolução. Ao
invés, os oportunistas de "esquerda" ignoraram a diferença entre a
revolução democrático-burguesa e a revolução socialista, e
consideraram que la vitória da revolução em uma ou várias províncias
poderia marcar o começo da revolução socialista. Elees consideraram
que no momento en que a vitória da revolução se tivesse estendido à
"parte esencial de la China", a tarefa fundamental deveria ser realizar
a revolução socialista, e que o domínio dos reacionários do
Kuomintang e do imperialismo, poderia ser derrocado somente sobre
as bases da realização do socialismo. Devido aos pontos de vista
"esquerdistas", os quais estavam imbuídos de ultra-revolucionarismo
negaram categoricamente a possibilidade da vitória da revolução
democrática e deste modo negaram em essência a posibilidade da
vitória do socialismo.

O oportunismo de "esquerda" e o oportunismo de direita são


recíprocos nesta questão, assim como em muitas outras. Como foi
estabelecido previamente, durante a etapa inicial da Guerra de
Resistência contra o Japão, nosso partido dirigido por Mao Tse-tung,
se esforçava em cada passo de sua tarefa por converter ao êxito da
Guerra de Resistência em uma vitória para o povo. Aqueles camaradas
que haviam cometido erros de "esquerdismo" durante o período da
Segunda Guerra Civil Revolucionária, chegaram a uma conclusão
36

inteiramente contrária. Eles consideraram que o "futuro" vitorioso da


Guerra de Resistência pertencia ao Kuomintang de Chiang Kai-shek
antes que ao povo. Esta conclusão obviamente negava tanto o futuro
vitorioso da revolução democrática, como o futuro do socialismo.

Depois de 1927, Mao Tse-tung refutou repetidas vezes as errôneas


tendências ideológicas "esquerdistas" em relação com o problema do
caráter da revolução. El considerou que a revolução democrática
chinesa devia ser levada a cabo até o final. Mao Tse-tung disse:

"Somente desta forma pode o futuro socialista da revolução chinesa


ser fomentado. Concepcões errôneas tais como negar este período da
revolução democrática e considerar que o momento oportuno para
uma revolução socialista na China havia chegado, são extremamente
prejudiciais à revolução chinesa".[61]

Mao Tse-tung considerava a opinião então sustentada pela


Internacional Comunista de que o caráter da revolução chinesa
permanecia democrático- burguês, como completamente correta. Ele
disse: "as lutas que nós temos atravessado comprovam a verdade da
opinião da Internacional Comunista".[62]

À luz das condições concretas da China, Mao Tse-tung desenvolveu os


ensinamentos de Lênin e Stalin, considerando o desenvolvimento
contínuo da revolução democrático-burguesa na revolução socialista.
Ele disse:

"Nós propugnamos pela teoria do contínuo desenvolvimento da


revolução, mas não pela teoría trostkista de uma revolução
permanente. Nós estamos dispostos, para obter o triunfo do socialismo,
a atravessar todas as etapas necessárias da república democrática.
Somos opostos ao seguidismo, mas nos opomos igualmente ao
aventurerismo e ao ultra-revolucionarismo".[63] También disse:

"Todo comunista deve saber que todo o movimiento revolucionário


chinês, dirigido pelo Partido Comunista chinês, é um movimento
completamente revolucionário que compreende as duas etapas
revolucionárias, a democrática e a socialista, que são dois processos
revolucionários diferentes em caráter, e que a etapa socialista pode ser
alcançada somente depois de que a etapa democrática seja
completada.”
37

A revolução democrática é a necessária preparação para a revolução


socialista e a revolução socialista é o rumo inevitável da revolução
democrática. E o último objetivo de todos os comunistas, é esforçar-se
e fazer todo o possível pela construção da sociedade socialista e da
sociedade comunista. Nós podemos dar una correta direção à
revolução chinesa, somente sobre a base de uma clara compreensão
tanto das diferenças entre as revoluções democráticas e as revoluções
socialistas, como de suas relacões internas.[64]

Portanto, considerava desde o ponto de vista do desenvolvimento


integral do movimento revolucionário, o período da revolução de nova
democracia "é uma etapa transitória entre o término da sociedade
colonial, semi-colonial e semi-feudal, e o estabelecimento de uma
sociedade socialista".[65]

Por que foram possíveis tal desenvolvimento contínuo e tal transição?


