Sei sulla pagina 1di 136

1 INTRODUÇÃO..................................................................................................

3
2 À GEOMETRIA................................................................................................. 4
2.1 Primeiros conceitos............................................................................. 4
2.1.1 Princípios da Geometria................................................................... 4
2.1.2 Desenho geométrico......................................................................... 4
2.1.3 Espaço............................................................................................... 4
2.1.4 Medição.............................................................................................. 4
2.1.5 Ponto................................................................................................. 4
2.1.6 Linhas................................................................................................. 4
2.1.7 Linha reta........................................................................................... 5
2.1.8 Semi-reta............................................................................................ 5
2.1.9 Segmento de reta.............................................................................. 6
2.1.10 Ângulos............................................................................................ 6
2.2 Construção........................................................................................... 7
2.2.1 Linha horizontal ............................................................................... 7
2.2.2 Linha vertical..................................................................................... 7
2.2.3 Linha inclinada.................................................................................. 7
2.2.4 Quanto à direção............................................................................... 8
2.2.5 Linhas perpendiculares.................................................................... 8
2.2.6 Linhas convergentes........................................................................ 8
2.2.7 Linhas divergentes........................................................................... 8
2.2.8 Diagonal............................................................................................. 10
2.2.9 Mediana.............................................................................................. 10
2.2.10 Apótema........................................................................................... 10
2.2.11 Bissetriz........................................................................................... 11
3 GEOMETRIA DESCRITIVA.............................................................................. 12
3.1 Projeção ortogonal de um ponto........................................................ 12
3.2 Classificação das projeções............................................................... 12
3.3 Estudo do ponto................................................................................... 13
3.4 Posições do ponto............................................................................... 15
3.5 Plano Bissetor...................................................................................... 17
3.6 Estudo da reta...................................................................................... 18
3.7 Determinação da reta.......................................................................... 19
3.8 Posições da reta.................................................................................. 19
4 GEOMETRIA PLANA....................................................................................... 22
4.1 Triângulos............................................................................................. 22
4.2 Elementos do triângulo....................................................................... 22
4.3 Formas triangulares............................................................................ 26
4.4 Formas paralelogrâmicas................................................................... 30
4.5 Formas irregulares.............................................................................. 35
4.6 Polígono................................................................................................ 37
4.6.1 Polígonos regulares.......................................................................... 39
4.6.2 Polígonos irregulares....................................................................... 39
4.6.2.1 Polígono irregular convexo........................................................... 39
4.6.2.2 Polígono irregular côncavo........................................................... 39
4.6.2.3 Polígono estrelado......................................................................... 40
4.6.2.4 Polígonos quanto aos ângulos..................................................... 40
4.7 Circulo................................................................................................... 40
4.7.1 Raio®................................................................................................. 41
4.7.2 Corda.................................................................................................. 41
4.7.3 Diâmetro............................................................................................. 41
4.7.4 Tangência e concordância............................................................... 41
4.8 Cálculo de área................................................................................... 54
4.8.1 Cálculo da área do triângulo............................................................ 55
4.8.2 Cálculo da área do paralelogramo.................................................. 56
4.8.3 Cálculo da área do losango............................................................. 57
4.8.4 Cálculo da área do quadrado........................................................... 58
4.8.5 Cálculo da área do círculo............................................................... 60
4.8.6 Cálculo da área de setores circulares............................................ 61
4.8.7 Cálculo da área de coroas circulares............................................. 61
4.8.8 Medição de ângulo............................................................................ 63
5 GEOMETRIA ESPACIAL................................................................................ 64
5.1 Conceitos gerais.................................................................................. 64
5.2 As linhas nos desenhos técnicos...................................................... 65
5.3 Projeções ortogonais.......................................................................... 67
5.4 Planos de projeção.............................................................................. 68
5.5 Escolha das vistas............................................................................... 72
5.6 Projeções pelo 3º diedro..................................................................... 77
6 REPRESENTAÇÃO DE COTAGEM................................................................ 90
7 PROPORÇÕES E DIMENSÕES...................................................................... 95
8 LEGENDA......................................................................................................... 96
9 ESCALA DO DESENHO.................................................................................. 96
10 A ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO............................................................ 98
10.1 Normas................................................................................................ 98
10.1.1Normas da ABNT.............................................................................. 99
10.2 Instrumentos usados......................................................................... 101
10.1.1 Lápis e lapiseiras............................................................................ 101
10.2.2 Esquadros....................................................................................... 101
10.2.3 Compasso........................................................................................ 102
10.2.4 Escalímetro...................................................................................... 102
10.2.5 Folhas............................................................................................... 103
10.2.6 Dobragem........................................................................................ 103
11 PERSPECTIVA............................................................................................... 105
12 EXEMPLOS DE DESENHO TÉCNICO UTILIZADO NA INDÚSTRIA........... 106
13 EXERCÍCIOS.................................................................................................. 111
1. INTRODUÇÃO

A palavra geometria é composta de duas palavras gregas: geos (terra) e metron


(medida). Esta denominação deve a sua origem à necessidade que, desde os
tempos remotos, o homem necessitava medir terrenos.
Ano após ano o Rio Nilo transbordava do seu leito natural, espalhando um rico
limo sobre os campos ribeirinhos, o que constituía uma benção, a base de
existência do país dos Faraós, que na época se circunscrevia a uma estreita
faixa de terra às margens do rio. A inundação fazia desaparecer os marcos de
delimitação entre os campos. Para demarcarem novamente os limites existiam
os "puxadores de corda", os "harpedonaptas" que baseavam a sua arte
essencialmente no conhecimento de que o triângulo de lados 3, 4, 5 é
retângulo.
As construções das pirâmides e templos pelas civilizações egípcia e Babilônica
são o testemunho mais antigo de um conhecimento sistemático da Geometria.
Contudo, muitas outras civilizações antigas possuíam conhecimentos de
natureza geométrica, desde a Babilônia à China, passando pela civilização
Hindu. Os Babilônicos tinham conhecimentos matemáticos que provinham da
agrimensura e comércio e a civilização Hindu conhecia o teorema sobre o
quadrado da hipotenusa de um triângulo retângulo.
A Geometria como ciência dedutiva apenas teve início na Grécia Antiga, cerca
de sete séculos antes de Cristo, graças aos esforços de muitos notáveis
predecessores de Euclides, como Tales de Mileto (640 - 546 a.C.), Pitágoras
(580 - 500 a.C.) e Eudóxio (408 - 355 a.C.).
Platão interessou-se muito pela Geometria e ao longo do seu ensino evidenciou
a necessidade de demonstrações rigorosas, o que facilitou o trabalho de
Euclides.
Euclides (323 - 285 a.C.) deu uma grande contribuição para a Geometria
escrevendo o livro "Elementos" que é constituído por 13 volumes. Este livro
estabeleceu um método de demonstração rigorosa usado até hoje como fonte
de informações para estudos na área.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 3


2 PRINCÍPIOS GEOMETRIA

Os estudos iniciais sobre Geometria Plana estão relacionados à Grécia Antiga,


também pode ser denominada Geometria Euclidiana em homenagem a
Euclides de Alexandria (360 a.C. - 295 a.C.), grande matemático educado na
cidade de Atenas e frequentador da escola fundamentada nos princípios de
Platão.

Os princípios que levaram à elaboração da Geometria Euclidiana eram


baseados nos estudos do ponto, da reta e do plano. O ponto era considerado
um elemento que não tinha definição plausível, a reta era definida como uma
sequência infinita de pontos e o plano definido através da disposição de retas.

As definições teóricas da Geometria de Euclides estão baseadas em axiomas,


postulados, definições e teoremas que estruturam a construção de variadas
formas planas. Os polígonos são representações planas que possuem
definições, propriedades e elementos.

2.1 PRIMEIROS CONCEITOS

2.1.1 PROPRIEDADES DA GEOMETRIA


É a ciência que tem por objetivo estudar as propriedades relativas às formas e
as dimensões dos corpos.
2.1.2 DESENHO GEOMÉTRICO
É a representação gráfica das figuras geométricas. O desenho geométrico trata
das construções gráficas e da morfologia das figuras.
2.1.3 ESPAÇO
O espaço é a extensão sem limite. É indefinido e ilimitado. A simples
consideração dos objetos que nos rodeiam em relação às suas características
geométricas, tais como: a forma; a grandeza e a posição, nos revela a
existência do espaço.
2.1.4 MEDIÇÃO
É a parte da geometria que estuda a determinação dos comprimentos das
linhas, áreas e volume das figuras.
2.1.5 PONTO
O ponto é o elemento que não tem dimensão. Para representá-lo costuma-se
cruzar duas linhas.Em desenho um ponto deve sempre vir acompanhado por
uma letra, para distinguir um do outro.

2.1.6 LINHAS
A linha é a sucessão de pontos, tão unidos que chegam a se confundir em um
traço contínuo.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 4


Quando deslocamos o grafite sobre o papel representamos a imagem de uma
linha. A linha se caracteriza por uma dimensão: o comprimento.

As Linhas podem ser classificadas: Quanto a Forma, Quanto a Posição e


Quanto a Direção.
Quanto a Forma podem ser: RETA, COMPOSTA E CURVA.
Composta: Poligonal, mista e sinuosa.
Curva: Côncava e convexa
Quanto a Posição: Horizontal, Vertical e Inclinada
Quanto a Direção: Convergente, Divergente, Paralela e Perpendicular

2.1.7 LINHA RETA


A reta é a menor distância entre dois pontos. A reta contém uma infinidade de
pontos, e por um ponto podemos traçar uma infinidade de retas. A reta é infinita
em ambos os sentidos.

2.1.8 SEMI-RETA
Diz-se Semi-Reta cada uma das partes em que fica dividida uma reta por um
dos seus pontos. A Semi-Reta é infinita em apenas um sentido.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 5


2.1.9 SEGMENTO DE RETA
Uma Reta não tem origem, nem fim. Quando queremos que uma Reta possua
limite, ou seja, um segmento de reta, devemos marcar dois pontos quaisquer
que marcarão sua origem e o seu fim. O Segmento de Reta é finito.

