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“Essa queda no número de pessoas desocupadas está mais associada à saída dessas
pessoas da força de trabalho do que pela entrada na população ocupada. São pessoas
que, naquela semana, não procuraram trabalho por algum motivo”, apontou a
coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.
O levantamento foi feito entre os dias 28 de junho e 4 de julho por meio da Pnad
Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada
com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no
mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à
síndrome gripal no Brasil.
Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos
dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país,
devido às características metodológicas, que são distintas.
População ocupada
A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 71,0 milhões de
pessoas, com aumento tanto em relação à semana anterior (69,2 milhões) quanto
frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões).
Entre essas pessoas, 8,9 milhões (ou 12,5%) trabalhavam remotamente, contingente
que ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (8,6 milhões ou 12,4%)
e em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).
Informalidade
De acordo com o IBGE, 28 milhões de pessoas ocupadas trabalhavam na informalidade
na primeira semana de julho, ante 28,4 milhões a semana anterior.
O IBGE considera como trabalhador informal aqueles empregados no setor privado sem
carteira assinada, trabalhadores domésticos sem carteira, trabalhadores por conta
própria sem CNPJ e empregadores sem CNPJ, além de pessoas que ajudam parentes.
A taxa de informalidade passou de 34,5% para 34,2% entre a quarta semana de junho e
a primeira semana de julho, o que o IBGE considera como estabilidade do indicador.
Já na comparação com a primeira semana de maio, o instituto aponta recuo da taxa
(era de 35,7%).