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O cristianismo e o judaísmo por causa de sua forte conexão com a Bíblia Sagrada são
consideradas religiões do livro, ou seja, a legitimidade histórica de suas crenças estão
intimamente ligadas à veracidade de uma Escritura Sagrada que permeia seus
ensinamentos. Sendo assim, uma busca religiosa por qualquer ensinamento bíblico não
pode prescindir do conhecimento acerca da produção desse livro ou seja, quando e
como esse precioso livro foi escrito? Como se originaram suas histórias? Quem as
colecionou e preservou?
É claro que não foi apenas uma pessoa que escreveu a Bíblia, nem Moisés, nem Abraão,
Paulo ou até mesmo Jesus foi o autor responsável por todo o seu conteúdo. Antes, a
Bíblia é o resultado de uma produção literária que envolveu várias pessoas ao longo de
muitos anos. Foram ao todo cerca de 1500 anos de redação envolvendo dezenas de
autores consagrados e inspirados por Deus.
Pode parecer incrível, mas os historiadores acreditam que a escrita foi inventada quatro
vezes, quase que simultaneamente! Por volta de 4000 a.C., (uma data hipotética e
convencional) China, Egito, Mesopotâmia e povos da América Central começaram a
desenvolver os primeiros sistemas para registrar a comunicação. Para quem acredita no
relato bíblico, esse fenômeno da escrita deve ter se iniciado nalgum momento logo após
o dilúvio.
Ainda que o momento exato da criação da escrita seja um assunto complexo, podemos
afirmar que esta foi a maior invenção do homem juntamente com a invenção da roda,
dos números e da matemática. Sem os antigos e atuais sistemas de escrita, jamais
teríamos evoluído como organismo social pois toda a comunicação e comércio que
caracterizam as sociedades ao longo do tempo dependem de alguma forma de escrita
para ser eficaz. É claro, porém, que o homem já vivia em agrupamentos antes da
invenção da escrita e, nesta condição, aquelas antigas sociedades se baseavam num
sistema de tradições orais passadas de boca em boca, de pai para filho.
O ensino da leitura e escrita começava bem cedo para os sumerianos, sendo ministrado
aos juvenis a partir dos 5 ou 7 anos. Há indícios de que as meninas também poderiam
ser treinadas como escribas, mas a maioria dos alunos era composta de meninos que
eram filhos de famílias ricas ou nobres. Somente as classes mais abastadas tinham
acesso à escola que poderia funcionar numa casa ou nas dependências de um templo.
Tabuinhas de argila com inscrições da época descrevem o dia a dia na sala de aula e
revelam que os alunos recebiam castigos físicos como golpes de vara nas costas toda
vez que erravam uma lição ou falavam sem a permissão do professor. Um simples
atraso para a aula resultava numa surra em frente a todos os colegas. Uma metodologia
certamente condenável aos sistemas pedagógicos modernos.
Ainda é importante dizer que diferente dos sumérios que usavam mais a argila e as
pedras para escrever, entalhando literalmente seus fonemas nos tabletes, os egípcios
optaram pela invenção de um tipo de papel, o papiro, feito do caule da planta de mesmo
nome que crescia ao longo do Nilo e suprimia a falta de pedra e argila em seu reino,
afinal eles moravam em pleno deserto!
Foi desta planta, chamada pelos gregos de Biblos que veio o nome do livro mais
importante da humanidade: a Bíblia Sagrada. Uma mensagem dada por Deus aos
homens, onde o Altíssimo nos revela suas verdades, seu caráter e qual o caminho da
salvação. Certamente a invenção da escrita foi um grande passo no desenvolvimento das
civilizações, mas não se deveu à genialidade humana. Veio de Deus a capacidade que
permitiu a criação dos símbolos, silabas e letras que permitiriam ao Espirito Santo falar
aos homens com sotaque humano. Glória a Deus pela invenção da escrita! Glória a
Deus pela dádiva da Bíblia Sagrada!