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APLICADA À CLÍNICA
3 e Edição Am pliada
Notas sobre o Autor — Dr. Ednei Freitas
Eaneí Freitas
Edição
EPU5
LIVRO PARA O NOVO M ILÉN IO
Para
E n y D u t r a d e F r e it a s
S o n e to X X IX
A l m a m in h a g e n t i l , q u e t e p a r t i s t e
T ã o c e d o d e s t a v id a d e s c o n t e n t e ,
R epousa lá no céu eternam ente
E v iv a eu c á n a t e r r a s e m p r e t r is t e .
Se lá no assento etéreo , o n d e s u b is t e
M e m ó r ia d e s t a v id a se c o n s e n t e ,
N ão te esqueças d aq u ele a m o r ardente
Que já n o s o l h o s m e u s t ã o p u r o v is t e .
E SE v ir e s q u e p o d e m e r e c e r - t e
A lg u m a cousa a dor que me f ic o u
D a m ág o a , sem r e m é d io , de perder-te,
R o g a a D eus q u e te u s a n o s e n c u r to u
Q ue t ã o c e d o de c á m e leve a v e r - te,
Q u ã o cedo de m eus o lh o s te le v o u .
V erás q u e u m f il h o t e u n ã o f o g e à l u t a
( R e lic á r io do L iv r o
P s iC O F A R M A C O L O G lA A P L IC A D A A C L ÍN I C A )
Prefácio à Segunda Edição
(1985)
H onrado p e lo convite d o Dr. Ednei Freitas para prefaciar a Segunda Edição d o seu livro, vi-m e
d e repente surpreendido. Dei-me conta que no exem plar d e sua Psicofarm acologia, eminentes p ro
fessores haviam prefaciado edições anteriores, to d o s intimamente ligados à especialidade. Assim, me
apercebi da dificuldade, co m o cirurgião, d e poder, com autoridade, desem penhar-m e da honrosa
missão. Entretanto, a leitura d o seu manual, a atualização d e conhecim entos desta Ciência que desde
os bancos acadêm icos me desligara, m ostrou-m e que a obra em pauta transcende em sua im portância
ao cam po re strito da Psiquiatria, m erecendo ser conhecida p o r especialistas d e outras áreas, a cirúr
gica inclusive.
O trabalho perm ite nos seus diversos capítulos uma m elhor com preensão d o Homem, este
animal que tem o p rivilég io d e ser tridimensional em seus aspectos intrínseco, superficial e ecológico.
Esta característica, entretanto, comandada pela mente, a faz dotada d e uma sensibilidade e da neces
sidade d e um equilíbrio cujas alterações se traduzem nas neuroses e psicoses. Conseqüentem ente, o
conhecim ento destas moléstias, d e seus recursos diagnósticos e, principalm ente, terapêuticos, são
de im portância a to d a classe médica.
Assim, apresento e e xa lto este trabalho no aspe cto geral que mencionei, e, em particular, na
nova leitura e na ampliação d e assuntos abordados referentes aos anticonvulsivantes, aos neurolépticos,
aos benzodiazepínicos, e em particular o estudo d e 48 espécies vegetais com e fe ito tranqüilizante.
Creio que esta obra será d e grande valia para aqueles que a lerem, pois representa uma bem
escrita atualização d e capítulos fundamentais da Psicofarmacologia.
N ey C o uto M arinho
Membro Associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise do Rio de Janeiro,- Médico-Psiquiatra,
Instituto de Psiquiatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro, RJ.
Palavras à Segunda Edição
(1985)
Estou maravilhado com a acolhida dos colegas à prim eira edição d e Psicofarmacologia Apli
cada â Clínica. Escrevi para um intercâm bio, esperava respostas, mas seu volum e e generosidade me
foram surpreendentes.
Fiz acréscimos, ampliações, corre ções nesta nova edição, todavia mantive a idéia central da
obra, d iz e r não menos que o essencial e não mais que o necessário, eis que, considero, a prolixidade
é um desagradável e fe ito colateral d o livro técnico.
A g ra d e ço m uito ao Prof. O sw aldo Luiz Saíde e à Psiquiatra Christina Patrice Gom pers, res
pectivam ente co o rd e n a d o r e autora d o apêndice que enriquece esta edição: "Tranqüilizantes da
Flora Brasiliensis”, um prim eiro mergulho nas potencialidades terapêuticas d e nossa flora.
Igual agradecim ento quero prestar à Dra. Mariza Grimmer de Alm eida Rondon, psiquiatra
infantil, que gentilm ente me ajudou a ampliar o tó p ic o sobre anticonvulsivantes, contribuindo em sua
maior parte.
P rólogo d o A u to r à Primeira Edição
(1981)
Editar o livro Psicofarmacologia Aplicada à Clínica tal com o hoje se apresenta não fora nossa
idéia original. Há alguns meses achamos que era nosso dever publicar eventos clínicos observados no
dia-a-dia da prática psiquiátrica durante anos, onde fom os acumulando algumas experiências, na lida
com o paciente, que estavam sendo bem sucedidas e no entanto começavam a fugir dos conhecimen
tos contidos nos livros e publicações ou adquiridos diretam ente de outros colegas e professores. Ora,
se há algo novo e dando ce rto , é nossa obrigação divulgar, socializar o conhecim ento, o que tem dupla
finalidade: d e um lado o conhecim ento novo p o d e ser experim entado e criticad o p o r uma coletivida
de, no caso a com unidade médica, e, p o r outro lado, se após criticado, tal conhecim ento fo r confirm a
d o com o verdadeiro, ensejará que um número cada vez maior d e pessoas, no caso os colegas médicos,
possa dele usufruir e até ampliar, beneficiando a mais e mais pessoas, no caso os pacientes.
Assim, p o r exem plo, pretendíam os socializar em publicação isolada o interessante ê xito
te ra pêutico de uma associação medicamentosa da tranilciprom ina com doses relativamente altas de
c lo rd ia ze p ó xid o — chegando até os 150 mg — esse últim o em dose única noturna em pacientes na
faixa etária dos d e z o ito aos quarenta anos d e idade, geralmente pacientes obsessivos com depres
são neurótica crônica, insônia inicial, baixa d e ânimo e pouca produtividad e para o trabalho e demais
tarefas d o co tidiano e da vida afetiva. O uso dessa associação m edicamentosa tem tra zid o em muitos
casos uma reversão espetacular e, confessamos, surpreendente, de to d o o quadro negativo desses
pacientes, levando-os entretanto a uma produtividade física e intelectual exacerbada e privilegiada,
melhora afetiva e uma curiosa diminuição d o te m p o de sono diário que ao co n trá rio d o p e río d o
negativo é re fe rid o co m o restaurador, sendo suficiente, muitas vezes, apenas cinco horas — ou até
menos — d e sono diário.
Em outra publicação isolada pretendíam os divulgar resultados terapêuticos ótim os o b tid o s
com outra associação d e psicofárm acos condenada em quase to d o s os com pêndios, vista no mínimo
com cautela em outras publicações e p o r isso m esmo um verdadeiro “avanço d e sinal” nas recom en
dações da Psicofarm acolosia Clássica: a associação d e antidepressivo inibidor da monoaminoxidase
com tricíclicos em casos rebeldes a outras terapias biológicas e psicofarm acológicas em pacientes
deprim idos psicóticos.
Pretendíamos publicar, ainda, nossa experiência que já não é pequena com o carbonato de
lítio e que guarda diferenças — talvez p o r serem brasileiras — das constatações lidas em muitas
publicações européias e americanas, principalmente no que tange ao ajuste posológico e à indicação
terapêutica. Outrossim na preocupação ainda, co m o m édico d o interior que fom os, p o r mais d e dois
anos, com a possibilidade d e estender o uso p ro filá tic o d o lítio ao manejo d o clínico interiorano,
p rocedim ento que, achamos, p o d e rá minorar m uito d o sofrim ento m aníaco-depressivo que tantas
vezes presenciamos em pacientes que habitam terras onde a taxação sérica d o lítio não p o d e ser
efetuada, tem os sugestões a apresentar nesse sentido.
Ainda desejávamos publicar algumas outras ocorrências psicofarm acológicas que julgamos
inéditas, co m o a substituição com vantagens d o m etilfenidato pela associação cloropropionam ida-
propericiazina no tratam ento d e crianças com Disfunção Cerebral Mínima e assim p o r diante.
Enfim, desejávamos socializar através d e publicações isoladas a nossa práxis para subm etê-la
à crítica, apreciação e ao possível aproveitam ento e desdobram ento p e los colegas em novos conhe
cim entos a p a rtir dos fatos relatados, o que d e volta nos beneficiaria e beneficiaria a todos.
Já que pretendíam os publicar, intensificamos nossa busca âs bibliotecas e passamos a ler
exaustivamente publicações, revistas e com pêndios d o âm bito psicofarm acológico. Foi aí que surgiu
a idéia d e escrever Psicofarmacologia Aplicada à Clínica, notam os enorm e lacuna, uma falta de publi
cações médicas, principalm ente brasileiras, que viessem a satisfazer as necessidades d e um psiquia
tra, d e um clínico e d e um estudante d e medicina no tocante às necessidades d e nosso m eio; na
verdade não encontram os um só com pênd io d e psicofarm acologia que se aplicasse è nossa realidade
clínica, que falasse naquilo que nos interessa mais d e p e rto , que estivesse fam iliarizado com a psiqui
atria clínica brasileira.
De fren te para esta constatação reform ulamos a idéia inicial e resolvemos elaborar um livro de
Psicofarm acologia que discorresse sobre toda a gama d o arsenal psicofarm acológico e substâncias
afins, um trabalho que pudesse ser principalm ente de interesse d o psiquiatra, mas que pudesse igual
m ente ser acessível e útil aos clínicos das várias especialidades, ao m édico d o interior, ao estudante
d e medicina e até mesmo aos demais profissionais da área d e saúde mental que lidam com pacientes
necessitados d o s d e vidos cuidados psicofarm acológicos. E para isso fazia-se m ister um livro essen
cialmente clínico p o rque dirige-se essencialmente a clínicos sem todavia abrir mão d o s indispensáveis
conhecim entos da Neurofisiologia, dos mecanismos d e ação, da Farmacologia, da Físico-Química, dos
e fe ito s sobre os sistemas e aparelhos d o organismo, das vias d e absorção, destin o e eliminação, dos
e fe ito s colaterais, das contra-indicações e, aí sim, das indicações e d o uso tera pêutico , fárm aco p o r
fárm aco, d o vasto arsenal te ra pêutico que dispom os no m ercado brasileiro. Preferim os assim: estuda
mos droga p o r droga d e n tro d e seus grupos e d e n tro d o conhecim ento psicofarm acológico oficial
(consagrado) e colocam os nossa experiência pessoal — aqueles relatos que pretendíam os fazer
isoladamente — entre parênteses, após o estudo sistem ático e clássico d o fárm aco concernente.
Uma vez estudados os vários psicofãrm acos, achamos útil introduzir três outras partes d o
livro, assunto sobre o qual tem os sido assiduamente solicitados na lida diária d e consu ltório e no
trabalho co m o psiquiatra no PAM-Bangu d o INAMPS: uma segunda pa rte que aborda o tratam ento
m edicam entoso em Psiquiatria Infantil discorren do sobre os diversos fárm acos e drogas afins utiliza
das nos diversos distúrbios da infância e adolescência, o mesmo acontecendo com a terceira parte
d o livro quando abordam os o tratam ento m edicam entoso em Psiquiatria Geriátrica. A quarta parte d o
livro trata também, a nosso ver, d e ou tro assunto da maior im portância para o clínico m ilitante em
hospitais e pron to -so co rro s: as Urgências Psiquiátricas, onde enfocam os a terapêutica medicamentosa
nas diversas emergências psiquiátricas e reservamos uma pa rte d o capítulo para os envenenamentos e
intoxicações p o r psicofãrm acos e seu tratam ento.
Cremos que no d e co rre r d o livro suscitaremos polêm icas, e, se o fizerm os, um dos nossos
o b jetivos estará alcançado, p o s to que saudável.
Palavras d o P rofessor Dr. José Caruso Madalena à Primeira Edição d e Psicofarm acologia A plicada à
Clinica (p u b lica d o em 01/12/81, Boletim Notícias Psiquiátricas, órgão o ficia l da A ssociação Psiquiá
trica d o Rio d e Janeiro)
O livro: Psicofarmacologia Aplicada à Clínica, d e autoria d o Dr. Ednei José Dutra d e Freitas,
veio enriquecer a literatura brasileira d e psicofarm acologia. Está prefaciad o pelos Professores Cláudio
d e Pádua Macieira, Ney C outo M arinho e W ashington Loyello. N o "P rólogo d o A u to r", o Dr. Ednei
Freitas d iz no final; “Cremos que no d e c o rre r d o livro suscitaremos polêm icas e, se o fizerm os, um dos
nossos o b jetivos estará alcançado, p o s to que saudável”. Um autor que escreve para um diálogo, para
uma polêm ica, sentindo que isto é "saudável", tem duas virtudes: é fo rte e é humilde! O livro é d ivid id o
em seis partes, a saber-, antidepressivos (súmula neurofisiológica, antidepressivos inibidores da M A O
e a n tid e p re ssivo s n ã o -in ib id o re s da M A O ), a n s io lític o s -h ip n ó tic o s -e u íp n ic o s -b a rb itú ric o s -
anticonvulsivantes (benzodiazepínicos, derivados p ro pan odió licos e barbitúricos), antipsicóticos
(estu do dos neurolépticos, d eriva do da Rauwolfia, derivados Fenotiazínicos, deriva do Tioxantênico,
derivados Butirofenônicos, d eriva do Difenibutilperidina e sulpiride), Carbonato d e lítio, infância-ado-
lescência-velhice (tratam ento m edicam entoso em psiquiatria infantil, tratam ento m edicam entoso em
psiquiatria geriátrica) e, finalmente, urgências psiquiátricas. Escuda-se na inform ação bibliográfica de
150 referências. Q ualquer livro d e psicofarm acologia clínica tratado pela experiência clínica d o autor
— com o o faz o Dr. Ednei Freitas — tem um valor inestimável e assim deveria ser com to d o s os livros
d e medicina, especialmente. Disse, certa vez, com razão, Jung que "... a verdade mais bela d e nada
serve, co m o o confirm a insistentemente a História, se não se conve rte em íntima experiência de cada
um." As verdades psicofarm acológicas que estão em Psicofarmacolosia Aplicada ã Clínica conver
te m -s e em íntim a e x p e riê n cia d e um consa g ra d o p siquiatra clínico. E e le nos ensina a "sua
psicofarm acologia clínica”, digna d e toda a atenção p e lo co nteúd o reflexivo que nos transmite. E
enriquece o saber psiquiátrico. Está, pois, d e parabéns a psicofarm acologia brasileira com o lança
m ento d e Psicofarmacologia Aplicada â Clínica. E seu autor, Dr. Ednei Freitas, consagra-se um M estre
d e Psicofarmacologia.
J. Caruso Madalena
P re fá c io
f;mm m air nw r. ases *
PREFÁCIO A
TERCEIRA EDIÇÃO
Psiquiatria e Psicofarmacologia para o Clínico Gera! deveria chamar-se a terceira edição d o
livro cujo título anterior é Psicofarmacologia Aplicada à Clínica. As duas edições deste últim o venderam
4 0 .0 0 0 exem plares no Brasil e mais d e cinco mil exemplares em Portusal, Ansola, M oçam bique, Guiné-
Bissau, Cabo V erde — no P orto d e São V icente, na ilha d o Príncipe, tam bém em Timor Leste, Goa,
Damão e Macau. A tradição manteve o título anterior.
Recebi, no p e río d o , mais d e mil cartas d o Brasil inteiro, de Manaus a P orto A lesre, e mais de
uma centena d e colegas dos países d e fala lusófona, para cum prim entar-m e p e lo livro e apresentando
sugestões.
Foi d e Díli (T im o r Leste) que re ce b i a prim eira sugestão para am pliar o alcance d e
Psicofarmacologia Aplicada à Clínica, que eu passasse para o papel a minha Psiquiatria. Depois foram se
seguindo susestões idênticas, d e Manaus, d e Luanda, de Curitiba, d o Rio d e Janeiro, de M aputo, de
Macau, enfim, de várias partes d o m undo lusófono.
Fica aqui minha sugestão d e que a EPUB, ao editar esta terceira edição, envie 5 exemplares
para cada biblioteca m édica d o s países d e fala lusófona, em retribuição à grande atenção e carinho
que tenho re ce b id o desses irmãos d e vários continentes.
Pede-me, também, o colega d e Díli, que eu me manifeste pela independência de Timor Leste.
Vai aqui a minha opinião: Todos os países de fala lusófona devem se unir para exigir a liberdade para
Timor Leste, e o prim eiro governo d e Díli deve ser entregue à FRETILIN, que é o p a rtid o mais bem
estruturado, com quadro humano bem m ontado e preparado para governar o País.
Foi m uito interessante e envaidecedor ouvir, em várias partes d o Brasil e vindo de brasileiros,
portugueses, angolanos e timorenses, a mesma expressão: — É o senhor o Dr. Ednei Freitas? Ah! Você
é o meu prim eiro livro d e Psicofarmacologia!!! Q ue honra conhecê-lo.
É possível d iz e r que este livro veio para ficar, o que me deixa m uito contente. Afinal, a
im ortalidade que o homem deve perseguir não é a d o c o rp o , nem a da alma, mas a da obra.
Acatei nesta 3aedição a sugestão d o meu co lega-le itor de Díli e transform ei Psicofarmacologia
ApUcdda à Clínica em PSIQUIATRIA E PSICO-FARMACOLOGIA PARA O CLÍNICO GERAL. Dou a meu
púb lico a minha leitura e a minha com preensão d o que seja a Psiquiatria. Procurei fa zê -lo de maneira
simples e é uma Psiquiatria Dinâmica, aproveitando minha experiência com Psicanálise. Trabalho com
criações minhas, próprias, deco rrentes dos meus 26 anos de labuta na especialidade.
É im portante que se possa entender os capítulos iniciais: A FILOGÊNESE; POR QUE RESOLVI
PUBLICAR A FILOGÊNESE NO BOLETIM; OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE EM PSICANÁLISE - são tó p i
cos que introduzem o le ito r na EPISTEMOLOGIA CLÍNICA E PSIQUIÁTRICA.
A desco b e rta fundamental desta criação é a MEMÓRIA DOS FREITAS, cujo entendim ento e
aplicação clínica são fundamentais para a clínica dos doentes psiquiátricos, bem com o para to d o s os
clínicos d e todas as especialidades: ela nos perm ite entender O HOMEM.
O quadro sin ó p tico da vida mental é outra criação minha, um retrato dinâm ico da vida mental
de to d o s nós, sempre em m ovim ento, cuja base para a com preensão é a M em ória dos Freitas. Esta,
também, bem com o o quadro sinóptico, p o d e fazer entender a lógica e a dinâmica da CID-10.
A relação da Psiquiatria com os instintos é revelada em outra criação minha — o quadro
dinâm ico sobre o CANAL DE ANSIEDADE. Este quadro ilustra os Instintos da Vida. O Instinto da M o rte ,
d esco berta d e Freud, precisa ainda ser m elhor trabalhado e esclarecido pela Psiquiatria e pela Psica
nálise. Mas sua presença é evidente, pois em imunologia já se conhece a A p o p to s e .
Espero que meus leitores colaborem com igo para aprofundar, até as últimas conseqüências,
as teorias e os avanços aqui p ropostos. Assim, creio, poderem os fazer avançar mais a Ciência Psiqui
átrica. Também espero contribuições na form a d e refutações e críticas, mas aí usando-se rigorosa
m ente os crité rio s p ro p o sto s p o r P opper e explicita dos em meu capítulo "O bjetividade e Subjetivi
dade em Psicanálise".
Este livro entra em circulação num m om ento em que as com unidades psiquiátrica, psicanalítica
e dos profissionais de SaCde M ental estão de luto p e lo falecim ento da psiquiatra Dra. Nise da Silveira,
numa tarde d e sábado, dia 30 d e outubro d e 1999, no Rio d e Janeiro, aos 94 anos d e idade.
Nise, discípula e convivente da pessoa d e Jung, ajudou a propagar e m esmo expandir, com
sua criatividade pessoal, o pensamento d o antigo m estre e amigo, o que fo i uma honra ju nto a muita
fecundidade d e conhecim entos para os brasileiros trabalhadores em Saúde Mental. Fundou o Museu
d e Imagens d o Inconsciente em 1952, com o conseqüência d e suas pesquisas em Terapia Ocupacional,
e reuniu acervo d e trezentas mil pinturas d e pessoas p o r ela tratadas.
Q uatro anos mais tarde, a m édica-psicanalista inaugurou a Casa das Paineiras, clínica de reabi
litação psiquiátrica cujo o b je tivo era evitar a reinternação — Casa das Paineiras é uma p o n te entre o
hospital e a sociedade. A li muitas pacientes puderam adquirir 0to*-confiança para voltar ao convívio
da família e da sociedade. Sua em preitada, audaciosa, sem precedntes ou similares em to d a sua época,
fo i co b e rta d e êxitos.
São incomensuráveis a perda que so fre a saúde mental brasileira com o falecim ento da Dra.
Nise, o ganho inalienável da saúde mental brasileira e internacional que a psiquiatra nos legou, tais
com o a carga d e a fe to e esperança que ela fe z jo rra r nos corações d e terapêutas e pacientes, no
sentido d e encontrar a cura para esta doença terrível que é a esquizofrenia.
Presto minha homenagem à Dra. Nise da Silveira com o consolo, para to d o s nós, de que sua
obra é im ortal, perdurará e certam ente será ampliada pelos inúmeros discípulos que deixou.
Junto aos meus agradecim entos à Dra. Nise da Silveira p o r te r vivido entre nós brasileiros
p re te n d o agradecer também ao artista e diagram ador M auro Rafael Tôrres pela com petência e d e d i
cação que exibiu na m ontagem d este livro, ao Dr. Carlos A lb e rto Fialho M o n te iro e ao Dr. Luis Carlos
Ávila d e Souza p e lo a p o io incondicional que me prestaram, bem com o ao d e d ica d o revisor Hugo
R oberto W yler Filho.
Ednei Freitas, M d.
ÍNDICE
Dedicatória ................................................................................................................................................... . V
Prefácios e Introduções a Edições Anteriores (Relicário do livro)................................................... VII
Prefácio â Terceira Edição..............................................................................................................................X V
ASSUNTOS BÁSICOS E FUNDAMENTAIS
(C A P ÍT U LO S IN TR O D U TÓ R IO S )
PSIQUIATRIA
EPISTEMOLOGIA
PSICANÁLISE
ENTREVISTA INICIAL
CASO CLÍNICO (ENTREVISTAS SUBSEQÜENTES)
CO NCEITO S BÁ SIC O S
— Doenças M entais
— Filogênese e O ntogênese
— M em ória d o s Freitas
— O b je tiv id a d e e Subjetividade
— Canal d e A nsiedade
— A Q uestão da Identidade
— C o n clu sõ e s..................................................................................................................... X X IV
CAPÍTULO 1
AS DOENÇAS M ENTAIS........................................................................................................................................
Necessidade de melhorar o discernim ento.......................................................................
Medicação inadequada............................................................................................................
Inadequação do SUS..................................................................................................................
Necessidade de federalizar a atenção psiquiátrica........................................................
Adequação e inadequação da Memória dos Freitas.......................................................
Necessidade de objetividade no diagnóstico psiquiátrico ........................................ 2
CAPÍTULO 2
A FILOGÊNESE.........................................................................................................................................................3
Epistemoiogia............................................................................................................................. 3
A presença de Lamarck e Darwin na obra de Freud......................................................3
Lei da Fierança dos caracteres adquiridos........................................................................ 3
Lei do Uso ou Desuso............................................................................................................... 3
Charles Darwin elucidando os erros Lamarckistas......................................................... 4
Cotejando as teorias de Darwin e Lamarck....................................................................... 5
Exemplo de modificação de uma espécie (mutação)................................................... 5
/ I FHogênese na Teoria Freudiana......................................................................................... 6
Descoberta da Memória da Espécie.................................................................................. 8
Definição de Filogênese, Filogenético............................................................................... 9
A idéia freudiana de 'instinto de M orte ' ................................................................... 9, 12
A descoberta da Memória dos Freitas............................................................................ 10
Relação entre Memória dos Freitas e Memória da Espécie....................................... 11
A idéia de Terapia de vidas passadas e 'regressão' .................................................... 10
Relação da Memória dos Freitas com a idéia de Terapia de Vidas Passadas...... 10
Compulsão à Repetição na Memória da Espécie.......................................................... 12
Compulsão à Repetição na Memória dos Freitas.......................................................... 12
CAPÍTULO 3
POR QUE RESOLVI PUBLICAR "A FILOGÊNESE" NO BOLETIM................................................................. 15
Epistemologia............................................................................................................................15
O Lamarckismo em Freud.......................................................................................................15
Mitos da cuitura judaica ........................................................................................................ 16
Darwinismo e Lamarckismo na cultura judaica................................................................ 16
M itologia .....................................................................................................................................16
Ponto inatingido (conceito)................................................................................................. 16
Duplo registro de memória................................................................................................... 16
Ponto cego (em Psicanálise)................................................................................................ 16
Memória dos Freitas como instância Mítica.................................................................... 16
Mitos (conceito, definição)................................................................................................. 16
Protofantasias (sedução, castração, cena primária).....................................................17
M ito como forma necessária de pensar..........................................................................17
CAPÍTULO 4
OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE EM PSICANÁLISE..................................................................................21
Filosofia e Ciência (conceito)............................................................................................. 21
Psicanálise e Hermenêutica.................................................................................................. 22
Polissemia...................................................................................................................................22
Psicanálise como Arte, Técnica e Saber Hermenêutico.............................................22
Símbolo, Eficácia Sim bólica................................................................................................. 22
A interpretação nunca será arbitrária .............................................................................. 23
Psicanálise e Linqüística........................................................................................................ 23
Psicanálise Aplicada................................................................................................................23
Psicanálise aplicada a um conto brasileiro ...................................................................... 23
Epistemologia...........................................................................................................................27
A Psicanálise como Ciência.................................................................................................. 27
Filosofias de Kant e Popper................................................................................................ 27
Teoria do Método dedutivo de prova, de Popper.....................................................27
Objetividade da interpretação psicanalítica................................................................. 28
Subjetividade primária do psicanalista............................................................................. 28
Subjetividade secundária do psicanalista........................................................................28
Prim eiro, Segundo e Terceiro Mundos de Popper...................................................... 28
Diferença entre Psicanalista e Guru................................................................................... 29
Validação empírica, peio Método de Popper, da Interpretação........................... 29
Como rejeitar (refutar) um enunciado científico (Popper)....................................... 30
Popper como ’crítico’ da Psicanálise................................................................................31
Sobre fanáticos dogmatis tas............................................................................................... 31
Como testar empiricamente a Psicanálise.......................................................................32
CAPÍTULO 5
CLASSIFICAÇÃO DOS TRANSTORNOS MENTAIS E COMPORTAMENTAIS - F -O O A F-99 DE
ACORDO COM A C ID -10..................................................................................................................................... 35
/ \ CID-10 (psiquiátrica) comentada....................................................................................... 35 a 47
Formas de tratamento das patologias psiquiátricas........................................................ 35 a 47
Cuidados psiquiátricos em cada caso...................................................................................35 a 47
Cuidados multidisciplinares onde necessário..................................................................... 35 a 47
Indicações e contra-indicações de Psicanálise................................................................. 35 a 47
Relação dos transtornos psiquiátricos com a Memória dos Freitas........................... 35 a 47
Psicólogos, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Terapeutas Ocupacionais................ 35 a 47
Ciínico Geral e outros profissionais de Saúde................................................................... 35 a 47
Assistentes Sociais, Grupo de Auto-Ajuda ........................................................................35 o 47
Alcoólicos Anônimos, Centros de Alcoolismo e Drogas.............................................. 35 a 47
Papel da ReligiSo: católicos, evangélicos, kardecistas.................................................... 35 a 47
Papel da memória sócio-cultural-familiar-pessoal........................................................... 35 a 47
Quadro Sinóptico da Vida Mental.................................................................................................. 47
CAPÍTULO 6
UM ESTUDO SOBRE A ANSIEDADE OU A FUNÇÃO DO AN JO DA G U A R D A...................................... 49
Instinto e Ansiedade........................................................................................................................... 49
Tendências Instintivas Humanas........................................................................................................ 49
Núdeo Central ou Núdeo Afetivo dos Instintos ....................................................................... 49
Aspecto cognitivo das tendências instintivas............................................................................ 49
Aspecto afetivo das tendências instintivas................................................................................. 49
Os três momentos instintivos fundamentais................................................................................. 51
Aquisição de habilidades.................................................................................................................... 51
Função do psiquiatra............................................................................................................................ 51
Restauração da homeostase instintiva.............................................................................................51
Exacerbação ansiosa............................................................................................................................ 51
O estímulo inicial...................................................................................................................................52
Canal de Ansiedade............................................................................................................................. 52
Alguns instintos ou tendências instintivas.....................................................................................52
Quadro gráfico (dinâmico) mostrando o funcionamento instintivo e sua reiação
com o Canal de Ansiedade, sua dinâmica de forças e funcionamento........................... 52
CAPÍTULO 7
A ENTREVISTA INICIAL..........................................................................................................................................53
Entrevista Psiquiátrica Inicial.............................................................................................................. 53
Setting transferencial...........................................................................................................................53
Padrões repetitivos e mai-adaptativos do paciente ................................................................53
Conceito de Transferência................................................................................................................ 53
Criatividade, Criação, Arte do Psiquiatra..................................................................................... 53
Psiquiatra e interpretação................................................................................................................. 53
Aliança Terapêutica.............................................................................................................................. 53
Relação Médico-Paciente em Psiquiatria...................................................................................... 53
Técnica da Entrevista Inicial............................................................................................................... 53
Diagnóstico, objetivo primordial..................................................................................................... 54
Interpretação diagnóstica objetiva ................................................................................................ 54
Interação subjetiva entre Psiquiatra e Paciente.......................................................................... 54
latrogenia................................................................................................................................................ 55
Hipótese diagnóstica inicial...............................................................................................................55
Exame psiquiátrico ............................................................................................................................... 55
Modelo de entrevista inicial............................................................................................................. 56
Exame físico na avaliação psiquiátrica...........................................................................................57
CAPÍTULO 8
SOBRE A IDENTIDADE
Introdução.............................................................................................................................................. 59
Resumo..................................................................................................................................................... 59
Insight da própria identidade.......................................................................................................... 60
Identidade do S e lf.............................................................................................................................. 60
Caso dínico completo, como exemplo de trabalho psiquiátrico-psicanalítico... 61 a 68
Interpretação (Psicanalítica) de Sonho.................................................................................61 a 68
Psicofarmacoterapia com Psicoterapia................................................................................ 61 a 28
Fantasias m ític a s .................................... ...............................................................
M itos como defesa neurótica .....................................................
PARTE ESPECÍFICA
P S IC O F A R M A C O L O G IA C LÍN IC A
C A P ÍT U L O 9
ANTIDEPRESSIVOS............................................................................................................................................. 71
Súmula Neurofisiológica ...................................................................................................................... 73
Aminas Biogênicas................................................................................................................................ 73
Inibidores seletivos da captação de serotonina.................................................................74, 89
Antidepressivos IMAO ............................................................................................................. 74 a 80
Antidepressivosnão-IMAO .................................................................................................... 79a 92
Antidepressivos tricíciicos ....................................................................................................... 79 a 85
Antidepressivo tetracídico ............................................................................................................... 85
Antidepressivo heterocídico ........................................................................................................... 85
Antidepressivo atípico (anti-tabagismo)............................................................................... 80, 92
C A P ÍT U L O 1 0
ANSIOLÍTICOS, HIPNÓTICOS E EUÍPNICOS.................................................................................................93
Denzodiazepínicos e Buspirona............................................................................................ 95 a 108
Euípnicos..................................................................................................................................... 103 a 108
C A P ÍT U L O 11
DERIVADOS PROPANODIÓLICOS, BARBITÚRICOS E ANTICONVULSIVANTES...................................109
Histórico ................................................................................................................................................... 11i
Meprobamato........................................................................................................................................ 111
Anticonvulsivantes....................................................................................................................112a 125
Barbitúricos............................................................................................................................................ 112
Deoxibarbituratos................................................................................................................................ 114
Hidantoinatos (Fenitoína)................................................................................................................... 115
Ácido Valpróico .................................................................................................................................. 117
OxazoUdinedionas............................................................................................................................... 118
Trim etadiona.......................................................................................................................................... 118
Succinimidas........................................................................................................................................... 119
Etosuccinim ida....................................................................................................................................... 119
Iminostilbenes.......................................................................................................................................120
Carbamazepina......................................................................................................................... ........... 120
Benzodiazepínicos como Anticonvulsivantes............................................................................ 121
Gonazepam como Antifóbico ........................................................................................................123
Acetazoiamida......................................................................................................................................123
ACTH....................................................................................................................................................... 124
Dieta Cetogênica.................................................................................................................................. 125
Última nota .............................................................................................................................................. 125
C A P ÍT U L O 12
NEUROLÉPTICOS (A n tip s ic ó tic o s )..............................................................................................................127
Introdução............................................................................................................................................. 129
Histórico ................................................................................................................................................ 129
Neuroquímica e Mecanismos de ação......................................................................................... 130
Farmacocinética.................................................................................................................................... 132
Ação sobre os diversos sistemas e aparelhos.......................................................................... 132
Efeitos colaterais................................................................................................................................. 133
Tratamento dos Efeitos Extrapiramidais..................................................................................... 134
Interações Medicamentosas............................................................................................................134
indicações.............................................................................................................................................. 135
Contra-indicações................................................................................................................................135
Posologia e Especialidades Farmacêuticas.................................................................................. 135
Resumo................................................................................................................................................... 136
CAPÍTULO 13
ANTIPSICÓTICOS
ESTUDO DOS NEUROLÉPTICOS..........................................................................................................................137
introdução.............................................................................................................................................. 137
Síndrome Neurológica........................................................................................................................ 137
Neurolépticos e Monoaminas Cerebrais...................................................................................... 139
CAPÍTULO 14
DERIVADOS DA RAUWOLFIA
DERIVADOS FENOTIAZÍNICOS
DERIVADO TIO XANTÊNICO ................................................................................................................................ 141
Reserpina.................................................................................................................................................141
Derivados Fenotiazínicos..................................................................................................................142
Outros derivados Fenotiazínicos................................................................................................... 144
Derivado Tioxantênico...................................................................................................................... 148
CAPÍTULO 15
DERIVADOS BUTIROFENÔNICOS....................................................................................................................... 149
DERIVADOS DIFENILBUTILPIPERIDINA...............................................................................................................149
Haloperidol........................................................................................................................................... 149
Trifluoperidol........................................................................................................................................ 151
Droperidol............................................................................................................................................. 152
Derivados Difenilbutilpiperidina..................................................................................................... 152
Oianzapina e Clozapina.................................................................................................................... 154
CAPÍTULO 16
SULPIRIDE...................................................................................................................................................................155
Físico-Química...................................................................................................................................... 155
Farmacologia......................................................................................................................................... '55
Mecanismo de Ação .......................................................................................................................... 156
AbsorçãoDestino e Excreção...................................................................................................... 156
Toxicidade e Efeitos Colaterais.......................................................................................................157
Contra-indicações............................................................................................................................... 157
Uso terapêutico.................................................................................................................................... 157
Especialidades Farmacêuticas, Apresentações e Posologia................................................ 159
CAPÍTULO 17
CARBONATO DE LÍTIO ......................................................................................................................................... 161
Histórico ................................................................................................................................................ 163
Físico-Química..................................................................................................................................... 163
Outros aspectos farmacológicos................................................................................................. 164
Mecanismos de Ação........................................................................................................................ 164
Absorção>,Destino e Excreção...................................................................................................... 165
Toxicidade e Efeitos Colaterais...................................................................................................... 165
Uso terapêutico...................................................................................................................................166
Contra-indicações e Cuidados........................................................................................................168
Especialidades Farmacêuticas, Apresentações e Posologia................................................ 168
\ / v/ *
CAPÍTULO 18
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM PSIQUIATRIA INFANTIL...............................................................171
Introdução.............................................................................................................................................. 173
Psicoestimuiante................................................................................................................................... 173
Estruturas químicas..............................................................................................................................174
Anfetamina............................................................................................................................................ 174
M etilfenidato ........................................................................................................................................ 174
Drogas que agem sobre o caráter e o comportamento........................................................176
Ctoropropienamida.......................................................... ................................. ................................ 176
Dietilaminoetanol.................................................................................................................................. 177
Ácido gamaminobutírico....................................................................................................................178
Psicofãrmacos na Infância e Adolescência.................................................................................. 181
Uso de Antidepressivos na Infância............................................................................................... 181
Tranqüilizantes.......................................................................................................................................183
Antipsicóticos ....................................................................................................................................... 185
CAPÍTULO 19
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO EM PSIQUIATRIA GERIÁTRICA........................................................189
Considerações.......................................................................................................................................191
Substâncias vasodilatadoras............................................................................................................ 194
Ansiolíticos, Antidepressivos e Antipsicóticos ....................................................................... 198
Antidepressivos em Psiquiatria Geriátrica................................................................................... 199
Antipsicóticos em Psiquiatria Geriátrica..................................................................................... 201
Codergocrina.......................................................................................................................................202
Nim odipina............................................................................................................................................ 203
Doença de Alzheimer....................................................................................................................... 203
CAPÍTULO 20
URGÊNCIAS PSIQUIÁTRICAS.............................................................................................................................205
Introdução............................................................................................................................................ 207
Emprego dos principais psicofãrmacos......................................................................................207
intoxicações Agudas ou Envenenamentos por psicotrópicos.............................................211
PARTE E SP EC IA L
APÊNDICES
A p ê n d ic e s ..............................................................................................................................................215
APÊNDICE I
Tranqüilizantes da Flora Brasiliensis.................................................................................................................217
Introdução............................................................................................................................................. 217
Uso Terapêutico, Discussão............................................................................................................. 217
Tranqüilizantes da Flora e seus efeitos (Desenvolvim ento)................................................... 218
APÊNDICE II
ALGUNS TRANSTORNOS IMPORTANTES E SUA M EDICAÇÃO
(Pequena E n ciclopédia com os principais tran stornos psiquiátrico s, co n c e ito s , quadros
clínicos, tra ta m e n to m edicam entoso, p s ic o te râ p ic o e m u ltid is c ip lin a r)...........................................223
A atenção de urgência...................................................................................................................... 223
Acatisia.................................................................................................................................................. 224
Agorafobia........................................................................................................................................... 224
Anorexia nervosa............................................................................................................................... 224
Autismo................................................................................................................................................. 224
Bulimia Nervosa................................................................................................................................... 224
V V «I
Catatonia............................................................................................................................................... 225
Demência............................................................................................................................................... 225
Dependência e Abuso de Á lcool.................................................................................................227
Depressão............................................................................................................................................. 227
Discinesia Tardia.............................................................................................................................228
Distimia...................................................................................................................................................228
Distonia Aguda ou Tardia.................................................................................................................. 228
Epilepsia................................................................................................................................................. 229
Esquizofrenia........................................................................................................................................229
Fobia Social...........................................................................................................................................229
Mania e Hipomania.............................................................................................................................. 230
Memória dos Freitas.......................................................................................................................... 230
Narcolepsia.......................................................................................................................................... 230
Personalidade Bordeline.....................................................................................................................231
Síndrome de GiHes de La Tourette ................................................................................................ 232
Síndrome Neuroléptica Maligna...................................................................................................... 232
Status EpHepticus................................................................................................................................ 233
Tensão Pré-Menstrual (TPM)............................................................................................................233
Transtorno Afetivo Bipolar.............................................................................................................. 233
Transtorno de Estresse Pós-Traumãtico...................................................................................... 234
Transtorno do Pânico........................................................................................................................ 234
Transtorno Obsessivo-compulsivo............................................................................................... 234
APÊNDICE III
SOBRE O AU TO R ....................................................................................................................................................235
Curriculum V itae — sumário............................................................................................................. 235
Imagens oníricas em tela e escultura........................................................................................... 236
Processo Prim ário (Psicanálise)...................................................................................................... 236
Igrejas oníricas............................................................................................................................236, 237
Condensação (Processo de -/Psicanálise)................................................................................ 236
Sonho premonitório ..................................................................................................................... 236
interpretação de um sonho............................................................................................................. 237
Decifração de Enigma........................................................................................................................ 237
Lado cruel da Memória dos Freitas...............................................................................................237
Paz de Espírito e reparação/compreensão através do sonho.......................................... 237
ÍNDICE REMISSIVO................................................................................................................................................239
CONCEITOS BÁSICOS
- DOENÇAS MENTAIS
- F1LOGÊNESE E ONTOGÊNESE
- MEMÓRIA DOS FREITAS
- O BJETIVID AD E E SUBJETIVID AD E
- CANAL DE ANSIEDADE
- A QUESTÃO DA IDENTIDADE
- CONCLUSÕES
AS DOENÇAS MENTAIS
O b se rvo , d e p o is d e 26 anos labutando em M edicina (Clínica m édica, o b ste trícia e ciru r-
gia to rá cica no início) e 23 anos em Psiquiatria, que a imensa m aioria das pessoas, jamais tom ou
con h e cim e n to nem tê m qualquer d iscernim ento sobre doe nça mental.
É com um c o m p o rta r-s e c o m o se isso não existisse, "é frescura d o paciente" ou “a se
nhora não tem nada", após o exam e clínico e uma série d e exames com plem entares. O utras vezes,
e não são poucas, re ce ita -se b e n zo d ia ze p ín ico s para p a cientes co m TOC, d e p ressã o maior,
síndrom e d o pân ico, entre outras doenças, o que não só é inútil c o m o p ernicioso .
Freqüentem ente pre scre ve -se antid epressivo onde se deve ria p re scre vê -lo s, mas em
subdoses, o que tam bém não só é inútil c o m o p e rnicioso . Também é com um a p re scriçã o d e
C arbonato d e Lítio em doses inadequadas e, muitas vezes, sem indicação.
Esta falta d e d iscernim ento sobre a natureza m ental da d oe nça é uma herança cultural. O
p o v o em geral é absolutam ente ignorante sobre o assunto e, c o m o ignora, o cu lta -a se p o d e , te m -
na com desdém , estigm atiza-a e só vai ao m é d ic o (nem sem pre ao Psiquiatra!) quando a doe nça já
fe z inúmeros estragos e muitas coisas já são irrem ediáveis. Faz lem brar o que a classe m édia fazia
trinta anos antes: aos trin ta anos d e idade procurava-se o d en tista para fa ze r as dentaduras.
A psiquiatria, para mais d e 99% das pessoas, no Brasil, está na pré -h istó ria .
N o e ntanto, d e v id o à d e d ica çã o e a necessidade d e alguns brasileiros, psiquiatras, bem
c o m o d e psiquiatras d e outras nacionalidades, já se conh ece m uito so b re a natureza d o d istú rb io
m ental, as técnicas p sico te rá p ica s sérias avançam — ainda no artesanato e restritas a uma minoria,
nas grandes cidades — e a Psicofarm acologia avançou m uito.
Q uanto à m edicação psiquiátrica p o sso d iz e r que p ro d u zim o s b e lo s navios mas faltam
com andantes que saibam fa z ê -lo s andar — e, p o r isso, além da o cio sid a d e , tem a c o n te c id o mui
to s naufrágios. É verdade que aqui e ali — p o u c o s — fazem bom p ro v e ito dessas esplêndidas
em barcações. Navegar é pre ciso , mas com b o m co n h ecim ento da a rte marinheira.
Uma prova in co n te sle da ignorância social so b re a psiquiatria é o SUS. M unicipalizar a
adm inistração psiquiátrica? Para a é p o ca atual esta é uma idéia irresponsável. Enquanto nós e sti
verm os na p ré -h is tó ria é função d o G overno Federal ce n tralizar e financiar a assistência p siq u iá tri
ca em to d o o país.
Se, co m o SUS, os pacientes psiq u iá trico s das grandes cidades, c o m o São Paulo, Rio d e
Janeiro, R ecife, p o r e xe m plo, foram d e so sp ita liza d o s para o o lho d /2 3 0 a rua, sem psiquiatra e os
p o u co s que têm psiquiatra, sem os m edicam entos, que direm os no in te rio r d o s Estados, ao sabor
d o d iscernim ento e p re stíg io d o s edis das pequenas cidades?
A idéia correta d e SUS, mas numa era inadequada, tem aumentado d e volume a hecatom be dos
pacientes psiquiátricos e é o mais vergonhoso — voluntário e involuntário — holocausto da humanidade.
Esta falta d e discernim ento sobre a natureza mental da doença, a meu ver, com eça com
A d ã o e Eva. O grande p e c a d o original, c o m e tid o p o r A d ão, não fo i transar com Eva e vice-versa,
mas falar com ela. A palavra, que criou a humanidade, é tam bém o seu algoz. Milhares d e anos d e p o is
d e A d ã o encontram os o clínico sim pático que d iz, orgulhoso: "a senhora não tem nada”.
Mais d e 99% das pessoas, no Brasil (e esta taxa não é m uito m enor no p rim e iro m undo),
vivem exclusivam ente sem pensar ou discernir e dedicam -se exclusivam ente à M em ória dos Freitas,
instância psicanalítica que d e s c o b ri e que fa ç o constar d o s Capítulos 2 e 3 d e ste livro.
Embora o ca ld o sócio -cu ltu ra l-fa m ilia r-p e sso a l seja útil à imensa m aioria destas pessoas,
ele é insuficiente para sustentar o d o e n te mental. N este últim o caso é p re cis o ser d ife re n te , criar
e m esm o ro m p e r co m o lado re tró g ra d o da M em ória d o s Freitas e buscar, d e n tro dela, os altos
ideais — que existem em si m esmos, esperando o p en sador para pensá-los. Retornar aos cânones
da M em ória só cio -cu ltu ra l-fa m ilia r-p e sso a l é tão im possível qua nto calçar um sapato d e que gos
tamos na infância: já não cabe no pé!
V ive r só da M em ória d o s Freitas é para quem p o d e e, aí, bom p ro v e ito !
A M em ória d o s Freitas já não cabe, p o r e xe m plo, no usuário d o SUS d e baixa renda, que
d iz no co n su ltó rio : "Eu sinto uma agonia no p e ito , uma d o r atravessada que com eça ali e vem até
aqui. Tenho uma "desim paciência”, tenho nervos e sou mental. V iv o passando p o r um "cho rorô",
não durm o d ire ito e a c o rd o com aquela agonia. Minhas mãos ficam suando frio e eu não me
c o n tro lo , d an do uma "batedeira" no meu p e ito . Sabe? eu fin jo que e stou go sta n d o mas fic o alivi
ada quando meu m arido nao me procura para sexo. Eu d e te s to isso e fic o pensando, será que já
estou na menopausa? Será que não sou mais mulher?”
Só quem p o d e ajudar estes p a c ie n te s é um b o m psiq u ia tra , co m co n h e cim e n to s
psicodinâm icos e bem p re p a ra d o em psicofarm acologia.
C om o os psiquiatras são m uito p o u co s, o clínico, d e qualquer especialida de m édica,
precisa te r conh ecim ento d e Psiquiatria e Psicofarm acologia, p o is muitas vezes ele é a única chance
que o pa cie n te se dá e em m uitos lugares não há psiquiatra.
A in terpretação psiquiátrica d e um fa to clínico necessita ser objetiva — ainda que possa
ser feita p e lo não especialista. O que pressupõe bom conhecim ento da Teoria e da Técnica psiqui
átricas. Não sendo assim não se de ve p ro c e d e r qualquer a to te ra p ê u tico para com o d o e n te mental.
Embora o a rtig o "O b je tivid a d e e S u bjetividade em Psicanálise" eu o tenha e s c rito para
psicanalistas, tra ta n d o d e psicanálise, ele tam bém se aplica aos psiquiatras e clínicos d e outras
especialidades, mutatis mutandum, quando estiverem se d e fro n ta n d o com o d o e n te mental.
A F1LOGÊNESE
(A PRESENÇA DE L a M ARCK E
D a r w in na o bra de Freud )
Este é um trab alho d e E pistem ologia Psicanalítica, que visa elucidar um d o s pilares mais
im portantes d e sustentação te ó ric a d e Freud, e la b o ra n d o -se vários p re c e ito s fundam entais de
suas obras co m pleta s, que ainda h oje estão na escuridão. Esta escuridão tem cu sta d o à Psicanálise
muitas perdas e é uma das causas da "crise na Psicanálise”, tã o citada p o r vários autores.
Desvenda a influência, escolhida p o r Freud, d e um m o d e lo evolucionista na construção
te ó rica d e sua Teoria psicanalítica. M o stra um Freud “p a rtid á rio ”.
Pela necessidade d e desvendar e p iste m o logicam ente esta m atéria, fo i d e s c o b e rto o
c o n c e ito d e um d u p lo registro d e m em ória, e xiste n te em to d o s os seres humanos e fundam ental
para que se entenda a te o ria psicanalítica, d e sd e Freud até as atuais, e p ro cu ra -se , com isso, fa z ê -
las crescer.
Trabalha-se episte m o lo g ica m e n te a com pulsão à re p e tiçã o , nas duas m em órias descritas,
e a idéia freudiana d e pulsão d e m o rte , bem c o m o a idéia freudiana d e transmissão filo g e n é tica d o
superego, d e n tre outras co n stru çõ e s tam bém subm etidas ao c riv o da Epistem ologia.
Ressalto, neste sumário, que só agora, em 1998, nas especialidades m édicas d e Patologia
e im unologia, se fala em A p o p to s e . Esta nom enclatura fo i citada pela prim eira vez em 1972, mas
perm aneceu mais d e 15 anos adorm ecida, e neste ano vo lta c o m o um d o s mais im portantes p ro
cessos investigados em Biologia. A p o p to s e significa que as células nascem geneticam ente p ro g ra
madas para m orrer.
Sem dúvida, o gênio d e Freud e sua intuição d e "instinto d e m o rte ” agora estão p rovado s
pela Biologia. Mas precisam os ir mais devagar para que um dia entendam os a a p o p to s e em Psica
nálise. O que já se sabe sobre a p o p to s e , em bora co n firm e a idéia d e instinto d e m o rte freudiana,
ainda está c ircu n scrito às células, ao b io ló g ic o , e precisarem os trabalhar ainda m uito para elucidar
o equivalente psíq u ico da a p o p to se .
D e s e n v o l v im e n t o
A F1LOGÊNESE N A T E O R IA F R E U D IA N A
7
Cientificam ente, só p od em o s interpretar a frase d e Freud com o tratam ento d a d o pela Teoria
da Seleção Natural, com o o fizem os no caso da sirafa ou da observação de Avicena. E ainda podem os
concluir que a maneira co m o Freud descreve sua observação de que os instintos são p recip itados da
estimulação externa tem a form a d e um co n to , ou, se quisermos, uma montasem.
N o mesmo trabalho, "Os Instintos e suas Vicissitudes”, mais à frente, Freud insiste na filosênese.
Diz e le ;"... Essa referência à história d o desenvolvim ento dos instintos e à perm anência d e suas fases
intermediárias d e ve tornar o desenvolvim ento d o s instintos razoavelm ente intelisível para nós. A
experiência m ostra que a quantidade d e ambivalência instintual num ser humano que vive nos dias
atuais p o d e ser considerada c o m o uma herança arcaica, pois tem os m otivos para supor que o papel
desem penhado na vida instintual p e los impulsos ativos em sua form a inalterada fo i m aior nos tem pos
prim evos d o que é em média hoje em dia”.
Freud afirm a aqui que a herança filo s e n é tic a im pôs uma am bivalência instintual acentuada
para o hom em m o d e rn o , resíduo d e uma é p o c a arcaica o nd e o hom em , em m édia, precisava mais
destes im pulsos instintivos em sua form a inalterada d o que precisa h oje em dia, m em ória d e uma
é p o ca - os te m p o s prim evos - que os caminhos da seleção natural não apagaram. Um c o rre la to
anatóm ico, no hom em , para esta d e s c o b e rta d e Freud to c a n te aos restos instintivos tê m o -lo , p o r
exem plo, nos nossos artelhos, restos arcaicos d o s te m p o s prim evos o nd e o hom em , para sua
defesa, precisava vive r em árvores e, p o rta n to , seus pés eram tam bém órgãos preênseis.
Os restos arcaicos na anatomia, c o m o os artelhos, o eventual apa recim ento d o cisto
pilonidal, os den tes cisos, bem c o m o a am bivalência instintual excessiva que Freud cita acima são
restos filo g e n é tic o s sem elhantes aos que se p o d e enco ntrar em animais superiores, to d avia são
mais e vid entes no homem. Vou ser bre ve aqui para não me desviar d o assunto, mas p o s tu lo que
alguns tra ço s filo g e n é tic o s tra z id o s d o s te m p o s prim evos, m uito acentuados nos homens, em
com paração aos o u tro s animais, são d e vid o s, em p a rle , à grande su p e rio rid a d e in telectual d o
hom em , capaz d e d e fe n d e r-s e e c o n tra p o r-s e m elhor e mais rapidam ente ãs adversidades natu
rais, uma defesa da vida que nos o utros animais só a seleção natural p o d e fazer. Só em acréscim o
a esta linha d e investigação, p o d e ria lembrar, não fosse o dese n vo lvim e n to mental p rivile g ia d o
que tem o hom em , nossos recém -nascidos, os mais indefesos d e to d a s as espé cies animais, não
sobreviveriam , e, p o rta n to , nossa e spé cie não existiria.
Se quiserm os escrever em form a d e c o n to a herança arcaica e filo g e n é tica d e impulsos
instintuais no hom em , sobre a qual fala Freud na citaçã o que estam os considerand o, poderíam os
dizer, talvez com uma ce rta im precisão term in oló gica, que estes im pulsos ativos, em sua form a
inalterada, fazem p a rte d e uma "m em ória da e sp é cie ”. Filogenética. Herança Biológica que nos
determ ina c o m o espé cie, tra z e n d o em seu b o jo características genéticas d e espécies anteriores
na evolução. Foi através das pistas da M em ória da Espécie que Freud chegou â conclusão d e que
"o hom em de sce n d e d e um m am ífero que alcançava a m aturidade sexual à idade d e cin co anos e
cuja e s p é c ie (nota: o g rifo é m eu) sofreu alguma influência e x te rio r tão grande que fico u in te r
rom pida a tra g e tó ria retilínea d o d ese nvolvim ento da sexualidade. E isto p o d e estar relacionado
com algumas outras transform ações da vida sexual d o hom em , com parada com a d e outros ani
mais, tais c o m o a supressão da p e rio d ic id a d e da libido".
Todavia, p o r m o tivo s que vamos estudar a seguir, em outra p a rte d e s te m esm o te x to ,
Freud co n fu n d e o que é filo g e n é tic o co m o que não o é, m esm o quando acerta em intuições
maravilhosas a re s p e ito da p ré -h is tó ria humana, e rra ndo quando atribui à filo gêne se o que a esta
não p e rte n c e , co m o , p o r exe m p lo , no C apítulo V d e seu Esboço de Psicanálise:.. os sonhos
tazem à luz um m aterial que não p o d e te r-s e originado nem da vida adulta d e quem sonha nem de
sua infância esquecida. Somos o b rig a d o s a co n sid e rá -lo s p a rte da herança arcaica que uma crian
ça tra z consigo ao m undo, antes d e qualquer expe riência p ró p ria , influenciada pelas experiências
d e seus antepassados. D escobrim os a co n tra p a rtid a desse m aterial filo g e n é tic o nas lendas huma
nas mais antigas e em costum es que sobreviveram . Dessa maneira os sonhos constitue m uma fo n te
da p ré -h is tó ria humana que não d e ve ser m enosprezada". Embora seja esta a mais linda intuição de
Freud, a meu ver, e d e uma utilid a d e ainda insuspeitada p e lo s psicanalistas e te ó ric o s d e disciplinas
afins, necessita-se aqui d e p u ra r o ê rro e p is te m o ló s ic o d e Freud, d e c o rre n te d o Lamarckismo. Os
sonhos traze m à luz experiências d e nossos antepassados e d e nossa p ré -h istó ria , mas não p o r
via d o s gametas c o m o herança filogenética. Este m aterial não nos chega pela M em ória da Espécie,
enunciada linhas atrás e sim pela M em ória d o s Freitas que enunciarei mais adiante
D izendo em outras palavras, a m ontagem d e ste s co n to s, além d e te r um caráter d id á tic o
e artístico , é fe ita p o r construção, p o r um m o d e lo tal c o m o na física m ontam os o m o d e lo atô m i-
co , ou, caso se d ese je falar assim, um resgate da história co n stru íd o através das pistas que nos
fo rn e ce m os fa to s instintivos. Não se trata d e uma m em ória transm itida às gerações através da
cultura, form al ou inform alm ente; m uito m enos se p o d e ria pensar em fa to s traum áticos da história
da e spé cie transm itidos p e lo s gametas - o que seria um absurdo cie ntificam ente. Todavia esta
"m em ória da e sp é cie ”, que na ve rd a d e é uma m em ória da evolução da espécie, d e d u tíve l através
d o s fa to s co tid ia n o s, não é m enos acessível ao co n h ecim ento d o que a H istória helénica ou a
amnésia neurótica. A c re s c e n to que nas três situações - filogênese, história grega e amnésia ne u ró
tica - o con h e cim e n to mais acabado que p o d e m o s alcançar co m os m é to d o s d e investigação
disponíveis nunca p o d e ser mais que um c o n to ou m ontagem , mais ou m enos aproxim ativos, d o s
fa to s d e origem que estão sendo investigados.
Vamos e xp lo ra r m elhor este assunto e apontar, com clareza, o n d e é que Freud acerta
quando fala em filo gêne se (M em ória da Espécie). A c e rta em to d o os te x to s que s ito neste pará
g ra fo ora iniciado. Com parem os. Na pro je çã o d e um film e, em menos d e cin co m inutos, sobre o
crescim ento d e uma planta - que citam os c o m o m o d e lo d e c o n to ou m ontagem - há uma grande
condensação d o tem p o. Freud, agora a ce rtando sobre aquilo que é filo g e n é tic o , condensa o tem
p o , e d e maneira extrem a, na m ontagem que faz sobre a história filogené tica da origem d o sistema
consciente, assunto d e que trata no Capítulo IV d e "Além d o Princípio d o Prazer" "Imaginemos um
organismo viv o em sua form a mais sim plificada possível, co m o uma vesícula indiferenciada d e uma
substância que é suscetível d e estimulação. Então, a superfície voltada para o m undo exte rn o , pela
sua p ró p ria situação, se diferenciará e servirá d e órgão para o recebim e nto d e estímulos. Na verda
de, a em briologia, em sua capacidade recapituladora da história desenvolvim ental, m ostra-nos real
m ente que o sistema nervoso central se origina d o ectoderma,- a matéria cinzenta d o c ó rte x perm a
nece um de riva d o da camada superficial prim itiva d o organismo e p o d e te r herdado algumas d e suas
p ro pried ades essenciais. Seria então fácil supor que, c o m o resultado d o im pacto incessante de
estímulos e xternos sobre a superfície da vesícula, sua substância, até uma ce rta pro fu n d id a d e , p o d e
te r sido perm anentem ente m odificada, d e maneira que os processos e x c ita tó rio s nela seguem um
curso d ife re n te d o seguido nas camadas mais profundas. Form ar-se-ia então uma crosta, que acaba
ria p o r ficar tão inteiram ente 'calcinada' pela estim ulação, que apresentaria as co n d içõ e s mais favo
ráveis possíveis para a re cepção d e estímulos e se tornaria incapaz d e qualquer outra m odificação".
A condensação d e te m p o que Freud faz na m ontagem acima é tão extensa que, em poucas linhas,
conta uma história d e dois bilhões d e anos, te m p o que a m oderna ciência atribui à evolução d e um
organismo vivo, na sua form a mais sim plificada possível, c o m o o que uma vesícula indiferenciada de
uma substância que é suscetível d e estim ulação levou para evoluir até a form a humana d e vida. A lém
disso Freud superpõe, neste trech o, uma história condensada da ontogênese d o sistema conscien
te, utilizando-se da em briologia.
O bservando e ste te x to cond ensad o d e Freud p o d e m o s p ro d u z ir alguns pensam entos. O
p rim e iro deles é que a filo gêne se abre um c ó d ig o , uma m em ória ou, se quiserm os, uma chave que,
d e c e rto m o d o , m olda a ontogê nese - em outras palavras, a ontogênese, em c e rta m edida, re p e
te a filogênese.
Seguindo e ste pensam ento, p o d e m o s d iz e r que to d a e spé cie viva, inclusive a humana,
recapitula, d e ce rta form a, em sua evolução o n to g e n é tica , os caminhos e vo lu tivo s p e rc o rrid o s
p o r todas as espécies que lhe antecederam na linha evolutiva da seleção natural. A isso fo i que
chamei linhas atrás d e "m em ória da espécie". Tal "m em ória da e s p é c ie ”, na ve rdade , e xib e um
tra je to co m p u lsó rio (fis io ló g ic o , físico, co m porta m e nta l), tra je to que cada e spé cie viva re ca p itu
la das outras tantas espécies que lhe antecederam na escala evolutiva. A "m em ória da espécie" é,
p o rta n to , uma m em ória tam bém d e to d a s as e spé cies ancestrais. Isto é no q u e consiste__a
filo gêne se. Freud nos fala a re s p e ito no C apítulo V d e "A lém d o Princípio d o Prazer", a p a rtir d o
m om e nto em que expressa sua im pressão d e que "a substância viva tem uma natureza conse rva
d o ra ” e infere aqui, através d o e stu d o d o s instintos que: 1a) A substância viva não só recapitula o
tra je to e v o lu tiv o d e suas form as ancestrais na escala evolutiva (a o n togê nese recapituland o a
filo gêne se) co m o , ainda, segundo ele, 2a) A substância viva procura v o lta r ao passado (é nesta
segunda inferência que Freud co n jectura uma natureza conservadora para a substância viva). É
tam bém desta segunda inferência (a procura da vo lta ao passado) que Freud postula a idéia d e
"instinto d e m orte". V oltarei a d is c u tir a idéia d e "instinto d e m o rte ” e esta segunda inferência d e
Freud (a procura da vo lta ao passado) mais tarde, ainda neste trabalho. No m om ento estou interes
sado em m ostrar que Freud nos fala a respeito daquilo que chamei d e "memória d e espécie" quando,
em seu te x to p o r últim o re fe rid o , nos p e rm ite m ontar a prim eira inferência que ele - im plicitam ente
- faz: a substância viva recapitula o tra je to e vo lu tivo d e suas form as ancestrais na escala evolutiva.
A o final d o parágrafo d iz Freud: "Vemos c o m o o germ e d e um animal vivo é o b rig a d o , no curso de
sua evolução, a recapitular (m esm o se d e maneira transitória e abreviada) as estruturas d e todas as
form as das quais se originou, em vez d e avançar rapidam ente, pela via mais curta, até sua form a
final". Linhas ò fren te, inclusive, Freud vai até as últimas conseqüências nesta sua prim eira inferência:
"Em última instância, o que d e ixo u sua marca sobre o desenvolvim ento d o s organismos d e ve te r sido
a história da Terra em que vivem os e d e sua relação com o Sol. Toda m odificação, assim im posta ao
curso da vida d o organismo, é aceita p e los instintos orgânicos conservadores e armazenada para
u lte rio r re p e tiçã o ”.
Não há c o m o d uvidar da presença d o filo g e n é tic o na nossa o n togê nese e em nosso co m
p o rta m e n to co tid ia n o . A "m em ória da e sp é cie ” é uma presença m uito ativa na vida d e cada ser
humano, bem c o m o nos o u tro s animais. Freud nos ilustra com exem plos da m em ória da espécie,
em animais, no C apítulo V d e seu "A lém d o Princípio d o Prazer". À página 54 d iz ele: "Relembraremos
exem plos tira d o s da vida animal que parecem confirm ar a opiniã o d e que os instintos são h is to ri
cam ente determ inados. C e rtos peixes, p o r e xe m plo, em preendem laboriosas m igrações, na é p o
ca da desova, a fim d e d e p o s ita r sua pro g é n ie em éguas específicas, m uito afastadas d e suas
regiões costum eiras. Na opiniã o d e m uitos b ió lo g o s , o que fazem é sim plesm ente pro cu ra r as
localidades que suas espé cies antigam ente habitavam (n o ta minha: aqui re fe rin d o -s e às espécies
ancestrais na e vo lu çã o ) mas que, no d e c o rre r d o te m p o , trocaram p o r outras. A c re d ita -s e que a
mesma e xp lica çã o se aplique aos v ô o s m ig ra tó rio s das aves d e arribação, mas som os rapidam ente
liberados da necessidade d e buscar o u tro s exem plos pela re fle xã o d e que as mais impressivas
provas d e que há uma com pulsão orgânica a re p e tir estão nos fenôm enos da h e re d ita rie d a d e e da
em briologia. Vem os c o m o o germ e d e um animal v iv o é o b rig a d o , no curso d e sua evolução, a
recapitular (m esm o se d e maneira transitória e abreviada) as estruturas d e todas as form as das
quais se originou. "Aqui Freud cita exem plos d e fato s que se re p e te m no indivíduo (peixes, aves
d e arribação, germ e d e um animal v iv o ) e no organism o d e um indivíduo (fa to s da em briologia)
d e c o rre n te s d e uma m em ória filo g e n e tica m e n te herdada, inata, e aonde, p o rta n to , na aquisição
d e s te m aterial m nêm ico, não há p a rticip a çã o da cultura, da expe riência individual, d o aprend iza
d o form al ou inform al, da tra d içã o histórica, social, regional, familiar ou pessoal d o indivíduo.
Todavia, im pregnado ainda d o m o d e lo te ó ric o lamarckista, c o m o vamos ver a seguir, Freud
d erra p o u a p a rtir daí na te o ria e a tro p e lo u sua p e rc e p ç ã o da filogênese com os erros d e Lamarck.
Vejamos agora. Em "O Ego e o ld ” d iz Freud; “Não devem os in terpretar a diferença entre o Ego e o
ld em um sentid o dem asiadam ente d rá stico e apressado, nem esquecer que o Ego é uma parte d o
ld especialm ente m odificada. À prim eira vista parece que as experiências sofridas p e lo Ego estão
perdidas para a posteridade,- no entanto, quando são repetidas com suficiente freqüência e inten
sidade, nos sucessivos indivíduos d e muitas gerações, transform am -se a si mesmas em experiências
d o ld, cuja reprodução conserva vestígios das existências vividas p o r inumeráveis Egos anteriores; e
quando o Ego co nstitui seu superego a p a rtir d o ld, p o d e talvez estar tão som ente revivendo
imagens d e egos desaparecidos e assegurando-lhes uma ressurreição”.
Esta idéia te ó ric a im plica uma c o n c e p ç ã o lamarckista sobre a po ssib ilid a d e d e herança de
caracteres a d q u irid o s e não acha a p o io na m oderna ciência genética e, d o p o n to d e vista que
estam os estudando, co n fu n d e o que é filo g e n é tico : só se p o d e falar em filogênese, com aquisi
ção d e caracteres, quando há mudança d e espécie. É im possível, p o r exem plo, sustentar a co n
ce p ç ã o d e Freud sobre a contin uid ade filo se n é tica d o supereso. A lém da "m em ória da espécie"
d e que venho tra ta n d o neste trabalho, que é filo g e n é tica (e, com ce rte za , estocada no ld), a
outra via d e transmissão d e experiências d e gerações anteriores (e a única possível d e n tro d e uma
mesma e sp é cie ) é a cultura, ou, se quiserm os, a tra d içã o social, a tra d içã o familiar que, sabemos,
em grande p a rte é transm itida aos "herdeiros”, que a re p e te m e recapitulam quase que cegam en
te , re sp e ita n d o -se a variação que há em cada indivíduo no assimilar e re p ro d u z ir esta m emória
(tra d iç ã o pessoal).
Esta última via d e transmissão d e c ó d ig o s d e uma geração para outra, na espé cie humana,
criado ra d e relações afetivas e com porta m e nta is tã o arraigadas e profundas, que obriga o indiví
d u o a re p e tir p a d rõ e s a fe tiv o s e co m p o rta m e n ta is tã o re n ite n te m e n te , m esm o qua ndo há
inadequação e nenhum prazer, repetir, repetir, re p e tir os p a d rõ e s culturais, da tra d içã o social, da
tra d içã o regional e da tra d içã o familiar, tu d o d e n tro d e uma inim itável “tra d içã o pessoal”, peculiar
e inerente a cada indivíduo, m uito a mim faz lem brar da minha "tradicional família mineira", com
to d a m ineirice que vem ju n to das peculiaridades d e minha família Freitas e da quantidade d e trab a
lho que ambas estão me dan do para d e c o d ific á -la s em mim mesmo. Esta transmissão d e ca ra cte
rísticas, d e geração a geração, que evid e n te m e n te não se faz p o r via da filogênese, também
im plica uma m em ória, distinta da "m em ória da e sp é cie ” que venho descrevendo,- p o d e ria eu chamá-
la d e "m em ória só cio -cu ltu ra l-fa m ilia r-p e sso a l" e tal nom e me parece p re cis o , mas é m uito p ro lix o ;
p e lo s m o tivo s acima d e s c rito s vou chamá-la afetivam ente e ao meu talante d e "M em ória dos
Freitas". Digo d e passagem que é a M em ória d o s Freitas o que dá a ilusão, ou im pressão virtual, d e
que um indivíduo, c o lo c a d o em hipnose, expe rim e nta "regressão a vidas passadas”. Todavia, esta
im pressão virtual não tem nada d e Espírita ou d e Sobrenatural — a M em ória d o s Freitas p o d e
fa ze r-n o s re p ro d u z ir vivências, co m p o rta m e n to s, a titudes e até lembranças d e fa to s vivid o s p o r
nossos ancestrais, os mais longínquos, consangüíneos ou não. Mas isso é tran sm itido p e lo s c ó d i-
3 os m udos transculturais, d e geração a geração, através da m em ória s ó c io -c u ltu ra l-fa m ilia r-p e s -
soal-inform al-inconsciente: a M em ória d o s Freitas. Chamada e d e fin id a assim, vou estudá-la mais
um p o u c o , em seguida. É esta m em ória que nos tra z e conserva vestígios das experiências vividas
p o r nossas gerações anteriores, p o r nossos ancestrais, c o m o intui Freud, mas não é possível a tri
buí-la ao gametas, à filogênese. É nesta segunda M em ória, aonde o e g o revive imagens d e egos
desaparecid os e assegura-lhes uma ressurreição. E, é ó b v io , a ressurreição d e egos consangüíneos
e não consangüíneos. É p o r esta via que as lendas humanas mais antigas e os antigos costum es
sobrevivem e isto não tem nada a ver com a filogênese.
Em "O Ego e O ld ” d iz Freud: "Se considerarm os mais uma vez a orige m d o superego, tal
co m o a descrevem os, reconhecerem os que ele é o resultado d e d o is fa to re s altam ente im portan
tes, um d e natureza b io ló g ic a e o u tro d e natureza histórica, a saber: a duração prolongada, no
hom em , d o desam paro e d e p endên cia d e sua infância, e o fa to d e seu c o m p le x o d e Édipo, cuja
repressão entendem os achar-se vinculada à in te rru p çã o d o dese n vo lvim e n to libidinal p e lo p e río
d o d e latência e, assim, ao início b ifá sico da vida sexual d o homem. De a c o rd o com a h ip ó te se
psicanalítica, o fenóm eno p o r últim o m encionado, que parece ser peculiar ao hom em , co n stitu i
herança d o dese n vo lvim e n to cultural to rn a d o necessário pela é p o ca glacial. Vem os, então, que a
dife re n cia çã o d o superego a p a rtir d o e g o não é que stão d e acaso; ela representa as caracterís
ticas mais im portantes d o dese n vo lvim e n to ta n to d o indivíduo qua nto da esp é cie ; em verdade,
d an do expressão perm anente à influência d o s pais, ela p e rp e tu a a existência d o s fa to re s a que
d e ve sua origem".
O d u p lo d e sp e rta r da vida sexual é um tra ç o herd a d o da e spé cie ("m em ória da e sp é cie ”
está e sta b e le c id o filogenicam ente, e m anifesta-se em um curso d e fin id o d o dese nvolvim ento,
onto g e n e tica m e n te , em cada indivíduo. O co m p le x o d e É dipo e a pro p e n sã o humana a co n stitu ir
estreitas relações afetivas são uma resultante d o s traço s hereditá rios, acrescidos d e um o u tro
tra ç o filo g e n é tic o , a carência d e mecanismos a u tom áticos d e c o m p o rta m e n to estre itam ente
co rre lacionad os co m as dem andas instintivas, o que im plica a necessidade d e aprend er m odos
adequados d e c o m p o rta m e n to , p ró p ria d o ser humano. P ortanto o d e s p e rta r b ifá s ic o da sexua
lidade e o c o m p le x o d e É dipo são h istó rico s no s e n tid o d e que fazem p a rte d o p ro ce sso de
d e se nvolvim ento o n to g e n é tic o co rre s p o n d e n te â história pessoal d e cada indivíduo ("m em ória
da espécie"). P odem os d iz e r ainda que to d a socie d a d e humana revela uma co m p le xa tra d içã o
social e familiar, historicam ente constituídas, e, em conseqüência, o c o n te ú d o d o supe reg o dos
indivíduos d e to d a s as sociedades, necessariam ente, tem seus p ró p rio s caracteres h istóricos,
p o d e n d o assem elhar-se, em m uitos aspectos, nos indivíduos d e diversas gerações ("M em ória d o s
Freitas"). Dessas duas form as é possível ente n d e r a assertiva freudiana d e que "a dife re n cia çã o d o
superego a p a rtir d o e g o não é questão d e acaso,- ela representa as características mais im portan
tes d o d e se nvolvim ento, ta n to d o indivíduo quanto da e sp é cie ”. Mas é im possível c o n co rd a r
quando Freud, a b so rve n d o uma idéia d e Ferenczi, adere à idéia d e que o c o m p le x o d e É dipo e o
co n te ú d o d o supe reg o se originam num d e te rm in a d o a co n te c im e n to h is tó ric o -c u ltu ra l, e daí são
transm itidos filo gene ticam e nte d e uma a outra geração da e sp é cie humana. Isto é lamarckismo
mesmo, co n fu n d e a te o ria e co n fu n d e o que é filogênese.