2.1.10 ÂNGULOS
Os ângulos podem ser classificados, quanto à posição dos lados, quanto à sua
abertura e quanto à soma.

QUANTO À ABERTURA DOS LADOS


Os ângulos podem ser:
- De volta inteira = 360º
- Ângulo raso ou meia volta = 180º
- Ângulo obtuso = maior que 90º
-Ângulo reto = ângulo que possui 90º
- Ângulo agudo + menor que 90º

ÂNGULO DE VOLTA INTEIRA


A soma dos ângulos formados em torno de um ponto 0, é igual a quatro ângulos
retos.

ÂNGULO RASO OU DE MEIA VOLTA


A soma dos ângulos formados em torno de um ponto e do mesmo lado de uma
reta é igual a dois ângulos retos, ou seja, 180º.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 6


ÂNGULO OBTUSO
É qualquer ângulo maior que o ângulo de 90º.

ÂNGULO RETO
É o ângulo que possui 90º. Quando os ângulos são adjacentes iguais.

ÂNGULO AGUDO
É o ângulo cuja abrtura dos lados é menor que 90º.

2.2 CONSTRUÇÃO

2.2.1 LINHA HORIZONTAL – É aquela que segue a posição do plano das


águas paradas.

_____________________

2.2.2 LINHA VERTICAL – Dizemos que uma Reta e Vertical quando coincide
com a direção do fio de prumo.

2.2.3 LINHA INCLINADA – Dizemos que uma reta é inclinada ou oblíqua,


quando não é nem vertical, nem horizontal.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 7


2.2.4 QUANTO À DIREÇÃO
Podemos Dizer que as linhas quanto à direção podem ser:
- Paralelas
- Perpendiculares
- Convergentes
- Divergentes
Linhas paralelas: As linhas são paralelas quando conservam entre si a mesma
distância. A linhaparalela não tem nenhum ponto comum.
As linhas paralelas podem ser:
- Paralelas Verticais
- Paralelas Horizontais
- Paralelas Eqüidistantes
- Paralelas não Eqüidistantes
- Paralelas Curvas
- Paralelas Poligonais

2.2.5 LINHAS PERPENDICULARES:


Diz-se que uma reta é perpendicular a outra, se a primeira linha ou o seu
prolongamento encontrar a segunda linha, sem se inclinar sobre ela para
qualquer dos lados. As retas que possuem ponto comum são chamadas retas
concorrentes.

2.2.6 LINHAS CONVERGENTES:


São aquelas que concorrem a um mesmo ponto. Este ponto é denominado
ponto de convergência das linhas.

2.2.7 LINHAS DIVERGENTES


São linhas que partem do mesmo ponto.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 8


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 9
2.2.8 DIAGONAL
São os segmentos de retas que unem os vértices não consecutivos de um
POLÍGONO. Nafigura temos as diagonais.

2.2.9 MEDIANA
As medianas de um ângulo interno de um polígono regular encontram-se num
ponto que será o centro da figura. Ou, noutras palavras mediana é a linha que
une um vértice ao ponto médio do lado oposto.

2.2.10 APÓTEMA
Apótema de um polígono regular é a distancia do centro a um dos pontos
médios do lado oposto do POLÍGONO.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 10


2.2.11 BISSETRIZ
É o segmento de reta que divide o ângulo em duas partes iguais.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 11


.3 GEOMETRIA DESCRITIVA

Geometria Descritiva, é a ciência que tem por fim representar num plano, as
figuras do espaço, de maneira tal que, nesse plano, se possam resolver todos
os problemas relativos a essas figuras. Ela foi criada no fim do século XVIII,
pelo matemático francês Gaspar Monge.

3.1 PROJEÇÃO ORTOGONAL DE UM PONTO

A projeção ortogonal de um ponto sobre um plano, é o


pé da perpendicular baixada do ponto ao plano.

"a" é a projeção e "A" sobre o plano "M" e "Aa" é a


projetante (perpendicular)

3.2 CLASSIFICAÇÃO DAS PROJEÇÕES

Projeção Cônica

Projeção Cilíndrica ou Paralela -


Projeção Cilíndrica ou Paralela – Ortogonal
Oblíqua

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 12


3.3 ESTUDO DO PONTO

Plano Horizontal (H) e Plano Vertical (V) são


perpendiculares entre si.

Linha de Terra (XY).

Os planos são infinitos e perpendiculares, formando


quatro regiões (diedros).

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 13


Plano Horizontal Anterior (HA)

Plano Horizontal Posterior (HP)

Plano Vertical Superior (VS)

Plano Vertical Inferior (VI)

O plano vertical é rebatido (sentido anti-


horário) sobre o plano horizontal.

ÉPURA - é a representação de uma figura do


espaço pelas suas projeções (rebatimento do
plano vertical sobre o plano horizontal).

CONVENÇÕES - sendo os planos opacos,


só as figuras situadas no 1º diedro são
visíveis pelo observador ( o observador é
sempre conside- rado como estando no
primeiro diedro).

_________ linhas visíveis (contínua)

.................... linhas invisíveis (pontilhada)

- - - - - - - - - linhas de projeção (tracejada)

_._._._._._ linhas auxiliares (traço e ponto)

Cota - distância do ponto ao Plano Horizontal


(Aa).

Afastamento - distância do ponto ao Plano


Vertical (Aa`).

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 14


3.4 POSIÇÕES DO PONTO

Ponto no 1º diedro

Ponto no 2º diedro

Ponto no 3º diedro

Ponto no 4º diedro

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 15


Ponto no Plano
Vertical Superior

Ponto no Plano
Vertical Inferior

Ponto no Plano
Horizontal Superior

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 16


Ponto no Plano
Horizontal Inferior

Ponto na Linha de
Terra

3.5 PLANO BISSETOR

É o plano que divide o diedro em duas


partes iguais.

1º bissetor - corta o 1º e o 3º diedros.

2º bissetor - corta o 2º e o 4º diedros.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 17


3.6 ESTUDO DA RETA

Reta Perpendicular ao Plano - a


projeção será um ponto.

Reta Paralela ao Plano - a projeção é


igual à própria reta.

Reta Oblíqua ao Plano - a projeção é


menor que a reta.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 18


3.7 DETERMINAÇÃO DA RETA

A posição da reta é
determinada quando
conhecidas as
projeções desta nos
planos.

3.8 POSIÇÕES DA RETA

Reta Oblíqua
aos dois
planos - Reta
Qualquer

Reta Paralela
ao PH e
Oblíqua ao
PV - Reta
Horizontal

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 19


Reta Paralela
ao PV e
Oblíqua ao
PH - Reta
Frontal

Reta Paralela
aos dois
planos - Reta
Fronto-
Horizontal

Reta
Perpendicular
ao PH - Reta
Vertical

Reta
Perpendicular
ao PV - Reta
Topo

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 20


Reta
Perpendicular
à Linha de
Terra - Reta
de Perfil

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 21


4 GEOMETRIA PLANA

4.1 TRIANGULOS

Quanto aos lados.


- Equilátero
- Isósceles
- Escaleno
Quanto aos Ângulos
- Acutângulo
- Retângulo
- Obtusângulo
- Equiângulo

4.2 ELEMENTOS DO TRIANGULO

LADOS – Num triângulo qualquer, temos três lados: AB – BC – AC

VÉRTICES – Quando as linhas que formam os ângulos de um triângulo se


encontram, dão origem aos
vértices, A – B – C.

BASE – É o lado sobre o qual se imagina que o triângulo esteja assente na fig,
AB apresenta a base.

ALTURA – É a perpendicular tirada desde o vértice até a base. Portanto, a


altura é a distância de um
vértice ao lado oposto. O triângulo, portanto, tem três alturas, onde, cada uma,
corresponde a uma base,
que é o lado oposto ao vértice o qual relaciona a altura (h).

ÂNGULO – Três são os ângulos de um triângulo  – B – C

MEDIANA – É o segmento que une o ponto médio do lado, ao vértice oposto. O


triângulo possui três
medianas: M1 (AE) – M2 (BF) – M3 (CD).

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 22


MEDIATRIZ – É a perpendicular tacada pelo ponto médio de um dos lados do
triângulo.

CEVIANA – É a reta que partindo do vértice, corta o lado oposto em qualquer


ponto.

BISSETRIZ – É o segmento de reta que divide o ângulo em duas partes iguais.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 23


CATETO – É qualquer dos dois lados perpendiculares de um triângulo
retângulo.

HIPOTENUSA – Lado oposto ao ângulo reto. Na figura, reta BC é a


Hipotenusa.

CIRCUNSCENTRO – Quando determinamos as medianas de um triângulo,


estas se encontram num
ponto que eqüidistam dos três vértices. Este ponto chama-se
CIRCUNSCENTRO, e é nele que se faz
centro para inscrever um triângulo.

INCENTRO – As Bissetrizes de um triângulo se cortam sobre um ponto que é


eqüidistante dos lados.
Este ponto é o INCENTRO e serve para circunscrever os triângulos.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 24


ORTOCENTRO – É o encontro das três
alturas.

BARICENTRO – É o encontro das três MEDIANAS de um triângulo.

