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Profa. Dra.

Natália Nassiff
Braga

IFSP – Campus Caraguatatuba


LA TAILLE, Y. O lugar da interação social na concepção de Jean Piaget. In. LA
TAILLE, Y.; DANTAS, H.; OLIVEIRA, M.K. Piaget, Vygotsky, Wallon: Teorias
Psicogenéticas em Discussão. São Paulo: Summus Editorial LTDA, 1992.
• O ser humano, na abordagem interacionista, interage
com o meio ambiente respondendo aos estímulos
externos, analisando, organizando e construindo seu
conhecimento a partir do erro, através de um processo
contínuo de fazer e refazer (COLL,1992).
• Em outras palavras: A aquisição do conhecimento é
entendida como um processo de construção contínua do
ser humano em sua relação com o meio.
• “O organismo e o meio exercem ação recíproca”
(FOSNOT, 1998).
Jean Piaget (Suiça, 1896 – 1980)

Henri Wallon (França, 1879 –


1962)

Lev Vygotsky (Bielorrússia, 1896 – 1934)


Ponto de aproximação: Todos
analisaram o papel dos fatores
sociais no desenvolvimento
humano
As contribuições de Piaget
• Formação em Biologia
• Estudos na área de
Psicologia,
Epistemologia e
Educação.
• Hipóteses postuladas
a partir da observação
de seus filhos
• Teoria que visa explicar a origem, possibilidade, os
limites e a validade do conhecimento.

Preocupação: Como as pessoas passam de estados


de conhecimento de menos validez para estados de
conhecimento de mais validade?

Segundo Piaget, o desenvolvimento cognitivo


humano apoia-se em três grandes princípios.
• Inteligência humana é uma forma de adaptação
biológica.
• O organismo alcança equilíbio nas suas relações com o
meio através de sua inteligência.
• Inteligência, produzida no terreno biológico produz o
conhecimento.
Como as pessoas passam de estados de
conhecimento de menos validez para estados de
conhecimento de mais validade?

Através da inteligência, que é biologicamente constituída


• O conhecimento é fruto de um processo de construção.
• As pessoas não nascem providas de conhecimento – ele
é elaborado no decorrer do desenvolvimento.
• O conhecimento parte de um início – os reflexos iniciais
do bebê. Essa é a base para que a construção cognitiva
se inicie.
Como as pessoas passam de estados de
conhecimento de menos validez para estados de
conhecimento de mais validade?

Pela construção do conhecimento, a partir de uma


base inicial
• O conhecimento é elaborado pelas trocas entre sujeito e
objeto.
• O conhecimento nunca é uma simples cópia da
realidade.
• Conhecer implica sempre em atuar sobre a realidade de
maneira ativa e transformadora.
Como as pessoas passam de estados de
conhecimento de menos validez para estados de
conhecimento de mais validade?

Pela construção do conhecimento que ocorre por meio da


interação.
A interação pressupõe atuar sobre o conhecimento
• Formas de interação com o mundo. Segundo Piaget, os
esquemas de ação tornam-se mais complexos conforme
há maturação biológica.

• Como os esquemas de ação tornam-se mais completos?


• O processo de desenvolvimento cognitivo, para Piaget,
define-se por uma sucessão de estágios
qualitativamente diferentes pela aparição de diferentes
estruturas.
• Estágio Sensório-Motor
• Aproximadamente dois primeiros anos de vida.
• Coordenação de esquemas de ação física.
• A inteligência da criança é prática – não existem
representações.
• Permanência de objetos
• Estágio Pré-Operatório (2 a 7 anos)
• Criança já posui função simbólica (age “como se” – por
meio de desenhos, linguagem, dramatização, fantasias)
• Consegue substituir objetos pela representação deles
• Egocentrismo – Mundo sob a sua única perspectiva
• Criança ainda não realiza uma série de operações
essenciais para o desenvolvimento do pensamento
racional
• Estágio Operatório-Concreto (7 a 11 anos)
• A criança desenvolve noções de tempo, espaço,
velocidade, ordem, etc.
• Capacidade de concentração e elaboração
• Descoberta de regras
• Noções de conservação
• Período Operatório-Formal (12 anos em diante)
• Abstração total
• As estruturas cognitivas alcançam seu nível mais
elevado de desenvolvimento.
• A criança é capaz de pensar em todas as relações
possíveis logicamente.
• Aplicação do raciocínio lógico a todas as classes de
problemas.
• Ex.: Na análise do provérbio “De grão em grão a galinha
enche o papo”, a criança trabalha com a metáfora e não
com a imagem de uma galinha comendo grãos.
• Para que haja desenvolvimento, Piaget postula três
conceitos importantes:
• Assimilação – Aplicação de determinados esquemas de
ação para a compreensão de um determinado fenômeno
• Acomodação – Ajustamento desses esquemas em
função das peculiaridades de um fenômeno