Em termos de classe, foi devido à direção do proletariado; e em termos
do partido, foi devido à direção do Partido Comunista chinês. Mao
Tse-tung estava completamente certo ao anotar:

"A exceção do Partido Comunista, nenhum dos partidos políticos


burgueses oo pequeno-burgueses pode executar a tarefa de dirigir duas
grandes revoluções chinesas, a democrática e a socialista, até sua
completa realização. E o partido comunista chinês, desde o mesmo dia
de seu nascimento, tem tomado esta dubla tarefa sobre suas costas".
[66]

Como se estabeleceu anteriormente, é completamente errôneo


confundir a etapa da revolução democrática com a da revolução
socialista. Por outra parte, de ninguém modo este quer dizer que a
etapa da revolução democrática não pode incluir algunos fatores
socialistas. Crer nisto é igualmente errôneo. Em 1939, analisando o
resultado da vitória da revolução de nova democracia, Mao Tse-tung
escreveu:

"É um resultado inevitável da vitória da revolução democrática na


China economicamente atrasada, que el capitalismo se desenvolve até
um certo grau. Mas este será somente o resultado de la revolução
chinesa em um aspecto, no seu êxito total. O êxito completo da
revolução chinesa será o desenvolvimento dos fatores capitalistas por
uma parte, e dos fatores socialistas pela outra".[67]
38

Mao Tse-tung chegou a esta conclusão, precisamente baseando-se no


ponto de vista fundamental da direção do proletariado. Os
desenvolvimentos tanto políticos como econômicos que seguiram à
vitória de nossa revolução de nova democracia, han demostrado
completamente sua conclusão Marxista-Leninista.

Qual é o principal fator socialista na esfera política, resultante da


vitória da revolução de nova democracia? É a posição de direção da
classe operária nos órgãos do poder estatal e nas forças armadas
populares, como tem sido estipulado no Programa Comum da
Conferência Consultiva Política do povo chinês.

Qual é o principal fator socialista na esfera econômica, resultante da


vitória da revolução de nova democracia? É o confisco das empresas
pertencentes aos imperialistas e aos capitalistas burocráticos e a
transferência de sua propriedade à república popular dirigida pela
classe operária. Nas palavras de Mao Tse-tung, isto "permitirá à
república popular controlar os aspectos vitais da economia do país e
capacitará a economia de propiedade do estado para converter-se num
setor de direção da economia nacional em seu conjunto. Este setor de
economía teve um caráter socialista e não capitalista".[68] O
Programa Comum, de acordo com os pontos de vista de Mao Tse-tung,
também tem esclarecido este ponto. O Programa estabelece:

"A economia estatal é de natureza socialista. Todas as empresas


vinculadas da vida econômica do país e que exercem uma influência
dominante sobre a subsistência do povo, estarão sob o manejo
unificado do estado. Todos os recursos estatais e as empresas são a
propriedade social do povo em seu conjunto, são as principais bases
materiais sobre as quais se desenvolve a produção da República
Popular para lograr a prosperidade econômica, e são a força dirigente
da economia social íntegra".

As organizações de ajuda mútua, as cooperativas de produtores


agrícolas e as cooperativas de víveres e consumo das massas
camponesas, que são estabelecidas no curso da revolução de nova
democracia, também contém fatores socialistas e servem como formas
transitórias dirigindo o campesinato até o socialismo.

É certo que necessitamos um largo espaço de tempo para realizar a


transformação socialista em todo o país. Mas este camino tem sido
aberto. Nosso progresso está completamente assegurado, ainda que
39

muitos preparativos e lutas são todavia necessários. Como Mao Tse-


tung anotou:

"Nosso país progredirá então constantemente através de lutas e


reformas de nova democracia e no futuro, quando a prosperidade
econômica e cultural do país tenha sido realizada, quando múltiplas
condições estejam preparadas e quando se tiver conseguido o
consentimento popular depois de maduras deliberações, devemos
abordar a nova era do socialismo livre e autonomamente" [69].

