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ARTE TEATRAL
SUMÁRIO
1- TEATRO DE BONECOS 3
2- MANIPULAÇÃO DE FANTOCHES 27
5- TEATRO NA ESCOLA 36
6- TIPOS DE TEATRO 40
7- TEATRO INFANTIL 48
8- ELEMENTOS DO TEATRO 49
REFERÊNCIAS
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1- TEATRO DE BONECOS
O teatro de bonecos talvez seja mais velho do que o próprio teatro com atores de
verdade. Nele, em vez de pessoas interpretando personagens, quem conta a história
são bonecos controlados com as mãos.
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Museu
O Mamulengo
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ORIGENS
Conta a história dita “oficial” que o teatro surgiu na Grécia e que o teatro de
animação surgiu na China. Será mesmo? Ninguém sabe ao certo como e quando
surgiu o teatro. Provavelmente, formas teatrais existem desde o tempo das
cavernas, quando os humanos, antes mesmo da fala, encenavam o que viam pela
necessidade de se comunicar.
E o Mamulengo? De onde veio? Podemos partir da história registrada nos livros, que
dizem que os bonecos chegaram ao Brasil com os portugueses jesuítas, no intuito
de catequizar, ou podemos reavivar a memória de mestres e mestras da oralidade,
que nos recordam sobre o nascimento genuinamente brasileiro do nosso teatro
popular de bonecos.
Dentre várias versões sobre a origem desse folguedo, acreditamos na memória
popular, que nos fala sobre as raízes afrobrasileiras.O saudoso Mestre Ginu,
bonequeiro pernambucano, contava que o Mamulengo surgiu nas senzalas, onde o
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No palco toma vida própria através das mãos do manipulador, conta história e
transforma a vida numa magia que muitas vezes nos faz sair da realidade pelo seu
grande poder de sugestão. Toda a sua expressão se concentra no movimento.
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Este instrumento teatral conferia aos seres que os utilizavam poderes mágicos,
caracterizando-os como personas intermediárias entre os povos primitivos e seus
deuses. As pessoas conferiam tal sacralidade ao fantoche que ele realmente parecia
sustentá-las espiritualmente.
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•TIPOS-DE-BONECOS
Existem muitos tipos de bonecos. Cada tipo tem suas características específicas, e
exige sua linguagem dramática especial. Certos tipos só se desenvolvem sob
determinadas condições culturais e geográficas. Os tipos mais importantes são
assim classificados:
Esse tipo possui corpo de tecido, vazio, que o manipulador veste na mão; ele
encaixa os dedos na cabeça e nos braços para movimentá-los. A figura é vista só da
cintura para cima e geralmente não tem pernas. A cabeça pode ser feita de madeira,
papier-maché, ou borracha, as mãos são de madeira ou de feltro. O modo de
operação mais comum é usar o dedo indicador para a cabeça, e o polegar e o dedo
máximo para os braços. Esse é o típico show de fantoches apresentado ao ar livre
por toda a europa.
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BONECOS-DE—VARA
Em geral, o boneco de vara é adequado a peças de ritmo lento e solene, mas são
muitas as suas potencialidades e grande a sua variedade. Porém é muito exigente
quanto ao número de manipulares, exigindo sempre uma pessoa por boneco, e às
vezes duas ou três para uma única figura.
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MARIONETES-OU-BONECOS-DE-FIO
São figuras grandes controladas por cima. Normalmente são movimentadas por
cordões ou fios que vão dos membros para uma cruzeta de controle na mão do
manipulador. O movimento é feito por meio da inclinação ou oscilação da cruzeta de
controle, mas os fios são também puxados um a um quando se deseja um
determinado movimento. Uma marionete simples pode chegar a ter nove fios: um em
cada perna, um em cada mão, um em cada ombro, um em cada orelha (para mexer
a cabeça) e um na base da coluna, para fazer o boneco se inclinar. Efeitos mais
detalhados podem exigir o dobro ou o triplo desse número. A manipulação de uma
marionete de muitos fios é uma operação complexa que exige grande treinamento.
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TEATRO-DE-SOMBRAS
Trata-se de um tipo especial de figura plana, utilizada para projetar sombras em
um telão semitransparente. Podem ser recortadas em couro ou qualquer outro
material opaco, como nos teatros tradicionais de Java, Bali e da Tailândia, além do
tradicional "sombras chinesas" da Europa do século XVIII; nos teatros tradicionais da
China, Índia, Turquia e Grécia, e em diversos grupos modernos da Europa, as
figuras podem ser recortadas também em couro de peixe ou em outros materiais
transparentes.
