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1.

Introdução

Desde a origem do homem, a curiosidade sobre o mundo sempre esteve presente.


Com o desenvolvimento das sociedades, novas formas de interação com o meio foram
surgindo, tornando o ser humano cada vez mais curioso.
Junto a estes avanços, a matemática sempre esteve presente, seja agindo como uma
relação de poder, nas lutas de classe, nas novas formas de se comunicar, seja produzindo
conhecimento e novas tecnologias.
O surgimento da matemática vem do empírico, das experiências do cotidiano e
comprovadas na prática do dia-a-dia. Pode-se afirmar que a história da matemática está
difundida na história do ser humano, está ligada à produção de conhecimento de acordo
com interesses políticos e com o momento histórico-cultural.
A matemática, sendo uma forma de linguagem, contribui para a cidadania, inserindo o
ser humano a uma forma de se comunicar com o mundo, ajudando-o a interpretar e
entender melhor o meio em que se vive, proporcionando o amadurecimento do indivíduo.
Além do empírico, a matemática se constrói do abstrato, removendo qualquer
dependência do mundo real, ignorando os objetos que se pode ter sido ligado
originalmente. A partir dessa concepção, pode-se trabalhar com a hipótese de que não é
necessário trabalhar com o material, soluções e métodos matemáticos podem se
desprender de resultados ligados ao mundo externo, ou seja, não necessariamente
precisa-se obter resultados para o concreto.
Mas pensar somente no empírico é interessante para os alunos? Esta pergunta, assim
como outras que surgem a partir dela serão respondidas neste artigo, tomando como
apoio todos os textos abordados em sala de aula na disciplina de Fundamentos da
Educação e Aspectos Histórico-Filosóficos da Matemática no Contexto da Educação.

Este artigo apresenta uma reflexão sobre os textos sugeridos pela professora da
disciplina a respeito de como estes artigos influenciam o professor a ser um profissional
melhor e mais capacitado.

2. Desenvolvimento

Durante o andamento da disciplina, cinco textos foram apresentados, sendo que em


cada texto, nos atentamos em diferentes aspectos sobre ser um melhor professor e como
a matemática pode ser ensinada da melhor maneira possível. A seguir, serão apresentados
os relatos de cada texto em relação ao que eles agregaram para a minha formação.

2.1 Reflexões sobre o texto “ História da matemática”

Sabe-se que a matemática surge do empírico, das práticas do dia-a-dia e era


comprovada no cotidiano.
Se a matemática surge do empírico e tem a sua aplicabilidade, pode-se utilizar
exemplos do cotidiano para explicar os conteúdos abordados em sala de aula. O aluno possui
uma vida fora da escola e sofre diversas experiências ao longo de sua vida, todos os dias ele se
depara com situações em que a matemática está presente, mesmo que seja de forma indireta.
Trazer a matemática para o concreto propicia ao aluno entender o porquê de se estar
aprendendo tal conteúdo, traz vida aos assuntos, tornando-os muito mais interessantes.

Tudo o que o professor ensina vem de um processo histórico, ou seja, tudo o que se
conhece sobre a matemática demorou milhares de anos para ser formado, e sofre mudanças
constantemente. Teorias foram derrubadas e atualizadas com o passar do tempo. Isto mostra
que até os matemáticos erram e estão constantemente propensos ao erro, e a partir do erro,
aprendem ou formulam novas teorias. Se até profissionais e teóricos erram, é perfeitamente
normal que os alunos também falhem, e cabe ao professor ensiná-los através de seus erros,
fixando os conceitos. Por exemplo, após uma prova, corrigir as questões referentes ao teste é
uma forma interessante de apontar os erros mais frequentes da turma.

Nos dias de hoje, vivemos a quarta fase da matemática, chamada de matemática


abstrata ou moderna. Esta fase está em processo de desenvolvimento, logo qualquer um pode
contribuir para a comunidade. Os alunos podem se interessar em ajudar neste processo de
desenvolvimento matemático.

Diferentes culturas ao longo da história contribuíram para a matemática, cada uma em


uma área diferente. A forma de ensinar também variava de acordo com a cultura, a forma de
ensinar a matemática na Grécia era diferente da forma ensinada no Oriente Médio. Percebe-se
que o processo de aprendizagem se molda de acordo com o contexto histórico-cultural em que
o professor e os alunos estão inseridos, devemos nos atentar então ao perfil do estudante, e
na relação professor-aluno. No momento em que vivemos, é interessante trazer assuntos e
temas relevantes na vida do aluno, inserindo por exemplo, a tecnologia, seja utilizando
aplicativos ou vídeos sobre curiosidades.