Os oportunistas de direita intentaram fazer uma peça de museu do


grande ideal do comunismo, ainda que os oportunistas de "esquerda"
intentaram despojá-lo de sua rica potência vital e de seu sangue. Tendo
em conta todas as etapas que a história chinesa tem atravessado, Mao
Tse-tung combinou firmemente os princípios comunistas com a
flexibilidade em matéria de política, para o sucesso do comunismo. Em
consequência, o comunismo na China não é uma utopia o algo
inalcançável; o comunismo é inteiramente realizável, irresistível e
cheio de vida.

8. A CONSTRUÇAO DO PARTIDO

O processo através da qual Mao Tse Tung tem integrado o


marxismo-leninismo com a pratica concreta da revolução chinesa, e tb
um processo, através do qual o Partido Comunista da China tem como
herança cada vez maior do partido Bolchevique.
Como podem todas as orientações, tendências corretas do partido
serem consequentemente realizadas e converterem-se guias de ações
para as massas? “ Como podem todas as possibilidades que o partido
formula e qual a luta deve ser convertida em realidade?Em ultima
analise, essas questões concernem ao partido mesmo tentar
resolver ..Mao Tse Tung tem dito a miude , que sem um partido como
bolchevique, tipo leninista, a vitória da revolução da China seria
impossível,
“Para realizar a revolução, faltu um partido revolucionário, sim,
um partido revolucionário criado basomeado na teoria revolucionaria
marxista-leninista, e com o estilo revolucionário marxista-leninista, e
impossível conduzir a classe operaria e as amplas massas populares a
vitória sem lutar contra o Imperialismo e os lacaios.. Há mais de cem
anos transcorridos desde o nascimento do marxismo, somente graças
ao exemplo dos Bolcheviques Russos ao dirigir a Revoluçao de
Outubro e a construção socialista e vencer a agressão do fascismo, se
tem formado, e desenvolvido no mundo partidos revolucionários de
40

novo tipo. Cçom o nascimento de partidos revolucionários deste tipo,


tem mudado de fisionomia a revolução mundial. A mudança tem sido
tao grande, que tem produzido, em meio a “fogo” e “trovão”,
transformações, de um todo que consideradas inconcebíveis para
pessoas da velha geração. O partido Comunista da China e
precisamente um partido criado e desenvolvido a exemplo da Uniao
Sovietica.Com o nascimento do Partido Comunista , a China tomou
uma face inteiramente nova.
Sim , uma solida teoria Marxista –leninista, seria impossível sem
ter um partido revolucionário. Como se estabelece a máxima de Lenin:
“ O papel de vanguarda combativa pode ser cumprido somente por um
partido com uma teoria mais avançada”
Stalin estabelece na conclusão na “historia do partido comunista
da União Soviética – Bolchevique- Somente um partido que domina
uma teoria marxista-leninista pode avançar com passo firme e
conduzir ate ao adiantamento da classe operaria. Mao Tse Tung
acredita firmemente que deve ser competente para assumir uma serie
de tarefas históricas e conduzir o povo da China de uma vitória a
outra, nosso partido deve primeiro realizar a unidade ideológica
marxista-leninista em suas própria filas, eleva o nível ideológico do
marxismoleninismo em todo partido e consolidar uma correta direção
marxista-leninista. Mao conclui “nos queremos conduzir o povo da
China a derrotar o inimigo e que por tocar , devemos garantir nossos
passos.nossas tropas devem ser tropas seletas? E nossas armas boas
armas?Apoiado em que base pode dizer-se que nossas filas estão em
ordem e as tropas seletas?Elevados ao nível ideológico marxista-
leninista. Eis a resposta
Mao Tsé-tung disse:
“Porem , sempre que o Marxismo-leninismo, tenhamos confiança nas
massas, permaneçamos estreitamente unidos a elas e as conduziremos
a mais adiante, seremos plenamente capazes de superar qualquer
obstáculo e vencer qualquer dificuldade. Nossa força sera invencível
Com o objetivo de construir e consolidar ideologicamente nosso
partido, Mao Tse Tung disse ser necessário dedicar muito tempo e
esforço na luta contra varias tendências ideológicas errôneas
Isto vinculado a atitude de fazer do marxismo-leninismo o espírito
do partido e considerado os dois como idênticos Em sua
obra:Reformemos nosso estudo Mao tse tung disse:
“... a ausência de uma atitude cientifica, e como dizer: a não
integração da teoria com a pratica, significa que o espírito do partido é
ausente”
Mao Tse Tung de uma maneira com uma maneira concisa das
tendências subjetivistas, a dizer, do dogmatismo e empirismo no
41