PERÍMETRO – É a soma dos lados de um triângulo. Ex: AB+BC+AC

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 25


4.3 FORMAS TRIANGULARES

Triângulo Equilátero
Como Executar:
- Traçar a base AB = a 5 cm
Abertura do compasso = AB, centro em A, descrever um arco. Com a mesma
abertura, centro em B, traçar outro arco que cortará o primeiro no ponto C.
- Unindo os pontos ABC, teremos o triângulo eqüilátero.
- Pelo vértice C, baixar uma perpendicular a AB (altura do triângulo). Traçar
mais duas perpendiculares aos outros lados do triângulo, determinando mais
duas alturas.
- No encontro das alturas teremos o ORTOCENTRO, ponto G.
- Unir os pontos DEF, para definir o triângulo ÓRTICO.
- Cotar o desenho e hachurar o triângulo ÓRTICO.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 26


Triângulo Isósceles
Como Executar:
- Traçar a base AB= 5,5cm
- Pelo ponto médio de AB levantar uma perpendicular, CD=5,0 cm
- Unir os pontos ABC, determinando o triângulo ISÓSCELES.
- Determinar as bissetrizes dos ângulos A e B;
- No encontro das bissetrizes, teremos o INCENTRO “G”;
- Pelo ponto G, traçar duas perpendiculares aos lados BC e AC;
- Centro em G, raio = GD,GF ou GE, inscrever a circunferência no triângulo
- Cotar e hachurar a circunferência inscrita.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 27


Triângulo Escaleno
Como Executar:
- Traçar a base AB=5,5cm
- Pela extremidade A, traçar uma linha inclinada AC com 75º (30+45º) usar os
esquadros.
- Unindo os pontos, teremos o triângulo escaleno ABC.
- Traçar a mediatriz de BC, centro em B, abertura maior que a meta de BC,
descrever dois arcos. Com a mesma abertura, centro em C, traçar outros arcos
que interceptarão os outros arcos já traçados. Unir os dois arcos, determinando,
assim a MEDIATRIZ.
- Determinar a mediatriz do lado AC;
- No encontro das mediatrizes, teremos o ponto D, que é o CIRCUNSCENTRO
do triangulo;
- Centro em D, raios DA, circunscrever a circunferência no triângulo;
- Cotar e hachurar o desenho.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 28


Triângulo Retângulo
Como Executar:
- Traçar a base AB = 5,5cm
- Pela extremidade B, levantar uma perpendicular com 5 cm.
- Unir os pontos ABC, triângulo Retângulo.
- Traçar a mediana de BC. Determinar o ponto médio de BC (ponto D). Unindo
os pontos AD, teremos a mediana pedida;
- Traçar a mediana dos lados AB e AC;
- No encontro das medianas teremos o BARICENTRO;
- Traçar um triângulo semelhante ao triângulo original. Determinar nas linhas
AD, BE e CF, pontos que devem ficar a 1/3 dos vértices do triângulo original.
- Unindo os pontos HIJ, termos um triângulo semelhante ao primeiro.
- Cotar, hachurar e dar o acabamento final.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 29


4.4 FORMAS PARALELOGRÂMICAS

Desenho do Retângulo
Como Executar:
- Traçar um quadrado ABCD. Lado = 5 cm.
- Traçar a diagonal AC;
- Centro em A, raio AC, descrever um arco que cortará o prolongamento de AB,
no ponto E;
- Levantar uma perpendicular pelo ponto E. EF = 5 cm
- Unindo os pontos AEFD, teremos o RETÂNGULO HARMÔNICO. Observe que
AE= AC. A diagonal d=L raiz quadrada onde d=5 vezes 1,41 onde d=7,05cm.
- Determinar o Apótema do quadrado ABCD. Pelo ponto médio de BC, traçar
uma perpendicular que cortará a diagonal d, no ponto H.O segmento GH é o
APÓTEMA.
- Cotar o desenho

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 30


Desenho do Rombóide
Como Executar:
- Traçar a base AB = 7 cm
- Pelas extremidades A e B, traçar linhas inclinadas com 75º.
- Unir os pontos ABCD
- Traçar as diagonais AC E BD do ROMBÒIDE
- Determinar a altura EF
- Cotar e anotar os ângulos.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 31


Desenho do Losango
Como Executar:
- Traçar as diagonais AC e BD
- Unindo os pontos ABCD, teremos o LOSANGO pedido;
- Anotar os ângulos
- Cotar o desenho

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 32


Trapézio Retângulo
Como Executar:
- Traçar a base maior AB=5,5cm;
- Pela extremidade A, levantar uma perpendicular AD=5cm;
- Pelo ponto D, traçar uma paralela a AB,marcando a base menor, CD=3cm
- Unir os pontos ABCD, determinando o TRAPÉZIO RETÂNGULO
- Traçar as diagonais AC e BD;
- Traçar a base média;
- Cotar o desenho;
- Fazer as anotações.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 33


Trapézio Isósceles
Como Executar:
- Traçar a base AB = 5,5cm
- Pelo ponto médio de AB, levantar uma perpendicular;
- Pela extremidade da altura, traçar a base menor CD = 3 cm, paralela à base
AB.
- Unindo os pontos ABCD, teremos o TRAPÉZIO ISÓSCELES.
- Traçar as diagonais AC e BD;
- Traçar a base média (metade da altura);
- No encontro das diagonais com a base média, teremos os pontos GH;
- EF = AB + CD dividido por 2 e GH = AB - CD dividido por 2;
- Cotar o desenho;
- Fazer as anotações

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 34


4.5 FORMAS IRREGULARES
Forma Dodecagonal
Como Executar:
- Traçar a Base AB =5 cm
- Levantar uma perpendicular pela extremidade, com 5 cm
- Traçar uma paralela à base =5 cm
- Definir a forma dodecagonal;
- Cotar o desenho
- Hachurar
- Fazer as anotações

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 35


Forma Octogonal
Como Executar:
- Traçar a base com 2 cm
- Levantar perpendiculares pelas extremidades;
- Definir a forma OCTOGONAL;
- Cotar o desenho;
- Hachurar
- Fazer anotações

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 36


4.6 POLÍGONO
É uma porção de superfície plana limitada por segmentos unidos
sucessivamente pelas suas extremidades.

LADOS
Chamam-se LADOS de um POLÍGONO as linhas equivalentes retas ou curvas
quecontornam a referida figura. Na figura, temos dois polígonos quaisquer,
cujos lados são: AB; BC; CD;
DE; EA; - AB;BC;CD;DE;EF;FA.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 37


VÉRTICE
São os pontos de interseção de dois lados consecutivos. Na figura, temos os
seguintes
vértices: A;B;C;D;E –A;B;C;D;E
ÂNGULOS
É a abertura dos lados.

POLÍGONOS QUANTO DIMENSÕES DOS LADOS


Os polígonos quanto às dimensões dos lados podem ser: regular; irregular;
estrelado.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 38


4.6.1 POLIGONOS REGULARES
Diz-se que um polígono é regular quando possui todos os lados e ângulos
iguais. Observe nafigura que todos os lados e todos os ângulos são iguais.

4.6.2 POLIGONOS IRREGULARES


O polígono é considerado irregular quando os seus lados e os seus ângulos são
diferentes. Estes
polígonos irregulares podem ser: CÔNCAVO ou CONVEXO.

4.6.2.1 POLIGONO IRREGULAR CONVEXO


O polígono é convexo quando qualquer dos seus lados prolongados não cortam
os lados desse polígono em outro ponto, ou, quando seccionado por uma linha
qualquer corta o polígono em dois pontos.

4.6.2.2 POLIGONO IRREGULAR CÔNCAVO


Diz-se que um polígono é côncavo, quando um dos seus lados prolongados
corta o polígono emmais de dois pontos, ou, quando seccionado por uma reta
qualquer corta este polígono em mais de dois pontos.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 39


4.6.2.3 POLIGONO ESTRELADO
É o polígono entrelaçado em que cada lado corta o mesmo número de lados
não consecutivos

4.6.2.4 POLÍGONOS QUANTO AOS ÂNGULOS

Os polígonos de acordo com o número de ângulos recebem denominações


especiais.
- TRIÂNGULO – 3 ângulos
- QUADRILÁTEROS – 4 ângulos
- PENTÁGONOS – 5 ângulos
- HEXÁGONOS – 6 ângulos
- HEPTÁGONO – 7 ângulos
- OCTÓGONOS – 8 ângulos
- ENEÁGONO – 9 ângulos
- DECÁGONO – 10 ângulos
- UNDECÁGONO – 11 ângulos
- DODECÁGONO – 12 ângulos
- PENTADECÁGONO – 15 ângulos
- ICOSÁGONO – 20 ângulos
Observação: Quando um polígono apresenta um número de ângulos diferentes
dos relacionados acima,este polígono receberá o número correspondente aos
lados acompanhado da palavra lado.

4.7 CIRCULO.

Para se desenhar uma circunferência, costuma-se utilizar-se um instrumento


chamado compasso:

Outros elementos importantes da circunferência:

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 40


4.7.1 RAIO(r) : é o segmento que une o centro a qualquer ponto da
circunferência.

4.7.2 CORDA: é um segmento que une dois pontos quaisquer da


circunferência.

4.7.3 DIÂMETRO(d): é uma corda que passa pelo centro. Pode-se observar
que o diâmetro é igual a dois raios, ou seja, d = 2.r

Quando se considera o interior da circunferência, e não apenas seu contorno,


tem-se um círculo.

4.7.4 TANGÊNCIA E CONCORDÂNCIA

tangência entre reta e circunferência:


a reta tangente a um arco de circunferência sempre vai ser perpendicular
ao raio do arco, no ponto de tangência

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 41


exercício de concordância:
desenhar um arco de circunferência que concorde com a reta r no
ponto t e passe pelo ponto p.

tangentes a uma circunferência por um ponto exterior


pelo ponto p, desenhar retas tangentes à circunferência.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 42


RETAS TANGENTES A DUAS CIRCUNFERÊNCIAS
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 43
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 44
T2T4 é a outra tangente as duas circunferência.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 45


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 46
T2T4 é a outra tangente as duas circunferências.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 47


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 48
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 49
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 50
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 51
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 52
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 53
4.8 CÁLCULO DE ÁREA

Aproveitando uma promoção de uma loja de materiais para construção, uma


família resolve trocar o piso da sala de sua residência. Sabem que a sala mede
4 metros de largura e possui um comprimento de 5,5 metros. Sabem também
que o ladrilho desejado é quadrado, com 25 cm de lado. Quantos ladrilhos
serão necessários para ladrilhar o piso da sala inteira?
Área é a denominação dada à medida de uma superfície. Na situação acima
estamos nos referindo às áreas da sala e do ladrilho.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 54


Partindo-se deste princípio, o nosso problema se resume ao cálculo
da razão entre as áreas da sala e do ladrilho.
Para que você saiba solucionar, dentre outros, o problema acima, vamos então
nos atentar ao método de cálculo da área das figuras geométricas planas mais
comuns.
De qualquer forma, no final da página você encontra a resolução detalhada do
problema acima.