Portanto, o texto mostra que a matemática é feita pelos seres humanos e para eles,
todos devem ter o direito de entendê-la e contribuir para o seu desenvolvimento. O professor
deve ser justo, proporcionando a mesma oportunidade de aprendizado para todos os alunos e
que estes podem errar e aprender com os erros.

2.2 Reflexões sobre o texto “Alguns lugares-comuns: Crítica”

A matemática pode ser vista em uma concepção abstrata, despregada do concreto,


sem se preocupar com o material. Mas até que ponto ver a matemática de forma abstrata é
interessante ao professor e ao aluno?

Acredito que o professor tem o principal objetivo de passar o seu conhecimento


adiante, de forma clara e concisa para os seus alunos, para que estes aprendam da melhor
forma possível. Dessa forma, pensar no abstrato nem sempre é interessante, pois ao utilizar o
meio em que vivemos para explicar a matemática, a assimilação no pensamento do aluno, se
torna mais fácil. É interessante trazer as disciplinas para objetos e ideias já conhecidas pelo
aluno.
A matemática, por mais que estejam no plano das ideias, são usados diariamente no
plano concreto. Quando se mostra por meio de exemplos, esquemas ou desenhos, os
conteúdos que o professor de matemática deve ensinar são melhor entendidas.

É importante mostrar aos alunos que o abstrato está em outras áreas do


conhecimento, presente na arte e na música, por exemplo, e que estes dependem do abstrato.
Logo, a concepção abstrata também tem a sua importância. Em alguns momentos, torna-se
complicado utilizar o concreto para explicar, mas é importante mostrar aos alunos que a
abstração é necessária para a matemática também, assim como é para as artes e a música.

Nós, como professores, ensinamos os alunos a pensar. Mas é importante entender que
não são apenas os professores de matemática que são capazes de ensiná-los. Nossa função é
desenvolver o pensamento lógico-dedutivo dos alunos, ou seja, ensinamos apenas um modo
de pensar. O professor de história e de geografia, por exemplo, também proporcionam o
amadurecimento intelectual.

Percebe-se que o professor de matemática não deve passar a imagem de ser o


“intocável” e que para entender as matérias passadas por eles é necessário ser
“predestinado”. Reforçar tais frases contraditórias proporcionam o aumento do preconceito
que a área de exatas sofre. Tais preconceitos existem em nossa sociedade e é a nossa missão
lutar contra este tipo de pensamento.

Os professores já consolidados e aqueles que estão iniciando a sua carreira devem ter
um pensamento humano, afirmando a importância de todo conhecimento, pois todos eles têm
as mesmas oportunidades para aprender.

2.3 Reflexões sobre o texto “História da matemática: questões historiográficas e políticas e


reflexos na educação matemática”

Da mesma forma que a matemática acompanha o desenvolvimento da humanidade,


ela própria proporciona bases para auxiliar o desenvolvimento da sociedade.

Cada cultura ensina a matemática de forma diferente. O modo que se ensina no Japão
é diferente da forma que se ensina no Brasil, por exemplo.

No Brasil, as condições para que se realize um bom trabalho encontram-se precárias.


Temos uma situação de baixos salários, com alta carga horária de trabalho, desrespeito dos
alunos e de políticos e baixa expectativa de crescimento profissional. O professor é
desestimulado com tantos problemas que encontra em sua jornada de trabalho. Tantos
problemas tornam o professor desinteressado em querer melhorar suas aulas e acaba não
buscando novidades e novas formas de ensinar, tornando o ensino obsoleto.