partido, na quais o partido teve que opor-se vigorosamente. E disse: O


dogmatismo e o empirismo são igualmente subjetivos, cada um
originado um pelos opostos .Originalmente, em dois extremos opostos,
ambos encontram em um ponto fundamentalmente, esta sua
parcialidade. Cada um ve apenas um parte de um todo.Sobre a base
dessa parcialidade que e comum ambas tendências, frente a certos
problemas práticos.se vinculam entre si e chegam a um ponto de vista
idêntico.
Estas , as tendências subjetivas constituem o fundamento ideológico
de quem cometeu erro tanto de oportunismo de direita quanto
oportunismo de esquerda do partido. Se desviarem completamente do
Marxismo-leninismo na teoria do conhecimento e consciência, criaram
dificuldades na luta interna do partido entre as ideologias corretas e
incorretas, Por isso, Mao tse tung estimou necessário derrotar o
oportunismo no plano ideológico, com o objetivo de combater
efetivamente carias de suas formas
A pequena burguesia e a base social destas formas de subjetivismo.
Essas errôneas tendências reacionárias serviram de problema para
nos, posto que uma grande numero de membros do nosso partido era
extraído da pequena burguesia
Como Mao havia dito “china e um pais, com uma numerosa
pequena burguesia, e nosso partido esta rodeado por essa enorme
classe, muitos membros do nosso partido provem dessa classe e quando
eles se unem no partido,inevitavelmente arrastam consigo a
mentalidade e habiti peq burgues
Durante um longo tempo, Mao tse tung acreditou em lutas
contra tendências subjetivas. Em 1929 anotou o que era concretamente
preciso.
1- Primeiro, educar os membros do partido para que aprendam
analisar a situação politica e apreciar as forças da luta de classes,
segundo o método marxista-leninista e renunciando as
apreciações subjetivas
2- Segundo- chamar atenção dos membros dos partidos sobre as
condições sociais e econômicas, para examinar as táticas da luta
e os métodos do trabalho, e fazer compreender aos camaradas
que rejeitam estudar a realidade, cairão inevitavelmente no
marasmo de vagar entre a imaginação e aventura

Em 1937, generalizando experiências, Mao tse tung, excreveu suas


notáveis obras filosóficas : “sobre a pratica” e “sobre a
contradição”, que estavam direcionadas contra essas classes de
interiorização e subjetivismo. Foi sobre a base desses pontos de vista
42

que iniciou mais tarde o movimento de grande significado histórico


na vida de nossos partidos.
Uma das mais destacadas contribuições dadas por Mao tse tung
na construção do partido, foi sua exposição das classes , fator
subjetivo – o dogmatismo e empirismo – ao qual procedem de dois
polos opostos, poderiam não obstante difundir-se num so solo, e
somente há uma forma de vencer a classe da subjetividade, Mao
Tse Tung falou:
,,,,”Para combater o subjetivismo devemos ajudar quem
sustenta esses tipos de desvios ,a desenvolver a direção em que o
conhecimento e debilitado.Os que possuem conhecimento teórico ,
devem avançar no caminho da pratica , somente assim , não se
limitarão ao caminho da leva....e somente assim não cometerão erro
no dogmatismo. A experiência no trabalho, devem entender o
estudo da teoria e ler seriamente , somente assim, sera capaz de
sistematizar e sintetizar suas experiências parciais com a verdade
universal, assim não cometera erros do empirismo”
Se segue o caminho indicado por Mao , a unidade teoria e
práxis andam juntas.
Na exposição de pontos de vistas , Mao tse tung, tinha utilizado
frequentemente pensamentos brilhantes de Stalin.
A teoria esta ligada com a pratica revolucioaria, sera algo
vago e sem proposta ao tempo em que na pratica tanto na
obscuridade , seu caminho não se ilumina por uma teoria
revolucionaria.
Os erros do dogmatismo pertencem a primeira categoria, os
erros do empirismo pertencem a segunda. Corrigir essas duas
causas dos erros, significa realizar a unidade teoria-pratica .
A combinação dos estudos das teorias de Marx e Engels, Lenin e
Stalin, com o estudo continuo das experiências das massas, e
característico da direção de Mao –Tse –Tung, E isto também
significa dizer: “ A integração da verdade universal do marxismo-
leninismo com a pratica concreta na revolução da China.
Baseado na experiência do nosso partido e seu trabalho de
direção, Mao escreveu:
“Em todos os trabalhos práticos de nosso partido , toda direção
correta deve ser tomada “das massas para as massas” isto significa
tomar ideais das massas (ideais dispersos e não sistematizados)e
concretiza-lo(atraves de estudo , converte-los em ideias concretas e
sistemáticas), logo ir as massas, propagar ideias sem que as massas
acolham como suas,afirmam-se eles e transforma-los em ação,
provocando a correção destas ideias em ações das massas. Reunir de
novo os ideiais de massa para que os ideais sejam preservados e
43

