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ARTE TEATRAL

ARTE TEATRAL

SUMÁRIO

1- TEATRO DE BONECOS 3

2- MANIPULAÇÃO DE FANTOCHES 27

3- O TEATRO ENSINA A VIVER 29

4- COMO PREPARAR OS ALUNOS PARA IR AO TEATRO 33

5- TEATRO NA ESCOLA 36

6- TIPOS DE TEATRO 40

7- TEATRO INFANTIL 48

8- ELEMENTOS DO TEATRO 49

REFERÊNCIAS

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1- TEATRO DE BONECOS

O teatro de bonecos talvez seja mais velho do que o próprio teatro com atores de
verdade. Nele, em vez de pessoas interpretando personagens, quem conta a história
são bonecos controlados com as mãos.

Cada parte do mundo tem um tipo de boneco diferente. No Japão


os bunraku chegam a ter o tamanho de uma criança e cada um é controlado por
vários operadores a partir de mecanismos nas costas dos bonecos. Na Índia se
utilizam os tradicionais bonecos de vara, que existem também na ilha de Java. Na
Europa aparecem principalmente as marionetes, que são bonecos controlados por
cordas presas nos seus braços, pernas e cabeça. Também há fantoches, que são
construídos em cima de luvas e controlados pela mão. No Brasil o mamulengo é um
dos principais tipos de bonecos de teatro, aparecendo principalmente no estado de
Pernanbuco.

Mamulengo é um tipo de fantoche típico do nordeste brasileiro, especialmente do


estado de Pernambuco. A origem do nome é controversa, mas acredita-se que ela
se originou de mão molenga - mão mole, ideal para dar movimentos vivos ao
fantoche. Um ou mais manipuladores dão voz e movimento aos bonecos.

Suas apresentações eram em praça pública, em geral nos arrabaldes durante os


festejos religiosos, apresentando temática em geral bíblica ou sobre atualidades.

O Mamulengo faz parte da cultura popular nordestina, sendo praticada desde


a época colonial. Retrata situações cotidianas do povo que a pratica, geralmente
situações cômicas e sátiras.

No ano de 2015, foi reconhecido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico


Nacional (Iphan) como Patrimônio Cultural do Brasil. O processo de Registro,
resultou na publicação, em 2014, de dois trabalhos intitulados Dossiê interpretativo e
Dossiê videográfico, de autoria das pesquisadoras: Dra. Izabela Brochado e Dra.
Adriana Alcure, respectivamente.

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Museu

Na cidade Olinda o Espaço Tiridá - Museu do Mamulengo procura preservar a


tradição dos bonecos, contando em seu acervo com cerca de mil e quinhentas
peças, além de realizar apresentações diárias.

O Museu é mantido pela Prefeitura de Olinda, mantendo peças antigas e


preservando a memória de mestres populares desta arte, como Saúba, Tonho de
Pombos, Luiz da Serra, Pedro Rosa, Zé Lopes, Antônio Biló, Manuel Marcelino, etc.

Em Glória do Goitá, cidade da zona da mata de Pernambuco, conhecida como a


"Capital do Mamulengo", também há o Museu do Mamulengo, que é dirigido pela
Associação dos Mamulengueiros e Artesãos da Glória do Goitá, promovendo
sempre apresentações e oficinas. Sem contar que, no próprio museu, podemos
encontrar artesãos e mamulengueiros diariamente. Além de vivenciar o folguedo,
ainda há bonecos reservados para venda, confeccionados pelos próprios artesãos e
pelos Mestres José Lopes, Mestre Bila, Titinha, Mestre Gilberto Lopes.

O Mamulengo

O Mamulengo é a forma popular e tradicional do teatro de bonecos no Brasil.


Nasceu nos interiores do Nordeste e, de lá, migrou para grandes centros e outras
regiões. É chamado de Mamulengo, em Pernambuco e no Distrito Federal, mas
também recebe diversos nomes pelo Brasil. É Babau, na Paraíba; João Redondo ou
Calunga, no Rio Grande do Norte; e Cassimiro Coco, no Ceará, Piauí e Maranhão.
A brincadeira, como é chamada a apresentação de Mamulengo, é um ofício
repassado oralmente, por convívio familiar ou de mestre para aprendiz. Em 2015,
foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial brasileiro, pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), sendo batizado de forma unificada
como Teatro de Bonecos Popular do Nordeste.
Mamulengo é brinquedo
Divertimento e expressão
Boneco que vira gente
Madeira talhada à mão

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É causo de amor e guerra


De fé e libertação

Espetáculo „Benedito, abençoado e bendizido‟, do Fuzuê. Foto: Leonardo Monteiro

ORIGENS
Conta a história dita “oficial” que o teatro surgiu na Grécia e que o teatro de
animação surgiu na China. Será mesmo? Ninguém sabe ao certo como e quando
surgiu o teatro. Provavelmente, formas teatrais existem desde o tempo das
cavernas, quando os humanos, antes mesmo da fala, encenavam o que viam pela
necessidade de se comunicar.
E o Mamulengo? De onde veio? Podemos partir da história registrada nos livros, que
dizem que os bonecos chegaram ao Brasil com os portugueses jesuítas, no intuito
de catequizar, ou podemos reavivar a memória de mestres e mestras da oralidade,
que nos recordam sobre o nascimento genuinamente brasileiro do nosso teatro
popular de bonecos.
Dentre várias versões sobre a origem desse folguedo, acreditamos na memória
popular, que nos fala sobre as raízes afrobrasileiras.O saudoso Mestre Ginu,
bonequeiro pernambucano, contava que o Mamulengo surgiu nas senzalas, onde o
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povo negro escravizado se reinventava para contar histórias de libertação, a partir


de bonecos esculpidos em madeira. Era a dor transformada em alegria.
Com situações cotidianas de superação e irreverência, as brincadeiras de
Mamulengo percorrem o tempo, falando sobre luta, fé, amor, guerra e liberdade. Até
hoje, a tolda (armação de tecido de onde o ator manipula os bonecos) se abre e as
figuras ganham vida para dar voz aos sentimentos e expressões da nossa gente
brasileira, trabalhadora e brincante. É o povo contando sua própria história.
“A necessidade de narrar fatos e representar por meio da ação dramática está
presente em rituais de diversas culturas e tempos, e provavelmente diz respeito à
necessidade humana de recriar a realidade em que vive e de transcender seus
limites.”
(Parâmetros Curriculares Nacionais: Arte – Teatro. 1998)

Mamulengo de Babi Guedes

O MAMULENGO NO DISTRITO FEDERAL


No dossiê de registro do Iphan, o Distrito Federal é o local fora da região nordestina
com a maior concentração de brincantes de Mamulengo. Conta-se que, na própria
construção da capital, operários retirantes usavam o tempo de folga ou fugiam do
trabalho exaustivo para brincar com os bonecos.

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Um dos grandes semeadores da arte mamulengueira, no DF, foi o mestre Carlinhos


Babau, da Companhia Carroça de Mamulengos, criada em Brasília no ano de 1977.
Das vivências com Babau e com vários outros mestres que por aqui passaram,
como Babi Guedes, surge o Mamulengo Presepada, de Chico Simões. Dessa raiz,
inúmeros grupos e bonequeiros dão continuidade às novas gerações do folguedo.