É importante ressaltar que a matemática é passível de mudanças, tem condições de


ser construída e melhorada, dessa forma, não se pode dizer que estamos obsoletos. Acredito
que a forma de ensinar a matemática está. Logo, não podemos confundir, enquanto a
matemática apresenta fluidez, onde teóricos e aventureiros podem contribuir para sua
evolução, a forma como ensinamos pode ser ultrapassada, sem acompanhar a realidade do
perfil do aluno no século em que nos encontramos.
O professor enfrenta inúmeras dificuldades para fazer o que ama, e tantos problemas
interferem na forma de lecionar. Quando não há perspectiva de melhora, quando os alunos
não demonstram interesse e quando são criadas barreiras por políticos ou por situações
administrativas, encontramos falta de originalidade nas aulas, o professor, desestimulado, não
tenta trazer ideias novas, não faz atividades lúdicas, não utiliza a tecnologia ao seu favor,
simplesmente se torna um replicador de conteúdo, ou seja, o aluno apenas recebe a
informação, sem aprender a pensar por si mesmo. Tal forma de ensinar torna as aulas
obsoletas.

2.4 Reflexão sobre os texto “Filosofia da Educação Matemática”.

Uma forma de dividir a matemática é pensa-la em uma concepção absolutista ou em


uma visão falabilista. Enquanto a concepção absolutista interpreta a matemática como uma
verdade absoluta, a concepção falabilista aceita falhas em sua construção.

A visão absolutista é usada para validar tudo o que foi construído, ou seja, toda a
produção matemática aceita é verdadeira e sem falhas. Tal maneira de pensar é interessante
em certos pontos, como por exemplo em Geometria Euclidiana, sabe-se que por dois pontos
passa apenas uma única reta, e tramamos esta afirmação como verdade sem a necessidade de
prova-la. Mas, por um outro lado, esta afirmação abre espaço para o surgimento de
questionamentos, pondo em dúvida o que é dado como verdade.

A visão falabilista afirma que a matemática é passível de erros, tornando-a falível e


sujeita a revisões. Passamos a não precisar encontrar sempre fundamentos verdadeiros e
absolutos. Nesta concepção, podemos aproximar a matemática ao empírico. Percebo que
utilizá-la a um nível educacional é mais interessante, para resolvermos problemas onde a
solução é uma sociedade entre professor e aluno.

Quando for conveniente, podemos usar a visão absoluta para explicar certos
conteúdos as quais os alunos não teriam a capacidade de entender, por exemplo, explicar para
alunos do nono ano que não existe raiz quando o delta assume um valor negativo. Mas ao
olharmos de uma maneira geral, é de maior interesse para o professor trabalhar na concepção
falabilista.

Ainda que a matemática seja ensinada nas escolas, usando a concepção absolutista ou
falabilista, podemos estudar as suas práticas sociais dentro ou fora dos estabelecimentos de
ensino. Seja da investigação social ou pedagógica, o seu estudo pode ser feito para melhorar
alguma particularidade do currículo matemático ou as ações dentro e fora da sala de aula.

Na prática de investigação social, não aplicamos o estudo ao ensino necessariamente,


o foco está na formação do professor. Selecionamos um campo de investigação e estudamos o
próprio campo pelo interesse da prática de ensino. O estudo do currículo é interessante ao
professor pois, o currículo é o eixo central das reformas educacionais em diversos países.
Dessa forma, a prática de investigação social, como forma de estudo do currículo, auxilia o
professor pois, através do seu estudo, podem-se criar melhorias no currículo, e trazer
melhorias dentro da sala de aula, na ação do professor, mesmo que indiretamente.
Já a prática social pedagógica envolve todas as atividades relacionadas à sala de aula. É
relacionada estritamente com a ação do professor. Atividades como preparação de aula,
atividades didáticas, atividades avaliativas e trabalhos práticos fazem parte do estudo
pedagógico.

Como professores, estamos intimamente ligados à esta prática, toda a sua ação
profissional é estudada, e a partir destes estudos, podemos melhorar a forma de ensinarmos
os alunos. Ainda podemos relacionar as duas práticas, utilizando os estudos da prática de
investigação na pedagógica, como por exemplo, o estudo da forma como deficientes visuais
aprendem a matemática.

2.5 Reflexão sobre o texto “Educação Matemática: Uma Visão do Estado da Arte”.

A matemática é uma língua universal. Sua aplicação é ampla, presente em diversas


áreas do conhecimento. O desenvolvimento da computação e da informática foram possíveis
graças ao conhecimento matemático, padrões e formas geométricas, tão presentes na arte,
são calculadas para apresentarem simetrias perfeitas, obras civis exigem cálculos e fórmulas
para a construções de monumentos e prédios, historiadores utilizam o sistema de numeração
para se localizarem no tempo. Percebe-se então a versatilidade da matemática.