realizadas.E assim , repetidamente , uma aspiral infinita, esse ideal


chega a ser cada vez mais exata, mais vital, mais rica, tal e a teoria
marxista-leninista do conhecimento....

Como podemos continualmente recorrer aos ideais


experimentados pela massa e logo regressar as massas?
O correto e unir-se aos princípios marxistas, somente persistem
ideizs dispersas e sem sistema. Os dogmáticos, abandonando os
ideais e as novas experiências de massa são incapazes de ter uma
bandeira e converte-los em ideiais coerentes e sistemáticos. Devido a
isto, os empiristas e dogmáticos estão sentenciados a uma direção
incorreta e o trabalho do seu cargo es fadado ao fracasso.
Os trinta anos de historia , do nosso partido , são historia do
nosso partido, são historia de luta entre correta direça marxista-
leninista e incorreta direção anti-marxista, e também, a historia de
uma correta direção de Mao, tem derrotado as direções incorretas,
superado as dificuldades encontradas no trascurso da revolução e
fazendo possível pra grande vitória no final
A luta cumprida em uma direção correta, oposta
ideologicamente ao subjetivismo e oposta politicamonte ao
oportunismo, foi vinculada a luta contra o sectarismo em motim
organizado. A visão pequeno burguesa toma forma de sectarismo e
a vida politica e a organização , somando-se a sua unilaterialidade
ideológica. O subjetivismo significa isolamento politico e
organizativo das massas, tanto de dentro, quanto de fora do partido,
são 2 caras da mesma moeda.Somente o sectarismo tem tido
consequências desastrosas por um longo período de tempo
Em 1923 , Mao atacou severamente o espirito de criado
indicando que tinha um efeito sumamente corrosivo e centrifugo.
Acerca de 20 anos de luta , o nosso partido tem prevalecido o
sectarismo . Sem embargo, remanescentes do sectarismo se
encontram inclusive, tanto nas relações internas do partido como
nas relações externas. As tendências sectárias nas relações internas
conduzem ao exclusivismo para com os camaradas dentro do
partido e obstaculiza sua unidade e solidariedade interna.
Enquanto a tendência sectária nas relações externas conduzem
exclusivismo, com respeito a pessoas alienada para o partido e
impedem o partido em sua tarefa de unir todo o povo. Somente
desprendendo-se desse mal em todos os aspectos , pode o partido
avançar em sua tarefa de unir todos os camaradase todos os
trabalhadores.
Outra importante contribuição feita por Mao no tocante a
questão do partido, foi de levar esta bandeira contra o sectarismo,
44

