Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Na Bíblia, por exemplo, ordena-se repetidas vezes ao povo de Deus que se ocupe das
pessoas desamparadas tais como as viúvas, os órfãos, os estrangeiros e os pobres. Isto não é
unicamente uma questão de ética, mas também um reflexo do caráter do próprio Deus, que se
ocupa dos desamparados.
Tudo isso tem profundas implicações. Os teólogos não podem mais viver como espíritos
desencarnados, que estão alienados da sua realidade. Uma teologia contextualizada é tudo que
uma sociedade precisa. A igreja tem a sua proclamação, mas muitas vezes não considera as
circunstâncias sociais à sua volta. Cremos que a teologia deve andar de mãos dadas com outras
ciências. Um teólogo deve saber relacionar seus conhecimentos com a antropologia, a sociologia,
a pedagogia e outras ciências sociais. Não podemos desenvolver uma teologia fechada em si
mesma. É necessário ter um diálogo crítico com as outras ciências. Os teólogos não devem
desconsiderar os diversos métodos de leitura da realidade humana.
A teologia tem como uma das suas funções explicar a realidade. Ela afirma que tudo que
existe é criação de Deus. Mas, para muitos, como estas coisas funcionam é assunto da
incumbência de outras disciplinas, e não da teologia. Percebemos que é uma obrigação da Igreja
e dos teólogos responderem, dentro do possível, às questões da realidade, tentando esclarecer
tudo aquilo que a humanidade anseia conhecer.
Temos que produzir uma teologia ou uma forma de se pensar que realmente transforme
a humanidade. De que vale tantos momentos de reflexões, tantos debates e tantas discussões se
nada muda, se a igreja não se torna relevante? Não introduzimos na nossa teologia a justiça divina,
algo que realmente expresse o quanto esta humanidade, que é criação de Deus, tem de valor e
precisa de cuidados. Carecemos de uma teologia prática e de impacto.
Calvino se levantou como uma voz profética e denunciadora de toda sorte de maldade
que se instalava em Genebra. Foi quando ele deu inicio a todo desenvolvimento teológico da sua
carreira, principalmente na área social. Calvino cumpriu à risca o que diz Provérbios 31. 8-9:
“Erga a voz em favor dos que não podem defender-se, seja o defensor de todos os desamparados. Erga a voz
e julgue com justiça; defenda os direitos dos pobres e dos necessitados”. Calvino defendia os direitos de
todos os que sofriam por causa da falta de equidade na aplicação da justiça e na distribuição de
alimentos, em função do monopólio financeiro das elites.
Calvino chegou a uma conclusão formidável. Ele disse que a obra de restauração realizada
por Cristo não se limita apenas à nova vida dada ao indivíduo, mas abrange a restauração de todo
o universo – o que inclui a ordem social e econômica. Para Calvino, a questão do indivíduo não
era meramente espiritual. Se Cristo era o Senhor de toda a existência humana, era dever da igreja
dar atenção às questões sociais e políticas. Percebe-se que o reformador já tinha uma reflexão
sobre o que hoje é muito discutido, isto é, sobre a “missão integral”, que é cuidar do homem
como um todo; é ter a consciência de que ninguém é simplesmente espiritual e que existem outras
carências que devem ser preenchidas. A igreja, juntamente com a sua teologia fundamentada em
toda criação de Deus, deve preencher essas carências.
Pensamos que, se o país for governado somente por cristãos verdadeiros, tudo mudará.
Infelizmente, quando fazemos uma retrospectiva e analisamos os atos daqueles que se diziam
cristãos e que estavam no poder exercendo fortes influências na câmara e no senado, vemos que
as suas trajetórias foram marcadas por corrupções e escândalos. É muito difícil chegarmos a um
estado semelhante ao do século XVI em Genebra, quando Calvino e Guilherme Farel tornaram
o poder político submisso aos valores e princípios cristãos, sendo que todo o controle político-
social foi exercido por líderes protestantes. Assim a corrupção, a desigualdade e os escândalos aos
poucos foram sumindo do cenário político, econômico e social de Genebra. O interessante é que
esta cidade passou por um grande despertamento e um profundo avivamento espiritual.