Podem os dize r, no e n tanto, que as diversas co n d içõ e s d e crescim ento e desenvolvim en
to o n to g e n é tic o s d o hom em , estabelecidas filogene ticam e nte , p ro d u ze m as p re d is p o s iç õ e s e
capacidades b io ló g ica s e p sicoló gicas para a form ação d e relações afetivas, ju n to a todas as
m últiplas maneiras d e enfrentá-las. O co n tin e n te da "m em ória d o s Freitas" p ro p o rc io n a o co n te ú
d o e fe tiv o a que as tendências afetivas d o indivíduo serão referidas, m elhor d ize n d o , o filo g e n é tico
serve de m o ld e para que cada indivíduo, à sua maneira, desenvolva e interaja sua "M em ória dos
Freitas”. Q uando Freud fala em "Além d o Princípio d o Prazer" q u e :"... sentim os nossa linha d e pensa
m ento apreciavelm ente entravada p e lo fa to d e não p o d e rm o s atribuir ao instinto sexual as caracte
rísticas d e uma com pulsão è re p e tiçã o que prim eiram ente nos c o lo c o u na trilha dos instintos de
m orte. A esfera d o s processos d e desenvolvim ento em brionário é, sem dúvida alguma, extrem a
m ente rica em tais fenóm enos d e repetição", ou ainda que "as duas células ^erminflis Hl \? (?çfãn
envolvidas na ,ep ro d u ç3 0 sexual e J h i t t de OH Vfcb 0 t > c » „e $ d a « a
11
orgânica”, ou ainda que "o p o d e r d e regenerar um órgão p e rd id o , fa ze n d o crescer d e n o vo um
o u tro semelhante, estende -se bem acima d o reino animal”, ou ainda quando nos fala nos peixes
m igratórios e nas aves d e arribação, Freud está falando no filo g e n é tic o ("m em ória da espécie"), o
que não p o d e m o s co nfund ir co m o material seguinte, cujo c o n te ú d o nada tem d e filo g e n é tic o e faz
p a rte da "M em ória d o s Freitas", a saber, na citação d e Freud que-, "... (O p a ciente) é obrig a d o a
re p e tir o m aterial re p rim id o c o m o se fosse uma experiência contem porânea em vez d e ... re co rd á -
lo c o m o algo p e rte n c e n te ao passado. Essas reproduçõe s ... sem pre têm com o tema alguma parte
da vida sexual infantil, isto é, d o co m p le x o d e Édipo, e d e seus derivativos, e são invariavelmente
atuadas (a c te d o u t) na esfera da tra n sfe rê n cia .. .”, ou a sua afirm ação d e que "os sonhos traze m à
luz experiências d e nossos antepassados e d e nossa pré-história".
T rocando em m iúdos, p o d e m o s d iz e r que a "M em ória d o s Freitas” p e d e e m p resta do o
m o d e lo da re p e tiç ã o filo g e n é tica para exercer, em cada indivíduo e d e maneira peculiar, sua
prim eira e as subseqüentes relações objetais. Isto nos faz ver que as re p e tiç õ e s com pulsivas
d e c o rre n te s da "M em ória d o s Freitas” não têm a fo rç a filo g e n é tica das re p e tiç õ e s com pulsivas da
"M em ória da espé cie" (Graças a Deus!). Se não fosse assim, as prim eiras seriam irredutíveis. É
im possível tra ta r psicanalíticam ente, ou co m q ua lque r o u tra té cn ica , com pulsão à re p e tiç ã o
filo gené tica. O filo g e n é tic o é im utável, salvo m udando-se d e espécie. Mas estas com pulsões,
fe lizm e n te não são conflitivas.
Eu p o d e ria dize r, ainda, que os instintos fazem p a rte da "m em ória da espécie". Nada há de
mais filo g e n é tic o que os instintos. Os tra ço s m nêm icos da espé cie, que vão sendo re p e tid o s
através da filogênese, são, na verdade, uma aquisição (o u as aquisições) d e cada espé cie no
p ro ce sso d e evo lu çã o p o r seleção natural; estes traço s m nêm icos da e spé cie têm um se n tid o de
de fe sa da vida e caminham no se n tid o da e volução d o s seres vivos e, em bora sem pre nos p e rm i
tam olhar "para trá s' no p ro ce sso e v o lu tivo , sem pre apontam "para a fren te", para o p ro g resso das
espécies, bastando para isso lem brar que cada tra ç o m nêm ico co m p o n e n te da "m em ória da es
p é c ie ”, e n te n d id o o que é filogênese, som ente p o d e rá ser realm ente re p e tid o na e sp é cie seguin
te (e nas espécies seguintes) na escala evolutiva e, p o rta n to , seu argum ento te le o lõ g ic o é o
progresso.
A té agora discutim os a prim eira inferência que m ontam os sobre o que concluiu Freud a
p a rtir d o e stu d o d o s instintos, qual seja, que a o ntogê nese recapitula a filogênese,- agora já
adentram os na discussão da segunda inferência que m ontam os, a vo lta ao passado e seu c o ro lá rio
- o instinto d e m orte.
Q uando examina a com pulsão è re p e tiçã o , Freud postula que sua função é a d e alcançar o
dom ínio das situações instintivas ("m em órias da e sp é cie ”) ou das situações co n flitiva s ("m em ória
d o s Freitas”), em bora, c o m o já vim os, ele não faça esta d istinção e m isture o que é filo g e n é tic o
com o que não o é. N o entanto, é cabível perguntar aqui que tip o d e dom ínio é este que se
persegue m ediante a assim chamada "natureza conservadora d o s instintos ou da vida orgânica". A
resposta que Freud dá a que stão alicerça-se em seu e rro básico sobre genética. Para Freud, to d a
m o d ifica çã o d o organism o vivo (na filo gêne se) d e ve ser considerada c o m o im posta pelas forças
p e rtu rb a d o ra s externas e, conse qüen tem ente, o esta d o a n te rio r que os instintos d o s animais
busca restaurar é aquele esta d o que existiu antes que houvessem a c o n te c id o tais p e rtu rb a çõ e s (a
v o lta ao passado). Eis aí o e rro fundam ental c e n tra d o na genética à Lamarck. A genética m oderna
m ostra que as m utações não são im postas nem suscitadas p o r força s externas, mas são, isto sim,
variações espontâneas da co n stitu içã o genética d o plasma germinal, lim itando-se o p ap el das
forças externas tã o som ente a determ inar se os novos indivíduos irão so b re vive r ou não. Tudo o
que se p o d e d iz e r d o p ro ce sso e v o lu tiv o é que as m utações d e fa to o c o rre m e que, se as espé
cies e indivíduos novos sobrevivem , é p o rq u e desenvolveram -se, enquanto indivíduos, d e a c o rd o
com sua co n stitu içã o genética. Não há razão alguma para su p o r que estes indivíduos perseguem ,
em qualquer se n tid o , o e sta d o p ré -e x is te n te ao a c o n te c e r das m utações. A o chegar à conclusão
d e que to d a s as m o d ifica çõ e s evolutivas (m utações) são p e rtu rb a ç õ e s indesejáveis que as forças
externas im põem a organism os remissos e conservadores, Freud infere que to d o ser v iv o busca
aquele e sta d o e xiste n te antes d e to d a p e rtu rb a çã o (a vo lta ao passado), isto é, a m o rte , ou a
existência inanimada, inorgânica.
Ora, p o d e m o s c o n c o rd a r em que to d o s os instintos são re p e tiç ã o d e um esta d o a n te rio r
d e coisas ("m em ória da espé cie"), na m edida que estão geneticam ente d e term inad os e que, em
conseqüência, a descendência d e uma espé cie dada re p e te o p a d rã o d e vida estrutural, d e co m
p o rta m e n to e expe riencial transm itidos p o r sua co n stitu içã o genética, mas isso é diam etralm ente
d ista n te d e afirm ar que to d o s os instintos buscam chegar a um e sta d o d e coisas previam ente
17
existe n te ao e sta b e le cim e n to da atual co n stitu içã o genética d o indivíduo. E, p o r outra, não há
evidência alguma, entre os instintos ob se rva d o s nas espécies animais, para sustentar o p o stu la d o
da existência d e instintos d e m o rte "em to d a vida orgânica em geral”. A segunda inferência de
Freud, assunto que estam os considerand o agora, ou seja, a vo lta ao passado, p a re ce -m e insusten
tável e c re io que só fo i inferida, salvo m elhor juízo, graças a uma visão lamarckista da filogênese.
Assim é,
Ou não.
É mais possível que seja,
Do que não.
SUMMARY
The Philogenesis
(The presence o f Lamarck and D arw in in Freud’s w o rk )
Dedicatória
Para:
Dr. A rth u r Francisco Póvoa, d e São Lourenço
Dr. Nasser Zacharias Alves, d e Belo H o riz o n te
Dr. N ey C o u to M arinho, d o Rio d e Janeiro
M eus A n jos da Guarda
15
Para:
Dr. Sigmund Freud
A n jo da Guarda d e to d o s nós
Ednei
Bibliosrafia
1. Biological Science Curriculum S tudy - Biologia, Edição Preliminar, Editora Universidade d e Brasília,
1965.
2. Bonner, J. T. - Idéias Fundamentais da Biologia, Zahar E ditores, Rio d e Janeiro, 1964.
3. Darw in, Charles - Viagem d e um Naturalista ao R edor d o M undo, Cia Brasil Editora, São Paulo,
1960.
4. D arw in, Charles - The A u to b io g ra p h y o f Charles Darwin, Ed. Francis Darw in, Dever Publications,
Inc., N e w York, 1958
5. Darwin, Charles - The O rigin o f Species, M a n to r Books, N e w York, 1958.
6. Fletcher, Ronald - El Instinto en el Hom bre, Editorial Paidós, Buenos Aires, 1972.
7. Freud, Sigmund - O bras Com pletas, Edição Standard Brasileira, IM A G O Editora, Rio d e Janeiro,
1976.
8. Hurley, Patrick M. - Qual é a Idade da Terra? C oleção Cientistas d e Amanhã (IBECC), Ed. Univer
sidade d e São Paulo, 1963.
9. Kalmus, H. - G enetics, Pelican Ed., 1948.
10. Linton, Ralph - O H o m em Uma Introdução à A n tro p o lo g ia , Livraria M artins Editora, São Paulo,
1968.
11. Lemarck, Jean Baptiste - Philosophie Z o o lo g iq u e , Librairie Reinwald, Schieider Frères, Editeurs,
Paris, 1907.
12. O parin, A. I. - A O rigem da Vida, Editora V itó ria , Rio d e Janeiro, 1956.
13. O parin, A. I. - The O rigin o f Life on the Earth, / 3rd Edition, A ca dem ic Press, N e w York, 1957.
14. Tinbergen, N. - The Study o f Instinct, O x fo rd , 1951.
15. Tinbergen, N. - Social Behaviour in Animals, M ethuen, 1953.
16. Tinbergen, N. - Flighting and Threat in Animals, Penguin N e w Biology, 14 A b ril, 1953.
Veja-se tam bém Physiological Mechanisms in Animal Behaviour.
17. Politzer, G eorges - Princípios Fundamentais d e Filosofia, HELMUS Livraria-E ditora, São Paulo,
1970.
POR QUE RESOLVI PUBLICAR
"A FILOGÊNESE" NO BOLETIM
“Assim é,
O u não.
É mais possível que seja,
Do que não.”
17
Aliás, sem me dar co nta, já que e stou escreven do a te cla c o rrid a , p e rc e b i só agora que
acabei e screven do não as pequenas notas que eu queria e xp lica r p o rq u e resolvi pu b lica r “A
Filogênese" em nosso Boletim , e sim que acabei, d e maneira involuntária, p ro d u z in d o um trabalho.
Tanto melhor.
V e rda de que, co m e ste d e sd o b ra m e n to um ta n to utilitarista que acabo d e d e c id ir para
o te x to , ficam in com pletas as notas que eu queria fa z e r para e xp lica r em que d e se jo que os
colegas me ajudem , e o m o tiv o p e lo qual resolvi pu b lica r "A Filogênese" em nosso Boletim.
Mas, agora, te n h o d o is m o tivo s para interrom pê-las, am bos e sté tico s. 0 p rim e iro é que
se eu prosseguisse, iria fugir d o s regram entos d o In stitu to para os trabalhos o b rig a tó rio s - mistura
d e assuntos, o que não ficaria e s té tic o , d e qualquer m odo. O segundo é que, c o m o estou notan
d o , ficaria d o tamanho d e um e le fa n te e, tam bém , não seria e sté tico .
Não posso, entretanto, om itir que gostaria d e levar ã discussão outros p o n to s que me
suscitam dúvidas, em minha “A Filogênese”, com o, p o r exem plo, a idéia d e instinto d e m o rte , aspec
to s da com pulsão à repetição , a d e c o rre n te questão d o "Princípio d o Nirvana” que Freud acreditava
ser um caso especial da "tendência à estabilidade”, d e Fechner. Q ue pensar, ainda, sobre os três
intentos que fe z Freud para classificar os instintos? Sobre este asp e cto , Freud te n to u estas classifi
cações quando se achava determ inad o p o r ce rta consideração que predom inava em seu pensa
m ento: os fatos d o c o n flito instintivo. Neste caso, nas três classificações que sugere, achamo-nos
com uma análise confessadam ente dualista, na que d o is grupos d e instintos se conce bem em o p o
sição mútua: 1) Os instintos d o e g o (auto-co nservadores) e os instintos sexuais (conservadores da
espécie); 2) Libido narcisista e lib id o o b jetai (am or d irig id o ao e g o e am or d irig id o ao o b je to ); 3)
Instintos d e Vida (Eros) e Instintos d e M o rte (Thanatos). A pergunta, neste particular, é: p o r que, ao
tratar d e p ro p o rc io n a r uma base instintiva para as fissuras fundamentais que acha na personalidade
humana, Freud deixa d e lado o m é to d o relativam ente d ire to d e classificar os instintos, d e a co rd o
com suas finalidades e fontes, co m o ele mesmo p ro p õ e em "Os Instintos e suas vicissitudes", que
estava tã o d e a c o rd o com os do is traços d o instinto que constituem a base d e classificação p ro
posta ta n to p e lo s prim eiros autores instintivistas (Darwin, W illiam James - 1890 -, C. Lloyd M organ -
1894 L. T. H obhouse -1901 entre outros), quanto p e los e tó lo s o s (Drever, p o r exem plo)? Por que
Freud abandona este m é to d o para in troduzir-se em linhas d e pensam ento menos seguras e precisas,
a análise dualista? Vou ficar p o r aqui. Creio, agora, que expliquei, d e maneira adequada, aos meus
colegas d o GEPR, um p o u c o d o que eu gostaria d e conversar sobre o meu te x to anterior, e a razão
pela qual resolvi publicar "A Filogênese" no Boletim.
SUMMARY
This article originated from my perplexity after having passed one year since the
publication o f “A Filogenese", which made me receive several amazing comments, which shows
that nobody has understood it I even heard bizarre comments such as, "Look Ednei, I have been to
a conference in Europe and a conversation with So and so (a world-famous psychoanalyst) and he
said that there is no longer anyplace fo r philogenesis in Psychoanalysis, lam sorry to te ll you that".
/ ended up writing a new article to celebrate one year o f the publication o f "A Filogenese",
making it more explicit and expanding questions raised on the previous article, as well as including
original concepts concemins Myths and Freitas'Memory, topics that were not touched, diverginq
from blind-spot, in psychoanalysis. I also raised a question over the double classification, done by
Freud, about instincts and talk about the origins o fproto-fantasies. It is essentially a epistemoloqical
article, as "A filogenese" was.
D E D IC A T Ó R IA
Para:
Ednei
Bibliografia
1. DARWIN, Charles — TheAutobiography o f Charles Darwin, Ed. Francis Darwin, Dever Publications
Inc., N e w York, 1958.
2. DARWIN, Charles — The Origin o f Species — M e n to r Books, N e w York, 1958.
3. DARWIN, Charles — Viagem d e um naturalista ao re d o r d o m undo, Cia. Brasil Editora, São Paulo,
1960.
4. DREVER, James — Instinct in man, C am bridge U niversity Press, 1917.
5. The C lassification o f Instintcts, British Journal o f Psychology, Jan-1924.
6. FREITAS, Ednei — A Filogênese, pub licação para o G.E.P.R., R ecife, 1991.
7. FREUD, Sigmund — Análise d e uma fo b ia em um m enino d e cin co anos — Vol. X - Ed. Standard,
IM A G O Editora, Rio d e Janeiro, 1969.
8. FREUD, Sigmund — Os Instintos e suas vicissitudes — Vol. XIX, Ed. Standard, IM A G O Editora,
Rio d e Janeiro, 1969.
9. HOBHOUSE, L.T. — Mind in Evolution, London, 1901.
10. HOBHOUSE, L.T. — Morais in Evolution, Chapman and Hall, London, 1951.
11. HOBHOUSE, L.T. — Theory o f Knowledge, London, 1896.
12. HOBHOUSE, L.T. — Development and Purpose, London, 1927.
13. HOBHOUSE, L.T. — Social Development, London, 1924.
14. HOBHOUSE, L.T. — The Rational Good, London, 1921.
15. JAMES, W illiam — Principals o f Psychology, M acM illon, 1890.
16. JONES, Ernest — V ida e O bra d e Sigmund Freud, Vol. 2, Pp. 301-313, Título X — Biologia.
17. LAMARCK, Jean Baptiste — Philosophie Zooiogique, Librairie Reinwald, Schleider and Frères
Editeurs, Paris, 1907.
18. M ORGAN, C. Lloyd — The interpretation o f Nature, M acM illan, 1905.
19. MORGAN, C. Lloyd —Introduction to Comparative Psychology, London, 1894.
20. MORGAN, C. Lloyd - The Natural History o f Experience, British Journal o f Psychology, 1909.
21. MORGAN, C. Lloyd — Habits and Instincts, London, 1896.
OBJETIVIDADE E SUBJETIVIDADE
EM PSICANÁLISE
IN T R O D U Ç Ã O
A filo s o fia ê o fundam ento te ó ric o das ciências. Sem ela to d a ciência sucumbiria. Filoso
fia e Ciência são, pois, inseparáveis, mas constitue m atividades distintas.
Enquanto cada ciência se ocupa d e estudar as leis p ró p ria s d e um bem d e te rm in a d o
s e to r da realidade é tare fa da filo s o fia d e s c o b rir e form ular leis mais gerais, que são com uns a
to d a ciência, d an do s u p o rte aos enunciados te ó ric o s e à práxis cie ntífica, q ue r validando, quer
refutando.
O tem a o b je tiv id a d e e subjetividade em psicanálise rem ete, obrig a to ria m e n te , à Filoso
fia. A c ie n tific id a d e da psicanálise ocup a o c e n tro da questão. E as palavras o b je tiv o e subjetivo
nos d ã o a chave para e n tend ê-la, p o is a interação entre o que é o b je tiv o e o que é su b je tivo é o
que vai d e term inar se a a tividade d e um psicanalista está ou não caracterizada c o m o ciência. É
disso que me o c u p o neste artigo.
Para apresentar o problem a relatarei trê s conversas que tiv e com analistas da IPA. O que
houve d e com um nessas conversas fo i que to d o s me disseram: "Eu não a c re d ito em psicanálise
aplicada". A um deles eu pergun tei a razão e ele, então, me respondeu: "A quilo é m uito subjetivo,
não tem valor".
A ch ei a o b je ç ã o - d o s trê s - um ta n to chocante, mas re sp e ite i as opiniões. Lem brei-m e,
então, que se eles não acreditavam em psicanálise aplicada havia, em co n tra p a rtid a , p e lo menos
d o is o u tro s psicanalistas que acreditaram : Sigmund Freud (5) e M elanie Klein (9). Eu não p o d e ria
considerar, então, que esta fosse uma questão fechada. De qualquer form a a asserção d o psicana
lista fico u c o m o uma indagação. Perguntei-m e: o que há d e e rra d o com a subjetividade?
Percebi, d e p o is , que falar em psicanálise aplicada não é m uito fre q ü e n te entre nós,
c o m o se fosse um assunto evitad o. É possível que to q u e na dúvida silenciosa e incôm oda sobre a
su b je tivid a d e d e nossa práxis. A Revista Brasileira de Psicanálise, o p o rtu n a e corajosam ente,
conclam a agora os analistas a ro m p e r e ste silêncio.
O u tro tema p o lê m ico tem sido as relações da Psicanálise com a Herm enêutica. Basta ler
publicações recentes, inclusive aRBP, para p e rc e b e r que os analistas estão d ivid id o s nesta questão.
Foi levando tu d o isso em conta que p ro d u z i este a rtigo, cu jo p rim e iro tó p ic o trata de
Psicanálise e H erm enêutica; o segundo fala das relações entre psicanálise aplicada, su b jetividade e
te o ria psicanalítica, abrigando um e stu d o d e análise aplicada so b re um c o n to da literatura brasilei
ra; o te rc e iro e últim o tó p ic o aborda a Psicanálise c o m o Ciência, u tiliza n d o p rincipalm e nte as
filo so fia s d e Kant e d e Popper.
I. P S IC AN Á LISE E H E R M E N Ê U T IC A
11. P S IC AN ÁLIS E A P L IC A D A
111. A PS IC AN ÁLISE C O M O C IÊ N C IA
r\
nário clín ico (C f. p. 873), p u b lica n d o -a na Revista Brasileira de Psicanálise, pois, segundo Popper-,
" to d o enunciado c ie n tífic o e m p írico p o d e ser apresentado d e maneira tal que todos quantos
dominem a técnica adequada possam su b m e tê -lo s è prova. Se, c o m o resultado, hou ver rejeição
d o enunciado, não basta que a pessoa nos fale acerca d e seu sentim ento d e co n vicçã o , no que se
re fe re às suas p e rc e p ç õ e s . O que essa pessoa d e ve fa ze r é form ular uma asserção que contradisa
a nossa, fo rn e c e n d o -n o s indicações para subm etê-la à prova. Se ela deixa d e agir assim, só nos
resta p e d ir-lh e que faça n o vo e mais cu id a d o so exame d e nosso e x p e rim e n to , e que re flita mais
dem oradam ente". (15)
A s e xp lica çõ e s o b jetivas d e significado dadas ao p a cie n te acima m encionado foram
construídas através da in te rp re ta çã o d o discurso (se n tid o am plo: verbal e nã o -ve rb a l) inconsci
ente daquele analisando. O discurso inconsciente só vem a ser significante na relação transferencial,
que é in terlo cução. A in te rp re ta çã o o b je tiva da transferência destaca e evidencia o se n tid o la
te n te e x is te n te nas palavras ou no c o m p o rta m e n to d o analisando.
Uma alegação que p o d e ria surgir aqui, p rincipalm e nte d e pessoas m enos afeitas à Psica
nálise, ou p o r obse rva d o re s d e sa ten to s, seria a d e que Eustáquio é único e, p o rta n to , a e xp e riê n
cia pessoal com psicanálise não tem c o m o ser testa do e re p ro d u zid a com o u tro p a ciente, sendo
isso, enfim , o que não p e rm ite sua transmissão e cie n tificid a d e .
Essa, n o entanto, seria uma afirm ação falaciosa, enraizada no nosso narcisism o - o mes
m o que nos fe z resistir tã o vio len tam ente à afirm ação d e C o p é rn ico , e d e p o is Galileu, d e que a
Terra girava em to rn o d o Sol. A unicidade e a individualidade d e cada ser humano é uma aquisição
tardia, gradual e in com pleta, na evolução o n toge nética. Uma m aior individuação, uma m aior d ife
renciação são alcançadas p o r indivíduos d e m aior sensibilidade, p rin cipalm e nte se estiverem li
b e rto s da d oe nça mental. Estes p o d e m chegar a um m elhor co n h e cim e n to - e reconhe cim ento -
d e si m esmos, bem c o m o d o m undo e x te rn o ao self. Tal evolução m ental não é apanágio d o s
psicanalísados, p o d e n d o , igualm ente, ser conseguida p o r ou tro s caminhos. N o entanto, a Psicaná
lise p o d e ser d e fin id a c o m o uma ciência em defesa intransigente da cria tivid a d e , que é a marca
característica d o s esp írito s evoluídos. A inda assim, m esm o os e spíritos mais d ife re n cia d o s e cria
tivo s, c o m o o foram Freud e M elanie Klein, só para c ita r p o u c o s exem plos, não ficam imunes à
re p e tiçã o , o que q ue r d iz e r que não é possível uma co m p le ta individuação e unicidade-, o seif
nunca se d ife re n cia to ta lm e n te d e suas raízes (2 ) nem d o o b je to (3). Por o u tro lado, qua nto menos
d o ta d o d e sensibilidade, conh e cim e n to e inteligência, o indivíduo to rn a -se m enos original, mais
re p e titiv o e d e p ou ca ou nenhuma criatividade. Isto se acentua se há doe nça mental. Q uem já fo i,
c o m o eu, psiquiatra d o INAMPS, em lugares d ife re n te s d o Brasil, c o m o Pernam buco e Rio de
Janeiro, n o to u que os pacientes usam a mesma form a d e expressão para com unicar suas afliçõ e s e,
quando conseguim os in terpretá-las, lá estão as mesmas fantasias. Nesses casos a unicidade d e
cada indivíduo e xiste , mas é bem m enos acentuada.
E aqui v o lto a falar da p a to lo g ia d e Eustáquio. C om o to d a d o e n ça m ental, ela tem m uito
p o u c o d e única, e se re p e te , d e m o d o sem elhante, em to d o s os Eustáquios. Foi isso o que torn ou
possível fa ze r da Psicanálise uma Ciência.
A razão p o r que os indivíduos repetem , em qualquer p a rte d o m undo, as mesmas fanta
sias, as mesmas form as d e expressão das doenças e ou tro s co m p o rta m e n to s, com as mesmas
form as d e expressão, está na filogênese e nos d o is registros d e m em ória a ela vinculados, um
d e le s d ire ta e o u tro indiretam ente, assunto so b re o que d is c o rri em trab alho anterior. (2)
Sobre a inevitabilidade da re p e tiçã o , m esm o nos esp írito s mais evoluídos e criativos,
gostaria d e c ita r um e xe m p lo d a d o p e lo Prof. A n to n io M uniz d e R ezende, em seu livro Bion e o
futuro da Psicanálise. Embora o autor estivesse ali d e se n vo lve n d o o assunto p o r um v é rtic e d ife
rente - e m uito ric o - o e xe m p lo que dá, a meu ver, ilustra o que estou falando agora. Diz e le :
"G ostaria m esm o d e c o n ta r coisas que me aco n te ce m e p o d e ria m a c o n te c e r a qualquer um. Estou
lá no meu e s c ritó rio trabalhando, d e re p e n te tenho uma idéia original! E escrevo. Só que dois
meses d e p o is , p e g o um livro, e lã está a mesma idéia, às vezes com as mesmas palavras". (17)
Por últim o é necessário que eu fale d e P o p p e r c o m o c rític o d a q u ilo que ele achou que
era Psicanálise. A o te n ta r falar desta ciência, P o pper escorregou fe io no p r ó p rio m é to d o , violan
d o -o . Por e xe m p lo , é d e le a asserção que transcrevi linhas acima, afirm ando que to d o enunciado
c ie n tífic o e m p írico p o d e ser apresentado d e tal maneira que ta ntos qu a n to dom inem a técnica
adequada possam su b m e tê -lo s à prova. N o entanto, sabe-se lá p o r que, resolve re fu ta r os enun
cia dos psicanalíticos sem te r sequer a vivência d e transferência e sem dom inar a técnica adequa
da e, mais ainda, apenas fala acerca d e seu sentim ento d e co n vicçã o , no que se re fe re âs suas
p e rc e p ç õ e s , sem form ular qualquer asserção que contradig a os enunciados psicanalíticos - tu d o
o que seu m é to d o desaconselha.
Q uando vam os buscar as "críticas" d e P o pper à te o ria psicanalítica, o que observam os é
que ele c ritica fanáticos dosm atistas, cujas asserções tom a equ ivoca dam ente c o m o sendo da
Psicanálise. C om o verem os abaixo, P o pper se to rn o u presa fácil d o p ró p rio do sm a tism o que ele
critica e, c o m o to d o d o g m á tic o , passa a falar d o que não entend e, p ro d u z in d o te x to s bizarros
co m o este, c ita d o p o r S aporiti (19):
Diz Popper: "Ela (N o ta minha: a Psicanálise) é uma interessante m etafísica psicolósica...
mas ela nunca fo i uma ciência. Devem e xistir m uitos casos exem plares das teorias d e A d le r e de
Freud. Mas o que im pede a te o ria deles d e ser cie ntífica, no s e n tid o aqui d e s c rito , é, m uito sim
plesm ente, que essas teorias não excluem nenhum c o m p o rta m e n to humano possível. Seja lá o que
fo r que alguém faça é, em p rin cíp io , exp licá ve l em te rm o s d e Freud ou d e Adler... Esse p o n to é
m uito claro, nem Freud nem A d le r fazem nenhuma exclusão qua nto aos possíveis co m p o rta m e n to s
d e alsuém, sejam quais fo re m as circunstâncias e xteriores. Q uer um hom em tenha sa crifica d o sua
vida para salvar uma criança que se afoga (um caso d e sublim ação), q ue r ele a m ate p o r de ixá -la se
afogar (um caso d e repressão), isso não p o d e ria ser nem p re d ito nem excluído pela teoria freudiana.
A te o ria era com patível com tu d o que pudesse a con tecer, m esm o sem nenhum tra ta m e n to e sp e
cial d e im unização”. (19)
O que vim os acima fo i P o pper te n ta n d o re fu ta r o que ele imagina serem idéias psicana-
líticas co m um argum ento ló gico . Por o u tro lado, a onisciência que ele atribui à te o ria psicanalítica
nunca fo i reivindicada p o r Freud. O nde P o p p e r fo i buscá-la? Tal onisciência seria sinônim o de
inconsciência - o o p o s to d o que a Psicanálise procura c o m o destin o. Freud, já em 1914, opunha
"neurose narcísica" à "neurose d e transferência”, afirm ando que não p o d ia incluir em suas teorias
os pacientes p o rta d o re s d e "psiconeurose narcisista" e que não aceitava nem recom endava que
psicanalistas recebessem pacientes com tais p e rtu rb a çõ e s para serem subm etid os à Psicanálise.
Esta co lo ca çã o , p o r si só, já refu ta am plam ente a p ro p o s iç ã o acima e xp o sta , d e Popper, d e que
"essas teorias (N ota minha: a Psicanálise) não excluem nenhum co m p o rta m e n to humano possível.
Seja lá o que alguém faça é, em p rin cíp io , e xp licá ve l” (19). Fica tam bém p a te n te , neste te x to de
Popper, sua ignorância sobre os c o n c e ito s psicanalíticos, bastando ve r a maneira desastrosa co m o
ele define^sublim ação e repressão.
À medida que Popper procura criticar o dogm atismo (psicanalismo) de seus "amigos
que eram adm iradores d e Freud” (19) e co n fu n d e tais opin iõ e s com a te o ria psicanalítica, contam i-
na-se ele m esm o com o fanatism o d o g m á tico . A lém d o mais P o p p e r mistura Freud, A d le r e M arx
no m esmo saco! Suas "críticas” dirigem -se tam bém ao co m p o rta m e n to d e o u tro tip o d e dogm atistas
fanáticos, que ele nomeia c o m o seus "amigos que eram adm iradores d e M a rx”, os quais, pela
de scriçã o que deles nos faz Popper, sem dúvida, nada tinham d e m arxistas, ta n to qua nto o p rim e i
ro co n ju n to d e "amigos" c ita d o nada tinha d e psicanalista.
A n tes d e transcrever o te x to p o p p e ria n o , ju lg o o p o rtu n o ocup ar um p a rágrafo para
com entar sobre o fanatism o d o g m á tico . A Psicanálise, ta n to qua nto o M arxism o, viu no d e c o rre r
d e s te século - sem nenhuma responsabilidade sobre isso - surgirem fanáticos em qu a tro grandes
grupos: Psicanalismo, Anti-Psicanalismo, Esquerdism o e A nti-M arxism o. Sobre o esquerdism o, Lênin
fo i o b rig a d o , no c o m e ç o d o século, a escrever seu livro Esquerdismo a doença infantil do Comu
nismo (11). Sobre as outras trê s categorias d e fa n ático -do gm a tistas ainda falta literatura. É im p o r
tante que se diga (e, absolutam ente, não é este o caso d e P o pper), que em to d o s esses qua tro
grandes grupos se infiltraram m uitos oportunistas, p ro cu ra n d o levar vantagens, algumas vezes sem
qualquer tip o d e escrúpulo.
Vejam os agora c o m o P o pper abandona, mais uma vez, o seu p ró p rio m é to d o d e d u tiv o
d e prova para, em vez d e falsear as p ro p o s iç õ e s das teorias que "critica ”, re p ro va r o c o m p o rta
m ento d e seus "am igos” e sair cassando a licença cie n tífica d e Freud, M arx e A d ler. O te x to de
P o pper que se segue é c ita d o no livro d e Saporiti (19):
"Foi durante o ano d e 1919 que co m e ce i a e xpe rim e nta r cre sce n te insatisfação a p ro p ó
sito d e três teorias: a te o ria M arxista da História, a Psicanálise e a Psicologia Individual. E com ecei
a te r dúvidas so b re o e s ta tu to c ie n tífic o em relação ao qual elas tinham pretensões. M eu p ro b le
ma tom o u, d e início, a seguinte form a: o que será que está e rra d o co m o M arxism o, a Psicanálise e
a Psicologia Individual? Por que são elas tã o d ife re n te s das teorias físicas, da te o ria d e N e w to n e,
especialm ente, da te o ria da relatividade?. .. d e n tre nós, p o u co s naquela é p o ca teriam d ito que
acreditavam que a te o ria da gravitação d e Einstein fosse verdadeira. Esse fa to dem onstra que
aquilo que me preocupava não era uma dúvida relacionada à ve rdade dessas teorias, mas, sim, que
era algo d ife re n te . .. Talvez fosse um ressentim ento meu p o r achar que essas trê s teorias, m ulto
em bora pretendessem ser ciência, apresentavam, na verdade, mais afinidade co m os m itos prim i
tivo s d o que com a ciência. Elas se pareciam mais com a astrologia d o que com a astronom ia.
Eu d e s c o b ri, então, que os meus am igos que eram adm iradores d e M arx, Freud e A dler,
m ostravam -se, to d o s eles, im pressionados co m um c e rto núm ero d e p o n to s que essas teorias
tinham em com um , e, particularm en te, p o r seu aparente p o d e r e xp lica tivo . Essas teorias pareciam
ser capazes d e e x p lic a r praticam ente tu d o o que pudesse a c o n te c e r no cam po ao qual elas
faziam referência. Estudar uma delas parecia te r o e fe ito d e uma conversão in telectual ou d e uma
revelação, a b rin d o seus olhos para uma ve rd a d e nova, escon did a daqueles que não tinham sid o
iniciados. Uma ve z, p o ré m , que v o c ê tivesse seus olhos a b e rto s, v o c ê passaria a ver confirm ações
dela p o r to d a parte: o m undo estaria re p le to d e ve rifica çõ e s da teoria. Q ualquer a co n te cim e n to
que tivesse lugar iria c o n firm á -la ” (P o p p e r 1962).
Os "am igos” d e Popper, que ele ora critica , in ve stin d o -o s c o m o p o rta -v o z e s d o M arxis
m o e da Psicanálise, ainda com etera m a façanha d e se m ostrar im pressionados com um c e rto
número d e po nto s que a Psicanálise e o Marxismo tinham em comum! Popper não se deu ao traba
lho de explicar que po nto s são esses; no entanto, é bom lembrar que Freud nunca concordou com
o M arxism o, e os clássicos marxistas abominam a Psicanálise.
Em suma, a Teoria d o M é to d o D edutivo d e Prova, d e Karl Popper, é um grande p a trim ônio
para a humanidade ainda hoje. Pensando isso, neste artig o , p ro c u ro m ostrar o legítim o e s ta tu to d e
Ciência que tem a Psicanálise, exatam ente a nco rad o na te o ria popperiana. Isto, c o n tu d o , me o b ri
ga a denunciar a incursão equ ivoca da na crítica antim arxista, bem c o m o na crítica antipsicanalítica,
fe ita p o r Popper.
Em se tra ta n d o d e Psicanálise, usando novam ente as palavras d e Popper, “to d o enuncia
d o c ie n tífic o e m p írico p o d e ser apresen tad o d e maneira tal que to d o s quantos dom inem a té c n i
ca adequada possam su b m e tê -lo s â pro va ”. Penso que, para te sta r em piricam ente a Psicanálise, o
e xp e rim e n ta d o r - c o m o em qualquer ciência - tem d e estar d e vidam ente e q u ip a d o com a técnica
adequada. O que, em Psicanálise, significa, p e lo menos, que o e xp e rim e n ta d o r tenha uma form a
ção psicanalítica similar à que tem o s na IPA. Caso c o n trá rio , ele não p o d e rá te sta r nada. Cada
m acaco só é o b je tiv o no seu galho.
SUMMARY
OBJECTIVITY AND
SUBJECTIVITY IN PSYCHOANALYSIS
When looking fo r the psychic manifestations o f his neurotic patients, Freud discovered
the existence o f objective and universal psychic processes. They are present in all human
manifestations, especially in the Arts. In Literature they can be clearly translated in the identification
processes. Objectivity in Psychoanalysis is a debate that goes back to Kant and, more recently, to
Karl Popper. Popper's model o f scientific knowledge seems to me to be the most adequate to
provide objectivity to interpretation, in as much as a theory is not disproved by practice, that is,
as long as it produces results predicted in its theoretical setting, it is approximately "true", its
untruthfulness w ill only take place through its invalidation, which w ill bring it down and demand
new theoretical constructions.
REFERÊNCIAS
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Interpretación Psicoanaiítica de Mitos Latinoamericanos, E d ita d o p o r G ru p o d e Estúdios
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3. — (1995a). Sobre a identidade.Boletim Científico da SPR. Recife, n° 22: 27-53.
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(4): 873-892.
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8. KANT, I. (1781). Critique o f pure reason. In The TranscendentalDoctrine o f Method. Editado p o r
N. Kemp Smith. Inslaterra, Cap. II, seção 3, 1933, p. 645.
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Imago, 1991, p p . 169-204.
10. LÉVI-STRAUSS, C. (1958). A eficácia sim bólica. In Antropologia Estrutural. Rio d e Janeiro: Tem
p o Brasileiro, 1970, pp. 2 0 4 -2 2 4 .
11. LÊNIN, V. I. (1920). Esquerdismo, doença infantil do comunismo. São Paulo: Sím bolo, 1978, pp.
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12. MALLEA, E. (1937). História de una pasión argentina. Buenos Aires: Sudamericana, 1984.
13. MASSUH, V. (1982). La Argentina como sentimiento, Buenos Aires: Sudamericana, 1982.
14. POPPER, K. (1934). A lógica da pesquisa científica. São Paulo: C ultrix, 1989, pp. 4 6 -4 9 .
15 . (1934). A iógica da pesquisa científica. O p. c it, pp. 106.
16 . (1971). Conhecimento objetivo. Belo H o rizo n te : Itatiaia, 1975, pp. 152-158.
17. REZENDE, A. M. (1993). Bion e o futuro da psicanálise. Campinas: Papirus, 1993, pp. 46-47.
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ção. Rio d e Janeiro: Agir, 1996, p p. 121-140.
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p p . 6 6 -6 7 .
CLASSIFICAÇÃO
DOS T R A N S TO R N O S
MENTAIS E COMPORTAMENTA1S
F00 A F99 DE ACORDO COM A ClD-10
F 0 0 -F 0 9 Transtornos m entais orgânicos, incluindo sin to m á tico s, in clu in d o -se o u tro d ia g n ó s ti
c o associado.
Estes pacientes, na imensa m aioria d o s casos, não rom pem com a M em ória d o s Freitas e
não requerem , p o r e xe m plo, Psicanálise ou outra terapia que faça pensar. Precisam d e cuidados
psiq u iá trico s b io ló s ic o s , orientação, disciplina, exe rcício s d e m em ória (a té m esm o d e M em ória
d o s Freitas: Religião, p o r e xe m p lo ), fisio te rap ia, terapia ocupaclonal, orie n ta çã o à família e, so
b re tu d o , o acom panham ento p e lo especialista que cu ide da doe nça que levou ao d ia g n ó stico
associado. Tais d istú rb io s sao: (V id e tam bém ca p ítu lo sobre Psiquiatria G eriátrica)
FOO.O Demência na Doença d e A lzh e im e r (G -3 0 .-)
F00.1 Demência na Doença d e A lzh e im e r d e início p re c o c e (G 30.0)
F00.2 Demência na Doença d e A lzheim e r d e início ta rd io (G 30.1)
F00.2 Demência na Doença d e A lzh e im e r form a atípica ou mista (G 30.8)
F00.9 Demência não -e sp e cifica d a na Doença d e A lzh e im e r (G 30.9)
z. /
F13 Transtornos mentais e com porta m e nta is d e v id o s ao uso d e sedativos ou
h ip n ó tico s
F14 Transtornos m entais e com porta m e nta is d e v id o s ao uso d e cocaína
F15 Transtornos m entais e com porta m e nta is d e v id o s ao uso d e o u tro s e sti
mulantes, inclusive a cafeína
F16 Transtornos m entais e com porta m e nta is d e v id o s ao uso d e alucinósenos
F17 Transtornos mentais e com porta m e nta is d e v id o s ao uso d e ta b a co
F18 Transtornos mentais e co m porta m e nta is d e v id o s ao uso d e solventes
voláteis
F19 Transtornos m entais e com porta m e nta is d e v id o s ao uso d e m últiplas d ro
gas e ao uso d e outras substâncias psicoativas
.0. intoxicação aguda
.1. uso n o c iv o para a saúde
.2. síndrom e d e dep endên cia
.3. síndrom e (e s ta d o ) d e abstinência
.4. síndrom e d e abstinência com delirium
.5. tra n sto rn o p s ic ó tic o
.6. síndrom e amnéstica
.7.transtorno p s ic ó tic o residual ou d e instalação tardia
.8. o u tro s transtornos m entais ou com portam entais
.9. tra n sto rn o mental ou co m porta m e nta l não e s p e c ific a d o
O G rande G rupo d as P s ic o s e s N âo -O r g â n ic a s
A qui situam -se, basicam ente, as doenças ligadas à Esquizofrenia e aos Transtornos d e
hum or (a fe tivo s). Não d e p e n d e m da ingestão d e drogas p ro d u zid a s no m eio e x te rn o ao organis
m o mas sim às d o p ró p rio organism o, com uma determ inaçã o filo g e n é tica fundam ental. São mani
fe sta ções da a p o p to s e , hoje m uito estudada na im unologia, na vida mental.
Por sua natureza, filo g e n é tica , o pa cie n te que irrom p e com estes d istú rb io s p s ic ó tic o s ,
em geral, rom pe co m a M em ória d o s Freitas. Este é o c rité rio para se indicar a Psicanálise. Mas o
tra tam ento m é d ic o (p s iq u iá tric o ) e p s ic o fa rm a c o ló g ic o deve m vir prim eiro, durante, e d e p o is da
Psicanálise.
F20 a F29 E squizofrenia, tra n sto rn o s e s q u iz o típ ic o s e d e lira n te s
F20 Esquizofrenia
F20.0 Esquizofrenia paranoide
F20.1 Esquizofrenia hebefrênica
F20.2 Esquizofrenia catatônica
F20.3 Esquizofrenia indiferenciada
F20.4 Depressão p ó s-e sq u izo frê n ica
F20.5 Esquizofrenia residual
F20.6 Esquizofrenia sim ples
F20.8 O utras esquizofrenias
F20.9 Esquizofrenia não e spe cificad a
F24 Transtorno d elirante in d u zid o (inclui folie à deux, p sicose sim biótica)
F25 Transtornos e sq u izo a fe tivo s
F25.0 Transtorno e s q u iz o a fe tiv o d o tip o maníaco
F25.1 Transtorno e s q u iz o a fe tiv o d o tip o d e p re ssivo
F25.2 Transtorno e s q u iz o a fe tiv o d o tip o m isto
F25.8 O utros tran stornos e sq u izo a fe tivo s
F25.9 Transtorno e s q u iz o a fe tiv o não e s p e c ific a d o
As N euro ses
AA
F55 A b u so d e substâncias que não p ro d u ze m dep endên cia
F55.0 A n tid e p re ssivo s
F55.1 Laxativos
F55.2 Analgésicos
F55.3 A n tiá cid o s
F55.4 Vitaminas
F55.5 E steróides ou horm ônios
F55.6 Ervas ou rem édios fo lc ló ric o s e sp e cífico s
F55.8 O utras substâncias que não p ro d u ze m d e p endên cia
F55.9 A b u so d e substância que não p ro d u z dep endên cia, não espe cificad a
A s P s ic o P A T i/ v s e P erversõ es
A CID-10 classifica, d e F60 a F62, as antes chamadas Psicopatias. Em F63, na minha in ter
p re ta çã o , e stão os pacientes fro n te iriç o s entre a p sico p a tia e a pe rve rsã o e d e F64 a F68 encon
tram -se as Perversões.
O p sico p a ta transgride sua M em ória d o s Freitas seguidam ente mas, paradoxalm ente,
não rom p e com ela. A consciência d e estar d o e n te é m uitíssim o mais rara que, p o r e xe m plo, na
Psicose.
Enquanto o p s ic ó tic o im p lo d e seu "rom pim ento”, o p s ico p a ta e x p lo d e -o lá fora , no
o u tro , transgredindo. A o o u tro são a tribuídos os males. Assim, o racism o, o escravagism o e p rá ti
cas sem elhantes mais sofisticadas são resultado da organização m ental p sicopética . A o o u tro não
são atribuídas as mesmas qualidades m orais e d ire ito s d e que o p sico p a ta se sente possuidor. E é
no o u tro que a transgressão à M em ória d o s Freitas é projetada. Os senhores d e escravos no Brasil
d o Século XV II acreditavam que índio não tinha alma. Mas eles, senhores d e escravos, achavam-se
hom ens d e bem , freqüentavam a igreja, comungavam, constituíam família e eram m oralistas com as
filhas — não co m as escravas.
Salvo associação co m outra d oe nça psiquiátrica não há c o m o pensar p o rq u e um senhor
d e escravo, no dia d e hoje, procuraria um psiquiatra. Em geral ele sente que está tu d o "m uito bem ”
e tu d o é "m uito natural”.
A que stã o da indicação para a Psicanálise é exclusivam ente d e p e n d e n te da co n vicção
pessoal d o p a cie n te d e que esteja d o e n te e p recise tratar-se. Se o p a ciente não tem co m p re e n
são disso não há analista que d ê je ito .
O p s ic o p a ta , no en ta n to , p o d e p recisar e b e n e fic ia r-s e da psiquiatria clínica e da
p sicofarm acologia, quando fo g e ao seu c o n tro le sua agressividade, e quando lhe acon tecem sur
to s d e natureza neu rótica ou p sicótica.
Já o Perverso, classificado d e F64 a F68, rom pe e, algumas vezes (a m inoria), sabe que
rom pe, com a M em ória d o s Freitas. Têm, em geral, um m elhor insightde d oe nça d o que os p s ic o -
patas. A inda assim, p e lo que p o sso observar, procuram raram ente o psiquiatra e rarissimamente o
psicanalista, e quando o fazem não é p o r causa da pe rve rsã o em si, mas p o r algum tran storno
p s iq u iá tric o pa ra le lo ou subjacente à Perversão. M uitos, em vez d e p ro cu ra r ajuda técnica, na área
d e saúde, o p ta m p o r sublimar, geralm ente através da A rte , o caos p ro v o c a d o pela ruptura com a
M em ória d o s Freitas. V o lta r a ela é impossível.
F60 Transtornos e sp e cífico s da personalidade
F60.0 Personalidade paranoide
F60.1 Personalidade e sq u izó id e
F60.2 Personalidade anti-social
F60.3 Personalidade em ocionalm ente instável
F60.4 Personalidade histriónica
F60.5 Personalidade anancástica
F60.6 Personalidade ansiosa (d e evitação)
F60.7 Personalidade d e p e n d e n te
F60.8 O u tro s tran stornos e sp e cífico s da personalidade
F60.9 Transtorno d e personalidade não e s p e c ific a d o
A D e f ic iê n c ia M ental
A d e ficiê n cia mental é uma co n tra -in d ica çã o para a Psicanálise, a meu ver. O psiquiatra é
útil qua ndo surgem doenças psiquiátricas enxertadas. C reio que para estes pacientes é fundam en
tal a d a pta r-se ou readap tar-se (se fo r o caso) à M em ória d o s Freitas. As cartilhas da família e da
so ciedad e de ve m ser aplicadas, com carinho. O u tro s cuidados são necessários, d e outras e sp e ci
alidades m édicas e param édicas.
F80-F89 T ranstornos d o d e s e n v o lv im e n to p s ic o ló g ic o
F94 T ra n s to rn o d o fu n c io n a m e n to s o c ia l c o m in íc io e s p e c ific a m e n te
durante a infância ou a adolescência
F98 O utros tran stornos com porta m e nta is e em ocionais co m início habitual
durante a infância ou a adolescência
F98.0 Enurese d e origem não-orgânica (Enurese SOE = R32)
F98.1 Encoprese d e origem não-orgânica (E ncoprese SOE = R15)
F98.2 Transtorno d e alim entação na infância (Recusa, S eletividade, Ruminação)
F98.3 Perversão d o a p e tite d o la cte n te ou da criança
F98.4 Estereotipias m otoras
F98.5 Gagueira (Tartam udez)
F98.6 Linguagem p re cip ita d a
F98.8 O u tro s tran stornos com porta m e nta is e em ocionais com início habitual na
infância ou na adolescência (D é fic it d e atenção sem h ip o ra tivid a d e ;
Enfiar o d e d o no nariz,- Roer unhas; M asturbação exagerada; Sucção d o
polegar).
F98.9 Transtornos com porta m e nta is e em ocionais não e s p e cifica d o s, havendo
iniciado, d e h á b ito , na infância ou na adolescência
A função que cum pre Virgílio na epo péia de Dante é a d o anjo da guarda, essa função
instintiva que venho descrevendo. A admiração que Dante Alighieri tinha pela obra d e Virgílio, seu
p o e ta p re fe rid o , iluminadora d e seus p ró p rio s poemas, fe z com que Dante usasse a lembrança de
Virgílio para pintar o re tra to d o anjo da guarda. Alighieri, co m o bom retratista, nos desenha, em rica
tela, com o os instintos nos servem d e guia to d a a vida e retrata com precisão nossos três m om entos
instintivos fundamentais: 1. O sinal d e alerta da ansiedade provocan do excitação instintiva, despertan
d o o instinto e, em cada instinto, uma roupasem específica — d e s c o n fo rto , inquietação, m edo e
outras sensações aflitivas — to Inferno. 2. Através d o canal d e ansiedade o instinto nos suia ate a
meta fixada, em preendendo-se, então, um e s fo rç o continuado, persistente, visando a consecução da
finalidade, incluídos os diversos m ovim entos corporais que pod em ser usados no curso d e tal e sfo r
ço, o que caracteriza o processo psíquico e distingue com clareza o co m porta m e nto instintivo da
mera ação reflexa — é o Pursatório; finalmente 3. O instinto, p o r uma prosressão exitosa, consesue
chegar até a consecução da meta, o que vem acom panhado d e um sentim ento d e pra ze r e, ao atingir
a finalidade, confere uma grata sensação d e satisfação — é o Paraíso.
O instintos, esses anjos da guarda, colocam -se adiante d e nós, ou melhor, d e n tro d e nós
desde o nosso prim eiro m om ento d e luz. São parte d e nossa natureza genética e inatos p o rtanto. Seu
desenvolvim ento cogn itivo d e diversas vicissitudes no homem p o d e levar a uma extensão ilimitada a
diferenciação d e seus mecanismos m otores, ao que chamamos aquisição d e habilidades. As doenças
psiquiátricas, sempre, vêm precedidas d e obstrução instintiva. Em conseqüência d o represam ento de
ansiedade que aí d e c o rre form am -se as diversas m anifestações sintomáticas das doenças mentais.
Q uando obstruídos em seu tra je to funcional rumo à consecução da meta, perturb ados co m o anjos
decaídos, os instintos, esses nossos dem ônios, instauram o c o n flito d e n tro da nossa m ente, onde
anjos e dem ônios passam a digladiar-se e esta oposição fica cada vez mais nítida quanto mais intensa
é a doença mental que se instala. Assim, uma afetação psicótica — também as neuróticas — da pessoa
não se limita a uma disfunção d o instinto sexual. Logo em seguida, com a sobrecarga d e ansiedade
d e n tro d o canal geral de alerta outros instintos vão sendo desp ertado s d e maneira mais ou menos
desordenada, demoníaca, p rovocan do novas perturbações. É d o conhecim ento clínico d e to d o psi
quiatra que o paciente p sic ó tic o , em crise, passa a sofrer d e maneira desordenada e irregular p e rtu r
bação no instinto d e dorm ir, no instinto da fom e, no instinto d e autopreservação, no instinto de cuidar
d o bem -estar da superfície d o c o rp o em geral e m uitos outros instintos que, p o u c o a po u co , ou em
b lo co , são perturb ados na progressão da doença.
O trabalho d e restauração da hom eostase instintiva perturbada também se faz com cons
truções através da palavra provo ca n d o uma mudança qualitativa no processo d e pensar, o que perm i
te ao paciente novos m odelos internos d e si mesmo e d e meu m undo d e relações. O exercício d o
pensam ento perm eia as ações instintivas perturbadas adiando-as para lhes c o n fe rir m aior eficiência
funcional. A função d o psiquiatra passa, fundamentalmente, pela habilidade d e ajudar cada paciente a
recuperar sua hom eostase instintiva — a hom eostase no canal geral d e alerta ou canal d e ansiedade.
Leve-se sempre em conta que a ansiedade é a grande aliada d o trabalho terapêutico, protossentim ento
d e to d o s os instintos. Sem ansiedade não há hom eostase nem vida. A ansiedade em si mesma, p o r
conseqüência, não é uma doença e sim o suporte prim eiro da higidez. A exacerbação ansiosa nas
diversas doenças psiquiátricas não é propriam ente a enferm idade e sim a exageração, muitas vezes
anárquica, dos sinais d e alerta d e nossas m anifestações instintivas funcionalm ente obstruídas. O psi
quiatra precisa, no trabalho terapêutico , saber co m o em prestar (a higidez d o ) seu p ró p rio anjo da
guarda para auxiliar o paciente a recuperar a higidez d e suas manifestações instintivas perturbadas.
Numa tentativa d e expressar em form a d e desenho — em um sentido mais literal da palavra
— minha p roposição feita neste estudo faço na página seguinte e para encerrar esta com unicação uma
imagem gráfica d e minha p ro p o sta representando 1. O estímulo inicial. 2. O canal d e ansiedade e sua
dinâmica de forças e funcionam ento. 3. Alguns instintos ou tendências instintivas. (V er Fig. 2, na página
seguinte).
QUADRO ESQUEMÁTICO INDICANDO ALGUNS DE NOSSOS INSTINTOS, SUA DINAMICA E SUA
c
RELAÇÃO COM O CANAL DE ANSIEDADE---------
RUMO A CONSECUÇÃO DA META
ESTIM U LO IN STIN TO OU C O M PO RTAM ENTO
INICIAL T E N D Ê N C IA IN STINTIVA IN STIN TIV O ___
x ^
c
FOME COMER tt. BUSCA 0 0
ALIMENTO
ACOMODAR SE
DORMIR
C
CANSAÇO PARA DORMIR
PRIVAÇÃO; NECESSIDADE
DE GRATIFICAÇÃO INSTIN BUSCA DO PRAZER
>
TtVA DE TODOS OS PARA RESOLUÇÃO
(HOMEOSTASE)
INSTINTOS VITAIS E
AUTO-PRESERVAÇÀO
X _- »X
EXCITAÇÃO SEXUAL -p* SEXUAL SJ fse ,!
BUSCA DO
<
-
p ♦
y ^ X
PARCEIRO SEXUAL
cc □
A f FUGA, EVITAÇÃO DA
PERCEPÇÃO OU *
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N —■ SITUAÇÃO PERIGOSA;
.......v.,*.
< <? 1
FANTASIA DE MEDO ET; BUSCA DO CONHECIDO,
PERIGO BUSCA DE AJUDA
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1
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TENSÃO NOS X V ---------------------------
= i BUSCA DE UM LUGAR
INTESTINOS EXCREÇÃO
PARA DEFECÇÃO
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SEDE ; i ;[
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BUSCA DE ÁGUA
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EXPERIÊNCIAS, CURIOSIDADE J * LO- 7*1
EXPERIÊNCIAS, EXPLO-
NOVAS EXCITAÇÕES \ 4> > ^ A Ç Ã O DO DESCONHEIC ID Q r -J
1
LUTA SEXUAL J CIUME
MANTER A COMPANHIA
AMADA LONGE DOS
RIVAIS
IN T R O D U Ç Ã O
A p ó s apresentar os prin cíp io s básicos da entrevista iniciai, vou ilustrar com um caso
clínico no qual a p sico fa rm a co lo sia fo i associada à psicanálise. P sicofarm acoterapia e p sico te ra p ia
são recursos com plem entares e que se somam.
O pa cie n te Eustáquio, durante seu p rim eiro ano d e análise, fo i m e d ic a d o com 225 mg de
imipramina diários,- ao fim d o p rim eiro ano d e análise passou a usor 150 mg e no te rc e iro ano d e
análise a medicação fo i suspensa, progressivam ente, até a cessação co m p le ta da ingesta d e m edi
cam ento. Com 4 anos d e análise, Eustáquio recebeu alta psicanalítica, e suas notícias, até 4 anos
d e p o is , são as d e que passa bem e não mais sofre u recaída, com desa parecim ento c o m p le to dos
sintomas.
A p re s e n to o caso clínico, c o n d u z id o no referencial Kleiniano, abrigando tam bém um
e stu d o sobre a identidade.
RESUM O
6 \
Ihora. Ele me fala na recuperação d e sua carteira d e id e n tid a d e que, segundo ele, estava "avariada"
há m uitos anos. Vou pinçar a fala d o p a ciente nesta sessão, à fre n te d o m aterial clínico que d e p o is
relatarei, dada a im portância que ela representa na com preensão d e s te m aterial. P retendo m ostrar
ao lo ngo d o trabalho que a c o n fu s ã o /in d e fin iç ã o da p ró p ria id e n tid a d e , em Eustáquio, está in ti
m am ente ligada à idéia d e im potência que, p o r sua ve z, é uma de fe sa co n tra a castração.
PACIENTE: Ontem eu fui tirara minha carteira de identidade... A final ontem eu consegui. E
também, afinai, consegui assinar o meu nome na presença de várias pessoas...
A minha antiga carteira de identidade está estragada e sem retrato desde
1969: eu a avariei acidentalmente, dias depois de havê-la tirado. Eu nunca tive
coragem, antes, de ir tirar outra. Ontem eu consegui...
M o m e n to s à fre n te , na mesma sessão, o p a ciente diz:
PACIENTE: Na noite passada eu tive mais uma reiação sexual com a Karina (Karina é sua
companheira)... Tive muita ereção e fiquei trepando com ela até gozar...
Por que o p a ciente sentia sua id e n tid a d e avariada e o que tem isso a ve r com a im p o tê n
cia? Perguntando d e outra form a: p o r que, ao recuperar sua id e n tid a d e , o pa cie n te re co b ra a
p o tência?
Podem os in fe rir da história d o p a cie n te que sua relação com a mãe era fundam ental
m ente perturb ada. Ele a descreveu c o m o uma mãe que cum pria to d a s as suas obrig a çõ e s m ecani
cam ente, mas não dava calor. Nenhum aconchego. Seu pai é d e s c rito c o m o um fracasso, que falha
em sua p o siçã o viril: “nada deu c e rto para ele", ou "não conseguiu se a ce rta r”, d iz Eustáquio.
Sabemos que o analisando nasceu e viveu sua m eninice no nordeste. A os 30 anos ele vo lta ao
n o rd e ste para p ro cu ra r algo que p e rd e u na infância.
Parte d o que ele ve io p ro cu ra r nós já p o d e m o s de d u zir: ele v e io atrás d e uma mulher
(mãe ideal) que sente te r p e rd id o no n o rd e ste , bem c o m o da p a rte d o seu self que deixou
enterrada nela, p ro d u z in d o uma "avaria" em sua id entidade. É ve rdade que as duas mulheres que
encontra lhe traze m a sensação d e fracasso e frustração: a prim eira “não quis nada com e le ”, ele
procura outra que já seja mãe e possa cuidar d e le , mas fica im p o te n te . Isto é, ele rep ro d u ziu aqui
as frustrações que viveu com a mãe internalizada, d e quem seus ressentim entos orais nunca tinham
sid o superados. M elanie Klein afirma: ''Podem os presum ir que esses sentim entos d e frustração
estenderam -se ao pai; isto p o rq u e , nas fantasias d o b e b e zin h o , o pai é o segundo o b je to d o qual
são esperadas gra tifica çõ e s orais. Em outras palavras, o lado p o s itiv o da hom ossexualidade de
Fabian (N ota minha: d e Eustáquio) tam bém fo i p e rtu rb a d o em sua raiz” (6).
A inda à luz d e Klein (6 ), po sso d iz e r que isso indica que a p o siçã o e sq u izo -p a ra n ó id e
não fo i bem elaborada, o que d e ixo u Eustáquio sem co n d içõ e s d e lidar adequadam ente com a
po siçã o depressiva e a p o ssib ilid a d e d e reparação. Em conseqüência não fo i capaz d e enfrentar
seus sentim entos d e perseguição e depressão.
Eustáquio p ro je ta seu self idealizado e sua mãe idealizada na prim eira mulher que p ro c u
ra. Esta p ro je ç ã o é tão intensa que se torna uma razão para ele d e ixa r a cid ade B e se m udar para
o n ordeste. Com a recusa desta m ulher que frustra sua e xp e cta tiva ele re in trojeta a mãe sem calor
e sem acon chego , revive ndo as em oções que e xp e rim e n to u na infância, quando sua mãe o frus
trava oral e genitalm ente. A p a r te idealizada d o self, que fo i pro je ta d a , é sentida c o m o pe rd id a
no o b je to e nele enterrada. E isto o que ele vai me d iz e r mais tarde, em uma sessão que apresento
neste trabalho: ele sonha que é um "m o rto -v iv o ” e n te rra d o na rua o n d e nasceu, na cid ade A.
A o reintrojetar a mãe sem calor, deixand o e n te rra d o no o b je to p a rte d e seu self idealiza
d o , há um borra m e n to ainda m aior em sua p e rc e p ç ã o da identidade d o self. Então ele procura outra
mulher que seja mãe e possa cuidar dele. Mas ele p ro je ta nela seu ó d io , ressentim ento e d e s c o n fi
ança e a reintrojeta c o m o má e castradora, d o que Eustáquio se d e fe n d e com a im potência.
Na análise o pa cie n te revive este jo g o p ro je tiv o -in tro je tiv o co m ig o e, à m edida que
p u d e interpretar, paulatinam ente, este m aterial para ele pudem os v ê -lo "em ergindo” o self do
o b je to ideal e p e rs e g u id o r (o analista), a d q uirind o assim um m elhor Insightde. sua id entida de bem
c o m o a p o tê n cia sexual. Na apresentação clínica a seguir p re te n d o m ostrar um p o u c o d e s te meu
trab alho com Eustáquio.
A im portância dada è sua carteira d e id e n tid a d e tam bém d e n o ta que sua identidade
estava ligada àquelas partes d o self que estavam perdidas e que elas representavam o núcleo da
sua personalidade.
ANALISTA: Você sente um vazio dentro de você mesmo. Procura fugir dele não pensan
do sobre isso. A forma que você acha para não pensar sobre isso aqui, hoje,
é a sonolência e o silêncio. O seu e o meu.
PACIENTE: Hoje não tinha nenhuma muiher sem rosto para eu paquerar...
ANALISTA: Para fugir de seu sentimento de vazio, para não falar dele aqui, comigo, você
procura uma excitação na rua. Assim saímos eu e você atrás da mulher sem
rosto e não falaremos nada sobre a sua sensação de vazio.
PACIENTE: Mas alguma coisa dentro de mim está dizendo para eu faiar aqui, com você.
A té já passou bastante a sonolência que eu estava sentindo.
(PAUSA)
PACIENTE-, ,4Karina, anteontem, tomou a iniciativa — que, como sempre, eu não tomo —
de me convidarpara ter uma relação com ela. Eu disse que sim, mas eu dei uma
resposta num tom tão monótono que ela acabou desistindo. O tom da minha
resposta, apesar de eu ter dito que sim, tirou todo o estímulo dela.
ANALISTA: Parece que também a minha reiação com você lhe traz o sentim ento de que
possa estar desestim ulante para mim, peio tom monótono como você me
fala, pela sua falta de iniciativa, de seu longo silêncio no início da sessão ou
mesmo peia sua expressão: "eu estou com sono' Parece que, hoje, você quis
me desestim ular a fazer sua análise.
PACIENTE: Acho que eu quero desestim ular a Karina, porque senão eu vou ter de fazer
sexo.
ANALISTA: Você também quer me desestim ularporque você tem medo de sentir vazio,
aqui na anáiise, e sua impotência. Ao mesmo tempo você pretende silenciar
a minha iniciativa. Algo em você prefere que nós fiquemos aquipassivos e
com sono. Ao mesmo tempo você prefere ficar aqui comigo, vem ã análise,
porque você tem medo de ficar sozinho com você mesmo.
(O p a cie n te faz silêncio, já p e rto d o final da sessão.)
Enquanto Eustáquio fazia silêncio fui pen sando no sig n ific a d o d e sua te n ta tiva de
desestim ular a relação. Eustáquio estava me m ostrando o quanto ele sente inveja da criatividade d o
analista. Este paciente se incom oda com a dupla criativa. Preferiria a dupla estéril, aonde pudesse
ficar na passividade e no sono. Q uando a dupla se torna criativa, fé rtil, o paciente ataca o vínculo:
nesta sessão através da fala m onótona, d o silêncio p é tre o e pela indução da sonolência no analista.
P ode-se notar, tam bém , na sessão em exame, que a a titu d e d e Eustáquio é passiva. Por
exem plo: quando declara que sua com panheira to m o u a iniciativa p o r ele — "iniciativa que, com o
sem pre, não tom o ". Este seu a s p e c to passivo está ligado á sua p o siçã o feminina d e base, p e rc e
bida p o r A n d ré G reen quando este psicanalista supervisionou "O Caso Eustáquio”. “É uma posição
feminina d e base relacionada à mãe" (Green, 1994) (4). Eustáquio, na sessão em exam e, queria ser,
mais uma ve z, o o b je to passivo m anipulado pela mãe. É este o lugar em que ele c o lo c a o analista
(a mãe que o manipula).
Com m aior clareza esta transferência se re p e te na sessão seguinte e eu a in te rp re to .
Vejam os a sessão:
Eustáquio chega pontualm ente.
PACIENTE: Eu estava pensando sobre_ ter ficado aqui, em silêncio, ontem. Eu não conse
guia articular o que falar. Às vezes eu faio alguma coisa e sinto que fica soito,
não vejo nenhum retorno... E o analista não fala nada!Eu acho que isto tem que
mudar, senão fica sem sentido a minha análise.
(A qui tem os uma com unicação im p o rta n te d o p a ciente sobre o e sta d o d e seu seif na
sessão anterior, o que é um insightd o p a ciente sobre o esta d o d e vazio, desorganização e falta
d e articulação d e seu se/Z vividos nos prim eiros d e z m inutos da sessão da véspera. Tal insight de
sua desarticulação, no entanto, o deixa m uito ansioso — o m edo d e ficar sozinho consigo m esmo
— e p ro cura p ro je ta r estes sentim entos no analista. Ele espera, tam bém , que o analista, d e posse
d o se/Zdesartículado, organize p o r ele o caos. Enquanto isso Eustáquio fica passivo, esperando.
Este e sta d o d e fragm entação d o se/f m ostra o que há d e subjacente à organização
obsessivo-com pulsiva d o paciente-, neste estado d e grande predom ínio das ansiedades paranóides,
c o m o nos d e z m inutos iniciais da sessão anterior, o que a co n te c e com Eustáquio durante a sessão
Á 4-
está para além d e sua capa cida de d e m anipulação das representações. Q uando a organização
obse ssivo-com pulsiva reaparece, na análise, ela m ostra a capa cida de d e orsanização e reorgani
zação, p e lo p a cie n te , d e seus fantasmas fundamentais. A organização obse ssivo-com pulsiva apa
rece em Eustéquio c o m o progresso, c o m o p o ssib ilid a d e d e e x e rc e r um c e rto c o n tro le , um c e rto
desem penho, em relação a qualquer coisa d e mais desorganizado).
ANALISTA: A análise é sua, mas você espera que eu faie por você, que eu faça a análise
por você. Sou eu quem deve ficar ativo.
PACIENTE: £ Eu fico esperando que você faie para mim.
A N A LIS TA : V ocê q u e r q u e e u fale p a ra v o c ê e p o r você.
PACIENTE: Eu fico numa atitude ativamente passiva.
A N A LIS TA : £ Você quer ficar numa atitude ativamente passiva e quer que eu manipule
você, como se você fosse uma criança pequena.
(PAUSA)
PACIENTE: Eu fico lembrando a mulher sem rosto...
Exatamente. Você hoje está me vendo como a mulher sem rosto que está
A N A LIS TA :
dentro de você e que você procura em toda parte. A muiher sem rosto,
como a do ônibus de outro dia, é aquela de quem você procura ficar perto
mas não dirige a palavra. Você não toma a iniciativa. É o que você faz aqui,
hoje, comigo. Você quer ficar perto de mim, vem à sessão, chega na hora.
Mas você não toma a iniciativa da paiavra. Você fica na atitude ativamente
passiva e espera que eu me dirija a você, que eu faie por você. Talvez você
só esteja querendo, mesmo, ouvir a minha voz, quem sabe um acalanto. Eu
cantar para você dormir e ficar tranqüilo.
PACIENTE: Interessante você falar isso. Agora está me vindo à cabeça algo que eu nunca
correlacionei mas agora parece fazer sentido-, eu não queria um analista ho
mem, eu sempre procurei uma analista mulher. Foram as circunstâncias que me
obrigaram a ficar com você. Em terapias anteriores, que eu procurei fazer, eu
sempre procurei uma terapeuta mulher. Foi uma mulher, uma psiquiatra, que
acabou me mandando para você. Eujá havia falado sobre isto com a Karina,
mas eu nunca percebi esta equivalência de hoje.,.
A passividade d o p a ciente na sessão acima relatada está ligada à sua p o siçã o feminina
d e base, que, "Em Eustéquio, é uma p o siçã o feminina relacionada à mãe" (G reen, 1994) (4 ), o que
é, especialm ente no m enino, uma p o siçã o d e alienação. É uma p o siçã o d e alienação p o rq u e a falta
da mãe tem p o r resultado que a única solução possível, para Eustéquio, é a d e vir a ser ela. E isto
p ro vo ca um fantasma agressivo enorm e p o rq u e confund e, para o paciente, sua p ró p ria id entida
d e . A confusão a c o n te c e p o rq u e o vir a ser a mãe não p o d e ser re co n h e cid o p o r ele co m o
id entida de masculina.
O seifde. Eustéquio está "subm erso" em sua mãe: não só c o n fu n d id o com ela, mas sendo
ela. O e m p o b re cim e n to d o self, co m conseqüente apagam ento d e sua id entida de, é se ntid o com
muita intensidade p e lo p a cie n te que se imagina, c o m o ele vai d iz e r mais â fre n te , "um m o rto -v iv o "
e n te rra d o na rua em que morava na cid ade A — lugar d e seu nascim ento e meninice. E Eustéquio me
d iz que tal fantasma o faz, também, sentir-se am eaçado p o r perseguidores. O paciente me diz,
então, que se sente persegu ido pela 'm ulher sem ro s to ” (a mãe) que ele sente p roje tad a nas mulhe
res que vê pelas ruas da cidade. Sente-se, também, o d ia d o p o r elas (elas/ele-m esm o/analista).
Reconheci a im portância d e estar a te n to , na transferência, a esta confusão d e id entida
d e que o p a cie n te faz entre seu p ró p rio selfz esta Imago materna alienante, bem c o m o a im p o r
tância d e que eu pudesse m ostrar isso a ele. Estão em tela as relações o b je ta is que o paciente
deseja mas não supo rta realizar (ta n to na análise qua nto fora d ela) p o rq u e seu o b je to d e d ese jo
prim ordial (a mãe) to rn a -se um p e rse g u id o r ao m enor investim ento: aí está a im potência.
Este caso clínico estava sendo acom panhado em supervisão pela Dra. Sara Riwka Erlich e
neste p o n to a supervisora intuiu o papel da im potência na vida psíquica d e Eustéquio: "a im potência
é uma defesa contra a castração” (Erlich, 1995)*. A supervisora fe z, então, a ligação d o m aterial ora
em com entário com duas com unicações feitas a mim p e lo paciente, lo g o no início d e sua anélise:
PACIENTE (7a Sessão).- Eu às vezes penso em ter uma reiação sexuai, mas acho que a
vagina da mulher tem dentes. São dentes mesmo, e a vagina vaime morder, vai
me ferir.
* Em comunicação pessoal, na supervisão.
PACIENTE (2 0 a Sessão); Eu também tenho tido sonhos repetitivos com uma vagina com
dentes. Acho que tem uma certa iógica, pois, se tem lábios, os grandes lábios,
então também podem ter dentes... Embora a impressão que eu tenho é a de
que estes dentes vão morder os nossospênis e arrancá-los. A í fica perigoso...
embora eu ache que estes sonhos tragam, também, uma certa confusão... con
fusão entre a boca e a vagina.
N o ta -se aqui que a idéia d e go za r e fa ze r go za r uma mulher, para Eustáquio, é apavoran
te. Significa a castração. A única form a d e de fe sa que e ste p a ciente enco ntra para se c o n tra p o r
ao fantasma am eaçador da castração é a im potência.
Jé no início da análise Eustáquio falava em confusão. Confusão da b o ca com a vasina. A
análise, no entanto, fo i m ostrand o que a confusão que o pa cie n te faz é m uito mais ampla. Ele
tam bém se co n fu n d e co m sua mãe, com sua irmã mais m oça, co m ig o e com as mulheres (sem
ro s to ) p o r quem ele se interessa. É p o r isso que ele se sente um alienígena, um E.T., um m o rto -v iv o
e n te rra d o e am eaçado p o r perseguidores. E é isto que ele vai me falar no frag m en to d e sessão
que transcrevo a sesuir.