Suas vantagens ultrapassam o plano material e chegam ao plano das ideias, aumentam
a cognição, melhoram a organização intelectual e social, aumentam as interações políticas e é
o principal gatilho para o desenvolvimento lógico dedutivo.

Mais do que uma disciplina ensinada em sala de aula, a matemática, junto ao professor
que o explica, auxilia na formação de um indivíduo socialmente ativo e não alienado
politicamente, crítico e questionador, em uma visão construtivista do conhecimento.

O professor, assumindo um papel de destaque na educação, deve garantir um ensino


de qualidade aos seus alunos, através de aulas, trazendo inovações, se especializando para
adquirir o pleno domínio dos assuntos a serem abordados. Devemos lembrar que os
professores são seres humanos, assim como os alunos, logo, temos sentimentos e emoções.
Todos passamos por problemas, temos dificuldades, sofremos de enfermos e situações
controversas. Temos que entender as situações em que nossos alunos se encontram e buscar
da melhor forma possível sermos companheiros, sermos pessoas que além de ensinar sobre a
matemática, também ensinamos sobre a vivência de mundo.

No cenário nacional, o jovem da atualidade encontra-se em jornadas duplas ou até


mesmo triplas. Sua rotina começa dentro de uma sala de aula, provavelmente utilizando o
ônibus como meio de transporte, e muitas vezes a sala de aula dá lugar ao seu trabalho, o que
prejudica seus estudos que ocorrem no período noturno, muitos deles procuram cursos
profissionalizantes para estarem aptos desde cedo para o mercado de trabalho.

A matemática, portanto, deve se atentar à realidade dos alunos, devemos sempre que
for possível, universalizá-la, mas sempre se atentando ao perfil de quem está aprendendo,
devemos analisar suas competências, toda a bagagem que foi ensinada, se o que foi passado e
que serve de pré-requisito ao que será ensinado foi aprendido de forma eficiente.
Só observando o perfil do aluno, considerando o contexto histórico-social, a
matemática terá o seu desenvolvimento pleno, e assim, o conhecimento matemático será
construído por aqueles que tem o prazer de estudá-la. Quanto maior o número de alunos com
prazer de aprender matemática, maior a chance de estes construírem e desenvolverem o seu
futuro.

3. Conclusões

Analisando os textos sugeridos, percebo que o professor não forma estudantes para terem
um diploma. Sua participação é efetiva, encontra-se em diversos momentos da vida do
estudante. Agimos no plano intelectual e social, e muitas vezes estes planos são mesclados.

Somos responsáveis para o desenvolvimento cognitivo, social e lógico dedutivo,


proporcionamos aos alunos a oportunidade de pensar de forma crítica, criteriosa, nós os
estimulamos a serem questionadores.

Não podemos pensar que a matemática possui apenas um sentido e uma direção, sua
aplicação é ramificada para diversas áreas, apresenta diversas formas de ser classificada e
pensada. Sendo em uma concepção abstrata ou empírica, ela é feita pelo homem e para o
homem, independente de raça, credo ou cor. É uma linguagem universal e, portanto, feita
para se comunicar, para proporcionar relações sociais superiores.

Seu processo de construção dura milhares de anos e ainda não se esgotou e tão pouco irá
se esgotar. Somos resultado de milhares de acertos e erros. Como seres humanos, erramos, e
estes erros servem para aprender, todos podemos errar, e a partir deste momento, buscamos
novas soluções, que poderão ser usadas para outras áreas do conhecimento.

Vejo a matemática como um processo histórico, lado a lado com o desenvolvimento das
sociedades, sendo obra humana, logo, é cultura, é feita para todos, e inimaginável de se tornar
obsoleta.

Devemos lutar para que sejamos reconhecidos, nossa luta não pode ser em vão. A
valorização da nossa profissão deve ser constante, para quebrar estigmas e pré-conceitos
existentes ao longo dos anos. A matemática não é para poucos, não é para “intocáveis”, ela é
para o povo, é política, todo o seu conhecimento deve ser disponível para todos. Não somos os
“donos da razão” e nem temos a verdade absoluta a todo momento. Todas as áreas do
conhecimento têm sua devida importância e seu nível de abstração. É isto o que faz um
professor de matemática ser um bom profissional e ser lembrado pelos seus alunos para o
resto de suas vidas.

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