• O conhecimento só é possível graças ao equilíbrio entre


esses processos que permite que a pessoa interprete e
modifique seu pensamento em função de um fenômeno
específico - Equilibração
• Assimilação - A criança que tem a ideia mental de uma
ave como animal voador, com penas e asas, ao observar
um avestruz vai tentar assimilá-lo a um esquema que
não corresponde totalmente ao conhecido.
• Acomodação - Depois de aprender que um avestruz não
voa, a criança vai adaptar seu conceito "geral" de ave
para incluir as que não voam.

• (Fonte: Revista Nova Escola: http://revistaescola.abril.com.br/formacao/jean-piaget-


428139.shtml?page=10)
• 1. Maturação Orgânica – Condição imprescindível ao
desenvolvimento intelectual. Entretanto, não explica por
si só o desenvolvimento já que ele provém da
construção.
• 2. Experiência com os objetos – A experiência é um fator
importante, ressaltando-se que ela nunca é um registro
passivo da realidade, mas uma interpretação dessa
realidade.
• 3. Interação com pessoas – Experiência necessária
como um fator que contribui para exercitar e modificar os
esquemas.
• 4. Equilibração – Forma de funcionamento intelectual
que se mantém constante durante todo desenvolvimento
• Processo de desenvolvimento cognitivo: Passo
progressivo e continuado de níveis de equilíbrio
inferiores a níveis superiores nos intercâmbios cognitivos
entre indivíduos e meio, graças ao jogo de assimilação e
acomodação. A equilibração funciona como um processo
de ajustamento ativo por parte do sistema cognitivo que
compensa e antecipa as perturbações que esse sistema
se depara em seu funcionamento habitual.
As contribuições de
Vygotsky
• Bielorrussia, 1896 – 1934.
• Obra realizada na União
Soviética entre 1924 e 1934.
• Não possuia formação
psicológica (Direito, Filosofia
e História).
• Obra praticamente esquecida
durante décadas, sendo
recuperada a partir da
década de 1970.
• Construção de um conceito, capaz de abordar por meio
de uma metodologia científica, o uso das funções
psicológicas específicas ao homem.

Estudo da CONSCIÊNCIA
Segue três ideias fundamentais:
• Processos psicológicos superiores só podem ser compreendidos se
estudarmos sua gênese e o seu desenvolvimento.

• A formação dos fenômenos psicológicos depende não apenas dos


aspectos ontogenéticos (desenvolvimento do organismo), mas
também dos filogenéticos (evolução da espécie) e evolução sócio-
cultural.

Indivíduo é fruto de todos esses aspectos.


• Processos psicológicos superiores aparecem no âmbito
das relações sociais – até que em certo momento
transformam-se em processos individuais.

• Difere do pensamento piagetiano.


• Relação do ser-humano é ativa e transformadora, sendo possível
através do uso de INSTRUMENTOS.

INSTRUMENTOS

FÍSICO PSICOLÓGICO
Ferramentas que Uso de símbolos,
possibilitam a linguagem, sistema
transformação do numérico,
ambiente representações
gráficas, etc.

A atividade humana é instrumental


O uso dos sistemas de signos que servem como mediadores é o que origina a
emergência dos processos psicológicos superiores tipicamente humano
• Estímulos artificiais por meio dos quais o ser humano controla e
regula a sua conduta.
• Ex: Contar nos dedos das mãos.
• Diferencial dos processos psicológicos superiores típicos da espécie
humana: a passagem do controle do ambiente para o controle do
indivíduo.
• Os signos têm origem social, elaborados no decorrer da evolução
histórica e cultural da espécie humana.
• Usamos os signos em situações de interação social com outras
pessoas que também dominam o seu uso.
• PPS: Tem origem social e cultural.
• Processo em que se produzem mudanças ou saltos
qualitativos e revolucionários.

T
r
a
Processos n
Processos
psicológicos s psicológicos
elementares i superiores
ç
ã
o

Ponto de transição: Novos fatores incorporam-se ao desenvolvimento


Reorganização global do funcionamento da consciência
• Linha natural de desenvolvimento: Funções psicológicas
elementares: sensações, atenção não-consciente,
reações emocionais básicas. Ex: Recém-nascido.