Babi Guedes brincando na Torre de TV

A Magia dos Bonecos

A magia da arte milenar do Teatro de Bonecos que encanta adultos e crianças é


uma das mais remotas maneiras de diversão entre a humanidade. Registros dessa
forma de expressão artística existem desde a Pré-História. A origem do Teatro de
Bonecos remonta ao Antigo Oriente, em países como a China, Índia, Java e

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Indonésia. Por intermédio dos mercadores foi se dispersando para a Europa,


inclusive sendo usado durante a Idade Média como instrumento de evangelização.
Mas com o Cristianismo, durante a Renascença, o Teatro de Bonecos ficou abafado.

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Na América, o surgimento do Teatro de Bonecos aconteceu por volta do século


XVI, época dos grandes descobrimentos, o que contribuiu muito para sua divulgação
no mundo inteiro. Confeccionado muitas vezes, semelhante à nossa imagem, o
boneco se torna um ser misterioso em torno do qual podemos construir um mundo.

No palco toma vida própria através das mãos do manipulador, conta história e
transforma a vida numa magia que muitas vezes nos faz sair da realidade pelo seu
grande poder de sugestão. Toda a sua expressão se concentra no movimento.

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O TEATRO DE FANTOCHES, DE BONECOS OU DE MARIONETES é a


expressão teatral que caracteriza as encenações realizadas, respectivamente, com
fantoches, marionetes ou bonecos.

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Este instrumento teatral conferia aos seres que os utilizavam poderes mágicos,
caracterizando-os como personas intermediárias entre os povos primitivos e seus
deuses. As pessoas conferiam tal sacralidade ao fantoche que ele realmente parecia
sustentá-las espiritualmente.

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Ao se tornar portador do fantoche, o personagem adquiria poderes que o


convertia em um profeta, um ser sagrado, um exorcista. Portanto, somente um
iniciado nos conhecimentos sacros poderia usar suas mãos para dar vida ao
fantoche, em uma cerimônia especialmente preparada para essa encenação.

Na era clássica os fantoches estavam dispostos principalmente dentro dos


templos; eram bonecos de grande porte conduzidos igualmente durante as
procissões de iniciação. Eles se desenvolvem particularmente a partir do século VII,
com a adoção de estátuas semelhantes ao Homem. Estes fantoches que imitam as
feições humanas são então escolhidos cada vez mais para estes eventos religiosos,
assumindo um estilo que ainda hoje marca as representações do teatro de
fantoches.

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Como esta modalidade lembrava demais os antigos ritos animistas, a Igreja


começou a proibir as encenações dentro dos templos. Esta atitude deu origem aos
teatros itinerantes, os quais reduziram o porte de forma a poder circular aqui e ali
com suas representações, especialmente pelas ruas e em festas empreendidas no
interior dos palácios.

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Ao longo do Renascimento eles são novamente resgatados no seio das Igrejas,


apresentando-se também nos pátios residenciais e nas festas realizadas durante as
feiras. A platéia se populariza e o teatro de fantoches assume uma postura mais
satírica, impregnada de humor. Ele tem um papel importante nesse período,
chegando até mesmo a preservar o Teatro Inglês quando este é interditado durante
18 anos.

Seguindo a evolução histórica, os fantoches foram se transmutando conforme as


necessidades de cada época, não se atendo jamais ao passado. Assim, eles estão
sempre em metamorfose, constantemente assumindo novas formas. Esta
modalidade teatral preserva sempre, porém, seu caráter ambulante, ao encenar
seus espetáculos não só nos teatros convencionais, mas também nas ruas, nas
praias, nos espaços ao ar livre diante das Igrejas.

•TIPOS-DE-BONECOS
Existem muitos tipos de bonecos. Cada tipo tem suas características específicas, e
exige sua linguagem dramática especial. Certos tipos só se desenvolvem sob
determinadas condições culturais e geográficas. Os tipos mais importantes são
assim classificados:

FANTOCHES - bonecos de mão ou de luva

Esse tipo possui corpo de tecido, vazio, que o manipulador veste na mão; ele
encaixa os dedos na cabeça e nos braços para movimentá-los. A figura é vista só da
cintura para cima e geralmente não tem pernas. A cabeça pode ser feita de madeira,
papier-maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de feltro. O modo de
operação mais comum é usar o dedo indicador para a cabeça, e o polegar e o dedo
máximo para os braços. Esse é o típico show de fantoches apresentado ao ar livre
por toda a europa.

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A vantagem do fantoche ou boneco de mão é a sua agilidade e rapidez; a


limitação é seu tamanho reduzido e os movimentos de braços pouco eficientes.

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BONECOS-DE—VARA

São figuras também manipuladas por baixo, mas de tamanho grande,


sustentadas por uma vara que atravessa todo o corpo, até a cabeça. Outras varas
mais finas podem ser usadas para movimentar as mãos e, se necessário, as pernas.
Esse tipo de figura é tradicional nas ilhas indonésias de Java e Bali, onde são
chamadas de wayang golek.

Em geral, o boneco de vara é adequado a peças de ritmo lento e solene, mas são
muitas as suas potencialidades e grande a sua variedade. Porém é muito exigente
quanto ao número de manipulares, exigindo sempre uma pessoa por boneco, e às
vezes duas ou três para uma única figura.

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MARIONETES-OU-BONECOS-DE-FIO

São figuras grandes controladas por cima. Normalmente são movimentadas por
cordões ou fios que vão dos membros para uma cruzeta de controle na mão do
manipulador. O movimento é feito por meio da inclinação ou oscilação da cruzeta de
controle, mas os fios são também puxados um a um quando se deseja um
determinado movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios: um em
cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (para mexer
a cabeça) e um na base da coluna, para fazer o boneco se inclinar. Efeitos mais
detalhados podem exigir o dobro ou o triplo desse número. A manipulação de uma
marionete de muitos fios é uma operação complexa que exige grande treinamento.

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TEATRO-DE-SOMBRAS
Trata-se de um tipo especial de figura plana, utilizada para projetar sombras em
um telão semitransparente. Podem ser recortadas em couro ou qualquer outro
material opaco, como nos teatros tradicionais de Java, Bali e da Tailândia, além do
tradicional "sombras chinesas" da Europa do século XVIII; nos teatros tradicionais da
China, Índia, Turquia e Grécia, e em diversos grupos modernos da Europa, as
figuras podem ser recortadas também em couro de peixe ou em outros materiais
transparentes.
Elas podem ser operadas por baixo, com varas, como no teatro javanês; com
varas que ficam em ângulo reto com a tela, como nos teatros chinês e grego; ou por
meio de cordões escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas. O
teatro de sombras não precisa se limitar a figuras planas. Ele pode lançar mão
também de figuras tridimensionais.

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2- MANIPULAÇÃO DE FANTOCHES

O boneco é um objeto inanimado até que o manipulador lhe dá vida.

Essa vida é expressa pelo modo como o manipulador manipula o seu boneco.

Essa é a maneira a se considerar em dar


vida a um boneco.

Para primeiro dominar a técnica de manipulação de bonecos, é necessário que o


ator conheça os movimento de suas mãos antes de começar a trabalhar com o
boneco em si. Conhecer o movimento de cada dedo, movimentar o pulso e criar
ritmos em cada movimento. Feito isso o ator-manipulador estará adquirindo
percepção e domínio do movimento das mãos, educando-as para adquirir o máximo
de sincronismo e naturalidade quando estiver interpretando com o fantoche.

