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O campo elétrico em N -dimensões

Nome: Victor Pereira do Nascimento Santos


Matrícula: 268229

25 de junho de 2007

1 Introdução
No início do estudo da eletrostática, vemos que dadas duas cargas pontuais
q1 e q2 , a força de interação entre elas é dada por
1 q 1 q2
F = (1)
4πε0 r2
onde r é a distância entre as cargas. Foi introduzido ainda o conceito de
campo elétrico, que é a força por unidade de carga que um dado ponto no
espaço experimenta, devido a uma distribuição arbitrária de cargas. Assim,
o campo elétrico gerado por uma carga q puntiforme em um ponto P do
espaco é

~ ) = 1 q
E(P ~r 0
0 3 P
4πε0 (rP )
1 q
= 0 2 P
r̂ 0
4πε0 (rP )

onde ~rP0 é o vetor posição do ponto P relativo à carga. Vemos que o campo
elétrico é proporcional ao inverso do quadrado da distância ao ponto. Isso
funciona no nosso mundo tridimensional; Como seria então essa relação em
um hipotético mundo unidimensional, por exemplo? Vamos tentar então
extender algumas das equações da eletrostática para outras dimensões.

2 Lei de Gauss e o campo elétrico


Uma relação que será muito útil para o nosso propósito é a Lei de Gauss,
que relaciona informação sobre uma distribuição arbitrária de cargas e o uxo

1
de campo elétrico que ela gera sobre uma superfície que a enclausura. Uma
das formas usuais de escrevermos a lei é
I Z
~ · n̂ dS = 1
E ρ dV (2)
∂V ε0 V

onde ρ é a densidade volumétrica de carga da distribuição, V é o volume


que enclausura a distribuição e ∂V é a área que delimita o volume V . Esta
equação não se limita ao caso tridimensional, de modo que podemos extendê-
la para um espaço Euclideano RN , onde a forma área será do tipo

dSN = dN −1 x = dxN −1 dxN −2 · · · dx2 dx1 (3)

e a forma volume,

dVN = dN x = dxN dxN −1 · · · dx2 dx1 (4)

E assim, a lei de Gauss se torna


I Z
1
Ei ni dSN = ρ dVN (5)
∂V εN V

Neste caso, não garantimos que a permissividade ε tenha a mesma unidade


que ε0 . Vamos considerar agora o problema de uma carga pontual centrada
na origem, num espaço N -dimensional. Sendo o campo radial (normal à
superfície da hiperesfera), temos
I Z
1 q
Ei ni dSN = E SN = ρ dVN = (6)
∂V εN V εN
q
E= (7)
εN SN
onde SN é a área da esfera N -dimensional. Pode-se demonstrar que1
N
2π 2 rN −1
SN = (8)
Γ( N2 )

Assim, o campo elétrico num espaço N -dimensional é


qΓ( N2 )
EN = (9)
2π N/2 εN rN −1
1 Ver apêndice

2
Podemos ver através de um pouco de cálculo que ela vale para o R3 :

qΓ( 3 ) q π 1 q
E3 = 3/2 2 3−1 = √ 2 2 = (10)
2π ε3 r 2π πε3 r 4πε3 r2
E vejamos para mais alguns valores de N :
qΓ( 21 ) 1
E1 = 1/2 1−1
= q (11)
2π ε1 r 2ε1
qΓ( 22 ) 1 q
E2 = 2/2 2−1
= (12)
2π ε2 r 2πε2 r
qΓ( 32 ) 1 q
E3 = 3/2 3−1
= (13)
2π ε3 r 4πε3 r2
qΓ( 42 ) 1 q
E4 = 4/2 4−1
= 3 (14)
2π ε4 r 2π ε4 r3
Um caso interessante: Se resolvermos o problema do cálculo do campo de
um o innitamente longo carregado uniformemente, podemos deduzir que
se trata de um problema bidimensional, já que há uma simetria ao longo do
eixo do o; O campo é então dado por (12). Deve-se mencionar também que
a constante de permissividade não possui a mesma dimensão, já que ela varia
por unidade de comprimento.

3 Apêndice
3.1 Área da esfera N -dimensional
Do cálculo, sabemos que
dVN
SN = (15)
dr
então, basta encontrarmos o volume da esfera N -dimensional para que sai-
bamos sua área. Para encontrar o volume, precisamos calcular a integral
Z Z
VN = dVN = dxN dxN −1 · · · dx2 dx1 (16)
V V

Então, para facilitar o cálculo, usamos um sistema de coordenadas naturais


sobre a esfera do tipo
x1 = r cos θ1
x2 = r sin θ1 cos θ2

3
x3 = r sin θ1 sin θ2 cos θ3
..
.
xN = r sin θ1 sin θ2 sin θ3 · · · sin θN −2 sin θN −1

e assim a integral se torna do tipo


Z
VN = dVN0 (17)
V

com
∂xj
dVN0 =
dr dθ1 dθ2 · · · dθN −1 (18)
∂(r, θj )
e o determinante do Jacobiano é

∂xj
∂(r, θj ) = r
N −1
sinN −2 θ1 sinN −3 θ2 · · · sin θN −2 (19)

então,
Z rZ π Z π Z π Z 2π
VN = ··· dVN0 (20)
0 0 0 0 0
N/2 N
π r
= (21)
Γ( N2 + 1)

logo, a área é
" #
d π N/2 rN
SN = (22)
dr Γ( N2 + 1)
N π N/2 rN −1
= (23)
Γ( N2 + 1)
N π N/2 rN −1
= N
(24)
2
Γ( N2 )
2π N/2 rN −1
= (25)
Γ( N2 )
(26)

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