4.8.1 CÁLCULO DA ÁREA DO TRIÂNGULO

Denominamos de triângulo a um polígono de três lados.


Observe a figura ao lado. A letra h representa a medida da altura do triângulo,
assim como letra b representa a medida da sua base.
A área do triângulo será metade do produto do valor da medida da base, pelo
valor da medida da altura, tal como na fórmula abaixo:

A letra S representa a área ou superfície do triângulo.

Onde l representa a medida dos lados do triângulo.


No caso do triângulo equilátero, que possui os três ângulos internos iguais,
assim como os seus três lados, podemos utilizar a seguinte fórmula:

Exemplos
A medida da base de um triângulo é de 7 cm, visto que a medida da sua altura
é de 3,5 cm, qual é a área deste triângulo?
Do enunciado temos:

Utilizando a fórmula:

A área deste triângulo é 12,25 cm2.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 55


Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. Qual é a área deste triângulo
equilátero?
Segundo o enunciado temos:

Substituindo na fórmula:

A área deste triângulo equilátero é de aproximadamente 10,8 mm 2.

4.8.2 CÁLCULO DA ÁREA DO PARALELOGRAMO

Um quadrilátero cujos lados opostos são iguais e paralelos é


denominadoparalelogramo.
Com h representando a medida da sua altura e com b representando a medida
da sua base, a área do paralelogramo pode ser obtida multiplicando-se b por h,
tal como na fórmula abaixo:

Exemplos
A medida da base de um paralelogramo é de 5,2 dm, sendo que a medida da
altura é de 1,5 dm. Qual é a área deste polígono?
Segundo o enunciado temos:

Substituindo na fórmula:

A área deste polígono é 7,8 dm2.

Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas medidas da altura e da


base são respectivamente 10 cm e 2 dm?
Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:

Substituindo na fórmula:

A medida da área deste paralelogramo é 200 cm2 ou 2 dm2.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 56


4.8.3 CÁLCULO DA ÁREA DO LOSANGO

O losango é um tipo particular de paralelogramo. Neste caso além dos lados


opostos serem paralelos, todos os quatro lados são iguais.
Se você dispuser do valor das medidas h e b, você poderá utilizar a fórmula do
paralelogramo para obter a área do losango.
Outra característica do losango é que as suas diagonais são perpendiculares.

Observe na figura à direita, que a partir das diagonais podemos dividir o


losango em quatro triângulos iguais.
Consideremos a base b como a metade da diagonal d1 e a altura h como a
metade da diagonal d2, para calcularmos a área de um destes quatro triângulos.
Bastará então que a multipliquemos por 4, para obtermos a área do losango.
Vejamos:

Realizando as devidas simplificações chegaremos à fórmula:

Exemplos
As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. Qual é a medida da sua
superfície?
Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula que envolve as diagonais,
cujos valores temos abaixo:

Utilizando na fórmula temos:

A medida da superfície deste losango é de 75 cm 2

Qual é a medida da área de um losango cuja base mede 12 cm e cuja altura


seja de 9 cm?
Neste caso, para o cálculo da área utilizaremos a fórmula do paralelogramo,
onde utilizamos a base e a altura da figura geométrica, cujos valores temos
abaixo:

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 57


Segundo a fórmula temos:

A medida da área do losango é de 108 cm2.

4.8.4 CÁLCULO DA ÁREA DO QUADRADO


Todo quadrado é também um losango, mas nem todo losango vem a ser um
quadrado, do mesmo modo que todo quadrado é um retângulo, mas nem todo
retângulo é um quadrado.
O quadrado é um losango, que além de possuir quatro lados iguais, com
diagonais perpendiculares, ainda possui todos os seus ângulos internos iguais a
90°. Observe ainda que além de perpendiculares, as diagonais também são
iguais.
Por ser o quadrado um losango e por ser o losango um paralelogramo,
podemos utilizar para o cálculo da área do quadrado, as mesmas fórmulas
utilizadas para o cálculo da área tanto do losango, quanto do paralelogramo.

Quando dispomos da medida do lado do quadrado, podemos utilizar a fórmula


do paralelogramo:

Como h e b possuem a mesma medida, podemos substituí-las por l, ficando a


fórmula então como sendo:

Quando dispomos da medida das diagonais do quadrado, podemos utilizar a


fórmula do losango:

Como ambas as diagonais são idênticas, podemos substituí-las por d,


simplificando a fórmula para:

Exemplos
A lateral da tampa quadrada de uma caixa mede 17 cm. Qual a superfície desta
tampa?

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 58


Do enunciado temos que a variável l é igual a 17:

Substituindo na fórmula temos:

Portanto a superfície da tampa desta caixa é de 289 cm 2.

A medida do lado de um quadrado é de 20 cm. Qual é a sua área?


Como o lado mede 20 cm, temos:

Substituindo na fórmula temos:

A área do quadrado é de 400 cm2.

A área de um quadrado é igual a 196 cm 2. Qual a medida do lado deste


quadrado?
Temos que S é igual a 196.

Utilizando a fórmula temos:

Como a medida do lado não pode ser negativa, temos que o lado do quadrado
mede 14 cm.

Cálculo da Área do Retângulo

Por definição o retângulo é um quadrilátero equiângulo (todo os seus ângulos


internos são iguais), cujos lados opostos são iguais.
Se todos os seus quatro lados forem iguais, teremos um tipo especial de
retângulo, chamado de quadrado.
Por ser o retângulo um paralelogramo, o cálculo da sua área é realizado da
mesma forma.
Se denominarmos as medidas dos lados de um retângulo como na figura ao
lado, teremos a seguinte fórmula:

Exemplos
Um terreno mede 5 metros de largura por 25 metros de comprimento. Qual é a
área deste terreno?
Atribuindo 5 à variável h e 25 à variável b temos:

Utilizando a fórmula:

A área deste terreno é de 125 m2.


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 59
A tampa de uma caixa de sapatos tem as dimensões 30 cm por 15 cm. Qual a
área desta tampa?
Podemos atribuir 15 à variável h e 30 à variável b:

Ao substituirmos as variáveis na fórmula teremos:

Portanto a área da tampa da caixa de sapatos é de 450 cm2.

4.8.5 CÁLCULO DA ÁREA DO CÍRCULO

A divisão do perímetro de uma circunferência, pelo seu diâmetro resultará


sempre no mesmo valor, qualquer que seja circunferência. Este valor irracional
constante é representado pela letra grega minúscula pi, grafada como:

Por ser um número irracional, o número pi possui infinitas casas decimais. Para
cálculos corriqueiros, podemos utilizar o valor 3,14159265. Para cálculos com
menos precisão, podemos utilizar 3,1416, ou até mesmo 3,14.
O perímetro de uma circunferência é obtido através da fórmula:

O cálculo da área do círculo é realizado segundo a fórmula abaixo:

Onde r representa o raio do círculo.

Exemplos
A lente de uma lupa tem 10 cm de diâmetro. Qual é a área da lente desta lupa?
Como informado no enunciado, o diâmetro da circunferência da lupa é igual a
10 cm, o que nos leva a concluir que o seu raio é igual a 5 cm, que corresponde
à metade deste valor:

Substituindo-o na fórmula:

A área da lente da lupa é de 78,54 cm2.

Um círculo tem raio de 8,52 mm. Quantos milímetros quadrados ele possui de
superfície?
Do enunciado, temos que o valor do raio r é:

Ao substituirmos valor de r na fórmula teremos:

A superfície do círculo é de 228,05 mm2.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 60


4.8.6 CÁLCULO DA ÁREA DE SETORES CIRCULARES

O cálculo da área de um setor circular pode ser realizado calculando-se a área


total do círculo e depois se montando uma regra de três, onde a área total do
círculo estará para 360°, assim como a área do setor estará para o número de
graus do setor.
Sendo S a área total do círculo, Sα a área do setor circular e α o seu número de
graus, temos:

Em radianos temos:

A partir destas sentenças podemos chegar a esta fórmula em graus:

E a esta outra em radianos:

Onde r representa o raio do círculo referente ao setor e α é o ângulo também


referente ao setor.

Exemplos
Qual é a área de um setor circular com ângulo de 30° e raio de 12 cm?
Aplicando a fórmula em graus temos:

A área do setor circular é de 37,6992 cm2.

Qual é a superfície de um setor circular com ângulo de 0,5 rad e raio de 8 mm?
Aplicando a fórmula em radianos temos:

A superfície do setor circular é de 16 mm2.

4.8.7 CÁLCULO DA ÁREA DE COROAS CIRCULARES

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 61


O cálculo da área de uma coroa circular pode ser realizado calculando-se a
área total do círculo e subtraindo-se desta, a área do círculo inscrito. Podemos
também utilizar a seguinte fórmula:

Onde R representa o raio do círculo e r representa o raio do círculo inscrito.

Exemplos
Qual é a área de uma coroa circular com raio de 20 cm e largura de 5 cm?
Se a largura é de 5 cm, significa que r = 20 - 5 = 15, substituindo na fórmula
temos:

A área da coroa circular é de 549,78 cm2.

Qual é a superfície de uma coroa circular com r = 17 e R = 34?


Aplicando a fórmula em temos:

A superfície desta coroa circular é 2723,7672.

Resolução Detalhada do Problema no Começo da Página


Para resolvermos tal problema, primeiramente vamos calcular a área da sala.
Para podermos utilizar a fórmula do cálculo da área de um retângulo, vamos
atribuir os 4 m da largura à letra h e os 5,5 m do comprimento à letra b:

Resolvendo através da fórmula:

Agora que sabemos que a sala tem uma área de 22 m2, precisamos conhecer a
área do ladrilho.
Como o ladrilho é quadrado, precisamos calcular a área de um quadrado, só
que devemos trabalhar em metros e não em centímetros, pois a área da sala
foi calculada utilizando-se medidas em metros e não medidas em centímetros.
Poderíamos ter convertido as medidas da sala em centímetros, para
trabalharmos apenas com centímetros. O importante é que utilizemos sempre
a mesma unidade (múltiplo/submúltiplo).
A transformação de 25 cm em metros é realizada dividindo-se tal medida
por 100:

Então a medida dos lados dos ladrilhos é de 0,25 m.