Podemos observar que as nossas mãos estão em constante movimento (


Juntamente com os braços e o corpo ), com elas também nos comunicamos através
de gestos, ora demonstrando algo, ora expressando um sentimento. Antes de
começarmos a trabalhar a parte da manipulação, vamos primeiro trabalhar o corpo e
a voz, conhecer a postura correta de se manipular um boneco.

Para isso começaremos com exercícios básicos de aquecimento físico, alongamento


e relaxamento para o corpo e braços.

1. Mantenha-se em pé, coluna reta com os braços paralelo ao corpo.

2. Respire e solte o ar por duas vezes.

3. Passe o braço direito por cima da cabeça e segure o rosto do lado esquerdo e
puxe inclinando a cabeça para o direito. Faça o mesmo procedimento com o
braço esquerdo passando-o por cima da cabeça e segure o rosto do lado direito

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e puxe inclinando a
cabeça para a esquerda.

4. Movimente a cabeça para cima e para baixo, para os lados.


5. Relaxe a cabeça e agora gire os ombros 8 vezes para frente e para trás.
6. Relaxe os ombros e agora gire os braços oito vezes para frente e para trás.
7. Estique os braços para frente alongando-os e solte relaxando, repita quatro
vezes.
8. Coloque os braços ao lado do corpo e apertando-os ao sovaco, tente fazer o
movimento como se tivesse batendo asas, mas somente do cotovelo até as
mãos, faça com rapidez e depois solte e relaxe, repita por quatro vezes.
9. Inspire e expire. Agora respire ofegante e lentamente usando sempre o
diafragma.

10. Faça um aquecimento de coluna.

Primeiro desça a cabeça; depois o peito ; barriga ; cintura; quadris; coxa;


enrolando o corpo até o chão. Permaneça por um momento, conte até cinco vá
desenrolando o corpo subindo por último a cabeça. Repita o movimento por três
vezes.
11- Trabalhe os pés. Fazendo movimento para cima e para baixo. Agora faça
movimento em círculo por cinco vezes, para dentro e para fora. Faça o mesmo
exercício só que agora com os joelhos.

12- Respire e repita o exercício 9.

13- Estique os braços para frente com as mãos abertas como se fosse um sinal
de pare.

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3- O TEATRO ENSINA A VIVER

Adaptação de O Caso dos Dez Negrinhos, no ColégioSão Luís, de São Paulo:


montagens próprias são aspreferidas pelos estudantes. (Crédito: Foto: Daniel
Aratangya)

Mesmo sem se dar conta, todos os dias ao entrar na sala de aula você e seus
alunos tomam emprestados alguns recursos da linguagem teatral. Ao ler um conto
em voz alta, os estudantes naturalmente impostam a voz e mudam a entonação
marcando os diferentes personagens. Para manter a atenção da turma em suas
explicações é bem provável que você imponha ao corpo uma postura mais rígida,
abuse dos gestos e capriche nas expressões faciais. Mas o teatro pode ser usado
também como uma ferramenta pedagógica. "Uma das grandes riquezas dessa
atividade na escola é a possibilidade do aluno se colocar no lugar do outro e
experimentar o mundo sem correr riscos", avalia Maria Lúcia Puppo, professora de
licenciatura em Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (USP). E são muitas as
habilidades desenvolvidas com essa prática.

O contato com a linguagem teatral ajuda crianças e adolescentes a perder


continuamente a timidez, a desenvolver e priorizar a noção do trabalho em grupo, a
se sair bem de situações onde é exigido o improviso e a se interessar mais por
textos e autores variados. "O teatro é um exercício de cidadania e um meio de
ampliar o repertório cultural de qualquer estudante", argumenta Ingrid Dormien

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Koudela, consultora do Ministério da Educação na elaboração dos Parâmetros


Curriculares Nacionais (PCN) na área.

A criatividade é o único recurso indispensável


"A escola não precisa de um espaço com poltronas confortáveis ou ricos figurinos
para montar uma peça", avisa a atriz e orientadora pedagógica Beth Zalcman, da
Escola Eliezer Steinbarg-Max Nordau, do Rio de Janeiro.

O professor Leandro Karnal, da Universidade de Campinas, vai no mesmo caminho


que Beth. Ele lembra que ainda durante a época colonial os jesuítas já utilizavam o
teatro como exercício escolar com bons resultados e sem grandes recursos. "Cabe a
cada professor descobrir os recursos necessários para o trabalho que pretende
desenvolver. Mas o principal é sempre a criatividade", alerta.

A linguagem lúdica, multifacetada e pouco dependente da escrita é ideal para


colocar em cartaz com a garotada espetáculos sobre a cultura local ou os
acontecimentos cotidianos, por exemplo. A atividade desenvolve a oralidade, os
gestos, a linguagem musical e, principalmente, a corporal.

Contato com companhias profissionais é valioso


A presença efetiva da arte de representar na educação brasileira é um fenômeno
recente. O ensino de Educação Artística, regulamentado em 1971, sempre priorizou
as artes plásticas. Com o passar do tempo, a aproximação entre escolas e grupos
teatrais e o crescimento dos cursos de graduação em Artes Cênicas pelo país
contribuíram para o aumento e a valorização do teatro em sala de aula.

Você pode incluir atividades baseadas nessa linguagem em seu planejamento e ir


além. Uma forma é fazer parcerias com grupos de teatro da região. O contato com
atores profissionais é muito rico. Ele possibilita a discussão sobre o aproveitamento

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dos espaços físicos da escola e o intercâmbio de idéias e experiências.

Vale a pena também ficar atento à programação cultural da cidade. Entre em contato
com companhias teatrais e veja a possibilidade de trazê-las para a escola. E, se
possível, leve a turma a uma sala de espetáculos para assistir a montagens
profissionais. "O hábito de ir ao teatro também deve ser desenvolvido nas aulas de
Artes", conclui Ingrid.

Os cuidados para montar um bom projeto


Fazer teatro na escola não é simplesmente encenar uma passagem da nossa
história ou levar para o palco os personagens e a trama do livro lido pela turma no
encerramento do semestre. De acordo com Tuna Serzedelo e Maíra Silveira,
professores do Colégio São Luís, de São Paulo, trabalhar com a arte da
representação exige conhecimento técnico. Por isso, para desenvolver um trabalho
que introduza crianças e jovens nessa linguagem, os professores das diversas
disciplinas devem se associar ao de Artes. Aprenda com a experiência da dupla.

Coloque a classe em contato com diversos livros de autores com estilos variados e
observe o tipo de texto (tragédia, comédia, situações do cotidiano, mistério etc.) que
mais chama a atenção do grupo.

Em uma encenação, podem ser transmitidos conhecimentos culturais, históricos,


científicos ou morais, por exemplo, mas eles não devem ser vistos como objetivo, e
sim como conseqüência. O ideal é que os alunos se envolvam com a trama e os
personagens e sintam prazer em representar.

Peça que os estudantes façam um mapeamento dos folguedos populares, festas,


autos e outras manifestações folclóricas que possam ser representadas na escola.

Evite montar um espetáculo que já esteja pronto e não busque se aproximar do que
foi encenado por alguma companhia famosa. Incentive o grupo a criar suas próprias

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encenações. "Cada montagem é única", apregoa Serzedelo. O professor dirigiu uma


adaptação feita pelos próprios alunos do Ensino Médio de O Caso dos Dez
Negrinhos, da escritora inglesa Agatha Christie.