Eustáquio chesa ao c o n s u ltó rio m uito adiantado para sua hora. A te n d i-o pontualm ente.
Na altura da m eta de da sessão, após falar-m e que n o to u o "olhar raivoso" d e uma mulher que
estava "paquerando" e que isto o fazia pensar nas relações com mulheres que não efetua, incluin
d o sua com panheira, ele me relata o seguinte sonho;
PACIENTE; Eu estava tentando iembrarum sonho... Mas não iembro direito. Era um m orto-
vivo que estava enterrado, saida terra e fica andando por sobre a terra... aigo
aterrador, assustador... O lugar que ele estava é parecido com a rua que eu
morava iá na cidade A, até 1971. Era aquilo frio, sem vida — um morto-vivo!..
Eu me iembro de que e/e não tinha rosto. E para disfarçar que não tinha rosto
ele usava um chapéu.
ANALISTA; E o que é que este sonho lhe evoca?
PACIENTE: Este morto eu acho que é coisa do meupassado. Que está morto. Eu acho que
o meu passado está morto.
ANALISTA; M orto-vivo.
PACIENTE: Está morto-vivo?... será?... Eujulguei que já estivesse morto. Acho que é um
pouco sugestionado pelo que temos conversado aqui o motivo de eu ver o
m orto-vivo sem rosto... É a presença constante de um perseguidor... Mas eu
não me assustava muito com ele no sonho... O horror que eie me causava não
era tão grande como se esperava... Eie faz parte do meu "Mundo de Avalon1'.
Mas eie era algo ineficaz... Na verdade, não fazia nado com ninguém... era só
aqueia figura assustadora caminhando sobre a terra...
Deste fra sm e n to d e sessão há m uito o que pensar. Vou me c o n ce n tra r sobre d o is dad os
sobre sua id e n tid a d e que o pa cie n te deixa e x p líc ito . Há um d a d o p o s itiv o , p o is Eustáquio me
com unica que, finalm ente, consequiu d e se nte rrar-se , sair para fo ra da te rra que o sepultava. No
e n tre ta n to e le me fala que há mais aquisições a fa ze r com relação à integração da id e n tid a d e d o
setf. não só ele se sente, ainda, um alienígena, um m o rto -v iv o , c o m o sinaliza que não enco ntrou
seu p ró p rio ro sto , expressão central d e sua identidade. E me disse que p a rte d e seu se/Zestava
p e rd id a no "seu M u n d o d e A valon” a que o m o rto -v iv o ainda "pertencia". Restava, então, saber o
que era e ste seu "M undo d e A valon”, assunto que Eustáquio tro u xe na sessão que relato a seguir.
Eustáquio chega ao co n s u ltó rio m uito antes d e sua hora. Eu só o atendi em seu horário.
Q uando o cham o ele entra, faz alguns m inutos d e silêncio e diz:
PACIENTE: Enquanto eu estava ali, esperando, fiquei fazendo o meu sonho acordado. Eu
ia me lembrando de algumas músicas sobre as quais eu fantasio,- e elas, no
início, me ievaram a uma imensa tristeza, depressão... e depois chegavam a me
dar alegria.
ANALISTA: Que músicas são estas?
PACIENTE: Uma delas é de João do Valle. Eunão sei o nome da música. Mas eu me lembrava
muito deia quando eu morava na cidade B. Acho que a música, sendo nordesti
na, me iembrava temas do nordeste. (E, então, tustSquio canta a música):
Deu meia n o ite
A lua fa z um claro
Eu me assubo nos aros
Vou brincar no v e n to leste
A aranha te c e
Puxando o fio da teia
A ciência da "abeia”, da coruja e a minha
M uita se n te desco nhece
(Prossegue o paciente): Eu acho que a melodia e o resto da letra só me ajudam a dar um
ritmo. O que tem mais im portância para mim é o verso que diz "a ciência da
abeiha muita gente desconhece’. Éque eu tenho uma ciência que muita gente
desconhece...
... Eu me sinto cantando: não exatamente cantando para uma pessoa
mas para uma entidade. Esta entidade está dentro de mim mas também ao
meu redor. E é por ela estar também ao meu redor que eu posso cantar para
ela... Eu represento esta entidade através das pessoas que me cercam...
Há algumas músicas que eu cantei antes desta, outras que eu cantei
depois. As de depois são mais alegres, músicas de duplo sentido... antes eu
cantei uma música de Geraldo Azevedo:
Já vou em bora
Mas sei que vou v o lta r
Am or, não chora
Se eu v o lto é pra ficar
Esta canção fala de amor, do país e da Uberdade. É da época da ditadura
militar. Eu modifico. Tiro liberdade e país. Para mim é como se houvesse ex
pressamente uma mulher e tivesse uma libertação... libertação nSol... umjogar
no relacionamento, um pular de cabeça e me deixar ievar... há um certo cará
ter de sereia, de canto de sereia... ir atrás da sereia é como mersulhar no mar...
É como mergulhar no sonho acordado... / \ sereia tem um canto que atrai, tem
peitos, é uma mulher Urda da cintura para cima...
Nesta altura v e io -m e im ediatam ente a co rre laçã o entre a idéia d e sereia, a ciência da
abelha que o pa cie n te sente que tem e que m uita se n te desco nhece , com algo que n o te i e regis
tre i (4 ) sobre a prim eira sessão d e análise d e Eustáquio: ele me parecia um m endigo da cintura para
baixo e um universitário da cintura para cima.
Ora, a fantasia m ítica d e Eustáquio d e que ele é uma sereia, d e que ele canta c o m o ela,
d e que ele tem , c o m o ela, uma ciência que m uita gen te desco nhece ; ao m esm o te m p o que a
fantasia d e s te pa cie n te d e que são sereias as mulheres que ele deseja — tu d o isso c o in c id e com o
que ele vem me falando d e sd e o seu p rim e iro dia d e análise. Já d is c o rri em um te x to a n te rio r
sobre a inevitabilidade das fantasias míticas. Não há espa ço para re p ro d u z i-lo aqui. Mas re m e to o
le ito r interessado para o te x to a n te rio r (3).
Já na prim eira sessão ele se me apresenta um universitário da cintura para cima e um
m endigo da cintura para b a ixo (4 ), o que m ostra a negativa d o pa cie n te d e que ele tenha sexo da
cintura para baixo. Ele tem é 'um c o rp o d e p e ix e abaixo da cintura". Aquela sua maneira d e se
apresentar v e s tid o na prim eira sessão d e análise fo i a prim eira m anifestação em meu co n s u ltó rio e
na análise d e sua de fe sa co n tra a castração. Aqui me lem brei, tam bém , que nos relatos d o s seus
sonhos Eustáquio trazia esta fantasia d esd e o início da análise. A inda em suas prim eiras sessões ele
me disse: "Sonhei que eu segurava uma menina, da cintura para cima. Ela era pequena, m uito jovem .
Eu tinha uma e spé cie d e relação sexual com ela: não sei d e fin ir m ulto bem c o m o era, mas uma
relação sexual só da cintura para cim a”. Em vários ou tro s sonhos p o s te rio re s Eustáquio me relatou
haver sonhado com uma relação sexual da cintura para cima aonde sem pre ele procurava enfiar os
d e d o s em um buraco, para ele um lugar indefinido.
Nas entrevistas iniciais com igo, antes d e com eçar a análise, ele me c o n to u que te v e um
sonho que classificou c o m o "e ró tic o ", aonde disse te r p e rc e b id o , pela prim eira vez em seus
sonhos, um o b je tiv o sexual bem d e fin id o : viu uma m ulher nua, d e costas, lavando alguma coisa na
cozinha - u m a empregada?, pergunta. E então me disse que no sonho sentiu m uito tesão. E, sendo
assim, sonhou que fo i prazerosam ente até a mulher, e nfio u o d e d o da m ão p o r trás dela e o d e d o
fo i cair em um lugar g o sto so , m acio, mas que ele não sabia o que era.
O Dr. A n d ré Green, co m entand o e ste sonho d e Eustáquio, em supervisão, disse: "Na
característica m uito edipiana d e seu sonho e ró tic o , a mãe é uma b o a babá que cuida d e le ; é a
mulher lavando alsuma coisa na cozinha” (4). V o lta n d o -se para a ligação d e Eustáquio com sua
com panheira G reen observa: "Ele encontra uma m ulher (a com panheira) com quem se dá m uito
bem. Sim. Sim plesm ente isso. Ela é mãe d e duas adolescentes. Tem duas filhas que ele jamais teve.
Ela está numa p o siçã o maternal. Conclusão: tu d o o que precisava ele enco ntra nesta m ulher” (4).
Esta evocação de Green veio me ajudar a com plem entar o raciocínio clínico: o que é
que Eustáquio procura na com panheira (Karina)? Ele procura uma m ulher que cu ide d e le , uma mu
lher que esteja nesta p o siçã o maternal. Uma b o a babá. Ele procura, tam bém , a v o z da mãe, o
acalanto, alguém que cante para ele dorm ir. Na transferência, c o m o se p o d e n o ta r p o r e xe m p lo na
te rce ira sessão que d e scre vo neste trabalho, ele tam bém me atribui esta função, e ste papel.
Mas não é só isso que ele procura na com panheira. Ele tam bém procura em Karina uma
"sereia”, isto é, uma m ulher que lhe traga m uitos atrativos da cintura para cima: que cu ide d e le, que
cuide d e sua alim entação, que fale para ele e p o r ele, que cante para ele dorm ir, que o em bale,
que lhe faça companhia,- mas ela é tam bém uma m ulher-sereia p o rq u e não lhe pa re ce nada atraente
da cintura para b a ixo (e p o r isso nada am eaçadora). Para reafirm ar isto com as p ró p ria s palavras
d e Eustáquio re p ro d u z o aqui algo que ele me fala sobre Karina em uma sessão d o sem estre de
análise em estudo: "A Karina é minha com panheira. Ela alm oça com ig o, janta co m ig o , me faz co m
panhia. Mas eu não sinto o m enor tesão pela Karina. Trepar com ela não me interessa”.
Então, para sua com panhia Eustáquio busca uma mulher que não ameace seu pênis, uma
mulher que não lhe p ro v o q u e tesão e, p o r causa disso, que não lhe a tiçe o d e s e jo d e nela p e n e
trar. Karina é a m ulher/sereia, sem sexo da cintura para baixo, com ra b o d e p e ixe (pênis? mulher
fálica? m itológica?). Também as sereias d e seu "M undo d e Avalon", assim c o m o Karina, na fantasia
d e Eustáquio não têm vagina que é dentada e castradora e p o d e ria dilace rar seu pênis.
Com o seu selfz stá sem pre "im erso” em seus o b je to s e ele se confunde com eles Eustáquio,
sim ultaneam ente, fantasia-se tam bém c o m o uma sereia: nega seu sexo da cintura para b a ixo p o r
que se sente p e rig o s o para as mulheres que se sentem atraídas p o r ele. Deseja, em seus sonhos
a cordados, uma m ulher sem ro s to /irm ã mais m o ç a /m u ito jo vem /m enina, com quem ele p o d e
transar (da cintura para cim a) sem p e n e tra r com o pênis e sem o risco d e ser d ila ce ra d o , castrado,
e às quais ele possa (p o r serem m uito jo vens) dom inar e controlar. E a conseqüência disso é a
perm anente fantasia d e um e sta d o p e rv e rs o -p o lim o rfo em que Eustáquio vive, no seu "M undo de
Avalon”.
A n d ré Green, na supervisão já citada, chega a chamar a atenção para e ste a spe cto ,
em bora não tenha se d e tid o nele. Disse Green: "...mas eu p o sso garantir uma coisa: e ste paciente
tem um m e d o tre m e n d o da p e rve rsã o a que ele está sujeito d e se n vo lve r”(4).
PARTE IV
A c re d ito te r m o stra d o que o m aterial clínico apresen tad o confirm a o ensinam ento d e
A lc y o n Baer Bahia, exp re sso em d o is d e seus trabalhos (1) e (2 ) d e que a p e rc e p ç ã o p e lo analista
da interação d o s proce sso s d e id e n tifica çã o p ro je tiva co m os d e id e n tifica çã o introjetiva, vividos
p e lo p a cie n te é d e grande im portância para que se tenha uma com preensã o mais integrada dos
fenóm enos em curso na situação analítica, e que tais ensinam entos p o d e m ser usados "com o um
instrum ento para o e stu d o da relação dinâm ica que e xiste entre o e s fo rç o contínuo d o indívíduo
p o r adquirir um insishtda p ró p ria id e n tid a d e e sua tendência a fu n d ir-se com os o b je to s com os
quais estã id e n tific a d o , seja p o r pro je çã o , seja p o r in tro je çã o ” (2).
Ainda d e a c o rd o com Bahia destaquei a experiência subjetiva d o p ró p rio self com o e x
pressão d e uma das funções d o e g o e procurei m ostrar que "o insight da p ró p ria identidade, no
processo te ra p ê u tico , se torna mais vívido quando o ego é levado a co m p re e n d e r que está “jogan
d o ” continuam ente co m o am biente p o r m eio d e uma interação d e p ro je çõ e s d e partes d o self no
o b je to com introjeções, no self, d e partes d o o b je to parcialm ente d esfig ura do pelas proje ções
prévias" (2 ) e ainda que "a ausência d e com preensão d o in te rjo g o da identificaçã o p roje tiva com a
identificação introjetiva acarreta sem pre uma m aior "submersão" d o e g o (nota d o autor: d o self) no
o b je to e, em conseqüência, um apagam ento da p e rc e p ç ã o da p ró p ria identidade" (2).
A confusão defensiva que Eustáquio faz entre passado e presente, através d e seu "M un
d o d e Avalon", é a mesma que ele faz entre o self e. o o b je to d e seu dese jo: muitas vezes ele vem
a ser a mãe, ou a irmã, ou as mulheres que deseja, ou o analista. Nas suas fantasias co m mulheres
desejadas é ele que se acha com o canto sedutor, mas ao m esm o te m p o o self se p ro je ta e
subm erge no o b je to e ele afirma que as sereias são as mulheres d e seu “M undo d e Avalon". Ele
então passa a ser, tam bém , essas mulheres e ao m esm o te m p o não se reconhe ce c o m o tal: é p o r
/ _
isso que so fre uma p e rtu rb a ç ã o sentida c o m o "avaria" d e sua id e n tid a d e e se sente perse g u id o
m ortalm ente p o r esse o b je to o nd e seu se/f está subm erso.
A im possibilidade d e representar uma imagem materna que tenha calor, que go ze , que
prepare para a idéia d o p ra ze r — que é a imasem que ele tem d e sua mãe internalizada — faz com
que o pra ze r d e uma mulher seja para ele uma experiência to ta lm ente traum ática e desorganizadora.
Para Eustáquio a m ulher que seduz está pro n ta para castrar e tem uma vagina dentada. D ecorre daí
que ta n to a fantasia d e ser ele m esm o uma sereia quanto a fantasia de que as mulheres d e seu
“M undo d e Avalon" são sereias, bem c o m o sua im potência sexual, são todas defesas d o paciente
contra a castração.
O e sta d o d e confusão id e n tific a tó ria com uma mãe que não goza não só re fo rça a
fantasia de castração, c o m o increm enta outras fantasias p e rsecutória s e m ortais: ser persegu ido ,
ser p e n e tra d o , ser assassinado/im pelido ao suicídio p e lo o b je to co n fu n d id o com o se/f. Eustáquio
trouxe estas fantasias para a análise em inúmeras sessões.
É possível d iz e r que o fo c o da análise, no segundo sem estre, fo i a questão da id e n tid a
de. À m edida que avançamos no trabalho transferencial pudem os observar que o se/fóe Eustáquio
fo i “em ergindo" desses o b je to s e o p a ciente p ô d e elaborar m elhor a saída d e s te seu esta d o de
confusão entre se/fe o imago m aterno (e seus representantes e d e riva tivo s, inclusive o analista).
Foi isto o que p o s s ib ilito u a m elhora sintom ática d e Eustáquio re fe rid a no início d e ste trabalho.
Q ua n d o ele me disse, no final d o segundo sem estre d e análise, que se sentia me "imi
ta n d o c o m o se fo sse um m acaco" p u d e e n te n d e r e, mais ta rd e , in te rp re ta r para ele que este
e sta d o d e im ita ç ã o /c o n fu s ã o co m os o b je to s parentais tem a função d e fe nsiva d e não p e rm itir
p e rc e b e r a in ten sida de d e seus sentim en tos hostis para com a d up la parental. Isto estava apare
c e n d o na análise (v id e sessão já relatada) em form a velada, na tran sferência, c o m o inveja da
cria tiv id a d e d o analista.
SUMMARY
REFERÊNCIAS
1. BAHIA, A.B. (1969) Notas sobre a interação d o s mecanismos p ro je tiv o s e in tro je tivo s no p ro c e s
so analítico. Rev. Brasileira d e Psican., 3(1/2): 113-130.
2. BAHIA, A.B. (1969) Id e n tifica çã o e id entidade. Rev. Brasileira d e Psican., 3(1/2): 131/155.
3. FREITAS, E. (1992) Por que resolvi pub licar "A Filogênese” no Boletim. Recife, Boletim d o GEPR,
1992 - B iblioteca d o SBPSP (WS 640).
4. FREITAS, E. (1995) Um caso clínico supervisionado p o r A ndré Green, Rev. Bras. Psicanal., vol.
X X IX (4): 873-892.
5. HEIMANN, P. (1952) Certain functions e tc , in D evelopm ents in Psycho-A nalysis, p. 126.
6. KLEIN, M. (1955) S obre a identificação. In Inveja e G ratidão e O utros Trabalhos. Rio d e Janeiro,
Imaso Ed., 1991, p p 169-204.
ANTIDEPRESSIVOS
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1.0 ANTIDEPRESSIVOS
S ú m u la N e u r o f is io l ó c ic a
A m in a s B io g ê n ic a s
Substratos são co m p o s to s que sofrem transform ações químicas rápidas através d e re
dução, oxidação ou transferência etc. realizadas p o r um sistema p ro tíd e o , as enzimas. A aceticolina
já era um s u b s tra to c o n h e c id o na d é c a d a d e 30, nas fu n ç õ e s d o Sistem a N e rv o s o , um
neurotransm issor d o parassim pático que é rapidam ente d e c o m p o s to pela colinesterase.
Em 1949 consesuiu-se id e n tifica r a 5- hidroxitriptam ina ou SEROTONINA que, no sangue,
estava ligada às plaquetas e, em 1953, a serotonina fo i encontrada no c é re b ro d e animais e n o to u -
se que esse substrato não conseguia atravessar a barreira hem atencefálica d e v id o à sua fácil
inativação e transform ação em á c id o 5 -h id ro x in d o la c é tic o que era elim inado p e lo rim, d o n d e se
concluiu que a serotonina era m etabolizada no p ró p rio Sistema N e rvo so Central p o r um p re cursor
capaz d e atravessar a barreira hem atencefálica, o 5 -h id ro x ilrip lo fa n o .
N o to u -s e tam bém q u e a se ro to n in a é ra p id a m e n te inativada p e la enzim a m o n o -
aminoxidase. Assim, a serotonina, em sua síntese, m e ta bolização e inativação teria a seguinte figu
ra esquemática:
H is t ó r ic o
Fa r m a c o l o g ia
M e c a n is m o de A ção
A bso rç ã o , D e s t in o e E xc reç ã o
O s inibidores da m onoam inoxidase são rapidam ente a b so rvid o s "p e r os" e são elimina
d o s via renal; todavia, a inativação enzim ática que o fárm aco p ro d u z é relativam ente prolongada,
necessitando d e z a q u a to rz e dias para que haja a reativação das enzimas, após elim inado o IM AO .
C om o vim os, é exatam ente essa inativação enzim ática que interessa aos p ro p ó s ito s te ra p ê u tico s
d o s IM A O .
Da mesma form a, a reativação das enzimas, após elim inado o IM A O , é lenta, necessita
d e cerca d e d e z a q u a to rz e dias para processar-se. Por esta mesma razão são necessários d e z a
q u a to rz e dias para que os IM A O , uma vez subm inistrados, pro ce d a m à desativação enzim ática,
que é progressiva, necessária para os p ro p ó s ito s te ra p ê u tico s antidepressivos. Este tem p o, que
vai entre o c o m e ç o da adm inistração d o IM A O até que o p ro d u to exerça e fe ito te ra p ê u tico
antid epressivo (10 a 14 dias), é cham ado "te m p o d e latência" d o IM A O .
Aliás, p o d e m o s d e p re e n d e r daí que se um paciente d e p rim id o refe re m elhora num te m p o
d e até uma semana após a adm inistração d o IM A O , p o d e m o s retira r o p ro d u to , p o is o que aliviou
a depressão fo i algo bem d ife re n te d o fárm aco: a boa relação tera pêutica , circunstâncias externas
ou outra causa.
To x ic id a d e
Nos livros d e farm acologia, p e lo m enos a maioria, é dada m uita ênfase e faz-se m uito
alarde em to rn o da to xicid a d e d o s IM A O .
Tais e fe ito s tó x ic o s seriam fu n d a m e n ta lm e n te os q u e c o m p ro m e te m o sistem a
cardiovascular, o fíga do e o cérebro. Referem os diversos autores e fe ito s tó x ic o s apenas horas
após a subm inistração d e dose s altas d o s IM A O , tais c o m o hiperten são ou hip o te n sã o arterial,
fe b re alta que geralm ente acom panha a hipertensão, ju n to com cefaléia, o p e rig o d e uma hem or-
rasia intracraniana p o r causa da hipertensão, alucinação e, mais tardiam ente, os autores citam os
p e rig o s d e uma to x ic id a d e crônica ou p e lo m enos tardia co m to n te ira s, co n fu sã o m ental e
convulsão, im potência sexual, incapacidade d e ejaculação, disúria e tran stornos h e p á tico s, co m o
uma h e p a tite que p o d e levar à necrose maciça d o fígado. A h e p a to to x ic id a d e não d e p e n d e ria da
d o se ou da duração d o tratam ento: uma hipersensibilidade individual à droga seria o fa to r decisivo ,
em bora a ativação d e uma virose jé tenha sido sugerida c o m o fa to r e tio ló g ic o .
Em nossa clínica tem o s catalogados d u ze n to s e cinqüenta e qu a tro pacientes até o
m om ento em que escrevem os estas páginas, em uso ou que já usaram a tranilciprom ina, sendo que
c e n to e sessenta e o ito pacientes usaram o p ro d u to numa p o so lo g ia d e 10mg diários em p e río d o
que varia d e sete meses a d o is anos e em aproxim adam ente um te rç o d o s pacientes fizem os
p e rio d ica m e n te te ste s d e funçao hepática e avaliações cardiovasculares, nunca te n d o sid o notada
qualquer alteração nas funções hepáticas ou cardiovasculares advindas d o e m prego da m edicação,
e x c e to duas senhoras, uma d e 57 anos e outra d e 4 0 anos, que sentiram tonturas e vista turva no
segundo e q u a rto dias d e m edicação, quando a droga fo i p rontam ente suspensa e substituída.
Uma queixa que não é incomum, e n tre ta n to , é a d e dim inuição da lib id o e da p o tê ncia,
geralm ente após 6 ou 8 meses d e uso contínuo d o fárm aco, c o m o tam bém , com mais raridade,
aparecem queixas urinárias.
Devemos inform ar que p o r m otivos d escritos mais à frente já tivem os a opo rtunidade — e
necessidade — d e em pregar a tranilciprom ina em cinco pacientes cardiopatas, to d o s eles entre 4 0 e
6 0 anos de idade, dois deles po rta d o re s d e insuficiência cardíaca e três hipertensos. Dentre os três
hipertensos dois são diabético s e um deles era p o rta d o r, à época, d e uma úlcera p é p tica duodenal.
M antivem o-los sob observação clínica co m o se fazia mister, entretanto não tivem os com qualquer
desses pacientes dificuldades para m anter o uso da droga, que lhes fo i providencial, diga-se d e
passagem, e inócua d o p o n to d e vista d e e fe ito s colaterais. Um desses pacientes usa a tranilcipromina
até hoje e há nove anos seguidos, exatam ente o paciente que é também dia b é tico , cardiopata e à
época da subministração sofreu uma úlcera duodenal (que não fo i causada pela droga).
Uso T e r a p ê u t i c o
A s s o c ia ç ã o com O utro s M e d ic a m e n t o s e A l im e n t o s
E s p e c ia lid a d e s F a r m a c ê u t ic a s , A p r e s e n ta ç õ e s e P o s o lo g ia
Tranilcipromina
Especialidades Farmacêuticas
1. Parnate
A prese nta ções
Embalagens co m 2 0 drágeas d e 10 mg
Embalagens com 2 0 0 drágeas d e 10 mg
2. Stelapar n° 1
A p re se n ta çõ es
Tubos com 20 drágeas d e 10 mg, cada drãgea acrescida d e 1 mg d e trifluoperazina.
3. Stelapar n° 2
A prese nta ções
Tubos com 2 0 drágeas d e 10 mg, cada drágea acrescida d e 2 mg d e trifluoperazina.
Posologia: 10 a 30 mg p o r dia
No caso da associação com a imipramina costumamos prescrever:
Stelapar n° 1 — 1 c o m p rim id o pela manhã
Tofranil 25 mg — 1 co m p rim id o pela manhã e 1 c o m p rim id o à tarde.
4. A u ro rix (M o c lo b e m id a )
Posologia: 3 0 0 a 5 0 0 mg p o r dia.
Em te m p o : Não tem o s c o m o e xp lica r p o r que o Stelapar com 1 ms d e triflu o p e ra zin a
em lugar d o sal p u ro no Parnate, mas a bem da ve rdade é assim que prescrevem os. O argum ento
d e que 1 mg d e triflu o p e ra zin a é ansiolítico não nos parece convincen te. É uma que stão d e h á b ito
d e re ce itu á rio e, c o m o d e u c e rto , não quisem os mudar.
Definição: São substâncias que têm em comum p ro p ried ad es antidepressivas e não ini
bem a m onoam inoxidase.
A n t id e p r e s s iv o s T r ic íc l ic o s ( D e r iv a d o s da Im in o d ib e n z il a )
H is t ó r ic o
Estru tu ra Q u ím ic a
Í Q l J Q
CHCH2CH2N(CH3)2 CH2CH2CH2NHCH3
DOXEPINA ____ DESIPRÁ M IN A
II
c h c h 2c h 2 n h c h 3
NO RT RIPTILIN A
C om o vim os na figura anterior, a desipram ina, que é uma amina secundária, é um d e riva d o
d e sm e tila d o da imiprimina e seu p ro d u to m e ta b ó lito , sendo que esse m e ta b ó lito é consid e ra d o
responsável pelas qualidades antidepressivas da imipramina.
Os derivados da íminodibenzila, todavia, d e p enden do da estrutura química, se p o r um lado
guardam semelhança uns com os outros, p o r ou tro lado diferem entre si em vários aspectos, o que
parece d ep en d er exatam ente da estrutura química d e cada com posto. Por exem plo, a imipramina
quimicamente aproxima-se mais da prom etazina, enquanto a am itriptilina aproxim a-se mais dos anti-
histamínicos; em decorrência disto, apesar d e a imipramina e a amitriptilina terem e fe ito s antidepressivos
semelhantes, a am itriptilina tem e fe ito sedativo e ansiolítico mais intenso que a imipramina.
Revendo a figura anterior, p o d e m o s notar que a am itriptilina leva na sua estrutura anular
central um á to m o d e ca rb o n o , em lugar d o n itro g ê n io da imipramina e que a n o rtrip tilin a é um
m e ta b ó lito d e riv a d o e d e sm e tila d o da am itriptilina, assim c o m o a desipram ina é um m e ta b ó lito
d e sm e tila d o da imipramina, e esses deriva d o s desm etilados são mais p o te n te s que suas substân
cias d e origem e parecem te r atuação mais rápida e m enor quantidade d e e fe ito s colaterais que
os p ro d u to s originais, além d e p ro p rie d a d e s estim ulantes, dim inuindo a inibição e le ntificação
psico m o to ra s; no entanto, são drogas ansiogênicas em pessoas predispostas.
A doxepina é o b tid a substituindo-se um átom o d e oxigênio p o r um d o s grupos m etilênicos
no anel central da am itriptilina.
Todos os d erivado s da ím inodibenzila têm ação d e norm alização d o estad o d e ânimo.
M ec a n ism o de A ção
Os mecanismos d e ação d o s antidepressivos foram d iscu tid o s no p rim e iro capítulo , sob
o títu lo Súmula N eurofisiológica.
De maneira resumida direm os que os tricíclico s interferem sobre as sinapses adrenérgicas,
não se sabendo, ainda, se estimulam diretam ente ou bloqueiam os fa to re s d e inibição dessas
sinapses.
Também te m -se d a d o atenção aos e fe ito s serotonin érgicos nesses co m p o s to s e os
autores em geral d ã o pou ca atenção e não atribuem im portância aos re c e p to re s dopam inérgicos.
A c re d ita -s e que os m e ta b ó lito s d e s m e tila d o s são mais p o te n te s no b lo q u e io da
recaptação d e norepinefrina nos term inais adrenérgicos enquanto a imipramina e a am itriptilina
são mais p o te n te s no b lo q u e io da recaptação d e serotonina.
Esses e fe ito s adrenérgicos e serotonin érgicos d o s tric íc lic o s estimulariam o Sistema
E rg ó tro p o d e HESS, levando a uma elevação d o humor.
Fa r m a c o l o g ia e A ç õ es so bre os S is t e m a s e A pa relh o s
S iste m a N e rv o s o C e n tra l
A p esar das ações farm acológicas já descritas sobre o hum or d e pessoas deprim idas, os
antidrepressivos tric íc lic o s não têm e fe ito sobre o humor, nem e fe ito estim ulante em indivíduos
não d e p rim idos. Uma d o s e d e 100 mg d e imipramina e seu equivalente nos o u tro s tric íc lic o s p o d e
dim inuir a capa cida de d e co nce ntraçã o d e um indivíduo normal e p ro d u z ir sedação e sonolência,
p o d e n d o tam bém o indivíduo sentir-se cansado e inseguro para caminhar. Os tric íc lic o s aumentam
a m o tilid a d e p ro vo ca d a p o r substâncias estim ulantes centrais.
S is t e m a N ervoso A u t ô n o m o
Os tric íc lic o s p ro d u ze m e fe ito s antico linérgicos m anifestados geralm ente p o r secura
d e boca , rete nção urinária, co n stipação intestinal e turvam ento da visão.
S is t e m a C a r d io v a s c u l a r
Os tric íc lic o s p o d e m causar taquicardia e em alguns casos arritm ia cardíaca. Mais rara
m ente p o d e m desencadear in fa rto d o m iocá rdio e p re c ip ita r uma insuficiência cardíaca congestiva.
Podem levar à h ipotensão e causar h ipotensão o rto stá tica .
A p a r e l h o R e s p ir a t ó r io
Em altas dose s os tric íc lic o s p o d e m causar depressão d o s ce n tro s respiratórios. Em
doses tera pêutica s p o u c o alteram a respiração.
A bso rç ã o , D e s t in o e E xc reç ã o
Os tric íc lic o s são substâncias bem absorvidas "p e r os” ou via parenteral e distrib uem -se
rapidam ente p e lo organism o, sendo m e ta b o liza d o s p o r desm etilação, oxidação e hidroxilação
aromática. A p ó s a 2-hid roxila ção pe rd e m sua a tividade farm acológica.
Sua e xcre çã o é pela urina (7 0 % ) e outra p a rte é excre ta d a nas fezes, sendo que a m aior
p a rte é e xcretada c o m o N -ó x id o ou c o m o d e riv a d o 2-O H.
To x ic id a d e e R eações C o l a t e r a is
A lém das reações colaterais já citadas, p o d e m os tric íc lic o s causar sudorese excessiva e
um agravam ento da h ip e rtro fia p ro stática, além d e "ressaca", cefaléia, problem as gástricos e tre
m ores musculares.
Já se relatou icterícia ob stru tiva alérgica, e ve n to raro e que re gride com a suspensão da
droga. Mais raram ente p o d e m causar p e rtu rb a çõ e s da crase sangüínea, e ru p çõ e s cutâneas e
fotossensibilização.
Em dose s elevadas p o d e m levar ao envenenam ento e com a (so b re esse assunto, ler o
últim o ca p ítu lo d e sd e livro: Urgências Psiquiátricas).
A s s o c ia ç õ e s com O utro s M e d ic a m e n t o s
A doxepina é um d e riv a d o da dibenzo xepin a, uma m istura d o s isóm eros "eis” e "trans"
em p ro p o rç ã o co nstan te (82 a 85% trans e 15 a 18% cis).
Em relação estrutural aos o utros de riva d o s d o grupo, p o d e m o s d iz e r que se um á tom o
d e oxigênio fo r su b stitu íd o p o r um d o s sru p o s m etilê nicos no anel central da am itriptilina, te re
mos sintetizada a doxepina.
Q uim icam ente é o c lo rid ra to d e 1 1 -d im e til-a m in o p ro p ile n o -6 h -d ib e n zo (b, e) oxepina.
Também seus e fe ito s psíquicos (m ecanism o d e ação) são atribuídos â sua atividade
adrenérgica nas sinapses o n d e é im pedida a desativação da norepinefrina p o r recaptação nas
term inações nervosas.
Tem e fe ito s antico linérgicos, a n ti-serotonínico s e anti-histam ínicos no m úsculo liso e nfio
e xe rce e fe ito estim ulante sobre o Sistema N e rvo so Central.
Hé boas respostas quando se em prega a doxepina nas d ep ressõ es ansiosas, nas crises
ansiosas agudas d e caráter reativo e nas dep ressões reativas, sendo p o is um fárm aco bidim ensional
(ansio lítico e antidepressivo).
O fárm aco é tam bém e fe tiv o nas dep ressõ es ansiosas d o s n e u ró tico s e em alguns casos
d e depressão p sic ó tic a , principalm e nte as da senilidade, em bora nesses casos, mais d o que nas
síndromes reativas ou m esm o nas neuróticas, sua eficácia varia m uito d e p a cie n te para paciente.
Seu p e río d o d e "latência" é d e o ito a q u inze dias e a dro g a não é recom endada na
g ra vid ez, na infância, em glaucom atosos, send o p o ré m d e grande auxílio nas d e p re ssõ e s d o
p ó s -p a rto .
Não é recom endável sua associação com outros p s ic o tró p lc o s e principalm ente os IM A O
e a dro sa é incom patível co m o uso d e b e b id a alcoólica.
Seus e fe ito s colaterais p o d e m ser sonolência, b o ca seca, turva ção visual, constipação
intestinal e rete nção urinária. Mais raram ente p o d e m aparecer confusão m ental, parestesias e sin
tom as extrapiram idais. A inda ocasionalm ente p o d e m o c o rre r hipotensão, taquicardia, erupçõe s
cutâneas, edem a facial, discrasias sangüíneas, náuseas, vô m ito s, diarréia, anorexia, alterações da
lib id o , tonturas, zum bidos, fadiga física e alopecia.
Especialidade farm acêutica
Sinequan (Está fo ra d o m erca d o brasileiro)
A p rese nta ção
Caixa co m 20 cápsulas com 10 a 25 mg.
Rosologia: Varia conform e a gravidade da síndrome que p o d e requerer 30 a 3 0 0 mg diários
para uma resposta satisfatória. Recomenda-se iniciar o tratam ento em doses
baixas e aumentar as doses lentamente conform e a resposta d o paciente.
* Em adultos a d o s e m édia e fic a z é a d e 75 mg p o r dia. A p re scriçã o p o d e
d iv id ir a d o se em trê s tom adas diárias.
M a p r o t il in a
A m aprotilina é um d e riv a d o d ib e n z o -b ic ic lo -o c ta d ie n o e quim icam ente é o [1- (3 -
m e tila m in o p ro p iO -d ib e n zo (b , e) b ic ic lo (2,2 ,2) o c ta d ie n o ]. Este c o m p o s to fo i d e s c o b e rto em
1969 e é uma droga que tem o p e rfil fa rm a co ló g ico d o s tim oanalépticos.
Segundo DELAY e DENNIKER os timoanalépticos são os medicamentos d o humor doloroso,
te n d o a p ro p rie d a d e de m odificar a tonalidade geral d o humor, principalm ente quando e stabelece-
se d e maneira durável e p a to ló g ica de form a depressiva, sendo p o r isso chamados antidepressivos.
Os tim oanaléptico s p o d e m ser:
a) T im oléptico s: são c o m p o s to s que m elhoram o humor.
b ) Tim eréticos: são co m p o s to s que dim inuem as inibições e aumentam a iniciativa.
Todos os tricíclico s d e que falamos até agora são tim o lé p tico s. A tranilciprom ina (IM A O )
é tim erética.
A m aprotilina tam bém é um c o m p o s to tim o lé p tic o mas não é um tricíclico , em bora alguns
autores não a considerem um te tra cíclico verdadeiro. O fa to é que sua estrutura química incorpora
uma p o n te que atravessa o anel central d o núcleo básico, que é o m esmo da benzoctam ina.
Em cobaias, ta n to a imipramina quanto a m aprotilina antagonizam os e fe ito s reserpínicos.
A m aprotilina tem e fe ito s sedativos. Seu e fe ito principal é a estim ulação d o hum or d e
p rim id o e não age sobre a vigilância. Seu p e río d o d e "latência" é mais c u rto que os d o s tricíclico s
em geral e sua eficácia te ra p ê u tica m anifesta-se em to rn o d o o ita v o dia d e tratam ento, muitas
vezes seus e fe ito s antidepressivos p o d e n d o m anifestar-se antes da prim eira semana e há quem os
tenha relatado nas prim eiras vin te e q u a tro horas d e uso d o fárm aco. A m aprotilina p o d e p ro vo ca r
o aum ento da duração d o sono n o turno e sonolência diurna.
A droga é um antidepressivo d e razoável eficiência nas dep ressõ es p sicó tica s e em
dep ressões neuróticas e reativas,- é e fica z nas dep ressõ es infantis e senis.
É um c o m p o s to bidim ensional, te n d o e fe ito ansiolítico. Em nossa clínica o fárm aco pare
c e -n o s so b re m a n e ira e fic a z nos e s ta d o s a n siosos e d e p re s s iv o -a n s io s o s em p a c ie n te s
e sq u izo frê n ico s agudos e crônicos. É tam bém e fica z em o u tro s estados ansiosos e d e p re ssivo -
ansiosos d e outras psicoses.
Todavia, a nossa observação clínica nos leva a cre r que a m aprotilina não é um bom
fárm aco no tra tam ento da depressão na psicose m aníaco-depressiva e quando os m edicam entos
d e escolha vão sendo esgo tad os, ainda assim a m aprotilina nos pa re ce uma má escolha para a PMD.
Particularm ente já tivem os insucessos com esse p ro d u to em mais d e trinta casos d e depressão da
PMD, e nenhum caso d e resultado satisfatório. O bservam os que m uitos desses pacientes onde a
m aprotilina fo i tentada sem ê x ito superaram a crise depressiva p sicó tica com o auxílio d e outros
fárm acos ou associação d e d o is antidepressivos outros.
C om o e fe ito s colaterais da droga destacam os queixas d e tonturas, vertigens, secura d e
bo ca e fadiga.
A m aprotilina não d e ve ser associada aos inibidores da M A O e seu uso é incom patível
com o consum o d e beb idas alcoólicas. A d ro sa p o d e a fe ta r os re fle xo s d o s m otoristas.
Especialidade farm acêutica
Ludiomil
A prese nta ções
Caixas com 20 e 2 0 0 co m p rim id o s d e 25 mg
Caixas com 2 0 e 2 0 0 co m p rim id o s d e 75 mg
Posologia: 75 a 150 mg diários
1.4 A n t i d e p r e s s i v o H e t e r o c í c l i c o
N o m ife n s in a
A nomifensina fo i sintetizada em 1976 ju n to a várias drogas heterocíclicas e conseguiu-se
dem onstrar que a tetraisoquinolina na form a d e hidrogenom aleinato (NOMIFENSINA) é, entre os
heterocíclicos conhecidos, o co m p o sto que apresenta melhores propriedades psicofarm a-cológicas.
A nom ifensina é o p rim e iro antid epressivo da série h e te ro cíclica e em dose s te ra p ê u ti
cas não inibe a m onoam inoxidase; no entanto, o e fe ito in ib id o r da M A O p o d e a c o n te c e r em
doses elevadas.
F ís ic o - Q u ím ic a
A nom ifensina tem uma fórm ula m olecular CS0H22N5O 4 e é um p ó bra n co ou ligeiram ente
am arelado, in o d o ro e com p o n to d e fusão d e aproxim adam ente 195°C, sendo seu p e so m olecular
d e 354,4.
Quimicamente é o Hidrogenom aleinato de 8-a m ino -2 -m e til-4 -fe n il-1 ,2 ,3 ,4 -tetraidro -
isoquinolina.
A m olécula d e nom ifensina possui trê s ca rbono s entre os nitrogên ios, ou seja, possui a
p o n te d e ca rb o n o s que praticam ente to d o s os antidepressivos apresentam .
Sua fórm ula estrutural é:
NH2
HC COOH
X
HC •C 0 0 H
Fa r m a c o l o g ia e A ções
Sá
uso da nom ifensina não altera o eletrocardiogram a, mas em doses extrem am ente altas p o d e acon
te c e r um e fe ito in o trõ p ic o p o sitivo .
A dro g a te m e fe ito d e b lo q u e a r ou dim inuir o e fe ito a n ti-h ip e rte n sivo d e substâncias
hipotensoras ou b lo q u e a d o re s ganglionares.
A nom ifensina e xe rc e e fe ito estim ulante sobre o Sistema N e rvo so Central d e maneira
que p o d e aum entar a e xcita çã o nos quadros psiq u iá trico s d e agitação, o nd e a droga não está
indicada. Por esse m esm o e fe ito estim ulante central a droga age positivam ente nos quadros psi
quiátricos onde hé inibição psíquica, sendo esta ação particularm ente visível nas depressões reativas
neuróticas, em d ep ressõ es p sicó tica s acom panhadas d e inibição e mais esp e cifica m e n te ainda
nas form as involutivas e senis.
A açSo antid e p re ssiva d o fá rm a co instala-se ra p id a m e n te , n o ta n d o -s e resultado s
te ra p ê u tic o s nos prim eiros dias após a adm inistração da droga, sendo seu p e río d o d e "latência”
em m édia qu a tro a seis dias.
A nom ifensina não in te rfe re na glicemia.
SPYRAKI e FIBIGER, em trabalho d e 1981 relacionado em nossa bib lio g ra fia , m ostram que
a nom ifensina é um agonista dop a m in é rg ico d e ação indireta, c o m o o são a cocaína, a anfetamina
e o m e tilfe n id a to , que são, p o r sua vez, auto-adm inistrados endovenosam ente p o r animais d e
la b o ra tó rio , o que guarda íntima relação com o fa to d e p ro vocarem d e p endên cia no homem. Os
autores provaram que a nom ifensina é auto-adm inistrada p o r ratos, o que sugere a possibilid ade
d e tal a n tid epressivo causar o mesmo tip o d e d e p endên cia que a cocaína, a anfetamina e o
m e tilfe n id a to . Ainda não se co nh ece relato d e d e p endên cia â nom ifensina, p o ré m é necessário
estar a te n to a e ste problem a.
M e c a n is m o de A ção
A bsorção , M e t a b o l is m o e Excreção
A abso rção da nom ifensina "p e r o s” é rápida e a droga é absorvida quase que em sua
to ta lid a d e . As taxas sangüíneas da droga são máximas — cerca d e duas horas apó s sua adm inistra
ção oral — e sua m eia-vida é d e trê s horas.
Cerca d e 60% da nom ifensina no sangue liga-se a proteínas plasmáticas.
Mais d e 90% da substância são elim inados c o m o conjugados pela urina, sendo que me
nos d e 5% são elim inados c o m o substância ativa.
Cerca d e 97% da substância são elim inados na urina e os ou tro s 3% o são pelas fezes.
Os m e ta b ó lito s da nom ifensina tam bém são farm acologicam ente ativos, geralm ente são
hidroxilados ou às vezes traze m um radical m etil com p o n te d e oxigênio.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
«7
A m edicação não d e v e ser dada a sestantes e crianças m enores d e seis anos, p o r p re
caução e falta d e expe riência acumulada.
A s s o c ia ç õ e s c o m O u t r o s M e d ic a m e n t o s e D rogas
Embora a nom ifensina não p o te n c ia liz e sisnificativam ente o e fe ito d e b eb idas a lc o ó li
cas, é recom endável que o á lco o l seja a b o lid o durante o tra ta m e n to com o p ro d u to .
É c o n tra -in d ic a d o o uso da nom ifensina em c o n c o m itâ n c ia co m os in ib id o re s da
m onoam inoxidase, d e v e n d o -s e resguardar, nos d o is sentidos, quinze dias entre a supressão d e um
e a instituição d e o u tro desses m edicam entos.
A nom ifensina p o d e ser adm inistrada em concom itância com n e u ro lé p tico s, hip n ó tico s,
anticonvulsivantes, tranqüilizantes, sedativos, b a rb itú ric o s e o utros psicofárm acos.
U so T e r a p ê u t ic o
A nom ifensina é um antidepressivo e fica z nas dep ressõ es reativas e nas depressões
neuróticas o nd e pre d o m in e a inibição psíquica.
É um fárm aco m uito e fic ie n te no tra tam ento das dep ressõ es senis, na m elancolia de
involução e nas dep ressõ es mascaradas da senilidade.
É tam bém e fic a z em p s ic ó tic o s nos quadros ansioso-depressivos o nd e haja inibição
p sicom oto ra.
Em suma, a nom ifensina d e ve ser em pregada nas dep ressõ es d e n e u ró tico s e p s ic ó tic o s
não-agitados, o nd e haja dim inuição da vitalida de, falta d e con ce n tra çã o e m em ória em conse
qüência d e depressão, o n d e haja dim inuição da ativid a d e ou d e ficiê n cia na com unicabilidade e
nas dep ressõ es que tragam insegurança.
A nom ifensina tem e fe ito ansiolítico nas dep ressõ es ansiosas d e estresse e nas d e p re s
sões ansiosas neuróticas, c o m o tam bém m ostra-se e fic ie n te na rem oção das queixas som áticas
causadas pela depressão.
A nomifensina tem ainda indicação nos quadros depressivos de origem orgânica, com o naque
les surgidos d e enfermidades debilitantes ou em pacientes acamados com fraturas, neoplasias e outras.
Especialidade farm acêutica
Alival
Apresentações
Embalagens com 2 0 cápsulas d e 25 mg
Embalagens com 2 0 cápsulas d e 50 mg
Posologia. Nas d ep ressõ es neuróticas,
A p o s o lo s ia m édia oscila entre 75 e 100 ms p o r dia, que p o d e ser d ividida
em duas a trê s tom adas, sendo a d o se m aior dada pela manhã e a última dose
até as 17 horas.
Nas d ep ressõ es psicóticas.
A p o so lo g ia m édia é a d e 150 a 2 0 0 mg p o r dia, que tam bém p o d e ser
distribuída em duas a três tom adas, sendo a m aior d o s e pela manhã e a última
tom ada às 17 horas.
Recomendamos en tre ta n to que a instituição d o tratam ento com ece p o r doses m enores
que a média terapêutica (cerca d e 50 mg nos neu rótico s e 100 mg nos p s ic ó tic o s ) e que essa dose
vá sendo aumentada gradualm ente, achando-se p o r tateam ento a d o se ótim a para cada paciente.
1.5 I n ib id o r e s S e l e t iv o s da C aptação da Seroto n in a (5-HT)
Os inibidores seletivos da captação da serotonina (ISCS) são drogas mais novas e re p re
sentam um avanço no tra tam ento d o s tran stornos dep ressivos e o u tro s d istú rb io s psiquiátricos,
c o m o bulimia nervosa, tra n sto rn o o b se ssivo-com pulsivo, obe sida de, tra n sto rn o d o pânico, fobia
social e outros. No m ercado brasileiro eles são a fluoxetina, a sertralina, a paroxetina, a fluvoxamina,
a venlafaxina e o citalopram .
Sua vantagem não está na ação te ra pêutica , que é similar à d o s tric íc lic o s e IM A O , nem
está no p re ç o — são m uito mais caros — mas no p e rfil d e e fe ito s colaterais. Para quem "pode",
vale a pena. É m enor a incidência d e e fe ito s anticolinérgicos, há m enos sedação — o que é m uito
im portante, nos velhos, so b re tu d o .
Todavia, os ISCS pro vo ca m m aior incidência d e e fe ito s colaterais gastrintestinais, co m o
a náusea, d e v e n d o ser interrom pidos. Tremores, ansiedade e insônia tam bém são relatados, assim
co m o sonolência e sedação. Pode a c o n te c e r p ru rid o e urticárias, que, d e a c o rd o com a severida
de, p o d e m in te rro m p e r a p ossibilid ade d e tratam ento com os ISCS, ou não: desaparecem após os
vinte prim eiros dias e são d o se -d e p e n d e n te s.
C om o os dem ais antidepressivos, os ISCS p o d e m p re c ip ita r a mania e agravar idéias
suicidas.
AA
E feitos adversos mais graves, e raros, p o d e m o co rre r, c o m o convulsões e a síndrom e
serotoninérgica, p rincipalm e nte quando associados a IM A O , lítio ou antidepressivos tricíclico s.
Estão indicados na depressão maior, na distim ia, na dep ressã o reativa, na depressão
bipolar, na depressã o resistente ou re co rre n te , m esm o quando associadas a o u tro s tran stornos
mentais, c o m o a bulimia nervosa ou ao tra n sto rn o obsessivo-com pulsivo.
1SC S
1.0 — Fluoxetina
Nom e genético: fluoxetina (c lo rid ra to )
Nom e quím ico: c lo rid a to da (+) N -m e til-3 -fe n il-3 -(a lfa , alfa, a lfa -triflu o ro -p -to lil-
oxi) propitam ina.
Fórmula m olecular
C17Hl8F3NO.HC,
Fórmula estrutural
C— C
/ \
F . - C ----- C C ------O ------ C H CH , CH, N H CH,
\ /
c—c
FLUOXETINA C\ C^ C
90
ISCS
4.0 — Paroxetina
É mais um in ib id o r se le tivo da recaptação da serotonina com indicações tera pêutica s
similares à fluoxetina. Sua substância química é o c lo rid ra to d e (-)-tra n s -4 (4 '-flu o ro fe n il)-3 -(3 ’,4 '-
m etile n o d io xife n o xim e tiO -p ip e rid in a .
E specialidade farm acêutica
A ro p a x
A p rese nta ção
Embalagem co m 2 0 co m p rim id o s d e 20 mg, cada.
Embalagem com 2 0 co m p rim id o s d e 30 mg, cada.
Indicações
A s mesmas da fluoxetina.
Posologia: R ecom endo d e 20 mg a 4 0 mg ao dia, em d o se única apó s o desjejum.
ISCS
5.0 — Sertralina
O c lo rid ra to d e sertralina é mais um in ib id o r se le tivo da captaçã o d e serotonina. É indi
ca d o para o tra ta m e n to da depressão, no tra n sto rn o obse ssivo -co m p u lsivo e no tra ta m e n to da
síndrom e d o p ân ico sem agorafobia.
Especialidades farm acêuticas
Z o lo ft
Tolrest
B e n z o d ia z e p ín ic o s
P r im e ir a s C o n s id e r a ç õ e s
Q u ím ic a e Fa r m a c o l o g ia
R e fle tin d o sua m aior afinidade p e lo sistema lím bico, os b e n zo d ia ze p ín ico s têm srandes
p ro p rie d a d e s ansiolíticas, to d avia sem in te rfe rir significativam ente co m a vigília, com o alerta.
M u ito s autores acreditam que sua ação ansiolítica d e v e -s e à depressã o da ativid a d e d o s e p to , d o
hip o ca m p o e da amísdala.
Q uanto à reação d e alerta, esta m antém -se em dose s terapêuticas, mas p o d e ser b lo
queada em do se s elevadas p o r d ific u lta r a transmissão na form ação reticular. Também o tálam o e
o h ipotéla m o são in ibidos pela ação d o s benzodiazepínico s.
Suas ações m edulares e extrapiram idais, acreditam alguns autores, seriam responsáveis
p o r seus e fe ito s m iorrelaxantes.
B e n z o d ia z e p ín ic o s e a m /n a s c e r e b r a is
Os b e n zo d ia ze p ín ico s são bem a b so rvid o s seja "p e r os”, via retal ou parenteral. Todavia
o c lo rd ía z e p ô x id o é a b s o rv id o mais lentam ente, p o d e n d o levar algumas horas para atingir seu
"p ico " plasm ático, te n d o uma vida média d e um a d o is dias e adm inistração continuada é necessá
ria para que as co n ce n tra çõ e s sangüíneas atinjam um p la tô , enquanto o diazepam é mais rapida
m ente a b s o rv id o e em cerca d e uma hora alcança seu "p ic o ” plasm ático, te n d o uma vida m édia
aproxim ada d e d o is a seis dias.
Tanto o c lo rd ia z e p ó x id o quanto o diazepam em sua m e ta bolização form am m e ta b ó lito s
ativos co m o , p o r e xe m plo, o oxazepam , que na verdade é um m e ta b ó lito d o diazepam .
Os b e n zo d ia ze p ín ico s são m e ta b o liza d o s no fígado e elim inados lentam ente p e lo rim
(princip alm ente), p o d e n d o sua elim inação durar vários dias, te n d e n d o , p o r isso, sua co n ce n tra
ção sérica a ser cumulativa, o que recom enda que se subm inistre dose s m aiores no início d o
tra tam ento e doses m enores c o m o m anutenção, uma ve z o b tid o s os e fe ito s desejados.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
Os b e n zo d ia ze p ín ico s são m edicam entos norm alm ente bem to le ra d o s e praticam ente
a tó x ic o s em dose s terapêuticas. Suas ações bulbares em doses norm ais são desprezíveis. Todavia
em altas dose s p o d e o c o rre r depressão respiratória, principalm e nte em crianças.
Podem p ro d u z ir sonolência, ataxia, náuseas, vô m ito s, tonteiras, vertigens e seu uso p ro
longado p o d e levar à dim inuição da lib id o , á enurese e às d ificu ld a d e s d e m icção.
A inda quando usados p o r te m p o p ro lo n g a d o p o d e m levar à depressão psíquica, sendo
necessário o e m prego d e antidepressivos ou a supressão da droga.
Também são re fe rid o s , co m mais raridade , reações alérgicas e d is tú rb io s da crase
sangüínea.
O c lo rd ia z e p ó x id o p o d e induzir o h á b ito em indivíduos p re d is p o s to s , o que não pare
ce a c o n te c e r co m seus derivados.
C o n tr a - I n d ic a ç õ es
Por terem e fe ito s m iorrelaxantes estão c o n tra -in d ica d o s na M iastenia Grave. Estão tam
bém co n tra -in d ica d o s em pacientes glaucom atosos.
Alguns indivíduos reagem nos b e n zo d ia ze p ín ico s d e maneira inversa ao d ese jad o, e x i
b in d o ansiedade exacerbada, e xcita ção, agitação e confusão m ental, uma reação paradoxal ao
uso d o s b e n zo diazepínico s. A estes pacientes estes fárm acos e stão contra -in d ica d o s.
U so T e r a p ê u t ic o
Vamos falar d o uso te ra p ê u tic o d e maneira um p o u c o genérica e resumida uma vez que
voltarem os ao assunto no e stu d o que farem os a seguir, c o m p o s to p o r c o m p o s to , e em outras
p artes d e s te livro.
São m edicações d e escolha nas ansiedades existenciais e nas ansiedades d e origem
neuróticas, agudas e crônicas.
Estes fárm acos são indicados ju n to co m os antidepressivos em pessoas deprim idas onde
haja co m p o n e n te ansioso e vice-versa.
Os ben zodiazepínico s são d e prim eira escolha no tratam ento d o Stãtus EpHepticus e em
várias urgências psiquiátricas (ver o últim o capítulo d e ste livro que fala das urgências psiquiátricas).
Têm in dica ção em alguns e sta d o s ansiosos d e p s ic ó tic o s c o m o coad juva nte s d o s
neurolépticos.
Prestam grande ajuda no tra tam ento auxiliar d o parkinsonismo.
Também são em pregados nas síndromes d e agitação p s ic o m o to ra e nas doenças neuro
lógicas o nd e haja espasm o muscular.
Têm igualmente indicação no tratam ento das síndromes d e abstinência em viciados, com o
atenuadores da fo rte ansiedade pela dependên cia da droga.
São tam bém usados c o m o m edicação p ré -o p e ra tó ria e em o b ste trícia na prevençã o de
a b o rto s p o r co n tra tu ra prem atura d o ú tero, na regulação das c o n tra çõ e s d o p ré -p a rto e mesmo
c o m o sed a tivo para o trabalho d e p a rto.
Postula-se que anorm alidades no sistema d e re c e p to re s cerebrais d e b e n zo d iazepínico s
e xp liq u e m -se c o m o possível m ecanismo b io ló g ic o para o d e sp o n ta r da ansiedade. O c o m p le xo
fo rm a d o p e lo ion cá lcio e o á c id o gam am inobutírico (G A B A ) seriam p a rte integrante da alta afini
d ad e, p o r estes re c e p to re s, d o s benzodiazepínico s.
O s b e n zo d ia ze p ín ico s potenciam o sistema normal G ABA, cuja afinidade d e v e -s e ao
fa to d e haver um re c e p to r b e n zo d ia ze p ín ico que indepen de d o re c e p to r para o GABA: os BDZ,
quando ligam -se aos re ce p to re s BDZ, mudam a co n fo rm a çã o estrutural d o re c e p to r GABA, o que
facilita a ação gabaérgica, p ro d u z in d o uma inibição mais p o te n te no neurônio p ó s-sin á p tico .
A m aior con ce n tra çã o d e re c e p to re s BDZ é no lo b o o c c ip ita l, região ded utivam ente
considerada im p o rta n te na gênese d o tra n sto rn o d e A nsiedade G eneralizada.
Faço, a seguir, uma relação d e alguns ansiolíticos ben zodiazepínico s mais utilizados na
clínica psiquiátrica e clínica m édica. Falo d e sua m eia-vida d e eliminação e d o se tera pêutica (média).
A o u tilizá -lo s, o m é d ic o d e ve te r cu id a d o com os exageros, a saber: até o nd e a ansie
d ad e é desejável e até aonde ela d e ve ser atenuada. A nsiedade m al-adm inistrada, tratada sin to
m aticam ente com BDZ, faz o self d o p a ciente im p lo d ir para d e n tro da M em ória d o s Freitas, p o
d e n d o ser, assim, instrum ento ia trogên ico d e "o lig o fre n iza çã o ” d o paciente.
%
BDZ MEIA-VIDA DOSE DIÁRIA
A lprazola m 6 -10h 3 m3
Brom azepam 6 - 12h 12 ms
Cloxazolam 6 - 12h 8 mg
Clonazepam 18-24h 3 mg
C lo ra ze p a to 3 6 -4 0 h 30 mg
Clobazam 16-24h 20 mg
C lo rd ia z e p ó x id o 2 0 -9 0 h 45 mg
Diazepam Q 0-90h QO mg
CL ORDIAZEPÓXIDO
Sua p sico fa rm acologia, química, m ecanism o d e ação, to x ic o lo g ia e uso te ra p ê u tic o , bem
c o m o suas c o n tra -in d ica çõ e s foram discutidas nas páginas anteriores. E o p re cu rso r d o g ru p o dos
b e n zo diazepínico s.
Em nossa clínica tem o s o b se rva d o que sua associação com a tranilciprom ina e baixas
doses d e triflu o p e ra zin a (S telapar n° 1) em alguns pacientes, geralm ente obsessivos, com d e p re s
são neu rótica crônica, insônia inicial, baixa d e ânimo e pou ca p ro d u tiv id a d e para o trabalho e
dem ais tarefas d o co tid ia n o , p ro d u z e fe ito s dignos d e nota (q u e tam bém p o d e m ser o b tid o s
com a tranilciprom ina sem trifluoperazina — Parnate — associado, naturalmente, ao c lo rd ia z e p ó x id o )
se a p o so lo g ia da tranilciprom ina é bem ajustada e a p o so lo g ia d e c lo rd ia z e p ó x id o é m aior que a
d o s e te ra p ê u tica habitual, p o d e n d o ser dada numa única d o se à n o ite (e n tre 50 e 100 mg), várias
vezes vim os o co rre re m alteraçõe s substanciais no c o m p o rta m e n to d o g ru p o d e pessoas d e que
estam os falando, a saber, a insônia inicial desaparece ou minimiza, os pacientes que norm alm ente
levantaram ta rd e e em horários d e sco n tro la d o s passam a acordar bem d is p o s to s , livres d e letar
gia, com um nesses queixosos; há uma sensível dim inuição no te m p o d e sono que na é p o ca letárgi
ca e d e insônia inicial era re fe rid a em m édia entre o ito a d e z horas, avançando pelas manhãs, além
d e ser insatisfatório: o te m p o d e sono passa a ser em m édia c in c o a sete horas, re fe rin d o os
pacientes que, ao c o n trá rio d e antes, o sono é sa tisfa tó rio e restaurador,- a depressão cessa, a
ansiedade m inimiza e o indivíduo passa a te r uma p ro d u tiv id a d e alta, física e mental, em quantida
d e e qualidade, no trab alho e em diversos a sp e cto s d o c o tid ia n o , p a re ce n d o -n o s tam bém que a
acuidade in telectual fica aumentada consideravelm ente.
A essa experiência que estamos relatando chegamos pela observação clínica d o s pacientes,
pela experiência acumulada com o uso d o s fárm acos em questão e o ajuste p o s o ló s ic o fe ito p o r
tateam ento, com eçando sem pre d e doses terapêuticas habituais e o aum ento p o s o ló g ic o fe ito gra
dualmente. A posologia da tranilciprom ina utilizada nesses casos tem variado entre 20 e 30 mg diários.
A trifluperazina presente no Stelapar n° 1 e p o rta n to utilizada na dose d e 2 a 3 mg p o r dia funciona
co m o um ansiolítico acessório já que o Stelapar é subm inistrado em dose única pela manhã e o
clo rd ia z e p ó x id o em dose única à noite, mas não há razão tecnicam ente justificável para o em prego da
trifluperazina, com o, de sorte, estamos relatando aqui uma experiência bem -sucedida. Um d ad o factual,
no entanto, não sabemos explicar à luz d e mecanismo d e ação; o p o rq u ê d o ê x ito que tem os tid o
nessa experiência com a associação clo rd ia z e p ó x id o e tranilcipromina. Apenas acontece...
Também é c e rto que isto não o c o rre com to d o s os n e u ró tico s d e p rim id o s e com ânimo
fra co , nem m esm o isso é um p riv ilé g io d o s obsessivos em geral co m estas características, m esmo
p o rq u e a tolerância aos c o m p o s to s b e n zo d ia ze p ín ico s bem c o m o aos IM A O varia d e pessoa
para pessoa. E ntretanto, já vim os tal fa to o c o rre r em mais d e trê s dezenas d e pacientes, quase
to d o s entre os d e z o ito e os quarenta anos d e idade, to d o s rigorosam ente acom panhados em
co n s u ltó rio pa rticu la r e e ste fa to nos parece d ig n o d e nota.
99
O pro b le m a co late ral que p o d e a c o n te c e r e nos é tra z id o ao co n h e cim e n to p o r estes
pacientes é quando o uso dessa associação é m uito p ro lo n g a d o — mais d e seis meses. E o adven
to d e d ific u ld a d e s na esfera da lib id o e nesses casos sem pre p re fe rim o s in te rro m p e r paulatina
m ente a m edicação: geralm ente retiram os um te rç o da d o s e d e cada fárm aco p o r mês. Retirada a
m edicação, e ste e fe ito desagradável desaparece e é m u ito g ra tifica n te que a m aioria d o s p acien
tes m esm o apó s retira da a m edicação perm anece com um ritm o d e vida dinâm ico e sa tisfatório.
A seguir darem os as especialidades farm acêuticas e a p o s o lo g ia para o c lo rd ia z e p ó x id o ,
c o m o tem o s fe ito co m to d o s os p ro d u to s neste livro. Fica im p líc ito que a p o s o lo g ia que se segue
p o u c o tem a ve r c o m a exp e riê n cia clínica que relatam os; darem os a p o s o lo g ia conve ncio nal d o
uso d o c lo rd ia z e p ó x id o para as indicações clínicas assinaladas no c o m e ç o d o capítulo.
Especialidades farm acêuticas
1. Librium
- V id ro s co m 2 0 drágeas a 5 mg.
- V id ro s c o m 2 0 cápsulas a 10 mg.
- V id ro s c o m 2 0 drágeas a 25 mg.
2. Psicosedin
A p re se n ta çã o :
- Psicosedin Infantil em v id ro s c o m 2 0 c o m p rim id o s d e 5 mg.
- Caixas c o m 2 0 c o m p rim id o s d e 10 mg.
- Caixas c o m 2 0 c o m p rim id o s d e 25 mg.
Posologia: A p o s o lo g ia m édia é a d e 30 mg d iá rio s re p a rtid o s em trê s tom adas, uma
p e la manhã, o u tra à ta rd e e o u tra à n o ite .
D ia z e p a m
2. Valium
A p re s e n ta ç ã o :
- V id ro s c o m 2 0 c o m p rim id o s am arelos a 5 mg.
- V id ro s c o m 10 c o m p rim id o s azuis a 10 mg.
- Caixas c o m 5 am p o la s (2 m l) a 10 mg.
- Valium S uspensão em v id ro s c o m 100 ml a 2 m g p o r ca d a 5 ml.
P o s o lo gia: Nas in d ic a ç õ e s q u e fo ra m tra ta d a s há p o u c o n e s te c a p ítu lo , c o m o s u b
títu lo U so T e ra p ê u tic o , a p o s o lo g ia d iá ria “p e r o s" va ria e n tre 5 m g e
3 0 m g d iá rio s , s e n d o a p o s o lo g ia m é d ia 15 m g d iá rio s r e p a r tid o s em
trê s to m a d a s .
O uso d e d ia z e p a m nas e m e rg ê n cia s e stá n o ú ltim o c a p ítu lo d e s te livro : U rgências
P siquiátricas.
O xazepam
Brom azepam
É um d e riv a d o p irid ilb e n z o d ia z e p ín ic o que tem c o m o novidade, além das ca ra cte rísti
cas ansiolíticas já descritas e com uns aos b e n zo d ia ze p ín ico s uma m aior ação m iorrelaxante e
anticonvulsivante. É mais p o te n te que o diazepam . Alguns autores consideram que o brom azepam
tem tam bém p ro p rie d a d e s antidepressivas, e se isso fo r co n firm a d o pela práxis estaríam os diante
d e uma e spé cie d e b e n z o d ia z e p ín ic o ideal, p o is os o utros sais em uso p ro lo n g a d o acarretam
quase sem pre depressão psíquica.
O brom azepam em altas doses p ro d u z sedação e fo rte relaxam ento muscular. Este co m
p o s to p ro d u z mais sonolência que os o u tro s co m p o s to s d o grupo.
Nessa altura convém obse rva r que nossa vivência d e co n s u ltó rio , em bora nos faça c o n
co rd a r no geral co m que d e term inad os b e n zo d ia ze p ín ico s p ro vo ca m mais sonolência que outros,
observam os tam bém que a reação d e sonolência varia m uito d e indivíduo para indivíduo e nem
sem pre a lógica é mantida: já vim os, p o r exem plo, vários indivíduos torn are m -se so n o le n to s com
o c lo rd ia z e p ó x id o ou com o diazepam e não sentirem sonolência em uso d e brom azepam a 9 mg
p o r dia, e vice -ve rsa, aliás isso a nosso ver é vá lid o para os b e n zo d ia ze p ín ico s em geral. Parece-
nos uma questão d e tolerância seletiva, d e susce tibilidad e individual c o m p o s to para c o m p o s to ,
indivíduo para indivíduo.
Especialidades farm acêuticas
1. D eptran
A presentação:
- Embalagens com 2 0 co m p rim id o s d e 1,5 mg, 3 mg, 6 mg ou 12 mg.
- Caixas com 5 e 50 am polas com 10 mg.
- V id ro com 100 ml d e suspensão com 3 mg p o r cada 5 ml.
2. Lexotan
A p re s entação:
- V id ro co m 2 0 co m p rim id o s brancos d e 1,5 mg.
- V id ro co m 2 0 co m p rim id o s rosa d e 3 mg.
- V id ro co m 2 0 co m p rim id o s verdes d e 6 mg.
- V id ro com 100 ml d e suspensão p e d iá trica co m 3 mg p o r cada 5 ml.
- Caixa com 5 e 50 am polas d e 5 mg.
- Caixa com 5 e 50 am polas d e 10 mg.
3. Neurilan
A p re sentação:
- Caixa com 2 0 co m p rim id o s d e 3 mg.
- Caixa com 2 0 co m p rim id o s d e 6 mg.
Posologia: d e 3 a 6 rng p o r dia.
C lo xazolam
- Embalagem co m 2 0 cápsulas d e 1 ms
- Embalagem com 2 0 co m p rim id o s d e 2 m.
P osologia: Dar 1 a 2 co m p rim id o s ao dia.
C lo bazam
1. Frisium
A p re se n ta çã o :
Embalagem com 20 com prim idos a 10 mg.
2. Urbanil
A presentação:
Urbanil 10 — Caixas com 2 0 co m p rim id o s d e 10 mg.
Urbanil 20 — Caixas com 20 com prim idos de 20 mg.
C l o r a z e p a t o D ip o t á s s ic o
Este p ro d u to é igualm ente um ansiolítico e sua pecu liaridade é uma m enor p e rtu rb a çã o
d o s re fle xo s físicos e psíquicos, co m o , p o r e xe m plo, o re fle x o d e d irig ir autom óvel. N o entretan
to é igualm ente incom patível com o uso d e á lco o l, pois, nesse caso, além da p o te n cia liza çã o
etílica, altera os re fle xo s d o paciente.
Especialidade farm acêutica
Tranxilene
A presentação:
- Frasco com 2 0 cápsulas d e 5 e 10 mg.
- Tranxilene d o s e única
- Frasco co m 2 0 cápsulas d e 15 mg.
L o razepam
102
O p ro d u to tem uma ação farm acológica essencialm ente confinada ao sistema lím bico,
te n d o , em dose s terapêutica s, re d u zid o s e fe ito s d e p resso re s c o rtic a is e reduzida atividade
sim paticolítica.
Suas indicações são as mesmas d o diazepam . E um d o s p ro d u to s mais u tiliza d o s d e n tre
os b e n zo d ia ze p ín ico s (só p e rd e para o p ró p rio diazepa m ) nos receituários clínicos e p siq u iá tri
cos brasileiros, provavelm ente pela m enor dep ressã o c o rtic a l que pro vo ca . Isso fe z com que
proliferassem as especialidades farm acêuticas d e s te sal.
Especialidades farm acêuticas
São seis: Loratensil, Lorium, Lorax, M esm erin, Psicopax e Vagofil.
Para e vita r p ro lix id a d e vamos cita r a especialidade farm acêutica que tem m aior varieda
d e d e apresentações e é tam bém a mais conhecida e divulgada.
Especialidade farm acêutica
Lorax
A presentação:
- Caixas com 20 co m p rim id o s sulcados d e 1 mg
- Caixas com 2 0 co m p rim id o s sulcados d e 2 mg
- Caixas co m 10 am polas (injetá vel) com 4 mg
Eosoiogia: A p o so lo g ia m édia indicada é a d e 2 a 6 mg p o r dia d iv id id o s em duas ou três
tomadas.
A N S IO L ÍT IC O N Ã O -B E N Z O D IA Z E P ÍN IC O
B u s p ir o n a
Posologia: inicia-se com 5 mg duas vezes ao dia, aum entando-se paulatinam ente para 15
a 6 0 mg em dose s fracionadas. O s e fe ito s ansiolíticos só iniciam após 1 a 3 semanas d e uso c o n tí
nuo da droga.
E u íp n ic o s
O te rm o euípnico fo i'c ria d o p e lo Prof. J. GALEANO MUNOS para d ife re n c iá -lo s dos
h ip n ó tico s, p o r co nsiderar as diferenças ta n to nos e fe ito s qua nto nos locais d e ação no c é re b ro
entre os d o is grupos d e m edicam entos.
Os h ip n ó tico s se d ivide m em d o is grandes grupos, d e um lado os h ip n ó tico s barbitúricos,
que vão d e sd e os b a rb itú ric o s d e ação ultra -rá p id a c o m o o T iopental S ó dico, p o r exem plo, até
os b a rb itú ric o s d e ação prolo ngada c o m o o Fenobarbital; d e o u tro lado os h ip n ó tic o s não-
b a rb itú ric o s que são os b ro m e to s, os deriva d o s d o cloral, os deriva d o s a lc o ó lic o s , os deriva dos
d ic e to -h ip ro p irid ín ic o s , os carbam atos, to d a s essas substâncias d e p o u c o interesse p rá tic o hoje
em dia e sobre as que não discorrerem os, além das quinazolonas: m etaqualona, que ainda é instru
m ento d e discussão, to d avia p ro scrita d o m ercado.
Os euípnicos são derivados benzodiazepínicos indutores d o sono aqui diferenciados dos
hipnóticos p o r várias razões, com o cita o Prof. J. GALEANO MUNIOS, e que transcreverem os a seguir.
1. Os h ip n ó tic o s pro vo ca m uma depressã o geral d o Sistema N e rvo so Central, afe ta n d o
progressivam ente os vários graus, d e sd e a h ip o a tivid a d e mental até o com a; já os
euípnicos tê m um e fe ito que varia c o n fo rm e a sensibilidade d o pa cie n te e provocam
uma d e p ressã o seletiva d o s centros p e rtu rb a d o re s, induzindo o sono.
2. Nos h ip n ó tic o s os e fe ito s colaterais d e p e n d e m da dose , sendo ta n to mais pronuncia
d o s quão m aior é a d o se ; já nos euípnicos os e fe ito s colaterais d e p e n d e m da sensibi
lidade individual. O m esm o a co n te c e com a intensidade d e ação d e uma e outra
droga.
3. O s h ip n ó tic o s induzem o sono em qualquer situação, já os euípnicos são indutores d o
sono habitual.
4. O s h ip n ó tic o s têm grande influência so b re as funções vegetativas (pulso , pressão
arterial, respiração, tem p era tura) enquanto os euípnicos têm pequena influência so
b re essas funções.