Praticamente todo o país tornou-se protestante e isso diminuiu sensivelmente os problemas
Hoje, quando olhamos para a América Latina e principalmente para o Brasil, notamos
que a maioria dos cristãos espalhados pelas várias classes sociais apenas reproduz a ideologia, os
interesses e os discursos das suas respectivas classes. Não percebem que o compromisso com o
reino de Deus – que condena tudo isso como sinais e manifestações do pecado – nos chama para
denunciar as injustiças, propor mudanças e promover ações efetivas.
Em geral, não são muitos os cristãos que se preocupam com os problemas ecológicos.
Deixamos para os outros uma responsabilidade que é primeiramente nossa, a de prover os
recursos para o bem-estar da criação como um todo.
Nossas reflexões teológicas devem se ocupar também dos problemas da vida prática. A
teologia torna-se relevante quando alimenta, cura, restaura e transforma vidas. A humanidade
espera uma resposta e cabe a nós, pensadores, teólogos e pastores tomarmos uma atitude e
refazermos a nossa teologia.
Todo este envolvimento social deve acontecer sem perder de vista que a missão primordial
da Igreja é promover a reforma (parcial e provisória) da sociedade através da proclamação do
evangelho de Jesus Cristo, aguardando os novos céus e a nova terra onde habita a justiça de Deus.
Para tanto, precisaremos de uma teologia, de uma pastoral e de uma práxis que são capazes
de se reciclarem, de se abrirem e concorrerem para a construção de uma nova etapa do
cristianismo.
Se o profeta é como o poeta, façamos nossas as palavras dos autores de Coração Civil:
2
Milton Nascimento e Fernando Brant in: CAVALCANTI, Robinson. A igreja, o país e o mundo; desafios
a uma fé engajada. Viçosa: Ultimato, 2000. p. 158.
TEOLOGIA BÍBLICA – TEOLOGIA SISTEMÁTICA – CRISTOLOGIA - SOTERIOLOGIA 28
especiais, e, então, procurar por maneiras de coordená-los metodologicamente. Em vez disso, a
missão da Igreja está localizada na fidelidade e na suficiência do seu testemunho em Cristo.
Em geral, as igrejas entendem que não têm nenhuma ligação com o Estado. Contudo, cremos
que a Igreja não pode estar em momento algum alienada das questões socioeconômicas do país.
Principalmente quando se trata do futuro da nação. As eleições devem ser uma oportunidade de
conscientização da população para os riscos de se escolher um tirano ou um alguém
incompetente.
O Estado está para beneficiar o povo. Numa compreensão teológica, o Estado é instituído
por Deus para governar a sociedade visando o seu bem-estar. Um governo que não atende às
necessidades básicas do povo, não pode ser considerado um governo eficiente.
O homem foi criado para a paz e para uma vida boa, mas o pecado maculou o maravilhoso
propósito de Deus. A ideia de um poder constituído é exatamente a de restaurar a ordem:
A verdadeira teologia bíblica é bem clara sobre isto. Ela se opõe contra todo sistema
opressor. Não é o povo que deve servir aos governantes, ao contrário, o governo e toda a sua
política existem para servir ao povo. Um Estado que não é servo do povo não pode ser legitimado.
Um governante que perverte o direito do cidadão pode ser considerado um ditador,
representante de um governo diabólico.
Em geral, os cristãos de hoje não olham com atenção devida para os fatos sociais que os
nossos pais na fé olharam. Nesse sentido, Nietzsche estava certo em criticar os cristãos em função
do ideal de duplicação de mundos. Muitos cristãos hoje abrem mão deste mundo em busca de
um mundo superior. Isso nada mais é que uma inversão de valores. O modelo sociopolítico e
econômico da legislação mosaica nos aponta um dinamismo existencial, uma possibilidade
Deve ficar bem claro para o cristão que ele não foi criado para o céu, mas para a terra. A
experiência do reino messiânico é para uma terra transformada, onde a vida possa ser vivida em
sua plenitude e integralidade.