Deixe as crianças ousarem. Maíra já trabalhou com a garotada na montagem de


uma peça que uniu elementos dos clássicos Auto da Barca do Inferno, de Gil
Vicente, e Auto da Compadecida, de Ariano Suassuna. O resultado foi o espetáculo
Auto da Barca da Paulista, numa referência à famosa avenida da capital paulista,
que passa próxima ao colégio. Ações como essas, sugeridas pelos adolescentes,
têm maior chance de fazer sucesso.

Estimule a participação de todos os estudantes, sem exigir profissionalismo. Há os


que falam baixo ou os que ficam de costas para a platéia. Mas todos podem
aprender.

Fotografe e filme as encenações. Depois, convide a classe para analisar a


montagem. Esse exercício de auto-avaliação serve para afinar as próximas
apresentações.

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4- COMO PREPARAR OS ALUNOS PARA IR AO TEATRO

"A arte necessita de conhecimento. E a observação da arte só poderá levar a um


prazer verdadeiro se houver uma arte da observação." Essa é uma das ideias
defendidas pelo dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956) que pode servir de
inspiração para pensar em como fazer o trabalho em sala quando o assunto é
linguagem teatral.

Apreciar, uma das competências básicas a ser desenvolvida na disciplina de Arte,


não pode significar simplesmente levar a turma ao teatro (tal como olhar para um
quadro, no caso das artes visuais, e escutar uma composição, no caso da música).
Até os sinônimos atribuídos ao termo apreciação - julgamento, avaliação, juízo -
apontam que se trata de algo mais reflexivo.

O foco do trabalho deve ser fazer as crianças desenvolverem um olhar e uma escuta
atentos quando assistem a espetáculos. "Elas precisam perceber significados da
obra em questão: o que há por trás dos gestos dos intérpretes, e dos outros
elementos", diz Dirce de Carvalho, professora da Faculdade de Arte, Filosofia e
Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) (leia a sequência
didática).

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Para que isso ocorra, a intervenção do professor é fundamental, o que não quer
dizer que ele tenha de direcionar de maneira rígida o momento da fruição. "Os
estudantes têm de ter espaço para construir percepções próprias a respeito do
espetáculo e vivenciar a experiência com autonomia crítica. Apreciar não é sinônimo
de gostar", diz Narciso Telles, professor do curso de Teatro e do Programa de pós-
graduação em Arte da UFU. Em outras palavras, eles têm de construir ligações entre
a manifestação artística e o repertório pessoal. E o papel do educador é fornecer
elementos que provoquem questionamentos, inspirem reflexões e ampliem a visão
da turma sobre o teatro em geral e a respeito da peça. Um trabalho que precisa ser
feito antes de a trupe entrar em cena.

Apreciação e reflexão devem ser planejados juntos

Materiais informativos produzidos a respeito de peças teatrais, como críticas e


resenhas, são recursos interessantes a explorar com o grupo para preparar o
momento da fruição. Estudar com os alunos o tipo de peça que será prestigiado
(drama ou comédia, por exemplo), onde ela será apresentada (no teatro de arena ou
na rua) e o enredo é uma atitude muito importante para que todos tenham ideia do
que presenciarão.

Na EMEF Prefeito Adhemar de Barros, na capital paulista, a professora de Arte Vera


Parente tem o hábito de recolher imagens e textos sobre os espetáculos que as
crianças do 1º, 2º e 4º ano vão assistir e apresentar tudo previamente para elas. O
objetivo é fomentar um diálogo para que a turma fale sobre suas expectativas e faça
perguntas a respeito do espetáculo. "Quando é chegada a hora, todos já estão
aguçados e bem embasados para buscar significados nas entrelinhas da obra e
também têm informações para embarcar na experiência, fazendo as próprias
conexões de saberes."

Para ajudar os estudantes a aprender o que e como apreciar um espetáculo, é


importante que todo professor seja um apreciador consciente e saiba que, quando
se é espectador, não basta compreender a trama: são vários os elementos que
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merecem atenção. E, se possível, você deve sempre assistir à peça antes do grupo -
não para adiantar informações, mas para checar se o produto tem qualidade e é
adequado à faixa etária e também para poder contar sua experiência como
apreciador, servindo como modelo. "A iluminação do espetáculo é bonita", "quando
começa a tocar música, os atores convidam a plateia a cantar com eles" e "gostei da
peça porque o último ato é surpreendente" são falas interessantes e que certamente
deixarão as crianças instigadas. Quando não há a possibilidade de se adiantar ao
grupo, vale a pena levantar com a turma dúvidas e expectativas sobre a
apresentação.

Depois de assistir à peça, é normal que a criançada fique eufórica para falar sobre o
espetáculo e esse é o momento de complementar o trabalho, encaminhando a turma
para a reflexão. É importantíssimo ajudar os alunos a falar mais "gostei" ou "não
gostei" e ir além das simples descrições. Todos concordam com as críticas que
foram lidas antes de ir ao teatro? As imagens do cartaz da peça retratam bem o que
foi visto no palco? Como eles recomendariam o espetáculo para os colegas de
turma?

Perceba que, embora sejam momentos distintos, a apreciação e a reflexão devem


estar associadas. "Um espectador que observa e aprecia se torna apto a fazer sua
leitura crítica do espetáculo e amplia seu repertório para outras linguagens
artísticas", explica Dirce.

Os erros mais comuns

- Depois da peça, propor que os alunos respondam a questionários para avaliar a


apreciação. É uma atitude reducionista, já que a apreciação é uma experiência
individual. Melhor organizar uma roda de conversa para que todos exponham suas
opiniões e compreendam que existem diversas maneiras de compreender a arte.

- Levar as crianças ao teatro ou a qualquer outra atração externa como se fosse um


programa familiar. A escola tem de organizar passeios com objetivos didáticos e
para isso é necessário planejar os objetivos e as atividades a serem desenvolvidas.

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5- TEATRO NA ESCOLA

Teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, podendo


colaborar para que a criança tenha oportunidade de atuar efetivamente no mundo,
opinando, criticando e sugerindo e, também permite ajudar o aluno a desenvolver
alguns aspectos: criatividade, coordenação, memorização, e vocabulário.[1]

A escola que insere o teatro em suas atividades faz com que seus alunos construam
um crescimento cultural que vai além da sala de aula, por meio do discurso
espontâneo da linguagem teatral, motivando e despertando uma aprendizagem
prazerosa, construindo o desejo de se aprender. O teatro, quando devidamente
estruturado e acompanhado, ajuda o professor a perceber traços da personalidade
do aluno, do seu comportamento individual e em grupo, traços do seu
desenvolvimento, permitindo um melhor direcionamento para a aplicação do seu
trabalho pedagógico. No entanto é de enorme importância que o professor
de teatro tenha formação não só pedagógica mas também artística, pois um mau
direcionamento poderá levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento
da criança. Para que o docente apresente aos educandos um conhecimento real e
reflexivo, é essencial que seja levado em conta todo o contexto sócio cultural e
econômico, partindo das experiências do mesmo.

O teatro direcionado às crianças deve estar obrigatoriamente relacionado com


diversas áreas como a psicologia e a música, e não somente relacionado à disciplina
de artes. É importante ainda utilizar o teatro por meio de recursos pedagógicos, pois
apenas apresentá-lo de qualquer forma as crianças, sem que ocorra o planejamento,
os resultados finais podem se tornar ineficazes, não atingindo o que se pretende
desenvolver.