Se tiver dúvidas sobre como realizar tal conversão, por favor acesse a página
que trata sobre as unidades de medidas, lá você encontrará várias
informações sobre este assunto, incluindo vários exemplos e um link para uma
calculadora sobre o tema.
Voltando ao problema, como o ladrilho é quadrado, a área do ladrilho com
lado l = 0,25 é igual a:

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 62


Como dito no começo da página, a resolução do problema se resume ao
cálculo da razão entre a área da sala e a área do ladrilho.
Como a sala tem uma área de 22 m2 e o ladrilho de 0,0625 m2, temos a
seguinte razão:

Ou seja, para ladrilhar o piso da sala inteira serão necessários ladrilhos 35

4.8.8 MEDIÇÃO DE ÂNGULO

Todo circulo é dividido em 360 partes iguais, cada uma das quais se chama
GRAU. Um Graué 1/360 de um circulo completo, qualquer que seja o circulo
grande ou pequeno, visto que um grau é amedida de abertura e não depende
do raio do circulo. Qualquer ângulo pode ser medido. Para sedeterminar a
medida de um ângulo basta coincidir o centro do TRANSFERIDOR no vértice
do ângulo, e ler no LIMBO quantos graus marcados pelos lados dos ângulos.
Se estes lados forem curtos, eles serão prolongados, pois já sabemos que o
tamanho dos lados de um ângulo não altera na sua abertura.
O Grau é a unidade para se expressar a medida dos ângulos. O GRAU está
dividido em 60vpartes denominadas MINUTOS, o minuto está dividido em 60
SEGUNDOS, portanto, um ângulo que não contenha um número completo de
graus poderá ser expresso em graus e partes fracionárias do GRAU. Para
representar GRAUS, MINUTOS e SEGUNDOS existem símbolos
convencionais.
GRAU (o), MINUTO („), SEGUNDO (“). Ex: 40º 30‟ 30”. Quarenta graus trinta
minutos e trinta segundos.

É a soma dos comprimentos dos lados de um POLÍGONO.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 63


5 GEOMETRIA ESPACIAL

A Geometria espacial (euclidiana) funciona como uma ampliação da Geometria


plana (euclidiana) e trata dos métodos apropriados para o estudo de objetos
espaciais assim como a relação entre esses elementos. Os objetos primitivos
do ponto de vista espacial, são: pontos, retas, segmentos de retas, planos,
curvas, ângulos e superfícies. Os principais tipos de cálculos que podemos
realizar são: comprimentos de curvas, áreas de superfícies e volumes de
regiões sólidas. Tomaremos ponto e reta como conceitos primitivos, os quais
serão aceitos sem definição.

5.1 CONCEITOS GERAIS

Um plano é um subconjunto do espaço R3 de tal modo que quaisquer dois


pontos desse conjunto pode ser ligado por um segmento de reta inteiramente
contido no conjunto.

Um plano no espaço R3 pode ser determinado por qualquer uma das situações:

 Três pontos não colineares (não pertencentes à mesma reta);


 Um ponto e uma reta que não contem o ponto;
 Um ponto e um segmento de reta que não contem o ponto;
 Duas retas paralelas que não se sobrepõe;
 Dois segmentos de reta paralelos que não se sobrepõe;
 Duas retas concorrentes;
 Dois segmentos de reta concorrentes.

Duas retas (segmentos de reta) no espaço R3 podem ser: paralelas,


concorrentes ou reversas.

Duas retas são ditas reversas quando uma não tem interseção com a outra e
elas não são paralelas. Pode-se pensar de uma rera r desenhada no chão de
uma casa e uma reta s desenhada no teto dessa mesma casa.

Uma reta é perpendicular a um plano no espaço R3, se ela intersecta o plano


em um ponto P e todo segmento de reta contido no plano que tem P como uma
de suas extremidades é perpendicular à reta.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 64


Uma reta r é paralela a um plano no espaço R3, se existe uma
reta s inteiramente contida no plano que é paralela à reta dada.

Seja P um ponto localizado fora de um plano. A distância do ponto ao plano é


a medida do segmento de reta perpendicular ao plano em que uma extremidade
é o ponto P e a outra extremidade é o ponto que é a interseção entre o plano e
o segmento.
Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.

Planos concorrentes no espaço R3 são planos cuja interseção é uma


reta. Planos paralelos no espaço R3 são planos que não tem interseção.

Quando dois planos são concorrentes, dizemos que tais planos formam
um diedro e o ângulo formado entre estes dois planos é denominado ângulo
diedral. Para obter este ângulo diedral, basta tomar o ângulo formado por
quaisquer duas retas perpendiculares aos planos concorrentes.

Planos normais são aqueles cujo ângulo diedral é um ângulo reto (90 graus).

5.2 AS LINHAS NOS DESENHOS TÉCNICOS

Quando desenhamos apenas pela vontade ou pelo prazer de expressar o que


estamos pensando ou sentindo, traços contínuos ou uma só dimensão e
combinações de linhas estão sempre presentes.
Nesse caso, elas são inteiramente livres, ou seja, costumam fl utuar nas
superfícies, porque são guiadas tão somente por nosso sentimento.
Na construção de desenho técnico, no entanto, essa liberdade é relativa, pois
as linhas devemobedecer a normas e convenções, que determinam sua
utilização em três espessuras: grossa, média e fi na.
O quadro a seguir apresenta as situações em que se aplica cada uma dessas
espessuras.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 65


A figura mostra o uso dos diferentes tipos de linha apresentados no quadro,
através de um
desenho técnico de um móvel

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 66


5.3 PROJEÇÕES ORTOGONAIS

Ângulos Diedros
A representação de objetos tridimensionais por meio de desenhos
bidimensionais, utilizando projeções ortogonais, foi idealizada por Gaspar
Monge no século XVIII. O sistema de representação criado por Gaspar Monge
é denominado Geometria Descritiva.
Considerando os planos vertical e horizontal prolongados além de suas
interseções, como mostra a Figura 3.1, dividiremos o espaço em quatro ângulos
diedros (que tem duas faces). Os quatros ângulos são numerados no sentido
anti-horário, e denominados 1º, 2º, 3º, e 4º Diedros.

Utilizando os princípios da Geometria Descritiva, pode-se, mediante figuras


planas, representar formas espaciais utilizando os rebatimentos de qualquer um
dos quatro diedros.
Entretanto, para viabilizar o desenvolvimento industrial e facilitar o exercício
da engenharia, foi necessário normalizar uma linguagem que, a nível
internacional, simplifica o intercâmbio de informações tecnológicas.
Assim, a partir dos princípios da Geometria Descritiva, as normas de Desenho
Técnico fixaram a utilização das projeções ortogonais somente pelos 1º e 3º
diedros, criando pelas normas internacionais dois sistemas para representação
de peças:
• sistema de projeções ortogonais pelo 1º diedro
• sistema de projeções ortogonais pelo 3º diedro
O uso de um ou do outro sistema dependerá das normas adotadas por cada
país. Por exemplo, nos Estados Unidos da América (USA) é mais difundido o
uso do 3º diedro; nos países europeus é mais difundido o uso do 1º diedro.
No Brasil é mais utilizado o 1º diedro, porém, nas indústrias oriundas dos
USA, da Inglaterra e do Japão, poderão aparecer desenhos representados no
3º diedro.
Como as normas internacionais convencionaram, para o desenho técnico, o
uso dos 1º e 3º diedros é importante a familiarização com os dois sistemas de

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 67


representação.
A interpretação errônea de um desenho técnico poderá causar grandes
prejuízos.

5.4 PLANOS DE PROJEÇÃO

As projeções feitas em qualquer plano do 1º diedro seguem um princípio básico


que determina que o objeto a ser representado deverá estar entre o observador
e o plano de projeção, conforme mostra a figura abaixo:

A partir daí, considerando o objeto imóvel no espaço, o observador pode vê- lo


por seis direções diferentes, obtendo seis vistas da peça.

A figura a seguir mostra a peça circundada pelos seis planos principais, que
posteriormente são rebatidos de modo a se transformarem em um único plano.

Cada face se movimenta 90º em relação à outra.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 68


A projeção que aparece no plano 1(Plano vertical de origem do 1º diedro) é
sempre chamada de vista de frente.

Em relação à posição da vista de frente, aplicando o princípio básico do 1º


diedro, nos outros planos de projeção resultam nas seguintes vistas:

• Plano 1 – Vista de Frente ou Elevação – mostra a projeção frontal do objeto.

• Plano 2 – Vista Superior ou Planta – mostra a projeção do objeto visto por


cima.

• Plano 3 – Vista Lateral Esquerda ou Perfil – mostra o objeto visto pelo lado
esquerdo.

• Plano 4 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.

• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.

• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

A padronização dos sentidos de rebatimentos dos planos de projeção garante


que no 1º diedro as vistas sempre terão as mesmas posições relativas.

Ou seja, os rebatimentos normalizados para o 1º diedro mantêm,em relação à


vista de frente, as seguintes posições:

• a vista de cima fica em baixo; • a vista de baixo fica em cima;

• a vista da esquerda fica à direita;

• a vista da direita fica à esquerda.

Talvez o entendimento fique mais simples, raciocinando-se com o tombamento


do objeto.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 69


O resultado será o mesmo se for dado ao objeto o mesmo rebatimento dado
aos planos de projeção.

A figura abaixo mostra as 6 vistas de uma peça no 1º diedro.

Observe que não são colocados os nomes das vistas, bem como não aparecem
as linhas de limite dos planos de projeções.

É importante olhar para o desenho sabendo que as vistas, apesar de serem


desenhos bidimensionais, representam o mesmo objeto visto por diversas
posições.

Com a consciência de que em cada vista existe uma terceira dimensão


escondida pela projeção ortogonal; partindo da posição definida pela vista de
frente e sabendo a disposição final convencionada para as outras vistas, é
possível entender os tombos (rebatimentos) efetuados no objeto.

Outra conseqüência da forma normalizada para obtenção das vistas principais


do 1º diedro é que as vistas são alinhadas horizontalmente e verticalmente.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 70


Para facilitar a elaboração de esboços, como as distâncias entre as vistas
devem ser visualmente iguais, pode-se relacionar as dimensões do objeto nas
diversas vistas, conforme mostra a figura.