5. O s h ip n ó tic o s tê m e fe ito sem elhante nos p o rta d o re s d e insônia e nos indivíduos de
sono norm al, enquanto os euípnicos têm e fe ito mais acentuado em indivíduos p o rta
d o re s d e insônia.
6 . Com os h ip n ó tic o s é q u e b ra d o o ritm o fis io ló g ic o d o sono, con q u a n to os euípnicos
apóiam o ritm o fis io ló g ic o d o sono.
7. Com os h ip n ó tic o s os indivíduos só p o d e m ser aco rd a d o s co m d ific u ld a d e e em uso
d e euípnicos os indivíduos p o d e m ser aco rd a d o s com fa cilid a d e em qualquer m o
m ento.
8 . O s h ip n ó tico s, m orm ente os ba rb itú rico s, fre q üentem ente p ro vo ca m a tolerância ad
quirida, o que é raro com os euípnicos; além d o que, os b a rb itú ric o s levam ao há b ito
e síndrom es da abstinência, o que não o c o rre com os euípnicos.
1CHf
Q uanto à d ife re n ça entre os m ecanismos e locais d e ação acrescentam os que os h ip n ó
tic o s exercem sua a tividade na depressão d o c ó rte x cerebral enquanto os euípnicos têm sua ação
no sistema lím bico e na form ação reticular.
Es t u d o P a r t ic u l a r do s E u íp n ic o s
N it r a z e p a m
O nitrazepam fo i o p rim e iro euípnico sin te tiza d o e sua fórm ula estrutural é derivada e
quase idêntica à d o diazepam . A única novidad e acrescentada fo i a in troduçã o d o N itro g ê n io no
grupo fenil.
O N itrazepam é, p o rta n to , o 1 ,3 -d iid ro -7 n itro -5 -fe n il-2 H -1 ,4 -b e n z o d ia z e p in a -2
Sua fórm ula estrutural é m ostrada abaixo:
Fl u r a z e p a m
Flurazepam
Reafirmamos p o ré m que a escolha d o euípnico mais a d e quado é fe ita norm alm ente mais
p e lo ta te a m e n to da susce tibilidad e individual d e cada p a ciente que p o r um c rité rio mais rígido. É
m uito com um o p a cie n te "ace rtar” com o nitrazepam e não com o flurazepam ou "acertar" com o
flurazepam e não com o flunitrazepam (que estudarem os a seguir) ou com o nitrazepam e assim
p o r diante.
O flurazepam tam bém apresenta p ro p rie d a d e s anticonvulsivantes e m iorrelaxantes, c o n
tu d o m enos m arcantes que o nitrazepam e é p o u c o usado para esses fins.
Especialidades farm acêuticas
1. Dalmadorm
A presentação:
V id ro s com 2 0 co m p rim id o s ranhurados a 30 mg
2. Insonium
A p resentação:
Embalagens co m 12 e 24 co m p rim id o s d e 30 mg
3. Lunipax
A presentação:
Embalagens com 20 co m p rim id o s d e 15 e d e 30 mg
Posologia: A p o so lo g ia usual fica entre 15 e 6 0 mg em d o se única meia hora antes de
deitar. Na m aioria d o s casos é e fica z a d o s e d e 30 mg diários.
Fl u n it r a z e p a m
\r \/.
É m edicação rapidam ente abso rvida "p e r os" e sua con ce n tra çã o plasm ática máxima é
o b tid a cerca d e uma hora após a ingestão oral.
A substância é m eta bolizada quase to ta lm e n te no fígado p o r redução, de m e tila çã o e
hidroxilação e seus m e ta b ó lito s são elim inados cerca d e 90% p e lo rim e 10% pela bile.
O flunitrazepam é e n co n tra d o no plasma m esm o passadas o ito horas d e sua adm inistra
ção e seus m e ta b ó lito s tê m m eias-vidas longas, entre vin te e trin ta horas.
É um euípnico m uito mais p o te n te que o nitrazepam e que o flurazepam e guarda p ro p ri
edades m iorrelaxantes e anticonvulsivantes.
A nosso ve r o p ro d u to d e ve ser d e uso re s trito aos pacientes que não o b tê m ê x ito
te ra p ê u tic o com os d o is prim eiros euípnicos d e scrito s. Seus e fe ito s colaterais são os mesmos
que os d o s deriva d o s anteriores. Todavia te m o -lo s n o ta d o com mais freqüência que nos dois
p ro d u to s anteriores.
Especialidade farm acêutica
Rohypinol
Tr ia z o l a m
É o u tro d e riv a d o b e n zo d ia ze p ín ico , a tria zo lo b e n zo d ia ze p in a , cuja estrutura m olecular
é o 8 -c lo ro -6 (0 -c lo ro fe n il)-1 -m e til-4 H -tria z o lo [4,3—a] [1,4] benzodiazepina.
É um p ro d u to tam bém rapidam ente a b s o rv id o "p e r os" e seu "p ic o " sangüíneo é alcança
d o em cerca d e uma hora. O fárm aco é m e ta b o liz a d o p e lo fíga do e e x c re ta d o p e lo rim.
É um b o m in d u to r d o sono e tem sid o b o a nossa expe riência clínica co m o p ro d u to nos
diversos tip o s d e insônia. Temos usado o p ro d u to inclusive em pessoas idosas e d e b ilita d a s e não
tem os n o ta d o queixas d e p a ra e fe ito s , em bora segundo a literatura possa o c o rre r sonolência,
vertigem , tontura, d e lírio , d e sco o rd e n a çã o m o to ra , cefaléia e depressão.
Especialidade farm acêutica
Halcion
A presentação:
Frascos co m 2 0 co m p rim id o s d e 0,5 mg
Posologia: A p o so lo g ia usual varia d e 0,25 mg a 1,0 mg à n o ite em d o s e única meia hora
antes d e deitar, sendo que em nossa obse rvação a d o se d e 0,5 mg é a d o se
e fica z para a m aioria d o s pacientes.
OBS.: Está fo ra d o m erca do brasileiro, mas é o melhor. Existe na A rgentina, p o r exem plo.
Es t a z o l a m
O e s ta z o la m é o u t r o e u íp n ic o , b e n z o d ia z e p ín ic o e , c o m o o tr ia z o la m , um
tria z o lo b e n z o d ia z e p ín ic o , Sua co m p o siçã o química é o 8 - c lo ro -6 -fe n il-4 -H -s ~ tria z o l- [4,3 a]
[1,4] ben zodiazepina. É uma substância branca, in o d o ra e d e g o s to amargo, insolúvel na água. Tem
p e so m olecular 294,8 e sua fórm ula quím ica é.
A p e s a r d e sua a tiv id a d e ser p re d o m in a n te m e n te euTpnica, p o s s u i, c o m o to d o
b e n zo d ia ze p ín ico , e fe ito ansiolítico, anticonvulsivante e m iorrelaxante.
O estazolam é bem a b so rvid o "p e r os” e taxas sangüíneas terapêuticas estão presentes
meia hora após a ingestão. O p ro d u to é m eta b o liza d o no fígado e elim inado p e lo rim, pequena
parcela é eliminada nas fezes. Tem vida média entre 12 e 20 horas. É, pois, um ben zo d ia ze p ín ico de
longa duração, no que se assemelha ao Nitrazepam , ao Flurazepam e ao Flunitrazepam, ao mesmo
te m p o em que se afasta d o triazolam , que é d e curta duração ou ação curta (vida média d e 2 horas).
A vantagem d o s b e n zo d ia ze p ín ico s d e curta duração é a d e e vita r acúm ulo no organis
m o e, além disso, tra z e r m enor p o ssib ilid a d e d e "ressaca", um desagradável e fe ito co late ral; no
entanto a e xp e riência acumulada vem falando que os b e n zo d ia ze p ín ico s d e curta duração acar
retam m aior chance d e p ro v o c a r dependên cia psíquica que, aliás, é um a s p e c to a ser co n siderado
sem pre p e lo m é d ic o ao p re scre ve r qualquer ben zo d ia ze p ín ico .
C om o to d o b e n zo d ia ze p ín ico , o estazolam tam bém é c o n tra -in d ic a d o na miastenia
grave, nos pacientes com função respiratória d e p rim ida, e pacientes com história pessoal ou
familiar d e dep e n d ê n cia a drogas; d e ve ser in dica do co m cu id a d o nos pacientes idosos, d e b ilita
d o s ou com insuficiência renal ou hepática; tal qual os dem ais m edicam entos d o grupo, o estazolam
dim inui os re fle xo s e a capacidade d e atenção e p o d e p o te n cia liza r a ação d o á lco o l e outras
drogas depressoras d o Sistema N e rvoso Central.
Nenhum euípnico d e v e ser usado na g ravid ez e lactação. Por falta d e expe riência acu
mulada o triazolam não d e ve ser p re s c rito a m enores d e 14 anos. C om o to d o b e n zo d ia ze p ín ico ,
p o r c o n te r p ro p rie d a d e s anticonvulsivantes, este fárm aco não d e ve ser re tira d o bruscam ente se
u tiliz a d o mais d e duas semanas, especialm ente em pacientes com história d e crises convulsivas.
E feitos colate rais d o estazolam já relatados foram a sonolência, "ressaca", d o r d e ca b e
ça, ataxia, ve rtigem , artralgias, d istú rb io s gastrintestinais, discrasias sangüíneas e depressão psí
quica. Nos p s ic ó tic o s o fárm aco p o d e p ro v o c a r reações paradoxais d e e xcita çã o e confusão.
Sua indicação prin cip a l é na insônia d o s n e u ró tico s, especialm ente a insônia da d ific u ld a
d e d e a d o rm e ce r (insônia inicial).
E specialidade farm acêutica
N octal
A p resentação:
Blisters co m 2 0 co m prim ido s, sulcados, d e 2 mg
Posologia: 0,5 a 2,0 mg à noite, em dose única, meia hora antes de deitar,
D e r iv a d o s P r o p a n o d ió l ic o s ,
B a r b it ú r ic o s e
A n TICONVULSI VANTES
DERIVADOS PROPANOD1ÓLICOS,
BARBITÚRICOS E
ANTICONVULS1VANTES
H is t ó r ic o
O CoH-, O
CH3 meprobamato
Fa r m a c o l o g ia e A ções
O m eprobam ato é um dep resso r d o Sistema N ervoso Central, mais precisam ente dos
centros subcorticais, especialm ente a form ação reticular e o sistema límbico.
E xerce e fe ito d e re la xa m e n to s o b re a m usculatura e s q u e lé tic a e é lig e ira m e n te
anticonvulsivante. Não afeta o pulso, nem a pressão arterial, nem a respiração.
A bsorção , M e t a b o l is m o e Excreção
Uso T e r a p ê u t i c o
A N T IC O N V U L S l V A N T E S
Sob esse nom e há uma gama d e substâncias d e p ro p rie d a d e s farm acológicas semelhan
tes, mas d ife re n te s entre si na duração e ra p id e z d e sua ação, bem c o m o em sua potência.
O fe n o b a rb ita l e o b a rb ita l têm ação longa, entre o ito e d o z e horas; o am obarbital,
butabarbital e o alobarbital são d e p e río d o d e ação mediano, entre seis e o ito horas: o pentabarbital,
se co b a rb ita l e c ic lo b a rb ita l têm c u rto s p e río d o s d e ação, entre qu a tro e seis horas,- e há ainda os
b a rb itú ric o s d e ação ultracurta, c o m o o tio b a rb ita l, hexabarbital e tiamilal, que agem cerca d e
uma hora apenas.
O á c id o b a rb itú ric o , ou 2 ,4 ,6 -trio xo -h e xa -h id ro p irim 'd in a , dá origem à fórm ula d o s co m
p o s to s mais p ro p ria m e n te cham ados b a rb itu ra to s ou oxib a rb itu ra to s, d o s quais os que têm o
su b titu lo 5 -fe n il possuem uma ativid a d e seletiva anticonvulsivante. N este gru p o e stã o incluídos o
fe n o b a rb ita l, o m e fo b a rb ita l e o m etabarbital. Som ente o fe n o b a rb ita l, d e s te últim o grupo, en-
contra-se disponível no Brasil.
O fenobarbital fo i o prim eiro agente antiepiléptico e fe tivo (Hauptmann, 191£). É p ou co tó x i
co, barato, e ainda é uma das drogas mais eficazes no com bate à epilepsia. Sua fórmula estrutural é:
R3 O
n 3 ---------------C
\ .e til
0=C2 5C^ F E N O B A R BI T A L
\ / TENIL
N ---------------- c ;
//
H N0
11"»
A ção so bre o S is t e m a N ervo so
A abso rção é co m p le ta , p o ré m lenta. São os b a rb itú ric o s bem a b so rvid o s "p e r os", via
retal e via parenteral. A p ó s a b so rvid o s são e n co n tra d o s em to d o s os te c id o s , especialm ente o
adiposo.
A ab so rçã o atinge seu acme d e z a d o z e horas após a adm inistração oral. Faz-se, p rin c i
palm ente, no in te stin o d e lg a d o e é mais rápida quando os sais d e só d io são bem diluídos com
água e quando o estôm ago está vazio, em bora a adm inistração após a re fe içã o aja som ente
le n tifica n d o o pro ce sso , não a lterand o a eficácia biológ ica.
Na acidose há um aum ento da capacidade d e dissociação e difusã o para os te cid o s,
dim inuindo os níveis séricos, a c o n te c e n d o o c o n trá rio na alcalose. Na acidose é p re c is o te r cuida
d o com os acréscim os, po is há risco d e intoxicação.
O s b a rb itú ric o s são m e ta b o liza d o s no fígado e e xcre ta d o s p e lo rim.
"To x ic id a d e , E p e it o s C o l a t e r a is e In tera ç õ es
E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
DEOX/BA R BI TURATOS
P r im id o n a
A prim idona é um c o m p o s to similar ao fe n o b a rb ita l, o nd e o oxigênio carbonil da cadeia
uréia é su bstituído p o r d o is á tom os d e hidrogênio. Sua fórm ula estrutural é a seguinte:
h 2c C
PRIMIDONA
A bso rção , D e s t in o e E xcreção
A absorção após adm inistração oral é rápida e quase sem pre to ta l, em bora haja muitas
variações individuais. A substância é m etabolizada no fígado, onde é conve rtid a em dois m eta bólitos
ativos, 25% fe n o b a rb ita l e 50% feniletil-m alonam ida (PEMA). Os 25% restantes são elim inados
inalterados. A excreção é renal e em crianças mais d e 40% da droga é eliminada inalterada pela urina.
To x ic id a d e , E f e it o s C o l a t e r a is e In t er a ç õ es
Os achados indesejáveis mais com uns são sedação, em 50% d o s casos, vertigem , astenia,
náuseas, vô m ito s, ataxia, d ip lo p ia e nistagmo. Pode haver tam bém "sentim ento agudo d e intoxica
çã o ”, im ediatam ente após a adm inistração, antes que haja m eta bolism o sig nifica tivo da droga.
E fe ito s c o la te ra is graves são incom uns, mas são d e s c rito s rash m a cu lo p a p u la r e
m o rb ilifo rm e , leucopenia, tro m b o c ito p e n ia , lupus erite rn a to so sistêm ico e linfoadenopatia. Rea
ções p sicó tica s agudas p o d e m o c o rre r em pacientes p o rta d o re s d e epilepsia tem poral. Também
foram d e scritas doe nça hem orrágica d o recém -nascido, anemia m egaloblástica e osteom alácia.
A fenitoína aumenta a conversão d e prim idona em fenoba rbita l. A carbam azepina au
m enta os níveis séricos d e prim ido na e a prim idona diminui os níveis sangüíneos da carbam azepina.
A isoniazida dim inui a conversão da prim idona em fe n o b a rb ita l e feniletil-m alonam ida (PEMA).
U so Te r a p ê u t ic o
É útil no tra ta m e n to d e epilepsias generalizadas tô n ic o -c lô n ic a s , focais co rtic a is e e p i
lepsias d o lo b o tem poral. Não é eficaz em ausências. Pode ser utilizada em convulsões mioclônicas
d e criancinhas. A prim ido na é mais e fica z quando usada em associação co m a fenitoína.
1. M ysoline
Fe n it o ín a o u D / f e n /l /d a n t o ín a
A difen ilidan toína fo i sintetizada em 1908 p o r BILTZ, mas sua ativid a d e anticonvulsivante
só fo i d e s c o b e rta em 1938 (M e rrit e Pritnam). Sua fórm ula estrutural é:
D IF E N IL-H ID A N TO ÍN A
Um 5 -fe n il ou o u tro su b s titu to a rom ático parece essencial co n tra convulsões generali
zadas tô n ico -clô n ica s.
A difen ilidan toína e xe rce uma a tividade a n tie p ilé p tica sem causar depressão d o Sistema
N e rvoso Central.
To x ic id a d e , E f e it o s C o l a t e r a is e In t e r a ç õ e s
U so T e r a p ê u t ic o
A difen ilidan toína é um d o s a n tie p ilé p tic o s mais usados e é e fic a z em quase todas as
form as d e epilepsia, e x c e to nas ausências e convulsões febris. É indicada nas epilepsias noturnas,
que geralm ente incidem na fase d e sono p ro fu n d o , p o is a droga superficializa o sono le nto , au
m entando o sono REM.
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
1. Epelin
A presentação:
— V idros com30 e 5 0 0 cápsulas d e 100 mg
— Vidros com 120 ml de suspensão de 100 m g /5 ml.
2. Hidantal
A presentação:
— Caixas d e 25 e 100 co m p rim id o s d e 100 mg
— Caixas com 50 am polas d e 5 cm 3 com 250 mg.
Posologia:
1. Adultos: d o s e inicial: 100 mg duas vezes ao dia, fa ze n d o -se , a p a rtir daí um aumen
t o gradual, semanal, a té o m áxim o d e 5 0 0 mg d iá rio s , p o is d o s e s m aiores
costum eiram ente não são toleradas. A p o so lo g ia d e ve ser fracionada em razão da
intolerância gástrica.
UÁ
2. Crianças: Ap o so lo g ia m édia é d e 4 a 7 mg p o r q u ilo d e pe so , p o r dia, em doses
fracionadas.
N o Estado d e Mal:
3. Adultos: 150 mg via endovenosa, lentam ente, è base d e 50 mg p o r minuto.
4. Crianças: 100 a 2 0 0 mg, via endovenosa, lenta em crianças acima d e 30 Kg.
A crescentam os que a fenitoína em suspensão d e ve ser agitada antes d o uso, d e v id o à
p re c ip ita ç ã o que p o d e ria , assim, levar à in toxicação nas últimas doses. Dissemos ainda que o uso
d o fárm aco via intram uscular é c o n tra -in d ic a d o p o rq u e a preparação é altam ente alcalina e há
form ação d e cristais p o u c o solúveis, levando a lesões teciduais e hem orrágicas, além da absorção
ser retardada. Na adm inistração endovenosa, d e v e -s e diluir a am pola em 10 c c d e soro glicosado
a 5% para e vita r o angiospasm o d e c o rre n te da irritação p e lo solvente alcalino.
A c id o v a l p r ó /c o
O á c id o v a lp ró ic o fo i sin te tiza d o em 1881, todavia som ente a p a rtir d e 1963 fo i o b s e r
vado seu e fe ito anticonvulsivante. Q uim icam ente é um á cid o graxo com o ito carbonos:
CH3CH2CH2
C HC00H
c h 3c h 2c h 2 ^ Ac id o v a l p r ó ic o
O ácid o v alp ró ico é bem ab so rvid o "p er o s”; sua ab sorção é rápida e quase com pleta,
variando, e n tre ta n to , com a apresentação, a saber: sua absorção é mais rápida no xaro p e e quan
d o em jejum e, p o r outra p a rte , é mais lenta na apresentação d e cápsulas d e liberação entérica.
Seu m eta bolism o é p o u c o co nh ecid o. Sabe-se que 1/3 da droga é eliminada inalterada
na urina e há alguma e xcre çã o pelas fezes. O fárm aco d ifu n d e -se pela placenta e, em conseqüên
cia, as co n ce n tra çõ e s séricas no recém -nascido são iguais ou até mais elevadas que as das mães.
A co n ce n tra çã o no le ite m ate rno é d e 1 a 10% da c o n ce n tra çã o sérica m aterna, o que não
desaconselha o aleitam ento.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
E f e it o C o lateral Po s it iv o
U so T e r a p ê u t ic o
É uma droga d e largo e s p e c tro , mas atualm ente usada com ó tim o s resultados nas ausên
cias simples. Também é m uito e fic a z nas epilepsias m ioclônicas e convulsões febris. O fárm aco é
útil nos tiques e, segundo alguns autores, tem certa eficácia na discinesia tardia, o que nossa
experiência não confirm a até o momento.
E s p e c ia l id a d es Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
1. Vdlprin
A p re se n ta ção:
— Caixa com 2 0 drágeas d e liberação entérica, d e 3 0 0 mg
— V id ro com 150 ml d e xarope d e 3 0 0 m g /5 m l
2. Valpakine
A presentação:
— Caixas co m 4 0 drágeas d e liberação entérica, d e 2 0 0 mg
— Caixa com 40 drágeas de liberação entérica, de 500 mg
— Frasco co m 40 ml d e solução oral d e 2 0 0 m g/1 0 ml
3. Depakene
Io
T R IM E T A D IO N A
A b s o r ç ã o , D e s t in o e E x c r e ç ã o
A trim etadiona é rapidam ente abso rvida "p e r o s”. É m etabolizada p rincipalm e nte no
fígado, fo rm a n d o a dim etadiona, que desta form a m eta bólica é e xcretada na urina, sendo a última
responsável pela m aior a tividade da m edicação.
To x ic id a d e , E f e it o s C o l a t e r a is e In t er a ç õ es
O s e fe ito s colaterais mais com uns são a sedação e a hem eralopia (mais fre q ü e n te em
adultos). Há p o ssib ilid a d e d e a droga desencadear ou e xace rba r crises tô n ico -clô n ica s. Em alguns
casos o c o rre intolerância gástrica.
Em crianças são mais fre q ü e n te s os fe n ô m e n o s id io s s in c rá s ic o s , m a n ife s ta ç õ e s
d erm atológicas.
Pouco com uns, p o ré m mais graves, são as discrasias sangüíneas, h e p a tite e nefrose. Uma
neutropenia m oderada é com um , mas têm sido relatadas pan citopenia fulminante e anemia aplástica,
assim c o m o lúpus e rite m a to so dissem inado, linfoade nopatia e uma síndrom e miastênica.
U so T e r a p ê u t ic o
A trim etadiona é indicada som ente no tra ta m e n to d e ausências sim ples típicas em p a ci
entes que não toleraram ou não responderam a outras drogas. Recom endam os o uso sim ultâneo
d e drogas para o c o n tro le d e crises m otoras, p o is a trim etadiona p o d e aum entá-las ou mesmo
desencadeá-las. O tra ta m e n to com a trim etadiona exige um c o n tro le clín ico e h e m a to ló g ico
acurado, p e rio d ica m e n te , e especialm ente no p rim e iro ano d e tratam ento.
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Tridione
A p re s e n ta ç ã o :
— Frasco com 25 cápsulas d e 3 0 0 mg.
Posologia:
1. Adultos: 9 0 0 a 2100 mg p o r dia
2. Crianças: 9 0 a 6 0 mg p o r quilo d e p eso , p o r dia
SUCCIN1M1DAS
E T O S U C C / N IM ID A
Este g ru p o d e anticonvulsivantes surgiu em 1951, a p a rtir d e e studos visando sintetizar
um agente m enos tó x ic o que as oxazolidinadionas, no tra tam ento da ausência simples. A fórm ula
estrutural da etosuccinim ida é:
h2
C ----------------------------- N
II H ETO SU C C IN IM ID A
O
A bso rção , D e s t in o e E xcreção
A etosuccinim ida é bem absorvida "p e r os”, seu m eta bolism o é fe ito no fígado, p a rte da
droga ( 20 % ) não é m etabolizada, e to d o o fárm aco e seus m e ta b ó lito s são elim inados p e lo rim.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
U s o Te r a p ê u t ic o
A lé m d e ser mais e fica z, a etosuccinim ida apresenta m enores riscos que a trim etadiona
no tra tam ento das ausências típicas. Para m uitos é o tra tam ento d e escolha das ausências típicas.
Também aqui, c o m o quando se usa a trim etadiona, há necessidade d o uso sim ultâneo de
drogas c o m o a fenitoína, ou o fe n o b a rb ita l ou ainda a prim idona, para a p revençã o d e crises
m otoras.
A resposta clínica, costum eiram ente, é rápida.
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
Z arotin
A p re se n tação:
— Frasco d e 120 ml com 250 m g /5 ml
Posologia:
1. Crianças-, d o se inicial: 250 mg p o r dia
manutenção: 20 a 4 0 mg p o r q u ilo d e peso , p o r dia.
2. Adultos: d o s e inicial-, 5 0 0 mg p o r dia.
Deve haver um aum ento d e 250 mg p o r semana, até se conseguir o c o n tro le das ausên
cias ou o aparecim ento d e sinais tó xico s.
A atenção d o m é d ic o d e ve ser redo b ra d a quando a d o se diária e x c e d e r a 1,5 g em
adultos ou 750 mg em crianças.
1MINOSTILBENES
C a r b a m a z e p in a
A carbam azepina só fo i aprovada nos EUA c o m o agente a n tie p ilé p tic o em 1974. Era
em pregada nos anos 6 0 no tra tam ento da nevralgia d o trigêm eo.
O fárm aco tem sua estrutura química similar aos antidepressivos tric íc lic o s e hidantoína.
É um d e riv a d o d o im inostilbene co m g rupo carbam il na p o siçã o 5, que lhe c o n fe re a grande p o
tência a ntie piléptica.
A carbam azepina é rapidam ente abso rvida "pe r os”. A bio tra n sfo rm a çã o o c o rre no fí
gado. Setenta e do is p o r c e n to são elim inados pela urina, com 2% da dro g a na form a inalterada.
Os 28% restantes são elim inados pelas fezes.
To x ic id a d e
n n
A carbam azepina p o d e ser fatal p o r seus p a ra e fe ito s cardiovasculares e pela anemia
aplâstica.
O b s e rv a -s e q u e seus e fe ito s tó x ic o s são mais fre q ü e n te s q u a n d o a sso cia d o s à
difenilidantoína, etossuccinim ida e prim idona.
U so T E R A P Ê U T IC O
N o presente, a Carbam azepina tem se m o stra d o uma droga po liva le n te , e fic a z nos dis
tú rb io s d e co n d u la , nas epilepsias, co m plem e nta ndo ou m esm o su b stituindo o Lítio no tratam en
to d o D istúrbio a fe tiv o bipola r, na ansiedade e agitação d e p s ic ó tic o s , c o m o segunda escolha
(d e p o is d o s antidepressivos), no tra tam ento d o TOC, no tra ta m e n to d e sintom as fó b ic o s , no
tra ta m e n to d o c o m p o rta m e n to anti-social, especialm ente o d o s e p ilé p tic o s . C reio que suas
p o te n cia lid a d e s todas estão longe d e serem d e sco b e rta s, mas já é uma m edicação d e m ulti-uso
em Psiquiatria.
E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s , A p r e s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia
Tesretol
A p resentação:
— Caixas com 2 0 e 2 0 0 co m p rim id o s d e 2 0 0 mg
— Frasco com 100 ml d e 100 m g /5 ml
Posologia;
1. Adultos.- 6 0 0 a 1200 mg diários, sendo a d o se inicial d e 2 0 0 mg p o r dia.
2. Crianças: 2 0 a 30 mg p o r q u ilo d e pe so , p o r dia, sendo a d o s e inicial, a te rça p a rte
desta d o se te ra p ê u tica recom endada acima.
Em to d o s os casos a p o so lo g ia d e ve ser d ivid id a em trê s a qu a tro tom adas diárias.
B E N Z O D IA ZE P ÍN IC O S C O M O A N T IC O N V U L S 1 V A N T E S
Um grande núm ero d e b e n zo d ia ze p ín ico s tem p ro p rie d a d e s a n tie pilépticas, mas so
m ente o clonazepam é e s p e c ífic o para o tra ta m e n to c rô n ic o d e c e rto s tip o s d e epilepsias. O
diazepam é extrem am ente e fica z no c o n tro le d o esta d o d e mal e p ilé p tic o .
D ia z e p a m
Desde 1965 o diazepam tem sido usado eletivam ente no esta d o d e mal e p ilé p tic o p o r
sua ação rápida e baixa incidência d e com plicaçõe s. Seu m ecanism o d e ação não é co m plem e nte
co n h e cid o , mas, segundo RAABE & GUMNIT, quando adm inistrado via endovenosa, inibiria os p o
tenciais p ó s -sin á p tico s (apud Lefèvre).
Há indicação para seu uso em to d o s os status epiiepticus, em bora no m io c lô n ic o infantil
o c o n tro le seja apenas tra n sitó rio . A adm inistração d e v e ser endovenosa e bem lenta.
P o s o l o g ia
A d o s e indicada no status ep iiep ticu s é, para adultos e crianças maiores, d e 5 a 10 ms EV,
p u ro (para e vita r p re cip ita çã o ), p o d e n d o -s e acrescentar o necessário para cessarem os m ovi
m entos ictais, lentam ente. Já em crianças m enores, a p o so lo g ia é a d e 1 mg p o r q u ilo d e peso , p o r
dose , tam bém via endovenosa, lentamente.
121
Este p ro c e d im e n to p o d e ser re p e tid o em intervalos d e d e z a quinze m inutos, numa
d o s e máxima, no a d u lto , d e 30 mg. Se fo r necessário p o d e rá ser re p e tid o o m esm o p ro ce d im e n
to , em duas a q u a tro horas, to m a ndo-se o cu id a d o para não adm inistrar mais d o que 100 mg nas 24
horas.
C o n v é m a c re s c e n ta r q u e a a d m in istração e n d o v e n o s a p o d e , o c a sio n a lm e n te , levar à
hip o te n sã o arterial, parada respiratória e status epiiepticus tônico .
E s p e c ia l id a d e s Fa rm a c ê u t ic a s :
1. Valium
A presentação;
— Caixas com 5 e 50 am polas d e 10 m g /2 ml
2. Dienpax injetável
— Caixas co m 5 am polas d e 10 m g /2 ml
N lT R A Z E P A M
Droga já dissertada páginas atrás. A crescen tam o s que para seu uso crô n ico , com o
antiepiléptico, p o r exem plo, seus efeitos colaterais mais freqüentes são a sonolência, hipersalivação
e aumento da se cre çã o brônquica.
O fárm aco é a m edicação d e escolha na Síndrome d e W est (hipsarritm ia). Pode tam bém
ser usado em crises m ioclônicas, acinéticas, ausência típica e atípica.
E s p e c ia l id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
1. M ogado n
Ap resen tação :
— V id ro s com 2 0 co m p rim id o s d e 5 mg
2. N itrazepol
A p resentação:
— Caixa com 2 0 com prim idos d e 5 mg
3. N itrenpax
A p resentação:
— Caixa co m 20 co m p rim id o s d e 5 mg
Posologia:
1. Adultos: 5 a 10 mg p o r dia
2. Crianças de 1a 6 anos.- 2,5 mg p o r dia
3. Crianças de 6 a 14 anos.- 5 ms p o r dia
C lo n a zepam
0 2n
C LO N A Z E PA M
177
A tra vé s d e pequenas m o d ifica çõ e s estruturais na estrutura original d o nitrazepam , qual
seja, a in troduçã o d e um á to m o d e c lo ro no s ru p o 5 (O -fe n il) e a re p e tiç ã o d e uma cadeia
b e n zodiazepínica ao seu final, s in te tizo u -se um d e riv a d o b e n zo d ia ze p ín ico que exace rba as p ro
prie d a d e s anticonvulsivantes d e s te grupo, sendo, pois, basicam ente a n tie p ilé p tic o . Sua absorção
é no tra to gastrintestinal, rápida e quase com pleta. Seu m etabolism o é fe ito no fígado e a excreção
é feita p rincipalm e nte p e lo rim, mas tam bém nas fezes. Tem, o fárm aco, baixa to xicid a d e .
L is o T e r a p ê u t i c o
O clonazepam é útil no tra tam ento das crises m ioclônicas em crianças (crises puras ou
associadas a crises tô n ic o -c lô n ic a s ), Síndrome d e Lennox-G astaut, epilepsia foto ssensível e nas
ausências típicas e atípicas. O fárm aco é em pregado via endovenosa em vários status epitepticus
com resultados superiores aos conseguidos com o diazepam .
E s p e c ia l id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
1. Rivotril
A presentação:
— V id ro s com 2 0 co m p rim id o s ranhurados d e 0,5 mg
— V id ro s com 2 0 co m p rim id o s ranhurados d e 2 mg
— V id ro s d e 20 ml a 2,5 m g /m l d e solução
— Caixas com 5 e 25 am polas co m 1 mg e 1 ml
Posologia:
Via oral:
Crianças: d o s e inicial d e 0,01 a 0 ,0 3 mg p o r q u ilo d e peso , p o r dia; a seguir, em
crianças abaixo d e 1 ano, a p o so lo g ia d e m anutenção é a d e 0,3 mg p o r
q u ilo d e p e so p o r dia, e nas crianças acima d e 1 ano a p o so lo g ia d e manu
tenção é a d e 0,25 mg p o r q u ilo d e peso , p o r dia.
Adultos: d o se inicial d e 1,5 mg p o r dia, p o d e n d o chegar-se, ao m áxim o, 2 0 mg d iá ri
os.
Via endovenosa:
Crianças: 0,5 a 1 mg (d o s e d e ataque)
Adultos: 1 a 2 mg
C lo n a zepam c o m o A n t if ó b ic o
Em nossa expe riência tem os o b se rva d o que pacientes, m esm o os n ã o -e p ilé p tic o s , m e
lhoram em grau variável, algumas vezes d e maneira notável, da sin tom atologia fó b ic a quando m e
d ica d o s com clonazepam .
Em especial tem os n o ta d o m elhora na sintom atologia da agorafobia, da cla u stro fo b ia ,
d o sentim ento d e insegurança e m e d o que acom panham estes d istú rb io s, da queixa fre q ü e n te
que têm estes pacientes d e "andar em falso”, "andar em linha to rta ”, "sentim ento d e tontura s ao
caminhar”, “andar c o m o se estivessem pisando em ovos", entre o u tro s na crise d e p ân ico fóbica.
Também tem os o b se rva d o m elhora, em geral mais discreta, na a cro fo b ia , na z o o fo b ia e
na m isofobia.
Junto ao acom panham ento p s ic o te rá p ic o , em pregam os 2 mg d e clonazepam (R ivotril
2 ), na p o so lo g ia d e 1 c o m p rim id o pela manhã. O e fe ito co la te ra l mais com um é a sonolência, que
desaparece após a prim eira ou segunda semana. Q uando e ste e fe ito co late ral p e rsiste, em prega
mos o fárm aco à noite. Eventualm ente p o d e m o s em pregar doses maiores.
A c e t a z o l a m id a
1. Diamox
A p resentação:
— Frasco co m 25 co m p rim id o s d e 250 ms
2. Drágeas d e A ce tazo lam id a "Lok”
A presentação:
— Embalasem com 2 0 dráseas d e 250 ms
Posologia:
1. Crianças menores: 125 ms 2 a 3 vezes p o r dia
2. Crianças maiores: 250 a 5 0 0 mg 3 a 4 vezes p o r dia
Sugerim os in te rro m p e r o tra tam ento um dia p o r semana, c o m o te n tativa d e m inorar a
tolerância.
ACTH
O ACTH é um p o lip e p tíd e o com trin ta e nove am inoécidos, no homem. Seu e fe ito
anticonvulsivante fo i d e s c o b e rto casualm ente e tal m ecanism o d e ação é d e sco nhecido.
É a droga d e escolha em espasm os m io clô n ico s infantis com hipsarritm ia. Podem os usar
o clonazepam c o m o coadjuvante, mas quase sem pre de se n vo lve -se tolerância.
O ACTH reduz o núm ero d e crises, todavia os resultados favoráveis d e p e n d e m m uito
d o tip o d e crise, da p re c o c id a d e d o tra tam ento e da reação individual d o paciente.
U s o Te r a p ê u t ic o
A d o s e indicada p o r Livingstone {apud L e frè vre ) nas crises m ioclônicas da infância é d e
25 a 30 U p o r dia, via intramuscular, p o r q u a tro a seis semanas, d e p e n d e n d o d o c o n tro le das
crises. A p ó s essa d o s e d e ataque, a m anutenção deverá ser fe ita co m c o rtic ó id e s orais caso haja
c o n tro le clín ico mas não norm alização d o EEG, por, no mínimo, d o is meses. A o c o n trá rio , se lo go
houver remissão d o qua dro clínico e e le tro e n c e fa lo g rá fic o , não se faz a terapia oral.
A e q u ip e d o S erviço d e N eurologia Infantil da U niversidade d e São Paulo (apud Lefrèvre)
p re co n iza o uso d o te tra c o s a c tíd io (1mg = 100 U d e ACTH) sesuindo os c rité rio s d e Livinsstone
re fe rid o s anteriorm ente, acom panhados com rig o r d e um exame clínico, co n tro le d e p e so e ingesta
hídrica e mais adm inistração d e po tá ssio , para prevençã o d e e fe ito s colaterais.
Caso apareçam sinais d e to x ic id a d e a suspensão da droga deverá ser im ediata, com
substituição pela c o rtic o te ra p ia oral.
O AC TH não p o d e ser adm inistrado "p e r os”, p o is é I030 d e s tru íd o pelas enzimas p ro te -
olíticas. Q uando adm inistrado IM ou EV é rapidam ente ab so rvid o . Por via endovenosa o e fe ito
está dire ta m e n te lisado à duração da infusão. Pela via intramuscular p o d e m -s e p ro lo n g a r os e fe i
to s a d icio nando -se gelatina ou sendo a b s o rv id o no h id ró x id o d e zinco.
T o x ic id a d e
À p a rte as raras reações de hipersensibilidade, a toxicidade d o ACTH deve -se ao recrudes-
cim ento da secreção d e a d re no corticoste róides, inclusive o quadro clínico iatrogênico da Síndrome
d e Cushing. Assim, também p o d e m haver mudanças no com porta m e nto e úlcera p é p tica aguda.
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê l it ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
D ie t a C e t o g ê n ic a
A d ie ta ce to g ê n ica baseia-se no m esm o p rin cíp io que a acetazolam ida e, em bora seus
resultados sejam m elhores que com o fárm aco, há que se levar em conta a grande d ific u ld a d e na
execução d esta d ie ta , p rin cipalm e nte em crianças m aiores, que já têm suas atividades fo ra de
casa, longe d o c o n tro le d o s pais. Caso seja executada, muitas vezes o d e ve ser em regim e d e
internação hospitalar.
Do nosso p o n to d e vista é extrem am ente discutível seu em p re g o p o r causa d e to d o s os
a spe cto s psicossociais im plicados.
Ú l t im a N ota
É o p o rtu n o frisarm os a im portância, no tra tam ento das epilepsias, d o acom panham ento
p s ic o te rá p ic o , individual ou em grupos hom ogêneos, e ainda uma abordagem familiar, am biental
(escola, trabalho), c o m o fa to r im prescindível ao bom funcionam ento d o trab alho m é d ico e da
recuperação d o pa cie n te na sua in teg ridade ou, p e lo m enos, no m elhor possível.
NEUROLÉPTICOS
(ANT1PS1CÓT1COS)
127
C a p ítu lo 12 si
NEÜROLEPTICOS
In tro dução
H is t ó r ic o
Com Dario I (521 a 485 a.C) o im pério persa chegou a seu apogeu, recebeu uma organiza
ção adm inistrativa co m p le ta e viu suas fron teira s consideravelm ente alargadas; eis que co m p re e n
dia, além d o Egito, o Pendjab, a bacia d o Indo e uma p a rte da Scitia. D entro desta organização, os
presos co m mau c o m p o rta m e n to e os loucos eram rotineiram ente jo g a d o s no lago d e Urmia — ou
nas proxim idades, p e rto d e Tabriz. E fala a história que m uitos loucos m elhoraram. Recentem ente,
análise da água lacustre nas proxim idades d e Tabriz ve io a constatar a farta presença d e lítio. Os
loucos e presos eram jo g a d o s nos lagos p e lo s soldados.
No século IV d.C., a e le tric id a d e fo i tentada com fins m edicinais quando Scribonius Largus
tratava d o re s d e cabeça d o Im pe rad or romano a plica ndo-lhe a descarga d e um p e ixe e lé tric o no
local d o lo ro s o . Em 1775, Leroy aplico u casualm ente um choq ue e lé tric o numa d o e n te com ceguei
ra histérica, p ro v o c a n d o uma convulsão, a que so b re ve io a cura. Todavia, a utilizaçã o d o s fluxos
e lé tric o s co m fins convulsígenos só passou a te r aplicação psiquiátrica em 1938, na Itália, através
d e C e rle tti e Bini, em pacientes esqu izo frê n ico s: nascia a convulsoterapia.
A inda nos anos trinta , quando as psicoses perm aneciam intocadas, isto é, quando se
tratava esquizofrenias com ouro co lo id a l, ou com a adm inistração d e c é re b ro to ta l ou m acerados
tiroide anos ou ovarianos, quando se tratava, tam bém , quadros d e e xcita çã o maníaca com capa
c e te d e gelo, balneareoterapia ou m esm o a utilizaçã o d e sanguessugas, o tra ta m e n to m uito mu
d o u com a utilização d o s m é to d o s convulsivantes: e le tro ch o q u e s e insulinoterapia.
E ntretanto, só recentem ente, na década d e cinqüenta, surgem os n e u ro lé p tico s, os sais
de lítio, os antidepressivos e os ansiolíticos.
Louve-se aí o trabalho d e Freud que, no fim d o século passado e início d e ste século, deu
ao m é d ic o o único instrum ento te ra p ê u tic o d e que se p o d ia d is p o r - a palavra - d e maneira
sistem atizada, com p ro p o sta s diagnósticas, com seu M é to d o in te rp re ta tiv o , fa z e n d o co in c id ir
investigação e cura: a Psicanálise. Não se procura fazer apologia da Psicanálise neste artigo, e m b o
ra ela seja um instrum ento te ra p ê u tic o d e m uito valor. A penas fa z-se n o ta r que, antes da década
d e cinqüenta, pou ca coisa além da Psicanálise instrum entava a psiquiatria no m anejo d e doenças
psíquicas. É com preensível, a p a rtir daí, o núm ero d e a d e p to s que Freud tem até hoje.
O estudo das ações da clorprom azina (A m p lictil) surgiu numa linha d e pesquisa d e com pos
to s anti-histamínicos usados em conexão com cirursias. O cirurgião francês Laboritt, em 1952, descre
veu o e fe ito peculiar da clorprom azina em p ro d u zir um quadro d e alheamento, d e acentuado desin
teresse p e lo am biente, sem que o paciente dorm isse, ou seja, sedação sem sono. O prim eiro relato
sobre o tratam ento d e doentes mentais com a clorprom azina fo i fe ito p o r Delay, tam bém em 1952.
Três ações bésicas da clorprom azina chamaram a atenção d o s pesquisadores: a sedação
sem sono, a inibição p s ic o m o to ra e os e fe ito s extrapiram idais. Esta tríade, somada ao e fe ito
a n tip s ic ó tic o , passou a ca ra cte riza r uma nova classe d e m edicam entos, to d o s sin té tico s, os
neurolépticos.
A n te s da existência d o s a n tip sicó tico s, uma fase maníaca durava seis meses, m esm o sob
sedação barbitúrica. Presentem ente, após quinze dias d e tratam ento, o maníaco re ce b e alta, com
a sin tom atoloqia controlada.
N e u r o q u ím ic a - M e c a n is m o s de A ção
A figura (1) m ostra a visão esquem ática d e uma sinapse dopam inérgica, o nd e vem os a
dopam ina send o armazenada em uma vesícula, para p o s te rio r liberação (co m o im pulso nervo so )
e sua o cup ação no re c e p to r p ó s -s in á p tic o (e tam bém p ré -sin á p tico ).
Como vimos, a síntese da dopam ina inicia-se pela tirosina, passando p o r várias fases, até
o seu arm azenam ento. A h ip ó te se mais aceita d o m ecanismo d e ação d o s n e u ro lé p tico s é o
b lo q u e io d o re c e p to r p ó s -sin á p tico , to rn a n d o -o , p o rta n to , incapaz d e ser estim ulado pela d o p a
mina. Com e ste b lo q u e io , há um aum ento d e p ro d u ç ã o d e dopam ina, na te n tativa d e vence r o
b lo q u e io , havendo, p o rta n to , um aum ento da liberação, ficand o, então, a dopam ina, mais sujeita à
ação da enzim a que a d e s tró i (tirosina-hidroxilase) e, conseqüentem ente, havendo um aum ento
da p ro d u çã o d o m e ta b ó lito da dopam ina, que é o á cid o hom ovanílico (HVA). O HVA p o d e ser
m e d id o no líquor, co m p ro va n d o a eficácia d o n e u ro lé p tico .
O uso d o n e u ro lé p tic o no se n tid o d o tra tam ento das psicoses visa, sequ ndo a teoria, o
b lo q u e io d o s sistemas dop am inérgicos m esolím bico e m eso co rtica l, d a d o que, nestas áreas cen
trais, estaria o c o n tro le das funções psíquicas superiores e das em oções. Ora, se o b lo q u e io da
dopam ina m elhora o q ua dro clínico, então este neurotransm issor, nas psicoses, estaria exace rba
d o em suas funções.
Mas ju n lo a esta solução aparecem problem as: se a ação te ra p ê u tica d o s n e u ro lé p tico s
visa b lo q u e a r os sistemas dopam inérgicos, isto é, os sistemas dop am inérgicos m esolím bico e
m e so co rtica l e spe cificam ente, tem o s que considerar que são cin co os sistemas dopam inérgicos
cerebrais; além d o s já citado s, tem os os sistemas dopam inérgicos nigroestriatal, túbero-infundibular
e retiniano, e não era d e se esperar que os n e u ro lé p tico s bloqueassem só os d o is prim eiros
sistemas dop am inérgicos e exercessem apenas sua ação terapêutica. Claro, os n e u ro lé p tico s tam
bém bloqueiam os o u tro s trê s sistemas d o p a m inérqicos, tra ze n d o , em d e co rrê n cia , problem as,
e fe ito s indesejáveis e reaçOes colaterais. A figura (2 ) ilustra esquem aticam ente os sistemas
dop am inérgicos cerebrais.
130
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Fa r m a c o c in é t ic a
A parelh o C a r d io v a s c u l a r
Durante as fases iniciais d o tra tam ento com n e u ro lé p tico s aparece, co m freqüência,
taquicardia que desaparece ao fim da prim eira semana. M u ito s n e u ro lé p tico s p ro d u ze m anorm a
lidades não espe cífica s no EEG e já foram relatadas m o rte s súbitas cujas autópsias revelaram le
sões cardíacas n e c ró tic a s focais. Em p a cie n te s co m h istória d e in fa rto d o m io c ô rd io e /o u
h ipertensos e em uso d e hipotensores, o n e u ro lé p tic o d e escolha é a triflu o p e ra zin a (Stelazine).
S is t e m a N ervo so C en tral
É im p o rta n te lem brar que os n e u ro lé p tico s baixam o limiar convulsivo e isto cria uma
d ificu ld a d e especial no tratam ento d o e p ilé p tic o . Cste e fe ito é d e te c ta d o no eletroencefalogram a,
m ostrand o a sincronização d o traçado.
A pa relh o D ig e s t iv o
E f e it o s C o l a t e r a is
Nos e fe ito s extrapiram idais, os antiparkinsonianos não deve m ser usados d e rotina, p o r
vários m otivos:
1. São antico linérgicos p o te n te s , dim inuem a m o tilid a d e gastrintestinal e p o d e m dim inuir
a abso rção d o s neu roléptico s.
2. Já se acredita que esta associação aumenta a incidência d e discinesia tardia.
3. Com a associação, o clín ico não observará em que d o se d o n e u ro lé p tic o aparecem os
e fe ito s extrapiram idais, ou seja, qual é o lim ite d e sensibilidade d o paciente.
4. Os antiparkinsonianos, c o m o são anticolinérgicos, vão aum entar estes e fe ito s tam
bém p ro d u z id o s p e lo s n e u roléptico s. Em conseqüência, a associação vai p ro d u z ir
mais b o ca seca, co n stipação e p e rtu rb a çã o da visão. Principalm ente em pessoas id o
sas, a atuação d e e fe ito s coliné rgicos p o d e p ro d u z ir d e sd e confusão mental até o
"delirium ”.
5. Tanto o b ip e rid e n o (A k in e to n ) c o m o o trih e xa fe n id il (A rta n e ), além d e diminuírem a
c o n ce n tra çã o plasm ática d e ne u ro lé p tico s, são tam bém drogas alucinógenas.
A reação extrapiram idal exige tra tam ento em duas circunstâncias:
a) Se a vida d o p a ciente está em risco, c o m o quando há d ific u ld a d e para tragar ou
possib ilid a d e d e asfixia;
b ) Q uando o p a ciente se queixa, com insistência, da sensação desagradável causada
pela reação.
P ortanto, jamais devem os usar antiparkinsoniano "de rotina" para e fe ito "p ro filá tico ".
Interaçõ es com N e u r o l é p t ic o s
I n d ic a ç õ es
O s n e u ro lé p tico s são mais efica ze s nos sintomas d ito s p ro d u tiv o s das psicoses deliran
tes e alucinatórias e m enos sensíveis ao e m b o ta m e n to e à desagregação crônica da personalida
de. As alterações que m elhor respondem aos n e u ro lé p tico s são os estados p s ic ó tic o s c a ra cte ri
zados p o r acentuada agitação p s ico m o to ra , os sintomas d e paranóia flo rid a , a ansiedade e os
d istú rb io s d o pensam ento.
Por o u tro lado, quando o qua dro clínico se distingue p o r apatia, retraim en to, retardo,
escassa evidência d e d is tú rb io d o pensam ento e progressiva desintegração da personalidade,
co m o nas esquizofrenias sim ples, os resultados são m enos palpáveis.
Os n e u ro lé p tico s são bem indicados: na esqu izofrenia aguda, nas psicoses involutivas,
nas psicoses senis, na e squ izofrenia infantil, nos estados d e agitação associados a síndromes de
intoxicação-confusão, nas depressões agitadas — particularm ente naquelas d o s estados involutivos,
nas psicoses alcoólicas agudas, na mania, nas psicoses e p ilé p tica s, nas psicoses com re ta rd o men
tal, em que o ele m e n to p s ic o m o to r está em p rim e iro plano, no d is tú rb io d e ca rá te r da ado lescê n
cia, com fo rte co m p o n e n te p s ic o m o to r, nas psicoses devidas a d is tú rb io ce rebral orgânico (p o r
exem plo: d is tú rb io cerebral p o r arte rio e scle ro se , síndrom es cerebrais crônicas) e nas psicoses
afetivas crônicas.
C o n tr a - I n d ic a ç õ es
P o s o l o g ia
1. FENOTIAZÍNICOS
C lorprom azina (A m p lic til) 200 a 1.600 m g /d ia
Tioridazina (M e lle ril) 200 a 8 0 0 m g /d ia
Flufenazina (A natensol) 5 a 30 m g /d ia
Trifluoperazina (Stelazine) 10 a ó0 m g /d ia
2. BUTIROFENONAS
H a lo p e rid o l(H a ld o l)5 a 30 m g /d ia
T rip e rid o l (T rip e rid o l) 2,5 a 15 m g /d ia
3. DIFENILBUTILPIPERIDINAS
Pim ozide (O ra p ) 9 a 8 mg/dia
P enfluridol (Sem ap) 10 a 30 m g/sem ana
R esum o
A bstract
The author presents a study o f neu roleptics, from the origin o f the term , th e ir h is to ry
w ith in b io lo g ica l tre a tm e n t in psychiatry, th e ir neuropharm acology, and a ctio n mechanisms — the
blockin g o f dopam ine re c e p to rs as an e ffe c tiv e mechanism as a source o f co llateral problem s,
then going trough pharm acokinetics, their action on d iffe re n t system s o f the body, collateral e ffe c t
drug in teractio n, indications and co u n te r-in d ica tio n s and th e ra p e u tic dose.
The author then con clud es that neuroleptics are e ffe c tiv e in p sy c h o tic therap y but are
n o t risk free , requiring precise indication, and should n o t b e adm inistred to ne u ro tic p atie nts even
to relieve anxiety.
R e f e r ê n c ia s B ib l io g r á f ic a s
1. Denber, Herman C.B. — T e xtb o o k o f Clinical Psychopharm acoloqy, S tra tto n In te rc o n ti
nental M edical Book C orp., N. York, 1a. e d ição, 1979.
2. Freitas, Ednei J. D. — Psicofarm acologia A p lica d a à Clínica, Livraria A theneu, Rio de
Janeiro, 2a. edição, 1984/85.
3. Freitas, Ednei J. D. — É V á lid o o E letrochoque? — Pulso, A n o 23, n° 578, Rio d e Janeiro,
m a rç o /a b ril 1984.
4. H o lliste r, L. E. — Clinical P harm acology o f P s y c h o th e ra p e u tic Drugs — Churchill
Livingstone, N. York, 1978.
5. Lipton, M. A. — Dimascio, A. — Killam, K. F. — Psychopharm acology, A General Progress,
Raven Press, N. York, 1978.
C a p ítu lo V)
ANTIPS1CÓTICOS
ESTUDO DOS
NEUROLÉPTICOS
In tro d uç ão
Na década d e 50, após isolar da raiz da Rauwolfia serpentina, uma planta trep adeira,
vários alcalóides, os cientistas entraram numa onda d e entusiasm o a re s p e ito d e Reserpina mas
que, hoje, p o r seus inconvenientes e fe ito s colaterais, tem uso m uito re s trito e quase mesmo
abandonado em psiquiatria, em bora essa droga ainda seja d e va lor em cardiologia.
A inda na década d e 4 0 fo i inicialm ente sintetizada a Prom etazina e n o to u -s e lo g o suas
p ro p rie d a d e s tranqüilizantes e uma p o d e ro sa ação anti-histam ínica d o c o m p o s to . C onsiderem os
a fórm ula básica abaixo:.
S ín d r o m e s N e u r o l ó g ic a s
N e u r o l é p t ic o s e M o n o a m in a s C e r e b r a is
Os n e u ro lé p tic o s , em intensidades variáveis, são in ib id o re s d e várias transm issões
m onoam inérgicas, todavia a ação que pa re ce mais espe cífica e com um às drogas antip sicótica s
dá-se sobre a transmissão d e sistemas neuronois dopam inérgicos, em p a rticular o sistema nigro-
n e o striad o que tem seus c o rp o s celulares situados principalm ente na pars compacta da substân
cia negra e suas term inações no neostriado.
Em bora a reserpina tenha ação sim ultânea so b re os d ife re n te s sistem as neuronais
noradrenérgicos, dop am inérgicos e serotoninérgicos, estando assim na orige m d e m últiplos e
co m p le xo s e fe ito s sobre numerosas funções d o sistema nervoso central, os n e u ro lé p tico s, co m o
os d e riva dos fenotiazínicos, b u tiro fe n ô n ic o s e tioxantênicos, atuam p rincipalm e nte b lo q u e a n d o
os re ce p to re s dopam inérgicos neostriados, resultando daí a ativação da síntese e da liberação de
dopam ina ao nível da via nigroneostriada dopam inérgica.
Este blo q u e io explica, p e lo menos em parte, os e fe ito s extrapiram idais p rovocad os pelos
neurolépticos, pois é conhecido o fato d e que um déficitda transmissão dopaminérgica nigroneostriada
d e origem degenerativa é responsável p o r ce rto s sintomas análogos ã Doença d e Parkinson.
Os fenotiazínicos, b u tiro fe n ô n ic o s e tioxan tê nicos atuam igualm ente em outras e stru tu
ras cerebrais que contenham neurônios ou term inações dopam inérgicas e esses e fe ito s pod eriam
estar im plicados tam bém na ação a n tip sicótica d o s neuroléptico s.
A relação d o sulpiride co m as monoaminas cerebrais é discutida no ca p ítu lo d e d ic a d o
àquele férm aco.
Vamos a seguir passar ao e stu d o p a rticular d o s diversos grupos d e n e u ro lé p tico s que
para facilidade d e divisão neste livro estão d e sd o b ra d o s nos três p ró xim o s capítulos e da seguinte
maneira:
C apítulo 14: D erivado da Rauwolfia (Reserpina)
Derivados Fenotiazínicos
D erivado Tioxantênico (T io tixe n e )
C apítulo 15: Derivados B utirofenônicos
Derivados D ife nilbutilpipe ridina
C apítulo 16: Sulpiride
Os d e riva d o s d ife n ilb u tilp ip e rid in a foram incluídos num único capítulo , ju n to aos de riva
d o s b u tiro fe n ô n ico s, não só pela facilida de d e divisão d e s te livro, mas pela relação química que
estes c o m p o s to s guardam entre si.
140
DERIVADOS D A RAÜVyOLFIA
DERIVADOS FENOT1AZIN1COS
DERIVADO TIO XANTÊN1CO
RESERPINA
Fa rm a c o l o g ia
A Reserpina apresenta uma ação dep resso ra sobre o Sistema N e rvo so Central a fe ta n d o
principalm e nte estruturas subcorticais. Tem, p o r isso, uma p ro p rie d a d e sedativa e ligeiram ente
h ipnótica , no que m uito se assemelha à clorprom azina.
Alguns autores procuraram dem onstrar que o DOPA, que é p re c u rs o r da norepinefrina,
p o d e ser um antagonista para a d e p ressã o reserpínica, fa to que não a c o n te c e ria com o 5-
h id ro x itrip to fa n o , que é p re cu rso r da serotonina. Alguns farm acologistas duvidam que a ação
mental da reserpina seja d e p e n d e n te da d e p le ç ã o d e serotonina ou norepinefrina, p o is alegam
que p o d e m ser o b tid o s e fe ito s semelhantes sobre a conduta, in d e p en dentem ente da liberação
d e aminas.
Todavia, mais acertada parece a h ip ó te se que associa a ação central reserpínica è sua
capacidade d e liberação d e aminas biogênicas d o s seus d e p ó s ito s orgânicos, co m o que parecem
co n c o rd a r Brodie e cols. que form ularam a h ip ó te se d e que a d e p le ç ã o serotonínica seria a causa
d o c o m p o rta m e n to d e p rim id o nos pacientes em terapia co m a reserpina. Argum entam que a
dopam ina e a norepinefrina p o d e m ser esgotadas seletivam ente e que em alguns animais e x p o s to s
ao frio há uma baixa d e norepinefrina cerebral sem baixa serotonínica e não o c o rre depressão.
A reserpina inibe a atividade nervosa adrenérgica p o r fo rça da d e p le ç ã o d e norepinefrina
nas fibras sim páticas pós-ganglionares, o que p ro p ic ia uma queda lenta, progressiva, da pressão
arterial, mais pronunciada em hiperten sos que em norm otensos, a que se associa uma bradicardia
que parece ser d e vid a a e fe ito s parassim páticos aum entados e sim páticos dim inuídos, e que p o r
isso m esm o p ro d u z um aum ento da secreção gástrica e da m o tilid a d e e tônus gastrintestinais.
Em adm inistração prolongada e em altas doses a reserpina pro vo ca e fe ito s extrapiram idais
que fazem lem brar os causados p e lo s fenotiazínicos.
A bso rção , D e s t in o e E xcreção
A reserpina é bem absorvida "p e r os", via parenteral e outras vias orgânicas. Na prática
usam-se. as vias parenteral e oral. A d istrib u içã o da reserpina dá -se p o r to d o o organism o e o
fárm aco é m e ta b o liz a d o no fígado, te n d o uma m eia-vida d e cerca d e qu a tro horas. A reserpina é
eliminada d o organism o p e lo rim na form a d e m e ta b ó lito s.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
A depressão psíquica causada pela reserpina chega a ser extrem a. A droga p o d e ainda
p ro vo ca r desânim o e d ific u ld a d e d e m emória.
Cólicas intestinais, diarréia, hipersecreção gástrica com form ação d e g astrite p o d e m
oco rre r, o que faz da reserpina m edicação d e má escolha para indivíduos com passado ulceroso.
Brad icard ia, h ip o te n sã o , h ip o te n s ã o o r to s tá tic a tam b ém sã o e fe ito s ind esejá veis, prin
cip a lm e n te a p ó s a p lic a ç ã o p a ren te ra l d a reserpina.
A reserpina baixa o limiar convulsivo, o que a co n tra -in d ica nas epilepsias. São tam bém
relatados im potência sexual e ginecom astia c o m o e fe ito s colaterais d o uso da droga.
1-H
Uso Te r a p ê u t ic o
Serpasol
A presentação:
- Caixas co m 20, 4 0 e 2 0 0 co m p rim id o s d e 0,10 mg e 0,25 mg.
- Caixas co m 5 am polas d e 1 ml c o n te n d o 1 mg em cada ml.
Posologia:
- Como ansiolítico: d e 0,20 mg a 0,75 p o r dia.
- Como antipsicótico: A d o se varia d e 1 mg a 10 mg p o r dia re p a rtid o s em trê s tom adas,
sendo a m aior tom ada â n o ite , ao deitar.
- Como sedativo: C o nfo rm e a gravidade d o caso, c o m p le içã o e e sta d o físico d o p a ci
ente, a d o s e p o d e variar d e 1 mg a 10 mg via intramuscular.
D E R IV A D O S F E N O T IA Z ÍN IC O S
Farm a c o l o g ia e A çõ es
14-7
Nos quadros p s ic ó tic o s a clorprom azina torna o pa cie n te mais sociável e calmo. Esta
ação tranqüilizante nas neuroses é o b tid a em doses ainda in ferio res às das psicoses, re d u zin d o a
ansiedade, a tensão e o m e d o nos pacientes, neste últim o caso p o d e n d o a droga ser em pregada
em pequenas dose s com as quais p o d e m anter-se preservada a ativid a d e psíquica su p e rio r d o s
indivíduos, o que já não a c o n te c e quando se em pregam doses altas, p o is aí, norm alm ente, o
indivíduo to rn a -se in d ife re n te e sono len to, sendo intensa a dim inuição da sua ativid a d e m otora.
A clorprom azina norm alm ente inibe os re fle xo s con d icio n a d o s, não o fa z e n d o en tre
ta n to com os incondicionados.
No Sistema N ervoso Central a clorprom azina age seletivam ente sobre a form açao reticular
(estrutura d e e xcita çã o d o c ó rte x , cuja inibição leva à tranquilização) e so b re o h ipotála m o em
seu e fe ito depressor, neste últim o dim inuindo a e x cita b ilid a d e d o s ce n tro s sim páticos.
Da mesma maneira que o c o rre com a reserpina e os demais neuroléptico s, a clorprom azina
bloqueia o e ix o h ip o ta lâ m ic o -h ip o fis á rio , induzindo lactação não puerperal, re ta rd o na ejaculação,
am enorréia, ginecom astia, dim inuição da lib id o e dim inuição da liberação d o ACTH (dim inuindo a
função da glândula supra-renal).
N o sistem a lím b ic o (c u jo s c e n tro s p o ssu e m fu n ç õ e s in ib id o ra s das e m o ç õ e s ) a
clorprom azina provavelm ente tem p ap el d e estim ulação e não d e p rim e os ce n tro s resp ira tó rio s
bulbares a nao ser em dose s m uito altas. Todavia, até com baixas do se s d e p rim e os ce ntros
vasom otores.
A clorprom azina tem ação sim paticolítica central e p e rifé rica : sua ação p e rifé ric a reduz,
a bo le ou in verte o e fe ito h ip e rte n sivo d e uma infusão venosa d e adrenalina, o que é d e v id o a sua
ação sobre os re c e p to re s alfa ao nível da p e le , rins, fígado e baço , b lo q u e a n d o -o s e tra ze n d o
vasodilatação com baixa d e resistência periférica. No entanto, em bora uma injeção d e clorprom azina
p ro duza queda d e pressão arterial, o d é b ito cardíaco não diminui e muitas vezes o que se observa
é uma taquicardia d e com pensação. Essa queda d e pressão arterial é pequena em norm ote nsos e
mais acentuada nos hipertensos, algumas ve z e s p o d e n d o levar ao choque. Todavia, co m o uso
p ro lo n g a d o da droga o e fe ito h ip o te n s o r praticam ente desaparece.
Por m ecanism o d e ação central a clorprom azina possui p o te n te ação antiem ética (c o m o
os dem ais n e u ro lé p tico s, b lo q u e a n d o a trigger-zone situada no assoalho d o q u a rto ventrículo).
A inda p o r m ecanismo d e ação central a clorprom azina inibe os soluços d e qualquer
origem e possui pequenas p ro p rie d a d e s anti-histamínicas.
A clorprom azina d e p rim e o c e n tro te rm o rre g u la d o r hip o ta lâ m ico e, em conseqüência,
dese quilib ra a hom oterm ia, p o d e n d o p ro d u z ir pequena queda d e temperatura,- quando isto se
ve rifica o c o rre uma dim inuição d o m etabolism o.
L iso Te r a p ê u t ic o
O uso da clorprom azina é e fica z nos surtos delirantes e alucinatórios d e várias psicoses,
m orm ente a esqu izofrênica . É igualm ente e fic a z nas crises d e e xcita çã o p s ic o m o to ra d e qualquer
etio lo g ia , na irrupção d e có le ra e agressividade, nos estados maníacos, no delirium tremensz em
estados confusionais.
Também é indicada clo rprom azina indicada nos sintom as p ro d u tiv o s d o s p s ic ó tic o s
crô n ic o s e no autism o, fica n d o o p a ciente mais sociável; e quanto mais recentes e intensos forem
to d o s estes sintomas mais acentuado é o e fe ito d o fárm aco.
Todavia, a clorprom azina é m elhor tranqüilizante e sed a tivo que a n tip s ic ó tic o , o c o rre n
d o relações d ife re n te s e até inversões qua nto à intensidade dessas p ro p rie d a d e s em o utros
fárm acos d o grupo.
Finalmente, acrescentam os que a clorprom azina é e fe tiv a em d e b e la r náuseas, v ô m ito s e
soluços, p o d e n d o para isso ser em pregada em clínica m édica.
A bso rção , M e t a b o l is m o e E xcreç Ao
A clo rp ro m a zin a é bem a b so rvid a "p e r o s”, via retal ou via parenteral, Seus níveis
plasm áticos máximos são alcançados em cerca d e duas horas e sua vida m édia plasm ática é de
aproxim adam ente seis horas. A droga é m etabolizada no fígado através d e mecanismos oxidativos,
N -oxidação, desm etilação e conjugação. A e xcre çã o dá -se p o r via renal num p e río d o d e duas a
seis semanas após a ingestão.
E f e it o s C o l a t e r a is , To x ic id a d e e C ontra - In d ic a ç Oe s
A m p lic til
O U T R O S D E R IV A D O S F E N O T IA Z ÍN IC O S
C om o já dissem os, os deriva d o s fenotiazínicos são to d o s qualitativam ente semelhantes
â clorprom azina, que é o c o m p o s to -p a d rã o d o grupo, e p o r isto a estudam os mais detalhadam ente:
estávam os falando ao m esm o te m p o dela e d e to d o s os outros. A s diferenças entre os co m p o sto s
que estudarem os a seguir são basicam ente quantitativas, isto é, uns e stão mais à esquerda (mais
seda tivos) e o u tro s estão à d ire ita (incisivos). P ortanto vam os repassar p o r esses co m p o sto s, os
mais im portantes, ressalvando em cada c o m p o s to apenas o que ele tenha d e peculiar, d e particular,
o que torna tal e stu d o necessariam ente sucinto.
P R O M E T A Z IN A
Fenergan
A p re s entação:
— Frasco co m 2 0 drágeas d e 25 mg
— Caixas com 25 am polas (2 ml) com 50 mg
— Frasco com 125 ml d e líquido com 5 mg em cada c o lh e r d e ché.
Posologia:
—Como anti-histamínico e antiim pregnante: 1 a 4 drágeas (25 a 100 m g) nas 24 horas, "pe r
os". Em casos mais urgentes aplicar uma am pola intramuscular uma, duas ou até três
vezes ao dia (5 0 a 150 mg)
— Como tranqüilizante e antiemético: 1 a 4 drágeas (25 a 100 m g) nas 24 horas, d e ve n d o
ser m aior a d o s e da n o ite p o is o férm aco p ro vo ca sonolência.
Pr o p e r ic ia z in a
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
N euleptil
A p resentação:
— Frasco co m 20 co m p rim id o s d e 10 mg
— Frasco d e 20 ml d e solução a 4% co rre s p o n d e n d o cada gota a 1 mg
Posologia: Iniciar co m dose s pequenas (5 mg) ao dia e aum entar gradualm ente até uma
p o so lo g ia m édia entre 20 e 25 mg p o r dia d iv id id o s entre trê s ou qua tro
tom adas, sendo a m aior tom ada a noturna p o r te r o p ro d u to fo rte p ro p rie
d a d e sedativa e p ro v o c a r sonolência. O ajuste p o s o lô g ic o é fe ito p o r
tateam ento.
L e v o m e p r o m a z in a
Neozine
A presentação:
— Frasco com 20 com prim idos a 5 ms
— Frasco com 20 e 2 0 0 co m p rim id o s a 2 5 1713
— Frasco com 20 e 2 0 0 co m p rim id o s a 100 mg
— Caixas d e 5 e 25 am polas (injetá vel) a 25 mg
— Frasco co m 20 ml d e solução a 4%, cada s o ta 1 ms
Posologia: É m uito variável co n fo rm e a sravidade d o caso, a natureza d o sintom a, a
su sce p tib ilid a d e individual, a co m p le içã o física d o p a ciente, seu peso , sua
idade. C om o se da tivo e auxiliar d o sono a d o se p o d e variar entre 10 e 300
ms diários. Em dose s próxim as d e 3 0 0 mg p o r dia funciona tam bém co m o
a n tip s ic ó tic o . Todavia a m aioria dos p sicó tico s, que aliás já tom a o utros
p s ic o tró p ic o s n e u ro lé p tico s, satisfaz-se norm alm ente com uma d o se d e 25
mg ao d e ita r para fa vo re ce r o sono.
T ío r id a z in a
Não é um a n tip s ic ó tic o d e prim eira escolha mas tem alguma indicação nos surtos agudos
e sq u izo frê n ico s e nas form as crônicas p rodutiva s da esquizofrenia. Em pequenas doses p o d e ser
usado c o m o ansiolítico. É e fe tiv o nas d ep ressõ es ag-itadas d e neu rótico s.
E s p e c ia l id a d es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es f P o so i o g ia
M e lle ril — 50
A p re se n ta ç ã o :
— V id ro co m 2 0 drágeas d e 50 mg
— V id ro co m 100 dráseas a 100 ms
Posologia:
— Como ansiolítico: 25 mg a 50 mg, nas 24 horas
— Como antipsicótico: 100 ms a 3 0 0 m s, nas 24 horas
T r if l u p r o m a z in a
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Siquil
A p rese nta ção;
— Caixa com 25 am polas (1 m l) com 10 mg para uso injetável
Posologia: Na agitação p sico m o to ra : 10 a 30 mg, via intramuscular.
F l l ie e n a z in a
1. Anatensol
A p re s e ntação-.
— Frasco com 20 drágeas d e 1 mg
2. Anatensol P
A p resen tação :
— Frasco com 2 0 drágeas d e 2,5 mg
3. A n a te n so l-D e p o t
A presentação:
— Caixa com 25 ampolas (injetável) com 1 ml e 25 mg
O b s e rv a çã o :
O A n a te n so l-D e p o t é o Enantato de flufenazina em um veículo d e ó le o d e sésamo,
te n d o o á lco o l b e n zílico c o m o p re se rva tivo , o que o to m a um p ro d u to d e absorção
lenta após injeção intramuscular, ficand o p o rta n to em taxa mais ou m enos uniform e na
circulação sangüínea por, aproxim adam ente, 15 dias, sem necessidade d e outra d o se
nesse intervalo, o que facilita em m uito a subm inistração d o a n tip s ic ó tic o naqueles
pacientes refra tá rio s ao uso regular e c o rre to d e m edicam entos diários. Em nossa
clínica já o usamos m uito, que r em crise e principalm ente no tratam ento d e m anutenção
d e e s q u iz o frê n ic o s e com ó tim o s resultados.
Posologia:
—C om o a n tip sicó tico : 5 a 30 mg diários
—C om o antipsicótico: 1 ampola d e Anatensol-D epot, de 15 em 15 dias
P ip o t ia z in a
/ V v A P IP O T IA Z IN A
14-Z
T r i i -l u o p e r a z i n a
A triflu o p e ra zin a é um a n tip s ic õ tic o d e p o tê n cia , e fe ito s e indicação sem elhantes aos
da flufenazina.
E s p e c ia l id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Stelazine
Apresentação:
— Tubos com 20 com prim idos e embalasens com 2 0 0 com prim idos d e 1 mg, 2 mg ou 5 mg
— V id ro com 2 0 ml (gotas) com 0,5 mg p o r ml
— Caixa co m 5 am polas d e 1 ml com 1 mg
Eosolosia:
— Como ansioiítico: 1 a 3 mg p o r dia
— Como antipsicõtico. 5 a 30 mg p o r dia.
D E R IV A D O T IO X A N IT Ê N IC O
T ío tix e n e
O tio tix e n e quim icam ente é um isôm ero "eis" d o N, N -d im e til-9 -[-3 (4 m etil-1 p ip e ra zin il)
p ro p ilid e n o ] tio x a n te n o - 2 -sulfonam ida.
D ifere d o s fe n o tia zín ico s pela substituição d o n itro g ê n io d o anel central d e uma cadeia
lateral ligada p e lo ca rb o n o e fixa no espaço em form ação estrutural rígida.
O núcleo é a tivad o pela nova função 2-N , N -dim etil-sulfonam ida.
U so T e r a p ê u t ic o
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Navane
Apresentação:
- Frasco d e 2 0 co m p rim id o s d e 2 mg
- Frasco d e 2 0 e 100 co m p rim id o s d e 10 mg
Posologia:
- Na esquizofrenia: 2 0 a 6 0 mg p o r dia
DERIVADOS
BUTIROFENÔNICOS
DERIVADOS
D1FEN1LBUT1LP1PER1DINA
H a l o p e r id o l
A m aior p o tê n cia neu ro lé p tica d o h a lo p e rid o l está associada ao Flúor na p o siçã o "para"
d o anel b e n z e n o c e tô n ic o .