O teatro na escola pode colaborar para que as crianças possam se relacionar


melhor com os colegas e o meio onde vive; construam seu conhecimento brincando
e descobrindo seus espaços, se tornem mais participativos e responsáveis nas
atividades em sala, projetos, e dinâmicas; formando indivíduos críticos e atuantes de

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sua própria realidade, opinando e sugerindo, formando cidadãos que valorizem as


experiências e sabem lidar com as diferenças sociais do seu bairro. Os professores,
familiares e a comunidade, devem conhecer a importância do teatro na formação
dos alunos, a fim de contribuírem participando junto com os mesmos. Existem várias
formas de teatro, porém os mais conhecidos são: onde o próprio homem atua,
utilizando tanto máscaras ou fantoches, como também a sua imagem.

O teatro infantil

As modalidades de teatro aplicadas na escola focam uma proposta de ensino


diferente da forma tradicional.

O teatro infantil é uma apresentação cênica feita para crianças onde os atores
utilizam muita criatividade, imaginação, fantasia e emoção. Os temas mais utilizados
são os contos de fadas e fábulas.Por que é isso que alegra mais as crianças.Isso dá
muita imaginação e criatividades para os pequeninos.

Outro temas abordados no teatro infantil, principalmente no teatro destinado às


escolas, são os temas transversais.

A pantomima

A pantomima pode ser considerada um jogo teatral que é realizado por cenas de
ação dramática que se caracterizam por explicação da ação através do gesto.

Podemos exemplificar essa afirmação através dos seguintes exemplos:

 A primeira atividade proposta foi a de arrumar uma casa: os elementos foram


entrando e ordenando os cantos de cada. No final, cada elemento estava a fazer
alguma coisa - ou lendo um livro, ou cozinhando, ou escutando música. Ou seja,
o manipular simplesmente os diversos objetos estimulou as crianças a utilizá-los
de imediato.
 A atividade do segundo jogo era colocar água num copo e bebê-la. Mas, assim
que subiram mais jogadores ao palco iniciou-se a disputa pela mesma. Ou seja,
os alunos viram-se obrigados a solucionar a questão entre-eles, recorrendo aos
seus ensinamentos de cidadania.
37
ARTE TEATRAL

 No terceiro jogo, a atividade era tocar um instrumento, e os jogadores subiam ao


palco tocando cada um seu instrumento, até que um dos participantes regeu
a orquestra, que passou a existir em função do estabelecimento de uma ordem
mais ampla, fixando uma relação lógica da cena. Algo mais próximo ao jogo da ir
do conjunto das ações é um bom roteiro.]] foi atingido quando um dos jogadores
subiu ao palco e propôs atividades de "tecer". Mas ainda que o grupo elaborou
um cenografia, configurando um oficina de tecelagem, na qual eram
desenvolvidas as mais diferentes atividades, desde dobrar panos até crochê ou
costura à máquina. Somente numa fase posterior, quando voltamos ao jogo da
atividade, o grupo manteve o foco solicitado pelo jogo.

Teatro de fantoches

O teatro de bonecos teve sua origem na Antigüidade.

Os homens começaram a modelar bonecos no barro, mas sem movimentos e aos


poucos foram aprimorando esses bonecos, conseguindo mais tarde a articulação da
cabeça e membros para fazer representações com eles.

Os bonecos

Os bonecos utilizados pelos alunos na escola seguindo a orientação de um


professor têm um papel importantíssimo na educação, pois eles podem ajudar a
desenvolver vários aspectos educacionais principalmente aos que estão
relacionados à comunicação e a expressão sensório-motora. O professor deve
deixar a criança manipular os bonecos à vontade. Aos poucos, a criança irá sentir
uma vontade de criar uma fala, um diálogo para aquele boneco, aliando o
movimento dele com a palavra.

Teatro de máscaras

O homem usa máscaras desde a Pré-História nos rituais religiosos. Na África, elas
são esculpidas em madeira e pintadas. Já os índios americanos fazem-nas
de couro pintado e adornos de penas. Na Oceania, são feitas de conchas e madeira
e com madrepérolas incrustadas.

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ARTE TEATRAL

Existe um tipo muito antigo de máscara que é aquela desenhada no


próprio rosto com tintas especiais, maquiagens e pinturas. Este tipo é muito utilizado
pelos índios e pelos africanos nos seus rituais religiosos, de guerra, festas, etc.

Para a confecção, pode-se usar sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de
papelão, jornal, material de sucata, etc.

Esta atividade não é difícil de ser executada e será prazerosa para as crianças, pois
elas poderão representar uma história com um material que elas mesmo elaboraram,
pois estarão criando e recriando à sua própria dialética.

O teatro de máscaras promove a recreação, o jogo, a socialização, melhoria


na fala da criança, desinibição dos alunos mais tímidos. Quando o trabalho em aula
exigir o uso da palavra, a máscara que deve ser utilizada é aquela que cobre
os olhos e o nariz deixando a boca livre, permitindo que a voz saia clara, exibindo a
sua expressão verbal.

As crianças, representando com o rosto oculto, se permitem viver o enredo dos


próprios personagens e o cotidiano social a que pertence.

Grupos de teatro

É sempre de estimular que em todas as escolas, juntas de freguesia, comunidades


locais, etc. se formem grupos de teatro constituídos por crianças e jovens.

Através do teatro as crianças podem estar, quase sem se aperceberem, a focar e


imediatamente a solucionar, problemas locais, p.ex., tais como a discriminação
racial, o ambiente, as tradições locais, o mau rendimento escolar, etc.

As crianças/jovens podem-se juntar em grupos e partir delas o tema a abordar, e daí


desenvolverem o seu próprio texto.

Os grupos de teatro podem absolutamente colaborar na integração de crianças e


adolescentes com deficiências de todo tipo, permitindo uma melhoria substancial da
sua auto-estima e das próprias doenças que sofrem.

É de imensa importância que as crianças que constituem os grupos de teatro não


fiquem com a percepção de que a vida de artista é bastante simplista e de diversão,
pelo que as remunerações financeiras são de evitar (podem ser dadas ofertas

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ARTE TEATRAL

culturais como bilhetes para outros espectáculos, livros, etc.). Deve-se sim, estimular
o gosto da representação criando um futuro público de teatro.

6- TIPOS DE TEATRO

-> Auto
Auto é um sub-gênero da literatura dramática. Tem sua origem na Idade Média, na
Espanha, por volta do século XII. Em Portugal, no século XVI, Gil Vicente é a grande
expressão deste gênero dramático. Camões e Dom Francisco Manuel de Melo
também adoptaram esta forma.O auto era escrito em redondilhos e visava satirizar
pessoas. Como os autos de Gil Vicente deixam perceber claramente (vide, por
exemplo, O Auto da Alma e O Auto da Barca do Inferno), a moral é um elemento
decisivo nesse sub-gênero.

-> Comédia
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um
espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, "comédia" é o que
é engraçado, que faz rir.

No surgimento do teatro, na Grécia, a arte era representada, essencialmente, por


duas máscaras: a máscara da tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua
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ARTE TEATRAL

Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata
essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens
inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado através da divisão
dos júris que analisavam os espetáculos durante os antigos festivais de Teatro, na
Grécia. Ser escolhido como jurado de tragédia era a comprovação de nobreza e de
representatividade na sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco
pessoas sorteadas da platéia.