Elas podem ser operadas por baixo, com varas, como no teatro javanês; com
varas que ficam em ângulo reto com a tela, como nos teatros chinês e grego; ou por
meio de cordões escondidos atrás dos bonecos como nas sombras chinesas. O
teatro de sombras não precisa se limitar a figuras planas. Ele pode lançar mão
também de figuras tridimensionais.
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2- MANIPULAÇÃO DE FANTOCHES
Essa vida é expressa pelo modo como o manipulador manipula o seu boneco.
3. Passe o braço direito por cima da cabeça e segure o rosto do lado esquerdo e
puxe inclinando a cabeça para o direito. Faça o mesmo procedimento com o
braço esquerdo passando-o por cima da cabeça e segure o rosto do lado direito
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e puxe inclinando a
cabeça para a esquerda.
13- Estique os braços para frente com as mãos abertas como se fosse um sinal
de pare.
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Mesmo sem se dar conta, todos os dias ao entrar na sala de aula você e seus
alunos tomam emprestados alguns recursos da linguagem teatral. Ao ler um conto
em voz alta, os estudantes naturalmente impostam a voz e mudam a entonação
marcando os diferentes personagens. Para manter a atenção da turma em suas
explicações é bem provável que você imponha ao corpo uma postura mais rígida,
abuse dos gestos e capriche nas expressões faciais. Mas o teatro pode ser usado
também como uma ferramenta pedagógica. "Uma das grandes riquezas dessa
atividade na escola é a possibilidade do aluno se colocar no lugar do outro e
experimentar o mundo sem correr riscos", avalia Maria Lúcia Puppo, professora de
licenciatura em Artes Cênicas da Universidade de São Paulo (USP). E são muitas as
habilidades desenvolvidas com essa prática.
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Vale a pena também ficar atento à programação cultural da cidade. Entre em contato
com companhias teatrais e veja a possibilidade de trazê-las para a escola. E, se
possível, leve a turma a uma sala de espetáculos para assistir a montagens
profissionais. "O hábito de ir ao teatro também deve ser desenvolvido nas aulas de
Artes", conclui Ingrid.
Coloque a classe em contato com diversos livros de autores com estilos variados e
observe o tipo de texto (tragédia, comédia, situações do cotidiano, mistério etc.) que
mais chama a atenção do grupo.
Evite montar um espetáculo que já esteja pronto e não busque se aproximar do que
foi encenado por alguma companhia famosa. Incentive o grupo a criar suas próprias
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O foco do trabalho deve ser fazer as crianças desenvolverem um olhar e uma escuta
atentos quando assistem a espetáculos. "Elas precisam perceber significados da
obra em questão: o que há por trás dos gestos dos intérpretes, e dos outros
elementos", diz Dirce de Carvalho, professora da Faculdade de Arte, Filosofia e
Ciências Sociais da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) (leia a sequência
didática).
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Para que isso ocorra, a intervenção do professor é fundamental, o que não quer
dizer que ele tenha de direcionar de maneira rígida o momento da fruição. "Os
estudantes têm de ter espaço para construir percepções próprias a respeito do
espetáculo e vivenciar a experiência com autonomia crítica. Apreciar não é sinônimo
de gostar", diz Narciso Telles, professor do curso de Teatro e do Programa de pós-
graduação em Arte da UFU. Em outras palavras, eles têm de construir ligações entre
a manifestação artística e o repertório pessoal. E o papel do educador é fornecer
elementos que provoquem questionamentos, inspirem reflexões e ampliem a visão
da turma sobre o teatro em geral e a respeito da peça. Um trabalho que precisa ser
feito antes de a trupe entrar em cena.
merecem atenção. E, se possível, você deve sempre assistir à peça antes do grupo -
não para adiantar informações, mas para checar se o produto tem qualidade e é
adequado à faixa etária e também para poder contar sua experiência como
apreciador, servindo como modelo. "A iluminação do espetáculo é bonita", "quando
começa a tocar música, os atores convidam a plateia a cantar com eles" e "gostei da
peça porque o último ato é surpreendente" são falas interessantes e que certamente
deixarão as crianças instigadas. Quando não há a possibilidade de se adiantar ao
grupo, vale a pena levantar com a turma dúvidas e expectativas sobre a
apresentação.
Depois de assistir à peça, é normal que a criançada fique eufórica para falar sobre o
espetáculo e esse é o momento de complementar o trabalho, encaminhando a turma
para a reflexão. É importantíssimo ajudar os alunos a falar mais "gostei" ou "não
gostei" e ir além das simples descrições. Todos concordam com as críticas que
foram lidas antes de ir ao teatro? As imagens do cartaz da peça retratam bem o que
foi visto no palco? Como eles recomendariam o espetáculo para os colegas de
turma?
