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Resdescobrindo a nossa vocação

Estamos ainda no tempo litúrgico da Epifania, época da redescoberta da


espiritualidade, da vocação, do chamado, da convocação de todos os santos para a
marcha rumo ao manifestar da justiça e da paz do Nosso Senhor Jesus Cristo ao
mundo. Tempo em que o próprio Cristo através da herança das escrituras nos chama a
redescobrir a nossa vocação de manifestar a sua graça como servos fiéis ao nosso
chamado. Os três textos propostos nesta manhã nos aponta para o tema central do
chamado, do resdescobrimento da nossa vocação de sermos santos.

Na leitura de Isaías, o profeta nos lembra sobre o chamado doloroso do servo


sofredor. Servo que foi escolhido desde o ventre da sua mãe para falar, profetizar
contra a injustiça. O verso final da seleção do lecionário nos dá uma fresta através da
qual podemos perceber o sentido da missão do servo: “O Redentor e Santo de Israel
diz... os desprezados, os oprimidos serão reerguidos”. Deus faz a inversão entre os
desprezados e os reis e príncipes. Mas este servo encontra dificuldades em
profetizar...tudo isso é doloroso para ele. Os obstáculos parecem ser freqüentes. Tanto
que no verso 4 ele externa a sua dificuldade dizendo: “Eu mesmo disse: debalde tenho
trabalhado, inútil e vãamente gastei as minhas forças; todavia, o meu direito está
perante o SENHOR, a minha recompensa, perante o meu Deus.”

Na leitura da 1ª carta aos Coríntios Paulo nos lembra de nossa vocação e chamado
para sermos santos e fiéis aquele que nos chamou. A oração de Paulo mostra uma
profunda sinceridade da preocupação de Paulo com a igreja e seus dons. A sua oração
pede que não falte nenhum dom e que sejamos irrepreensíveis no dia do nosso senhor
Jesus Cristo.

E finalmente na leitura do evangelho, mostra o chamado dos primeiros discípulos de


Jesus. André e Simão Pedro. Mas este chamado não tem um vocativo vindo da boca do
próprio Cristo como: “vem”. Não! Ele ocorre de maneira diferente como um imã que
atrai objetos ferrosos. Como uma força Estranha e invisível que atrai aqueles homens
em direção à pessoa de Jesus.

Gostaria então de destacar 3 lições práticas para a vida da comunidade de fé que


podemos abstrair do lecionário de hoje.
I- Redescobrindo a nossa vocação em meio às paixões do mundo.

Todos aqui a de convir comigo que ir na contra-mão do mundo é chato e doloroso.


Vivemos num mundo egoísta, capitalista, injusto, interesseiro. E vivermos na contra-
cultura seguindo os ensinamentos de Cristo é loucura. Como Paulo diz em 1 Cor. 1,18;
“...sobre a loucura da crus de Cristo.”

É loucura sermos altruístas (contrário de egoístas) se o mundo todo tenta nos


convencer que o mundo é dos espertos. “Cada um per si e Deus sabe lá onde se
encontra”.

É loucura sermos solidários, irmos contra o consumismo desenfreado, se você só é


aceito no mundo se você “tem que TER para SER”.

É loucura tentarmos “fazer o que é certo e não o que nos convém”.

A escolha é sua: Redescobrir essa incomoda vocação com direito a lamentação de vez
em quando como o profeta: “Eu mesmo disse: debalde tenho trabalhado, inútil e
vãamente gastei as minhas forças...” Ou se dobrar as paixões deste mundo e
abandonar a vocação para qual foste chamado.

II - Redescobrindo a nossa vocação pela fidelidade de Deus.

“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso
Senhor.” I Cor. 1,9.

Realmente a caminhada cristã é árdua, é pesada, é inquietante e muitas vezes dá


vontade de desistir. Você se olha no espelho e diz...será que compensa?

Mas o apóstolo Paulo, conhecedor das escrituras, parece saber disso, parece ter lido o
profeta Isaías e com todo o cuidado pastoral que ele tem, chama a atenção dos
crentes em sua oração: “de maneira que não vos falte nenhum dom, aguardando vós a
revelação de nosso Senhor Jesus Cristo”. Esse é o desejo de Paulo. Isso quer dizer que
sozinho não somos nada! Sozinhos, por nossas próprias forças não conseguimos.

É Deus quem nos capacita para cumprirmos a nossa vocação, o nosso chamado de
sermos santos e irrepreensíveis.

Se formos lutar contra a injustiça e desesperança é necessário sermos imbuídos de


dons espirituais. Podemos afirmar que para sairmos vitoriosos na nossa luta, é
necessário possuirmos o maior dom, o dom do amor.

Ser der vontade de desistir...lembre da oração de Paulo pelos santos... “Fiel é Deus,
pelo qual fostes chamados”
III - Redescobrindo a nossa vocação pela força estranha.

Por último temos o texto do evangelho que finaliza com uma frase impactante:
“Achamos o Messias”. Depois de ouvirmos pacientemente o lamento do profeta, o
servo sofredor, depois de nos esperançarmos com a oração de Paulo. Fechamos com
chave de ouro o lecionário dessa manhã com essa linda frase: “Achamos o Messias!”

Recapitulando o texto lido, observamos a narrativa do chamado dos primeiros


discípulos: André e Simão Pedro, contada pelo evangelista João. Diferentemente dos
demais evangelistas, o chamado dos discípulos aqui, é de forma curiosa.

Talvez isso explique o porque muitas vezes passa pela nosso cabeça em desistir
da nossa vocação e não o fazemos, pois existe uma força maior, uma força estranha no
ar. A força do chamado.

A história aqui diz que João Batista aponta para Jesus e diz: “Eis o cordeiro de
Deus que tira o pecado do mundo.” E logo...sem mandar, sem chamar, sem pedir...os
discípulos seguem atrás de Jesus.

Prece uma força estranha, que nos lembra a canção de Caetano Veloso:

Por isso uma força


Me leva a cantar
Por isso essa força
Estranha no ar
Por isso é que eu canto
Não posso parar
Por isso essa voz tamanha...

Voz tamanha de profeta...como disse o texto em Isaías: “...fez minha boca como uma
espada aguda...”

É a força do chamado silencioso de Jesus...uma força estranha que nos leva a dizer
como o poeta: “...por isso é que eu canto e não posso parar.”

Uma força estranha que nos faz redescobrir nossa vocação e não desistir de lutar em
favor do reino...

Nuca desista, nunca pare de cantar...redescubra e diga nesta manhã: “...achamos o


messias”.

“Que Deus nos de força para continuar!”

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