A s b u tirofenon as exercem ação analgésica em altas doses, p o te ncializam a ação h ipnó
tica d o s b a rb itú ric o s mas não o fazem com a ação analgésica da m orfina.
O h a lo p e rid o l possui e fe ito tranqüilizante e in d u to r d o sono em pacientes agitados,
todavia seu e fe ito sed a tivo é m enor que o da clorprom azina. Também é m enos p o te n te que a
clorprom azina no b lo q u e io à ativação d o s a lfa -re c e p to re s pelas aminas sim paticom im éticas; sua
atividade anticolinérgica é baixa, todavia p o d e causar c o m p ro m e tim e n to da visão. O fárm aco tem
tam bém ação antiem ética.
Ó h a lo p e rid o l tem fraca ação anti-histamínica. Pode levar à hip o te n sã o e à taquicardia
ou p o te n c ia r substâncias depressoras da respiração. Também p o d e baixar o limiar convulsivo.
M e c a n is m o de A cão
Alguns autores acreditam que a ação d o h a lo p e rid o l e das butiro fe n o n a s dá -se a níveis
diencefálicos, talâm icos e m esencefálicos, reduzindo a excitabilidade destes centros nos psicóticos.
Há h ip ó te se d e que as b u tirofenon as estimulam o sistema reticular talâm ico, aum entando assim seu
e fe ito d e p re sso r so b re a substância reticular talam om esencefélica.
Para o u tro s autores as butirofenon as exercem uma ação in ibitó ria d o tônus tím ico p o r
e n to rp e c im e n to da função em otiva e sem influir no p o d e r d e vigília.
A bso rção , D e s t in o e E xcreção
As butiro fe n o n a s são bem absorvidas "p e r os" e via parenteral e são d o ta d a s d e m aior
duração d e ação que os fenotiazínicos: seu nível plasm ático m áxim o a co n te c e em to rn o d e duas
a seis horas após sua ingestão e p o d e perm anecer a lto p o r cerca d e setenta e duas horas, e ainda
níveis d e te c tá v e is d e butirofenon as p o d e m p e rsis tir p o r várias semanas.
A s butirofenon as são m etabolizadas no fígado e excretadas p e lo rim e pela b ile (15%).
A e xcre çã o renal é lenta e na prim eira semana após a ingestão apenas 50% da d o se ingerida terá
sid o eliminada.
E f e it o s C o l a t e r a is , To x ic id a d e e C o ntra - In d i c a ç õ e s
A s b u tirofenon as são drogas norm alm ente bem toleradas e sua to x ic id a d e é m uito baixa
em doses terapêuticas.
Embora estejam indicadas nos quadros maníacos, o m é d ic o d e ve estar a te n to à p o ssib i
lidade d e inversão d o p ó lo da doe nça para a depressão,
A s butirofenon as estão contra-indicadas em a fe cçõ e s neurológicas m anifestadas p o r
sistemas piram idais e extrapiram idais p o is p o d e m re fo rç a r a contratu ra muscular.
Tais fárm acos devem ser usados com cautela em cardiopatas e d o e n te s renais graves
bem c o m o em d o e n te s senis e a rte rio s c le ró tic o s p o is há nesses d o e n te s p o ssib ilid a d e d e uma
sensibilidade p a rticular às butirofenonas.
Pode haver uma queda na pressão sistólica com ce rta instabilidade d e pulso, em bora a
h ipotensão seja e fe ito colate ral raro.
Não há p e rig o e vid e n te da função hepática ou d e alteração da crase sangüínea e são
raros os fenóm enos cutâneos e alérgicos.
C om o é com um aos n e u ro lé p tico s em doses mais altas e d e p e n d e n d o da suscetibilidade
individual d e cada pa cie n te há os riscos d e im pregnação cujas consideraçõe s e tra tam ento são as
mesmas que falamos quando estudávam os os fenotiazínicos, no ca p ítu lo anterior.
U so T e r a p ê u t ic o
i^r>
Das form as esqu izofrênica s a paranóide é a que dá m elhores respostas ao e m prego da
droga.
Também os d istú rb io s d o c o m p o rta m e n to e d o caráter, bem c o m o nas distim ias e p ilé p
ticas a droga é e fic a z , sendo tam bém bons os resultados quando se usa o fárm aco nas psicoses
e p ilé p tica s ou nas alteraçõe s d e c o m p o rta m e n to d o s olig o frê n ico s.
Devem os considerar que o n e u ro lé p tic o é linha auxiliar, indispensável p o r c e rto , mas
linha auxiliar no tra ta m e n to das psicoses. O mais im p o rta n te sem dúvida é a b o a relação te ra p ê u
tica m é d ic o -p a cie n te . A p sico te ra p ia fe ita co m d e d ica çã o é a prim eira causa d e ê x ito no trata
m ento das psicoses.
Todavia nem sem pre as coisas d ã o c e rto e a tentativa p sic o te rá p ic a subsidiada p o r um
em prego c o rre to da m edicação muitas vezes resulta em m alogro terapêutico-, o pa cie n te não
m elhora, p io ra , cro n ifica , in c o rp o ra d e fe ito s . A relação m é d ic o -p a c ie n te -fã rm a c o não é d e p ro g
n ó s tic o m atem ático, mas é c e rto que sem pre vale a pena te n ta r e é igualm ente c e rto que muitas
vitó ria s form id áveis são conseguidas.
E s p e c ia i id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A p r e s e n ia ç ô e s e P o s o l o g ia
Haldol
A presentação:
— Embalagens com 2 0 e 2 0 0 co m p rim id o s d e 1 mg e 5 mg
— Frasco c o n ta -g o ta s d e 20 ml com 2 mg p o r ml (2 0 gotas)
— Caixa com 25 ampolas d e 1 ml com 5 mg
Posologia:
— Nos surtos psicóticos e no tratamento iniciai sintomático: 5 a 15 mg p o r dia.
— Nas manutenções (dose média): 3 a 5 mg p o r dia.
A p o so lo g ia nos casos d e urgência será vista no ca p ítu lo Urgências Psiquiátricas, o últim o
d e ste livro. A p oso log ia infantil tam bém será vista mais adiante no capítulo Tratam ento em Psiquiatria
Pediátrica, assim c o m o a p o so lo g ia na senilidade tam bém será vista daqui a p o u c o neste livro no
ca p ítu lo Tratam ento em Psiquiatria G eriátrica.
T r i i -l l i p l r i d o l
T rip e rid o l
A presentação;
— Embalagens com 30 e 250 co m prim ido s d e 0,5 mg
— Frasco co n ta -g o ta s d e 15 ml com 1 ms p o r ml (2 0 gotas)
— Caixa co m 25 am polas d e 1 ml com 2,5 mg
Posologia.-
— Nos surtos psicóticos e no tratamento inicial sintomático: 2 a 10 mg p o r dia.
— Dose média de manutenção: 2 a 4 mg p o r dia ^.
D r o p e r id o l
É um n e u ro lé p tic o b u tiro fe n ô n ic o não u tiliza d o em psiquiatria e sim em anestesiologia,
numa técnica chamada neuroleptoanalsesia.
A p rese nta e fe ito p o te n te e d e curta duração, e d o s e entre 5 e 2 0 mg p ro d u z um estado
d e tranqüilidade; a ansiedade desaparece, os m ovim entos voluntários reduzem -se ao mínimo ou
desaparecem durante o período de curta duração da drosa.
E s p e c ia l id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A presen taçõ es e P o s o l o g ia
D ro p e rid o l
Apresentação:
— Caixa com 25 frascos-am polas d e 10 ml com 2,5 m g /m l
P osologia: Não é pra tica m e n te u tiliz a d o em psiquiatria, to d a via p o d e m o s cita r que
eventualm ente 2 am polas (5 m g) associadas co m Fentanil (1 am pola) p o d e m
ser um grande recurso em agitações p s ico m o to ra s d e d ifíc il co n tro le .
D E R IV A D O S D1FEN1LBLIT1LP1PER1D1NA
São substâncias neurolépticas orais d e ação prolongada, relacionadas quim icam ente com
as butirofenonas; nesse g ru p o d o s d ife n ilb u tilp ip e rid ín ico s, esta ação fo i possível pela triflu o ra çã o
d o s anéis benzênicos. Assim, foram u tiliza d o s o Pim ozide e o Penfluridol.
P lM O Z ID E
Este fárm aco apresenta um antagonism o se le tiv o à dopam ina e com bina uma ação
n e u roléptica prolo ngada com pequena incidência d e to xicid a d e .
O p im o z id e te m p o te n te s p ro p rie d a d e s a n tip sicótica s espe cífica s, p o u c o s e fe ito s
colaterais extrapiram idais e é praticam ente d e s titu íd o d e p ro p rie d a d e s hipnosedativas.
Seu e fe ito te ra p ê u tic o sobre as alucinações e as idéias delirantes é sem elhante ao de
o u tro s n e u ro lé p tico s p o te n te s , to d avia não é e fe tiv o em p s ic ó tic o s com crise aguda e grande
c o m p o rta m e n to ansioso. Sua indicação nesses casos se restringe ao tra ta m e n to d e manutenção
das psicoses o nd e não haja mais necessidade d e n e u ro lé p tic o com ação sedativa.
Pode ser co n sid e ra d o c o m o n e u ro lé p tic o p o te n te e e s p e c ífic o com ação alucinolítica e
antidelirante, sendo que os pacientes hebefrênicos ou esqu izofrênico s inativos mais jovens parecem
b e n e ficia r-se d e m o d o p a rticular co m essa m edicação que lhes p e rm ite a d o ta r ou reassumir
atividades pro d u tiva s e educacionais.
O paciente tenso, agitado ou agressivo não responde bem a esta m edicação, que também
não está indicada no tra tam ento da depressão.
É uma m edicação basicam ente "ressocializante".
Raramente é necessário o uso d e antiparkinsoniano durante o e m p re g o d e p im o z id e
dada sua pou ca incidência d e e fe ito s extrapiram idais.
E s p e c ia l id a d es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
O rap
Apresentação-.
— Frasco co m 2 0 co m p rim id o s d e 1 mg
— Frasco co m 10 e 50 co m p rim id o s d e 4 mg
Poso lo g ia : É variável c o n fo rm e a gravidade da doença e p o d e ir d e 2 a 8 mg diários em
uma só d o se pela manhã p o is sua ação oral apresenta uma duração d e 24
horas.
P e n f l u r id o l
ü p e n flu rid o l fo i sin te tiza d o da mesma maneira que o p im o z id e e é igualm ente um
d e riv a d o d ife n ilb u tilp ip e rid ín ic o .
1^7
O p e n flu rid o l quim icam ente é O: 4 -(c lo ro -a lfa , alfa, alfa, - triflu o ro m to lil) 1 [4,4 b is(p
fiu o ro fe n il) b u til]4 p ip e rid in o l.
Sua estrutura química é.
D I F E N IL B U T IL P IP E R ID IN A S
Farm a c o l o g ia
O p e n flu rid o l é uma amina te rciá ria d a sé rie d ifen ilb u tilp ip erid in a , seu m o d e lo b á s ic o é o
p im o z id e e é um p o t e n t e n e u ro lé p tic o , s e n d o raro q u e p r o v o q u e se d a ç ã o .
Em cobaias induz catalepsia, inibe a busca cond icionada d e alim entos e é um antagonista
da anfetam ina na e xcita b ilid a d e p ro vo ca d a p o r essa droga. O p õ e -s e tam bém aos e fe ito s da
apom orfina. Também em cobaias inibe respostas d e c o m p o rta m e n to con d icio n a d o .
A bso rção , M e t a b o l is m o e E xcreção
A droga é bem abso rvida "pe r os” e sua ação após a adm inistração oral perdura c in c o a
sete dias, isto d e v id o â sua lenta m etabolização. A m edicação é norm alm ente bem to le ra d a e tem
seus e fe ito s através da ação d ire ta da m olécula da sustância ativa no m eio sangüíneo. O p e n flu rid o l
é lentam ente elim inado em form a d e m e ta b ó lito s p e lo rim.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
U so Te r a p ê u t ic o
Semap
A presentação:
— Estojo com 6 co m p rim id o s d e 2 0 mg.
Posologia; Com um ente é o bastante uma p o so lo g ia d e 2 0 mg uma ve z p o r semana em
uma d o se única dada pela manhã. Eventualm ente, em casos mais severos, a
d o s e semanal e única p o d e ser m aior e chegar até os 40 mg.
O l a n z a p in a e C l o z a p in a
Há uma relação estrutural entre estes d o is novos antip sicó tico s. A clo zapina é um d e ri
v a d o da d ib e n zo d ia ze p in a e a olanzapina é da classe d o s tie n o b e n zo d ia ze p ín ico s. A m olécula da
olanzapina apresenta um anel tieno , no lugar d o anel b e n z o da clozapina.
A m b o s apresentam afinidade para os re c e p to re s dopam inérgicos, serotonin érgicos,
adrenérgicos, histam inérgicos e m uscarínico d o s neurotransm issores.
Indicações: Sintomas produtivos e negativos das psicoses. Esquizofrenias resistentes a
o utros a n tip sicó tico s.
E s p e c ia l id a d e s Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Z yp re xa (olanzapina)
Leponex (cloza pina )
A presentação:
Leponex
— Caixas com 2 0 co m p rim id o s, sulcados, d e 25 mg
— Caixas com 30 co m prim ido s, sulcados, d e 100 mg
Z yprexa
— Caixas com 14 e 28 co m p rim id o s d e 5 mg
— Caixas co m 14, 28 e 56 co m p rim id o s d e 10 mg
Posologia:
Leponex
Início: 12,5 a 25 mg no 1o dia. A um entos progressivos até a d o s e m édia ideal: 2 0 0 a 4 0 0
mg p o r dia
Ziprexa
Início: 10 mg após o desjejum
M anutenção: 5 a 20 mg ao dia
SULPIRIDE
Físico - Q u í m i c a
O sulpiride é uma sulfonam ida com c a d e ia pirolidínica, sendo quim icam ente o N (e til-1 -
p irro lid in il-2 ) m e til-m e to x i-2 -s u lfa m o il-5 benzamida. Por sua estrutura quím ica d ife re substancial
m ente d e outras famílias d e p s ic o tró p ic o s . Sua fórm ula química é:
CO------- NH-
-0CH,
ch2
H2NO2S
ch3
SULPIRIDE
O sulpiride é um p ó branco, seco, m icrocristalino, in o d o ro , solúvel na água e no á cid o e
insolúvel no á lco o l e tílic o e m etílico.
Fa r m a c o l o g ia
O sulpirid e adm inistrado "p e r os" é bem a b s o rv id o no tra to gastrintestinal e enco ntra-se
no sangue cerca d e trin ta a sessenta m inutos após sua ingestão, sendo que 40% da substância
en co n tra -se ligada à albumina, principalm e nte , e, em m enor quantidade, ligada ã alfaglobulina,
betaglobulina, gam aglobulina e fibrinogênio.
A co n ce n tra çã o sérica máxima é alcançada num te m p o aproxim adam ente d e três horas
e o "h a lf-tim e ” é d e cerca d e seis horas. Tanto após a adm inistração oral qua nto parenteral a droga
é co m p le m e n te eliminada d o organism o em cerca d e noventa e seis horas.
O nível s é ric o d e s u lp irid e e le v a -s e d e m aneira mais rá p id a a p ó s a d m in istra çã o
intramuscular ou endovenosa d o que pela via oral e a taxa sérica é uma função linear da d o se que
fo r subministrada.
Estudos sobre o m eta bolism o d o sulpiride foram fe ito s com ca rb o n o m arcado na c o
baia e p o d e -s e no ta r escassa atividade radiotiva ao nível d o c e re b e lo e da m edula espinhal en
qu a n to uma ra d io ativid ade elevada fo i encontrada em nível da hipófise.
A p ó s sua adm inistração oral o sulpiride é e x c re ta d o pelas vias biliares na form a de
m e ta b ó lito s, e apó s adm inistração parenteral grande p a rte da droga é excretada p e lo rim numa
form a prevalentem ente im odificada; cerca d e 16% da droga é eliminada pelas fe ze s tam bém numa
form a im odificada.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
O sulpiride é uma droga norm alm ente bem to le ra d a e tem um e s p e c tro te ra p ê u tic o
extrem am ente am plo. Em do se s terapêuticas o m edicam ento não tra z p raticam ente e fe ito s da
nosos sobre os diversos órgãos e aparelhos.
Os exames laboratoriais de rotina m ostram -se normais m esmo após longo uso terapêutico.
Não se notam d istú rb io s d o aparelho gastrintestinal (inclusive há notável m elhora clínica nos p a ci
entes p o rta d o re s d e g astrite e úlcera p é p tic a gastroduodenal no que tange à sintom atologia).
O sulpiride nao tem ação co la te ra l conhecida sobre o aparelho cardiovascular nem tem
ação im p o rta n te qua nto ao Sistema N e rvo so A u tô n o m o : apenas em doses elevadas aparece uma
ação adrenolítica.
A m edicação não tem atividade analgésica, anticonvulsivante ou convulsivante, em bora
sua utilização, q ue r curta, q ue r p o r longo p ra zo , p ro v o q u e uma le ntificação no ritm o d e fu n d o d o
EEG, todavia sem p ro d u çã o d e elem entos disrítm icos ou paroxísticos.
Os e fe ito s extrapiram idais da droga são p o u c o freq üentes e geralm ente d is c re to s e
norm alm ente quando aparecem são neutralizados p o r um antiparkinsoniano d e uso comum.
Pode aparecer uma síndrom e ansiosa após a adm inistração d o fárm aco e que se acredita
seja d e v id o a seu e fe ito desinibidor. Nesse caso o diazepam p o d e ser a p lica d o para d e b e la r ou
m inorar esse e fe ito colateral.
Todavia é observada em cerca d e 50% d o s casos uma síndrom e caracterizada essenci
alm ente p o r galactorréia, am enorréia e turgescência mamária, principalm e nte em mulheres em
p e río d o fé rtil, e, na mesma porcentage m , nos indivíduos d o sexo m asculino aparece galactorréia,
dim inuição da lib id o , im potência e ginecom astia. Estes são e fe ito s e n d ó crin o s d o sulpirid e que
in te rfe re m no e ix o h ip o ta lâ m ic o -h ip o fis a ■e b lo q u e ia m a se cre çã o d e alguns h o rm ô n io s
hipotalâm icos, p e rtu rb a n d o o e ixo h ip o tá la m o -h ip ó fise -m a m a -g ô n a d a , fa cilita n d o a secreção de
prolactina,^ com o aparecim ento d e galactorréia.
É interessante d iz e r que cerca d e uma semana apòs interrom p ida a m edicação norm al
m ente esses e fe ito s regridem e cessam, m esmo após uso p ro lo n g a d o d o fárm aco.
C o ntra - In d i c a c õ e s
1. Equilid
A prese nta ção:
Caixas com 2 0 cápsulas d e 50 mg
Caixas com 2 0 cápsulas d e 2 0 0 mg
2. Dogmatil
íá í
C apí
CARBONATO DE LÍTIO
H is t ó r ic o
Os sais d e lítio entraram na m edicina entre 1859 e 1863 quando ALFRED GARROD, anima
d o p e lo fa to d e essas substâncias m ostrarem -se e xce lentes solventes para o á c id o ú rico e os
uratos in vitro, te n to u usá-los para o tra ta m e n to da gota, te ntativa c o n ve rtid a em m alogro.
Em 1874, LEW , a trib u in d o ao lítio "p ro p rie d a d e s sedativas m arcantes”, é seguido e x p e
rim entalm ente p o r MITCHELL que, em 1903, sustentando esta tese, tenta instituir, sem ê x ito , o
b ro m e to d e lítio no tra ta m e n to da insônia. Não o b sta n te SQUIRE em 1916 insiste nas possíveis
p ro p rie d a d e s h ipnótica s d o lítio e faz referência ao uso d o b ro m e to d e lítio na epilepsia e na
"insônia da neurastenia”. A té 1920 o sal b ro m e to ainda fo i te n ta d o c o m o h ip n ó tico .
Já em 1940, o c lo re to d e lítio fo i usado c o m o s u b stitu to d o s ó d io e, dessa vez, houve
conseqüências desastrosas, incluindo m ortes.
Em 1949, CADE, na Austrália, pesquisando substâncias nitrogenadas tó x ic a s em d o e n te s
p s iq u iá tr ic o s , p a s s o u a in je ta r a urin a d e s s e s p a c ie n te s em c o b a ia s , a d m in is tra n d o
co n co m ita n te m e n te sais d e lítio nesses animais na e xp e cta tiva d e aum entar a solubilid ade dos
uratos e o que no to u , para sua surpresa, fo i que o c a rb o n a to d e lítio sedou as cobaias, o que nada
tinha a ver co m seus e xpe rim e nto s, mas não deixava d e ser um fa to notável.
O m esm o e in q u ie to CADE, ao fa ze r tal constatação, passou a dar sais d e lítio a pacien
tes maníacos e, ainda em 1949, v e rific o u que o lítio parecia te r e fe ito e s p e c ífic o na mania.
Publicados esses e xpe rim e nto s, o c a rb o n a to d e lítio passou a ser pesq uisa do em vários
países no tra ta m e n to da mania com resultados encorajadores até chegarm os aos conhecim entos
que tem os hoje da utilid a d e te ra p ê u tica d o lítio na psicose m aníaco-depressiva.
F ís ic o -Q u ím ic a
N o indivíduo normal, o lítio em dose s tera pêutica s quase não tem e fe ito , não sendo
seda tivo nem e u fo riza n te . Em doses altas p o d e levar à to x ic id a d e aguda, que estudarem os mais
adiante.
Q uando o lítio é d a d o a d o e n te s p o rta d o re s d e mania e que sofre m insônia ou dorm em
insatisfatoriam ente, estas alterações são corrisidas,- mas o lítio p o u c o altera o sono em indivíduos
normais.
M e c a n is m o s de A ção
A c re d ita -s e que o lítio reduz a variação d e energia livre através da substituição d e íons
só dio e potássio. A cre d ita -se tam bém que o lítio iniba a produçã o d e energia da adenosina trifo s fa to
(ATP).
Sugere-se que as psicoses cíclicas acom panham -se d e srandes mudanças no balanço
e le tro lític o . Por e xe m p lo , a co nce ntraçã o d e s ó d io residual fica aumentada em 50% na depressão
e acima d e 200 % na mania; co n co m ita n te m e n te o p o tá ssio intracelular baixa consideravelm ente
ta n to na d e p ressã o qua nto na mania, quando suas con ce n tra çõ e s nesses estados m ó rb id o s são
confrontadas com as co n ce n tra çõ e s d e p o tá ssio intracelular em indivíduos normais.
N orm alm ente, durante a estim ulação d e um d a d o neurônio, o íon só d io migra através da
membrana sináptica para d e n tro da célula, enquanto o íon p o tá ssio sai. A c re d ita -s e que o só d io ,
então, causa a liberação da substância neurotransm issora osm oticam ente lábil a p a rtir das vesículas
nas junções sinápticas no espaço extracelular.
Q uando o neurônio está em re p ouso su p õ e -se que uma "bom ba d e só d io " — m uito
p rovavelm ente ATP d e p e n d e n te — tran sporta o íon d e vo lta através da membrana celular.
O m ecanism o d e rem oção d o íon s ó d io da célula parece ser p re ju d ic a d o na mania e
co n je ctu ra -se que quantidades excessivas d e só d io intracelular estão constan tem ente liberando
o neurotransm issor lábil, provavelm ente a norepinefrina, das vesículas sinápticas. O transmissor
age então nas regiões re ce p to ra s adrenérgicas p ro d u z in d o e xcita çã o e a e clo sã o da mania.
Na terapia com o lítio, este cá tio n desloca o s ó d io da célula e possivelm en te não tem a
mesma capa cida de d e liberar substâncias neurotransm issoras das regiões vesiculares sinápticas.
Esta h ip ó te se , po ré m , não leva em consideração os altos níveis intracelulares d e só d io
na depressão.
O local anatôm ico d e ação d o lítio tem sid o p o stu la d o c o m o sendo em níveis talâm ico
e da substância reticular.
A inda assim a cre d ita -se que o lítio possa acarretar um d e s v io no m e ta b o lism o da
norepinefrina p o r o -m e tila çã o para uma deam inação intraneuronal. Esta h ip ó te s e é amparada pela
observação da baixa quantidade d e norm etanefrina e p o r um aum ento d e ca te co l-d e a m in a d o
com a terapia p e lo lítio. Se este fo r o caso, o lítio p o d e dim inuir os níveis d e norepinefrina presen
tes nos re c e p to re s centrais adrenérgicos.
Tem-se p ro cu ra d o verifica r as m odificações d o m etabolism o das aminas cerebrais trazidas
p e lo lítio p o r a cre d ita r-se que tais m o d ifica çõ e s são responsáveis p o r seus e fe ito s te ra p ê u tico s
na psicose m aníaco-depressiva.
A c re d ita -s e , assim, que o lítio inibe a liberação d e norepinefrina. Ele tam bém o faz com
a serotonina; isto se daria, c o m o vim os no sistema noradrenérgico, p o rq u e o lítio p ro d u ziria um
aum ento na recaptação da norepinefrina e p o stula-se tam bém que o lítio aum ente a síntese e a
taxa d e substituição serotonínica.
O lítio não parece te r grande e fe ito nos re ce p to re s dopam inérgicos e gabam inérgicos,
que r na fase inicial q u e r num p e río d o agudo d e tra tam ento com o lítio.
Entretanto, parecem surgir im portantes alterações nos re c e p to re s dopam inérgicos após
um tra tam ento a lo ngo p ra z o com o lítio, p rincipalm e nte nas vias dopam inérgicas neoestriatais e
hipotalâm icas, o nd e haveria um aum ento da recaptação d e dopam ina, o c o rre n d o p o ré m o o p o s
to em regiões m esolím bicas e m esocorticais.
A o m esm o te m p o , na adm inistração crônica d e lítio já não se notam alterações im p o r
tantes quer na recaptação d e norepinefrina q ue r na recaptação d e serotonina.
N isto se baseiam alguns pesquisadores para po stu la r que na terapia p e lo lítio estejam
envo lvid o s p rincipalm e nte mecanismos dopam inérgicos: não seria uma falta ou um excesso d e
funcionam ento e sim uma m odulação d e funcionam ento d o s sistemas dop am inérgicos que, não
c o m o e le m e n to ú n ic o , mas c o m o uma c a d e ia na qual o u tro s e le m e n to s (a d re n é rg ic o s ,
se ro to n in é rg ico s e ta lve z até m esm o gabam inérgicos) interagiriam e isso p o d e ria e x p lic a r o
funcionam ento te ra p ê u tic o d o lítio na mania e na depressão.
Em ad e n d o acrescentam os que o íon lítio inibe a ativação d o ade n ila to -cicla se d e n tro
d o Sistema N e rvo so Central, quando m inistrado em altas dose s em cobaias e conco m ita nte m en te
altera as co n ce n tra çõ e s d o á cid o gam am inobutírico e d o glutam ato.
Também o lítio p o d e levar a im portantes m o d ifica çõ e s nas respostas hormonais.
A bsorção , D e s t in o e Excreção
Os íons lítio são m u ito bem a b so rvid o s "p e r os” e seu "p ic o ” sangüíneo é a tin g id o entre
uma e trê s horas apôs a adm inistração oral d e c a rb o n a to d e lítio e uma queda na co nce ntraçã o
sangüínea te m um caráter bifásico: uma elim inação rápida na prim eira fase, gastando cerca d e seis
horas após sua adm inistração, e uma elim inação lenta numa segunda fase, que ocupa as vin te horas
seguintes. Esta elim inação em duas fases parece relacionada à m eta b o liza çã o d e reservas d o lítio
intra e extracelulares que se dariam, respectivam ente, daquelas duas maneiras.
A co n ce n tra çã o d o lítio no líquo r é aproxim adam ente a m etade d e sua co nce ntraçã o
plasm ática e o lítio não se liga a proteínas d o plasma.
A quase to ta lid a d e da elim inação d e lítio é feita p e lo rim e cerca da m eta de d e uma
d o se ingerida é eliminada em aproxim adam ente vin te e qu a tro horas.
Em indivíduos co m d ie ta hipossód ica a e xcre çã o d e lítio é mais lenta e, p o r o u tro lado,
uma ingestão d e grande quantidade d e só d io acarreta uma e xcre çã o mais rápida d e lítio.
Cerca d e 1% d o lítio in gerido é elim inado pelas fe ze s e ou tro s 5% o são pela saliva. Parte
d o lítio a b s o rv id o é tam bém elim inado p e lo le ite e as mulheres em tra ta m e n to co m o lítio devem
e vita r amamentar, se não fo r possível a supressão tem p orá ria da droga.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
PARTE B - INDICAÇÕES
A nosso ve r o lítio está indicado c o m o m edicação p ro filá tic a e perm anente em indivídu
os que experim entaram com provada m en te p e lo m enos um e p is ó d io , q ue r d e mania, q ue r de
depressão na psico se m aníaco-depressiva.
A literatura faz tam bém indicação d o lítio c o m o m edicação te ra p ê u tica nos casos de
mania, te n d o o p ro d u to p e río d o d e latência d e d e z dias, e c o m o m edicação te ra p ê u tica na fase
aguda das d ep ressõ es da psico se m aníaco-depressiva em indivíduos bipola res e até m esm o nos
d e p rim id o s unipolares agudos da psico se m aníaco-depressiva.
Em nossa clínica, c o m o já dissem os, não adotam os este p ro c e d im e n to , p re fe rin d o o uso
inicial d e n e u ro lé p tico s ou antidepressivos, c o n fo rm e fo r o caso, nas crises agudas, e só utilizam os
o lítio c o m o m edicação p ro filá tica .
A literatura faz tam bém referência e indicação d o uso d o lítio na excita ção esquizofrênica,
na neurose obsessiva, nas psicoses da infância e até m esm o em crianças que têm c o m p o rta m e n to
e x c ita d o c ró n ic o e d is tú rb io s d o sono, co m mau dese m p e n h o escolar, send o incontíveis e
ineducáveis (s ic -lite ra tu ra ). Alguns autores chegam a chamar a atenção para um d ia g n ó s tic o
dife re n cia l entre essas crianças que m erecem lítio e as crianças p o rta d o ra s d e disfun ção cerebral
mínima e das crianças p o rta d o ra s d e lesão e p ilé tica , essas últimas o nd e o lítio não estaria indicado.
Nas tais crianças m ere cedoras d e lítio esses autores chegam a p ro p o r o uso d o c a rb o n a to d e lítio
d e sd e os q u a tro anos d e idade e numa d o s e d e 50 mg uma a duas vezes ao dia, sendo que para
crianças mais velhas a d o s e seja p ro g re ssiva m e n te ajustada a té q u e atinja uma q u a n tid a d e
clinicam ente e fic a z (sic-lite ra tu ra ). O utros autores vão mais além e em pregam o lítio em crianças
que têm e p is ó d io s d e agressividade durante uma doe nça depressiva o nd e a criança quebra tu d o
etc. (sic-lite ra tu ra ).
Não tem o s qualquer expe riência no uso d e c a rb o n a to d e lítio em e sq u izo frê n ico s, em
obsessivos ou na infância e chamamos a atenção que tam bém p e lo s cam inhos da literatura MUI
TOS autores a d ve rte m para que o lítio não seja usado antes d o s c a to rz e anos d e idade, alegando
principalm e nte falta d e expe riência acumulada.
C o n tr a - I n d ic a ç õ e s e C u id a d o s
1. C arbolitium
A presentação;
Frasco co m 50 co m p rim id o s d e 3 0 0 mg.
2. Carbolim
A presentação:
Frasco co m 50 co m p rim id o s d e 3 0 0 mg.
3. Litiocar
A presentação:
Caixa co m 50 co m p rim id o s a 3 0 0 mg.
Posologia: Para os autores europeus e am ericanos, prin cip a l literatura a que tivem os
acesso, a p o so lo g ia recom endada é aquela em que os níveis séricos de
lítio se mantenham "em média" entre 0 ,9 e 1,5 m iliequivalentes p o r litro
(m E q /l) para o tra tam ento agudo da mania e da d e p ressã o e entre 0,8 e
1.2 m E q /l "em m édia” nas taxas séricas de lítio usadas na profila xia da psicose
m aníaco-depressiva.
E isso d e v e ser v e rd a d e e m u ito b o m para e u ro p e u s e am ericanos,
ca so c o n trá rio seus a u to re s não p re s c re v e ria m essas d o se s. A q ui no
Rio d e Janeiro, p e lo m enos no â m b ito d e nossa e x p e riê n c ia , uma taxa
sangüínea acim a d e 1,2 m E q /l n o rm a lm e n te já e x ib e sinais d e to x ic id a d e
e , p o r o u tr o la d o , n ív e is a cim a d e 1,2 m E q /l tê m se m o s tra d o
d e sn ecessário s.
Em nossa clínica trabalham os com o lítio p ro filá tic o d e n tro d e uma faixa d e
concentração sangüínea considerada satisfatória e suficiente entre 0,8 m E q/
1.2 m E q /l e tem os o b tid o ó tim o s resultados numa casuística que, c o n fe s
samos, já passa da centena d e pacientes. A inda assim essas taxas são o
"p ic o ” d iá rio d o lítio sé rico d e nossos pacientes p o is que, p o r uma questão
d e m é to d o ou d e hábito. A taxa sérica d e lítio d e ve ser fe ita com o paciente
em jejum , pela manhã, 12 h após a última ingesta d e com id a ou líquidos,
e x c e to água.
Também é d e nossa obse rvação clínica que o lítio d o s a d o dessa maneira e
te n d o uma con ce n tra çã o sérica abaixo d e 0 ,6 m E q /l a d o se p ro filá tic a
p e rd e a e ficá c ia , assim c o m o acima d e 1,2 m E q /i os e fe ito s tó x ic o s
aparecem.
A taxa sérica que cada indivíduo alcança em função da quantidade em
miligramas d e c a rb o n a to d e lítio que ingere varia d e indivíduo para indiví
d u o e a d o se ótim a é sem pre o b tid a p o r tateam ento. Nisso influi a capaci
d ad e d e e xcre çã o renal d e cada um, a c o m p le içã o física, o p e so , a idade,
o sexo entre o u tro s fatores.
De qualquer m o d o é d ifíc il o b te rm o s os m iliequivalentes p o r litro necessá
rios co m uma ingestão m enor que 9 0 0 mg d e c a rb o n a to d e lítio p o r dia,
c o m o é d ifíc il que precisem os ir além d e uma ingestão máxima d e 1.500 mg
d e ca rb o n a to d e lítio diariam ente.
Na p rá tica com eçam os sem pre com 9 0 0 mg (3 co m p rim id o s) d e carbona
t o d e lí t io em d u a s to m a d a s , s e n d o a p rim e ira a p ó s o a lm o ç o
(2 co m p rim id o s) e a segunda após o jantar (1 co m p rim id o ). O uso p ó s -
prandial é para e vita r os problem as gástricos que o c o m p rim id o provoca.
O tate am e nto da d o se é fe ito pela leitura da taxa sérica, no p rin cíp io
quinzenalm ente e pela obse rvação clínica d o paciente. Q uando é p re ciso
o q u a rto c o m p rim id o , ele é re c o m e n d a d o ap ó s o ja nta r e um q u in to
co m p rim id o (isso é raro) se fo r p re cis o é recom enda do após o jantar.
O utra questão que gostaríam os d e d iscu tir é a d o uso p ro filá tic o d o lítio
p e lo s psiquiatras e clínicos interessados que m ilitam no in te rio r o n d e não
haja aparelham ento para a dosagem d e lítio sérico.
Acham os que esse p ro c e d im e n to p o d e e d e v e ser te n ta d o nesses casos,
p o is que com eçan do com 9 0 0 mg diários a boa o b se rvação clínica p o d e
atentam ente su b stitu ir a máquina, aproxim a ndo a p o s o lo g ia ideal pela
obse rvação d o pa cie n te e tate am e nto da dose. A grosso m o d o , o apare
cim e n to d o s p ró d o m o s tó x ic o s indica norm alm ente que a taxa sérica
e xce d e u 1,2 m E q /l e a p o so lo g ia d e ve ser dim inuída um p o n to a menos. A
obse rvação clínica d e ve então prosseguir e assim p o r diante. Deste m o d o
m uitos p s ic ó tic o s m aníaco-depressivos d o in te rio r p o d e m ser ajudados
na p ro fila xia desta doença.
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
EM PSIQUIATRIA
INFANTIL
Ca
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
EM PSIQUIATRIA INFANTIL
In t r o d u ç ã o
PS1COEST1MULANTE
17*
Es tr u tu r a s Q u ím ic a s
(Para e fe ito d e com paração vam os tam bém m ostrar a estrutura quím ica da adrenalina)
OH
H
HO C
I l I
H H H
OH H
A D R E N A L IN A M E T A N F E T A M IN A
V T 3
C -- CH— NH,
I
H
'CO OCH3
A N F E T A M IN A H
M E T ILFE N ID A T O
A n f e t a m in a
Fa rm a c o l o g ia
Suas ações são sem elhantes às da anfetam ina, te n d o p o ré m m enores e fe ito s p e rifé rico s.
Também não há especialidade farm acêutica da m etanfetam ina em nosso m erca do e seu
uso te ra p ê u tic o e p o so lo g ia são os mesmos da anfetamina.
F a r m a c o l o g ia
\~7A
Sua ação aumenta o trabalho cardíaco, eleva a pressão arterial, p ro d u z va so constrição e
baixa o limiar convulsivo.
Seus sintom as d e in toxicação são parestesias, tiques, anorexia, m ioclonias, taquicardia e
sede intensa, p o d e n d o em altas dose s p ro v o c a r confusão m ental e delírios.
Quase sem pre apôs cessarem os e fe ito s estim ulantes o indivíduo expe rim e nta um e fe ito
re b o te co m depressã o e fadisa.
Podem tam bém o c o rre r sintom as paradoxais e o m e tilfe n id a to p o d e trazer, em vez d e
e xcita ção, sonolência e até m esm o e fe ito s tranqüilizantes, e isso é m uito com um em crianças e
p ré -a d o le s c e n te s co m d istú rb io s d e c o m p o rta m e n to , onde inclusive a droga tem indicação para
esse fim (e ste mesmo fenôm eno é a base da indicação terapêutica da anfetamina e da m etanfetamina
na disfunção cerebral mínima).
To x ic id a d e e F e n ô m e n o s I n d f .s e i á v e i s
C ontra - In d i c a c õ e s
U so T e r a p ê u t ic o
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Ritalina
A p iesen tação:
Caixa com 20 co m p rim id o s sulcados d e 10 mg.
PosoJogia: Embora a p o so lo g ia deva ser ajustada individualm ente e d e a c o rd o com a
indicação, em m édia é a seguinte:
Crianças com distúrbios hipercinéticos (Disfunção Cerebral Mínima):
Com eçar co m 5 mg diários e aumentar a d o s e paulatinam ente até o e fe ito
desejado. A m edicação não d e ve ser tom ada com leite.
D R O G A S Q UE A G E M SOBRE
O C A R Á T E R E O C O M PO R TAM EN TO
C O N S 1D E R A Ç Õ E S
C l o r o p r o p io n a m id a
C L O R O P R O P IO N A M ID A
A b s o r ç ã o e To l e r â n c i a
U so T e r a p ê u t i c o
É dro g a indicada nos tran stornos infantis e infanto-juvenis na esfera d o co m p o rta m e n to :
hipercinesia, agressividade, có le ra , negativism o, im pulsividade.
Na esfera intelectual é e fe tiva sobre os transtornos da atenção, m em ória e co n ce n tra
ção. Também tra z b e n e fício s na esfera d o sono e na esfera afetiva.
Em p a rticular tem o s casuística d e o ito pacientes, to d o s p o rta d o re s d e disfunção ce re
bral mínima, d e m oderada a grave e em idade escolar que, ou estavam em uso, ou já haviam usado
o m e tilfe n id a to com d is c re to s resultados, m esmo em uso prolo ngado . Na m aioria desses pacientes
persistia a hipercinesia, agressividade, d ificuld ade de concentração e aprendizagem escolar, enurese
e de sp e rta r p re c o c e , do is deles com acatisia. Todos esses pacientes responderam bem à associação
d e clo ro p ro p io n a m id a com a pro p e ricia zin a (N euleptil).
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
C o rinto l
A presentação:
Embalagem co m 2 0 drágeas d e 330 mg.
Posologia: É variável c o n fo rm e o caso e o fárm aco d e v e ser usado som ente a p a rtir d e
c in c o anos d e idade.
Para distúrbios mais simples.■ a d o se varia d e 6 6 0 a 1980 mg diários d ivid id o s
em qu a tro doses diárias (2 a 6 co m p rim id o s p o r dia).
Nos casos tratados de disfunção cerebralmínima: utilizam os doses entre 1320
mg e 1980 mg (4 a 6 co m p rim id o s p o r dia) d iv id id o s em qu a tro tom adas e
utilizam os d e 4 a 10 mg d e Propericiazina, d iv id id o s em duas tom adas, uma
pela manhã e outra à n o ite , sendo m aior a tom ada da noite.
D im e t il a m in o e t a n o l
Esta droga é e fic ie n te muitas vezes quando usada em crianças com d ificu ld a d e s escola
res, m elhorando a co n ce n tra çã o e a atenção e conseqüen tem ente o rendim ento escolar. Pode ser
p re scrita c o m o m edicação coadjuvante a outras drogas ou isoladam ente. Seus e fe ito s incluem
sensação d e dim inuição da fadiga e algumas vezes p o d e m tra z e r anorexia, insônia e euforia. A
droga está co n tra -in d ica d a em pacientes p o rta d o re s d e grande mal e p ilé p tic o . Esta droga existe
na form a acetilgluta m ato e na form a fo s fo rild im e til.
Acetilglutamato de dimetilaminoetanol
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
1. Dardanin
A presentação:
Caixas co m 2 0 fla co n e te s d e 10 ml com 2 g
2. Dardanin Infantil
Apresentação:
Caixas co m 2 0 fla co n e te s d e 5 ml co m 5 0 0 mg
Posologia: Crianças de 6 a 12 anos: 1 a 2 g diários d iv id id o s em duas doses, a prim eira
pela manhã e a sesunda ô tarde.
Após 12 anos: 2 a 4 mg diários, igualm ente d iv id id o s em duas doses.
177
Fosforiidimetiiaminoetanoi
E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê l it ic a s , A p r e s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia
Panclar
A presentação:
Frasco d e 2 4 0 ml, com 2 0 0 mg p o r ml
Po so lo g ia : Crianças d e 6 a 12 anos: 100 a 300 mg em duas tom ad as.
A p ó s 12 anos: 3 0 0 a 6 0 0 mg em duas tomadas.
A prim eira tom ada de ve ser pela manhã e a última não d e ve ultrapassar as 17 horas pois
p o d e p ro v o c a r insônia.
Á c id o G a m a m in o b u t ír ic o
F ís ic o - Q u ím ic o
N H j - CH - COOH
C H j - C H 2 - COOH
Á C ID O G LU T Â M IC O
E na d e sca rbo xilação dá -se o seguinte:
FOSFATO PIRIDOXAL
CH j -C H j -COOH ■íj-COOH
ácido
O is o c í tr ic o
descarboxilase
+ DPN
O
-O 1 - N H,
rfcido a-cetoglu
ácido l-glut3mico
tárico
•CO,
o
u Transminase Des
carboxilase
vitamina B6
>' + fosfato
v + ATP piridoxal
ácido CoA
succfnico succín ico ácido y , aminobutfrico
Î t (G A BA )
M e c a n is m o de A cão
O G ABA tem baixa to xicid a d e , não havendo referência na literatura a qualquer e fe ito
grave ou irreversível p ro v o c a d o pela droga m esm o em doses altas.
Entre seus e fe ito s colaterais re fe rid o s há os gastrintestinais quando adm inistrados "pe r
o s”: náuseas, vó m ito s e irritação gástrica, c o m o são tam bém e fe ito s colate rais possíveis fe b re e
insônia.
Em hiperten sos p o d e p ro v o c a r h ipotensão mas em norm ote nsos seu e fe ito h ip o te n so r
é desprezível.
Não há co n tra -in d ica çã o conhecida d e sua associação com o u tro s m edicam entos e com
alim entos.
U so Te r a p ê u t ic o
1. O G ABA é e fe tiv o no d ese nvolvim ento mental da criança o lig o frê n ica (q u e r p o r atraso
d o d ese nvolvim ento psíquico, p o r paralisias cerebrais ou p o r traum atism os d o p a rto ),
sendo mais e fica z na o lig ofrenia adquirida que na genética, p a re ce n d o igualm ente
e fic a z antes d o s sete anos d e idade que d e p o is . Também são mais notáveis as
p ro p rie d a d e s tera pêutica s d o G ABA nas oligofrenias mais brandas e m enos e fica z nas
o lig o fre n ia s mais severas. O s p ro g re s s o s p o d e m ser n o ta d o s n o ca rá te r, no
co m p o rta m e n to e na m aturidade social, c o m o tam bém p o d e m ser registradas m elho
ras na inteligência, na função mecânica e na instrução escolar adquirida.
2. M elhoria relativa em alguns asp e cto s agressivos d o ca rá te r em crianças delinq üentes e
d e lin q ü e n te s ju v e n is , ta is c o m o e x p lo s iv id a d e , a ç o d a m e n to , in c o n s tâ n c ia ,
e x c ita b ilid a d e , agressividade, sen d o o fárm aco e fe tiv o p rin c ip a lm e n te e n tre os
delinq üentes mais jovens.
3. O G ABA tem e fe ito p o s itiv o na recuperação d e e fe ito s d e m oléstias secundárias
pro ve n ie n te s d e distú rb io s d e circulação cerebral.
4. N o tra tam ento d o s processo s aterom a tosos (a te ro s c le ró tic o s ) no e n cé fa lo e no
m iocárdio.
5. N o tra ta m e n to das in toxicaçõe s graves e no com a p o r b a rb itú ric o s e narcótico s.
6. N o tra ta m e n to d e estados com atosos, especialm ente o com a h e p ático.
7. N o tra tam ento d o com a eclâm ptico.
E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t i c a s , A p r e s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia
Gammar
Apresentação:
- X a ro p e co m 1 grama d e G ABA p o r cada 5 ml
- C o m prim id os d e 250 mg
- Frasco-am pola d e 2 0 ml co m 1 grama d e G ABA p o r ampola.
Posologia:
- Em adultos (distúrbios da circulação cerebral, aterosderose): 0 ,6 g a 2 ,0 g diários,
d iv id id o s em trê s dose s às principais refe ições. Uso p o r te m p o p rolo ngado .
- Em distúrbios do caráter na delinqüênciajuvenil: 2 ,0 g a 5,0 g diários, d iv id id o s em três
ou q u a tro tom adas às refe ições. Uso p o r te m p o p ro lo ngado .
- Em crianças oiigofrênicas: 2,0 g a 3,0 g p o r dia, d iv id id o s entre trê s a qu a tro tom adas
às principais refeições.
PS1COFÁRMACOS N A IN F Â N C IA E A D O LE S C Ê N C IA
U S O DE A n TIDEPRESSIVOS N A IN F Â N C IA
A n t id e p r e s s iv o ÍM A O
Tr a n il c ip r o m in a
Parnate
Apresentação:
Embalagem com 2 0 e 2 0 0 drágeas d e 10 mg
Posologia: Em crianças e adolescentes-. 10 a 20 mg p o r dia d ad os em uma d o s e única pela
manhá.
A n tid e p r e s s iv o s N ão -IM A O
Im ip r a m in a
A imipramina é utilizada prim ordialm ente em crianças acima d e d e z anos e em ado les
centes p o rta d o re s d e m elancolia, depressão endógena e idéias suicidas.
É e fic a z nas d e p re ssõ e s "mascaradas” em crianças e a d o le sce n te s que apresentam
equivalentes p sicossom áticos com d istú rb io s gastrintestinais e outros.
A imipramina é especialm ente e fica z nos casos d e enurese e en co p re se o nd e uma dose
d e 25 mg a 50 mg é dada à n o ite antes d e deitar.
O fárm aco tem boa indicação nos casos infantis e adolesce nte s d e fo b ia escolar e na
m elhora da con d u ta d e crianças hiperativas.
Crianças autistas em uso d e imipramina p o d e m to rn a r-se mais alertas e principiarem
e s fo rç o s para com unicar-se através da fala e caminhar num se n tid o d e m elhora d o relacionam ento
com os demais.
D e v e s e r usa d a c o m c u id a d o em c ria n ç a s q u e te n h a m a n o rm a lid a d e s
e le tro e n ce fa lo srá f icas e necessitem doses altas; ainda assim é uma co ntra-indicação relativa, apenas
requerend o uma m aior atenção d o m édico.
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A p r e s e n ia c ô e s e P o s o l o g ia
Tofranil
A p re s enta çã o :
Tofranil 10 — caixas co m 2 0 dráseas d e 10 ms
Tofranil 25 — caixas co m 20, 50 e 2 0 0 drégeas d e 25 mg
Posologia; De 2 0 a 75 mg p o r dia c o n fo rm e a gravidade d o caso e a susce tibilidad e
individual, d e v e n d o a d o s e ideal ser o b tid a p o r tateam ento. Na fo b ia escolar,
do se s mais altas p o d e m ser em pregadas, c o m o até 3 0 0 mg p o r dia, em casos
graves. A m edicação p o d e ser dividida em duas ou trê s tom adas, não de ve n d o
ultrapassar-se o h o rá rio das 17 horas p o is p o d e causar insônia; e x c e to nos
casos d e enurese e e n co p re se o nd e a m edicação d e ve ser aplicada à noite ,
ao deitar.
D e s ip r a m in a
A m it r ip t il in a
A am itriptilina é útil nas dep ressõ es crônicas d e crianças e a d o lesce nte s e naquelas cuja
depressã o acom panha-se d e ansiedade, inquietude e insônia.
São freq üentes queixas d e sonolência com esse fárm aco mas seus e fe ito s colaterais não
são graves e o fárm aco p o d e ser usado até em crianças d e seis anos d e idade.
E s p e c ia l id ad es Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
T ryptanol
A p re se ntação:
V id ro s co m 25 co m p rim id o s d e 10 e 25 mg
Posologia: Embora a p o so lo g ia deva ser planejada para cada situação, falarem os sobre
uma "p o solo gia m édia”.
- Crianças de 6 a 9 anos-. C om eçar co m 5 a 10 mg p o r dia e aum entar p o r
tate am e nto a do se até o ó tim o te ra p ê u tic o d ese jad o, que p o d e chegar
até os 4 0 mg p o r dia.
- Crianças acima de 9anos. C om eçar co m 20 mg p o r dia e o b te r a d o se ideal
p o r tate am e nto que p o d e chegar até os 75 mg. A mesma p o so lo g ia é útil
na adolescência.
C om o essa m edicação tem e fe ito s sedativos recom endam os que a m aior
p a rte da d o se diária seja dada á n o ite ao deitar.
152
C l o r im ip r a m in a
A clorim ipram ina tem ação mais p o te n te e e fe ito s colaterais mais freq üentes, em bora
tenha indicações sem elhantes às da imipramina.
M uitas vezes é e fica z em "depressões mascaradas” e seus equivalentes psicossom áticos,
bem c o m o na enurese e en co p re se em casos que a imipramina não conseguir resolver.
E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
A presentação:
- A nafranil 10 — Caixas co m 2 0 drágeas d e 10 mg.
- A nafranil 25 — Caixas com 2 0 drágeas d e 25 mg.
Posologia: Em crianças a p a rtir d e 10 anos a d o se m édia é d e 2 0 a 50 mg p o r dia.
T R A N Q Ü IL IZ A N T E S
D e r iv a d o s P r o p a n o d ió l ic o s
M eprobam ato
Equanil
Apresentação:
Caixa com 24 co m p rim id o s d e 4 0 0 mg
Posologia: 1.200 a 2 .4 0 0 mg p o r dia d iv id id o s em três tomadas.
M etocarbam ol
O m eto carb am ol tem ação relaxante muscular e é e fica z nos quadros organocerebrais
onde há reações espásticas musculares. A lém d e seu e fe ito relaxante tem e fe ito tranqüilizante.
E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Robaxin
Apresentação:
Caixas com 24 co m p rim id o s d e 5 0 0 mg
Rosologia: d e 5 0 0 mg a 2 .0 0 0 mg d iv id id o s em três ou q u a tro tom adas diárias.
D e r iv a d o s B e n z o d ia z e p ín ic o s
C l o r d ia z e p ó x id o
1/R
E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t i c a s , A p r e s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia
1. Librium
A p re sentação.-
- V id ro s com 2 0 cápsulas a 10 mg
- V id ro s co m 20 drágeas a 5 mg
- V id ro s co m 2 0 drágeas a 25 mg
2. Psicosedin
A presentação:
- V id ro s com 2 0 co m p rim id o s d e 5 mg (Psicosedin Infantil)
- Caixas co m 2 0 co m p rim id o s d e 10 mg
- Embalagens com 2 0 co m p rim id o s d e 25 mg
3. Tensil
A presentação:
- Caixas co m 2 0 co m p rim id o s d e 10 mg
- Caixas co m 2 0 co m p rim id o s d e 25 mg (Tensil 25)
Posologia:
- De 8 a 10 anos: 5 a 10 mg p o r dia.
- Acim a d e 10 anos: 10 a 30 mg p o r dia.
Nos quadros espásticos d e p o lio m ie lite as doses p o d e m variar entre 4 0 e 6 0 mg p o r dia.
D ia z e p a m
1. Valium
A presentação:
- V id ro s co m 2 0 co m p rim id o s brancos a 2 mg
- V id ro s co m 2 0 co m p rim id o s amarelos a 5 mg
- V id ro s co m 10 co m p rim id o s azuis a I0 mg
- Caixas com 5 am polas para uso injetável (2 m l) a 10 mg
- V id ro s com 100 ml a 2 mg p o r cada 5 ml (Valium Suspensão)
2. Dienpax
A presentação:
- Caixas com 2 0 co m p rim id o s d e 2 mg, 5 mg e 10 mg.
- A m polas para uso injetável d e 2 ml co m 10 mg.
Po s o lo g ia: Varia d e caso para caso. Vamos te n ta r e sta b e le ce r uma média.
1. Nas dep ressõ es ansiosas e nas ansiedades p sicó tica s d e 8 a 10 anos a p o so lo g ia é d e
5 a 10 mg p o r dia, em média.
2. Nas d ep ressõ es ansiosas e nas ansiedades p sicó tica s acima d e 10 anos a p o so lo g ia
m édia é d e 10 a 25 mg p o r dia.
3. Nos quadros neu rológicos espásticos: 4 0 a 6 0 mg p o r dia EV.
4. N o "Status E pilepticus”: 10 a 4 0 mg via EV.
5. Nos estados agudos ansiosos e fó b ic o s em adolescentes: 10 a 30 mg via oral.
1
B e n z o d ia z e p ín ic o E u ÍP N IC O
N it r a z e p a m
São várias:
N itra z e p o l, M o g a d o n , Serenex, Sonebon e Sonipan,
A p re s e n ta ç ã o :
Todas as c in c o especialidades farm acêuticas apresentam -se em vid ro s co m 20 c o m p ri
m idos d e 5 mg.
Posologia:
- Como tranqüilizante: Em doses d e 1 a 2 mg p o r dia (não p ro v o c a sonolência)
- Como indutor do sono: G eralm ente é suficiente a d o se d e 5 mg à noite.
- Como anticonvulsivante: Na d o se d e 5 a 15 mg re p a rtid o s em duas a trê s tom adas ao
dia.
- Nos hipercinéticos, inclusive os portadores de disfunção cerebral mínima: na d o se d e
10 a 15 mg p o r dia re p a rtid o s em duas ou três doses.
A N T IP S IC Ó T IC O S
D e r iv a d o s F e n o t ia z ín ic o s
C l o r p r o m a z in a
A clorprom azina é a droga d e escolha para o tra tam ento das esquizofrenias infantis e
nos quadros e s q u izo frê n ico s d o início da p u b e rd a d e onde há idéias paranóicas e alucinações.
O fárm aco é tam bém d e m uita eficácia nos quadros d e agitação d o s p õ s -e n c e fa lític o s ,
nos o lig o frê n ic o s h ip e ra tivo s e em outras agitações psicóticas.
Em pequenas dose s p o d e ser indicado co m tr anqüilizante. Todavia está co n tra -in d ic a d o
em pacientes d e p rim id o s e nos pacientes com história ou suspeita d e quadros convulsivos.
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen taçõ es e P o s o l o g ia
Am plictil
Apresentação:
- Frascos com 2 0 co m p rim id o s d e 25 mg
- Frascos com 2 0 co m p rim id o s d e 100 mg
- Frascos d e 2 0 ml com solução a 4% (cada gota co n té m 1 mg)
P osologia: É m uito variável e fica d ifícil, c o m o vim os fazendo, e sta b e le ce r uma "posologia
m é d ia " para o p r o d u to , p o is p o d e ser u sad o em d ive rs a s síndrom es
psiquiátricas e em cada síndrom e nas doses mais variadas. Para se te r uma
idéia, a aplicação clínica d o A m p lic til na infância e adolescência p o d e ir d e
uma d o se diária d e 20 mg a uma d o s e diária d e 3 0 0 mg.
Na e squ izofrenia da adolescência, p o r e xe m plo, p o d e m o s te r a noçã o d e quão d ifícil
fica uma p o so lo g ia d ita a priori: alguns a d o lesce nte s têm sua d o se "ótim a" inferior, igual ou até
su p e rio r à necessária para o tra tam ento d e um a d u lto, p o is há grande variação na tolerância aos
p s ic o tró p ic o s nos adolescentes. De uma maneira geral o tra ta m e n to a n tip s ic ó tic o no ado le sce n te
requer dose s similares às d o adulto.
Se durante o tra tam ento com a clorprom azina no ta r-se a concom itância d e um quadro
dep ressivo, é recom endável associar o fárm aco a um antidepressivo.
)85
p R O PE R I C l A Z I N A
1. Neuleptil Pediátrico
2. Neuleptil
- Frasco co m 2 0 co m p rim id o s d e 10 mg
- Frasco com 2 0 ml d e solução a 4% co rre sp o n d e n d o cada gota a 1,0 mg d e propericiazina
P osologia:
- Crianças até 10 anos: C om eçar o tra ta m e n to co m do se s pequenas até o ajuste
p o s o ló g ic o "ó tim o '. Com eçar com 0 ,5 mg ao dia e aum entar a d o se d e 2 em 2 ou de
3 em 3 dias, p o d e n d o -s e chegar a dose s d e até 10 mg p o r dia.
- Crianças acima de 10 anos: Igualmente aqui, com eçar o tra ta m e n to com do se s p e q u e
nas e ajustar a d o se "ótim a” p o r tateam ento. Iniciar com 1 ou 2 mg p o r dia e aumentar
a d o s e paulatinam ente e d e a c o rd o com a o b se rvação clínica. A p o so lo g ia p o d e
chegar aos 15 mg diários.
C om o a pro p e ricia zin a é um fárm aco sedativo, recom enda-se que a m aior p a rte da
d o s e diária seja dada è n o ite , antes d e deitar.
S obre a p o s o lo g ia na associação p ro p e ric ia z in a -c lo ro p ro p io n a m id a já a expusem os
q ua ndo falam os, em páginas anteriores, d o fárm aco clo rop rop ion am ida.
T r if l u o p e r a z in a
Stelazine
A presentação:
- Tubos com 2 0 co m p rim id o s d e 1, 2 e 5 mg
- V id ro s co m 2 0 ml (gotas) co m 0,5 mg p o r ml
- Caixas co m 5 am polas d e 1 ml com 1 mg
\8>é>
Eo so lo g ia:
- Crianças d e ó a IO anos: 1 a 4 mg d iários
- Acim a d e 10 anos a p o so lo g ia p o d e chegar aos 8 mg diários
- Q uando os quadros p s ic ó tic o s são acom panhados d e depressão, d e v e -s e associar um
antidepressivo.
- Em crianças, a d o s e d e 5 mg norm alm en te tra z e fe ito s extrapiram idais.
D e r iv a d o B ü t ir o f e n ô n ic o
1 Ia l o p e r id o l
H ald o l
A presentação:
- Embalagens co m 2 0 co m p rim id o s d e 1 mg e d e 5 mg
- Frasco co n ta -g o ta s d e 10 ml com 20 mg p o r ml (2 0 gotas).
Posologia: As dose s iniciais para crianças devem ser d e 0,2 a 0,5 mg, aum entando-se
paulatinam ente a d o se até o "ó tim o " te ra p ê u tic o para cada caso. Em a do les
centes, a p o so lo g ia aproxim a-se da p o so lo g ia d o adulto.
D e r iv a d o D if e n il b u t il p ip e r id in a
P lM O Z ID E
O p im o z id e é d ro g a d e e le iç ã o nas e sq u izo fre n ia s infantis graves, m e lh o ra n d o a
sociabilização m esm o em crianças autistas.
E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s . A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
O rap
A presentação:
- Frasco com 20 co m p rim id o s d e 1 mg
- Frasco com 10 e 50 co m p rim id o s d e 4 mg
Posologia: A p o so lo g ia d e ve com eçar p o r 0,5 mg p o r dia e a d o s e “ótim a" d e v e ser
o b tid a paulatinam ente e p o r tateam ento, p o d e n d o chegar a d o se aos 4 mg
diários. Em adolesce nte s as doses se aproximam das dose s d o s adultos. Por
ser uma dro g a d e m eta b o liza çã o lenta, o fárm aco apresenta a vantagem d e
p o d e r ser adm inistrado em do se única pela manhã, o que facilita seu em pre
go em crianças.
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO
EM PSIQUIATRIA
GERIÁTRICA
ÍSO
Caj:
TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO EM
PSIQUIATRIA GERIÁTRICA
C o n s id e r a ç õ e s
Devemos considerar que nas pessoas idosas as vias d e e xcre çã o d e m edicam entos
p s ic o tró p ic o s não têm o m esm o desem penho que a d e um a d u lto jo ve m e seu organism o co m o
um to d o já não tem o m esm o vigor. Por isso os velhos são m enos to le ra n te s e mais sensíveis às
drosas p s ic o trõ p ic a s e norm alm ente as dose s tera pêutica s em psiquiatria geriátrica são d ife re n
tes das usadas no tra tam ento d o s adultos jovens, norm alm ente sendo necessárias dose s m enores
e aplicadas com cuidado, p o is os e fe ito s colaterais na velhice são m aiores e mais comuns.
Precisa então o m é d ic o estar a te n to caso p o r caso ao aplicar essa ou aquela m edicação,
te n d o em vista sistema p o r sistema, aparelho p o r aparelho, em especial o aparelho cardiovascular
e a p s ic o m o tric id a d e na velhice.
Para escrever este capítulo , c o m o os dem ais, fizem os uso não só d e nossa expe riência
clínica c o m o da vasta e difusa literatura sobre os dive rso s assuntos. E, confessam os, p ou ca coisa
nos tro u xe mais p re o cu p a çã o que o e stu d o das m edicações que atuariam para tra ta r as queixas
em ocionais e m entais d o velho, suspeitas d e serem devidas à insuficiência d o flu xo sangüíneo
cerebral, os casos d e ateroscle rose cerebral d e v id o s a d istú rb io s d e parênquim a, os estados
d e fic itá rio s intelectuais presentes em patologias gerontopsiquiátricas: alguma coisa precisa ser
feita. Todavia concluím os que o que tem os na mão é um arsenal te ra p ê u tic o ainda p o b re , e o que
é pior, m edicações que sao m uito difundidas em nosso m erca d o e vendidas a p re ç o d e ouro são
drogas quase to ta lm e n te ineficazes, para não ser mais radical, e levam apenas a vã esperança aos
pacientes quando já deveriam te r sid o abolidas. Isso se dá não só em psiquiatria geriátrica co m o
na psiquiatria geral, sem falar da clínica m édica e daí para a frente.
Assim p o d e m o s falar da atropina e seus deriva d o s sin té tico s co m estrutura d e am ónio
quaternário com o m e tiln itra to d e atropina, o m e tilb ro m e to d e hom atropina e o m e tilb ro m e to de
m etilescopolam ina que, na verdade, são farm acologicam ente ativos mas p o r via parenteral, mas
são mal, ridícula e insuficientem ente a b so rvid o s quando d ad os p o r via oral, m orm ente nas doses
existe nte s em nosso m erca do (a absorção to ta l d o s de riva d o s d o am ónio quaternário após uma
do se oral é d e apenas cerca d e 25%). E o que vem os é um p ro life ra r desses c o m p o s to s em doses
ineficazes associados norm alm ente aos benzodiazepínico s e outras substâncias, c o m o "com postos
antid istô n ico s”. Tudo isso é d e se lamentar profundam en te e deve ser d is c u tid o pela classe m édica
interessada.
C om o dissem os, após estudar exaustivam ente a questão e fa ze r a o b se rvação clínica
em vários pacientes, selecionam os duas substâncias vasodilatadoras que nos parecem realm ente
ativas e d e auxílio em alguns casos, em m édia 4 0 a 50% nos casos d e d e ficiê n cia na irrigação
cerebral, o que parece um p o u c o desanim ador, mas alguma coisa tem que ser fe ita, e achamos que
todas as p o ssibilid ades com chance d e progresso deve m ser tentadas e m esm o p o rq u e , quando
o b te m o s ê x ito te ra p ê u tic o , o alívio d o pa cie n te e a alegria d o m é d ic o fazem e sq u e ce r p o r algum
te m p o que estam os engatinhando na m edicação desses estados.
Também já o b tive m o s progressos te ra p ê u tic o s em nossa clínica numa p o rce n ta g e m não
m uito d ife re n te d e casos te n ta d o s com os vasodilatadores, mas já tivem os progressos com o uso
p a ciente e p ro lo n g a d o d o Piracetam, o que nos animou a c o lo c á -lo neste capítulo.
Não som os d o n o s da ve rdade nem esgotam os a literatura e as experiências clínicas
feitas com drogas d e p ro p o sta ativa sobre os processos senis. É possível que no arsenal te ra p ê u tico
haja até coisa m elhor, mas não é d o nosso con h e cim e n to e da nossa experiência. E o com prom isso
que procuram os assumir ao e screver esse livro fo i baseado principalm e nte na nossa experiência
clínica e nossa casuística que julsam os já não ser tã o pequena que possa ser desprezada, e com a
verdade d o s fato s, p e lo menos até o nd e a conhecem os.
P lR A C E T A M
Q u ím ic a
P IR A C E T A M
h 2c c j =o
' N' o
I II
CH, C --- N H j
P r o p r ie d a d e s Farm a c o l ó g ic a s
Uma h ip ó te s e sobre a ação d o pirace tam sobre a função mnésica seria a constatação
feita em cobaias idosas d e que a droga influencia a relação polissom as/ribossom as. A ligação
entre os polissom as co m a síntese p ro té ic a é conhecida am plam ente e p o stula-se que a longo
p ra z o a m edicação facilita a síntese polissôm ica d e proteínas específicas para o funcionam ento
da função mnêmica.
Sendo o pirace tam um d e riv a d o c íc lic o d o á c id o gam am inobutírico, po stu la -se tam bém
uma h ip ó te s e adicional: a descarbo xilação d o á c id o glutâm ico em á c id o gam am inobutírico é um
p ro c e s s o m e ta b ó lic o que p a re ce e n fra q u e c e r-s e co m a idade e o á c id o gam am inobutírico
desem penha im p o rta n te pap el na m ediação d o s neurônios inibidores.
IO ")
Uma m elhora nas funções superiores d o p a ciente senil viria em função da adm inistração
d o d e riv a d o c íc lic o d o á c id o gam am inobutírico que equilibraria p o r substituição o d é fic it causa
d o p e lo s d istú rb io s que o c o rre m ao nível da cadeia m etabólica d e form ação d o s ácidos aminados.
A m edicação é bem absorvida "p e r os" ou via parenteral (venosa ou intram uscular) e
após adm inistrado p o r qualquer dessas vias sua taxa sangüínea máxima é atingida entre 30 e 60
minutos.
O p ro d u to é e x c re ta d o pela urina sob form a inalterada, e sua m eia-vida sansüínea é de
aproxim adam ente qu a tro horas e meia. Em funçao d e sua curta m eia-vida ê im provável a acumula
ção d o p ro d u to .
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
A s s o c ia ç õ e s c o m O l it r o s M e d ic a m e n t o s
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
S U B S T Â N C IA S VASO D 1LATAD O R AS
S U L O C T ID IL
Fa rm a c o l o g ia e Q u ím ic a
SULOCTIDIL
O s u lo c tid il te m uma a tivid a d e hem odinâm ica similar à da papaverina, send o m enor sua
a tiv id a d e ca rd io e stim u la n te em pequenas dose s e m enor sua a tiv id a d e ca rd io d e p re s s o ra em
altas doses.
A d ro g a te m a tiv id a d e a n tie s p a s m ó d ic a s o b re o m ú scu lo a rte ria l p ro v o c a n d o
vasodilatação em vasos d e diversos calibres. Produz uma inibição da agregação plaquetária e uma
dim inuição d o s níveis séricos d e c o le s te ro l e trig lic é rid e s e aumenta o flu xo sangüíneo cerebral e
p e rifé ric o , m orm ente em pacientes p o rta d o re s d e insuficiência circu la tó ria ce rebral e p e rifé ric a
e, secundariam ente a esses fenôm enos, reduz a ansiedade e a depressã o e m elhora a m em ória
re cente, a orie n ta çã o tê m p o ro -e sp a cia l, a fadiga, o sono, o humor, o co m p o rta m e n to social e a
a fe tiv id a d e nos pacientes vasculopatas.
Sua ação mais intensa é no te rritó rio vertebrobasilar, o que se acre d ita estar relacionado
com a rápida ação que o fárm aco p ro d u z no sintom a d e vertigem .
O su lo c tid il blo q u e ia substâncias va soconstritoras e antagoniza seus e fe ito s espasm ódi
cos, tais c o m o a acetilcolina, a noradrenalina, a angiotensina, a serotonina e a histamina.
O fárm aco te m e fe ito re d u to r da viscosida de sangüínea, m orm ente em pacientes com
m oléstia d e viscosida de sangüínea alta.
M e c a n is m o de A ção
Em dose s tera pêutica s não se observa mudança significativa da pressão arterial nem nas
funções renais, hepáticas ou na crase sangüínea.
Os principais e fe ito s colaterais são relacionados ao aparelho gastrintestinal, tais co m o
constipação ou diarréia, pirose, irritação gástrica, gastrite (o que tra z uma co n tra -in d ica çã o relativa
para pacientes enfisem atosos graves ou com passado u lce ro so ) e eventualm ente lesões alérgicas
da p e le e tonturas.
U so Te r a p ê u t ic o
0 su lo c tid il é m edicação e fica z na depressão, m edo, ansiedade, a n ti-sociabilid ade,
instabilidade em ocional, insônia, tran stornos da co n ce n tra çã o e da m em ória, d e so rie n ta çã o em
pacientes p o rta d o re s d e a te roscle rose ce rebral ou p o rta d o re s d e lesão isquêm ica crônica d o
e n cé fa lo que têm naqueles sintom as o q ua dro clínico d e seus d istú rb io s psiquiátrico s.
Q uando nesses vasculopatas tam bém está presente a m elancolia d e involução e outras
d ep ressõ es p sicó tica s, está indicado o uso co n co m ita n te d e antidepressivos.
C o ntra - In d i c a c õ e s
A droga está con tra -in d ica d a em pacientes com hem orragia ativa ou quaisquer d is tú rb i
os hem orrágicos, nas pato lo g ia s com aum ento da pressão intracraniana, na insuficiência cardíaca
descom pensada, no in fa rto d o m io cá rd io e nos p ré e p ó s -o p e ra tó rio s .
São c o n tra -in d ica çõ e s relativas os enfisemas senis graves e os pacientes co m passado
d e úlcera p é p tica .
A m edicação não é recom endável na g ravid ez e na infância.
E s p e c ia l id a d es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
Duloctil
Apresentação:
Caixa com 2 0 cápsulas d e 100 mg
Posologia: 3 0 0 mg p o r dia d iv id id o s em trê s tom adas d e 8 em 8 horas após re fe içõ e s, se
possível.
Os resultados terapêuticos fazem-se notar entre a oitava e a décima semanas de tratamento.
IO *
C lN A R A Z IN A
2HCI
Farm a c o l o g ia
10/
Os vasodilatadores p raticam ente não e xercem influência sobre a circulação cerebral em
indivíduos normais. Todavia, quando a pressão intracerebral cai abaixo d e um c e rto nível d e v id o à
aterosclerose da artéria cerebral interna, a auto-regulação é abolida e as substâncias vasodilatadoras
bem c o m o os hip e rte n so re s p o d e m te r eficácia elevando a pressão nas artérias pequenas e
aum entando, desse m o d o , a circulação cerebral.
Assim c o m o é im p o rta n te que se mantenha a fo rça c o n trá til d o co ra çã o para que se
assegure um tônus c irc u la tó rio geral sa tis fa tó rio com im p a cto nas artérias cerebrais, é im p o rta n te
que a substância vasodilatadora em pregada não o altere nem p ro d u za queda da pressão arterial.
A bso rção , D e s t in o e E xcreção
A d roga é bem abso rvida p e lo tra to gastrintestinal e é excretada aproxim adam ente em
d o is te rç o s pelas fe ze s e um te rç o pela urina, s o b re tu d o nos c in c o dias im ediatos à adm inistração.
A substância é quase to ta lm e n te eliminada d o organism o na form a d e m e ta b ó lito s.
To x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is
A cinarazina é b e m to le ra d a e não há e f e it o s tó x ic o s d ig n o s d e n o ta em d o s e te ra p ê u
tica.
Em alguns pacientes p o d e o c o rre r sonolência e em o u tros, ou con co m ita n te m e n te ,
d istú rb io s gastrintestinais, c o m o m al-estar gástrico, pirose, náuseas e vóm itos.
Pode o c o rre r tam bém um aum ento d o a p e tite , assim c o m o p o d e m aparece r sentim en
to s d e irritabilid ade.
U so T e r a p ê u t ic o
. Stugeron 25 mg
. C ronogeron 25 mg
A p resen tação :
- Blister co m 30 e v id ro com 10 co m p rim id o s d e 25 mg
. Stugeron 75 mg
. C ronogeron 75 mg
Apresentação:
- Frasco com 15 ml (g o ta s) com 75 mg p o r ml (25 gotas)
. A n tig e ro n
Apresentação:
- Caixa co m 30 e 100 co m p rim id o s d e 25 mg
- V id ro s co m 15 e 30 ml (go ta s) com 1 mg p o r cada gota
Posologia: A p o so lo g ia mais recom endada é a d e 50 a 75 mg d iários d iv id id o s em duas
ou três tomadas.
