Maus: A Survivor's Tale é um romance gráfico produzido pelo estadunidense Art
Spiegelman que narra a luta de seu pai, um judeu polonês, para sobreviver ao Holocausto. As primeiras páginas foram publicas em 1980 mas o trabalho só foi concluido em 1991. A história fala do relacionamento complicado do autor com seu pai e de como os efeitos da guerra repercutiram através das gerações de sua família. Em 1992 Spiegelman foi agraciado com um "Prêmio Especial Pulitzer": tal categoria foi proposta pois o comitê de premiação não se decidiu se categorizava Maus como uma obra de ficção ou biografia.1
Spiegelman retrata diferentes grupos étnicos através de várias espécies de animais: Os
judeus são os ratos (em alemão: maus), os alemães, gatos, os franceses, sapos, os poloneses, porcos, os americanos, cachorros, os suecos, renas, os ciganos, traças, os ingleses, peixes. O uso de antropomorfismo, uma técnica familiar em desenhos animados e em tiras de quadrinhos, foi uma tirada irônica em relação às imagens propagandistas do nazismo, que mostravam os judeus como ratos e os poloneses como porcos. A publicação na Polônia teve de ser adiada devido a este elemento artístico.
Esta obra descreve detalhadamente as atrocidades cometidas pelos nazistas,
principalmente no que diz respeito aos Campos de Concentração - Centros de confinamento militar instalado em área de terreno livre e cercada por telas de arame farpado ou algum outro tipo de barreira, cujo perímetro era permanentemente vigiado. Auschiwtz, citado no primeiro livro, converteu-se no centro de um conjunto de quase quarenta campos e sub campos e sede de um extenso complexo agrícola e industrial (minas, petroquímica e fábricas de armas) onde trabalhavam inúmeros prisioneiros — principalmente poloneses e judeus — ao lado de trabalhadores civis. Chamado de "Indústria da Morte", estima-se que Auschiwtz fez de 1,1 a 1,5 milhões de vítimas.O extermínio foi racionalmente organizado, de tal forma, que pudesse eliminar o máximo de pessoas em menos tempo, com os menores custos e a maior eficiência do ponto de vista operativo. A rígida divisão do trabalho e a extrema organização da "indústria da morte", incorporou o conhecimento de geniais arquitetos, admini stradores, antropólogos, médicos, químicos, biológos, enfim, parte do conhecimento e da tecnologia mais avançada a serviço da destruição de seres humanos. Para Hitler e os principais líderes nazistas, havia, entretanto, mais um ingrediente importante na “indústria da morte”: o uso do terror como arma política. Segundo Hitler, qualquer um que tivesse a intenção de atacar o governo alemão iria rever sua posição ao saber do que o esperava nos campos de extermínio. Até hoje, mais de 6 décadas depois da II Guera Mundial, este lugar permanece como o maior símbolo do Holocausto.