A fé cristã nos move para a ação. Devemos lutar para que o Estado cumpra os seus deveres.
Ignorar estes assuntos é faltar com a nossa responsabilidade de exercer a cidadania.
O cristão não pode se submeter a um governo que violou o seu propósito. Quando um
governante fere todos os princípios éticos e humanos, ele não pode ser levado a sério. Tendo em
vista que o governo está para o povo, quando ele quebra a aliança ele já não pertence mais ao
povo. Desta forma, o povo deve lutar pelos seus direitos e convocar a população para uma
restauração de todo sistema governamental. Não se trata de promover uma anarquia ou uma
revolução sangrenta. Todas as atitudes devem estar respaldadas na lei. A transformação social
deve ocorrer na santa paz.
O cristão deve agir de acordo com os propósitos de Deus para a sua nação. Quando algo
errado for transformado em lei em uma democracia, o cristão poderá tomar duas atitudes: a)
desobedecer, caso a lei atinja o ministério cristão ou a vida humana (campos de concentração,
genocídios etc.); b) obedecer, protestando e lutando por todos os meios para que a lei seja
revogada ou alterada. O manifesto cristão deve ser presente nos momentos em que a liberdade
do povo está em perigo. A submissão deve existir, mas ela tem um limite.
A comunidade cristã não pode silenciar a voz diante do caos. Quando um governo
ultrapassa o seu limite, ele precisa voltar atrás. A igreja deve ser porta-voz de justiça.
servo de Deus que se sujeitou à lei governamental de sua época, sendo que esta lei cumpria um
propósito divino. A história mostra governos que foram maus e perversos, mas esta situação fez
com que a igreja florescesse. Nada foge do plano arquitetônico de Deus em salvar a humanidade.
Cristo pode transformar tudo o que está aparentemente perdido, restaurando o pleno senhorio
de Deus na terra. Esta divisão do “já” e do “ainda não” é interessante. Vivemos o poder deste
reino entre nós. Já desfrutamos de suas conquistas e aguardamos a reordenação dos sistemas
dilacerados do cosmos.
2 – Democracia
Antes de tudo, para compreender a democracia é preciso entender que ela é um estatuto político
frágil, extremamente delicado. Não tem em si mesma qualquer garantia de sobrevivência. Mais
profundamente, o verme que a corrói aloja-se no coração dos seres humanos. O maior inimigo
da democracia é o próprio homem. Seu egoísmo o impele a abusar de sua liberdade para dispor
da liberdade alheia. O remédio para tal perversão está somente na libertação espiritual que Deus
oferece ao mundo.
Este conceito foi levantado num período em que o cidadão não tinha direito a nada. No
século XVI, quando isso começou a ser debatido, foi um alvoroço. Num período em que os reis
mandavam e desmandavam, essa foi a pior arma que estes tiranos enfrentaram – a democracia na
perspectiva cristã. Isso era o fim daquele sistema opressor. A fé cristã foi a precursora desta
alavancada. Os teólogos e pastores da época, baseados numa cosmovisão bíblica, entendiam que
Deus não era um tirano. Sendo o poder constituído por Deus, não poderia existir uma tirania
em relação ao povo. Nesta perspectiva, o olhar era voltado para a maneira amorosa e dedicada de
Deus cuidar e sustentar a criação. Os teólogos entendiam que Deus quer o melhor para o ser
humano.
Para muitos, o valor da vida humana se assemelha ao de uma moeda de um centavo. Por
meio de uma simples ordem, vidas são tiradas. Em nome de uma suposta paz, vidas são
dilaceradas. Em nome dos direitos de alguns, pessoas são injustiçadas. O pecado sucateou a vida
humana.