• Linha social e cultural do desenvolvimento: Surgimento


dos processos psicológicos superiores tipicamente
humanos: atenção consciente, pensamento abstrato,
afetividade.
• Caráter mediado por signos

• Caráter social: Ex – criança adquire atenção ativa


convivendo com alguém que domina esta habilidade.

• Desenvolvimento cultural permite a transformação dos


processos elementares em superiores – Avanço
qualitativo.
Criança Mediação
biologicamente Fala da criança
capaz de falar Cultura

Desenvolvimento: Processo unitário e global, no qual


se fundem fatores biológicos, sociais e culturais
• Lei da dupla formação dos processos psicológicos
superiores.

Processo de linha social e cultural do desenvolvimento


originam-se sempre entre pessoas.

Raiz inicialmente no plano da relação com


outros e depois surgem no plano individual

MACRO MICRO
• A função presente no desenvolvimento cultural da
criança aparece, em primeiro lugar, no plano social para
depois aparecer no plano psicológico.

• Ex: Criança não sabe onde colocou seu brinquedo – Mãe


utiliza estratégias para recuperação da memória da
criança.

• A função da memória colocou-se em funcionamento com


ajuda de outra pessoa, o que não seria possível de
forma individual.
PLANO INTERMENTAL PLANO INTRAMENTAL
INTERAÇÃO
O aque somos capazes O que somos capazes
de fazer sob supervisão SOCIAL de fazer sozinhos

Processos psicológicos superiores

Passagem do plano intermental


para o intramental
Intermental

Intramental

INTERNALIZAÇÃO

RECONSTRUÇÃO INTERNA DA ATIVIDADE EXTERNA


A internalização não é um processo de transferência tampouco um
processo passivo de imitação
• Trata-se de um processo gradual e progressivo no qual
modificamos nosso funcionamento através da
RECONSTRUÇÃO que fazemos das formas de
mediação e dos processos utilizados na atividade
intermental.
• Região dinâmica em que se pode realizar a transição do
funcionamento intermental para o intramental.

• Diferença existente entre o que o indivíduo é capaz de


fazer com ajuda e o nível das tarefas que pode executar
sozinho.

• Diferença entre o desenvolvimento real e o


desenvolvimento potencial.
Nível de Nível de
desenvolvimento desenvolvimento
potencial ZDP real
(faz com ajuda) (faz sozinho)
• Nível de desenvolvimento potencial e ZDP – Possuem
um caratér interativo: A ZDP ocorre durante a interação
que ocorre no nível de desenvolvimento potencial.

• Perspectiva dinâmica e dialética: Os avanços nas ZDPs


possibilitam mudanças no funcionamento intramental.
Quando essas mudanças consolidam-se, abrem-se
portas para novas ZDPs que permitem que o indivíduo
continue avançando.
• A educação possui um caráter determinante no
desenvolvimento psicológico do indivíduo:

A criança vive em grupos e estruturas


sociais que lhe permitem aprender com os
outros e dos outros.

O processo de ensino-aprendizagem
seria condição necessária ao
desenvolvimento (interação)