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5- TEATRO NA ESCOLA
A escola que insere o teatro em suas atividades faz com que seus alunos construam
um crescimento cultural que vai além da sala de aula, por meio do discurso
espontâneo da linguagem teatral, motivando e despertando uma aprendizagem
prazerosa, construindo o desejo de se aprender. O teatro, quando devidamente
estruturado e acompanhado, ajuda o professor a perceber traços da personalidade
do aluno, do seu comportamento individual e em grupo, traços do seu
desenvolvimento, permitindo um melhor direcionamento para a aplicação do seu
trabalho pedagógico. No entanto é de enorme importância que o professor
de teatro tenha formação não só pedagógica mas também artística, pois um mau
direcionamento poderá levar a problemas futuros irreversíveis no desenvolvimento
da criança. Para que o docente apresente aos educandos um conhecimento real e
reflexivo, é essencial que seja levado em conta todo o contexto sócio cultural e
econômico, partindo das experiências do mesmo.
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O teatro infantil
O teatro infantil é uma apresentação cênica feita para crianças onde os atores
utilizam muita criatividade, imaginação, fantasia e emoção. Os temas mais utilizados
são os contos de fadas e fábulas.Por que é isso que alegra mais as crianças.Isso dá
muita imaginação e criatividades para os pequeninos.
A pantomima
A pantomima pode ser considerada um jogo teatral que é realizado por cenas de
ação dramática que se caracterizam por explicação da ação através do gesto.
Teatro de fantoches
Os bonecos
Teatro de máscaras
O homem usa máscaras desde a Pré-História nos rituais religiosos. Na África, elas
são esculpidas em madeira e pintadas. Já os índios americanos fazem-nas
de couro pintado e adornos de penas. Na Oceania, são feitas de conchas e madeira
e com madrepérolas incrustadas.
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Para a confecção, pode-se usar sacos de papel, cartolinas, tecidos, tintas, pratos de
papelão, jornal, material de sucata, etc.
Esta atividade não é difícil de ser executada e será prazerosa para as crianças, pois
elas poderão representar uma história com um material que elas mesmo elaboraram,
pois estarão criando e recriando à sua própria dialética.
Grupos de teatro
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culturais como bilhetes para outros espectáculos, livros, etc.). Deve-se sim, estimular
o gosto da representação criando um futuro público de teatro.
6- TIPOS DE TEATRO
-> Auto
Auto é um sub-gênero da literatura dramática. Tem sua origem na Idade Média, na
Espanha, por volta do século XII. Em Portugal, no século XVI, Gil Vicente é a grande
expressão deste gênero dramático. Camões e Dom Francisco Manuel de Melo
também adoptaram esta forma.O auto era escrito em redondilhos e visava satirizar
pessoas. Como os autos de Gil Vicente deixam perceber claramente (vide, por
exemplo, O Auto da Alma e O Auto da Barca do Inferno), a moral é um elemento
decisivo nesse sub-gênero.
-> Comédia
A comédia é o uso de humor nas artes cênicas. Também pode significar um
espetáculo que recorre intensivamente ao humor. De forma geral, "comédia" é o que
é engraçado, que faz rir.
Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata
essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens
inferiores (pessoas comuns da pólis). Isso pode ser comprovado através da divisão
dos júris que analisavam os espetáculos durante os antigos festivais de Teatro, na
Grécia. Ser escolhido como jurado de tragédia era a comprovação de nobreza e de
representatividade na sociedade. Já o júri da comédia era formado por cinco
pessoas sorteadas da platéia.
-> Drama
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-> Farsa
Farsa é uma modalidade burlesca de peça teatral, caracterizada por personagens e
situações caricatas. Difere da comédia e da sátira por não preocupar-se com a
verossimilhança nem pretender o questionamento de valores.
-> Melodrama
O termo melodrama tem significados muitas vezes contraditórios e é aplicado com
diferentes significados a formas artísticas diversas e ocorrências variadas e/ou em
distintas ocorrências dentro dos meios de comunicação de massas. Originário do
grego μέλος = canto ou música + δράμα = ação dramática, refere-se, algumas vezes,
a um efeito utilizado na obra, outras como estilo dentro da obra e outras como
gênero. Existe desde o século XVII principalmente na ópera, no teatro, na literatura,
no circo-teatro, no cinema, no rádio e na televisão.