Assim, esta imagem destrói outra imagem. Quando um ser humano fere os direitos do
outro, em qualquer aspecto, ele está diretamente afrontando o próprio Deus.
A Reforma Protestante ocorrida no século XVI não foi somente um movimento espiritual
e eclesiástico. Teve também aspectos e dimensões políticas e sociais. Existia uma preocupação
com as questões sociais e com o valor da vida humana. A tônica da mensagem era promover uma
vida melhor em todos os níveis da sociedade. Pregavam contra a opressão religiosa, as guerras, as
heresias, o desemprego, a desigualdade e a miséria. Exemplo disto, é a figura de Zwínglio, que
abriu um asilo para todos os indigentes enfermos. Aconteceu uma reforma social na qual o alvo
era melhorar a vida humana. Em 1520, um decreto do Conselho Zuriquense reorganizou a
assistência. Os donativos e contribuições foram centralizados e distribuídos por funcionários
juramentados. Após uma supressão dos conventos, em 1525, os bens destes foram destinados ao
atendimento dos pobres em suas necessidades. A mendicância foi proibida e o asilo recebeu, além
de pessoas enfermas, os indigentes, a quem se distribuíram recursos em dinheiro e em espécie.
Instalou-se uma rouparia e todos os dias, às primeiras horas da manhã, um caldeirão já estava à
disposição de quantos desejassem um prato de sopa. Em cada bairro havia um eclesiástico e um
leigo para obter as informações necessárias e coletar os donativos. Sopas populares foram
distribuídas para os estudantes necessitados. As igrejas e paróquias rurais assumiam o cuidado de
seus indigentes para que eles não tivessem que buscar auxílio em outros lugares. Deve ser
destacado, para a memória de Zwínglio, que ele foi o responsável pela abolição da servidão nos
campos, no tempo da guerra dos camponeses, e pela destinação dos dízimos aos indigentes e aos
enfermos. No dia 10 de agosto de 1535 o Conselho decidiu fazer um inventário dos bens
eclesiásticos. No dia 29 de novembro decretou a fundação de um Hospital Geral, que foi
instalado no antigo convento de Santa Clara. Esta instituição de assistência foi dotada dos
rendimentos dos sete hospitais e asilos antigos, de todas as igrejas, capelanias, paróquias,
mosteiros e confrarias.
Para Calvino, a raiz dos males sociais era a rebeldia do homem. O pecado havia
introduzido perturbações profundas na sociedade humana. Para ele, o caos econômico era
causado pela ganância e incredulidade dos homens.
Privar o próximo daquilo que Deus lhe pretendia conferir é o mesmo que confiscar os
seus bens e isto ofende a Deus:
A Teologia da Missão Integral entende que não é o suficiente proporcionar aos pobres
ajuda material. Desta mesma forma procederam muitos pastores e teólogos do passado. Impõe-
se, também, dar aos necessitados os meios de, por si mesmos, saírem dessa situação. As pessoas
pobres e doentes devem ter acesso aos serviços de saúde e educação para que vivam nas mesmas
condições que as demais. Esta foi a contribuição da reforma protestante:
O honorável pregador puritano Richard Baxter expressou uma máxima que resume muito
bem a missão do cristão: “Cuidado para não perder aquele amor comum que deves a humanidade”
(Idem, p. 190). E desta forma viviam os puritanos reformados. Deve ser destacado que a ação da
teologia reformada não se prende somente à esfera da assistência social. O pensamento reformado
visa o homem como um todo – espiritual e material. Os reformadores estavam constantemente
preocupados com a formação profissional da população e principalmente da juventude. Eles
criaram indústrias e escolas profissionalizantes para que os jovens tivessem ocupação e crescessem
intelectualmente.