aglutinando todas as filas do partido e desenvolvendo corretas


relações com o partido e com as massas. Obviamente, e so quando
nos corrigimos ideologicamente politicamente e so quando temos
ratificado e que nossa vitória esta assegurada
Como podemos superar o sectarismo e subjetivismo no nosso
partido de maneira afetiva e ampla? Como já tinha mencionado,
devido a condições historias , um grande membro de números de
nosso partido provem da pequena burguesia.Sim ,queremos corrigir
a unidade do partido, devíamos adotar uma atitude que seria seria e
prudente, ao invés de liberal e imprudente.
A terceira importante contribuição feito por Mao Tse Tung foi
a questão do partido, sobre a direção unificada do partido, esse
movimento se organiza entre os quadros do partido e os militantes,
através dos estudos a discussão dos problemas da historia do nosso
partido, os erros deste partido e destacando a literatura Marxista-
leninista e os documentos do partido. Logo, por meio da critica e
auto critica os quadros dos militantes do partido são capacitados
gradualmente para obter conhecimentos políticos e ideológicos e
com a ajuda do partido voluntariamente, “a pervessa verdade e
corrigir os erros”, A finalidade do movimento esta descrita por
Mao, assim:
“Primeiro, tomar consciência dos erros passados para evitar
outros futuras e segundo ,curar a enfermidade para salvar o
paciente...Os erros do passado devem ser expostos e sem ter em
conta suscetibilidade, e necessário analisar e criticar o que foi mal
no passado, com atitude cientifica a fim de que o trabalho no futuro
seja executado melhor e com mais cuidado, isto e o que quero
dizer:” Tomar consciência dos erros passados para evitar outros
futuros.Porem, nossa finalidade e expor erros e criticar as faltas,
como faz um medico curando um enfermo, seu fim e somente salvar
o paciente, Na medida que a pessoa esta cometendo erros, pois
encontra-se fora de sua possibilidade ser curado, que sincera e
honestamente deseja ser curado e adianta seus passos, não devemos
dar-lhes boa vindas e curar sua enfermidade de tal maneira que
possa chegar a se uma boa camarada.
Em síntese, a finalidade do movimento de retificação e, como Mao
tem estabelecido repetidas vezes, realizar dois objetivos: de
clarificar nossas ideias e de unir nossos camaradas. Em outras
palavras , em relação as ideias incorretas dentro do partido,
devemos ser sérios e opostos a uma atitude liberal, ao mm tempo e
contrários a uma atitude intransigente. Essa maneira de proceder
co os incorretos tem beneficiado profundamente o nosso partido e
tem muito êxito. Isto tem sido provado pela historia completa do
45

nosso partido, desde primeiro movimento de retificação que foi


lançado em 1942.
Todos podem ver que o movimento de retificação vem forjado
muitos amplos e profundas transformações em nosso partido.
Primeiro, através do nivelamento ideológico marxista-leninista, todo
partido tem se elevado grandemente. Em segundo lugar, a
militância do partido tem se aglutinado estreitamente entre todo do
Comite Central e Mao –Estas das realizações tem garantido e estou
garantindo que a linha politica de Mao tenha se mantido em todos
os campos, capacitando-nos a derrotar o inimigo um atraz do outro.
Em abril de 1949, o partido celebrou o seu sétimo congresso
nacional.Este congresso sintetizou as relações sdo partido , lograda
devido a politica correta de Mao durante a guerra de resistência
contra o Japao e preparou a vitória popular em todo pais. A marcha
dos acontecimentos passados 6 anos tem testemunha completa
correção da linha politica colocada pelo congresso como evidencia.
Este congresso foi celebrado sobre as bases do amplo movimento de
retificação do partido havia se ligado através desse movimento de
retificação do partido. O conjunto dos quadros do partido haviam
se ligado através desse movimento, foi uma consequência capaz de
redizer exitosamente a historia que foi destinada ao congresso.
Somente perderam com os movimentos de retificação, o
subjetivismo e o sectarismo,junto com o estilo esteriotipador dos
escritos do partido, uma expressão dos dois,Porem, o nosso partido
ganhou esse movimento, por preparar-se ideologicamente, e
comportar-se para dar direção politica certa e ganhar vitória em
uma grande revolução popular contra o imperialismo.
Sobre a direção de Mao, nosso partido tem chegado a ser partido
marxista-leninista-revolucionario, capaz de assumir qualquer
grande tarefa histórica
Dirigido por Mao, seguindo o exemplo do partido comunista da
URSS, nosso partido tem chegado a ser um partido revolucionário
estilo bolchevique
Esta e a principal razão do nosso avanço continuo, e a garantia
do êxito a nossa causa.