ANSIOLÍTICOS, A NT1 DEPRESSIVOS E ANT1PS1CÓTICOS
1.0 A N S IO LÍT IC O S
D e r iv a d o P r o p a n o d ió l ic o
O meprobamato está indicado nas alterações d o caráter das pessoas idosas com o pode
acontecer em fases iniciais da demência senil quando esse quadro apresenta-se juntamente com
hiperestesia e hiperemotividade.
E s p e c ia l id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Equanil
Apresentação;
Caixa co m 24 co m p rim id o s d e 4 0 0 mg.
Posologia: 40 0 a 800 m s p o r dia d iv id id o s em duas a q u a tro tomadas.
D e r iv a d o s B e n z o d ia z e p ín ic o s
C l O R D IA Z E P Ó X i d o
E s p e c ia l id ad es Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
D ia z e p a m
Dienpax e Valium
Apresentação:
V e r nos capítulos anteriores
Posologia: A p o so lo g ia varia co n fo rm e o caso, p o d e n d o ir d e 2 a 10 mg, recom endan
d o -s e com eçar co m doses m enores e o b te r p o r tate am e nto o d o se ótirna.
\9 S
L o r a z e p a m
B e n z o d ia z e p ín ic o s E u íp n ic o s
N it r a z e p a m
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
Tr ia z o l a m
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
l.l A N TID E P R E S S IV O S EM P S IQ U IA TR IA G E R IÁ T R IC A
Com um ente em gero n to p siq u ia tria fazem os uso em nossa clínica d o s antidepressivos
tricíclico s. Os antid epressivo s tê m indicação em dive rso s quadros d e p re ssivo s presentes na
nosologia psiquiátrica das pessoas idosas.
Í99
t p re c is o ressaltar, no entanto, que em m uitos casos o uso desses férm acos na velhice
(c o m o na m elancolia d e involução, psicose m aníaco-depressiva e o u tro s) p o d e acarretar inver-
sOes d o hum or ou p o d e tra z e r p e rtu rb a çõ e s confuso -on íricas, m o tiv o p o r que deve m ser usados
com re d o b ra d a atenção d o psiquiatra.
Im ip r a m in a
Tofranil
A presentação:
- Tofranil 10 — Caixas com 20 drãseas d e 10 mg
- Tofranil 25 — Caixas com 20, 50 e 2 0 0 drãgeas d e 25 mg
Posologia: A p o so lo g ia p o d e ser iniciada com 25 a 30 mg "p e r os” em duas a três tomadas
até as 17 horas e a d o se ótim a d e ve ser o b tid a p o r ta te a m e n to e d e maneira
gradual, p o d e n d o chegar até os 125 mg diários.
C l o r im if r a m in a
Anafranil
Apresentação:
- Anafranil 10: Caixas com 2 0 drágeas d e 10 mg
- A nafranil 25: Caixas com 2 0 drágeas d e 25 mg
Posolosia: A p o so lo g ia m édia seria d e 25 mg no p rim e iro dia, 50 mg no segundo dia e
75 mg d o te rc e iro ao d é c im o dia, m antendo-se essa d o se ou, em casos mais
graves, a d o se p o d e n d o atingir até 125 mg diários.
A m it r ip t il in a
Tryptanol
A presentação:
V id ro s com 25 co m p rim id o s d e 10 a 25 mg.
Posologia: Devem os iniciar com d o se pequena c o m o a d e 10 mg e p o r tate am e nto
o b te rm o s a d o se ótim a para cada pa cie n te que p o d e chegar a 75 mg. A
m edicação d e ve ser repartida em trê s tom adas, sendo d e p re fe rê n cia a m aior
dada à n o ite para ap ro ve ita r os e fe ito s seda tivos da droga que norm alm ente
facilitam a indução d o sono.
700
1.2 ANT1PS1CÓT1COS EM P S IQ U IA T R IA G E R IÁ T R IC A
D e r iv a d o s Fe n o t ia z ín ic o s
C l o r p r o m a z in a
A clorprom azina é e fe tiv a em gero n to p siq u ia tria nos proce sso s p s ic ó tic o s com a titu
des paranóicas d e reivindicação, ciúme ou perseguição. Também aqui é e xc e le n te a lu cin o lítico e
d e lirio lític o . Todavia, é p re c is o te r vigilância sobre os e fe ito s extrapiram idais e cardiovasculares,
mais freq üentes no velho.
E s p e c ia l id a d e s Fa rm a c ê l it ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
A m p lic til
A p re se n ta çã o :
- Frasco co m 2 0 co m p rim id o s d e 25 mg
- Frasco co m 20 co m p rim id o s d e 100 mg
- Frasco co m 20 ml d e solução a 4% (cada g o ta 1 mg)
Posologia: Pode ser iniciada co m 25 mg e aumentada paulatinam ente até que se chegue
à d o se ótim a, p o d e n d o a p o so lo g ia chegar até os 150 mg diários.
Pro p e r ic ia z in a
N euleptil
A p r e s e n ta ç ão:
- Frasco co m 2 0 co m p rim id o s d e 10 mg
- Frasco co m 2 0 ml d e solução a \% (cada g o to 1 mg)
Pos o lo gia: iniciar com 2 mg p o r dia e p o r tate am e nto chegar à d o s e ideal, p o d e n d o
chegar a 5 ou 10 mg diários. Nos casos d e insônia p o d e -s e d a r a d o se m aior á
n o ite , d iv id in d o a p o so lo g ia em três tom adas diárias.
L e v o m e p r o m a z in a
N eozine
A p resentação:
- Frasco com 2 0 co m p rim id o s a 5 mg.
- Frasco co m 2 0 e 2 0 0 co m p rim id o s a 25 mg.
- Frasco d e 2 0 ml co m solução a 4% (cada gota 1 mg)
Posologia: Em m édia, nos casos d e insônia, dar 5 mg à n o ite antes d e deitar, p o d e n d o -s e
precisar d e dose s mais altas, o que será fe ito p o r tateam ento.
D e r iv a d o B u t ir o f e n ô n ic o
H a l o p e r id o l
O h a lo p e rid o l é e fic ie n te na velhice c o m o alu cin o lítico e d e lirio lític o , sendo útil nos
proce sso s p s ic ó tic o s reve stid o s d e a titudes paranóicas d e reivindicação, ciúm e ou persesuição.
A d ro sa é um p o te n te a n ti-p s ic ó tic o . Pode ser usado com ê x ito nas form as maníacas das diversas
nosolosias geriátricas o n d e essa síndrom e se apresenta. O férm aco é tam bém d e boa escolha nos
e stados confusionais, nos estados delirantes d e início tardio.
E s p e c ia l id a d e s Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
H aldol
Apresentação:
- Embalagens com 20 co m p rim id o s d e 1 e d e 5 mg
- Frasco co n ta -g o ta s com 2 mg p o r ml (2 0 gotas)
Posologia: N orm alm ente são necessários d e 3 a 6 mg diários, d e v e n d o com e ça r-se com
dose s pequenas pela manhã e aum entar a d o se gradativam ente até o e fe ito
ótim o. Pode ser re p a rtid o em duas tom adas, sendo uma pela manhã e outra à
tarde.
R lS P E R ID O N A
A risperid ona é o u tro m edicam ento e fic a z no co m b a te à dem ência, notadam ente na
dem ência d e A lzheim er, dem ência fro n to te m p o ra l, bem c o m o em outras form as d e doenças
degenerativas, c o m o a dem ência vascular, a dem ência p o r corp ú scu lo s d e inclusão d e Levy, as
dem ências su b co rtica is e m esm o as dem ências d e c o rre n te s da esquizofrenia residual (q u e faz o
qua dro mental d o p s ic ó tic o m igrar da esquerda para a d ire ita da M em ória d o s Freitas).
A risperidona está indicada nos sintomas produtivos da demência, tais como delírios,
alucinações, agressividade exagerada, inquietação, desinibição, inadequação social e sexual e insônia.
E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s , A presen taç õ es e P o s o l o g ia
Risperdal
A p re s e n ta rã o :
- Embalagem com 2 0 co m p rim id o s d e 1 mg
- Embalagem com 20 co m p rim id o s d e 2 mg
- Embalagem com 2 0 co m p rim id o s d e 3 mg
P osologia: Dar d e 0,5 a 2 mg ao dia, d iv id id o s em d o is p e río d o s d e 12 horas
EfeitosjioMeraiS: Pode ocorrer sedação e hipotensão postural
D escrição: A risp e rid o n a é um n o v o a n tip s ic ó tic o que p e rte n c e aos d e riva d o s d o
benzisoxa zol
Estrutura química: 3 -(2 -4 -[6 -flu o ro -1 , 2 -b e n z is o x a z o l-3 il-1 -p ip e rid in il]e til)-6 , 7, 8, 9 -
te tra id ro -2 -m e til-4 H -p irid o l [1, 2-a] p irim id in -4 -o n a
C O D E R G O C R IN A
A o fechar o ca p ítu lo sobre p sico farm acologia da velhice, não p o sso d e ixa r d e reveren
ciar a CODERGOCRINA, que faz vin te e trê s anos é minha aliada na clínica d e idosos. (E tam bém nas
pessoas jovens que sofre m d e enxaqueca.)
A droga, realm ente, retarda o d eclín io m ental, previn e enxaqueca (quand o associada a
75 m g /d ia d e cinarazina), m elhora a sociabilidade, iniciativa, m em ória e conce ntraçã o, aplaca
vertigens e zum bido. Não há e fe ito adverso d ig n o d e nota.
Teoricam ente, a droga reativa o m eta bolism o d o c é re b ro , in te rfe re nas sinapses — o
que fo rta le c e o e q u ilíb rio d e neurotransm issores e m elhora a circulação cerebral.
202
E s p e c ia l id ad es Farm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
H ydersine
N im o d ip in a
É droga nova, indicada na p ro fila xia e tra ta m e n to d e deficiê n cia s isquêm icas neu ro ló g i
cas, resultantes d e espasm o vascular pós-hem orragias subaracnóideas.
É b o m p ro filá tic o da cefaléia d e origem vascular.
Também está indicada, esta droga, para tra ta m e n to das alterações orgânicas cerebrais
que d e c o rre m d o envelhecer: alteração d e m em ória, ou da co n ce ntraçã o, ou d o c o m p o rta m e n to ,
labilidade em ocional e /o u redução da capacidade intelectual.
Não está indicada qua ndo há edem a ce re b ra l g e n e ra liza d o e /o u pressão ce re b ra l
aumentada.
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
O xigen
A preseníação:
Embalagem com 30 co m p rim id o s d e 30 mg
O xigen injetável
Apreseotação:
Frasco am pola com 50 ml
O xigen Solução Oral
Apresentação:
Frasco com 25 ml e co n ta -g o ta s graduado
Posologia: De início 9 0 m g/dia, em 3 doses. A dosagem p o d e ser aumentada até 360 m g/dia.
O co n ta -g o ta s está graduado da seguinte form a: 0,75 ml = 10 mg.
Na solução injetável recom enda-se infusão venosa gota a gota: 1 mg (5 ml d e
O xigen) p o r hora, nas prim eiras 2 horas e, a seguir, 2 m g /h ora .
D oença de A l z h e im e r
I n d ic a ç õ e s
204
URGÊNCIAS
PSIQUIÁTRICAS
20^
:: -v, 3,".‘,' '• - ’
URGÊNCIAS
PSIQUIÁTRICAS
In t r o d u ç ã o
N este ca p ítu lo vam os cuidar d a q uilo que interessa ao psiquiatra e ao clín ico so corrista
so b o ânsulo da Psiquiatria d e Ursência.
Numa prim eira p a rte vam os d iscu tir as principais drosas d e interesse aos vários quadros
psiq u iá trico s d e ursência e suas aplicações e, crem os, estarem os falando so b re aqu ilo que tem
im portância: aqui não interessa um e stu d o a lternativo d e uma parafernália p sico fa rm a co ló g ica que
possa ser mais m o tiv o para confusão que para tratar co m rapid ez e eficiência as diversas síndromes
psiquiátricas d e emergência. É p re fe rív e l que o psiquiatra e o clínico so co rrista tenham em m ente
um núm ero lim ita d o e s u fic ie n te d e fárm acos, q u e lhes p e rm ita m m anipular co m a máxima
sim plicidade os d o e n te s p siq u iá trico s que precisam d e p ro n to so corro.
Numa segunda p a rte vamos tra ta r das principais in toxicações agudas p o r psicofárm acos,
sua clínica e seu tratam ento, o nd e tem os a intenção d e serm os sucintos e o b je tiv o s , d iz e n d o
a quilo que realm ente é essencial e tem im portância.
A n s i o l í t i c o s , B A R B IT Ú R IC O S e A N T IC O N V U L S IV A N T E S
D ia z l p a m
1. Dienpax injetável
Apresentação:
Em am polas co m 2 ml c o n te n d o 10 mg d e diazepam
2. Valium injetável
A p re s enta çã o :
Caixas com 5 am polas (2 m l) c o n te n d o 10 mg d e diazepam
Po so lo gia- C om o vim os, varia c o n fo rm e o caso e sobre a p o so lo g ia , em cada caso, já
disco rre m o s no te x to .
B rom azepam
Este fárm aco tem indicações semelhantes às d o diazepam , to d avia é um fárm aco mais
p o te n te e tem p ro p rie d a d e s anticonvulsivantes superiores âs d o diazepam , sendo b o a sua indica
ção nos e stados d e mal e p ilé tic o .
Em altas dose s p ro d u z sedação e fo rte relaxam ento muscular, sendo seus e fe ito s seda
tiv o s superiores aos d o diazepam .
Alguns autores atribuem também a essa droga efeitos antidepressivos, mas isso aconte
c e n d o no uso d iá rio e não c o m o m edicação d e em ergência.
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
1. Deptran
Apresentação.-
Caixas com 5 e 50 am polas d e 10 mg
2. Lexotan
A p re sentação:
Caixas com 5 e 50 am polas d e 5 mg e d e 10 mg
Posologia: Nos estados ansiosos:■em média, 5 mg via endovenosa
Nos estados de mai epiléptico-. 5 a 15 mg via endovenosa
C lo n a zepa m
E s p e c ia l id ad es Farm a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
R ivotril
A presentação:
Caixas com 5 e 25 am polas com 1 mg p o r ml d e solução
Posologia: N o esta d o d e mal e p ilé tic o aplicar 1 a 2 am polas via endovenosa
F e n o b a r b it a l
E s p e c ia l id ad es Fa rm a c ê u t ic a s , A p r e s e n taçõ es e P o s o l o g ia
Gardenal injetável
Apresentação:
Caixa d e 5 e d e 100 am polas com 1 ml e 2 0 0 ms d e fenobarbital.
Roaologia.- A p o s o lo s ia já fo i d iscutida no te x to . Há casos d e e sta d o d e mal e p ilé tic o
o nd e a d o se p o d e rá chesar aos 3 0 0 e até 4 0 0 mg para se o b te r o ê x ito d e
em ersência desejado, mas isso é incomum.
A n t ip s ic ó t ic o s
C l o r p r o m a z in a
7
E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s , A p r e s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia
A m p lic til
Apresentação:
Caixas d e 5 e 25 am polas c o n te n d o 25 ms d e clorprom azina
Bosolosia: A p o s o lo s ia varia entre 50 e 2 0 0 m s, d e p e n d e n d o da sravidade d e cada
situação e d o esta d o físico d o paciente. A via d e eleiçã o é a intramuscular,
p o d e n d o e n tre ta n to ser usada a via endovenosa co m cautela nos casos mais
Sraves e ursentes.
H a l o p e r id o l
Haldol
A p resen tação :
Caixas com 25 am polas d e 1 cc c o n te n d o 5 mg d e h a lo p e rid o l
Posolosia: A via d e adm inistração p re fe ríve l d o ha lo p e rid o l é a endovenosa e a p oso log ia
é a d e 5 mg a 10 mg, neste últim o caso p o d e n d o ser associado à prom etazina
(Fenergan), que além d e m elhorar a sedação im pede os e fe ito s extrapiram idais.
S u L P IR ID E
O sulpiride é uma droga e fica z no tratam ento d e em ergência da p sicose alco ó lica aguda,
te n d o uma ação destacada na form a confusional d o tip o e s tu p o ro s o -a p á tic o .
Q uando essa droga é associada ao diazepam , apresenta um im p o rta n te e fe ito p re v e n ti
vo rid síndrom e d e abstinência alcoólica.
E s p e c ia l id ad es Fa r m a c ê u t ic a s , A presen ta çõ es e P o s o l o g ia
1. Dogmalid injetável
A presentação:
Caixa co m 5 am polas d e 2 ml c o n te n d o 100 mg d e sulpiride
2. D ogm atil injetável
Apresentação.-
Caixa com 5 am polas d e 2 ml c o n te n d o 100 mg d e sulpiride
Posologia: A p o so lo g ia d e em ergência oscila entre 2 0 0 a 1000 mg d e sulpiride, d e
co n fo rm id a d e com a sravidade d o caso e co m o e sta d o físico d o paciente
e p o d e m ser em presadas ta n to a via intram uscular c o m o a via endovenosa..
F l u n it r a z e p a m ( in ie t á v e l )
2.10
Também o flunitrazepam injetável tem valor c o m o m edicação pré-anestésica, na indução
e m anutenção da anestesia. Pode ser co m b in a d o a anestésicos, analgésicos, n e u ro lé p tic o s e
m iorrelaxantes, te n d o -s e o d u p lo cu id a d o d e p reparar a m istura im ediatam ente antes da aplica
ção e examinar o solução com vistas à sua transparência.
E s p e c i a l i d a d e s F a r m a c ê u t ic a s , A presen ta ç õ es e P o s o l o g ia
Rohypnol injetável
A p resen tação :
Embalagens com 5 e 25 am polas d e 1 ml d e solução com 2 mg d e substância ativa
acom panhadas d e água bidestilada, c o m o diluente.
Posologia:
Como Sedativo: 2 a 4 mg via endovenosa, lentam ente.
Em Anestesia:
a) C om o p ré -m e d ica çã o (3 0 a 6 0 m inutos antes da intervenção): 1 a 2 mg
via intramuscular.
b ) C om o in d u to r da anestesia: 2 mg via endovenosa, lentam ente.
c ) C o m o m a n u te n çã o ane stésica: p e q u e n a s d o s e s , calcu la d a s p o r
tateam ento.
Também em crianças a substância pode ser usada na pré-medicação e indução da anestesia.
Estas, em relação ao peso corporal, toleram doses mais altas que o adulto: 0,015 a 0,03
mg por quilo de peso corporal, via intramuscular ou lentamente por via endovenosa.
IN T O X IC A Ç Õ E S A G U D A S O U
E N V E N E N A M E N T O S POR PS1COTRÓP1COS
E n ven en a m en to B a r b it ú r ic o
A specto s C l ín ic o s
Tratam en to
I n t o x ic a ç ã o A gud a po r M et a q u a lo n a
I n t o x ic a ç ã o A g ud a po r T r ic íc l ic o s
In t o x ic a ç ã o A g u d a p e lo Lírio
Os casos d e in toxicação aguda p e lo s sais d e lítio, cuja clínica já expusem os no capítulo
c o rre s p o n d e n te d e s te livro, seguem no básico as m edidas gerais d e sustentação já d escritas para
os b a rb itu ra to s e mais as seguintes peculiaridades.
A im ediata retirada da droga está fo ra d e questão. Um núm ero considerável d e tra ta
m entos e s p e c ífic o s tem sid o d e scrito .
O tra ta m e n to d e escolha é o d e COATS, TRAUTNER e GERSHON. Eles recom endam a
reposição d e só d io , p o tá ssio e água, para restaurar o balanço d e água e íons plasm áticos, bem
com o o pH e co rrig ir a p ressão arterial, a resp iração e a e x cre çSo renal.
Em um pa cie n te inconsciente ou em caso d e d ific u ld a d e d e absorção, aplicam -se, via
parenteral venosa, três a seis litros d e soro fis io ló g ic o p o r vinte e qua tro horas, cada litro c o n te n d o
20 a 4 0 mg d e c lo re to d e potássio. São adicio nados 2 0 0 gramas d e glicose p o r dia, para suprir as
calorias e e vita r a ce tose. Essas m edidas pro m o ve m o tra n sp o rte intracelular d e potássio. Insulina
solúvel a 40 unidades p o d e ser acrescentada se necessário, para a u tilizaçã o da glicose.
~>i ->
Q uando não está mais indicada a infusão endovenosa, é recom endável a adm inistração
"p e r os" d e1,0 srama diária d e c lo re to d e p o tá ssio e um consum o aum entado d e líquidos e sucos
d e frutas.
Q uando o nível sé rico d e lítio e x c e d e 4 ,0 m E q /l, o p ro s n ó s tic o é p o b re . A eficácia d o
tra tam ento d e c re s c e m arcadam ente em altas co n ce n tra çõ e s plasm éticas d e lítio.
O envenenam ento p e lo lítio assim co m o o envenenam ento b a rb itú ric o devem ser tratados
sintom aticam ente; não há p ro p ria m e n te para tais casos um a n tíd o to e sp e cífico .
I n t o x ic a ç ã o A gud a c o m a R iv a s t ig m in a
Nos casos de superdosagem assintom ática, nenhuma dose d e Rivastigmina deve ser
adm inistrada pelas próxim as 24 horas. Nos casos d e superdosagem acom panhada p o r v ô m ito e
náusea srave, o uso d e antie m éticos d e ve ser considerado . Tratam ento sin to m á tico para outros
e ven tos adversos d e v e ser realizado se necessário. Em casos d e superdosagem grave, a atropina
p o d e ser utilizada. R ecom enda-se uma d o se inicial IV d e 0 ,0 3 m g /k g d e su lfato d e atropina, com
doses subseqüentes baseadas na resposta clínica. Não é recom enda do o uso da escopolam ina
c o m o a n tíd o to .
I n t o x ic a ç a o A gud a c o m a B l ip r o p io n a (s u p e r d o s a g e m )
Desde sua in troduçã o foram relatadas superdosagens d e até 17.500 mg co m a fórm ula
d e liberação im ediata da bup rop iona . A convulsão fo i relatada em aproxim adam ente 1/3 d o s
casos. O utras reações graves foram relatadas na superdosagem : alucinações, p e rda da consciência,
taquicardia sinusal, fe b re , rig id e z muscular, rabdom iólise, hipotensão, estupor, com a e insuficiência
re sp ira tó ria . Nos casos d e ó b ito fo ra m re la ta d o s, p re c e d e n te m e n te , co n vu lsõ e s m últiplas
incontroláveis, bradicardia, insuficiência e parada cardíaca.
S ubpeilando-se d e superdosagem d e ve -se hospitalizar o paciente. Se o pa cie n te estiver
co n sciente d e v e -s e induzir o v ó m ito co m xarope d e ipeca. O carvão a tiva d o tam bém p o d e ser
adm inistrado a cada 6 horas, durante as prim eiras 12 horas após a ingestão. Os valores basais
la b o ra to ria is d e v e m ser o b tid o s . O m o n ito ra m e n to co m o e le tro e n c e fa lo s ra m a (E E G ) e o
e letrocardiogram a (E C G ) tam bém são recom endáveis nas 48 horas seguintes. A ingestão adequada
d e líquidos d e v e ser providenciada.
Se o p a c ie n te está e stu p o ro s o , co m a to so ou s o fre n d o co nvu lsõe s é necessária a
intubação das vias respiratórias antes d e que se prom ova a lim peza gástrica. A lavagem estom acal
d e ve ser tentada nas prim eiras 12 horas após a ingestão. A diurese, a diálise ou a hem ope rfusão
são, algumas vezes, usadas para tratar a superdosagem . A s convulsões de ve m ser tratadas com
b e n zo d ia ze p ín ico s via endovenosa, além das m edidas d e a p o io apropriadas.
APÊNDICES
2 /5
A p ê n d ic e 1
S liS t e E g '
TRANQ ÜILIZANTES
DA FLORA BRAS1L1ENS1S
In tr o dução
P retende-se d em onstrar através d e s te trab alho a riqueza ainda p o u c o conh ecid a e mal
explorada da Flora brasi/iensis. Interessados p e lo e fe ito tranqüilizante, correlacionam os 48 espécies,
âs quais são atribuídas tal atividade , muitas vezes co m o u tro s e fe ito s associados.
Além de salientar a importância de estimular a indústria nacional a utilizar matéria-prima
própria contida em nossas reservas naturais, mostramos o lamentável vazio deixado neste campo
pelos nossos pesquisadores.
É sabido, por exemplo, que os alcalóides e as glicósides vêm sendo associados a efeitos
tranqüilizantes. Além disso, praticamente todas as espécies que serão referidas possuem ação
importante em vários setores do organismo.
Tanto p o r ação central quanto periférica, ou ainda p o r ação direta em vários sistemas da
economia, as várias espécies parecem proporcionar e feitos sedativos maiores ou menores. Dentro das
várias espécies referidas, a folha d o maracujá m ostrou-se d e bom e fe ito sedativo e desprovida de
e feitos indecejados, o que pod eria nos auxiliar na lida com as faixas etárias extremas. É, pois, grande e
inexplicável a lacuna ainda existente no estudo e utilização das potencialidades d e nossa flora.
U so Ter a p ê u t ic o , D is c l is s ã o
O uso d e drogas sedativas tem sid o abundantem ente e fe tu a d o nos últim os tem p os,
ta n to p e lo clínico c o m o p e lo psiquiatra. Com a chegada d o s num erosos tip o s d e substâncias com
a tividade sedativa, em p a rticular os pre p a ra d o s b e n zo d ia ze p ín ico s, o consum o tem cheg ado a
níveis im p o rta n te s . É in te re ssa n te o b s e rv a r que tal fa to te m tid o c o m o ca m p o d e ação,
p re fe re n te m e n te , os grande s c e n tro s urb a n o s, o n d e os avanços te c n o ló g ic o s tê m s id o
p re fere ncia lm ente aplicados. N o in te rio r d o país, nas diversas regiões geográficas, as práticas
menos sofisticadas d e a te ndim e nto te ra p ê u tic o continuam sendo em pregadas, d e s p e rta n d o em
nós imensa curiosidade sobre o "em pirism o” e o "cientificism o” d e tais práticas. Entre elas o em prego
d e plantas da Flora brasi/iensis com as mais diversas finalidades vem m antendo-se inserido a um
regionalism o. É assim que plantas locais são geralm ente conhecidas p e lo s nativos que lhes a trib u
em p ro p rie d a d e s e contra -in d ica çõ e s. N este trabalho observam os 48 espécies vegetais, as quais
se atribuem e fe ito s tranqüilizantes.
Vem os que entre as diversas estruturas d o vegetal, o caule, a raiz, a folha, a flo r e a seiva
são ap o n ta d o s co m e fe ito s peculiares. Associadas ao e fe ito sedativo, outras p ro p rie d a d e s te ra
pêuticas são tam bém atribuídas a tais espécies.
O increm ento d e indústrias nacionais, d e p e n d e n te apenas d e matéria-prima por nós
p ro d u zid a , nos o fe re c e uma vantagem ce rta m e n te estim ulante.
E cu rio so o b se rva r o enorm e va zio que se d e ixo u neste cam po. A pesquisa da nossa
flora fo i basicam ente em purrada para um sentido de "em pirism o”, “curandeirism o” e "não- cre ditáve l”,
em bora não tenha sid o bem explorada, É bem verd ad e que o c o m p o n e n te p s ic o g ê n ic o d e alguns
rituais das "curandeiras" contenha to d a uma po ssib ilid a d e à p a rte da ação da p ró p ria substância. A
vo lta d o c o n ta to d o hom em co m a natureza, geradora d e c o n flito s e p o ssib ilita d o ra d e respostas
seria p o r si um fa to r tam bém im portante.
7/T
D e s e n v o l v im e n t o
11A
C e m i c If l ig a :
U tiliza-se o rizom a e a raiz. É sed a tivo e antiespasm ódico. Ind icado na coréia.
C ra teo o :
A p a rte usada é a flor. É a trib u íd o a ela e fe ito sedativo, mas sua ação em ou tro s sistemas
d o organism o p o d e ria p ro p o rc io n a r b e m -e sta r ligado ao e fe ito m encionado.
D o r m id e ir a :
O fru to é a p a rte utilizada. É seda tivo e n a rc ó tic o leve. Possui alcalóides em fraca
p ro p o rç ã o enco n tra d o s no Ó p io . Contém : 0,14% d e alcalóides, 0,03% d e m orfina e
0 ,0 4 % d e narcotina. O seu p re p a ro d e ve respeitar alguns cuidados.
D u lc a m a r a :
O caule é utilizad o. É um n a rc ó tic o fra co , te n d o outras ações terapêutica s, p rin cip a l
m ente derm ato lóg ica.
E rva M a c a é:
A folha e a sum idade flo rid a são as p artes usadas. É d e s c rito tam bém nesta planta o
e fe ito seda tivo, assim c o m o uma ação "regularizadora” em vários órgãos.
E spa rg o :
P reconizado c o m o se da tivo d o cora çã o (Brousseis). O rizom a é a p a rte usada Tem
c o n tra -in d ica çõ e s em doenças d o aparelho geniturinário e no reumatismo.
E s p in h e ir o :
U tiliza-se a sumidade. Seus con stitu in te s quím icos são mal conhecidos. A trib u e m -lh e
e fe ito seda tivo, entre outros.
G e l s ê m io :
U tilizad os o rizom a e a raiz. Tem ação im p o rta n te no Sistema N e rvo so Central. Vem os
em sua c o m p o siçã o química: á c id o gelsêm ico (á cid o c ris a tró p ic o ou e sco p o le tin a , que
é 7 h id ro xi-6 -m e to xi-cu m a rin a ), alcalóides, resina, essência. A trib u i b o a ação sedativa,
in dica do nas nevralgias, especialm ente as d o trigêm eo. Deve ser usado cautelosam ente,
p o is entre a d o s e te ra p ê u tica e a tó x ic a a margem é pequena.
H a m a m é l id e :
A p a rte usada é a folha. É sedativa e possui ação vascular im portante.
H elébo ro branco :
A p a rte útil é o rizom a. Em pregado co m os m esmos fins que o H e lé b o ro verde. Pouco
em pregado internam ente p e lo s e fe ito s purgativos e e m ético.
H tL É B O R O verd e:
U tiliza-se o rizom a e a raiz. S edativo que parece possuir ação sim pa ticolítica com plexa.
É vago m im é tico e possui ação p e rifé ric a direta.
Ju c á :
Seus con stitu in te s quím icos são mal conhecidos. Sabe-se que possui algum e fe ito seda
tiv o d e n tre o u tro s associados. U tiliza-se a casca e as sementes.
L a c t u á r io :
Sedativo e levem ente h ip n ó tico . Seus e fe ito s se parecem co m o d o ó p io , sendo menos
t ó x ic o , p o is não p ro v o c a ria m e fe ito s c o n g e s tiv o s c e re b ra is ou p e rtu rb a ç õ e s
vasom otoras. Alguns afirmam que seria inativa. C onstitu ído p o r Lactucerina (m etade da
droga). D iz-se que seria uma mistura d e ésteres m o n o a ce tílico e d ia c e tílic o d e alfa e
b e ta — la ctucero l Lactucina, á cid o la ctú cico e la ctu co p io rin a e outros.
L a r a n je ir a a m a r g a :
U tiliza-se a casca, a flo r e a folha. A flo r parece te r m aior quantidade d e com p o n e n te s
d e ativid a d e tranqüilizante e tam bém a folha. A casca teria p ro p rie d a d e s no tu b o d iges
tivo.
L e p t o l ó b io :
A casca da raiz é utilizada. Seus con stitu in te s quím icos são mal conhecidos. A trib u e m -
lhe e fe ito sedativo, a n tie p ilé p tic o e indicado nas enxaquecas.
?1Q
L im o e ir o b r a v o :
A única parte usada é a folha. Seu efeito é sedativo entre outros que lhe são atribuídos.
L úpu lo :
O e fe ito sed a tivo e h ip n ó tic o tem sid o re co n h e cid o p o r vários autores. Estes estariam
ligados ao lupulino. É in dica do para insônia e várias "a fe cçõ e s nervosas”. A p a rte usada é
a inflorescência feminina (lupulino).
M a c is :
É atribuída à sua essência p ro p rie d a d e narcótica e algum valor sedativo.
M a m o e ir o :
A p a rte usada é a flo r masculina. É a trib u íd o algum e fe ito sedativo. Sua ação em vias
respiratórias p o d e ria p ro p o rc io n a r "be m -estar" pela ação regularizadora.
M a r a c u já :
A folha é a estrutura utilizada. C o m p o sto d e passiflorina (0 ,0 4 8 % nas folhas). C onsidera
d o b o m sed a tivo e h ip n ó tic o . P roporciona sono natural, sem haver e fe ito s depressores,
bo a indicação nas insônias. Não in te rfe re na lu cide z a té o m om e nto d e adorm ecer. Tem
a vantagem d e não haver co n tra -in d ica çõ e s, o que p e rm ite seu uso em faixas etárias
extrem as.
M e im e n d r o :
A p a rte utilizada é a folha. Parece te r b o m e fe ito sedativo. Tem as mesmas indicações
que a Beladona, p o ré m m elhor e fe ito tranqüilizante d e v id o ao m aior te o r d e hioscina.
Seus co n stitu in te s quím icos são: hiosciamina, hioscina (escopolam ina), tra ço s d e atropina
— H io scip licró sid a , hete ró sid a amarga (d e co n stitu içã o desco nhecida), o xa lato d e cál
c io , m atérias oleaginosas e n itra to d e potássio.
M ulung u:
U tiliza-se a casca. É b o m sed a tivo e h ip n ó tic o , d e ação suave, in dica do nas insônias.
C onstituintes quím icos im portantes: Eritrina ou E ritrocoraloidina (a lca ló id e ), M igurrina
(g lu có sid e análoga a saponina).
Ó p io :
É h ip n ó tic o e sedativo. C om bate a dor, e m pregado c o m o h ip n ó tic o na insônia, in fe c
ç õ e s tetânicas e para e vita r o a b o rto . Parece ser útil nos delírios. D e p ende ndo das
co n d iç õ e s d o seu uso (se tam bém em pequenas dose s), determ ina uma fase inicial de
e x cita çã o b reve, seguida d e ação calm ante e hipnótica. O sono é agitado, p ro fu n d o . Os
alcaló id e s d o ó p io isolados p o d e m p ro d u zir e fe ito s tó xico s.
P is c íd ia :
A casca da raiz é utilizada. É sed a tivo e h ip n ó tic o . Possuem duas glicósidas em sua cons
tituiçã o.
Q u it o c o :
O caule e a folha são as partes utilizadas. Os seus constituintes químicos são mal conhecidos.
S ím u l o :
A parte usada é o fruto. Os constituintes químicos são mal conhecidos. É indicado na
insônia, na "excitação nervosa" e na epilepsia.
S o lan um c a k o l in e n s e :
2 <~>
L im o e ir o bravo :
A única parte usada é a folha. Seu efeito é sedativo entre outros que lhe são atribuídos.
L úpulo :
O e fe ito se d a tivo e h ip n ó tic o tem sid o re co n h e cid o p o r vários autores. Estes estariam
ligados ao lupulino. É in dica do para insônia e várias "a fe cçõ e s nervosas”. A p a rte usada é
a inflorescência feminina (lupulino).
M a c is :
É atribuída à sua essência p ro p rie d a d e narcótica e algum valor sedativo.
M a m o e ir o :
A p a rte usada é a flo r masculina. É a trib u íd o algum e fe ito sedativo. Sua ação em vias
respiratórias p o d e ria p ro p o rc io n a r "bem -estar" pela ação regularizadora.
M a r a c u já :
A folha é a estrutura utilizada. C o m p o sto d e passiflorina (0 ,0 4 8 % nas folhas). C onsidera
d o b o m se d a tivo e h ip n ó tico . P roporciona sono natural, sem haver e fe ito s depressores,
b o a indicação nas insônias. Não in te rfe re na lu cide z até o m o m e nto d e adorm ecer. Tem
a vantagem d e não haver co n tra -in d ica çõ e s, o que p e rm ite seu uso em faixas etárias
extremas.
M e im e n d r o :
A p a rte utilizada é a folha. Parece te r b o m e fe ito sedativo. Tem as mesmas indicações
que a Beladona, p o ré m m elhor e fe ito tran qüiliza nte d e v id o ao m aior te o r d e hioscina.
Seus co n stitu in te s quím icos são: hiosciamina, hioscina (escopolam ina), tra ço s d e atropina
— H io scip licrósida, hete ró sid a amarga (d e co n stitu içã o d esco nhecida), oxalato d e cál
cio , m atérias oleaginosas e n itra to d e potássio.
M u lu n g u :
U tiliza-se a casca. É b o m sed a tivo e h ip n ó tic o , d e ação suave, in dica do nas insônias.
C onstituintes quím icos im portantes: Eritrina ou E ritrocoraloidina (a lca ló id e ), M igurrina
(g lu có sid e análoga a saponina).
Ó p io :
É h ip n ó tic o e sedativo. C om bate a d o r, e m pregado c o m o h ip n ó tic o na insônia, in fe c
ç õ e s tetânicas e para e vita r o a b o rto . Parece ser útil nos delírios. D e p ende ndo das
c o n d iç õ e s d o seu uso (se tam bém em pequenas doses), determ ina uma fase inicial d e
e xcita çã o b reve, seguida d e ação calm ante e hipnótica. O sono é agitado, p ro fu n d o . Os
alcalóides d o ó p io isolados p o d e m p ro d u z ir e fe ito s tó xico s.
P is c íd ia :
A casca da raiz é utilizada. É se d a tivo e h ip n ó tico . Possuem duas glicósidas em sua cons
tituiçã o.
Q u it o c o :
O caule e a folha são as partes utilizadas. Os seus constituintes químicos são mal conhecidos.
S ím u l o :
A p a rte usada é o fru to . Os con stitu in te s quím icos são mal conhecidos. É indicado na
insônia, na "excitação nervosa” e na epilepsia.
SO LAN UM C A R O L IN E N S E :
Utiliza-se o fruto. É sedativo, em pregado em convulsões infantis, na histeria e nas epilepsias.
Ta is n e ir in h a :
Toda a planta é utilizada. S e d a tiv o e analgésico. É c o n s titu íd o d e alcaló ides e uma
substância sem elhante à histamina, p o ré m duas vezes mais p o te n te .
T íl ia :
Usa-se a inflorescência. Parece te r b o m p o te n cia l se da tivo e antiespasm ódico.
T im b ó :
A raiz é a p a rte utilizada. Possui p ro p rie d a d e s sedativas, paralisantes e anestésicas. Em
dose s altas p o d e ser fatal.
Va l e r ia n a :
U tiliza-se o rizom a e a raiz. É seda tivo (tam bém antiespasm ódico). A trib u e m -lh e ação
depressiva sobre o SNC, inclusive ce n tro s m o to re s e psíquicos cerebrais e c e n tro m o to r
espinhal. É in dica do nas epilepsias. A çã o im p o rta n te é atribuída aos alcalóides e glicósida
(d e p ressores d o SNC) e alfam etilcetona (ação narcótica).
V lB U R N O :
A p a rte utilizada é a casca. Em pregado c o m o seda tivo, d e ação preventiva nas ameaças
d e a b o rto ou p a rto prem aturo. Sua ação sedativa parece ligada à substância glicosídica.
V is c l im a l b b iim :
A folha é em pregada. É sedativo, em pregado nas epilepsias, antie spasm ódico e pare
ce te r e fe ito s cardiovasculares im portantes. É tó x ic o em dose s altas.
A lg uns tr an sto r n o s im p o r t a n t e s
E S U A M E D IC A Ç Ã O
A A t e n ç ã o d e U r g ê n c ia
A c a t is ia
A acatisia p o d e ser d e fin id a c o m o uma inquietação física, in controlável, dela resultando
posturas c o rp o ra is m utáveis e inusitadas. É mais fre q ü e n te que se apresente em e sq u izo frê n ico s
que vêm sendo tra ta d o s com a n tip s ic ó tic o s e sua causa p ro vável é um d is tú rb io na transmissão
dopam inérgica c o rtic a l e nigroestriatal.
É im p o rta n te fa ze r o d ia g n ó s tico dife re n cia l com a agitação p s ic ó tic a p o rq u e o mesmo
a n tip s ic ó tic o que PROVOCA a acatisia SEDA a agitação p sicó tica . Diagnosticada a acatisia, d e v e -
se suspender — e quando não é possível, dim inuir — o a n tip sicó tico . P ode-se s o c o rre r o paciente
co m p ro p ra n o lo l (2 0 a 6 0 mg em 24h) ou diazepam (0 ,5 a 3 mg nas 24h), drogas que ajudam a
m itigar a acatisia.
A g o r a f o b ia
Esta é a nom eação que se dá a uma ansiedade brutal que o pa cie n te so fre , norm alm ente
a p re te x to d e estar em lugares p ú b lic o s ou em m eio a m ultidões. É a mais fre q ü e n te entre as
fobias. V e rda de que um ataque a g o ra fó b ic o p o d e a c o n te c e r com o indivíduo bem a co m o d a d o e
em ca sa — e aí o p r e t e x t o d o lugar p ú b lic o e tum ulto “e x te rio r" esvai-se.
A ta q u e s d e p â n ico p o d e m acom panhar-se à ago ra fo b ia e a depressã o subjaz em mais
da m eta de desses pacientes. Já está provada a ligação desse d is tú rb io com exagerada d e p le ç ã o
serotoninérgica.
Na ago ra fo b ia são e ficie n te s to d o s os antidepressivos, em do se s e te m p o similares aos
que se adm inistra para a depressã o (v id e ca p ítu lo so b re os antidepressivos).
A n o r e x ia N e r v o s a
Há uma constelação d e sintomas que embasam o d ia g n ó s tico d e anorexia nervosa, entre
eles a am enorrêia por, p e lo menos, três ciclo s; a recusa d o pa cie n te a m anter o p e so c o rp o ra l em
nível aceitável para idade e altura,- um m e d o exag era do d e eng ord ar e, m esmo, d istú rb io s da
p e rc e p ç ã o corpórea-, o pa cie n te insiste em ve r gordura o n d e esta não está.
Inicia-se, com um ente, no final da adolescência e o paciente apresenta fanatismo d ie té tic o ,
achando-se "g o rd o ”. Tais pacientes p o d e m vir a recusar a ingesta d e c a rb o id ra to s, a u to -in d u zir
vó m ito s, abusar d e laxantes, p ra tica r ginástica em excesso. Pode instalar-se um q u a d ro acessório
d e depressã o maior.
A anorexia nervosa o c o rre em mais d e 2% das mulheres adolescentes.
O tra ta m e n to é sin to m á tico e a p sico te ra p ia d e ve ser tentada. Nos casos extre m os
p o d e -s e precisar d e alim entação parenteral. Os antidepressivos tricíclico s (Imipramina, am itriptilina,
clom ipram ina — vid e o capítulo co rre sp o n d e n te ) têm m o strado mais eficácia d o que os d e segunda
geração e seu prin cip a l pap el, na anorexia nervosa, é p ro v e r uma terapia d e manutenção.
A u t is m o
O autism o cara cte riza -se p o r um excessivo afastam ento, p e lo p a ciente, d o m undo que
o cerca — das pessoas, da sociedade. O paciente fica, aparentem ente, não responsivo ás em oções
com uns, tom a a titudes aparentem ente m uito egoístas e so fre d ificu ld a d e s e anorm alidades na
linguagem, com unicação, interação social, imaginação e co m p o rta m e n to .
O s achados clínicos são o isolam ento e alheam ento que o pa cie n te se encontra com
relação às dem ais pessoas, um vocab ulá rio p o b re , d istú rb io s no dese n vo lvim e n to da linsuasem,
d ese jos intensos p o r o b je to s e idéias sem im portância aparente, fa ze n d o o p a cie n te re p e titiv o ; e
mais co m p o rta m e n to b iza rro , com m aneirismos; nota -se um re p e rtó rio d e atividades e interesse
m uito re s trito , rituais similares aos obsessivos e c o m p o rta m e n to co m p u lsivo .
Em geral, a d oe nça é e v id e n te a p a rtir d o s 3 anos d e idade e sua incidência é estim ada
entre 4 a 2 0 pessoas p o r cada 10.000 na p o p u la ç ã o g e r a l. Em 25% d o s casos o c o rre m surtos
p s ic ó tic o s na adolescência e 75% d o s pacientes têm b a ixo Q l. Cerca d e 60% desses pacientes
necessitam d e longos anos d e cuidado s m édicos e familiares.
O s psico fá rm a co s são úteis nos sintomas mais severos d e d is tú rb io com porta m e nta l. O
c o m p o rta m e n to d e auto-asressão (au to -fla g e ia çã o , pequenas m utilações) é fre q ü e n te e p o d e
ser m itiga do co m o uso d e a n tip s ic ó tic o s (v id e ca p ítu lo sobre N e u ro lé p tico s). É recom endável,
no entanto, que sejam m edicados em baixas dose s d e n e u ro lé p tico s (1 a 2 mg d e h a lo p e rid o l ao
dia) já que os autistas são dem asiadam ente sensíveis aos n e u roléptico s.
A clom ipram ina (A nafranil), na d o se d e 50 a 100 mg ao dia, ajuda a re d u zir sintomas
autistas, reduz a ideação obsessiva e o co m p o rta m e n to com pulsivo. Com eficácia similar à fluoxetina
(Prozac, D aforin, D eprax e tc .) na d o s e d e 20 mg p o r dia, para o m esm o e fe ito da clom ipram ina.
B u l im ia N e r v o s a
O qua dro clín ico d e Bulimia N ervosa e xib e crises d o a p e tite , que se torn a insaciável,
com uma ingesta d e alim entos em quantidade fo ra d e c o n tro le . O d ia g n ó s tico é fe ito quando já se
registra, na história d o paciente, p e lo menos 3 e p isó d io s d e ingesta insaciável que tenham abrangido
3 meses conse cutivos, pela doença. São com uns vô m ito s auto -in d u zid o s, abuso d e laxantes, dietas
exageradas e irracionalm ente concebidas.
É recomendável a psicoterapia, concomitantemente com a administração, por aproxi
madamente 6 meses, de antidepressivos tricíclicos (imipramina, clomipramina) nas doses de 100 a
200 mg ao dia, ou de fluoxetina, na dose de 40 a 60 mg/dia.
C a t a t o n ia
A Catatonia é, ao m esm o te m p o que rara, uma form a grave d e esqu izofrenia , e o quadro
c a ta tô n ic o ve m d o m in a d o p o r p s ic o s e , e s tu p o r, n e g a tiv is m o , rig id e z fís ic a re s is te n te
(p s e u d o fle x ib ilid a d e cérea) da postura. O d ia g n ó s tico d ife re n cia l d e ve ser fe ito co m a Síndrome
N e uro léptica Maligna (v id e v e rb e te c o rre s p o n d e n te neste a p ê n d ice ) — e o d ia g n ó s tico d ife re n
cial fica mais c o m p lic a d o quando a S. N. Maligna está associada à catatonia.
Na catatonia (e não na S. N. M aligna) a e le tro co n vu lso te ra p ia é o tra ta m e n to d e escolha.
O ECT é e fe tiv o na esqu izofrenia catatônica, na catatonia orgânica e na catatonia letal. A catatonia
orgânica p o d e re sp o n d e r bem ao tra ta m e n to da doe nça orgânica subjacente, c o m o , p o r exem
p lo , o abuso d e drogas. Os a n tip sicó tico s não estão indicados, neste caso.
Já a catatonia letal é induzida, geralm ente, p e lo uso d e a n tip sicó tico s, é pote n cia lm e n te
fatal e seu tra ta m e n to é sintom ático. O d ia g n ó s tico dife re n cia l com as dem ais catatonias d e p e n d e
d e uma anamnese minuciosa. É b o m lem brar que o a n tip s ic ó tic o , na catatonia esq u izo frê n ica , cura,
e na catatonia letal mata.
D e m ê n c ia
Talvez seja este o tó p ic o mais im p o rta n te em Saúde Pública e em Psiquiatria para o ano
2000.15% das dem ências p o d e m ser evitadas, retardadas ou tratadas e os outros 75% são Demência
d e A lzheim er, que perm anece um m istério ainda hoje. É p re c is o atenção com to d o paciente,
especialm ente d e p o is d o s 6 0 anos, que vem se queixando d e "perda d e m emória". M u ito s p o d e m
estar iniciando um p ro ce sso d e dem enciação e, hoje, há m edicam entos e cuidado s que p o d e m
re ve rte r e tratar m uitos tip o s d e demência, ou retardar seu progresso.
A prim eira causa d e demência é o Mal d e Alzheimer, com 75%. A segunda causa mais
im portante é a Demência p o r M últiplos Infartos Cerebrais, que p o d e ser prevenida com co n tro le de
Pressão A rte ria l, dieta, exercícios, fisioterapia etc.; a te rce ira m aior causa d e d é fic it co g n itivo
(demenciação) é a depressão, o que p o d e ser diagnosticado e tratado. Também são causas de demência
o hipertireoidism o, outros distúrbios endócrinos, carências nutricionais (principalm ente carência de
C om plexo B), processos tumorais benignos, doenças cerebrovasculares, to d o s esses provocam
distúrbios cognitivos e são tratáveis — e reclamam diagnóstico p re c o c e e ação clínica eficaz.
Já a dem ência d e A lzh e im e r diagnostica-se p o r exclusão das dem ais dem ências. O que
vale d iz e r q u e seu d ia g n ó s tico passa p o r um exam e clínico c o m p le to d o p a ciente, exam es gerais:
hemograma, glicem ia, provas d e função hepática, provas d e função renal, exam e d e fezes, sumário
d e urina, raio X d e tó ra x , reações para sífilis (VDRL), dosagem das f u n ç õ e s t i r e o i d e a n a s — T3, T4,
TSH, d e cálcio, d e fó s fo ro , d o nível sé rico d e Vitamina B12, avaliação p sico ló g ica da m em ória e
linguagem e, para exclusão de outras dem ências (D iagnóstico Diferencial), é im portante a Tomografia
C om putadorizada e, se possível, a Ressonância Magnética: em bora não seja e sp e cífico d e Alzheimer,
o achado d e a tro fia d o s lo b o s tem p ora is é sugestivo d e Doença d e Alzheim er.
Clinicamente, a con tece com o paciente d e Alzheim er, as inform ações parecem que vão
se "apagando" da m emória d o sujeito, até que o paciente p e rd e com pletam ente a memória. Podemos
d iz e r que, em Alzheim er, a m ente vai se esvaindo d o c o rp o , que fica SEM-MENTE ou DE-MENTE.
A pe rd a na cognição, na linguagem, vai a cada te m p o se to rn a n d o mais intensa e com eça
a haver d is tú rb io s (muitas vezes biza rro s) d o co m p o rta m e n to . Em uma palavra, dem ência significa
pe rd a da função cogn itiva d o sujeito.
A Demência d e A lzh e im e r costum a ser co nfund ida com ''caduquice" e com "doença de
gen te velha", mas é b o m lem brar que a m aioria das pessoas, em bora velhas, conserva sua capaci
d ad e cognitiva e d e a prend er até o dia da m orte.
C om o o IBGE afirm a que o núm ero d e idosos (+ d e 6 0 anos) cresce trê s vezes mais d o
que a p o p u la ç ã o geral, e c o m o A lzheim e r incide a p a rtir d o s 6 0 anos, eis aí o m aior problem a d e
Saúde Pública para o m ilênio que se inicia. H oje há mais d e 1 .0 0 0.000 (um m ilhão) d e D oentes d e
Alzheim er, no Brasil, e mais d e 4 .0 0 0 .0 0 0 (q u a tro m ilhões) d e D oentes d e A lzh e im e r nos EUA.
A doe nça não escolhe sexo, raça, cor, religião, país (região d o g lo b o ), 1a, 2° ou 3a mundo.
A taca igual e indiscrim inadam ente qualquer classe social.
Q uem prim eiro a descreveu, com os danos cerebrais decorrentes, fo i o neurologista alemão
ALOIS ALZHEIMER, em 1907. Há uma atrofia cerebral. Hoje sabe-se que, nas regiões cerebrais afetadas,
m orm ente os lobos tem porais, o enferm o acumula uma proteína anormal, a Proteína (J (beta)-Am ilóide,
fo ra d o s neurônios, e esta mata os neurônios que estão em to rn o dela. A p -A m iló id e tem predileção
pelas éreas cerebrais responsáveis pela memória e linguagem. Registre-se que o uso p ré vio , à doença,
das funções cerebrais, para mais ou para menos, não serve d e profilaxia. A p sicoprofila xia, aqui, é
impossível. Diga-se, também, que a Doença d e A lzheim er não é in fe cto -co n ta g io sa e, p o r aí, não se
justifica qualquer p re co n ce ito . Há tam bém acúmulo, em Alzheim er, d e outra proteína anormal, a
Proteína TA O , que se acumula DENTRO dos neurônios, e os mata.
A história clínica p ro g rid e desd e a falta d e m em ória para fa to s recentes (le m b ra n d o -se
m elhor os fa to s antigos), d e p o is de so rie n ta çã o espacial progressiva, alteraçõe s d e linguagem,
chegando até a d ific u ld a d e na construção d e frases. A d oe nça não é causada p e lo envelhecim en
to e o c o rre predom in antem ente — mas não exclusivam ente — após os 6 0 anos.
Nas dem ências n ã o -A lzh e im e r a m edicação e os cuidado s m édicos p o d e m curar: p o r
exem plo, antidepressivos na depressão, cuidados com a h iperten são arterial e tc. Na Demência de
A lzh e im e r só se p o d e tra ta r sintom aticam ente — o que é m uito im p o rta n te , e os cuidados
m ultidisciplinares e familiares são mais que e v id e n te e perm anentem ente necessários.
Há uma variação da Demência d e Alzheim er, que é a Demência d o s Corpúsculos d e Inclusão
d e Levy, mais com um n o s e x o m asculino. O s p a c ie n te s são e x tre m a m e n te sensíveis aos
a n tip sicó tico s, p ro v o c a n d o confusão m ental, d e te rio ra ç ã o clínica e p o d e levar â m orte.
Nas dem ências, as drogas que atuam p o r via d o s neurotransm issores não conseguem
in te rfe rir nos d is tú rb io s básicos d o cérebro. Mas algo d e ve ser te n ta d o e há m elhoras sintom áti
cas, com drogas, que valem a pena. A psico fa rm a co lo g ia tem p ro c u ra d o avançar A Codergonina
(H ydergine) — v id e ca p ítu lo co rre s p o n d e n te —, c o m o vasodilatador, nas dose s que recom endei
páginas atrás, m ostra-se mais e fe tiv a que o p la c e b o na recuperação cognitiva. O D o nezepil, ainda
não com ercializado no Brasil, é um in ibidor da acetilcolinesterase que tem m o strado bons resultados
ha Doença d e A lzh e im e r m oderada. Também a Rivastigmina, o u tro in ib id o r da acetilcolinesterase,
na dose d e 6 a 12 mg p o r dia, tem se m ostrado e fica z no alívio das m anifestações leves e m oderadas
d e A lzheim er. Esta e xiste no Brasil (Especialidade Farmacêutica: EXELON).
O s antidepressivos, em baixas doses, p o d e m ser u tiliza d o s para tra ta r a depressão,
d e n tro da dem ência, em bora seus e fe ito s colate rais possam vir a ser o u tro problem a. É p re fe ríve l
adm inistrar os antidepressivos d e 2a geração, p.ex., a fluoxetina, p o r causa d o s m enores e fe ito s
antico linérgicos que provocam .
Os a n tip s ic ó tic o s devem ser usados co m parcim ônia e em baixas doses, que p o d e m
m elhorar sintom aticam ente a agressividade, agitação e p ro d u ze m b o a sedação. C uidado com os
e fe ito s colaterais. Baixas dose s d e h a lo p e rid o l (H aldol) e tio rid a zin a (M e lle ril) p o d e m ser usadas
para este fim. Para dim inuir a agressividade e agitação, a Carbamazepina (T egretol), em doses
baixas e individualizadas, m ostra-se eficaz.
Um antid epressivo , o CITALOPRAM (Especialidade Farmacêutica: Cipram il), na do se d e
40 mg ao dia, tem se m ostrado e fica z para atenuar a confusão mental e a irritabilidade em Alzheim er,
mas não na dem ência vascular. A paroxetina, p o r sua vez, m elhora a co gn ição , o interesse social na
dem ência a lco ó lica e chega a p ro v o c a r desinibição sexual.
O Dr. Leonardo Caixeta, da FMUSP, tem o m é rito d e te r sido o p rim e iro (1998) a utilizar
a RISPERIDONA (E specialidade Farmacêutica: Risperdal) na Demência F ronto-Tem poral (além da
Demência d e A lzheim er, da Demência A ssociada à Doença d e Parkinson e na Demência p o r C or
púsculos d e Inclusão d e Levy), para sintomas p ro d u tiv o s c o m o d e lírio s e alucinações, para com
p o rta m e n to s agressivos, inquietação p s ico m o to ra , desinibição, inadequação social e sexual, insô
nia e sintomas negativos c o m o o isolam ento social (graças à m elhora da atenção).
D e p e n d ê n c ia e A buso de Á lco o l
D epressã o
D is t im ia
Chama-se distim ia a um contínuo hum or m elancólico, fre q ü e n te m e n te acom panhado d e
ansiedade, que é uma p e rtu rb a çã o d e início insidioso e curso crô n ico . É ao p a cie n te d istím ico que
p o d e m o s chamar d e "sem pre m al-hum orado". Embora a distim ia tenha alguns sintom as físicos em
com um com a dep ressão, d e fin itiva m e n te a distim ia não é um sintom a residual da d e p ressã o maior.
O distím ico p o d e te r uma adaptação social razoável e estável.
M u ito s distím icos p o d e m v ir a d e se nvolver uma depressã o maior, mas aí tere m os d o e n
ças superpostas. A prevalência durante a vida para a distim ia é d e 3 a 6%, co m m aior incidência na
terceira idade.
R ecom enda-se p sico te ra p ia pessoal e d e casal (m arital). Os antid epressivo s são e fic a
zes quando irrom pem crises depressivas. T odos os antidepressivos c ita d o s neste livro o fe re ce m
resposta similar qua ndo se visa tra ta r uma depressã o enxertada na distim ia, mas convém lem brar
que os distím icos são especialm ente sensíveis aos e fe ito s colaterais d o s antidepressivos.
D is t o n ia A g u d a o u T a r d ia
Este é um s u b tip o d e discinesia tardia, em c u jo q ua dro clín ico há c o n tra çõ e s musculares
involuntárias, tais c o m o ro ta çã o d e p e s c o ç o , braços, pernas, tro n c o ou da face.
A d isto n ia aguda o c o r r e em p e s s o a s jo v e n s q u e usam n e u ro lé p tic o s , e s p e c ia lm e n te em
esquizofrênicos graves que estejam, pela primeira vez, usando antipsicóticos e mais ainda naqueles
que têm, predominantemente, sintomas negativos de esquizofrenia.
A c re d ita -s e que a diston ia seja d e vid a a um b lo q u e io d o p a m in é rg ico p ro v o c a d o p e lo
uso d e a n tip s ic ó tic o s e a d m ite-se, ainda, que o d is tú rb io possa o c o rre r em até vários anos após
o tra tam ento com neu ro lé p tico s.
Os a n tico lin é rg ico s são e fe tiv o s na diston ia aguda e m enos e fe tiv o s na diston ia crônica,
em bora os sintom as d e d iston ia crônica possam rem e ter parcialm ente com os anticolinérgicos. O
b ip e rid e n o (A k in e to n ) é e fe tiv o em distonias tratadas co m h a lo p e rid o l (H aldol). A clozapina
(L e pon ex), associada ao clonazepan (R ivotril), tam bém m ostra eficácia no m itigar a distonia.
E p il e p s ia
Esq u iz o f r e n ia
Fo b ia So c ia l
A Fobia Social é a segunda fobia mais comum. O paciente sente m edo p a to ló g ic o d e ser
ridicularizado em p úb lico, avalia-se negativamente, acha que vai co m e te r erros grosseiros em público,
sua frio , principalm ente sudorese palmar e plantar, sente enorm e insegurança e, num círculo vicioso,
passa a evitar passar p o r situações semelhantes. Há um exagero da tim idez. A halitose ocre é freqüente.
Terapias comportamentais são bem indicadas. O auxílio psicofarmacológico é valioso e
se dá basicamente com antidepressivos, especialmente a Fenelzina (Nardil), lamentavelmente fora
do mercado brasileiro — é IM AO — e a Moclobemida. A sertralina (Citalopran) pode também ser
efetiva, na dose de 4 0 mg/dia, por um p e r ío d o m é d io d e 6 m eses.
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M a n ia e H ip o m a n ia
M e m ó r ia dos F r e it a s
É uma d e s c o b e rta psicanalítica. A imensa maioria das pessoas vive d e n tro dela.
Está representada no Q uadro S inóptico da V ida M ental, neste livro. Sem necessidade de
um pensar genuíno e d e uma diferenciação d e s e /f m uito original, as pessoas humanas
vivem nela c o m o se fossem um rebanho.
Para os que dela p o d e m usufruir — a grande maioria — há uma tessitura d e vida
pronta, aprendida inform alm ente na casa parental, no convívio social e garante uma vida
estável àqueles que não precisam transgredi-la.
Trata-se da m em ória sócio-cultural-fam iliar-pessoal d o indivíduo, sua m itologia,
sua religião e crenças, seus ideais a serem perseguidos, d e n tro d e sua trad ição e seu
folclore.
Os transgressores o fazem p o r necessidade — a com positora Chiquinha Gonzaga,
p o r e x em p lo , cuja vida anímica não cabia em sua tradição familiar e cultural. Q uando se
rom pe com a M em ó ria dos Freitas, to m a -s e impossível regressar a ela, viver d e n tro d e
seus p re c e ito s , e o indivíduo transgressor é o b rig ad o a criar e desenhar para si outros
m eios e m é to d o s , outros ideais a serem perseguidos, outra maneira d e reordenar o caos
que d e c o rre d o abandono d e p ad rõ es familiares p ré -e s ta b e le c id o s . Enfim, passa a ser
esta (a criação) uma tarefa érdua e com pulsória para esses Príncipes e Princesas da
Solidão, os que rom pem com a M em ória.
Esta é a instância m ítica d e to d o sujeito, guardiã c o d ific a d a , inconsciente, d e
to d o s os nossos m itos pessoais, familiares, regionais, sócio-culturais e universais que,
d e maneira desap erceb id a p e lo indivíduo, traça-lhe o tra je to com portam ental, relacional,
identitário, id e o ló g ic o , d e n tro da família e no seio da com unidade.
O sujeito bem a d a p ta d o à M em ó ria dos Freitas vive sem grandes inquietações
interiores e suas am bições coincidem com as d e seu m eio sócio-cultural, sendo p o r isto
b em aceitas. Tais sujeitos p o d e m enrriquecer, p o r exem p lo , to rn ar-s e grandes em p re
sários, líderes p o lítico s, religiosos, profissionais liberais bem -su ced id o s, c o m o p o d em
- a maioria — habitar a p op ulação d e baixa renda.
Embora não seja impossível o ta le n to e a criatividade — no sentido lato da
palavra: criar_algo novo que acrescente ao a c erv o d e conhecim entos da humanidade
(A rte , invenção, d e s c o b e rta s ), neste caso o indivíduo experim entará hostilidade d e seu
m eio familiar e social, externam en te, e, internam ente, sentirá um abalo em sua ad aptação
sócio-cultural. Caso persista em criar, rom perá com a "M em ória” e com os que lhe são
caros. E to rn ar-s e "d ife re n te ” tem um p re ç o caro.
A hostilidade d o m eio àquele que rom pe com a "Mem ória" tem a ver com a
inveja, mas isto é apenas a p o n ta d e um iceberg e é, pois, uma explicação m uito simplória
para tamanhos conflitos que a situaçao causa. Há razões mais im portantes d o que a
inveja para que a família e o m eio preservem sua "M em ória”.
Um artista, digam os, d e talento, c o m o um c o m p o s ito r ou p in to r criativo, irá
experim entar estranheza ante aquilo que lhe era familiar e passará a questionar sua visão
d e mundo. Por o u tro lado, sua família e seu m eio social tu d o farão para que reto rn e aos
cânones da M em ória dos Freitas. Se o indivíduo não fo r suficientem ente fo rte para romper,
duas possibilidades lhe esperam : ou sua criatividade definhará p o r renúncia, algumas
v e zes , le va n d o -o ao alcoolism o ou drogadição, ou a d o e c erá psiquicam ente — o que
provocará um rom pim ento deso rd en ad o e selvagem com a M em ó ria dos Freitas. Em
casos mais extrem os, o suicídio.
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Q u a n d o o s u je ito é m ais f o r t e e ro m p e , te rá d e p a g a r o ô n u s d e s e r d ife r e n te :
vai t e r d e r e o rd e n a r sua v is ã o d e m u n d o p a ra c o m p e n s a r o a b a lo p r o v o c a d o e m sua
m e m ó ria s ó c io - c u ltu r a l- fa m ilia r-p e s s o a l, b e m c o m o s a b e r c o m o v iv e r h a rm ô n ic a m e n te
c o m o m e io s o c ia l q u e o h o s tiliz a r á . M a s , p a r a d o x a lm e n te , c o m o t e m p o , te r á
c o m p e n s a ç õ e s — q u e n o rm a lm e n te ta rd a m — ta is c o m o o re c o n h e c im e n to s o c ia l e m a io r
riq u e z a d e sua v id a in te rio r. N e s te c a s o , jam ais v o lta rá a o s c â n o n e s d a "m e m ó ria ”, s e n tid o s
a g o ra c o m o um a cam isa d e fo rç a .
A M e m ó ria d o s F reitas é, ta m b é m , um a f o n t e d e c o n h e c im e n to d e nossa P ré -
H is tó ria , e n e s te s e n tid o , ta m b é m , n ã o p o d e s e r d e s p re z a d a . P o r e x e m p lo , n o s s o n h o s ,
na "re g re s s ã o ” h ip n ó tic a , e m g e s to s e c o m p o r ta m e n to s "in v o lu n tá rio s " q u e o in d iv íd u o
r e p r o d u z e m seu c o tid ia n o (ta is c o m o uma m aneira d e a n d a r o u c o lo c a r as m ã o s, o u um a
c o m p u ls ã o p a ra " a d o e c e r d a s p e rn a s " sem ra z ã o m é d ic a a p a re n te , a p a r t ir d e um a c e r ta
id a d e , na v e lh ic e — c o m u m e m algum as fam ílias q u e c o n h e ç o — d e ta l m o d o q u e o
in d iv íd u o c h e g a a p a ra r, d e fin itiv a m e n te , d e a n d a r) p o d e m n o s d a r p is ta s s o b r e a v id a e
o c o m p o r ta m e n to d e n o s s o s a n te p a s s a d o s , às v e z e s m u ito re m o to s .
E stou fa la n d o aqui d a via d e transm issão d e c ó d ig o s , s ó c io -c u ltu ra l-fa m ilia r-p e s s o a l,
q u e se d á a tra v é s d a M e m ó ria d o s Freitas, q u e , e m b o ra não venha a tra v é s d o s sa m e ta s e
sim d a c u ltu ra in fo rm a l,, p e rm ite a re p ro d u ç ã o d e c o m p o rta m e n to s e s itu a ç õ e s v iv id a s p o r
n o sso s a n te p a ssa d o s. E p o r e sta via q u e a cham ada "re g re s s ã o ” na e n tã o c o n h e c id a "Terapia
d e V id a s Passadas” m o s tra re v e la ç õ e s tã o s u rp re e n d e n te s , q u e o in d iv íd u o a p a re n te m e n te
nunca p o d e ria le m b ra r-s e , p o r re fe rire m -s e a é p o c a s m u ito a n te rio re s a seu nascim e n to :
é p o c a s não s ó d e seus a n ce stra is co n sa ngüíneo s, m as ta m b é m o s n ã o -co n sa n g ü ín e o s, q u e o
s u je ito le m b ra c o m p re c is ã o , d e n tr o d a c a d e ia h is tó ric a d e sua v id a s ó c io -c u ltu ra l-fa m ilia r-
p e s s o a l e sua m ito lo g ia c o rre s p o n d e n te . Estes e p is ó d io s p o d e m ta m b é m se r re v iv id o s e
d e c o d ific a d o s n o setting tra n s fe re n c ia l, na Psicanálise.
Tais p a c ie n te s p o d e m p r o c u r a r um p s iq u ia tra p a ra q u e ix a r-s e d e um “v a z io "
e x is te n c ia l, a n s ie d a d e , d e p re s s ã o . O s e n tim e n to d e s o lid ã o e d e s a m p a ro é q u a s e
p a to g n o m ô n ic o , p a ra q u e se fe c h e o d ia g n ó s tic o . O p a c ie n te se q u e ix a q u e já n ã o p o d e
v o lta r a o s e io d a fa m ília, c o m o e ra a n te s — um d e le s m e e x p lic o u q u e is to s e ria c o m o
c a lç a r um s a p a to q u e g u a rd a m o s d a in fâ n c ia p o r q u e g o s ta m o s m u ito d e le : m as v o lta r a
c a lç á - lo é im p o s s ív e l.
A c o m p re e n s ã o d o m é d ic o , p a ra a n a tu re z a d e s te a c o m e tim e n to , n ã o n e c e s
s a ria m e n te p a t o ló g ic o , é fu n d a m e n ta l. N ã o há c o m o " v o lta r à f o r ç a ” p a ra a M e m ó ria . A
P sicanálise é s e m p re d e s e já v e l, d e s d e q u e o p a c ie n te q u e ira . O s e n tim e n to d e s o lid ã o
p o d e le va r à d e p re s s ã o , e x a c e rb a ç ã o ansio sa , a o a lc o o lis m o . B o m a c o n s e lh a m e n to ,
a n tid e p re s s iv o s e b e n z o d ia z e p ín ic o s p o d e m s e r d e u tilid a d e .
N a r c o l e p s ia
A n a rc o le p s ia é um d is tú r b io ra ro , c o n s is tin d o d e s o n o lê n c ia e x c e s s iv a , a p n é ia
d o s o n o , a lu c in a ç õ e s h ip n a s ó g ic a s , c a ta p le x ia (s ú b ita q u e d a n o tô n u s m u scu la r p ro v o c a d a
p o r e m o ç õ e s f o r t e s ) e a n o rm a lid a d e s na fa s e REM d o s o n o . Sua in c id ê n c ia g ira e m t o r n o
d e 1 p a ra 1 0 .0 0 0 p e s s o a s e 7 0 % d o s a fe ta d o s s o fre m , ta m b é m , d e e p is ó d io s d e
c a ta p le x ia d u ra n te o d ia . A s a lu c in a ç õ e s p o d e m c o n fu n d ir o d ia g n ó s tic o c o m o d e
e s q u iz o fre n ia .
O u so d e a n fe ta m ín ic o s (Ritalina, p . e x.) é o tra ta m e n to d e e sco lh a . Se p o s s ív e l, é
m e lh o r in d ica d a a d e x a n fe ta m in a , na d o s e d e 5 a 5 0 m g /d ia , o u m e s m o a M o d a fin il (ainda
não p re s e n te n o m e rc a d o b ra s ile iro ), d ro g a e s p e c ífic a para a n a rco le p sia , c o m a çã o d ife re n te
das a n fetam ina s e m ais b e m to le ra d a q u e estas. A d o s e é a d e 2 0 0 m g /d ia .
A n tid e p r e s s iv o s tr ic íc lic o s e ISRS são e f e tiv o s e m c a s o s re s is te n te s . A s d o s e s
são as in d ic a d a s p a ra d e p re s s ã o ( v id e c a p ítu lo s o b r e a n tid e p re s s iv o s ).
P e r s o n a l id a d e B o r d e r l in e
S ÍN D R O M E D E G lL L E S DE L a lO U R E T T E
S ÍN D R O M E N e U R O L É P T IC A M A L IG N A
É um a s ín d ro m e rara m as im p o r ta n te d e s e r re la ta d a p o r q u e é q u a s e s e m p re
fa ta l. E um a re a ç ã o id io s s in c rá s ic a e d o s e - d e p e n d e n te , re la tiv a a o u s o d e a n tip s ic ó tic o s
e é seu m ais g ra v e e f e it o c o la te ra l. O p a c ie n te a p re s e n ta um s ú b ito d e s c o n tr o le d a
te m p e ra tu ra c o r p o r a l, fe b r e a lta e r ig id e z m u scu la r a c e n tu a d a , p o d e n d o a p re s e n ta r
a inda d ia fo re s e , d is fa g ia , tre m o r, in c o n tin ê n c ia , a lte ra ç ã o na c o n s c iê n c ia , ta q u ic a rd ia ,
a lte ra ç õ e s na p re s s ã o a rte ria l, le u c o c ito s e e a u m e n to d a ta x a sangüínea d e c re a tin in a
fo s fo ro q u in a s e . A te m p e ra tu ra c o r p o r a l s o b e b ru s c a m e n te e p o d e s e r fa ta l em 2 4 a 72
h o ra s p o r in s u fic iê n c ia renal e re s p ira tó ria . D e n tre o s c a s o s d e m o r te r e g is tra d o s n e sta
a fe c ç ã o , 14% fo ra m p r o v o c a d o s p o r a n tip s ic ó tic o s via o ra l e 38% d e v id o a p re p a ra ç õ e s
D e p o t via in tra m u scu la r. O quadro c lín ic o e v o lu i p a ra um d e s fe c h o fa ta l e m 2 4 a 7 2 horas
e p o d e p e rm a n e c e r p o r 5 a 10 d ia s q u a n d o p r o v o c a d o p o r a n tip s ic ó tic o s via o ra l o u
m e s m o 10 a 21 d ia s q u a n d o p r o v o c a d o p o r p r e p a ra ç õ e s D e p o t. E m b o ra a in c id ê n c ia
seja d e s c o n h e c id a , e s tim a -s e q u e g ire em t o r n o d e 0 ,0 7 a 0,15% d o s p a c ie n te s q u e
usam a n tip s ic ó tic o s .