-> Ópera
O mélodrama na ópera consiste num procedimento onde a fala e a música, em vez
de andarem juntas se alternam, quando uma frase musical anuncia e prepara a frase
falada.
-> Monólogo
Em teatro ou oratória, um monólogo é uma longa fala ou discurso pronunciado por
uma única pessoa ou enunciador. O nome é composto pelos radicais gregos monos
(um) + logos (palavra, ou idéia), por oposição a dia (dois, ou através de) + logos.
Monólogo é a forma do discurso em que o personagem extravasa de maneira
razoavelmente ordenada seus pensamentos e emoções, sem dirigir-se a um ouvinte
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específico.
No Monólogo é comum que os actores rebusquem pensamentos profundos
psicologicamente, expondo idéias que podem até transparecer que há mais de um
ator em cena, mas que no real exija somente uma pessoa durante a cena, enfim
monólogo está associado a um conflito psicológico que não necessariamente seja
individual.
-> Revista
A Revista é um género de teatro, de gosto marcadamente popular, que teve alguma
importância na história das artes cénicas, tanto no Brasil como em Portugal, que
tinha como caracteres principais a apresentação de números musicais, apelo à
sensualidade e a comédia leve com críticas sociais e políticas, e que teve seu auge
em meados do século XX.
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-> Musical
Teatro Musical é um estilo de teatro que combina música, canções, dança, e
diálogos falados. Esta delimitada por um lado pela sua co-relação com a ópera e por
outro pelo cabaré, os três apresentam estilos diferentes, mas suas linhas
deliminatórias muitas vezes são difícies de conceituar.
-> Surrealismo
O Surrealismo foi um movimento artístico e literário surgido primariamente em Paris
dos anos 20, inserido no contexto das vanguardas que viriam a definir o
modernismo, reunindo artistas anteriormente ligados ao Dadaísmo e posteriormente
expandido para outros países. O surrealismo enfatiza o papel do inconsciente na
actividade criativa. O seu representante mais conhecido no cinema é Luis Buñuel.
-> Tragédia
Tragédia é uma forma de drama, que se caracteriza pela sua seriedade e dignidade,
frequentemente envolvendo um conflito entre uma personagem e algum poder de
instância maior, como a lei, os deuses, o destino ou a sociedade.
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-> Tragicomédia
Tragicomédia é a mistura de tragédia com comédia, em peças e filmes. É a mistura
do trágico com o cômico. Originalmemnte, significava a mistura do real com o
imaginário. Têm-se que é a tomada da vida quotidiana e absurda com um toque
especial de comédia, de forma a descontrair; deixá-la verdadeira e engraçada.
Tomam-se temas como violência, morte, roubos, dentre outros e a estes é dado o
humor. Muito disso, hoje em dia, é feito em diversas peças teatrais e diversos filmes.
Isso é um dos pontos fortes o qual o teatro possui grande sucesso e expansão de
comedia.
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->Teatro inivisível
Teatro invisível é uma forma de encenação na qual apenas os actores sabem que
de facto há uma encenação. Aqueles que a presenciam devem considerá-la um
acontecimento real, seja ele banal ou extraordinário dentro da expectativa onde
ocorre, e por isso é impreciso chamá-los “espectador”, que indica o apreciador de
um espetáculo que aceita a ficção como realidade sempre consciente desse jogo de
faz-de-conta. Para que seja realizável, o teatro invisível ocorre geralmente em
espaços públicos ou de ampla circulação, não em um edifício teatral. O “espectador”
torna-se participante inconsciente da representação imprevisível. Como os actores
não devem revelar a encenação mesmo após o fim da cena, os que a presenciam
acabam por julgar e significar o próprio acontecimento e não a performance de sua
encenação, o que nega radicalmente as categorias tradicionais do teatro e dificulta a
apreciação crítica, além de impossibilitar qualquer estimativa do número de
encenações desse tipo, pois várias ou nenhuma podem ocorrer diariamente
conforme a interpretação dos acontecimentos.
Por exemplo, o actor pode simular um mendigo numa rua, verificando as reações
dos transeuntes que, então, são levados a reagir espontânea e verdadeiramente ao
questionamento que se lhe apresenta.
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7- TEATRO INFANTIL
O conceito de teatro infantil pode fazer referência a diferentes ideias. Por um lado,
o teatro infantil abarca obras escritas tendo as crianças como destinatários: ou seja,
que aspiram a ser vistas pelo público infantil.
O teatro infantil, por outro lado, menciona os textos dramaturgicos que são criados
ou interpretados por adolescentes ou crianças. Um grupo de crianças, neste
sentido, pode criar e representar os seus próprios trabalhos, constituindo-se em
expoentes deste tipo de teatro infantil.