Porém, a importância da comédia era a possibilidade democrática de sátira a todo


tipo de idéia, inicialmente política. Assim como hoje, em seu surgimento, ninguém
estava a salvo de ser alvo das críticas da comédia: governantes, nobres e nem ao
menos os Deuses (como pode ser visto, por exemplo, no texto As Rãs, de
Aristófanes).
Hoje a comédia encontra grande espaço e importância enquanto forma de
manifestação crítica em qualquer esfera: política, social, econômica. Encontra forte
apoio no consumo de massa e é extremamente apreciada por grande parte do
público consumidor da indústria do entretenimento.

Uma das principais características da comédia é o engano. Frequentemente, o


cómico está baseado no facto de uma ou mais personagens serem enganadas ao
longo de toda a peça. À medida que a personagem vai sendo enganada e que o
equívoco vai aumentando, o público (que sabe de tudo) vai rindo cada vez mais.

-> Drama

A palavra drama origina-se na Grécia Antiga significando ação.


Aristóteles, em sua Poética, divide a literatura de sua época, que se originara da
forma oral, nos modos narrativo ou épico, dramático e misto. A partir desta análise,
central em toda a análise dos gêneros literários, teóricos dividiram a literatura nos
modos narrativo, dramático e lírico.

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ARTE TEATRAL

Drama é também usado como definição genérica de filmes, cinema, telenovelas,


teatro, substituindo-se estes termos (ex: O drama de Ibsen, significando o teatro de
Ibsen).

-> Farsa
Farsa é uma modalidade burlesca de peça teatral, caracterizada por personagens e
situações caricatas. Difere da comédia e da sátira por não preocupar-se com a
verossimilhança nem pretender o questionamento de valores.

-> Melodrama
O termo melodrama tem significados muitas vezes contraditórios e é aplicado com
diferentes significados a formas artísticas diversas e ocorrências variadas e/ou em
distintas ocorrências dentro dos meios de comunicação de massas. Originário do
grego μέλος = canto ou música + δράμα = ação dramática, refere-se, algumas vezes,
a um efeito utilizado na obra, outras como estilo dentro da obra e outras como
gênero. Existe desde o século XVII principalmente na ópera, no teatro, na literatura,
no circo-teatro, no cinema, no rádio e na televisão.

-> Ópera
O mélodrama na ópera consiste num procedimento onde a fala e a música, em vez
de andarem juntas se alternam, quando uma frase musical anuncia e prepara a frase
falada.

-> Monólogo
Em teatro ou oratória, um monólogo é uma longa fala ou discurso pronunciado por
uma única pessoa ou enunciador. O nome é composto pelos radicais gregos monos
(um) + logos (palavra, ou idéia), por oposição a dia (dois, ou através de) + logos.
Monólogo é a forma do discurso em que o personagem extravasa de maneira
razoavelmente ordenada seus pensamentos e emoções, sem dirigir-se a um ouvinte

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ARTE TEATRAL

específico.
No Monólogo é comum que os actores rebusquem pensamentos profundos
psicologicamente, expondo idéias que podem até transparecer que há mais de um
ator em cena, mas que no real exija somente uma pessoa durante a cena, enfim
monólogo está associado a um conflito psicológico que não necessariamente seja
individual.

-> Revista
A Revista é um género de teatro, de gosto marcadamente popular, que teve alguma
importância na história das artes cénicas, tanto no Brasil como em Portugal, que
tinha como caracteres principais a apresentação de números musicais, apelo à
sensualidade e a comédia leve com críticas sociais e políticas, e que teve seu auge
em meados do século XX.

-> Stand-up comedy

Stand-up comedy é uma expressão em língua inglesa que indica um espetáculo de


humor executado por apenas um comediante. O humorista se apresenta geralmente
em pé (daí o termo 'stand up'), sem acessórios, cenários, caracterização,
personagem ou o recurso teatral da quarta parede, diferenciando o stand up de um
monólogo tradicional. Também chamado de humor de cara limpa, termo usado por
alguns comediantes.

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ARTE TEATRAL

O texto é sempre original, normalmente construído a partir de observações do dia-a-


dia e do cotidiano. Praticamente qualquer coisa pode ser usada como ingrediente na
comédia stand-up. Muitos comediantes trabalham durante anos para lapidar 60 ou
70 minutos de material humorístico, que normalmente executam aos pedaços várias
e várias vezes, aperfeiçoando lentamente cada piada com o passar do tempo. O
estilo é considerado por muitos um dos gêneros mais difíceis de se executar e
dominar, talvez porque o artista em cena esteja desarmado, despido de
personagens, apresentando suas idéias à respeito das coisas do mundo, e ainda
esteja à mercê da platéia: não raro deve-se ajustar rapidamente sua apresentação
de acordo com o humor e gosto de uma platéia específica. Ainda, as habilidades
necessárias pra ser um stand-up comedian são diversas; é freqüentemente
necessário que se assuma de forma solitária os papéis de escritor, editor, artista,
promotor, produtor, e técnico simultaneamente.

-> Musical
Teatro Musical é um estilo de teatro que combina música, canções, dança, e
diálogos falados. Esta delimitada por um lado pela sua co-relação com a ópera e por
outro pelo cabaré, os três apresentam estilos diferentes, mas suas linhas
deliminatórias muitas vezes são difícies de conceituar.

-> Surrealismo
O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primariamente em Paris
dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o
modernismo, reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo e posteriormente
expandido para outros países. O surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na
actividade criativa. O seu representante mais conhecido no cinema é Luis Buñuel.

-> Tragédia
Tragédia é uma forma de drama, que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade,
frequentemente envolvendo um conflito entre uma personagem e algum poder de
instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou a sociedade.
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ARTE TEATRAL

-> Tragicomédia
Tragicomédia é a mistura de tragédia com comédia, em peças e filmes. É a mistura
do trágico com o cômico. Originalmemnte, significava a mistura do real com o
imaginário. Têm-se que é a tomada da vida quotidiana e absurda com um toque
especial de comédia, de forma a descontrair; deixá-la verdadeira e engraçada.
Tomam-se temas como violência, morte, roubos, dentre outros e a estes é dado o
humor. Muito disso, hoje em dia, é feito em diversas peças teatrais e diversos filmes.
Isso é um dos pontos fortes o qual o teatro possui grande sucesso e expansão de
comedia.

-> Teatro infantil

O teatro na escola tem uma importância fundamental na educação, fazendo, em


Portugal, parte do currículo escolar obrigatório do primeiro ciclo.
Permite ao aluno evoluir a vários níveis: na socialização, criatividade, coordenação,
memorização, vocabulário, entre muitos outros.

Por outro lado, quando devidamente estruturado e acompanhado, ajuda o professor


a aperceber-se de traços da personalidade do aluno, do seu comportamento
individual e em grupo, traços do seu desenvolvimento, permitindo um melhor
direccionamento para a aplicação do seu trabalho pedagógico.
No entanto é de uma enorme importância que o professor de teatro tenha formação
não só pedagógica mas também artística, pois um mau direccionamento poderá
levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento da criança.

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ARTE TEATRAL

-> Teatro de rua

Teatro de rua é uma apresentação de generos teatrais por artistas ou grupos


especializados em lugares públicos.