A c r e d ita - s e q u e o m e c a n is m o g e r a d o r d a S ín d ro m e N e u ro lé p tic a M a lig n a seia
um s ú b ito b lo q u e io , e x a g e ra d o , d a fu n ç ã o d o p a m in é rg ic a , re s u lta n d o num c o la p s o d o
siste m a , q u e le v a ria a um d e s c o n tr o le d o c e n tr o t e r m o - e lé tr ic o . A s d ro g a s a n e s té s ic a s
a p re s e n ta m um a s ín d ro m e s e m e lh a n te , c h a m a d a H ip e rte m ia M a lig n a . N o d ia g n ó s tic o
d ife re n c ia l, a S ín d ro m e N e u ro lé p tic a M a lig n a p o d e s e r c o n fu n d id a c o m a fo rm a le ta l d e
C a ta to n ia .
1^1
O s fa to re s d e r is c o são h is tó ria d e p r é v ia S ín d ro m e N e u ro lé p tic a M a lig n a , d is
t ú r b io ce rebral orgânico, aplicação prévia d e e le tro co n vu lso te ra p ia , agitação p sic o m o to ra re
ce n te , catatonia ou d is tú rb io a fe tiv o p ré vio s, desidrata ção, trab alho d e p a rto rece n te , sexo
m asculino e idade jovem . Também são fa to re s d e risco n e u ro lé p tico s p o te n te s , a n tip sicó tico s
injetáveis em p reparação D e p o t, doses neurolépticas elevadas e uso co n co m ita n te d e IM A O .
O tra ta m e n to ao p a cie n te com Síndrome N e uro léptica Maligna d e v e ser im ediato. Sus
pensão d o a n tip s ic ó tic o , d o ca rb o n a to d e lítio e d e ontidepressivos; c o rrig ir a hiperterm ia e a
desidratação,- caso haja necessidade d e sedação, p re fira -s e os ben zo d ia ze p ín ico s. M e d id a das
funções renal e hepática, ve rific a r o e q u ilíb rio á cid o -b á sico . Nos sintom as agudos o D antrolene e
a b ro m o c rip tin a são d e utilidade. Algum as vezes necessita-se d e u tiliza r a eletro co n vu lso te ra p ia .
S t a x u s E p il e p t ic u s
O Status E pilepticus é uma situação o nd e m últiplas crises e p ilé p tic a s sucessivas o c o r
rem, sem haver qualquer m o m e nto d e acalmia e lu cid e z entre as crises. Há vários tip o s , d ife re n te s,
d e Status Epilepticus. A m o rta lid a d e p o d e ser alta, mas um tra ta m e n to rá p id o e agressivo p o d e
salvar a vida, além d e e vita r dano cerebral.
Para e vita r d an o ce rebral pem anente, prim eiram ente d e v e -s e oxigenar e h idra tar o
paciente, dar glicose se não houver diabetes.
O Status E pilepticus re fra tá rio às drogas d e prim eira linha norm alm ente é causado p o r
d istú rb io s n e u rológicos agudos, tais c o m o e n ce fa lite , acidentes vasculares cerebrais ou trauma
craniano.
Em caso d e hipóxia, isquemia, depressão respiratória e hip o te n sã o é p re fe rív e l tran sfe
rir para uma Unidade d e Terapia Intensiva.
Drogas c o m o A m ilo b a rb ita l ou C lorm etia zole , para infusão lenta EV, são d e utilidade.
Clonazepam , diazepam , Lorazepam , Paraldeído (IM ) e D ifenilhidantoína (Fenitoína) (10 a 2 0 m g/K g
EV) são d e utilidade. Leia-se o ca p ítu lo d e s te livro sobre anticonvulsivantes.
T e n sã o P ré -M e n s tru a l (TPM)
A TPM é uma p e rtu rb a çã o caracterizada pela mudança d o hum or e d o sentim ento geral
d e bem -estar. Embora não seja uma doença psiquiátrica propriam ente dita, p o d e com plicar doenças
psiquiátricas concom itantes. A TPM d iz re s p e ito a tran stornos nas taxas horm onais plasm áticas em
mulheres, em p e río d o s adjacentes ao menstrual.
A m ulher apresenta irritabilid ade, ansiedade excessiva, sintomas so m a to m ó rfico s, tais
c o m o d o re s to rá c ic a s , d ila ta ç ã o a b d o m in a l p o r gases, d ia rré ia s , tre m o re s , n e rv o s is m o ,
agressividade. A anamnese d e ve ser extensa e os sintomas acom panhados p o r vários meses para
que se fixe o d ia n ó s tic o e se afaste o d ia g n ó s tico d iferencial em doenças psiquiátricas ou físicas.
A TPM p o d e causar a exace rba ção d e mania, depressão, anorexia, bulimia, enfim , extensa gama de
p e rtu rb a çõ e s psiquiátricas.
O s p rin cip a is tra ta m e n to s fa rm a c o ló g ic o s para a TPM são horm onais (e stro g ê n io s,
progesterona, antico ncepcionais e tc.), d iu ré tico s, inibidores sin té tico s das prostraglandinas. Mas
os antidepressivos e b e n zo d ia ze p ín ico s p o d e m te r um p ap el im p o rta n te na remissão sintom ática
da TPM. 20 mg diários d e fluoxetina p o r p e río d o d e 3 a 6 meses têm sid o relatados c o m o de
grande auxílio.
Transtorno A f e t iv o B ip o la r
O tra n sto rn o b ip o la r tem várias subdivisões, mas é uma d oe nça re co rre n te , d e crises e
remissões, e tem uma grande variedade d e apresentações. Para ser aqui classificado, o paciente
d e ve te r s o frid o , antes d o atual, um e p is ó d io d e mania ou hipomania. O bservar se tam bém houve,
anteriorm ente, e p is ó d io d e depressão maior, o que é com patível com o d ia g n ó stico , ou m esmo
um e p is ó d io m isto.
O DSM-IV d ivid e este diagnóstico em : Transtorno Bipolar I (um ou mais episó d io s maníacos,
ou m istos, co m mudança d e hum or); Transtorno Bipolar II (que é o mais com um — um ou mais
e p isó d io s d e depressã o co m p e lo menos um e p is ó d io hipom aníaco, mas não mania franca); e
Transtorno Bipolar III (p se u d o b ip o la r, freqüentem ente p ro v o c a d o p e lo uso d e antidepressivos,
apresenta-se, com um ente, c o m o um esta d o m isto).
O C a rb o n a to d e Lítio, a Carbamazepina e o V alproato d e S ódio são largamente utilizados
na profilaxia6o tran storno bipolar. (V id e tais fãrm acos no capítulo co rre sp o n d e n te , d e ste livro.)
Para as crises recom endo , na mania e hipomania, os a n tip s ic ó tic o s (v id e cap. c o rre s p o n
d e n te ) e, na depressão, os antidepressivos (v id e cap. c o rre sp o n d e n te ).
Transtorno de E stresse P ó s - t r a u m á t ic o
Transtorno d o P â n ic o
Consiste em ataques súbitos d e ansiedade, que é co n ve rtid a tam bém em sintomas físicos
e num m e d o tre m e n d o d e um d is tú rb io fatal, c o m o in fa rto d o m io cá rd io , p o r exem plo.
A c o n te c e m p a lp ita çõ e s, d o re s abdom inais, náusea, dorm ência, sensação d e form iga
m ento, audição d e ruídos estranhos, d ificu ld a d e para respirar, sensação d e sufocam ento, sudorese
p ro fu sa — p rin c ip a lm e n te d e e x tre m id a d e s, d o re s to rá cica s, ve rtig e n s , d e sp e rso n a liza çã o ,
rub o riza çã o da face, arrepios, m e d o d e m orrer, trem ores e agitação.
Para tal d is tú rb io , d e im ediato, p o d e m ser em pregados b e n zo d ia ze p ín ico s, c o m o o
diazepam e o clonazepam , mas para c u rto p razo. A te ra p ê u tica e fe tiv a a m é d io p ra z o dá-se com
antidepressivos. Os tric íc lic o s (im ipram ina, clom ipram ina) são bastante e fe tivo s. Mas para uso a
lo ngo p ra z o , co m m enos e fe ito s colaterais, o C italopran (Cipram il) é pre fe ríve l. A imipramina
d e v e ser em pregada na d o s e d e 150 m g /d ia . Para a Clom ipram ina são suficientes do se s d e 100 mg
p o r dia. O C ilatopram d e v e ser iniciado com 10 m g /d ia , em uma semana, aum entado para 20 a 30
mg p o r dia (m áxim o 60 m g /d ia ). A Paroxetina, co m igual p o so lo g ia , é tã o e fe tiv a qua nto o
Citalopram . R ecom enda-se o uso d e antid epressivo p o r 3 a 6 meses, suspe nden do-se gradual
m ente. A d oe nça p o d e reincidir, geralm ente 6 a 12 meses apó s o tratam ento. Assim o c o rre n d o , o
antidepressivo d e ve ser u tiliza d o p o r te m p o mais prolo ngado , até um ano p o r margem d e segurança.
Transtorno O b s e s s iv o - c o m p u l s iv o
O tra n s to rn o o b se ssivo -co m p u lsivo c a ra cte riza -se pela presença intrusiva d e idéia
obsessiva e p o r um c o m p o rta m e n to biza rro , e s te re o tip a d o e co m pulsivo ao p a ciente, c o m o
lavar exageradam ente as mãos, e vita r m inuciosam ente as junções e desco ntinuidade s d o solo, só
pisando em p e d a ço s ‘'inteiros", "anular” uma idéia ruim to c a n d o trê s vezes na parede , cenas que
lem bram um ritual. Resistir a estes "rituais" ou aos pensam entos obsessivos p o d e m levar a uma
ansiedade insuportável. A prevalência m édia d o tra n sto rn o o b se ssivo -co m p u lsivo é d e 3%.
Há evidências d e que o TOC está ligado a uma disfun ção d o sistema sero to n in é rg ico e,
p o r isso, os antidepressivos que bloqueiam a serotonina são d e prim eira escolha: tric íc lic o s e ISRS.
A s dose s exigidas p o d e m chegar a 3 0 0 mg d e clom ipram ina ao dia, ou 80 mg d e fluoxetina.
Requer dose s mais altas d o que no tratam ento da depressão. Tais drogas reduzem a sintom atologia,
o que c o n fe re alívio aos pacientes. Estes, no entanto, b e n eficia m -se co m terapias cognitivas.
ê n d íc e III
Sobre o A utor
DECIFRA-ME
OU
DEVORO-TE
7*0
ín d ic e
ÍNDICE REMISSIVO
5 -H ID R O X IT R IP T O F A N O - 141 Á c id o V a l p r ó ic o , U so T e r a p ê u t ic o - 117
5 -H ID R O X IT R IP T O F A N O - 7 3 A c in e s ia -1 3 8
A IN IB IÇ Ã O P S IC O M O T O R A - 1 3 0 A ções E x t r a p ir a m id a is - 9 6
A S e r e i a c o m o F a n t a s i a M í t i c a - 59 a 69 A côes M edular es - 9 6
A b a n d o n o d e p a d r õ e s f a m il ia r e s p r é- e s t a b e l e c i- A con selh a m en to - 23 0
-.117
Á c id o V a l p r ó ic o , A bsorção D e s t in o e E xcr eção A lfazem a - 218
A l g u n s t r a n s t o r n o s im p o r t a n t e s e sua m e d ic a c ã o
Á c id o V a l p r ó i c o , E f e i t o C o l a t e r a l P o s i t i v o - 117 -2 2 3
Á c i d o V v l p r ó ic o , E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s A l i a n ç a T e r a p ê l it ic a - 53, 5 4 , 5 6
A p r e s e n t a ç õ e s e P o s o l o g i a - 118 A l iv a l - 8 9
Á c id o V a l p r ó ic o , T o x ic id a d e e E f e it o s C o l a t e r a is A l o p é c ia - 117
-1 1 7 A lpr azo lan - 9 1 ,1 0 3
A l u c in o s e O r g â n ic a - 36 A n t ic o l in é r g ic o s 134, 223, 229 -
A lter a ç ã o d a c o n s c iê n c ia - 138 A n t ic o l in é r g ic o s - 81 a 85 E f e it o s
A n a l g é s ic o s - 142 C o l a t e r a is - 82
A nam nese C o m p l e t a - 53, 5 9 a 69 A n t id e p r e s s iv o s T r ic íc l ic o s U so T e r a p ê u t ic o - 83
A nai ensol - 1 3 5 ,1 4 7 A n t ie m é t ic o 112, 145, 149, 155,156,158
-
A n a ten so l-D epo t - 147 A n t i e p i l é p t i c o s - 116,122,123
A n e m i a A p l ã s t i c a - 119, 121 A n t i e t a n o l - 116
A n e m ia M -
e c a l o b l á s t ic a 113,115,116 A n t ie x c it a n t e - 150
A n e s t e s io l o g ia - 113, 1 5 2 An i ig e r o n - 197
A n f e t a m in a - 7 5 ,1 7 3 ,1 7 4 ,1 7 5 , 2 3 0 A n t i - h is t a m ín ic o s - 81,103,130,143, 145,149
A n f e t a m Ín i c o s - 2 3 0 A n t i - i h s t a m ín ic o s , E f e i t o s - 81 a 85
A n g in a d e p e it o - 175 A n t i - m a r x is m o - 31
A n g ú s t ia s o m a t iz a d a - 156 A n t ip a r k in s o n ia n o s - 134, 138,152,157
A n il - 218 A n ti- p s ic a n a lis m o - 31
A n is - 218 A n t i p s i c ó t i c o - 129,130,137,138,139,142,144,145,
A n o r e x ia - 175, 1 7 7 , 2 3 2 146, 148, 150, 152, 154, 156, 185, 209, 223, 224, 225,
A n o r e x ia e e sg o ta m en to - 133 226, 230, 231, 232, 233
A n o r e x ia N ervosa - 4 0 , 158, 2 2 4 A n t i p s i c ó t i c o s e m p s i q u i a t r i a g e r i á t r i c a - 201
A n o r e x ig ê n ic o s - 174 A n t i p s i c ó t i c o s i n i e t á v e i s e m p r e p a r a ç ã o D e p o t - 232
A n o r m a l id a d e s n ã o e s p e c íf ic a s n o EEG - 132 A n t i s e r o t o n i n é r g i c o s , E f e i t o s - 81 a 85
A n s ie d a d e - 4 7 , 5 4 , 9 6 , 112, 1 2 0 , 135, 1 4 2 , 157, 2 2 7 , A n t i - s e r o t o n í n i c o s - 74
2 3 0 ,2 3 1 ' A n t i v e r t i g i n o s o s - 156_
A n s ie d a d e co m o Pr o t o s s e n t im e n t o - 49, 5 4 A n ú n c i o d a M e l h o r a C l í n i c a - 59 a 69
A n s ie d a d e e x c e s s iv a 232 - A p a t i a - 135
A n s ie d a d e N e u r ó t ic a - 9 8 A p ê n d i c e 1, T r a n q ü i l i z a n t e s d a f l o r a b r a s i l i e n s i s
A n s ie d a d e Pa r a n õ id e - 5 9 a 6 9 -217
A n s ie d a d e P e r s e c u t ó r ia - 5 9 a 6 9 A p ê n d ic e 11, A l g u n s t r a n s t o r n o s im p o r ia n i es e s u a
A n s ie d a d e Ps ic ó t ic a -1 2 1 m e d ic a ç ã o - 223
A n s ie d a d e r e a t iv a à depressão - 156 A p ên d ice 111 - s o b r e o A u t o r , 235
A n s ie d a d e R e a t iv a A g u d a - 114 A p ê n d ic e s - 215
A n s ie d a d e s e d e p r e s s õ e s n e u r ó t ic a s - 148 A p o m o r f in a - 132,153
A n s ie d a d e s H i p o c o n d r í a c a s - 101 A p o p to s e - 3, 3 7
A n s ie d a d e s P r im it iv a s - 5 9 a 6 9 A p r a g m a t is m o - 158
A n s io l ít ic o s - l, 9 6 , 9 7 , 1 0 7 , 1 2 9 , 1 3 8 , 1 4 2 1 9 8 A p r e n d iz a d o In f o rm al dos M it o s - 16, 230
A n s io l ít ic o s b e n z o d ia z e f ín ic o s - 134 A q u is iç ã o de H a b il id a d e s - 51
A n ta b u s - 116 A r c o r r e f l e x o c o r t ic o d ie n c e f a l o c a s t r e n t é r ic o - 159
A n t a g o n is m o s e l e t iv o ã d o p a m in a - 152 A r m a zen a m en to - 130
A n t a c o n is t a d a a n f e t a m in a - 153 A r n ic a - 218
A n t iá c id o s - 134 A ropax - 92
A n t ia r r ít m ic o s - 9 0 A r q l ie a m e n t o d as so br ancelhas - 134
A n t ic a ia l c p it c o - 86 A r r e p io s - 233
2A-2
A r r it m ia C a r d ía c a - 8 2 ,1 6 8 ,1 7 4 ,1 7 5 B a la n ço s ó d io - p o t á s s io - 168
A rs C - 92
ur an d i B a lb u c io - 45
A r ia n e - 1 3 4 ,1 4 4 B a l n e a r e o t e r a p ia - 129
A r te - 39, 2 3 0 , 23 6, 2 3 7 B a r b i t a l - 112
A r te n a P s iq u ia t r ia - 5 3 B a r b i t u r a t o s - 112
A r t e r io s c l e r o s e c e r e b r a l - 144 B a r b it ú r ic o s - 74, 75, 86 a 89,103, 111, 112,142
A r t e r io s c l e r o s e c o r o n a r ia n a - 144 B a r b it ú r ic o s A b s o r ç ã o M e t a b o l is m o e E x c r e ç ã o
A r t e r io s c l e r ó t ic o s -1 5 0 -113
A r t r a l g ia s - 108 B a r b it ú r ic o s A ç A o s o b r e o S is t e m a N e r v o s o - 113
A s p ir in a - 9 1 ,1 4 2 B a r b i t l i r i c o s d e A ç A o P r o l o n g a d a - 104
A ssoalho d o q u a r to v e n t r íc u l o - 143 B a r b i t ú r i c o s d e A ç A o U l t r a c l i r t a - 112
A s t e n ia - 115 B a r b i t l i r i c o s d e A ç ã o U l i r a - r á p i d a - 104
A ta q u e a o V ín culo - 59 a 69 B a r b it ú r ic o s E s p e c ia l id a d e s f a r m a c ê u t ic a s apre
A t a x ia - 9 8 ,1 0 3 ,1 0 5 ,1 0 8 ,1 1 3 ,1 1 5 ,1 1 6 ,1 2 0 s e n t a ç õ e s e p o s o l o g ia - 114
A t e ís m o - 3 6 B a r b it ú r ic o s T o x ic id a d e E f e it o s C o l a t e r a is e
A t e n ç A o d e l ir c ê n c ia - 2 2 3 I n t e r a ç õ e s - 113
A t e n u a ç ã o d a a g r e s s iv id a d e - 150 B a r b i t l i r i c o s U s o T e r a p ê u t i c o - 113
A t e n u a ç ã o d a s t e n d ê n c ia s n e g a t iv a s - 150 B a r r e i r a H e m a t o e n c e f á l i c a - 73
A t e t o s e - 134 B e la d o n a - 218
A t i m o r m i a - 1 5 3 ,1 5 8 B e n e r v a - 227
A t i t u d e A t iv a m e n t e P a s s iv a - 5 9 a 6 9 B en z o d ia z ep ín ico eu íp n ico - 185
A t iv a ç ã o d o a d e n il a t o - c ic l a s e
- 165 B e n z o d i a z e p í n i c o s - 3 9 , 223,2 2 4 , 227,230, 232 233
A t iv id a d e a n t ic o l in é r g ic a - 9 6 , 149 B e n z o o i a z e f í n i c o s c o m o A n t i c o n v u l s i v a n t e s - 121
A t iv id a d e a n t i e m é t i c a - 155 B e n z o d i a z e p í n i c o s d e c u r t a d u r a ç ã o - 107
A t iv id a d e A n t i e p i l ê p t i c a - 116 B e n z o d i a z e p í n i c o s E s t u d o p o r C o m p o s t o - 99
A t iv id a d e d e l ir a n t e - 150 B e n z o d i a z e p í n i c o s Q u í m i c a e F a r m a c o l o g i a - 96
A t iv id a d e e Pa s s iv id a d e - 5 9 a 6 9 B e t a b l o q u e a d o r e s - 139, 224
A t o F a lh o - 2 6 B e ta fe n ilis o p ro p ila m in a R A C Ê M IC A - 174
ATP -1 6 4 B e t a c l o b u l in a - 156
A 134, 144, 229
226
t r o f ia d o s l o b o s t e m p o r a is é s u g e s i iv o d e d o e n B ip e r id e n o -
A - 74, 75
96
ç a de l z h e im e r B lo q u ead o r es A l f a - a d r e n é r g ic o s -
A - B h ip o t a l  m ic o - - 143
25
t r o p in a l o q u e ia o e ix o h ip o f is á r io
A - B
103
tu a ç ã o l o q u e io c o n t ín u o do r ec ep to r d o p a m in é r g ic o n o
A t u r d im e n t o - e s t r ia d o - 131
A u d iç ã o d e r u íd o s e s t r a n h o s - 233 B
R E M - 116
l o q u e io d a s e c r e ç ã o d o s h o r m ô n io s h ip o t a l à m ic o s
A So - 156
155
u m en ta r o n o
A - B l o q u e io pós- s in á p t t c o - 130
117
l im e n t o d a a g r e s s iv id a d e do r ec ep to r
A A C - B l o q u e io d o p a m in é r g ic o pr o v o cad o por a n t i
138
u m en to d a ten ç ã o em r ia n ç a s
- f o s f o - q u i n a s e (C PK ) - - 229
116
A u m en to d a c r e a t in in a p s ic ó t ic o s
A Fr eq c i a d e C o n v u i ^s ò e s -
131
u m en to d a üên B l o q u e io g e n e r a l iz a d o d o s s is t e m a s
A u m en to d a m am a - D O P A M IN É R G IC O S PELOS N E U R O L É P T IC O S - 131
A u m en to d a r eca ptação d e d o p a m in a - 164 Bo c a seca - 134
A S e c r e ç ã o B r ô n q u ic a - 122 Bo O -59 69
141
u m en to d a m b ie t o a
A u m en to d a S e c r e ç ã o g á s t r ic a - B o m b a d e s ó d io - 163,164
A B o n s r esu lta d o s
156
u m en to d a s ín t e s e de d o p a m in a a n ív e l dos n ú n o b l c iq l ie io m o to r c o m p leto em
cleos d a base - p a c ie n t e s c a t a t ô n ic o s - 158
A u m en to de produção d e d o p a m in a - 130 B r a d ic a r d ia - 141
A u m e n to de reação aos e s t ím u l o s e x t e r n o s -1 5 5 B r a d ip s i q u i s m o - 113
A u m e n to d e r e c e p to r e s pós- s in á p t ic o s - 131 B rom azepam - 101, 208
A u m en to d o s s e io s - 131 B r o m eto s - 104
A Ao - 164 B - 134,136, 232
227
u m en to n a r eca ptaç d e n o r e p in e f r in a r o m o c r ip t in a
A - B u l im ia - 232
78
u m en to o li p er d a d e peso
A u r o r ix - B u l im ia N ervosa - 4 0 , 85 a 88, 225
A u r o r ix , P o s o l o g ia d o - 7 8 B u p r o p io n a 80, 92
-
A u s ê n c i a S i m p l e s - 11 7 ,1 1 8 B u s p a n i l - 91,103,104
A u s ê n c ia T íp ic a e A t íp ic a - 1 2 2 B u s p a r - 91,103,104
A u s ê n c ia s - 115,116 B u s p i r o n a - 91,103,104
A u s ê n c ia s S i m p l e s - 121 B u t a b a r b i t a l - 112
A u s ê n c ia s S i m p l e s T í p i c a s - 119 B u t i r o f e n o n a s - 132135,137,138,139,149,150,151,153
A u s ê n c ia s T íp ic a s - 1 2 0 ,1 2 3 B l i t i r o f e n ò n i c o s - 149
A u s ê n c ia s T íp ic a s e A t í p ic a s - 12 3 C a b e ç a - O c a - 105
A u tis m o - 4 5 , 1 4 2 , 1 4 3 , 1 4 5 , 1 5 0 , 1 5 3 , 1 5 7 , 2 2 4 C a l ç a r u m sa pato q u e g u a r d a m o s d a in f â n c ia - 230
A u t o c o n f ia n ç a - 174 C a l m o c i t e n o - 116
A u t o c r ít ic a - 139 C a m o m i l a v u l g a r - 218
A u to - in d u ç â o d e v ô m it o s - 224 C a n a l d e A n s i e d a d e - 51, 5 2 54
A u to - r e c e f t o r - 132 C a n a l d e A n s i e d a d e e o s I n s t i n t o s - XV I11, 5 2 54
A u t o r it a r is m o p a te r n o - 176 C a n a l d e C l o r e t o - 97
A v a l ia ç ã o C a r d io l ó g ic a - 77, 7 8 C a n a l G e r a l d e A l e r t a - X V U l, 51, 54
A v a l ia ç ã o p s ic o l ó g ic a d a m e m ó r ia e l in g u a g e m - 226 C â n f o r a - 218
A v a r ia n a Id e n t id a d e - 24, 59 a 69 C a n t o d a S e r e ia - 59 a 69
A v ic e n a -7 , 8 C a p a c i d a d e m n ê m i c a - 155
Ba ix a de A n im o - 99 C a p a c i d a d e p a r a G o z a r - 59 a 69
Ba ix a m o l im ia r c o n v u l s iv o - 1 3 2 ,1 4 9 C a r a c t e r í s t i c a E d i p i a n a n o S o n h o - 59 a 69
C a r a c t e r o l o g ia C o m u n it á r ia - 16, 2 3 0 C i n t i l a m - 194
C a r a c t e r o l o c ia C u ltu r a l - 16, 2 3 0 C iP R A M ii. - 226, 233
C a r a ter e p il é p t ic o - 158 C i s A o - 59 a 69
C a r a ter U n iv e r s a l dos M it o s - 16, 2 3 0 C i t a l o p r a m - 90, 226, 229, 233
C a r b a m a to s -1 0 4 C l a s s if ic a ç ã o d a s D o e n ç a s M e n t a is - 35
C a r b a m a z e p in a - 1 1 3 ,1 1 5 ,1 1 6 ,1 2 0 ,1 2 1 2 2 4 , 2 2 6 , 2 3 1 , C l a s s i f i c a ç ã o d o s In s t i n t o s de A co rdo com Suas
233 F o n t e s e F i n a l i d a d e s - 18
C a r b a m a z e p in a , E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s C l a s s if ic a ç ã o D u a l is t a dos In s t in t o s em Fr eu d -
A p r esen ta ç õ es e P o s o l o g i a - 121 15,18
C a r b a m a z e p in a U s o T e r a p ê u t ic o - 1 2 0 C l e f t o m a n i a - 43
C a r b o l i m - 16 8 , 2 2 3 C l IM A TÉ R IO - 101
C a r b o l i t i u m - 168, 2 2 3 C l í n i c a m é d i c a - 155
C a r b o n a t o d e L í t i o - 1, 7 8 , 7 9 ,1 2 1 ,1 5 0 ,1 6 1 ,1 6 3 ,1 6 5 , C l ín ic a m é d ic a e C P2 - 143
168, 2 2 3 , 2 3 0 , 2 3 2 , 2 3 3 C l o b a z a m - 102
C ar b o n a to d e l ít io absorção , d e s t in o e e x c re ç A o C l o m ip r a m in a - 84, 85, 225, 233
-1 6 5 C l o m ip r a m in a e Im p o t ê n c ia 83, 84 S exual -
C ar b o n a to de l ít io , c o n tr a - in d ic a ç õ e s e c u id a C l o m ip r a m in a , E f e it o A 83, 84
n s io g ê n ic o -
d o s - 168 C l o m ip r a m in a n o T r a n s t o r n o d o P â n i c o - 83, 84
C ar b o n a to d e l ít io e funç Ao renal - 165 C lonazepam - 116, 121,122,124, 208, 223, 229, 232,
C a r b o n a to d e l ít io e in g e s t a d e l íq u id o s - 166 233
C ar b o n a to d e l ít io e in g e s ta d e s ó d io - 166 C lonazepam co m o A n t if ó b ic o - 123
C a r b o n a to d e l ít io , E s p e c i a l i d a d e s F a rm a cê u tic a s* C -
143
l o r p r o m a z in a a ç ã o s im p a t ic o l ít ic a c en tr a l e
A Po - 168 -
116
p r esen ta ç õ es e s o l o g ia p e r if é r ic a
C , f ís ic o - q u í m i c a - 163 C -
102
a r b o n a to d e l ít io l o r a n f e n ic o l
C a r b o n a to d e l ít io , in d ic a ç õ e s - 167 C D -
95, 9 7, 9 9 ,1 0 0 ,1 1 6 ,1 8 3 ,1 9 8
lo r a z ep a to ip o t á s s ic o
C ar b o n a to d e l ít io , m e c a n is m o s d e a ç ã o - 164 C -
174
l o r d ia z e p ó x t d o
C a r b o n a to de l ít io , o u tr o s a s p e c to s C l o r id r a t o d e m e t il f e n id a t o -
f a r m a c o l ó g ic o s - 164 C l o r im ip r a m in a - 83, 8 4 ,1 8 3 , 2 0 0 , 2 2 5
C a r b o n a t o d e l í t io , t o x i c id a d e e e f e it o s c o l a t e r a is C Im 83, 8 4 Sex -
83, 8 4
l o r im ip r a m in a e p o t ê n c ia ua l
-1 6 5 C , E A -
232
l o r im ip r a m in a f e it o n s io g ê n ic o
C a r b o n a t o d e l ít io , u s o t e r a p ê u t ic o - 166 C -
1 3 9 ,1 7 6 ,1 0 5
l o r m e t ia z o l e
C a r d ia z o l - 74 C l o r o p r o p io n a m id a -
C a r ê n c ia d e c o m p l e x o B - 2 2 5 C l o r o p r o p r io n a m id a a b s o r ç ã o e t o l e r â n c ia - 177
C a r ê n c ia s n u t r ic io n a is - 2 2 5 C E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t i
177
l o r o p r o p r io n a m id a
C a r e ta s -1 3 4 ,1 3 8 cas, A p r esen ta ç õ es e P o s o l o g ia -
C a r t e ir a de Id e n t id a d e - 59 a 69 C l o r o p r o p r io n a m id a u s o t e r a p ê u t ic o -1 7 7
C - 218 C - 1 30 ,13 5,1 37 ,14 1 .1 4 2.1 43 ,14 4 ,1 4 5,
146 ,1 4 9 ,1 8 5 , 2 0 1 2 0 9 , 2 2 3
a s im ír o a l o r p r o m a z in a
C aso C l ín ic o - X V III, 53, 59 a 69
C aso E u s t á q u io - 25, 27, 59 a 69 C l o r p r o m a z in a a c fi fr a o m e t a b o l is m o d o
C assaú - 218 f e n o b a r b it a l - 134
C a s tr a ç ã o - 59 a 69 C lo r p r o m a z in a p o te n c ia liz a os a n e s t é s ic o s - 142
C a t a l e p s ia - 153 C lq x a z o la m -102
C a ta r a ta estela r - 133 C l o z a l -102
C a ta r a ta p o la r - 13 3 C l o z a p i n a - 154, 228, 229
C a t a t im ia - 158 C o a d i u t a n t e e m o r ie n t a ç õ e s p e d a g ó g ic a s - 173
C a t a t o n ia - 225, 232 C o a d i u v a n t e em m u i t a s ps ic o t ER A P IA S - 173
C a t a t o n ia em a n im a is - 129 C o c a ín a - 8 7
C a t a t o n ia leta l - 225 C o d e r g o c r in a - 202, 226
225 10,11, 230
177
C a t a t o n ia o r g â n ic a - C ó d ig o s T r a n s c u l t u r a is -
C a t e c o l a m in a s - 73, 80 C ó le r a -
C e f a l é ia - 153 C o l e s t a s e -144
C e f a l é ia s C o n t ín u a s A s s o c ia d a s ã E p il e p s ia - 121 C O L E S T A S E I N T R A -H E P Á T I C A - 133
C e f a l ê i a s P a r o x í s t i c a s - 121 C ó l i c a s i n t e s t i n a i s - 141
C e g u e ir a - 133 C O L IN E S T E R A S E - 73
C é l u l a s G l ia is - 123 C Ó L O N IR R IT Á V E L - 155, 159
C e m ic íf u g a - 219 C om g r a n d e h ip e ra tiv id a d e -139
C en tr o s d e A l c o o l is m o e D rogas - 36 C o m a - 113
C er ebelo s - 9 6 , 9 7 ,1 5 7 C om plexo B - ,227
C e r e ie ir a d e V IR G ÍN IA - 2 1 8 C o m plexo d e É d ip o - 23 a 26
C er etr a m - 193 C om plexo d e É d ip o n a A v a l ia ç ã o In ic ia l - 56
C hoque - 143 C o m p lexo d e É d ip o n a C o n s tr u ç ã o do D ia g n ó s t i
C ho que A n a f il á t ic o - 92 co - 56
C ho que e l é t r ic o n u m a d o en te com c e g u e ir a h is C o m p o r ta m en to A n t i - s o c ia l - 121
t é r ic a -1 2 9 C o m p o r ta m en to b iz a r r o - 233
C IC L O B A R B I T A L - 112 C o m p o r ta m en to b iz a r r o c o m p u l s iv o - 233
C ic l o p l e g ia - 9 5 C o m p o r ta m en to b iz a r r o ç s t e r e o t ip a d o - 233
C lC L O T IM IA - 3 9 C o m p o r ta m e n to e x t r e m a m e n t e m a l -a d a p w iv o - 231
C ic u t a - 218 C o m p o r ta m en to In s t in t iv o - 51, 52, 54
C lD -1 0 - 35 a 4 7 C o m p o r ta m en to ir r it a d iç o - 223
C i ê n c i a e F i l o s o f i a - 21 C o m p o r t a m e n t o s a g r e s s iv o s - 227
C ig a r r o - 8 0 , 9 2 ,1 3 4 C o m p o s iç ã o a f e t iv a n a im a g e m o n ír ic a - 237
C im e t id in a - 8 8 C om preensão H e r m e n ê u t ic a - 22
C lN A R A Z IN A - 19 6 C o m p r o m e t im e n t o d a v is ã o - 149
C om pulsão ã R e p e t iç ã o - 3 ,1 8 , 5 6 C r is e s G e n e r a l iz a d a s T ô n ic o -C l ô n ic a s (p s ic o m o
C om pulsão ã R e p e t iç ã o n a C o n s tr ução d o D ia g to r a s ) -1 2 1
n ó s t ic o - 5 6 C r is e s M i o c l ô n i c a s - 122
C om pulsão X R e p e t iç ã o na E n t r e v i s t a In i c i a l - 5 b C r is e s M i o c l ô n i c a s A s s o c ia d a s a C r is e s T ô n ic o -
C om pulsão ã R e p e t iç ã o n a M e m ó r i a d a E s p é c i e - 10 C l ô n ic a s e m C r ia n ç a s - 123
C om pulsão X R e p e t iç ã o n a M e m ó r ia d o s F r e it a s - 11 C r is e s M io c l ô n ic a s In f a n t is - 105
C o m u n ic a ç ã o E x t r a v e r b a i. - 53, 5 9 a 69 C r is e s M io c l ô n ic a s Pur a s em C r ia n ç a s - 123
C o n c e it o s B á s ic o s - X V lll C r is e s M o to r a s - 119
C o n c e n t r a ç ã o d a a t i v i d a d e m o t o r a e d a fa i a - 174 C r i s e s o c u l ó c .i r a s - 138
C o n c en tr a ç ã o n o L ei ie - 117
M a ter n o C r is e s T ô n ic o -C l ô n ic a s Exacerbação - 119
C o n c en tr a ç ã o S f.r i c a M a t e r n a - 117 C r is e s T ô n ic o -C l ô n ic a s - G e n e r a l iz a d a s - 113
C o n c en tr a çõ es S é r ic a s E l e v a d a s n o R ecém -n as C r o m a to g r a fta g a s o s a - 132
c id o -1 1 7 C ronogeron 25 m g - 197
C o n d en sação (P s i c a n á l is e ) - 236 C ronogeron 75 MC. - 197
C o n f l it o E d íp ic o n a Av a l ia ç ã o In ic ia l - 56 C u id a d o s m u l t id is c ip l in a r e s - 226
C o n f l it o E d íp ic o n a C o n s tr u ç ã o do D ia g n ó s t ic o C l il p a - 59 a 69
- 56 C ur a P s ic a n a i ít ic a - 59 a 69
C o n f l i t o I n s t i n t i v o - 18 C u s t o s o c ia l f a m il ia r e p e s s o a l d a depressão - 227
C o n f l i t o s f a m i l i a r e s - 176 D a f o r in - 89, 225, 233
C o n f l is ã o m e n t a l - 8 5 ,1 0 3 ,1 3 4 ,1 4 3 ,1 7 5 , 2 2 6 D a l m a d o r m - 106
C o n f u s õ e s n a s u r g ê n c ia s p s iq u iá t r ic a s - 150 D a n o cerebral - 168
C o n s t ip a ç ã o - 132,134, 227 D a n t r iu m - 138
C o n s t ip a ç ã o in t e s t in a l - 8 2 ,1 4 4 D a n tr o len e - 138, 232
C o n te Ci d o L aten te de u m a Pa r á b o la - 22 D a r d a n in - 177
C o n te ú d o L a te n te e H e r m e n ê u t ic a - 22 D a r d a n i n i n f a n t i l - 177
C o n t ín u a sensação d e t é d io - 231 D a r w i n i s m o - 4,15
C - 228 D e b e l a r n á u s e a s - 143
237
o n t ín u o hum or m e l a n c ó l ic o
C o n t o - 8 ,9 D e c if r a n d o um sonho -
C O N T R A -1 N D IC A Ç Ã O N A S F O R M A S A N S IO S A S P U R A S - 158 D e c o d if ic a ç ã o dos M it o s - 16, 230, 237
C o n tr a -tr a n s f e r ê n c ia - 53, 5 4 D efesa c o n t r a a C a s tr a ç ã o - 59 a 69
C o n tr a tu r a m uscular - 15Ò D e f ic iê n c ia M e n ta l - 44
C o n tr o le C l ín ic o c o m N o r m a l iz a ç ã o d o EEG - 124 D e f ic iê n c ia M en ta l e M e m ó r ia dos F r e it a s - 54
C o n tr o le C l ín ic o e H e m a t o l ó g ic o A cu r ad o 119
- D é f ic it c o g n it iv o - 225
C o n ir o le C l ín ic o s e m N o r m a l iz a ç ã o d o EEG - 124 D é f ic it d a t r a n s m is s ã o d o p a m in é r g ic a n ig r o -
C onvulsões - 80, 8 9 a 92 EOSTRIADA DE ORIGEM DECENERXriVA - 139
C onvulsões C F o c a i s - 113
o r t ic a is D e l in q ü ê n c ia iu v e n il - 176
C onvulsões d o T - 113
éta n o D e l ir a n t e T r a n s to r n o - 36
C onvulsões E p i l é p t i c a s - 113 D e l ír io - 135,142
C onvulsões F e b r i s - 113, 116, 117 D e l ír io - 158
e p il é p t ic o
C onvulsões M io c l ô n ic a s d e C r ia n c in h a s - 115 D e l ir io l ít ic o s 145,156 -
C o n v u l s o t e r a p ia - 129 D e l ír io s -175, 227
C o r é ia - 134 D e l ír io s c r ô n i c o s - 1 4 6 ,1 5 0
C o r in t o l - 13, 177 D e l ír io s e a l u c i n a ç õ e s d a s p s ic o s e s c r ô n i c a s - 151
C ó r n e a a n t e r io r - 133 D e l ír io s p a r a n ó ic o s - 151
C ó r n e a p o s t e r io r - 133 D e l ir iu m - 35,134
C ó r t e x C e r e b r a l - 9 6 , 9 7 ,1 0 4 D e l ir iu m tr em en s - 143
C o r t i c ó i d e s - 1 2 4 ,1 3 3 D e m ê n c ia a s s o c ia d a ã D oença de Pa r k in s o n - 227
C O R IT C O T E R A P IA O R A L - 1 2 4 D e m ê n c ia de A l z h e im e r - 225
C o r t i s o l - 116 D e m ê n c ia fr o n to - te m poral - 227
CORTRO SINA - 124 D e m ê n c ia por co rpúsculo s de in c l u s ã o de L evy -
C o r t r o s in a D epot - 124 202, 226, 227
CPK - 134 D e m ê n c ia por m ú l t ip l o s in f a r t o s c e r e b r a is - 225
C r ateco - 219 D e m ê n c ia - 226
vascu lar
C r e a i in in a f o s f o q u in a s e - 231 D e m ê n c i a s - 35, 47, 225, 226
C renças - 230 D e o X IUAR BITL1R a t o s - 11-4
C r ia ç õ e s o b ie t iv a s d o e s p ír it o - 236 D epakene - 118
C r i a n ç a s a g r e s s iv a s - 174 D e p e n d ê n c ia d e á l c o o l - 227
e abuso
C r ia n ç a s c o m d if ic u l d a d e s e s c o l a r e s - 177 D e p e n d ê n c ia 112,113,155,174,175
F ís ic a -
C r ia n ç a s c o m g r a v e s d is t ú r b io s d a c o n d u ta - 139 D e p e n d ê n c ia 107, H 2 ,113,155,175
P s íq u ic a -
C r ia n ç a s e pr é- a d o l e s c e n t e s c o m d is f u n ç ã o cere D e p l e ç ã o s e r o t o n í n i c a - 141
bral M ÍN IM A - 1 7 5 D e p ó s it o s g r a n u l a r e s e m fo r m a de estr ela - 133
C r ia n ç a s h ip e r c in é t ic a s - 1 3 9 ,1 7 4 ,1 7 5 D e p ó s it o s g r a n u la r e s em fo r m a de estr ela
C r i a n ç a s m e n o r e s d e s e is a n o s - 175 o b s e r v á v e is n a c ó r n e a e n o c r i s t a l i n o - 131
C r ia t iv id a d e - 23, 230 D eprax 89, 225, 233
-
C r ia p iv id a d e e m Ps ic a n á l is e - 2 3 D e p r e s s ã o - 120,141,143,152,156,166,174 175,225,
C r is e n a P s ic a n á l is e - 3, 2 7 226, 227, 230, 232, 233
C r is e s A c in é t ic a s -1 2 4 D e p r e s s ã o a c e n t u a d a e m p s i c ó t i c o s - 135
C r is e s C o n v u l s i v a s - 1 0 8 ,1 1 3 D e p r e s s ã o A n s i o s a - 85 a 92,158
C r is e s de e x c it a ç ã o p s ic o m o t o r a de q u a lq u er D e p r e s s ã o B i p o l a r - l, 89 a 92
e t io lo g ia - 1 4 3 D e p r e s s ã o d o s C e n t r o s R e s p i r a t ó r i o s - 82
C r is e s e p i l é p t i c a s - 229 D e p r e s s ã o E n d ó g e n a - l, 77, 78, 79
C r is e s E p il é p t ic a s C o n v u l s iv a s - 113 D e p r e s s ã o M a i o r - 1, 89 a 9 2 232
C r is e s E s p a s m ó d ic a s I n f a n t is - 105 D E m E s s A o n a p s i c o s e - 157
D epressão N e u r ó t ic a - 77, 78, 79, 99 D ia z e p a m - 95, 97, 100, 116, 121, 157, 158, 184, 198,
D epressão n o Esq - 77, 78, 7 9
u iz o f r ê n ic o 207, 223, 224, 227, 231, 232, 233
D epressão P s i c ó t i c a - 1, 7 7 , 7 8 , 7 9 , 8 5 D i a z e p a m N Q - 116
D epressão R e a t iv a - 85, 8 9 a 9 2 D ib e n z o a d ia z e p in a - 154
D epressão R e c o r r e n t e - 1, 8 9 a 9 2 D i b e n z o x e p in a - 84
D epressão R e s i s t e n t e - 1, 8 9 a 9 2 D ic u m a r o l 116 -
D epressão r e s p ir a t ó r ia - 2 3 2 D ie n c e f á l ic o - 149
D epressão S e n il - 8 9 a 9 2 D i e n p a x - 100,116,184,198, 223
D epressão T r a t a m e n t o M e d ic a m en to s o - 1, 7 5 D ie n p a x I n ie t á v e l - 122, 208
D e p r e s s iv a P o s iç ã o - 5 9 a 6 9 D i e t a - 225
D epressões a g i t a d a s - 1 3 5 ,1 3 9 D i e t a C e t o g ê n i c a - 113
D epressõ es a g it a d a s de n e u r ó t ic o s - 146 D i e t a h i p o s s ó d i c a - 165
D epr essõ es n e l ir ó t ic a s - 158 D ie t il a m in o e t a n o l - 177
D e p r im e o cen tr o ter m o r r ec u la d o r h ip o t a l ã m ic o D if e n ib u t il p ip e r id in a - 132,135,149, 152,153
-1 4 3 D if e n il id a n t o ín a 90,113,115,116,120,121,135, 232
-
D e p t r a n - 101, 2 0 8 D if ic u l d a d e d e a d a p t a ç ã o a o e s c u r o - 133
D e r iv a d o b l it t r o f e n õ n ic o - 14 0, 14 9, 187, 2 0 2 D if ic u l d a d e d e a p r e n d iz a g e m - 176, 231
D f.r i v a d o d a R a l i w o l f t a - 1 4 0 D if ic u l d a d e de C o n c en tr a ç ã o -120
D e r iv a d o d if e n il b l it il p ip e r id in a - 187 D if ic u l d a d e d e M ic ç ã o - 97
D e r iv a d o p ip e r id ín ic o - 173 D if ic u l d a d e d e R e m is s ã o - 47
D e r i v a d o T o x a n i ê n i c o - 1 4 0 , 141, 1 4 8 D if ic u l d a d e e s p e c ia l n o tr a ta m en to do e p il é p t i c o
D e r iv a d o s A l c o ó l ic o s - 104 -132
D e r iv a d o s b e n z o d ia z e p ín ic o s - 1 8 3 ,1 9 8 D if ic u l d a d e n a c o n str u ç ã o de i rases - 226
D e r iv a d o s d a Im in o d ib e n z il a - 80 D if ic u l d a d e p a r a r e s p ir a r - 233
D e r iv a d o s D ic e t o- h ip r o p il io ín ic o s - 1 0 4 D if ic u l d a d e s d e M e m ó r ia - 113,141, 227
D e r iv a d o s d if e n ib u t il p ip e r id in a - 14 0, 1 4 9 ,1 5 2 D ig it á l ic o s - 91
D e r iv a d o s d o C l o r a l - 104 D ig it o x in a - 116
D e r iv a d o s f e n o t i a z í n i c o s - 1 8 5 ,1 4 0 ,1 4 1 , 1 4 2 2 0 1 D iid r o c u m a r in a - 116
D e r iv a d o s p r o p a n o d ió l ic o s -1 8 3 D im e ta d io n a - 118
D esagregação c r ô n ic a d a p e r s o n a l id a d e - 13 5 D im e tila m in o e ta n o l - 176
D e s â n im o - 141 D i m i m n u i a s c o n c e n t r a ç õ e s p i .a s m á t ic a s dos
D e s a v e n ç a s c o n iu c a is e f a m il ia r e s - 227, 230 N E U R O L É P TIC O S - 135
D escarga de um p e ix e e l ê i k i c o - 129 D i m i n u e m o l i m i a r c o n v u l s i v o - 134
D e s e io d e Fum ar - 80, 9 2 D im in u iç ã o d a l ib e r a ç ã o d o A C T H - 143
D e s e io de M a n ip u l a ç ã o pela M ã e /A n a l is t a - 59 D im in u iç ã o d a l ib id o 97,143,157, 227
-
a 69 D im in u iç ã o d a S e c r e ç ã o S a l i v a r - 95
D e s e io d e R e p a r a ç ã o - 5 9 a 6 9 D im in u iç ã o d a s e n s a ç ã o d e f a d i g a - 174
D e s e q u il ib r a a h o m o t e r m ia - 143 D im in u iç ã o d a V e l o c id a d e d e H e m o s s e d im e n t a ç ã o
D e s e q u il íb r io d o S is t e m a N e r v o s o A u tô n o m o -1 3 3 , -117
138 D im in u iç ã o do i n t e r e s s e e id o p r a z e r - 227
D e s id r a t a ç ã o - 2 3 2 D im in u iç ã o d o m e t a b o l is m o - 144
D e s in ib iç ã o sexual - 226 D im in u ír e m a c o n c e n tr a ç ã o p l a s m á t ic a de
D e s in ib iç â o - 227 n eu r o lép ttc o s 134 -
D e s in ib id o r sobre a a f e t iv id a d e - 156 D ip l o p ia - 115,120
D e s in ib id o r sobre o hum or - 156 D is a r t r ia - 165
D e s in ib id o r a e r ed u to r a d o a p r a c m a t is m o - 147 D is c in e s ia o r o f a c ia l - 134, 228
D e s in t e r e s s e- 1 4 5 ,1 4 7 D is c in e s ia precoce - 139
D e s i p r a m i n a - 81, 8 2 8 4 , 1 8 2 D is c in e s ia T a r d ia - 118,131, 134, 138, 139, 228
D e s m e i il im ip r a m in a - 8 2 D is c in e s ia s - UI
D e s n u t r iç ã o - 176 D is c r a s ia s - s a n g ü ín e a s - 108
D e s o r ie n t a ç ã o e s p a c ia l p r o g r e s s iv a - 226 D is f a s ia - 44
D e s p e r s o n a l iz a ç ã o - 40, 233 D is f u n ç ã o c e r e b r a l m ín im a - 145,174,175,176
D u s r e a l iz a ç ã o - 40 D is f u n ç ã o H e p á t i c a - 89 a 92
D e s t in o - 25 D is f u n ç ã o S e x u a l - 43
D e s v ia r os o lhos - 134 D is l e x ia - 4 4 ,1 7 6
D e t e r io r a ç ã o c l ín ic a - 226 D is s a b o r e s n o tr a b a lh o - 227
D e t e r io r a ç ã o s e n il aco m pa n h ad a de d is t ú r b io s D is s o l u ç ã o d a a p a t ia e r u ptu r a do a u t is m o - 151
o r g â n ic o s c o n c o m it a n t e s - 135 D is s u l f ir a m 116, 227
-
D ex a m eta so n a - 116 D is t im ia - 4 0, 89 a 9 2 158, 228
D e x a n f e t a m in a - 230 D is t im ia s e p il é p t ic a s - 151
D e x e t im id e - 153 D is t o n ia - 134
D ia b e t e s In s íp ie » - 121 D is t o n ia a g u d a o u - 228 t a r d ia
D ia g n ó s t ic o d if e r e n c ia l d e a c a t is ia co m a a g it a D is t o n ia c r ô n ic a 229 -
ç ã o p s ic ó t ic a - 224 D is t o n ia s a g u d a s - 223, 229
D ia g n ó s t ic o d if e r e n c ia l d e S ín d r o m e N e u r o l é p t ic a D is t o n ia s e x t r a p i r a m i d a i s - 142
E s t a z o l a m - 107 t a r d ia - 2 2 8
E s t e r e o t i p i a s - 151 F e b re a l t a - 1 3 3 ,1 3 8
E s t im u l a ç A o d o r e c e p to r p r é- s in á p t ic o - 132 F f c h n e r , T e n d ê n c ia à E s t a b il id ade - 18
E s t im u l a d o r e s d a v ig íl ia - 173 F e n d a P a l a t i n a - 116
E s tr es s e - 2 2 7 F e n e lz in a - 7 5 , 2 2 9
E s t r o c ê n io s - 232 F e n e r g a n - 144,145
E str u tu r a s s u b c o r t ic a is - 141 Fen il a m in a s - 173
E s t l id o P a r t ic u l a r dos E u íp n ic o s - 104 F e n i l e t i l - m a l o n a m i d a - 11 5
Es i l i d o so br e a A n s ie d a d e - 49, 54 F e n ir a m id o l - 116
Es tu dos dos n e l ir o l é p t ic o s - 137 F e n i t o í n a - 1 1 3 ,1 1 5 , 1 2 0 , 121, 2 3 2
Es tu p o r - 133, 225 F e n o b a r b it a l - 1 0 4 ,1 1 2 , 1 1 5 ,1 2 0 , 2 0 9
Etan o l - 116 F e n ô m e n o s n e u r o d is lé p t ic o s - 1 5 3
E t o s u c c in im id a -1 1 9 ,1 2 1 Fenôm enos psico ssen so riaís - 1 5 0
Fen o t ia z id a s - 116 G r a n d e m a l e p ilé p t ic o - 1 7 7
Fe n o t ia z ín ic o s - 135, 1 3 7 ,1 3 9 ,1 4 1 , 1 4 3 ,1 4 7 , 1 4 9 , 1 5 1 G r a n d e P o t ê n c ia A n t i -E p il é p t i c a - 120
Fe n o t ia z in a s - 7 7 , 1 3 7 ,1 3 8 ,1 5 3 G ra v id e z - 1 7 5
Fen o t ia z ín ic o s d e d ir e it a - 147 G ra v id e z e L a c t a ç ã o - 1 0 8
F e o c ro m o c ito m a - 1 5 7 G u a n e t id in a - 8 3 , 9 0 , 1 3 5
F e t ic h is m o - 4 3 H á b it o - 1 0 4 , 1 1 3
F ib r in o g ê n io - 156 H a d o l - 1 3 5 ,1 5 1 ,1 8 7 , 2 0 2 2 1 0 , 2 2 3 , 2 2 6 , 2 2 9 , 2 3 1
F i d e p a x - 112 H a l c i o n - 1Ó 7, 1 9 9
F il o g ê n e s e - 3 ,1 5 H a lit o s e o c r e - 2 2 9
Filo gên ese d a O rigem d o S is te m a C o n s c ie n te - 9 F Ia lo b a r b it a l - 1 1 2
Filo gên ese n a T e o ria F r e u d ia n a - 6 , 8 , 1 2 , 1 5 , 1 6 H a lo p e r id o l - 1 3 5 , 1 3 7 , 1 3 8 , 1 4 9 , 1 8 7 , 2 0 2 2 1 0 , 2 2 3 ,
F il o c e n ê t ic o - X V l l l , 10, 12, 16 2 2 6 , 2 2 9 , 231
F ilo s o f ia e C iê n c ia - 21 H a lo p e r id o l E s p e c ia lid a d e s F a r m a c ê u tic a s , A p re
F is io t e r a p ia - 2 2 5 sen taçõ es e P o s o lo g ia - 1 5 0
Fixid ez n o o l h a r - 153 H am am élid e - 2 1 9
F le x ã o m o d e r a d a d o s a n t e b r a ç o s - 13 3 H a r m o n i z a d o r p s ic o s s o m á t i c o - 156
F l o r a b ra s ilie n s is - 2 1 7 H e b e f r ê n ic a - 1 5 2
F lu f e n a z in a - 1 3 5 , 1 4 6 , 1 4 8 H e lé b o ro b r a n c o - 2 1 9
F lu n itra z e p a m - 1 0 6 H e lé b o ro v e rd e - 2 1 9
F lu n itra z e p a m in ie t á v e l - 2 1 0 H e m e r a lo p ia - 119
F lu o x e t in a - 8 9 , 2 2 5 , 2 2 6 , 2 3 2 , 2 3 3 H e m o g ra m a - 2 2 5
Flu raze p a m - 1 0 5 ,1 0 6 H e p a tite - 119
F lu v o x a m in a - 8 8 H E P A T O T O X IC ID A D E - 1 1 7
F lu x e n e - 8 9 H e f a t o t ó x ic o - 101
F o b ia s o c i a l - 2 2 9 H eran ça de C ara c teres A d q u ir id o s e m F r e u d -10,16
Fo b ia s - 77, 78, 7 9 H er ança F il o g e n é t ic a - 8
F o la to s - 113 H e rm e n ê u tic a e C o n te ú d o L a te n t e - 2 2
F o lc lo r e - 2 3 0 H e rm e n ê u tic a e P s ic a n á lis e - 2 1 , 2 2
F o rm a ç ã o P s ic a n a lít ic a - 3 2 H e s s S is te m a E r c ú t r o p u - 7 3 , 7 4 , 7 6
F o rm a ç ã o R e t ic u la r - 9 7 ,1 0 4 ,1 1 3 H ess S is t e m a T r o f ó t r o p o - 73; 7 4
F o rm a s a g u d a s de e s q u iz o fre n ia - 1 5 0 H e s s Z o n a s D in a m ó g e n a s - 7 3 , 7 4 , 7 6 , 81
F o rm a s a g u d a s e su b a g u d as de a lc o o lis m o - 1 4 2 H e x a b a r b it a l - 1 1 2
F o rm a s c r ô n ic a s p ro d u ta s d a e s q u iz o fre n ia - 1 4 6 H id a n t a l - 113,115,116,135
F o rn ia s e s q u iz o frê n ic a s em que pred om ina a apa H id a n t o ín a - 120
t i a e o a u tis m o - 151 H id a n t o in a t o s - 115
Fo r m a s s im p l e s e h e b e f r ê n ic a d a e s q u iz o f r e n ia - 151 H id r a z id a -1 1 6
F o s fo r ild im e t ila m in o e ta n o l - 1 7 8 H id r a z in a , D e r iv a d o s d a - 7 5
Foto ssen s ib il iz a ç à o - 1 4 4 H i p e r a t iv id a d e - 117, 231
F r a ç ã o a t iv a d a s d o s e s d o s m e d ic a m e n t o s - 132 H ip e r a t iv id a d e e m C r ia n ç a s - 113
Fr a g m en ta ç à o d o S ei f - 59 a 69 H ip e r c in e s ia - 177
F re ita s M e m ó ria - 1 , 2 , 1 0 , 1 1 , 1 2 , 1 6 , 1 7 , 4 1 , 5 5 , 9 8 , 2 0 4 , H ip e r c in é tic o s - 1 4 5
227, 230 H ip e r p l a s iã G e n g iv a l - 116
F re ita s M e m ó ria U n iv e r s a lid a d e - 2 3 0 , 2 3 5 a 2 3 7 H ip e r s a liv a ç ã o - 1 2 2
Frisium - 1 0 2 H ip e r s e c r e ç ã o g á s t r ic a c o m f o r m a ç ã o d e g a s t r it e
Fu g a G e o g r ã f ic a - 2 4 - 14 1
Fu n ç ã o de reg ulação d a passagem de d o p a m in a : H l PERSON IA - 2 2 7
im p u l s ã o e b r e q u e - 132 H ip e r s o n ia n ã o O r g â n ic a - 41
F u n ç ã o E r g ó t r o p a - 7 3 , 7 4 81 H ip ertem ia m a lig n a - 2 3 1
F u n ç ã o T ro fó t r o p a - 7 3 , 7 4 , 7 6 H ip e r t e n s ã o - 8 9 a 9 2
F u n ç õ e s d o p a m in é r g ic a s - 231 F Iip e rte n s o s - 1 3 2
F u n ç õ e s P a r a s s im p á t ic a s - 73, 7 4 H ip e r t ir e o id is m o - 2 2 5
F u n ç õ e s p s í q u ic a s s u p e r io r e s - 1 3 0 H if e r t o n ia m u s c u l a r a s s o c ia d a - 144
Fu n d a m e n t o s d a E n t r e v is t a In ic ia l - 53 H ip e r t r o f ia Pr o s t á t ic a - 8 2 88, 8 9
F u n d o s c o p ia - 133 H ip n ó t ic o s - 85. 86, 87, 88, 89, 9 5,9 7,10 4,14 1
G A B A - 178 H ip n ó t ic o s B a r b it ú r ic o s - 104
G a g u e ir a - 46 H ip n ó t ic o s N ã o - b a r b it ú r ic o s - 1 0 4
G a l a c t o r r é ia - 1 3 1 ,1 5 5 ,1 5 6 H ipocam po - 9 7 , 9 8
G a l a c t o r r ê ia e g in e c o m a s t ia em m ulheres - 131 H ip o c o n d r ia - 4 0 ,1 0 1 ,1 5 8
G a l a c t o r r é ia t a n t o e m h o m en s q u a n to em m ulhe H ip o c o n d r ía c o s -77, 78, 79,101,158
res -1 3 2 H ip ó f is e - 157
G a m a g l o b u l in a - 156 H ip o g l ic e m ia - 8 8 a 9 2
Gam m ar -181 H ifo m a n ia - 3 8 , 1 6 7 , 2 3 0 , 2 3 2
G ard enal - 114 H ip o n a t r e m ia - 88 a 91
G ard enal in ie t á v e l - 209 H if o p r o t r o m b in e m ia c o m H e m o r r a g ia - 113
G ard enal Pe d iá t r ic o - 114 H ip o t á la m o - 9 6 , 1 3 1
G a s tr i te - 159 H ip o t á l a m o p o s t e r io r - 158
G a s t r o e n t e r o l o g ia - 155 H ip o t e n s ã o - 1 4 1 ,1 4 3 ,1 4 9 , 2 3 2
G e l s ê m io - 219 H ip o te n s ã o A r t e r i a l - 1 2 2
G in e c o m a s t ia - 1 3 1 ,1 4 1 ,1 4 3 ,1 5 6 ,1 5 7 H ip o t e n s ã o O r t o s t á t ic a - 8 2 9 0 a 9 2,141,144
G lân d u la supra-ren al - 143 H ip o t e n s ã o Po s t u r a l - 83 , 8 4
G l a u c o m a - 8 8 , 9 8 ,1 5 7 ,1 7 5 H ip o t e n s o r - 1 4 2
G l ic e m ia - 2 2 5 H ip ó t e s e D i a g n ó s t i c a In i c i a l - 5 5
G l u t a m a t o - 165 H ip ó x ia - 2 3 2
1 4 -0
H lP S A R R IT M lA - 1 2 2 pessoal - 2 3 1
H ir s u t is m o M u l h e r e s Jo v e n s - 116
em In c o e r ê n c ia - 1 5 3
H is t e r ia - 4 0 ,1 5 8 In c r e m e n t o n a in ic ia t iv a - 1 7 4
H is t ó r ia C l ín ic a C o m p leta 53, 59
- a 69 In d e r al -1 3 8
H is t ó r ia d e d e p e n d ê n c ia - 175 I n d i f e r e n ç a - 151
H is t ó r ia de in f a r t o d o m io c á r d io - 132 I n d i f e r e n ç a p s i c o m o t o r a - 137
H o l o t im ia - 158 In d iv íd u o s c o m pa ssad o u lc e ro s o - 141
H o m eo s ta se In s t in t iv a - 51 In d u ç ã o d o S o n o - 1 0 4
H o r m ô n io h ip o f is á r io - 131 I n d u t o r id o s o n o e m p a c i e n t e s a g i t a d o s - 149
H o r m ô n io s h ip o t a l ã m ic o s - 157 In d u to re s d o S o n o H a b it u a l - 1 0 4
H um or d e p r im id o - 227 In d u z ir o a b \ r e c im e n t o d e s in t o m a s p r o d u t iv o s - 13 5
H um or m e l a n c ó l ic o c o n t ín u o - 228 I n é r c i a - 151
H um or m u tá v el e v a r iá v e l - 231 In fa rto - 2 3 3
H y d e r g in e - 203, 225 In fa rto d o M io c á r d io - 8 2
Ia t r o g e n i a - 99, 124 I n f e c ç ã o (q u a s e s e m p re o r a l ) - 1 3 3
Ic t e r í c i a - 133,144 In f e c ç õ e s - 1 4 4
Ic t e r íc ia O b s t r u t iv a A - 82
l é r g ic a In fe c ç õ e s g r a v e s h a b it u a lm e n t e n a f a r in g e - 1 3 3
Id e a is a s e r e m p e r s e g u id o s - 230 In g e s t ã o a b u s iv a e in o p in a d a d e á l c o o l - 2 3 1
Id é ia s d e l ir a n t e s - 150,152, 157,167 In g e s tã o de g r a n d e q u a n t id a d e d e s ó d io - 1 6 5
Id é ia s d e l ir a n t e s d e c u l p a - 227 In ib e o s r e f l e x o s c o n d i c i o n a d o s - 1 4 3
Id é ia s d e l ir ó id e s - 227 In ib iç ã o d o t ô n u s t ím ic o - 1 4 9
Id é ia s p a r a n ó id e s - 167 In ib iç ã o R e c o r r e n t e - 9 8
Id é i a s s u i c i d a s - 227, 231 In ib id o r d a a c e t ilc o lin e s te ra s e - 2 2 6
Id e n t i d a d e - XV111, 59 69
a I n i b i d o r d a s e c r e ç ã o d e p r o l a c t i n a - 131
Id e n t id a d e , A p a g a m e n t o n a - 59 a 69 In ib id o r S e le t iv o de B o m b a s d e C a p t a ç ã o 5 H - T e
Id e n t i d a d e , A v a r i a n a - 24, 59 a 69 N E -9 1
Id e n t i d a d e , B o r r a m e n t o d a P e r c e p ç ã o - 59 a 69 In ib id o re s d a M A O - 7 3 , 7 4 , 7 7 ,1 5 6 , 1 8 1
Id e n t id a d e , C a s t r a ç ã o e P o t ê n c ia - 59 a 69 I n i b i d o r e s d a m o n o a m in o x id a s s e - 7 3 , 7 4 , 7 7 , 1 5 6 , 1 8 1
I d e n t i d a d e d o S e l f - 59 a 6 9 In ib id o re s d e v á r i a s tra n s m is s õ e s m o n o a m in é r g ic a s
Id e n t i d a d e d o S e l f , A v a r i a n a - a 59 69 - 139'
Id e n t id a d e M a s c u l in a - 59 a 69 I n ib id o r e s S e l e t iv o s d a C a p t a ç ã o d e S e r o t o n in a -
Id e n t i d a d e n a A n á l is e - X V l l l , 59 a 69 75, 80, 8 9
Id e n t id a d e , R a f e r a ç ã o n a - 24 In ib id o re s S in á p t ic o s - 9 7
I d e n t i d a d e , R e c u p e r a ç ã o d a - 59 a 6 9 I n i b i d o r e s s i n t é t i c o s d a s p r o s t a c .l a n i d i n a s - 232
I d e n t i f i c a ç ã o I n t r o i e t i v a - 59 a 6 9 In ib ir o s s o lu ç o s d e q u a l q u e r o r ig e m - 1 4 3
Id e n t i f i c a ç ã o P r o i e t i v a - a 59 69 In ip r a m in a - 2 0 0
Ig r e i a s o n í r ic a s - 237 In q u ie ta ç ã o - 1 4 7
Il u m i n a ç ã o c r ia d o r a d o a r t is t a - 236 In q u ie t a ç ã o p s ic o m o t o r a - 2 2 7
Im agem O n ír ic a G e n u ín a - 237 In s ig h t d a P r ó p r ia Id e n tid a d e - 5 9 a 6 9
Im ag o M a ter n a A l ie n a n t e - 59 a 69 In s ô n ia - 9 6 ,1 0 4 ,1 0 7 ,1 5 3 ,1 7 7 , 2 2 7
IM A O - 73, 74, 77, 92,135,156,181, 2 3 2 233 In s ô n ia In ic ia l - 7 7 , 7 8 , 7 9 , 9 9 ,1 0 8
80
1 M A O , A b s o r ç ã o D e s t in o e E x c r e ç ã o - In s ô n ia n ã o O rg â n ic a - 41
I M A O , D im in u iç ã o d a L ib id o - 76, 77, 78 In s ô n ia N e u r ó t ic a - 1 0 8
I M A O e A r t e r io s c l e r o s e -77, 78 In s ô n ia p s ic ó tic a - 1 4 5 ,1 5 4
I M A O e A s s o c ia ç ã o c o m M e d ic a m e n t o s e A l im e n In s o n iu m - 1 0 6
to s - 77, 78, 92 I n s t in t o d e M o r t e - 18
IM A O e H e p a t o p a t ia s - 77, 78 In s tin t o de M o r t e - 3 ,1 0 ,1 8
IM A O e N e f r o p a t ia s - 77, 78 In s tin t o s , F o n t e s e F in a lid a d e s - 51
IM A O , M e c a n is m o d e A ç ã o 73, 74
- In s tin t o s » F u n ç ã o - 5 0
IM A O , M e t a b o l is m o d o s - 73, 74 In s tin to s * N ú c l e o A f e t i v o d o s - 4 9 , 5 4
IM A O n a H ip e r t e n s ã o 77, 78 M o d er ada - In s tin to s , N ú c le o C e n t r a l - 4 9 , 5 4
I M A O n a I n s u f i c i ê n c i a C a r d í a c a - 77, 78 In s t in t o ^ s u a r e l a ç ã o c o m o C a n a l d e A n s ie d a d e
I M A O n a P r o v a d e F u n ç ã o H e p á t i c a - 78 - 5 1 ,5 2 , 5 4
I M A O n a P r o v a d e F u n ç ã o R e n a l - 78 I n s t i n t o s , t r ê s m o m e n t o s f u n d a m e n t a i s - 5 0 , 51
I M A O , T e m p o d e L a t ê n c i a - 80 In s u f ic iê n c ia c a r d í a c a - 1 6 8
I M A O , T o x i c i d a d e - 77, 78, 89 In s u f ic iê n c ia C a r d í a c a C o n g e s t iv a - 81
I M A O , Uso T e r a p ê u t i c o - 76, 77, 78 In s u f ic iê n c ia h e p á t ic a g r a v e - 1 4 4
I m e r s ã o d o S e l f n o O b j e t o - 59 a 69 In s u lin a - 7 5
I m i n o b i d e n z i l a - 77, 82 I n s u l in o t e r a f ia - 1 2 9
I m i p r a m i n a - 59, 225, 233 In t e g r a ç ã o n a I d e n t id a d e - 60
I m p o t ê n c i a S e x u a l - 59,141,156,157 I n t e g r a ç ã o s o c i a l d o p a c ie n te - 1 5 3
Im p o t ê n c ia S exual D efesa c o n t r a a C a s tr a ç ã o - In t e n s if ic a ç ã o d a a t iv id a d e f o r m a d o r a de
59 a 69 m e la n in a - 1 3 3
Im pregnação - 1 4 4 ,1 4 8 ,1 5 0 In t e n s o s s in t o m a s e x t r a p i r a m i d a i s - 1 3 3
Im pregnação p a r k in s o n ó id e - 144 In t e r e s s e s o c i a l n a d e m ê n c i a a l c o ó l i c a - 2 2 6
Im p u l s ã o d e d o p a m in a p a r a o r e c e p t o r p ó s - s in á p t ic o I n t e r p r e t a ç ã o c o m o T e o r i a (em P o p p e r ) - 30
-132 In te rp re ta ç ã o de S o n h o s - 6 6 , 2 3 7
Im p u l s i v i d a d e - 1 7 7 , 2 3 1 In te r p r e ta ç ã o e O b i e t i v i d a d e - 1, 2 3 0
I m p u l s õ e s v i o l e n t a s - 151 In te rp re ta ç ã o , E x e m p lo C l í n i c o - 5 9 a 6 9
In a d e q u a ç ã o s o c i a l e s e x u al - 227 In te rp re ta ç ã o , fa i s f a m e n t o d a s - 2 3 , 2 7 , 2 9 , 5 3
In a p e t ê n c i a - 2 2 7 In t e r p r e t a ç ã o H e r m e n ê u t ic a - 2 2
In a t i v i d a d e - 1 5 3
In c e r t e z a m u l t ir r e c o r r e n t e sobre a id e n t id a d e I I n t e r p r e t a ç ã o i a m a is a r b i t r á r i a - 2 3 , 2 7 , 2 9 , 5 3
In te rp re ta ç ã o , J u s tif ic a ç ã o de V á lid a d e - 2 9 , 3 0
In t e r p r e t a ç ã o P s i c a n a l í t i c a - 5 4 L im o e ir o b r a v o - 220
In t e r p r e t a ç ã o p s i c a n a l í t i c a d e s o n h o s - 6 6 , 2 3 7 L i n f o a d e n o p a t i a - 115,119
In t e r p r e t a ç ã o P s i c a n a l í t i c a , E x e m p l o C l í n i c o - 5 9 L i n f o c i t o s e R e l a t i v a - 117
a 69 L in g ü í s t i c a e P s ic a n á lis e - 23
In te r p r e ta ç ã o sem pre m o t iv a d a - 23, 27 , 29, 53 L i p o t í m i a - 143
In ter r u p ç ã o d o c ic l o m en str u a l - 156 L ít io - 1, 78, 79,121,150,161,163,165, 223, 230
In t e r s u b ie t iv id a d e - 2 8 L ít io , abso rção d e s t i n o e e x c r e ç ã o - 165