9. Conclusão

A vitória da revolução popular da China, é a vitória do marxismo-


leninismo em um vasto país de quase 500 milhões de habitantes. É
outra grande revolução, continuação da Grande Revolução Socialista
de Outubro. É uma grande revolução de novo tipo que estourou em um
46

país oprimido pelo imperialismo, depois da Revolução Socialista de


Outubro.
As obras de Mao Tse-tung tem servido para focalizar ideologicamente
como teoricamente esse tipo de revolução na China. Suas obras têm
expressado concretamente a força dinâmica do Marxismo-Leninismo
nessa revolução...
Lenin escrevia em outro tempo:
“Nós ñ consideramos a teoria de Marx como 1 coisa acabada e
inviolável:pelo contrario,estamos convencidos de que ela somente há
posto a pedra fundamental da ciência que os socialistas devem
desenvolver em todas as direções se desejam estar em paz com a
vida.Pensamos em uma elaboração independente da teoria de Marx, e
especial e essencialmente para os socialistas russos.Esta teoria abastece
somente princípios gerais de direção,os quais em particular, são
aplicados na Inglaterra diferentemente que na França,na França
diferentemente que na Alemanha e na Alemanha diferentemente que
na Rússia.”
Na conclusão da “Historia do Partido Comunista da União Soviética
(Bolchevique). Edição Pequena”.Se anota:
“A força da teoria Marxista leninista consiste em que da ao Partido a
possibilidade de orientar-se dentro de qualquer situação,de
compreender o nexo interno que une os acontecimentos,que o
rodeiam,de prever a macha dos acontecimentos e discernir,não só
como e por onde se desdobram os acontecimentos no presente,senão
também como e por onde há de desdobra no futuro.”
Igualmente se observa:
“Dominar a teoria Marxista Leninista significa saber enriquecer essa
teoria com a nova experiência do movimento revolucionário,saber
enriquecê-la com novas teses e conclusões,saber desenrola e
impulsioná-la sem hesitar ante a necessidade de substituir,partindo do
espírito da teoria,algumas de suas teses e conclusões,que hão de
envelhecer já,com obras novas com arranjo da nova situação
histórica...”

É Precisamente neste espírito de Lenin e Stálin que Mao Tse-tung tem


aplicado o marxismo.Obviamente,isso requeria um grande valor
teórico e uma grande faculdade criadora por parte de Mao Tse-tung,ao
aplicar os princípios gerais de direção do Marxismo-Leninismo em 1
país oriental,devido que as condições na China eram muito diferentes
das dos países capitalistas europeus.
Por essa razão Mao Tse-tung encontrou oposição,porém por a mesma
razão,seu pensamento tem triunfado.
47

A conclusão de empreender uma prolongada guerra revolucionaria


nas aldeias,utilizando para cerca as cidades e logo tomaras;a conclusão
para estabelecer e manter o poder revolucionário nas muitas pequenas
bases e gradualmente desenvolver e estender essas bases através de
lutas prolongadas para a tomada de poder em todo país – esta bem
definidas conclusões,foram obtidas por Mao Tse Tung fazem vinte
anos mediante a aplicação do Marxismo-Leninismo para seu estudo
dos problemas da Revolução na China.Estas são novas conclusões
Marxistas legado a um país colonial e semi-colonial.Estas novas
condições são corretas,posto que tem sido comprovadas pela Revolução
Chinesa e porque tem sido comprovadas pela realidade dos países do
Sudeste Asiático.Isto prova o irreprimível poder da teoria Marxista-
Leninista,o irresistível poder da dialética.
Em seu discurso inaugural ante a Conferência de Sindicados Operários
dos Países Asiáticos e Australianos em 1949, Liu Shao-chi diz:
“O caminho tomado por esse povo chinês derrotando o imperialismo e
seus lacaios e fundando a Republica Popular da China,é o caminho que
deve ser tomado pelos povos de muitos países colôniais e semi coloniais
em sua luta pela independência nacional e democracia popular.Este é o
caminho de Mao Tse-tung.
O pensamento de Mao Tse-tung é o desenvolvimento do Marxismo-
Leninismo no Oriente.Este resumo da experiência da revolução no
Oriente é de profundo significado para o Marxismo-Leninismo.Para as
lutas no mundo inteiro é de uma significação universal”.

Potrebbero piacerti anche