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Aqueles que o escutam entendem bem as imagens que emprega para falar
do Reino dos Céus. Ninguém deve cometer o erro de remendar uma peça de
roupa velha com um pedaço de tecido novo, porque o remendo encolherá ao
ser molhado, rasgará ainda mais o vestido velho e ambos se perderão ao
mesmo tempo.
A Igreja é esta veste nova, sem rasgões; é o recipiente novo preparado para
receber o espírito de Cristo e levar generosamente até os confins do mundo,
enquanto existirem homens sobre a terra, a mensagem e a força salvífica do
seu Senhor.
É por isso que a nossa Mãe a Igreja jamais transigiu com o erro em
questões de fé, com a verdade parcial ou deformada; esteve sempre vigilante
para manter a fé em toda a sua pureza e ensinou-a pelo mundo inteiro. Graças
à sua fidelidade indefectível, pela assistência do Espírito Santo, podemos
conhecer no seu sentido original, sem nenhuma mudança ou variação, a
doutrina que Jesus Cristo ensinou. Desde os dias de Pentecostes até hoje, a
voz de Cristo continua a fazer-se ouvir por toda a face da terra.
II. DESDE A SUA FUNDAÇÃO, o Senhor teve na sua Igreja um povo santo
cheio de boas obras7. Pode-se afirmar que em todos os tempos “a Igreja de
Deus, sem nunca deixar de oferecer aos homens o sustento espiritual, gera e
forma novas gerações de santos e santas para Cristo”8.
III. A IGREJA não deixa de ser santa pelas fraquezas dos seus filhos – que
são sempre estritamente pessoais –, ainda que essas faltas tenham muita
influência no resto dos seus irmãos. Por isso um bom filho não tolera insultos à
sua Mãe, nem que lhe atribuam defeitos que não tem, ou que a critiquem e
maltratem.
Por outro lado, mesmo nos tempos em que o verdadeiro rosto da Igreja
esteve velado pela infidelidade de muitos que deveriam ter sido fiéis, e em que
só se observavam vidas de muito pouca piedade, nesses mesmos momentos
houve almas santas e heróicas, talvez ocultas ao olhar dos outros. Mesmo nas
épocas mais obscurecidas pelo materialismo, pela sensualidade e pelo desejo
de bem-estar como a nossa, sempre houve e há homens e mulheres fiéis que,
no meio dos seus afazeres, foram e são a alegria de Deus no mundo.
Se a Igreja é, por vontade de Jesus Cristo, Mãe – uma boa mãe –, nós
devemos ter a atitude dos bons filhos. Não permitamos que seja tratada como
se fosse uma sociedade humana, esquecendo o mistério profundo que nela se
esconde; não queiramos sequer escutar críticas contra sacerdotes, bispos... E
se alguma vez virmos erros e defeitos naqueles que talvez devessem ser mais
exemplares, saibamos desculpar, ressaltar outros aspectos positivos dessas
pessoas, rezar por elas... e, se for o caso, ajudá-las com a correcção fraterna,
sempre que nos seja possível.
(1) Mc 2, 22; (2) cfr. Conc. Vat. II, Const. Lumen gentium, 4; (3) Mt 7, 17; (4) cfr. Catecismo
Romano, 1, 10, n. 15; (5) Tertuliano,Apologético, 39, 7; (6) cfr. Act 2, 33; (7) Tit 2, 14; (8) Pio XI,
Enc. Quas primas, 11-XII-1925, 4; (9) Epístola a Diogneto, 5, 6, 16; 7, 9; (10) São Gregório
Magno, Homilia 38, 7; (11) Ef 5, 25-27; (12) João XXIII, Enc. Mater et magistra, Introd.; (13)
São Cirilo de Jerusalém, Catequeses, 18, 26; (14) São Cipriano, Sobre a unidade da Igreja
Católica, 6.