Relativamente ao teatro infantil que tem as crianças como receptores potenciais das
propostas, desenvolve-se em duas fases diferentes. A mais comum é aquela que se
conhece como teatro infantil por interiorização, com um adulto a escrever as obras
consoante aquilo que acha que possa interessar às crianças. Nesse sentido, o
escritor deve ter em conta a idade das crianças que pretende cativar, uma vez que
os conteúdos têm de se adequar à maturidade intelectual e emocional do
espectador.
A nível geral, pode-se dizer que o teatro infantil aposta em personagens caricatas,
roupas coloridos e componentes musicais (canções, coreografias de danças, etc.).
Muitas vezes, as obras têm uma moral da história para que os espectadores
adquiram ou desenvolvam certos valores considerados positivos.
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8- ELEMENTOS DO TEATRO
NOS BASTIDORES
Uma peça teatral não é feita apenas pelos atores que aparecem no palco, outras
pessoas também participam de uma peça e, mesmo que não apareçam, são
fundamentais para que o espetáculo se realize.
Cenografia
Muito mais do que decoração e ornamentação, a cenografia é técnica, técnica de
organizar todo o espaço onde as ações dramáticas são encenadas. A cenografia é
parte importante do espetáculo, pois ela ambienta e ilustra o espaço/tempo
materializando o imaginário e aproximando o público da representação. A cenografia
cria e tranforma o espaço cênico.
Figurino
Maquiagem
A maquiagem é parte da composição do espetáculo, é um instrumento fundamental
que auxilia na criação do personagem e na transformação estética dos atores. O
maquiador atua junto com toda a produção do espetáculo acompanhando sempre a
concepção do mesmo, com vistas a ressaltar e/ou criar elementos que ressaltem
aspectos importantes para a compreensão do personagem.
Sonoplastia
A sonoplastia é um som ou conjunto de sons que auxilia a enfatizar as cenas e ou as
emoções dos atores. O sonoplasta trabalha os elementos sonoros ajudando a
envolver o público na construção de imagens e sensações. As músicas e sons
utilizados devem estar intimamente ligados ao que acontece na cena, o sonoplasta
deve estudar o texto e depois acompanhá-lo passo a passo.
O sonoplasta é aquele que compõe e faz funcionar os ruídos e sons de um
espetáculo teatral.
Iluminação
A iluminação pode dar ênfase a certos aspectos do cenário, pode estabelecer
relações entre o ator e os objetos, pode enfatizar as expressões do ator, pode limitar
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Batidas. Três golpes com um bastão de madeira dado sobre o piso do palco
para atrair a atenção do público anunciando a eminência do levantamento da cortina
para início do espetáculo.
Cena. Segmento do drama em que a ação se desenvolve no mesmo
ambiente, na mesma época e com os mesmos atores. A alteração em qualquer
desses elementos determina uma nova cena. É também a parte do palco limitada
pelo cenário e destinada a representação.
Drama. História escrita com diálogo e indicações para ser representada
Espetáculo. A encenação ou representação de uma peça no teatro para uma
platéia.
Libreto. Livro com o texto de um drama preparado para representação teatral
cantada e musicada para orquestra. Contem todas as indicações próprias do roteiro
teatral como papel de cada personagem, cenário, divisão em cenas e atos,
decoração e vestimentas, efeitos de luz, e o diálogo a ser cantado pelos atores. Sua
diferença para o um drama comum é a maior brevidade (por isso o nome de
"pequeno livro"), motivada pelo fato de que o texto cantado faz um espetáculo mais
longo que o texto escrito. Muitos libretos são condensações de peças teatrais.
Papel. As ações e as palavras de um personagem em um drama.
Plano da peça. Também chamado Quadro detalhado dos atos e cenas da
peça, que servirá de base para o desenvolvimento do roteiro ou script da peça.
Ponta. Papel de pouca extensão. Papel pequeno, porém maior que o do
figurante..
Rubrica. As Rubricas (também chamadas “Indicações de cena” e "indicações
de regência") descrevem o que acontece em cena; dizem se a cena é interior ou
exterior, se é dia ou noite, e o local em que transcorre e todas as ações e
sentimentos a serem executados e expressos pelos atores.
Tema. Assunto em torno do qual é desenvolvida uma história dramática.
Texto dramático. Texto próprio para o teatro.
Tipo ou Caráter. Personagem do drama com as peculiaridades físicas e
morais de personalidade criada pelo dramaturgo.
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REFERÊNCIAS
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