• Verticalmente relacionam se as dimensões de comprimento, • Horizontalmente


relacionam-se as dimensões de altura,

• Os arcos transferem as dimensões de largura.

Exemplo:

Exercícios

Desenhar as 6 vistas principais das peças abaixo no 1º diedro:

Dificilmente será necessário fazer seis vistas para representar qualquer objeto.

Porém, quaisquer que sejam as vistas utilizadas, as suas posições relativas


obedecerão às disposições definidas pelas vistas principais.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 71


Na maioria dos casos, o conjunto formado pelas vistas de frente, vista superior
e uma das vistas laterais é suficiente para representar, com perfeição, o objeto
desenhado.

5.5 ESCOLHA DAS VISTAS

No 1º diedro é mais difundido o uso da vista lateral esquerda, resultando no


conjunto preferencial composto pelas vistas de frente, superior e lateral
esquerda, que também são chamadas, respectivamente, de elevação, planta e
perfil, como mostradas na figura.

Na prática, devido à simplicidade de forma da maioria das peças que compõem


as máquinas e equipamentos, são utilizadas somente duas vistas. 19

Escolha das Vistas

Em alguns casos, com auxílio de símbolos convencionais, é possível definir a


forma da peça desenhada com uma única vista.

Não importa o número de vistas utilizadas, o que importa é que o desenho


fique claro e objetivo.

O desenho de qualquer peça, em hipótese alguma, pode dar margem a dupla


interpretação.

O ponto de partida para determinar as vistas necessárias é escolher o lado da


peça que será considerado como frente.

Normalmente, considerando a peça em sua posição de trabalho ou de


equilíbrio, toma-se como frente o lado que melhor define a forma da peça.

Quando dois lados definem bem a forma da peça, escolhese o de maior


comprimento.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 72


Feita a vista de frente faz-se tantos rebatimentos quantos forem necessários
para definir a forma da peça.

Na figura a seguir, considerando como frente a direção indicada, as três vistas


preferenciais do 1º diedro são suficientes para representar o objeto.

Observe no conjunto de seis vistas que as outras três vistas, além de


apresentarem partes ocultas, são desnecessárias na definição da forma do
objeto.

Na figura abaixo, considerando a frente indicada no objeto, o conjunto formado


pelas vistas de frente, superior e lateral direita é o que melhor representa a
peça.

Na vista lateral esquerda aparecem linhas tracejadas, que devem ser evitadas.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 73


Quando a vista de frente for uma figura simétrica, conforme mostra a ilustração
abaixo, teoricamente poderia utilizar qualquer uma das vistas laterais, porém
deve-se utilizar a vista lateral esquerda para compor o conjunto das vistas
preferenciais.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 74


É preciso ter muito cuidado com a escolha das vistas, porque o uso de vistas
inadequadas pode levar a soluções desastrosas.

A figura à esquerda mostra que as duas vistas escolhidas podem representar


qualquer uma das peças mostradas na figura a direta, se considerarmos os
sentidos de observação indicados no paralelepípedo.

Ainda que pareça que o problema está resolvido, a solução pode ser enganosa
como é mostrado na imagem.

As duas vistas escolhidas (a) podem corresponder a qualquer uma das quatro
peças mostradas na figura a esquerda (b).

As vistas precisam ser escolhidas de modo que o desenho defina fielmente a


forma da peça e que, em hipótese nenhuma, dê margem a dupla interpretação.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 75


Exemplo 1

Exemplo 2:

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 76


Exercícios

Dadas as perspectivas faça o esboço das três vistas que melhor representam
as peças:

5.6 PROJEÇÕES PELO 3º DIEDRO

Assim como no 1° diedro, qualquer projeção do 3º diedro também segue um


princípio básico.

Para fazer qualquer projeção no 3º diedro, o plano de projeção deverá estar


posicionado entre o observador e o objeto, conforme mostra a figura ao lado

O plano de projeção precisa ser transparente (como uma placa de vidro) e o


observador, por trás do plano de projeção, puxa as projetantes do objeto para o
plano.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 77


As vistas principais são obtidas em seis planos perpendiculares entre si e
paralelos dois a dois, como se fosse uma caixa de vidro e, posteriormente,
rebatidos de modo a formarem um único plano.

A figura a seguir mostra os rebatimentos dos planos que compõem a caixa de


vidro, onde cada plano se movimenta 90º em relação ao outro.

Da mesma forma que no 1° diedro, a projeção que é representada no plano 1


corresponde ao lado da frente da peça.

Deste modo, considerando o princípio básico e os rebatimentos dados aos


planos de projeção, têm-se as seguintes posições relativas das vistas:

• Plano 1 – Vista de Frente – mostra a projeção frontal do objeto.

• Plano 2 – Vista Superior – mostra a projeção do objeto visto por cima.

• Plano 3 – Vista Lateral Direita – mostra o objeto visto pelo lado direito.

• Plano 4 – Vista Lateral Esquerda – mostra o objeto visto pelo lado esquerdo

• Plano 5 – Vista Inferior – mostra o objeto sendo visto pelo lado de baixo.

• Plano 6 – Vista Posterior – mostra o objeto sendo visto por trás.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 78


A ilustração abaixo mostra as vistas principais resultantes das projeções na
caixa de vidro e também os tombamentos que devem ser dados à peça para
obter o mesmo resultado.

No 3° diedro as vistas mais utilizadas, que acabam se constituindo nas vistas


preferenciais, são o conjunto formado pelas vistas de frente, superior e lateral
direita.

A figura a seguir mostra as vistas principais e as vistas preferenciais do 3º


diedro.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 79


Exemplo: analise as projeções das peças abaixo e procure entender os
rebatimentos convencionados para o 3° diedro.

Exemplo: analise as projeções das peças abaixo e procure entender os


rebatimentos convencionados para o 3° diedro.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 80


Exercícios

Tome como vistas de frente as direções indicadas e, analisando


cuidadosamente os rebatimentos, faça o esboço das seis vistas principais de
cada peça dada.

Comparação entre as Projeções dos Diedros.

Visando facilitar o estudo e o entendimento dos dois sistemas de projeções


ortogonais, normalizados como linguagem gráfica para o desenho técnico,
serão realçadas as diferenças e as coincidências existentes entre o 1º e o 3º
diedros a seguir.

Quanto à vista de Frente

• Tanto no 1° como no 3° diedro, deve-se escolher como frente o lado que


melhor representa a forma da peça, respeitando sua posição de trabalho ou de
equilíbrio.

Quanto às Posições relativas das vistas

• A figura do próximo slide mostra as vistas principais do 1° e do 3° diedros.


Para facilitar a comparação, nos dois casos, a vista de frente corresponde ao
mesmo lado do objeto.

• Como é mantida a mesma frente, conseqüentemente, todas as outras vistas


são iguais, modificando somente as suas posições relativas.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 81


Comparação entre as Projeções dos Diedros

Comparação entre as Projeções dos Diedros.

As figuras abaixo fazem a comparação dos sentidos dos rebatimentos dos


planos de projeções.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 82


As figuras abaixo fazem a comparação dos sentidos dos tombamentos do
objeto.

Observe que no 1º diedro, olha-se a peça por um lado e desenha-se o que se


está vendo do outro lado, enquanto no terceiro diedro, o que se está vendo é
desenhado no próprio lado donde se está olhando a peça.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 83


Não se pode esquecer que cada projeção ortogonal representa o objeto em
uma determinada posição e, assim sendo, no 1º diedro qualquer projeção
ortogonal corresponde àquilo que é visto pelo outro lado da projeção que estiver
ao seu lado.

Da mesma forma, no 3º diedro qualquer projeção ortogonal corresponde àquilo


que é visto na direção da projeção que estiver ao seu lado.

Vistas superior e inferior:

VISTAS LATERAIS:

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 84


.

Exemplo: A Figura mostra as vistas principais no 1° e no 3° diedros obtidas a


partir da mesma vista de frente (direção indicada na perspectiva).

De acordo com as normas internacionais, na execução de desenhos técnicos,


pode-se utilizar tanto o 1º como o 3° diedros.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 85


Para facilitar a interpretação do desenho é recomendado que se faça a
indicação do diedro utilizado na representação.

A indicação pode ser feita escrevendo o nome do diedro utilizado, como


mostrado no próximo slide ou utilizando os símbolos abaixo:

Comparação entre as Projeções dos Diedros.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 86


Exemplos

No desenho seguinte são dadas as vistas principais no 1º e no 3º diedros.

Analise as projeções das superfícies que compõem a peça procurando


entender os seus rebatimentos.

Exemplos

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 87


Exemplos

Os desenhos seguintes mostram as três vistas que melhor representam a peça


(conjunto de vistas que têm o menor número possível de arestas invisíveis),
mantendo a mesma vista de frente tanto no 1º como no 3º diedros.

Observe que, para manter a mesma vista de frente nos dois diedros, foi
necessário fugir das vistas preferenciais em um deles.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 88


Ou seja, aplicando o princípio básico em seis planos circundando a peça,
obtemos, de acordo com as normas internacionais, as vistas principais no 1º
diedro.

Para serem denominadas vistas principais, as projeções têm de ser obtidas em


planos perpendiculares entre si e paralelos dois a dois, formando uma caixa.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 89


6 REPRESENTAÇÃO DE COTAGEM
Para cada tipo de cotagem, também existem convenções específicas. Vejamos,
a seguir,
alguns exemplos.

Círculos grandes

Círculos pequenos

Peças cilíndricas

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 90


Raios pequenos

Raios médios

Seção quadrada

Furo quadrado

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 91


Peças esféricas

Ângulos

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 92


Peças simétricas

Espaços reduzidos

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 93


Peça com furos

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 94


7 PROPORÇÕES E DIMENSÕES
É fundamental que um móvel ou qualquer outra peça a ser construída seja
funcional, ofereça conforto e, sobretudo, atenda as fi nalidades a que se
destina. Por isso, as informações do tipo“proporções” e “dimensões” são
importantes e devem constar no desenho técnico, de acordo com as normas e
convenções estabelecidas na área da marcenaria, conforme veremos nos
exemplos a seguir.