A APRENDIZAGEM É UMA ZDP


Ocorre através de uma interação, auxiliando o aluno a atingir uma zona de
desenvolvimento real
As contribuições de Wallon
• Formação: Médico,
psicólogo, psiquiatra.
• Atuou como médico
no campo de batalha
nas duas grandes
guerras.
• Lutou contra o
nazismo e acreditava
que a escola poderia
contribuir para a
construção de uma
sociedade mais justa
e democrática.
• Unidade organismo-meio: indivíduo é uma integração de
vários fatores: Motor, afetivo, cognitivo, pessoal. Todos
esses fatores atuam na formação do psiquismo humano
• Sujeitos em constante transformação – Transformação
moldada pela interação do genético com o social.
• Interação transforma a criança no adulto de sua cultura.
• Orgânico – campo de possibilidades dado pelas condições
neurológicas
• Social – Condições para concretizar as possibilidades,
conforme os recursos existentes no meio.
• Wallon estudou os efeitos da afetividade no desenvolvimento
cognitivo
• Afetividade refere-se à capacidade do ser em ser afetado pelo
mundo interno e externo, por sensações agradáveis e
desagradáveis.
• É por meio da emoção que se estabelecem as relações do
organismo com o meio
• Pata Wallon, a emoção é orgânica, é a primeira manifestação
do psiquismo, mediando o desenvolvimento que, por sua vez,
também necessita na interação social
• Wallon, assim como Piaget, também acreditava que o
desenvolvimento ocorria por estágios.
• Predomínio das atividades que visam a exploração do
próprio corpo.
• Na fase impulsiva (até três meses), predominam os
movimentos bruscos de enrijecimento e relaxamento
muscular.
• Na fase emocional (três meses a um ano), já existem
padrões emocionais diferenciados (medo, alegria, raiva,
etc.)
• O efeito obtido com a ação torna-a cada vez mais
intencional (Ex.: bebê se dirige às pessoas que cuidam
dele com sorrisos).
• Para que seu desenvolvimento seja normal, precisa ser
objeto de demonstrações afetivas.
• Simbiose afetiva - fusão do bebê com as pessoas a seu
• Exploração concreta do espaço físico pelo agarrar,
manipular, apontar, sentar, andar, etc., auxiliadas pela
fala e gestos.
• Toda essa atividade motora exuberante prepara o
desenvolvimento cognitivo e afetivo.
• Simbiose se relaxa, e o indivíduo passa a diferenciar o
ambiente de si próprio.
• Desenvolvimento social se solidifica quando passa a
andar (modifica o ambiente) e quando fala (dá nomes
aos objetos e pessoas, podenso representá-los quando
estão ausentes).
• Exploração de si mesmo como um ser diferente
• Uso dos termos: “Eu”, “meu”, “não”, “eu quero”, “eu não
quero”
• Pode escolher grupos que estão mais de acordo com a
sua preferência para enriquecer sua personalidade.
• Possui três fases:
• Oposição (3 a 4 anos): A criança precisa se opor ao outro para
demarcar seu espaço
• Sedução (4 a 5 anos): A criança precisa ser admirada
• Imitação (5 a 6 anos): Criança incorpora o mundo imitando-o
• Diferenciação nítida entre “eu e o outro”.
• Exploração mental do mundo físico
• Organiza o mundo físico em categorias melhor definidas.
• Percebe-se como uma unidade que pode ser
acrescentada ou retirada de grupos sociais conforme
seus próprios interesses.
• Tem necessidade de relações mais igualitárias e de
medir forças em relação ao grupo.
• Estabelecem-se entre o grupo e a criança relações de
cooperação (igualdade) e exclusão (rivalidade).
• Trabalho em equipe nessa fase é essencial –
desenvolvimento de solidariedade e colaboração mútua.
• Outra vez explora a si mesmo, mas desta vez com maior
autonomia
• Submete-se a grupos de pares, contrapondo-se aos
valores tais como interpretados pelos adultos com quem
convive.
• Desorientação em relação a si mesmo, física e moral.
• Domínio de categorias cognitivas com maior nível de
abstração
• Domínio da dimensão temporal: passado e futuro
• Ao mesmo tempo em que há o desejo de chamar
atenção, surpreendendo o ambiente com arrogância, o
adolescente duvida de si mesmo com incômodo e
vergonha. (Aspecto muito variável, em que pesa as
• Cada etapa é, a um só tempo, um momento de evolução
mental e um tipo de comportamento”.
• Desenvolvimento não se encerra no estágio da
puberdade e adolescência, é um processo para a vida
inteira, em que afetividade, cognição e ato motor estão
em constante movimento.
• As transformações descritas nos estágios são reguladas
pelas seguintes leis:
• 1. Sincretismo para a diferenciação – Do mundo sem
distição para um mundo em que há distinção entre as
relações.
• 2. Predominância dos conjuntos – Em cada estágio um
dos conjuntos predomina (afetivo, cognitivo, motor),
embora todos estejam presentes ao mesmo tempo.
• 3. Alternância das direções – Ora há o conhecimento de
si (direção centrípeta), ora há o conhecimento do mundo
(direção centrífuga).
• AZZI, R.G.; GIANFALDONI, M.H.T. Psicologia e
Educação. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2011
• COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J.
Desenvolvimento Psicológico e Educação: Psicologia da
educação escolar. Porto Alegre: ARTMED, 2004.
• COLL, C.; MESTRES, M.M.; GOÑI, J.O.; GALLART, I.S.
Psicologia da Educação. Porto Alegre: Penso, 1999.
• PATTO, M.H.S. Introdução à psicologia escolar. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 2010.
•Obrigada!!!

•natalianb.ifsp@gmail.com

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