In t o l e r â n c ia a o l ít io - 166 L ít io , c o n tr a - in d ic a ç õ e s e c u id a d o s - 168
I n t o x ic a ç ã o a g u d a c o m a r iv a s t ig m in a - 213 L ít io e função renal - 165
In t o x ic a ç ã o a g u d a por m eta q u a lo n a - 212 L ít io e in g e s t a d e l íq u id o s - 166
In t o x ic a ç ã o a g u d a por - 212
t r ic íc l ic o s L ít io e in g e s t a d e s ó d io - 166
In t o x ic a ç ã o A g u d a p o r B u p r o p io n a - 213 L ít io , E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s ,A p r es en ta ç õ es
I n t o x i c a ç ã o c o m l í t i o - 165, 1 6 6 , 2 1 2 e P o s o l o g ia - 168
In t o x i c a ç õ e s a g u d a s o u e n v e n e n a m e n t o s por p s i- L ít io , f Is i c o - q u í m i c a - 163
c o t r ú p ic o s - 211 L ít io , in d ic a ç õ e s - 167
I n t r o ie ç à o - 5 9 a 6 9 L ít io , m e c a n is m o s d e a ç ã o - 164
In v e ia - 5 9 a 6 9 , 2 3 0 L í t i o , o u t r o s a s p e c t o s f a r m a c o l ó g i c o s - 164
In v e ia d a C r ia t iv id a d e - 59 a 69, 230 L í t i o , t o x i c i d a d e e e f e i t o s c o l a t e r a i s - 165
I n v e r s ã o d o p ó l o - 150 L í t i o , u s o t e r a p ê u t i c o - 166
In versão d o pólo d a do ença - 142 L i t i o c a r - 168, 223
I n v e s t im e n t o - 5 9 a 6 9 L o b o O c c i p t a l - 99
IPA - 2 1 3 2 L o r a t e n s i l - 103,199
Ip r o n ia z id a - 7 5 L o r a x - 103,199
I r r e v e r s i b i l i d a d e - 134 L o r a z e p a m - 1 0 2 103,199, 223, 224, 232
I r r i t a b i l i d a d e - 232 L o r i u m - 103,199
I r r i t a b i l i d a d e e m C r i a n ç a s - 113 L u d i o m i l - 85
Ir r it a ç ã o g á s t r ic a - 1 4 4 L u n i p a x - 106
Ir r u p ç ã o d a a g r e s s iv id a d e - 143 L ú p u l o - 220
1 S C S - 75, 8 0 L ú p u s E r i t e m a t o s o S i s t ê m i c o - 115,119
Is o c a r b o x a z id a - 75 M a c e r a d o s o v a r i a n o s - 129
Is o l a m e n t o s o c ia l - 227 M a c e r a d o s t i r o i d e a n o s - 129
I s o n i a z i d a - 7 5 ,1 1 5 ,1 1 6 M a c is - 220
Is q u e m i a - 1 4 4 , 2 3 2 M ãe Fa n t a s m á t ic a - 2 5
IS R S - 2 3 1 , 2 3 3 M ãe I n t e r n a l i z a d a - 59 a 69
)a n ela t e r a p ê u t ic a -1 3 2 M ãe In t e r n a l i z a d a F r u s t r a ç õ e s com 59 a 69
-
Jo g o Pr o ie t iv o / In t r o ie t iv o - 59 a 69 M ãe In t e r n a l i z a d a F r u s t r a ç õ e s G e n i t a i s - 59 a 69
Jo y c e - 2 2 M ãe In t e r n a l iz a d a , F r u s t r a ç õ e s O r a is - 59 a 69
Ju c á - 219 M ãe In t e r n a l i z a d a , G r a t if ic a ç õ e s O r a i s - 59 a 69
K afka - 22 M ãe - C a s t r a d o r a - 59 a 69
K a n t - 27 M â e -m á - 59 a 69
K arl P o p p e r - 21, 2 8 M al de A l z h e im e r - 35, 203, 225
K e r n íc t e r u s d o R e c é m - n a s c id o - 114 M a l - e s t a r p s íq u ic o p e l a m a n h ã - 227
K i a t r i u m - 116 M a m o e i r o - 220
K l e in , M e l a n ie - 5 9 a 6 9 M a n e i r i s m o s - 151
L a r a n ie ir a a m a r g a - 219 M a n i a - 38,135,150,157,163,166, 223, 230, 232
L á b io L e p o r in o - 116 M a n if e s t a ç õ e s a g re s s iv a s e e x c it o m o t r i z e s - 150
L a c t a ç ã o ( m e s m o n o s e x o m a s c u l i n o ) - 131 M a n if e s t a ç õ e s a g u d a s e s u b a g u d a s d o a l c o o li s m o
L a c ta ç ã o n ã o puerperal - 143 c r ô n i c o - 150
L a m a r ç k is m o - 3, 4 ,1 0 ,1 5 M a n if e s t a ç õ e s e x t r a p i r a m i d a i s - 137, 142
L a m a r c k is m o e m F r e u d - 1 0 ,1 5 ,1 6 ,1 7 M a n if e s t a ç õ e s o c u l a r e s - 133
L e i d a H e r a n ç a d e C a r a c t e r e s A d q u i r i d o s - 3, 4 M a n u te n ç ã o - 150
L e i d o T a l i ã o - 26 M A O - 73
L ei d o U so o u D esuso - 3, 4 M a p r o t i l i n a - 80, 86
L e n t i d ã o - 165 M a r a c u i á - 220
L e n t if ic a ç ã o g e n e r a l iz a d a n o s m o v im e n t o s - 13 8 M a r c a C u l iu r a l - 16, 230
L e p o n e x - 154, 2 2 8 , 2 2 9 M arcoum ar - 116
L e p t o l ó b io - 219 M arplan - 74
L e s ã o g á s t r ic a - 158 M a s t o p a t ia m a l ig n a - 157
L esõ es c a r d ía c a s - 132 M a u O lh ad o (Id e n t if ic a ç ã o Pr o ie t iv a ) - 59 a 69
L e s õ e s c e r e b r a is ir r e v e r s ív e is - 175 M ed o de m orr er - 233
L e u c o c i t o s e - 1 3 3 ,1 3 8 M e c a n is m o s d e a ç ã o - 130
L e u c o m e t r ia c o m p le ta c o m c o n ta g e m d ife re n c ia l M e c a n is m o s d e a ç ã o dosBD Z - 97
d e g l ó b u l o s b r a n c o s - 133 M e c a n is m o s q u e d e t e r m in a m as d is t r ib u iç õ e s
L e u c o f e n i a - 133 iõ n ic a s E g r a d i e n t e s - 163
L e u c o p e n i a T r a n s i t ó r i a - 119 M e d ia ç ã o N e r v o s a - 97
L e v o m e p r o m a z in a - 1 3 9 ,1 4 5 ,1 4 6 , 20 1 M e d ia d o r Q u ím ic o - 73, 74
L e x o t a n - 1 0 1 ,1 0 8 M e d ic a ç ã o "r e s s o c ia l iz a n t e " n a e s q u iz o f r e n ia - 154
L ib e r a ç ã o de a m in a s b io g ê n ic a s dos seus d e p ó s i M e d ic a ç ã o b a s ic a m e n t e "r e s s o c ia l iz a n t e " - 152
t o s o r g â n ic o s - 141 M e d i c a ç ã o p r o f i l á t i c a - 167
L ib id o - 59 a 69
M e d ic a m e n t o s e u íp n ic o s - 134
L ib r iu m - 1 0 0 ,1 1 6 ,1 8 4 ,1 9 8
M e d ic in a p s ic o s s o m á t ic a - 155,158
L im ia r c o n v u l s iv o - 1 4 9 ,1 7 5
M e d id a s g e r a is d e s u p o r t e e m C T I - 134
L im it e d e s e n s ib il id a d e d o p a c ie n t e - 134
M edo A S o lid ã o - 59 a 69, 230
M edula e s p in h a l - 157 M i t o s n a C u l t u r a Ju d a i c a - 16
M efenezina - U I M it o s n a O r g a n iz a ç ã o d o s P e n s a m e n t o s - 1 7 , 2 3 0
M e F O B A R B IT A L - 112 M i t o s n o P e q u e n o H ans - 1 7
M e I A - V I U A tílU L Ó C jlC A - 1 3 2 M o c l o b e m id a - 8 0 , 2 2 9
M e ia -V id a E l im
de in a ç ã o - 99 M o c l o b e m id a , P o s o l o g ia d a - 7 9
M e im e n d r o - 220 M o u a h n il - 2 3 0
M elan co l ia -1 5 7 M o d if ic a ç õ e s c o m p o r t a m e n t a is e t Í m ic a s - 1 5 5
M e l a n c o l ia de in v o l u ç â o - 157 M o g a d o n - 1 0 5 ,1 2 2 ,1 8 5 ,1 9 9
M e l a n ie K l e in - 59 a 69 M o n o a m i n a s c e r e b r a is - 1 4 0 , 1 7 8
M elhora a s o c ia b il id a d e d o p a c ie n t e - 147 M o n o a m in o x id a s e - 7 4
M elhor a C l ín ic a - 29, 3 Q 59 a 69 M o n t a g e m - 8, 9 , 4 9
M elhor a n o hum o r - 174 M o rf in a - 1 4 2
M elhor es r e s l il t a d o s n as form as h e b e f r ê n ic a s e M o r t a l id a d e d e 2 0 9 b - 133
h e b e fr e n o - c a t a t ô n ic a d a e s q u iz o f r e n ia - 158 M o r t e s s ú b ita s - 1 3 2 , 2 3 3
M e l l e r i l - 1 3 5 , 1 3 9 , 146, 2 2 6 , 2 3 0 M o r t o -V iv o - 5 9 a 6 9
M em branas S in á p t ic a s - 97 M o t il id a d e - 141
M e m ó r ia d a E s p é c ie - 8, 9 ,1 0 ,1 1 ,1 2 M c v im e n to s c o ré ic o s de lín g u a - 1 3 4
M e m ó r ia d o s F r e it a s - 1 ,2 ,1 0 ,1 1 ,1 2 ,1 6 ,1 7 ,4 1 ,5 5 ,9 8 , M c v im e n t o s e s te re o tip a d o s - 2 2 8
204, 227, 230, 237 M o v im e n t o s Ic t a is - 121
M e m ó r ia dos F r e it a s e A b u s o d e S u b s t â n c ia s que M c v im e n to s in v o lu n t á r io s - 1 4 7
n ã o produzem D e p e n d ê n c ia - 4 2 M c v im e n t o s i n v o l u n t á r i o s e s te re o tip a d o s - 1 3 8
M e m ó r ia d o s F r e it a s e as P s ic o s e s não O r g â n ic a s - 37 M c v im e n to s la t e r a is d a m a n d íb u la - 1 3 8
M e m ó r ia dos F r e it a s e D e f ic iê n c ia M en ta l - 44 M c v im e n t o s r á p id o s c o r e if o r m e s d o s m e m b ro s - 1 3 8
M e m ó r ia d o s F r e it a s e S ín d r o m e s C o m p o r t a m e n t a is M u d a n ç a s n a C o n d u t a - 116
a s s o c ia d a s a tr a n s to r n o s f is io l ó g ic o s e f a to r es M u d a n ç a s n o b a la n ç o e l e t r o lí t i c o - 1 6 4
fís ic o s - 4 0 M u l h e r sem R o s t o - 2 9 , 3 0
M e m ó r ia d o s F r e it a s e T r a n s t o r n o s de H u m o r - 3 9 M u lh e r e s B e la s e E s c o lh a N a r c is is t a - 2 7
M e m ó r ia d o s F re it a s e T r a n s t o r n o s M e n ta is e M u l h e r e s em t r a t a m e n t o c o m o l í t i o de ve m e v i
C o m p o r ta m e n t a is d e v id o s a o u s o d e S u b s t â n c ia s t a r a m a m e n ta r - 16 5
P s ic o a t iv a s - 3 5 M u lu n g u - 2 2 0
M e m ó r ia d o s F r e it a s e T r a n s t o r n o s M e n ta is O r M u n d o In te rn o - 2 7
g â n ic o s - 3 5 M u n ic ip a liz a ç â o d a P s iq u ia t r ia - 1
M e m ó r ia d o s F r e it a s n a s N e u r o s e s - 3 9 M u s il - 2 2
M e m ó r ia d o s F r e it a s U n iv e r s a l id a d e - 2 3 0 ,2 3 5 a 2 3 7 M u ta ç õ e s - 6 12
M e m ó r ia F il o g e n é t ic a em F r e u d - 1 0 , 1 5 , 1 6 17 M u t is m o E le t iv o - 4 5
M enores d e 14 an o s - 108 M y s o l i n e - 115
M e p e r id in a - 77, 7 8 N ão h á s e n t id o em a p l ic a r d ia z e p a m v ia
M ep r o b a m a to - 1 1 1 ,1 1 2 ,1 8 3 ,1 9 8 in t r a m u s c u l a r - 223
M eprobam a to , A bsorção M e t a b o l is m o e E x c re ç ã o N ã o t e m a ç ã o s o b r e a a n s i e d a d e n e u r ó t i c a - 131
-1 1 1 N ã o u s a r a p lic a ç õ e s D E P O T n a s u r g ê n c ia s - 2 2 3
M e p r o b a m a t o , F a r m a c o l o g i a e A ç õ e s - 111 N a rc is is m o - 2 6
M e p ro b a m a to , T o x ic id a d e E f e ito s C o la t e r a is e N a rc is is m o e E s c o lh a A n a c l í t i c a - 2 6 , 2 7
C o n t r a - i n d i c a ç ô e s - 112 N a rc is is m o e E s c o lh a N a r c is is t a - 2 6 , 2 7
M e p r o b a m a t o , U s o T e r a p ê u t i c o - 112 N a rc is is m o e E s c o lh a O b ie ta l - 2 6 , 2 7
M e s m e r in - 1 0 3 ,1 9 9 N a rc o le p s ia - 1 7 5
M e t a b a r b i t a l - 112 N a rc o le p s ia - 2 3 0
M e t a b o l is m o d o s a n t id e p r e s s iv o s t r ic íc l ic o s - 135 N a ro il - 75, 2 2 9 , 2 3 3
M e t a b o l is m o S e r o t o n ín ic o - 8 0 , 8 9 N á u s e a s - 9 7 ,1 1 5 , 2 3 3
M e t a n f e t a m in a - 1 5 5 ,1 7 3 ,1 7 4 ,1 7 5 N e fr o s e - 119
M e t a p ir o n a - 116 N e g a tiv is m o - 1 4 5 ,1 5 1 ,1 5 8 ,1 7 7 , 2 2 5
M e t a q l ia l o n a - 104 N e o s tria d o - 1 3 9
M e t il f e n id a t o - 7 4 ,1 4 4 ,1 7 3 ,1 7 4 ,1 7 6 N e o z in e - 1 3 9 ,1 4 6 , 2 0 1
M e t il f e n id a t o , c o n t r a - in d ic a ç ô e s - 175 N e r v o s is m o - 232
M e t il f e n id a t o , E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a ^ A pr e N e u l e p t il - 1 3 9 , 1 4 5 , 1 7 6 , 1 8 6 , 2 0 1
s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia - 175 N e u l e p t il p e d iá t r ic o - 1 8 6
M e t il f e n id a t o , t o x i c id a d e e f e n ô m e n o s in d e s e iã v e is N e u r a s t e n ia - 4 0
-1 7 5 N e u rila n - 1 0 1
M e t il f e n id a t o ,
t e r a p ê u t i c o - 175
uso N e u r it f - 1 2 0
M e t il - tr a n s f e r a s e- 74 N e u r o l é p t ic o - 1 4 4 , 1 5 3
M e t o c a r b a m o l - 11 1,18 3 N e u r o l é p t ic o b u t t c o f e n ô n ic o - 15 2
M é t o d o D e d u t iv o d e P r o v a - 2 6 a 3 2 N e u r o l é p t ic o d e p r i m e ir a e s c o l h a nos estados
M é t o d o , Im p o r t â n c ia d o - 2 7 a 3 2 m a n ía c o s - 1 5 0
M éto d o In d a Ps ic a n
t e r p r e t a t iv o á l is e - 23, 2 7 N e u r o l é p t ic o n ã o é t r a n q ü il iz a n t e n em
M G r a v is - 9 8 , 102, 1 0 6
ia s t e n ia A N S IO L ÍT IC O - 131
M id a z o l a n - 2 2 3 N e l ir o l é p t ic o s - 9 8 , 1 2 9 , 1 3 0 , 1 3 4 , 1 3 6 , 1 3 9 , 1 4 0 , 1 4 7 ,
M id r ía s e - 9 5 1 5 2 1 5 5 ,1 5 6 ,1 6 6 ,1 8 5 , 2 2 8 , 2 2 9
M io c l o n ia s - 175 N e l ir o l é p t ic o s c o m a ç ã o m a is p r e d o m in a n t e m e n
M i o r r e l a x a n t e s - 9 5 , 9 6 , 1 0 1 , 1 0 5 , 1 0 7 , U l 138 t e s e d a t iv a - 1 4 2
M i t o d a S e r e ia - 5 9 N e u r o i .É P T irO S d e a ç ã o p r o l o n g a d a - 1 5 2
M i t o l o g i a - 15, 5 3 , 2 3 0 N e u r o l é p t ic o s d e d ir e it a - 1 4 2 , 1 4 7
M i t o s - 15, 5 3 , 5 9 , 2 3 0 N e u r o l é p t ic o s d e e s q u e r d a - 1 4 2
M it o s , Fa n t a s ia de S e r e ia - 5 9 a 69 N e l ir o l é p t ic o s d e m a r c a d a a c ã o a n t ip s ic ó t ic a
M it o s , In f l u ê n c ia em F r e u d - 16 - 142
N e u r o l é p t ic o s e f u n ç õ e s s e x u a is - 133 O b s e s s iv o s - 99
N E U R O L É P T IC O S E M O N O A M IN A S C E R E B R A IS - 1 3 9 O bstruçào I n s t i n t i v a - 51, 5 2
N e u r o l é p t ic o s s e d a t iv o s - 1 4 2 O f a l m o s c ó p io - 133
N e u r o l é p t ic o s t ê m v i d a b io l ó g ic a l o n g a - 132 O f t a l m o l o g i a c l í n i c a - 131
N e u r o l e p t o a n a l g e s ia - 152 O l a n z a p i n a - 153
N e u r ô n io Pó s -S in á p t ic o - 98 O lc a d il - 102
N e u r ô n io s A d r e n é r g ic o s - 73 O l h a r R a iv o s o d o O b ie t o n a I d e n t if ic a ç ã o
N e u r ô n io s c a t e c o l a m in é r g ic o s - 1 5 6 P r o ie t iv a - 5 9 a 6 9
N e u r o q u ím ic a - 1 3 0 O l h o s d e L in c e - 92
N e u r o r m ô n io - 7 4 O l io o f r e n ia s - 47,176
N eurose A n s io s a - 98 O n t o g ê n e s e - 9 ,1 0 ,1 2
N e u r o s e d e a n g ú s t ia - 157 Õ n t o g e n é t i c o - X V III, 1 0 ,1 2 , 16
N eurose d e T r a n s f e r ê n c ia - 31 Ó p io - 2 2 0
N e u r o s e h is t é r ic a - 4 0 ,1 5 8 O rap - 135,152 187, 231
N eur ose N a r c Ís i c a - 31 O r ie n t a ç ã o f a m i l i a r - 176
N eur ose O b s e s s iv o - c o m p u l s i v a - 1, 3 9 , 4 0 , 9 9 , 1 2 1 O S T E O M A L Á C IA - 113, 115, 116
1 58, 2 3 3 O xazepam - 98,101
N e u r o s e s e M e m ó r ia d o s F r e it a s - 3 9 O x a z o l io in e d io n a s - 118
N e u r o s e s e P s ic a n á l is e - 3 9 O X IB A R B IT U R A T O S - 112
N euro ses, Fo r m a s d e Tr a t a m e n t o - 3 9 O x ig e n - 203
N e u r ó t ic o s - 9 5 ,1 3 9 O X IC E N IN IE T Á V E L - 203
N e u r o t r a n s m i s s o r - 1 3 0 ,1 5 4 O x i CEN SO LUÇÃO O R AL - 2 0 3
N e v r a l g i a s d o T r i g ê m i o - 121 O x ín ic o s - 76 , 8 0
N ia l a m id a - 75 P a c ie n t e s a g r e s s iv o s e a g it a d o s - 2 2 4
N ia m id - 75 P a c ie n t e s q u e r e a g e m m a l ã e l e t r o c o n v u l s o t e r a p ia
N ic o t in a - 80, 9 2 -1 3 5
N ig r o e s t r ia t a l - 139 P a d e c im e n t o h ip e r c in ê t ic o - 1 7 6
N im o d ip in a - 203 P a i F a n t a s m á t ic o - 2 5
N is t a g m o - 1 1 3 ,1 1 5 ,1 1 6 ,1 2 0 P a i In t e r n a l iz a d o - 59a 69
N it r a z e p a m- 1 0 4 ,1 0 5 ,1 2 2 ,1 2 3 ,1 8 5 ,1 9 9 P a i I n t e r n a l iz a d o , F r u s t r a ç õ e s c o m - 59a 69
N it r a z e p o l - 1 0 5 ,1 2 2 ,1 8 5 ,1 9 9 P a i In t e r n a l iz a d o , Fr u s t r a ç õ e s O r a is - 5 9 a 6 9
N it r e n p a x - 12 2 P a i I n t e r n a l i z a d o , G r a t if ic a ç õ e s O r a is - 5 9 a 6 9
N ív e is p l a s m á t i c o s d e L í t i o - 135 Pa i s R e a is - 25
N í v e l p l a s m á t i c o e f ic a z m a is a l t o - 132 P a l m it a t o d e p ip o t ia z in a - 147
N ív e l p l a s m á t ic o e f ic a z m a is b a ix o - 132 P a l p it a ç ã o - 147
N ív e l s é r ic o d e p r o l a c t in a - 131 P a l p it a ç õ e s - 233
N o c t a l - 108 PA M -BA N G U uo IN A M P S - 7 8 , 7 9
N o m if e n s in a - 74, 8 6 Pa m e lo r - 8 4
N o o c e b r il - 194 P a n c it o p e n ia f u l m in a n t e - 119
N oo cefal -1 9 4 Pa n c la r - 178
N o o t r o n - 194 Pa r a a depressão - 150
N o o t r o p il - 1 9 4 P a r a e f e it c s C a r d io v a s c u l a r e s d a C a r b a m a z e p in a - 1 2 1
N o r a d r e n a l in a - 7 4 , 8 5 ,1 4 1 ,1 6 4 P a r a d a R e s p ir a t ó r ia - 122
N o r e p in e f r in a - 7 4 , 8 5 ,1 4 1 ,1 6 4 P a r a l d e Í d o (IM ) - 2 3 2
N o r m a liz a ç ã o d o s d is tú rb io s de m o t il id a d e do P a r a l i s i a C e r e b r a l - 112
t r a t o g a s t r o i n t e s t i n a l - 155 P a r a n ó i d e - 151
N o r tec - 9 0 P a r A .S S IM P Á T IC A S F u n ç õ e s - 73, 74
N o r t r i p t i l i n a - 81, 8 4 P a r a s s im p a t ic o t o n ia - 73, 74
N ú c le o A f e t iv o d o S e lf - 55 P a r e s t e s i a s - 85,117,175
N ú c l e o A f e t i v o d o s In s t i n t o s - 55 P a r k i n s o n i s m o - 98,144
N úcleo C o g n it iv o S elf - 5 4
d o P a r k i n s o n i s m o m e d i c a m e n t o s o - 153
N ú c l e o d a P e r s o n a l id a d e - 5 9 a 6 9 P a r l o d f l - 1 3 4 ,1 3 8
N ú c l e o t ú b e r o - in f u n d ib u l a r - 156 Pa r n a te - 78, 99,181
N úcleo s C in z e n t o s C e n t r a is - 96 P a r o x e t in a - 92 226, 233
N ú c l e o s d a b a s e - 156 P a r s c o m p a c t a d a s u b s t â n c ia n e g r a - 139
N ú c l e o s d a b a s e e n c e f á l ic a - 137 P a r s r e t ic u l a t u m - 228
O A N T I P S IC Ó T I C O N A C A T A T O N IA E S Q U IZ O F R Ê N IC A C U R A P a s s i v i d a d e e A t i v i d a d e - 59 a 6 9
E N A C A T A T O N IA L E TA L M A TA - 2 2 5 P a t o l o g ia u l c e r o s a - 1 5 9
O A P E T I T E PO D E A U M E N T A R - 1 3 2 P a z d e e s p í r i t o - 236
O M A IO R P R O B L E M A D E S A Ú D E P Ú B L IC A PA R A O M IL Ê P e d o f il ia - 43, 59 69 a
N IO - 2 2 6 Pele -133
O b e s id a d e - 8 9 a 9 2 , 1 3 2 , 1 6 8 PEMA. -115
Ó b it o s p o r D epressão d a M edu la Ó ssea - 119 P e n f l u r i d o l - 132,135,152
O b ie t iv id a d e d a c r ia ç ã o - 236 P e n f l u r id o l , a b s o r ç ã o m e t a b o l is m o e x c r e ç ã o - 153
O b ie t iv id a d e e S u b ie t iv id a d e em Ps ic a n á l is e - X V III, P e n f l u r id o l E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s , A p r e
2 , 21, 2 8 , 21 a 3 2 s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia - 154
O b ie t o B o m - 5 9 a 6 9 P e n f l u r i d o l , f a r m a c o l o g i a - 153
O b ie t o d e D e s e io P r im o r d ia l - 59 a 69 P e n f l u r id o l , u s o t e r a p ê u t ic o - 153
O b ie t o Id e a l - 5 9 a 6 9 P e n s a m e n t o s o b s e s s iv o s - 233
O b ie t o Pa r c ia l - 59 a 69 P e n s a m e n t o s r e c o r r e n t e s d e m o r t e o u s u ic íd io - 227
O b ie to P e rs e g u id o r - 5 9 a 6 9 P e n t a b a r b it a l - 112
O b ie t o T ò t a i. - 5 9 a 6 9 P e q u e n a B N C IC L O P Ê D IA de T R A N S T O R N O S P S IQ U IÁ T R I
O b s e s s ã o - c o m p l i l s A o - l, 3 9 , 4 0 , 9 9 , 121, 158, 2 3 3 C O S - 22.3
Pequeno M al - 118 P r im e ir a e s c o lh a n a s f o r m a s d e e s q u iz o f r e n ia c r ô
P e q u e n o M a l E p i l é p t i c o - 1 0 5 ,1 1 2 n i c a O N D E H A I A FALTA D E IN IC IA T IV A - 1 4 8
P e r d a d a f u n ç ã o c o g n it iv a d o s u ie it o - 226 P r im e ir o s u r t o p s ic ó t ic o - 1 5 0
P e r d a d o a p e t i t e - 165 P r im id o n a - 1 1 4 ,1 1 5 ,1 2 0 ,1 2 1
Per d a d o em prego - 2 2 7 P r im id o n a , A b s o r ç ã o D e s t i n o e E x c r e ç ã o - 115
Pe r d a n a c o g n iç ã o - 2 2 6 P r im id o n a A y e r s t - 115
P e r d a n a l in g u a g e m - 2 2 6 P r im id o n a , E s p e c ia lid a d e s fa r m a c ê u t ic a s , A p r e s e n
P e r d e r o c o l o r id o d a v id a - 167 ta ç õ e s e P o s o lo g ia - 115
P e r ío d o s a g u d o s d a s p s ic o s e s - 147 P r im id o n a , T o x ic id a d e E f e it o s C o l a t e r a i s e
P e r s e v e r a ç â o - 158 I n t e r a ç õ e s - 115
Pe r s o n a l id a d e b o r d e r l in e - 231 P r im id o n a , U s o T e r a p ê u t ic o - 115
Per to fr a n - 8 2 P r im it i v a s A n s ie d a d e s - 5 9 a 6 9
P e r t u r b a ç A o d a v is A o - 134 P r in c íp io d o N i r v a n a - 18
Pe r v e r s ã o d a P e d o f il ia - 5 9 a 6 9 P ro c e s s o I n t r o i e t i v o - 5 9 a 6 9
P erver sões - 4 2 P ro c e s s o P r im á r io - 22, 236
P e r v e r s õ e s e M e m ó r ia d o s F r e it a s - 4 2 P ro c e s s o P r o i e t i v o - 5 9 a 6 9
P er v e r s õ e s e P s ic a n á l is e - 4 2 P ro c e s s o S e c u n d á r i o - 2 2
P e s a d e l o s - 41, 2 3 3 P ro c e s s o s d e In ib iç ã o P r é e P ó s - S in á p tic o s - 9 7
Peso A lte r a ç ã o - 8 8 a 9 2 P ro c e s s o s t u m o r a i s b e n ig n o s - 2 2 5
P e s s o a s s e r ia m e n t e d e b il it a d a s - 168 P r o d u ç ã o a u m e n t a d a d e d o p a m in a - 131
P i g m e n t a ç A o a z u l a d a d a p e l e - 13 3 P r o d u t o d e m e ta b o liz a ç Ã o l e n t a - 1 3 2
P lM O Z iD E - 135, 15 2 , 153, 1 8 7 , 2 3 1 P ro o e s te ro n a - 2 3 2
P im o z id e , E s p e c ia l id a d e s Fa r m a c ê u t ic a s * A p re s e n P ro g r e s s iv a d e s in t e g r a ç ã o d a p e r s o n a lid a d e - 1 3 5
ta ç õ e s e Po s o l o g ia - 152 P ro g re s s o s d a s Espécies - 1 2
P ip e r a z ín ic o - 138 P ro g r e s s o s n a T e r a p ia - 5 9 a 6 9
P ip o r t il - 1 4 7 P r o ie ç á o - 5 9 a 6 9
P lP O R T IL 1 0 0 M G - 1 4 7 P r o la c t in a - 1 3 1 ,1 3 4 ,1 5 7
P ip o r t il 2 5 m g - 1 4 7 P r o lix id a d e - 1 5 8
P ip o t ia z in a - 147 P r o m e t a z in a - 8 1 ,1 4 5
P ip o t ia z in a , E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s * A p re P r o p a n o d ió lic o s - 111
s e n t a ç õ e s e P o s o l o g ia - 147 P r o p e r ic i a z in a - 1 3 9 , 1 4 5 , 1 7 6 , 1 8 6 , 2 0 1
P ir a c e t a m - 1 9 1 1 9 2 P r o p r a n o i.o i. - 1 3 8 , 1 6 7 , 2 2 4
P i r i d i l b e n z o d i a z e p í n i c o - 101 P r o p r a n o lo l A y e rs t - 1 3 8
P lR lD O X IN A - 1 7 9 P r o p r ie d a d e a n t i - u l c e r o s a - 1 5 5
P lR O M A N lA - 4 3 P r o p r ie d a d e s e d a t iv a - 1 4 1
P is c a r - 1 3 4 P r o p r ie d a d e s A n t i - E p i l é p t i c a s - 1 2 1
P lS C ÍD IA - 2 2 0 P r o te ín a T Ã O - 2 2 6
Placas n a boca e n o s d en tes - 229 P r o t e í n a b (b e ta ) a m iló id e - 2 2 6
P l a c e b o -1 1 2 P r o to fa n ta s ia d a C e n a P r im á r ia - 1 7
P l a t ã o F il o s o f ia P l u r a l is t a - 2 9 P r o to fa n ta s ia d e C a s t r a ç ã o - 1 7
Po b r e a m ím ic a f a c ia l - 138 P r o to f a n t a s ia de S e d u ç ã o - 1 7
P o L A C I Ú R I A - 117 P r o t o f a n t a s ia s - 1 5
P o l ip s ic o t r o p is m o - 156 P r ü t o s s e n t i m e n to - 4 9 , 5 4
PoLISSEMIA - 2 2 P ro v a s d e f u n ç à o h e p á t ic a - 7 8 , 7 9 , 2 2 5
P o n t o C e g o - 15 P ro v a s de F u n ç ã o R e n a l - 7 8 , 7 9 , 2 2 5
P o n t o s I n a t i n g i d o s - 15 P rc m d c a e u f o r ia - 1 7 4
P o p p e r , K a r l - 21, 2 8 P ro z a c - 9 0 , 2 2 5 , 2 3 3
P op per, M é t o d o d e R e f u t a ç ã o d e u m a T e o r ia C ie n P s c o p a tia s e P s ic a n á lis e - 4 2
tífic a - 29, 3 0 P s e u d o f le x ib ilid a d e c é r e a - 2 2 5
Popper, M éto d o de Va l id a ç ã o E m p ír ic a - 30 P s ic a n á lis e - X V l l l , 8 , 2 1 2 7 , 1 2 9 , 2 3 0 , 2 3 6
P o p p e r , P r im e ir o S e g u n d o e T e r c e ir o M u n d o s - 2 9 P s ic a n á lis e A p l i c a d a - 2 1
P o p p e r , V a l i d a ç ã o d e u m a In t e r p r e t a ç ã o - 2 9 , 3 0 P s ic a n á lis e c o m P s ic o f a r m a t e r a p ia - 5 9 a 6 9
Po p u l a ç ã o in f a n t il e m id a d e e s c o l a r - 176 P s ic a n á lis e c o m o C iê n c ia - 2 1 , 2 7
Po s iç ã o d e A l ie n a ç ã o - 5 9 a 6 9 P s ic a n á lis e c o m o M é t o d o I n t e r p r e t a t i v o - 5 3
P o s i ç ã o D e p r e s s iv a - 5 9 a 6 9 P s ic a n á lis e e A b u s o d e S u b s t â n c ia s q õ e n ã o p r o
Po s iç ã o E s q u iz o -P a r a n ó id e - 59 a 69 d u ze m D e p e n d ê n c ia s - 4 2
Po s iç ã o Fe m in in a de Base - 59 a 69 P s ic a n á lis e e a s P sico ses n â o O r g â n i c a s - 3 7
Po s iç ã o F e m in in a de Base no H om em r e l a c io n a d a P s ic a n á lis e e C r i a t i v i d a d e - 2 3
A M ãe - 5 9 a 6 9 P s ic a n á lis e e H e r m e n ê u t ic a - 21
Po s iç ã o F e m in in a r e l a c io n a d a A M ãe - 59 a 69 P s ic a n á lis e e i n t e r p r e t a ç ã o d o s s o n h o s - 6 6 , 2 3 7
Po t á s s io - 164 P s ic a n á lis e e L i n g ü í s t i c a - 2 3
P o t ê n c ia S e x ual - 59 a 69 P s ic a n á lis e e O b ie t iv id a d e - X V l l l , 2 8 , 2 9 , 2 6 a 3 2
Po t e n c ia d o r d o s n e u r o l é p t ic o s - 145 P s ic a n á lis e e S lib ie t iv id a d e - X V l l l , 2 8 , 2 6 a 3 2
Po ten te poder a n t ia u t ís t ic o e d e s in ib id o r - 157 P s ic a n á lis e , M é t o d o I n t e r p r e t a t i v o - 2 3 , 2 7
P r á t i c a d e f u r t o s - 231 P s ic a n á lis e , n a s N e u r o s e s - 3 9
P r á t ic a d e r o l e t a - r u s s a - 231 P s ic a n á lis e , P ro g r e s s o s C l í n i c o s n a - 5 9 a 6 9
P r á t i c a e x c e s s iv a d e g in á s t i c a - 2 2 4 P s ic a n á lis e , R e f e r e n c i a l K l e i n i a n o - 59
P r e s e n ç a i n t r u s i v a d f id é ia o b ses siva - 2 3 3 P s ic a n á lis e r e la ç ã o c o m a A r t e - 5 3
P r é - s in á p t ic o - 130 P s i c a n á l i s e , S i lê n c io n a - 59 a 69
Pressão a r t e r ia l pode n o r m a l iz a r - s e - 134 P s ic a n á lis e , c o n d e n s a ç ã o - 2 3 6
Pr im e ir a ca u sa de ê x it o n o tr a ta m en to d as p s i Ps IC A N A L IS M O - 31
coses - 151 P S IC A S T E N IA - 158
P s iC O F A R M A C O L O G IA C O M P S IC A N Á L IS E - 5 9 A 6 9 R e a ç õ e s u i s t ô n ic a s a g u d a s - 1 3 8 , 1 4 4
P S IC O F Á R M A C O S N A IN F Â N C IA E A D O L E S C Ê N C IA - 181 R eaçõ es e x tr a p ir a m id a is - 1 4 7
P s ic o l o g ia - 2 2 6 R e a ç õ e s H e p a t o t ó x ic a s - 1 1 7
P S IC O N E U R O S E N A R C IS IS T A - 31 R e a ç õ e s p a ra s ífilis - 2 2 5
P s ic o p a t ia s - 42 R e a ç õ e s P a r a d c k a is a o s B e n z o d ia z e p ín ic o s - 1 0 3 , 1 1 4
P s ic o p a t ia s e M e m ó r ia d o s F r e it a s - 4 2 R e a ç õ e s P s ic ó t ic a s A g u d a s em P a c ie n te s c o m E pi
P S IC O P A TO L O C IA D O P A C IE N T E N A E N T R E V IS T A IN IC IA L le p s ia T e m p o r a l - 115
- 54, 55, 56 R e c a p tã ç ã o d a S e r o to n in a - 81, 8 8
P s ico p a x - 10 3, 1 9 9 R e c e p to r a u t á p t ic o - 1 3 2
P s ic o s e - 120, 2 2 5 R e c e p t o r p ó s -s in á p tic o - 1 3 0
P s ic o s e a l c o ó l ic a a g u d a - 15 8 R e c e p to r p ó s -s in á p tic o te m u m a f u n ç ã o d e b re q u e
Ps ic o s e e s q u iz o f r ê n ic a - 1 5 7 -1 3 2
P s ic o s e In f a n t il - 4 5 R e c e p to re s A d r e n é r g ic o s - 1 5 4 , 1 6 4
P s ic o s e M a n ía c o - D e p r e s s iv a - 7 7 , 7 8 , 7 9 , 1 5 7 , 1 6 3 , R e c e p to re s a l f a e b e ta - 1 7 4
164, 166 R e c e p to re s B e n z o d ia z e p ín ic o s - 9 6
P s ic o s e d in - 1 0 0 ,1 1 6 ,1 8 4 ,1 9 8 R e c e p to re s D o p a m in é r g ic o s - 8 1 , 8 8 , 1 5 4 , 1 6 4
P s i c o s e s - 1 3 0 ,1 3 9 R e c e p to r e s do pam in é r g ic o s h i p o t a lâ m ic o - t u b e r a is
P s i c o s e s a f e t i v a s c r ô n i c a s - 13 5 -1 5 6
P S IC O S E S A L C O Ó L IC A S A G U D A S - 1 3 5 R e c e p to r e s do pam in é r g ic o s n e o s t r ia o o s - 1 3 9
P s ic o s e s c íc l ic a s - 1 6 4 R e c e p to r e s G a b a m in é r g ic o s - 9 6 , 1 6 4
P s i c o s e s c o m r e t a r d o m e n t a l - 135 R e c e p to re s S e r o t o n in é rg ic o s - 1 5 4
P s ic o s e s c r ô n ic a s - 15 0 R e c id iv a s - 1 5 0
P s ic o s e s d e l i r a n t e s a g u d a s e i n t e r m i t e n t e s - 158 R e c o b r a r a P o tê n c ia - 5 9 a 6 9
Ps ic o s e s d e l i r a n t e s c r ô n i c a s n à o - e s q u iz o f r è n ic a s -1 5 8 R e c o r r e n t e s t e n t a t i v a s d e s u ic íd io - 2 3 1
P s ic o s e s d e v id a s a d is t ú r b io c e r e b r a l o r g â n ic o -1 3 5 R e c u p e r a ç ã o d a Id e n t id a d e - 5 9 a 6 9
P s i c o s e s e p i l é p t i c a s - 1 3 5 ,1 5 1 R e c u p e ra r a P o tê n c ia - 5 9 a 6 9
P s i c o s e s i n v o l u t i v a s - 135 R e d u ç ã o d a in ib iç ã o d e o r ig e m a n s io s a - 155
P s ic o s e s N ã o - O r g  n i c a ^ Fo r m as de T r atam en to - 37 R e d u ç ã o d o s M i t o s - 16, 2 3 0
P s ic o s e s N ã o - O r c ã n ic a s e M e m ó r ia d o s F r e it a s - 37 R e d u z i r o s d i s t ú r b io s p s ic ó tic o s a g u d o s e c r ô n i
P s ic o s e s s e n is - 135 c o s d e m a n e ir a p r o g r e s s iv a - 1 3 7
P s ic o t e r a p ia - 1 5 1 ,1 6 6 ,1 7 3 , 2 2 4 , 2 2 8 R e g iõ e s m e s o c o r tic a is - 1 6 4
P s ic ó t ic o s - 1 3 9 R e g iõ e s m e s o lím b ic a s - 1 6 4
Ps iq u ia l - 9 0 R e g re s s ã o a V id a s P a s s a d a s - 1 0 ,11, 2 3 0
P s i q u i a t r a - 176, 223, 225, 230, 231 R e g re s s ã o N e u r ó t i c a - 2 6
P s i q u i a t r a e P a c i e n t e I n t e r a ç ã o - 2 55 R e g u la r a v ig ilâ n c ia - 156
P s i q u i a t r i a - X V III, 1, 2, 3,173, 176, 223, 225, 230 R e i n t e g r a ç ã o d a p e r s o n a lid a d e - 1 5 8
Ps iq u ia t r ia g e r iá t r ic a - 189,191 R e in te g r a ç ã o d o d o e n te n a r e a lid a d e - 156
P s iq u ia t r ia in f a n t il - 111 R e in tro ie ç â o - 5 9 a 6 9
P l il s ã o de M o r te - 3,10 R e l a ç ã o M é d ic o - P a c i f m t e - 5 4
Q u a d r o E s q lie m á tic o c o m u s I n s t i n t o s e s u a D i R e la ç õ e s O b ie ta is - 5 9 a 6 9
n â m ic a - 5 2 R e l a x a n t e M u s c u l a r - 111
Q uadr o S in ó p t ic o d a V id a M en ta l - 47, 23 0 R e lig iã o - 2 3 0
Q u a d r o s a g u d o s d e t o x ic o m a n ia - 142 R e o rd e n a r o cao s - 2 3 0
Q uadros de e x c it a ç ã o m a n ía c a co m ca p a c ete de R e p a ra ç ã o - 2 6 , 5 9 a 6 9
g elo - 129 R e p a r a ç ã o , R e c o n c ilia ç ã o c o m a F a m íl ia - 59 a 69
Q u a d r o s m a n ía c o s -1 4 2 R e p re s a m e n to d e A n s ie d a d e n o C a n a l d e A n s ie
Q u a d ro s O r g ã n ic o -C e r e b r a is o n d e há R eações d a d e - 51, 52 54
E s p á s t i c a s M u s c u l a r e s -1 1 1 R e p re s s ã o - 25
Q u a t r o v a r ie d a d e s d e s ín d r o m e s e x t r a p i r a m id a i s R e fr o ie ç ã o - 5 9 a 6 9
- 138 R e s e rp in a - 137, 139,140,141,142
Q ueda d a pressão a r te r a l - 143 R e s is tê n c ia á M u d a n ç a - 54
Q ued a de tem p er a tu r a - 143 R e s s a c a - 105,107
Q u e ix a s So m a to fo r m es - 89 a 92 R e s s o n â n c ia m a g n é t ic a - 2 2 6
Q l iin a z o l o n a s - 104 R e ta rd o - 13 5
Q u it o c o - 220 R e t a r d o m e n t a l - 228
R ã d io l o g ic a m e n t e r e g r e s s ã o g r a d u a l d a c r a t e r a R e t a r d o n a e ia c u l a ç ã o - 143
ULCEROSA CO M O USO D A D R O G A - 158 R e t e n ç ã o U r i n á r i a - 81
R a F E R A Ç Ã O N A ID E N T ID A D E - 2 4 R e i t n a - 133
R a io X de tó r a x - 225 R e t i n o p a t i a - 133
R ancores (r a iv a ) - 231 R e t o c o l i t e u l c e r a t i v a - 155, 159
R á p id a sedação - 142 R e t o r n o d o R e p r im id o - 25
R a s h - 117 R e t r a i m e n t o - 135
R a s h e s c a r l a t i n i f o r m e - 113 R ig id e z - 111, 138
R a s h m o r b il if o r m e - 113 R ig id e z d a m u s c u l a t l i r a e s q lie lé t ic a - 1 3 8
R a u w o l f i a - 141 R ig id e z fís ic a r e s is t e n t e - 2 2 5
R a u y v o l f ia s e r p e n t in a - 137 R ig id e z m u s c u la r - 1 4 7 , 1 5 3
R eação de A ler ta - 97 R is c o de C o n v u ls õ e s - 8 0 , 9 2
R e a ç ã o e x t r a p i r a m id a l - 134 R is p f r d a l - 2 0 2 , 2 2 7 , 2 2 8
R c a c â o p a r a d c k a i . a o s B e n z o d ia z e p ín ic o s - 9 8 R IS P E R ID O N A - 2 0 2 , 2 2 7 , 2 2 8
R e a ç ã o p a r a d o x a l c o m m e t il f e n id a t o - 175 R ita lin a - 1 4 4 , 175, 2 3 0
R e a ç õ e s a l é r g ic a s - 144 R i t m o F is io ló g ic o d o S o n o - 1 0 4
R eações A n s io s a s d e E s t r e s s e - 112 R iv a s t ig m in a - 2 0 4 , 2 2 6
R eações de c ó le r a - 145 R i v o t r i l - 116, 1 2 3 , 2 0 8 , 2 2 3 , 2 2 9
R o b a x in - 11 1,18 3 S in a p se s A x o d e n d r í t i c a s - 9 7
R o h y p in o l - 106 S ÍN D R O M E A N S IO S A P U R A - 1 5 7
R O H Y P N O L 1 N IE T Á V E L - 211 S Ín d r o m e b u c o - l í n g u o - m a s t i g a t ó r i a - 2 2 8
R o m p im e n t o c o m a M e m ó r ia dos F r e it a s - 37 , 5 4 S ÍN D R O M E C O M P L E X A D E M O V IM E N T O S H IP E R C IN É T IC O S
R u b o r i z a ç ã o d a kace - 2 3 3 IN V O L U N T Á R IO S - 1 3 4
S a D O M A S O Q U IS M O - 4 3 S ÍN D R O M E D A C R I A N Ç A D E S A B I T A D A - 4 4
S a is de L í t i o - 1 2 9 , 1 3 4 SÍNDROME d e A b s t in ê n c i a - 8 8 , 9 8 , 1 0 4
S a n e t í l i c o - 116 S ÍN D R O M E DE A B S T IN Ê N C IA A L C O Ó L IC A - 158
S a n g u e s s u g a s - 129 S ÍN D R O M E DE C U S H I N G - 124
Sa r c o to n - 2 2 7 S ÍN D R O M E DE G lL L E S D E L A 1 Õ U R E T T E - 46, 232
S a ú d e p ú b l ic a - 2 2 5 S ÍN D R O M E DE IM P R E G N A Ç Ã O P A R K 1 N S O N IA N A - 142
S e c o b a r b i t a l - 112 S ÍN D R O M E DE K a N N E R - 45
S e c re ç ã o - 1 3 4 S ÍN D R O M E D E L eN N O X -G ã S T A U T - 123
S e c re ç ã o de p r o l a c t i n a - 1 5 6 S ÍN D R O M E D E S t E V E N S -)0 H N S 0 N - 92
S ecura de Bo c a - 8 1 ,1 4 7 S Ín d r o m e de W e r n ic k e - K o r s a k o f f - 227
S e d a ç ã o - 113,117, U 9 , 153 S ÍN D R O M E D E W E S T - 122
Sedação b a r b it ú r ic a - 130 S ÍN D R O M E D O C Ó L O N IR R IT Á V E L - 155, 1 5 9
Sedação d o so no - 130 S ÍN D R O M E E X T R A P IR A M ID A L - 223
Sedação sem d im in u iç ã o d a v ig il â n c ia - 155 S ÍN D R O M E FEBRIL M A L IG N A - 133
S e d a tiv o s - 8 6 a 8 9 ,1 4 5 S ÍN D R O M E H IP E R C IN É T IC A - 176
S e le ç ã o N a tu ra l - 4 S ÍN D R O M E H IP O C O N D R ÍA C A - 158
S elf - 25, 9 8 S ÍN D R O M E M i A S T Ê N I C A - 119
S e l f e E go, D i f e r e n ç a s - 5 9 a 6 9 S ÍN D R O M E N E U R O D 1 S L É P T IC A - 148
S e l f , e m e r g in d o d o O b ie t o - 5 9 a 6 9 S ÍN D R O M E N E U R O L É P T IC A M A L IG N A - 138, 225, 232
S elf , Fo r m a ç ã o - 5 9 a 6 9 S ÍN D R O M E Ó C U L O -C U T Â N E A - 131, 133
S elf Id e a l iz a d o - 59 a 69 S ÍN D R O M E P A R K IN S O N IA N A - 138
S e lf P ro ie ta d o - 5 9 a 6 9 S ÍN D R O M E S C E R E B R A IS C R Ô N IC A S - 135
S e lf R u d im e n t a r - 5 9 a 6 9 S ÍN D R O M E S C E R E B R A IS O R G Â N IC A S - 142
S e l f ,C o n c e i t o - 2 5 , 5 9 a 6 9 S ÍN D R O M E S C O M P O R T A M E N T A IS A S S O C IA D A S A T R A N S
S e m l e s ã o d e p a r ê n q u im a - 1 4 4 T O R N O S F IS IO L Ó G IC O S E A FATORES FÍS ICO S E M e M Ó R IA
S em ap - 1 3 2 , 1 3 5 ,1 5 4 d o s F r e it a s - 4 0
S e n s a ç ã o d e c a n s a ç o e a p a t ia - 165 S ÍN D R O M E S DEPRESSIVAS - 1 5 8
Sen sação d e f o r m ig a m e n t o - 233 S ÍN D R O M E S D EPRESSIVAS R E A T IV A S - 1 5 8
Sen sação de s u fo c a m en to - 233 S ÍN D R O M E S E x t r a p ir a m id a is - 85, 14 4
Sen s ib il id a d e p a r t ic u l a r âs b u t ir o f e n o n a s - 150 S ín d r o m e s N e u r o l ó g ic a s - 138
Se n t im e n t o de desam paro - 230 S ÍN D R O M E S V E G E W I V A S - 1 3 7
Se n t im e n t o de Pe r s e g u iç ã o - 59 a 69 S in e q u a n - 8 5
Sen t im e n t o - 230, 237
d e s o l id ã o S ín t e s e d o f a to r in ib id o r d a p r o l a c t in a - 156
Sen t im e n t o de V a z io - 5 9 a 6 9 S in t o m a s a n á l o g o s X D o e n ç a d e P a r k in s o n - 139
Sen t im e n t o s - 50, 5 4 S in t o m a s d e a n s ie d a d e - 134
Sen t im e n t o s H o s t is na A n á l is e - 59 a 69 S i n t o m a s d e f a r a n ó i a f l o r i d a - 13 5
S e p to - 9 6 S i n t o m a s d e p r im e ir a o r d e m d e K urt S ch neider - 2 2 9
S e r e ia - 5 9 a 6 9 S in t o m a s e x t r a p ir a m id a is - 1 3 1 ,1 3 3 ,1 5 3
S e r e ia , F a n t a s ia - 5 9 S in t o m a s e x t r a p ir a m id a is s e v e r o s - 138
S e r e n e x - 1 0 5 , 1 8 5 ,1 9 9 S in t o m a s F ó b ic o s - 7 7 , 7 8 , 7 9 ,1 5 8
S e r o t o n i n a - 7 3 , 7 4 , 1 4 1 ,1 6 4 S in t o m a s n e g a t iv o s - 2 2 7
S e r o t o n in a , D e s e q u il íb r io d a - 7 4 75, 9 0 S in t o m a s n e g a t iv o s d a e s q u iz o f r e n ia - 1 5 3 ,1 5 7
S e r o t o n in a , I n ib id o r e s S e l e t iv o s d a C a p t a ç ã o d a S in t o m a s p r o d u t iv o s d a e s q u iz o f r e n ia - 15 3
-7 5 S i n t o m a s p r o d u t iv o s d o s p s ic ó t ic o s c r ô n ic o s - 143
Ser o t o n in a , M e t a b o l is m o d a - 7 4 , 7 5 , 81, 9 0 S in t o m a s s o m á t ic o s d a s neuroses - 156
Ser o t o n in a, R ec a p ta ç â o - 81, 8 8 S in t o m a s Som a to fo r m es - 77, 78, 79, 2 3 2
S e r o t o n in a , R e c a p t a ç â o d a - 7 4 , 7 5 S iq u il - 146
S t K U r u N IN ÉRGI c o s - 1 3 9 S is te m a C e r e r f i o - V e s t i b u l a r - 116
S e r o t o n i n é r g i c o s E f e i t o s - 81, 9 0 S is te m a C o r tic a l - 8 8
S e rp a s o l - 1 4 2 S is te m a d e M e d i a ç ã o G a b a m in é r g ic a - 9 6
S e r tra lin a - 9 2 2 0 2 S is te m a do pam in é r g ic o m e s o c o r t ic a l - 1 3 0
S essõ es C l ín ic a s - X V l l l , 53, 5 9 a 6 9 S is te m a d o p a m in é r g ic o m e s o lím b ic o - 1 3 0
S e t t i n g T r a n s f e r e n c ia l - 2 8 , 53, 2 3 0 S is te m a d o p a m in é r g ic o n i g r o e s t r i a t a l - 1 3 0
S ig n if ic a d o - 2 2 S is te m a d o p a m in é r g ic o r e t i n i a n o - 1 3 0
S ig n if ic a n t e - 2 2 S is te m a d o p a m in é r g ic o t ú b e r o - i n f i n d i b u l a r - 1 3 0 ,
S i l ê n c io na A n á l is e - 59 a 69 131
S il ê n c io n a S - 59 a 69
essão S is te m a E r g ó t r o p o d e H e s s - 7 3 , 7 4 , 7 6
S ím b o lo s f A f e t o s - 2 2 , 2 3 S is te m a L ím b ic o - 9 6 , 1 0 4 , 1 4 2
S í m b o l o s e D c s e io s - 2 2 , 2 3 S is te m a N e u r o lím b ic o - 8 8
S ím b o l o s e R e p u l s a s - 2 2 , 2 3 S is te m a N i g r o e s t r i a d o - 1 3 9
S í m b o l o s e T e m o r e s - 22, 2 3 S is te m a N i g r o e s t r i a t a l - 8 8
S lM P A T IC O M lM É T IC A S A m IN A S - 8 2 , 8 3 S is te m a N o r a d r e n é r g i c o - 1 6 4
S im p a itc o m im é tic o s - 7 8 , 7 9 S is te m a r e t i c u l a r t a l â m i c o - 1 4 9
SlMPATICOTONIA - 7 3 , 7 4 S is te m a s e r o t o n in é r g ic o - 2 3 3
S ím u l o - 2 2 0 S is te m a T r a n s d é r m ic o d e N i c o t i n a - 92
S in a is p r o d r ô m ic o s d e t o x ic id a d e pelo l í t i o - 16 5 S is te m a T r o f ó t r o p o d e H e s s - 7 3 , 7 4 , 7 6
S lN A P S E d o p a m i n é r c i c a - 1 3 0 S is te m a s d o p a m in é r g ic o s - 1 3 0
S in a p s e s A d r e n é r g ic a s - 8 0 S is te m a s d o p a m in é r g ic o s c e r e b r a is - 1 3 0
25é
S is t e m a s g a b a m in é rg ic o s - 17 8 S u r t o s a l u c in a t ó r io s - 150
S is t e m a s n e u r o n a is d o p a m in é r g ic o s - 139 S u r t o s d e l ir a n t e s - 150
S is t e m a s n e u r o n a is n o r a d r e n é r g ic o s - 139 S u r t o s d e l ir a n t e s e a l u c in a t ó r io s - 1 4 2 1 4 3 ,1 4 7 ,1 5 1
S o b r e a F i l o g Ê n e s e - 3 a 19, 2 3 7 S u r t o s p s ic ó tic o s - 1 6 6
S o b re a I d e n t i d a d e - 5 9 , 6 0 S U S - l, 2 7 8 , 1 7 6
S o b re o A u t o r - 235 S y n a c th en D epot 10 - 125
S o c ia b il id a d e d o s p a c ie n t e s - 145 T a b a g is m o - 80, 9 2
S o c ia l f o b ia - 7 7 , 7 8 , 7 9 T a is n e ir in m a - 220
S ó d io - 164 T A la m o - 9 6 , 131, 1 5 6 , 1 6 4
S o l a n u m c a r o l in e n s e - 2 2 0 T a q u ic a r d ia - 9 5 ,1 3 2 ,1 4 9 ,1 7 5
So m a to f o r m e s Q u e ix a s - 8 9 a 9 2 T a q u ic a r d ia de com pensação - 143
So n a m b u l is m o - 41 T a q u ic in e s ia - 1 4 4
S o n e b o n - 1 0 5 ,1 8 5 ,1 9 9 T a x a d e p r o l a c t i n a c i r c u l a n t e - 131
S o n e p a n - 185 T a x a ç ã o s ê r ic a d e l í t i o - 165
Sonho - 2 3 6 T é c n ic a d e A b o r d a g e m a o P a c ie n t e n a E n t r e v is t a
S o n h o E d ip ia n o - 5 9 a 6 9 In i c i a l - 5 4
So n h o Er ó t ic o - 59 a 69 T é c n i c a de A b o rd a g e m a o P a c ie n te n a s E n t r e v is
So n h o Er ó t ic o E d ip - 59
ia n o a 69 ta s S u bseqüentes - 4 9 , 5 5
So n h o p r e m o n it ó r io - 236 T e g r e t o l - 1 1 3 ,1 1 6 121, 2 2 4 , 2 2 6 , 2 3 1
S o n h o s in te rp r e ta d o s - 66, 237 Tem or â C a s tr a ç ã o - 5 9 a 6 9
S o n if a n - 1 0 5 , 1 9 9 Te n d ê n c ia s In s t in t iv a s - 4 9 , 5 4
So n o L e n it o a p r o f u n d a m e n t o - 113 T e n d ê n c ia s In s tin tiv a s * A s p e c to A f e t i v o - 4 9 , 5 4
So n o REM - 230 Tendências In stin tiva s» A s p e c to C o g n i t iv o - 4 9 , 5 4
So n o R EM d im in u iç ã o d a fase - 113 T e n s ã o P r é -M e n s t r u a l - 101,131, 2 3 3
77,
S o n o lê n c ia - 9 7 , 1 0 3 , 1 0 5 , 1 1 3 , 1 2 0 , 1 2 2 , 1 4 3 , 1 4 7 , 1 7 5 T e n s il - 1 1 6 , 1 8 4 , 1 9 8
So n o l ê n c ia E x c e s s iv a -1 0 5 T e n ta tiv a de S u ic íd io - 89, 2 3 0
S o n o l ê n c ia n o Pa c ie n t e - 5 9 a 6 9 T e o r ia d a E v o lu ç ã o - 3 , 4 , 5 , 1 6
S o n o l ê n c ia n o P s ic a n a l is t a - 5 9 a 6 9 T e o r ia d a E v o lu ç ã o em F r e lid - 1 0 , 1 6 17
S p l i t - 142 T e o r ia d a S e le ç ã o N a t u r a l - 4 , 5, 6
S t a t u s E p il e p t ic u s - 9 8 ,1 2 1 ,1 2 3 , 2 2 3 , 2 3 3 T e o r ia d o C o n h e c im e n to - 4 9
S ta tu s E p il e p t ic u s M io c l ô n ic o In f a n t il - 121 T e ra p ia de V id a s P assadas - 1 0 ,1 1 , 2 3 0
S t a t u s E p il e p t ic u s T ô n ic o - 122 T e ra p ia d o P ré -A d o le s c e n te - líl
S te la p a r - 7 5 a 8 0 T e ra p ia I n f a n t i l - 111
S te la p a r n° 1 - 7 8 , 9 9 , 2 3 3 T e ra p ia s c o g n it iv a s - 2 3 3
S te la p a r n ° 2 - 78 T e ra p ia s co m p o rta m e n ta is - 2 2 9
S t e la z in e - 1 3 2 1 3 5 , 1 4 8 , 1 8 6 T e ra to g e n ic id a d e - 117
S tu g e r o n 25 m g - 197 T ê rfe n a d in a - 91
S tu g e r o n 75 m g - 197 T e rm in a is A d r e n é r g ic o s - 8 1
S l ib ie t iv id a o e em P s i c a n A l i s e - X V l l l , 2 2 8 21 A 3 2 T e rro re s N o t u r n o s - 41
SU B IE TIV ID A D E P R IM Á R IA - 28 T è t r a c o z a c t í d i o - 124
S U B IE TIV ID A D E SEC U N D ÁR IA - 2 8 T a m i l a l -1 1 2
S u b s t â n c ia C in z e n t a - 9 6 Tazenon a - 76
S u b s t â n c ia n ic r a - 2 2 8 Tiq ues - 118
S u b s t â n c ia r e t ic u l a r - 164 T íe n o b e n z o d ia z e p ín ic o s - 154
S u b s t â n c ia r e t ic u l a r ta l a m o m e s e n c e f á l ic a - 149 T ília - 2 2 0
S l ib s t â n c ia s s im p a t ic o m im é t ic a s - 174 T ím bó - 220
S u b s t â n c ia s v a s o d il a t a d o r a s - 194 T ím e r é tic o s - 8 6
S u b s t r a to s - 73, 7 4 T i m id e z - 2 2 9
S u c c in im id a s - 1 1 9 T m o a n a lê p t ic o s - 8 6 ,1 5 6
Sudorese E x c e s s iv a - 82 T ím o lé p t ic o s - 8 6 , 1 3 8 , 1 5 5 , 1 5 6
S u d o r e s e in t e n s a - 1 3 3 T í o b a r b i t a l - 112
S udorese profusa - 233 T ío p e n ta l S ó d ic o - 1 0 4
S liic íd io - 7 8 , 9 0 , 2 2 7 , 2 3 1 T í o r i d a z i n a - 1 3 5 ,1 3 9 ,1 4 6 , 2 2 6
S ulfas - 116 T í o r i d a z i n a ( M e l l e r i l ) - 1 3 2 ,1 3 3
S u l f o n a m id a - 155 T ío t ix e n e - 1 3 7 ,1 3 8 ,1 4 0 ,1 4 8
S U L F O N A M 1D A C O M C A D E I A P IR O L ID ÍN IC A - 1 3 8 T ío t ix e n e , E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s * A presen
S U L O C T ID IL - 1 9 4 taç õ es e Po s o l o g ia-1 4 8
S u l p i r i d e - 1 3 8 ,1 4 0 , 2 1 0 T o xan t ê n i c o s - 1 3 7 ,1 3 9
S u l p ir id ^ c u n t r a - in d ic a ç ô e s - 157 T iq u e s - 4 6 ,1 3 4 ,1 7 5 , 231
S u l p ir id e , m e c a n is m o d e a ç â o - 156 T iq u e s n e r v o s o s - 4 6 ,1 3 4 ,1 7 5 , 231
S u l p ir id e , a b s o r ç ã o d e s t in o e excreção - 156 T ir a m in a - 76
S u l p ir id e E s p e c ia l id a d e s F a r m a c ê u t ic a s *A presen lÍR E O T O X IC O S E S - 1 7 5
t a ç õ e s e P o s o l o g i a - 15 9 T r o s in a - 1 3 0
S u l p i r i d e , f a r m a c o l o g i a - 155 T ír o s in a - h id r o x il a s e - 130
S u l p i r i d e , f Is i c o - q l i í m ic a - 15 5 TO C - 1, 3 9 , 9 9 , 1 2 1 2 3 3
S u l p ir id e , t o x i c id a d e e e f e it o s c o l a t e r a is - 157 T o h r a n i l - 5 9 , 0 0 , 81, 18 2 , 2 0 0 , 2 3 3
S u i t i a m e - 116 Tò f r a n il -pam o a to - 82
S u m á r io d e u r in a - 225 T ò l b u t a m i d a - 91
S u m a t r ip t a n - 89 T o l e r â n c i a - 113
S ú m u l a N e u r o f is io l ó g ic a - 73 , 7 4 Tò lr est - 9 2
S u p e r f i c i a l i z a r o S o n o L e n t o - 116 T ò l s e r o l -1 1 1
S u p r e s s ã o d o n e u r o l é p t iç o - 134 T õ m o g ra f ia c o m p u ta d o riz a d a - 2 2 6
7 i7
S u r to s a g u d o s e s q u iz o f r ê n ic o s - 146 To n t u r a s - 9 7 , 1 0 3 ,1 2 0
T ô n u s g a s t r i n t e s t i n a i s - 141 T r a t a m e n t o d o s e f e ito s e x t r a p i r a m i d a i s - 1 3 4
T o r c i c o l o - 138 T r a i a m e n t o d o s e p ilé p t ic o s q u e USAM b a r b i t ú r i c o s
Tõ x i c o m a n i a - 176 -1 3 4
Tr a b a l h a n d o contra a Im p o t ê n c ia - 5 9 a 69 T r a t a m e n t o m e d ic a m e n t o s o em p s i q u ia t r i a g e r i á
T r a b a l h a n d o o S i l ê n c i o - 53, 5 9 a 6 9 t r i c a - 1 8 9 ,1 9 1
T r a b a l h o d e F r e u d - 129 T r a t a m e n t o m e d i c a m e n t o s o em p s i q u i a t r i a i n f a n
Tr a d iç ã o - 2 3 0 t i l - 173
T r a n i l c i p r o m i n a - 7 5 a 8 0 , 99,1 81 T ra u m a c r a n ia n o - 2 3 2
T r a n q ü i l i z a n t e s - 8 6 a 8 9 ,9 5 ,1 0 5 ,1 1 4 ,1 3 7 ,1 4 3 ,1 4 5 , T ra u m a tis m o s de p a rto - 1 7 6
1 49 ,18 3 T r e m b le x - 1 5 3
T r a n q ü i l i z a n t e s d a f l o r a b r a s i l i e n s i s - 217 T re m o r d a lín g u a - 138
T r a n q ü i l i z a n t e s m a i o r e s - 129, 131 T r e m o r em e s ta d o de r e p o u s o - 1 3 8
T r a n s f e r ê n c ia - 2 3 T r e m o r f i n o d a s m ã o s - 1 1 7 ,1 6 5
T r a n s m is s ã o c o l in ê r g ic a - 2 2 8 T re m o r m u s c u la r - 153
Tr a n s m is s ã o d e C a r a c t e r e s - 6 T re m o re s - 1 1 1 ,1 2 0 ,1 4 7 , 2 3 2 2 3 3
Tr a n s m is s ã o g a b a é r g ic a - 2 2 8 T r ía d e b lic o lin g u o m a s t ig a t ó r ia - 1 3 4
Tr a n s m is s ã o G a b a m in é r g ic a - 9 6 T r ia z o la m - 1 0 7 ,1 9 9
T r a n s t o r n o A f e t i v o Bi p o l a r - 38, 2 3 3 T r ic íc lic o s - 7 5 , 8 0 , 9 0 ,1 5 6 , 2 3 3
Tr a n s t o r n o da Id e n t id a d e S e x u a l - 4 3 T r i f l u o p e r a z i n a - 7 9 , 8 0 , 9 9 , 1 1 9 ,1 3 2 , 135, 1 4 8 , 1 8 6
Tr a n st o r n o da P r e f e r ê n c ia S e x u a l - 4 3 T r i f l u o p e r a z i n a , E s p e c i a li d a d e s F a r m a c ê u t i c a s ,
T r a n s to r n o de A n s ie d a d e G e n e r a l iz a d a - 98 A p r e s e n ta ç õ e s e P o s o lo g ia - 1 4 8
T r a n s to r n o d e estr esse pós- t r a u m á t ic o - 234 T r i f l u p e r i d o l - 151
T r a n s to r n o D e l ir a n t e - 36, 3 7 T r i f l l i p e r i d o l E s p e c ia lid a d e s F a r m a c ê u t i c a s , A p r e
T r a n s t o r n o D e p r e s s iv o - 3 8 s e n ta ç õ e s e P o s o lo g ia - 151
T r a n s t o r n o d o D e s e n v o l v im e n t o P s ic o l ó g ic o - 4 4 T r if lu p r o m a z in a - 1 4 6
Tr a n st o r n o d o H u m o r - 39 T r i g g e r -z o n e - 1 4 3
T r a n s to r n o d o Pâ n ic o - 234 T r im e t a d io n a - 118
T r a n s to r n o E s q u iz o -a f e t iv o - 38 T rim e ta d io n a , A b s o r ç ã o , D e s t in o e E x c r e ç ã o - 118
T r a n s t o r n o E s q u iz o t íp ic o - 3 7 T rim e t a d io n a , E s p e c ia lid a d e s F a r m a c ê u t i c a s A p r e
T r a n s t o r n o H i p o c o n d r ía c o - 4 0 s e n ta ç õ e s e P o s o lo g ia - 119
T r a n s to r n o M a n ía c o - 38 T r i m e t a d i o n a , T o x i c i d a d e , E f e it o s C o l a t e r a i s e
Tr a n s t o r n o O b s e s s iv o C o m p u l s iv o - 1, 39, 4 0 , 99, I n t e r a ç õ e s - 119
121,158, 2 3 4 T r im e ta d io n a , U s o T e r a p ê u t ic o - 119
T r a n s to r n o s a f e t iv o s - 227 T r ip e r id o l - 152
T r a n s to r n o s d a a ten ç ã o - 177 T r ip to fa n o - 7 3
T r a n s to r n o s d a m e m ó r ia - 177 T r ie x a fe n id il - 1 3 4
T r a n s to r n o s d a Per s o n a l id a d e - 42 T ra n s to rn o s d a c o n c e n tr a ç ã o - 177
T r a n s to r n o s d e Hum or e M e m ó r ia dos F r e ita s - 3 9 T r o f ó t r o p a F u n çã o - 7 3 , 7 4 , 7 6
T r a n s to r n o s de Pâ n ic o - 1 T r o m b o c ito p e n ia - 117
T r a n s to r n o s D is s o c ia t iv o s - 4 0 T r o n c o C e r e b r a l - 9 6 , 113
T r a n s to r n o s E s q u iz o t íp ic o s e D e l ir a n tes - 37 T r y p ta n o l-7 5 - 7 6 , 8 4 , 1 8 2 2 0 0 , 2 3 3
T r a n s to r n o s F ó b ic o - a n s io s o s - 4 0 T u r g e s c ê n c i a m a m á ria - 1 5 6 , 1 5 7
T r a n s to r n o s H ip e r c in ê t ic o s - 4 5 ,1 7 6 T u R v a ç â o d a V is ã o - 8 2 1 0 8
T r a n s to r n o s in f a n t is e in f a n t o - iu v e n is d o c o m Ú lc e r a g a s tr o d u o d e n a l - 158
p o r ta m en to - 177 Ú l c e r a p é p tic a - 155
T r a n s to r n o s M e n t a is e C o m p o r t a m e n t a is A sso c i Ú l c e r a P é p tic a A g u d a - 1 2 4
ad o s a o P u e r p ú r io e M e m ó r ia do s F r e i t a s - 41 U m a d i s t r i b u i ç ã o em a s a de b o r b o le t a - 1 3 3
T r a n s to r n o s M e n t a is e C o m p o r t a m e n t a is A s s o c i U n i v e r s a l i d a d e d a M f m ó r i a d o s F re ita s - 2 3 0 , 2 3 5
ad o s a o P l ie r p é r iu t P s i c a n A l is e - 41 a 237
T r an s t o r n o s M e n t a is e C o m p o r t a m e n t a is A s s o c i U n i v e r s a lid a d e d a m e m ó ria s ó c i o - c u l t u r a l -f a m i -
ad o s A O P U E R P É R IO N C O P - 41 li a r -p e s s o a l - 2 3 0 , 2 3 5 a 2 3 7
T r a n s to r n o s M e n t a is e C o m p o r t a m e n t a is d e v id o s U rb a n il - 102
a o uso de S u b s t â n c ia s Ps ic o a t iv a s - 35 U r g ê n c ia s p s iq u iá t r ic a s - 2 0 5 , 2 0 7
T r a n s to r n o s M e n t a is e C om p o r t a m e n t a is d e v id o s U r t ic á r ia s - 1 4 4
a o l is o d e S u b s t â n c ia s P s ic o a t iv a s e M e m ó r ia dos U so d e a n t id e p r e s s iv o s n a i n f â n c i a - 181
F r e it a s - 36 U so de h ip o t e n s o r e s- 132
T r a n s to r n o s M e n t a is O r g â n ic o s - 3 5 U s o D E N E U R O L É P TIC O S D IS F A R Ç A D O S C O M O A N S IO L ÍT IC O S
T r a n s to r n o s M e n t a is O r g â n ic o s e M e m ó r ia dos -1 3 1
F r e it a s - 3 5 Uso im prudente o u im o d e ra d o de iooos de a z a r - 231
T r a n s to r n o s M e n t a is O r g â n ic o s e Ps ic a n á l is e - 3 5 U s o P R O L O N G A D O D E N E U R O L É P T IC O S - 131
T r a n s to r n o s M e n t a is O r g â n ic o s Fo r m as de T r a U s u á r io d o S U S - 2 7 9
ta m en to - 35 U T I - 232
Tr a n s to r n o s N e u r ó t ic o s - 3 9 Vvc.iN A D e n t a d a F a n ta s ia - 5 9 a 6 9
Tr a n s to r n o s So m a to fo r m es - 4 0 V v c iN A D e n ta d a , T e m o r A C a s t r a ç ã o - 59 a 6 9
Ir a n x il e n e - 102 V a g o f il - 1 0 3 ,1 9 9
T r a n x il e n e D ose Ú n ic a - 102 V a le r ia n a - 2 2 1
T r a ta m en to d a a n s ie d a d e - 139 V a l i d a ç ã o d a In t e r p r e t a ç ã o - 22, 2 9
T r a t a m e n t o d a e i a c u l a ç â o p r e c o c e - 133 V a l i u m - 100, 116, 184, 198, 223
T r a ia m e n t o d a s e d a ç ã o e x c e s s iv a p o r m e d ic a m e n Y ã l i u m I n /e t A v e l - 122 2 0 8
t o s - 17 5 V á l p a k in e - 118
T r a t a m e n t o d e E s c o l h a d a s A u s ê n c i a s T íp ic a s - 1 2 0 V á l p r in - 118
T r a i a m e n t o d e m a n u i e n ç ã o d a s p s i c o s e s - 152, 153 V a lp r o a t o d e s ó d io - 233
Var ia ç ã o de hum or n as 24 horas - 227 V io l a ç ã o d e u m M é t o d o - 30
W O D IL A IA Ç Ã O C O M B A IX A D E RESISTÊNCIA PERIFÉRICA - 1 4 3 V i s ã o "R j r v a - 103
V a s o d ila t a t o r - 2 2 6 V is c o s id a d e - 158
VaSOPRESSORES - 175 V lS C U M A L B B U M - 221
Va z io e x is t e n c ia l - 230 V ita m in a C - 2 2 7
VDRL - 225 V ita m in a K -113
V e n l a f a x in a - 91 V o l t a a o P a s s a d o e m F r e u d - 9 ,1 0 , 1 2 1 5 ,1 6 ,1 7
V e r o tin a - 9 0 V ô m i t o s - 9 7 , 115, 1 4 3 , 1 5 3 , 1 6 5
V e r tig e n s - 9 7 , 1 0 3 , 1 0 5 , 1 0 8 , 1 1 6 , 1 2 0 , 2 3 3 V O Y E R IS M O - 43
V e s íc u la - 1 3 0 W a r f a r in a - 91
V e s íc u la s s in á p tic a s - 130,164 Z a r o t i n - 120
V ia s d o p a m in é rc ic a s h ip o ta lâ m ic a s - 1 6 4 Z o l o f t - 92
V ia s d o p a m in é rcica s n e o e stria ta is - 1 6 4 Z o n a s D in a m ú g e n a s de H ess - 73, 74, 81
V ib u r n o - 221 Z y b a n - 92
V id a In s t in t iv o - A f e t iv a - 9 6 Z y p r e x a - 154
V id a s p a s s a d a s - 1 0 ,11, 2 3 0
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P S IC O F A R M A C O L O G IA
APLICADA A CLÍNICA
Ednei Freitas
3° Edicao A m p lia d a
BIOMÉDICAS LTDA.