Peças simétricas (meia vista)


Pode-se desenhar somente um dos lados de uma peça simétrica, no qual a
linhade eixo indicará a simetria. Pode-se usar esta representação para uma
peça com dois lados iguais (desenhando a metade) e quatro lados iguais
(desenhando a quarta parte), conforme figuras abaixo.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 95


8 LEGENDA

A legenda não informa somente detalhes do desenho, mas também o nome da


empresa, dos projetistas, data, logomarca, arquivo, etc. É na legenda que o
projetista assina seu projeto e marca revisões. Em folhas grandes, quando se
dobra o desenho, a legenda sempre deve estar visível, para facilitar a procura
em
arquivo sem necessidade de desdobrá-lo.
Figura

9 ESCALA DO DESENHO
Sua função é reduzir ou ampliar o dimensionamento do móvel, devendo ser
indicada na legenda
ou no detalhe, quando o último não for desenhado em escala natural.
Vejamos a seguir os tipos de escala utilizados e alguns exemplos de sua
aplicação:
• Escala natural: 1:1
• Escala de redução: 1:2, 1:2,5, 1:5, 1:10, 1:20, 1:25, 1:50, 1:100
• Escala de ampliação: 2:1, 5:1, 10:11

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 96


Escala natural 1:1

Escala de redução 1:2

Escala de ampliação 2:1

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 97


10 A ORIGEM DO DESENHO TÉCNICO

A representação de objetos tridimensionais em superfícies bidimensionais


evoluiu gradualmente através dos tempos. Conforme histórico feito por
HOELSCHER, SPRINGER E DOBROVOLNY (1978) um dos exemplos mais
antigos do uso de planta e elevação está incluído no álbum de desenhos na
Livraria do Vaticano desenhado por Giuliano de Sangalo no ano de 1490.
No século XVII, por patriotismo e visando facilitar as construções de
fortificações, o matemático francês Gaspar Monge, que além de sábio era
dotado de extraordinária habilidade como desenhista, criou, utilizando projeções
ortogonais, um sistema com correspondência biunívoca entre os elementos do
plano e do espaço.
O sistema criado por Gaspar Monge, publicado em 1795 com o título
“Geometrie Descriptive” é a base da linguagem utilizada pelo Desenho
Técnico.
No século XIX, com a explosão mundial do desenvolvimento industrial, foi
necessário normalizar a forma de utilização da Geometria Descritiva para
transformá-la numa linguagem gráfica que, a nível internacional, simplificasse a
comunicação e viabilizasse o intercâmbio de informações tecnológicas.
Desta forma, a Comissão Técnica TC 10 da International Organization for
Standardization – ISO normalizou a forma de utilização da Geometria Descritiva
como linguagem gráfica da engenharia e da arquitetura, chamando-a de
Desenho Técnico.
Nos dias de hoje a expressão “desenho técnico” representa todos os tipos de
desenhos utilizados pela engenharia incorporando também os desenhos não-
projetivos (gráficos, diagramas, fluxogramas etc.).

10.1 NORMAS

São guias para a padronização de procedimentos. Dependendo do âmbito de


seu projeto, você pode encontrar normas internacionais, nacionais e internas de
suaempresa, que buscam padronizar os desenhos.
Antes de mais nada, Normas não são leis – o profissional pode não se prender
atodos os aspectos da norma, desde que justifique e se responsabilize por isso.
Nocaso do desenho técnico, não teremos normas que comprometam
diretamente asegurança pessoal, porém procura-se sempre manter um padrão.
As seguintes normas se aplicam diretamente ao desenho técnico no Brasil:
NBR 10067 – Princípios Gerais de Representação em Desenho Técnico
NBR 10126 – Cotagem em Desenho Técnico
Sendo complementadas pelas seguintes normas:
NBR 8402 – Execução de Caracteres para Escrita em Desenhos Técnicos
NBR 8403 – Aplicação de Linhas em Desenho Técnico
NBR 12296 – Representação de Área de Corte por Meio de Hachuras em
Desenho Técnico
Outras normas podem ser utilizadas para desenhos específicos: arquitetura,
elétrica, hidráulica...

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 98


10.1.1 Normas da ABNT
A execução de desenhos técnicos é inteiramente normalizada pela ABNT. Os
procedimentos para execução de desenhos técnicos aparecem em normas
gerais
que abordam desde a denominação e classificação dos desenhos até as formas
de representação gráfica, como é o caso da NBR 5984 – NORMA GERAL DE
DESENHO TÉCNICO (Antiga NB 8) e da NBR 6402 – EXECUÇÃO DE
DESENHOS TÉCNICOS DE MÁQUINAS E ESTRUTURAS METÁLICAS
(Antiga NB 13), bem como em normas específicas que tratam os assuntos
separadamente, conforme os exemplos seguintes:
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL, cujo objetivo é definir
os termos empregados em desenho técnico. A norma define os tipos de
desenho quanto aos seus aspectos geométricos (Desenho Projetivo e Não-
Projetivo), quanto ao grau de elaboração (Esboço, Desenho Preliminar e
Definitivo), quanto ao grau de pormenorização (Desenho de Detalhes e
Conjuntos) e quanto à técnica de execução (À mão livre ou utilizando
computador)
• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES, cujo objetivo
é padronizar as dimensões das folhas utilizadas na execução de desenhos
técnicos e definir seu lay-out com suas respectivas margens e legenda.

As folhas podem ser utilizadas tanto na


posição vertical como na posição horizontal,
conforme mostra a Figura 1.2.
Os tamanhos das folhas seguem os
Formatos da série “A”, e o desenho deve ser
executado no menor formato possível, desde
que não comprometa a sua interpretação.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 99


Os formatos da série “A” têm como base o formato A0, cujas
dimensões guardam entre si a mesma relação que existe entre o lado de um
quadrado e sua diagonal (841 2 =1189), e que corresponde a um retângulo
de área igual a 1 m2.
Havendo necessidade de utilizar formatos fora dos padrões mostrados
na tabela 1, é recomendada a utilização de folhas com dimensões de
comprimentos ou larguras correspondentes a múltiplos ou a submúltiplos dos
citados padrões.
A legenda deve conter todos os dados para identificação do desenho
(número, origem, título, executor etc.) e sempre estará situada no canto
inferior direito da folha.
• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO,
que normaliza a distribuição do espaço da folha de desenho, definindo a área
para texto, o espaço para desenho etc.. Como regra geral deve-se organizar
os desenhos distribuídos na folha, de modo a ocupar toda a área, e organizar
os textos acima da legenda junto à margem direita, ou à esquerda da legenda
logo acima da margem inferior.
• NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS, que fixa
a forma de dobramento de todos os formatos de folhas de desenho: para
facilitar a fixação em pastas, eles são dobrados até as dimensões do formato
A4.
• NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM
DESENHOS TÉCNICOS que, visando à uniformidade e à legibilidade para
evitar prejuízos na clareza do desenho e evitar a possibilidade de
interpretações erradas, fixou as características de escrita em desenhos
técnicos.
Neste livro, além das normas citadas acima, como exemplos, os assuntos
abordados nos capítulos seguintes estarão em consonância com as seguintes
normas da ABNT:
• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE LINHAS
– LARGURAS DAS LINHAS
• NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO
TÉCNICO
• NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS
• NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE
HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO
• NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
• NBR8404 – INDICAÇÃO DO ESTADO DE SUPERFÍCIE EM DESENHOS
TÉCNICOS
• NBR 6158 – SISTEMA DE TOLERÂNCIAS E AJUSTES
• NBR 8993 – REPRESENTAÇÃO CONVENCIONAL DE PARTES ROSCADAS
EM DESENHO TÉCNICO
Existem normas que regulam a elaboração dos desenhos e têm a finalidade
de atender a uma determinada modalidade de engenharia. Como exemplo,
pode-se citar: a NBR 6409, que normaliza a execução dos desenhos de
eletrônica; a NBR7191, que normaliza a execução de desenhos para obras de
concreto simples ou armado; NBR 11534, que normaliza a representação de
engrenagens em desenho técnico.
Uma consulta aos catálogos da ABNTmostrará muitas outras normas

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 100


vinculadas à execução de algum tipo ou alguma especificidade de desenho
técnico.

10.2 INSTRUMENTOS USADOS

10.2.1 LÁPIS E LAPISEIRAS


Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura permite pontas
finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais macia cria traços mais escuros,
mas as pontas serào rombudas.
Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e traços finos, e
uma grafite HB ou B para traços fortes. O tipo de grafite dependerá da
preferência pessoal de cada um.
Os lápis devem estar sempre apontados, de preferência com estilete. Para
lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro 0,5 ou 0,3 mm.

10.2.2 ESQUADROS
São usados em pares: um de 45o e outro de 30o / 60o. A combinação de
ambos permite obter vários ângulos comuns nos desenhos, bem como traçar
retas paralelas e perpendiculares.
Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o segundo
esquadro através do papel. Ceaso o segundo esquadro chegue na ponta do
primeiro, segure o segundo esquadro e ajuste o primeiro para continuar o
traçado.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 101


Exercício
Utilize ambos os esquadros para traçar uma “estrela” de retas:, usando os
seguintes ângulos: 0o , 15o , 30o, 45o, 60o, 75o , 90o, 105o, 120o, 135o, 150o,
165o, 180o.

10.2.3 COMPASSO
Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O compasso
tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com grafite, com alguns
modelos com cabeças intercambiáveis para canetas de nanquim ou tira-linhas.
Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o compasso,
caso contrário o instrumento está descalibrado. A ponta de grafite deve ser
apontada em “bizel”, feita com o auxílio de uma lixa.
Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas, que pode ser útil
para grandes circunferências. Alguns modelos possuem extensores para traçar
circunferências ainda maiores.
Existem ainda compassos específicos, como o de pontas secas (usado
somentepara transportar medidas), compassos de mola (para pequenas
circunferências),compasso bomba (para circunferências minúsculas) e
compasso de redução(usado para converter escalas).