->Teatro inivisível

Teatro invisível é uma forma de encenação na qual apenas os actores sabem que
de facto há uma encenação. Aqueles que a presenciam devem considerá-la um
acontecimento real, seja ele banal ou extraordinário dentro da expectativa onde
ocorre, e por isso é impreciso chamá-los “espectador”, que indica o apreciador de
um espetáculo que aceita a ficção como realidade sempre consciente desse jogo de
faz-de-conta. Para que seja realizável, o teatro invisível ocorre geralmente em
espaços públicos ou de ampla circulação, não em um edifício teatral. O “espectador”
torna-se participante inconsciente da representação imprevisível. Como os actores
não devem revelar a encenação mesmo após o fim da cena, os que a presenciam
acabam por julgar e significar o próprio acontecimento e não a performance de sua
encenação, o que nega radicalmente as categorias tradicionais do teatro e dificulta a
apreciação crítica, além de impossibilitar qualquer estimativa do número de
encenações desse tipo, pois várias ou nenhuma podem ocorrer diariamente
conforme a interpretação dos acontecimentos.

Por exemplo, o actor pode simular um mendigo numa rua, verificando as reações
dos transeuntes que, então, são levados a reagir espontânea e verdadeiramente ao
questionamento que se lhe apresenta.

Teatro de Fantoches - Teatro de Bonecos ou Teatro de Marionetes é o termo que


designa, no teatro, a apresentação feita com fantoches, marionetes ou bonecos de
manipulação, em especial aqueles onde o palco, cortinas, cenários e demais

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ARTE TEATRAL

caracteres próprios são construídos especialmente para a apresentação.

-> Teatro de sombras

O teatro de sombras é uma arte muito antiga, originária da China, de onde se


espalhou para o mundo, sendo atualmente praticada regularmente por grupos de
mais de 20 países.

-> Teatro Lambe lambe

O teatro lambe-lambe, também conhecido como teatro de miniaturas, é uma


linguagem de formas animadas que ocupa um espaço cênico mínimo formado por
um palco em miniatura confinado em uma caixa de dimensões reduzidas. Nesse
espaço são apresentadas peças teatrais de curtíssima duração através da
manipulação de bonecos, para um espectador por vez. Essa linguagem é de origem
remota com registros do antigo oriente que reaparece no Brasil na década de 90 e
tem estado presente em mostras paralelas em festivais de Formas Animadas.

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ARTE TEATRAL

7- TEATRO INFANTIL

O conceito de teatro infantil pode fazer referência a diferentes ideias. Por um lado,
o teatro infantil abarca obras escritas tendo as crianças como destinatários: ou seja,
que aspiram a ser vistas pelo público infantil.
O teatro infantil, por outro lado, menciona os textos dramaturgicos que são criados
ou interpretados por adolescentes ou crianças. Um grupo de crianças, neste
sentido, pode criar e representar os seus próprios trabalhos, constituindo-se em
expoentes deste tipo de teatro infantil.

Relativamente ao teatro infantil que tem as crianças como receptores potenciais das
propostas, desenvolve-se em duas fases diferentes. A mais comum é aquela que se
conhece como teatro infantil por interiorização, com um adulto a escrever as obras
consoante aquilo que acha que possa interessar às crianças. Nesse sentido, o
escritor deve ter em conta a idade das crianças que pretende cativar, uma vez que
os conteúdos têm de se adequar à maturidade intelectual e emocional do
espectador.

O teatro infantil por apropriação, em contrapartida, surge quando as crianças


adoptam obras que, inicialmente, não os tinham como destinatários. Trata-se de
obras pensadas para o público em geral mas que, tendo em conta determinadas
características, acabam por abranger os mais novos.

A nível geral, pode-se dizer que o teatro infantil aposta em personagens caricatas,
roupas coloridos e componentes musicais (canções, coreografias de danças, etc.).
Muitas vezes, as obras têm uma moral da história para que os espectadores
adquiram ou desenvolvam certos valores considerados positivos.

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ARTE TEATRAL

8- ELEMENTOS DO TEATRO

NOS BASTIDORES

Uma peça teatral não é feita apenas pelos atores que aparecem no palco, outras
pessoas também participam de uma peça e, mesmo que não apareçam, são
fundamentais para que o espetáculo se realize.

Cenografia Figurino Iluminação Maquiagem Sonoplastia

Cenografia
Muito mais do que decoração e ornamentação, a cenografia é técnica, técnica de
organizar todo o espaço onde as ações dramáticas são encenadas. A cenografia é
parte importante do espetáculo, pois ela ambienta e ilustra o espaço/tempo
materializando o imaginário e aproximando o público da representação. A cenografia
cria e tranforma o espaço cênico.

O cenógrafo é aquele que cria o cenário.

Figurino

É um elemento importante da linguagem visual do espetáculo formado por, além das


vestimentas, pelos acessórios. O figurino auxilia na compreensão do personagem,
ele é carregado de simbologia e pode acentuar o perfil psicológico do personagem,
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ARTE TEATRAL

objetivos e características da história. Os figurinos e acessórios utilizados em cena


devem ser sempre coerentes com a época em que acontece a ação ou com o
simbolismo que o diretor queira dar a ela.

O figurinista é o responsável pelas roupas e acessórios utilizados na peça teatral.

Maquiagem
A maquiagem é parte da composição do espetáculo, é um instrumento fundamental
que auxilia na criação do personagem e na transformação estética dos atores. O
maquiador atua junto com toda a produção do espetáculo acompanhando sempre a
concepção do mesmo, com vistas a ressaltar e/ou criar elementos que ressaltem
aspectos importantes para a compreensão do personagem.

O maquiador é o responsável pela pintura do rosto ou do corpo dos atores e atrizes.

Sonoplastia
A sonoplastia é um som ou conjunto de sons que auxilia a enfatizar as cenas e ou as
emoções dos atores. O sonoplasta trabalha os elementos sonoros ajudando a
envolver o público na construção de imagens e sensações. As músicas e sons
utilizados devem estar intimamente ligados ao que acontece na cena, o sonoplasta
deve estudar o texto e depois acompanhá-lo passo a passo.
O sonoplasta é aquele que compõe e faz funcionar os ruídos e sons de um
espetáculo teatral.

Iluminação
A iluminação pode dar ênfase a certos aspectos do cenário, pode estabelecer
relações entre o ator e os objetos, pode enfatizar as expressões do ator, pode limitar
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ARTE TEATRAL

o espaço de representação a um círculo de luz e muitos outros efeitos. A iluminação


é muito importante para o teatro, pois através dela podemos ambientar a cena e
ampliar as emoções nela exploradas. É fundamental que o iluminador conheça bem
o texto e as marcações cênicas determinadas pelo diretor do espetáculo.
O iluminador é aquele que concebe e planeja a colocação das luzes em uma peça
teatral.