Os pais da reforma protestante lutavam contra todo sistema desigual. Havia desvios e
sonegação. Não pagavam os funcionários corretamente, a mulher sofria preconceitos e tinha o
salário menor do que o homem. RYKEN (1992, p. 215) também afirma:
O trabalho dos homens e mulheres de nosso tempo perdeu sua dignidade. Essa
dignidade é a que Deus lhe confere fazendo-o uma vocação pessoal, da qual
cada indivíduo é responsável perante ele. Essa vocação é fundamental da
responsabilidade inalienável de todo trabalhador e de toda trabalhadora, seja
qual for sua ocupação (e desde que evidentemente esse trabalho seja
moralmente honroso e socialmente tolerável).
Abusar do trabalho de outra pessoa é algo que a Bíblia claramente condena. A função da
Igreja é anunciar o Evangelho e denunciar as injustiças. A Igreja tem de denunciar todas as
estruturas pecaminosas que oprimem e escravizam os seres humanos. Algumas vezes, a voz da
Igreja pode ser a única que tenha condições de falar abertamente. Ela tem o dever de anunciar a
vinda do reino de Deus, as possibilidades de uma ordem mais justa, mais humana e mais segura.
John Wesley foi um homem que entendeu que o avivamento de Deus deveria atingir
todas as esferas da vida humana. Durante todo o seu ministério, John Wesley se preocupou com
Viveu no século XIX um notável holandês chamado Abraham Kuyper. Ele foi pastor,
teólogo, professor, jornalista e estadista. Foi um dos maiores nomes da Igreja naquela época. As
suas mensagens causavam grande impacto na sociedade. Ele também atuou na política, tornando-
se primeiro ministro da Holanda. A sua política visava a extensão do voto, o reconhecimento do
Estado sobre o direito dos cristãos de conduzirem suas próprias escolas e uma legislação social
que ajudasse a proteger o povo trabalhador. Sua teoria social e política da soberania de Deus
sobre todas as esferas da vida humana foi uma tentativa de limitar o poder de um Estado
totalitário. Em seu pensamento, cada esfera da vida humana – família, igreja, Estado, trabalho,
economia – tem sua própria área de responsabilidade, que é dada diretamente por Deus. Para
ele, o cristianismo verdadeiro é mais do que um relacionamento com Jesus, que se expressa em
piedade pessoal, frequência à igreja, estudo da Bíblia e obras de caridade. É mais do que acreditar
num sistema de doutrinas. O cristianismo genuíno é uma maneira de ver e de compreender toda
a realidade. É um sistema de vida, uma cosmovisão. Baseada na Escritura, a cosmovisão cristã
pode ser resumida em quatro conceitos: a criação do universo e da vida; a queda como
consequência do pecado, arruinando a boa criação de Deus; a obra de Deus para a redenção de
Por trás dessas interpretações, há pelo menos três pontos que devem ser sublinhados. Em
primeiro lugar, há uma relação entre a “imagem” e a “semelhança”. Isso tem consequências
importantes. Em segundo lugar, deve-se destacar que, não importa como se interprete a imagem
de Deus, a própria presença dessa imagem implica que todo ser humano com quem nos
relacionamos traz essa imagem. Assim, depreciar, oprimir ou destruir a um ser humano é
depreciar, oprimir ou destruir a imagem do próprio Deus. Em terceiro lugar, é importante notar
que tanto o homem quanto a mulher foram criados à imagem e semelhança de Deus, e que,
portanto, a dignidade da mulher é igual à do homem (GONZÁLEZ & PÉREZ, 2006, pp. 102-
103).
Acho obscena a alegação de que temos de lutar pela justiça porque essa é a
vontade de Deus. Quem luta pelos pobres porque Deus manda não ama os
pobres. Tem é medo de Deus. Admiro aqueles que já trazem consigo esse
sentimento de compaixão sem ter tido necessidade de ler sobre ele nos textos
sagrados (visão kantiana, meu grifo). Certamente porque Deus já mora dentre
deles. Os outros, que precisam teologar primeiro, é porque Deus mora do lado
de fora.