10.2.4 ESCALÍMETRO
Conjunto de réguas com várias escalas usadas em engenharia. Seu uso elimina
ouso de cálculos para converter medidas, reduzindo o tempo de execução
doprojeto.
O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com escalas típicas de
arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125. A escala 1:100 corresponde a
1 m = 1 cm, e pode ser usado como uma régua comum (1:1). O uso de escalas
será explicado mais adiante.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 102


10.2.5 FOLHAS
O formato usado é o baseado na norma NBR 10068, denominado A0 (A-zero).
Trata-se de uma folha com 1 m2, cujas proporções da altura e largura são de

1: 2 . Todos os formatos seguintes são proporcionais: o formato A1 tem metade


da área do formato A0, etc.
Obtém-se então os seguintes tamanhos:

Cabe ao desenhista escolher o formato adequado, no qual o desenho será visto


com clareza.
Todos os formatos devem possuir margens: 25 mm no lado esquerdo, 10 mm
nos outros lados (formatos A0 e A1) ou 7 mm (formatos A2, A3 e A4). Também
costuma-se desenhar a legenda no canto inferior direito.

10.2.6 DOBRAGEM
Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma recomendada de
dobragem. Esta forma visa que o desenho seja armazenado em uma pasta, que
possa ser consultada com facilidade sem necessidade de retirá-la da pasta, e
que a legenda estaja visível com o desenho dobrado.
As ilustrações abaixo mostram a ordem das dobras. Primeiro dobra-se na
horizontal (em “sanfona”), depois na vertical (para trás), terminando a dobra
com a parte da legenda na frente. A dobra no canto superior esquerdo é para
evitar de furar a folha na dobra traseira, possibilitando desdobrar o desenho
sem retirar do arquivo.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 103


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 104
11. PERSPECTIVA
Quando olhamos para um objeto, temos a sensação de profundidade e relevo.
As partes que estão mais próximas de nós parecem maiores e as partes mais
distantes aparentam ser menores.
A fotografia mostra um objeto do mesmo modo como ele é visto
pelo olho humano, pois transmite a idéia de três dimensões:
comprimento, largura e altura.
O desenho, para transmitir essa mesma idéia, precisa recorrer a
um modo especial de representação gráfica: a perspectiva. Ela
representa graficamente as três dimensões de um objeto em um
único plano, de maneira a transmitir a idéia de profundidade e
relevo.
Existem diferentes tipos de perspectiva. Veja como fica a representação de um
cubo em três tipos diferentes de perspectiva:

perspectiva cônica perspectiva cavaleira perspectiva isométrica


Cada tipo de perspectiva mostra o objeto de um jeito. Comparando
as três formas de representação, você pode notar que a perspectiva isométrica
é a que dá a idéia menos deformada do objeto.
Iso quer dizer mesma; métrica quer dizer medida. A perspectiva
isométrica mantém as mesmas proporções do comprimento, da
largura e da altura do objeto representado. Além disso, o traçado 29
da perspectiva isométrica é relativamente simples.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 105


12 EXEMPLO DE DESENHO TÉCNICO UTILIZADO NA INDÚSTRIA.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 106


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 107
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 108
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 109
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 110
13. EXERCICIOS
1.EXECUTE OS DESENHOS ABAIXO.

A. Desenhe linhas paralelas formando ângulos de 30°, 45° e 60° com uma reta
s horizontal utilizando o par de esquadros;
B. Desenhe linhas perpendiculares passando por um ponto A utilizando o par
de esquadros;
C. Desenhe uma circunferência de raio r = 5,0 cm. Com o auxílio do par de
esquadros, faça a representação dos ângulos 90°, 180°, 270° e 360°;
D. Com o auxílio do transferidor, represente os seguintes ângulos: 38°, 110°,
255° e302°;
E. Desenhe as circunferências de raios 1, 3, 5 e 6 centímetros a partir de um
mesmo ponto A;
F. Desenhe uma circunferência de raio r = 5,0 cm. Após, divida-a em 8 partes
iguais com o uso do esquadro de 45°;
G. Desenhe uma circunferência de raio r = 4,0 cm. Após, divida-a em 12 partes
iguais com o uso do esquadro de 30°/60°;
H. Desenhe uma circunferência de raio r = 4,0 cm. Após, divida-a em 24 partes
iguais com o uso dos esquadros de 45° e 30°/60°;
I. Utilizar o par de esquadros para traçar os seguintes ângulos com uma reta s
horizontal a partir de um ponto A: 0° - 15° - 30° - 45° - 60° - 75° - 90° - 105° -
120°- 135° - 150° - 165° - 180°;J. Considerando dois segmentos de reta – s e t
– que se interceptam no ponto A
formando entre si um ângulo α=45°, traçar a reta bissetriz passando por A e que
divide o ângulo α em duas partes iguais;
K. Considerando a reta s existente, traçar a reta t perpendicular a s com o uso
docompasso. Duas retas s e t são perpendiculares se formarem ângulos retos
(90°) entre si;
L. Considerando a reta s existente e o ponto A pertencente a s traçar com o
auxílio do compasso a reta perpendicular t passando por A;
M. Considerando um segmento de reta AB, determine sua mediatriz (Divisão
aomeio de um segmento de reta);
N. Dividir um segmento de reta AB em três pa

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 111


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 112
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 113
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 114
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 115
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 116
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 117
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 118
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 119
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 120
Carpintaria – Desenho Técnico Básico 121
2.CALCULE A ÁREA.

1. Qual é o comprimento da circunferência de raio igual a:

a.r=5cm b.r=3,5cm c.r=3kcm d.r=a/2cm

2. Uma roda gigante tem 8 metros de raio. Quanto percorrerá


uma pessoa na roda gigante em 6 voltas?

3. Calcular o raio de uma roda gigante que em 6 voltas


percorre uma distância de 66 metros.

4. Dado um quadrado de perímetro 4L, obter: (a) O raio


da circunferência inscrita neste quadrado. e (b) O raio da
circunferência circunscrita ao quadrado.

5. No R², uma circunferência tem centro no ponto (2,1) e


passa pelo ponto (5,-3). Qual é o comprimento da
circunferência?

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 122


6. Calcular a área do círculo conhecendo-se o raio r ou o
diâmetro d.

a.r=3cm b.d=3kR[2]cm c.r=2R[3]cm d.d=9cm

7. Calcular a área da região limitada por duas


circunferências concêntricas, uma com raio 10 cm e a
outra com raio 6 cm.

8. Se os perímetros de dois círculos são proporcionais à razão


2:3, qual é a razão entre as áreas desses círculos?

9. Qual é a área do círculo circunscrito em um triângulo


equilátero cujo lado mede 18 cm?

10. Se a razão entre as áreas de dois círculos é 3:1, qual é


a área do círculo menor se a área do círculo maior é
27pi cm²?

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 123


11. Um jardim de formato circular com 6 metros de raio
tem a metade de sua área removida para reduzir as
despesas. Para isto foi cortada uma borda de largura
uniforme em toda a sua volta. Qual é a largura desta borda?

12. Um triângulo equilátero de perímetro igual a 18 cm


está inscrito em uma circunferência. Calcular a área da
região externa ao triângulo que está dentro da
circunferência.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 124


RESPOSTAS.
1.
 raio= 5 cm, comprimento = 10 pi cm
 raio= 7/2 cm, comprimento = 7 pi cm
 raio= 3k cm, comprimento = 6k pi cm
 raio= a/2 cm, comprimento = a pi cm

2.
96 pi metro

3.
5,5 pi metros

4.
(a) O lado do quadado mede L e o raio da circunferência
inscrita é a metade do lado, isto é r=L/2.
(b) O raio da circunferência circunscrita é a metade da
diagonal do quadrado de lado L;
r²=2(L/2)²=L²/2
r=L R[2]/2

5.
O raio da circunferência é a distância entre o centro (2,1)
e o ponto (5,-3). Pelo teorema de Pitágoras temos:
r²=(5-2)²+(-3-1)²=9+16=25
r=5
O comprimento da circunferência é 2×5×pi=10 pi
unidades

6.
 r=3 cm, A=9 pi cm²
 d=3k R[2] cm, A=½×9×k² pi cm²
 r=2R[3] cm, A=12 pi cm²
 d=a/2 cm, A=81/4 pi cm²

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 125


7.
Na figura a região está pintada de verde e sua área é a
área do círculo maior menos a área do círculo menor.
Área=pi(R²-r²)=pi(100-36)=64 pi cm²

8.
4:9

9.
Na figura ao lado, seja a o apótema, r o raio e h a altura
do triângulo então, h=a+r.
18²=h²+9²
h=R[324-81]=R[243]=9 R[3]
Por outro lado, r²=9²+(h-r)²=81+h²-2hr+r²
81+243-2×9 R[3]×r=0
r=18/R[3]
Área do círculo = pi×r²=108 pi cm²

10.
Área 3cm²

11.
Largura : (6 – 3 R[2]) metros

12.
A área da região é a área do círculo menos a área do
triângulo (região rosa). Se a é o apótema, r é o raio e h é
a altura do triângulo, então h=a+r. Assim: 6²=h²+3²
h=R[36-9]=R[27]=3 R[3]
r²=3²+(h-r)²
9+27-2×3×R[3]×r=0
r=6/R[3]
Área do círculo = pi r²=12 pi cm²
Área do triângulo = 6×h/2=6.3 R[3]/2 = 9 R[3] cm²
Área do círculo - Área do triângulo = (12 pi - 9 R[3]) cm²

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 126


3. EXECUTE OS DESENHOS E AS COTAS ABAIXO.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 127


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 128
4 RELACIONE OS DESENHO ABAIXO

Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, e coloque os
números correspondentes

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 129


Procure nos desenhos abaixo as vistas que se relacionam entre si, e coloque os
números correspondentes

Dadas as projeções ortogonais, identifique os diedros utilizados nos


desenhos.

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 130


5. DESENHE AS VISTAS ORTOGONAIS.

EXERCÍCIOS: Peças em Perspectiva para obtenção das Vistas Ortogonais

Carpintaria – Desenho Técnico Básico 131


Carpintaria – Desenho Técnico Básico 132

Potrebbero piacerti anche