ELEMENTOS FÍSICOS DO TEATRO: Fisicamente o teatro é constituído de vários


elementos, entre eles, os principais são os seguintes:

 TEATRO: É o local construído para a ação dramática, representada por


atores a um público. Compreende o palco para a representação e as acomodações
para o público, e nele atuam a equipe dramática e a equipe técnica, que se ocupam
de todos os elementos da representação incluídos seus acessórios e adereços.
 PALCO: Estrutura sobre a qual são conduzidas as representações teatrais em
uma casa de espetáculos. Os palcos assumem as mais variadas formas e
localizações em função da plateia.
 BASTIDORES: Pares de painéis verticais retangulares, de madeira e pano,
que escondem do espectador as dependências laterais do palco. São também
chamados pernas.
 CAMARIM: Recinto reservado, próximo ao palco, onde os atores se vestem e
se maquilam para a cena, ajudados pelos técnicos das áreas respectivas..
 CENÁRIO: Conjunto recursos visuais utilizados para criar o ambiente e a
atmosfera própria na representação do drama. Compreende painéis, móveis,
adereços, bambolinas, bastidores, efeitos luminosos, projeções etc.
 CORTINA: Peça, geralmente em tecido, que resguarda o palco. Abre e fecha
nas mudanças de ato, e ao fim ou início do espetáculo.
 ESPAÇO CÊNICO: Área do palco ocupada com a representação. Divide-se
primeiramente em direita e esquerda, conforme a visão do público.
 PROSCÊNIO: Um avanço do palco, além da boca de cena, que se projeta
para a plateia. Seu limite, comumente em forma de arco, é a ribalta

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ARTE TEATRAL

 PÚBLICO: São os frequentadores do teatro e os que apenas ocasionalmente


assistem a um espetáculo teatral. É chamado platéia por extensão do nome da parte
do auditório fronteira ao palco, devido a grande parte dos teatros disporem apenas
desses assentos. O público também se dispõe nas GALERIAS, FRISAS e
CAMAROTES, quando o teatro dispõe destas estruturas.
 HALL ou FOYER. Área externa dos auditórios, onde geralmente se realizam
coquetéis, apresentações, exposições, vernissages (abertura de exposições) etc.
 ILUMINAÇÃO: Conjunto de lâmpadas e refletores que iluminam o palco, o
auditório, ou que são usados para efeitos especiais no cenário.
 FIGURINO: Vestimenta utilizada pelos atores para caracterização de seus
personagens de acordo com sua natureza, e identifica, geralmente, a época e o local
da ação. Traje de cena.
EQUIPE DRAMÁTICA: A produção de um espetáculo teatral depende do trabalho de
vários componentes, cada qual com funções específicas, dentro desta equipe. São
eles:

 ATOR ou INTÉRPRETE: Intérprete de um papel teatral. O que interpreta um


personagem
 CENÓGRAFO: Também chamado cenarista, é aquele que cria o projeto
cenográfico e monta o espaço cênico de modo realista ou conforme idealizado pelo
dramaturgo.
 DIRETOR: Coordenador geral de todos os aspectos envolvidos com o
espetáculo, aprova a escolha do elenco, o cenário, o figurino, iluminação, etc. É
também chamado de DIRETOR GERAL, quando a equipe compreende outros
diretores de áreas específicas como DIRETOR DE ATOR, DIRETOR DE CENA,
DIRETOR MUSICAL, etc.
 DRAMATURGO: É o literato que escreve a peça teatral. Autor de um texto
dramático, que é a literatura destinada ao teatro.
 ELENCO: É o conjunto de atores em uma representação teatral.
 FIGURANTE: Pessoa que entra em cena para fazer um papel anônimo, como
parte de grupos ou da multidão.

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ARTE TEATRAL

 FIGURINISTA: É aquele que cria, orienta e acompanha a feitura dos trajes


para um espetáculo teatral.
 ILUMINADOR: É o técnico que faz o projeto de luz para um espetáculo de
teatro, com os efeitos adequados ao clima do drama e à valorização do trabalho do
ator.
 PONTO: Técnico da equipe de produção que acompanha o desenrolar da
representação a partir de um ponto no proscênio, e lê o roteiro ao longo do
espetáculo de modo a ajudar os atores no diálogo e nos movimentos em cena.
Ocupa um fosso cujo alçapão ou anteparo o mantém oculto para a assistência..
 PRODUTOR: É aquele que financia a produção do espetáculo.
Além da equipe dramática, a produção de uma peça teatral conta com uma equipe
técnica, geralmente composta de CAMAREIRA, CARPINTEIRO, CENOTÉCNICO,
CONTRA-REGRA, DIVULGADOR, ELETRICISTA, MAQUIADOR, MAQUINISTA,
OPERADOR DE SOM, OPERADOR DE LUZ, PRODUTOR EXECUTIVO,
PRODUTOR GRÁFICO entre outros.

ELEMENTOS DA REPRESENTAÇÃO DRAMÁTICA: Um espetáculo teatral é


composto de vários elementos (não físicos) cujos principais serão descritos abaixo.

 Ação. Se diz não apenas dos movimentos do ator na representação do seu


papel, mas também do desenrolar de toda a trama, ou dos atos e cenas do drama,
assim também como do cinema e mesmo no romance escrito. Essa generalidade se
aplica também ao movimento implícito na mudança de humor e na expressão dos
sentimentos, considerada uma ação interna.
 Aparte. Esclarecimento, comentário crítico, dito mordaz que o ator faz para a
platéia, e que supostamente não será ouvido pelos outros personagens da cena.
 Ato. Divisão do drama feita para distinguir etapas pelas quais passa o
desenvolvimento da trama no sentido de sua solução, dentro de uma fração do
tempo de apresentação que distribui tão igualmente quanto possível a duração da
apresentação.

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ARTE TEATRAL

 Batidas. Três golpes com um bastão de madeira dado sobre o piso do palco
para atrair a atenção do público anunciando a eminência do levantamento da cortina
para início do espetáculo.
 Cena. Segmento do drama em que a ação se desenvolve no mesmo
ambiente, na mesma época e com os mesmos atores. A alteração em qualquer
desses elementos determina uma nova cena. É também a parte do palco limitada
pelo cenário e destinada a representação.
 Drama. História escrita com diálogo e indicações para ser representada
 Espetáculo. A encenação ou representação de uma peça no teatro para uma
platéia.
 Libreto. Livro com o texto de um drama preparado para representação teatral
cantada e musicada para orquestra. Contem todas as indicações próprias do roteiro
teatral como papel de cada personagem, cenário, divisão em cenas e atos,
decoração e vestimentas, efeitos de luz, e o diálogo a ser cantado pelos atores. Sua
diferença para o um drama comum é a maior brevidade (por isso o nome de
"pequeno livro"), motivada pelo fato de que o texto cantado faz um espetáculo mais
longo que o texto escrito. Muitos libretos são condensações de peças teatrais.
 Papel. As ações e as palavras de um personagem em um drama.
 Plano da peça. Também chamado Quadro detalhado dos atos e cenas da
peça, que servirá de base para o desenvolvimento do roteiro ou script da peça.
 Ponta. Papel de pouca extensão. Papel pequeno, porém maior que o do
figurante..
 Rubrica. As Rubricas (também chamadas “Indicações de cena” e "indicações
de regência") descrevem o que acontece em cena; dizem se a cena é interior ou
exterior, se é dia ou noite, e o local em que transcorre e todas as ações e
sentimentos a serem executados e expressos pelos atores.
 Tema. Assunto em torno do qual é desenvolvida uma história dramática.
 Texto dramático. Texto próprio para o teatro.
 Tipo ou Caráter. Personagem do drama com as peculiaridades físicas e
morais de personalidade criada pelo dramaturgo.

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ARTE TEATRAL

 Trama dramática. Teia de acontecimentos cujo entrelaçamento e cuja solução


constitui o enredo da peça.
 Troupe. Grupo de teatro constituído de pequeno número de atores e técnicos.

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ARTE TEATRAL

REFERÊNCIAS

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https://novaescola.org.br/conteudo/392/o-teatro-ensina-a-viver>acesso em
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