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Experimental characterization and vulnerability assessment of Portuguese-Brazilian historic buildings View project
All content following this page was uploaded by Esequiel Mesquita on 30 May 2019.
João Medeiros1, Matheus Silva1, George Gomes1, Lia Cavalcante1, Larissa Mota2,
Lilian Brasileiro3, Alexandre Bertini4, e Esequiel Mesquita5
1. Introdução
O fator umidade vem a cada dia se tornando um vilão para mecanismos de
degradação influenciados pelo mesmo. Diversas patologias em elementos de
construção têm como mecanismo principal de degradação a variação de umidade,
como destacamento de fachadas, eflorescência, mofo, entre outras. Dependendo
do grau de ocorrência a umidade pode acarretar problemas para detecção de
patologias e emissão de laudos de inspeções prediais.
O ensaio não destrutivo (END) utilizando o ultrassom para avaliação das
edificações de estruturas de concreto busca o monitoramento da integridade
física e mecânica das construções. Os END’s são ensaios que não alteram
características físicas, mecânicas, químicas e dimensionais das estruturas
analisadas, evitando qualquer tipo de dano para o concreto ou perfil
argamassado. No Brasil, esses tipos de ensaios são pouco utilizados, mas suas
avaliações são eficientes em relação aos seus resultados (Amaral, Fortaleza,
Gomes, Silva, & Bertini, 2018).
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Figura 2– (a) medição direta; (b) medição semidireta; (c) medição indireta
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o dispositivo foi calibrado com uma barra padrão do aparelho, em seguida foi
aplicado uma fina camada de um gel fluido nas faces dos transdutores de modo a
fornecer uma melhor superfície de contato no material ensaiado. Com o fim da
organização do aparelho foram medidos valores para VPU’s, direta (Onda P) e
indireta (onda R) e anotados os valores para o estado saturado. Posteriormente
as amostras foram levadas a estufa por um período de 4 horas e novamente
pesadas e ensaiadas por meio do ultrassom, com todos os valores anotados para
peso seco, o ensaio consistiu de modo que as amostras chegassem ao seu estado
seco total. A figura 3 ilustra a metodologia de ensaio.
Figura 3- Metodologia de ensaio
Fonte: Test2019
Os valores obtidos por meio das medições das VPU’s foram determinados de
acordo como descrito anteriormente, os valores das velocidades ultrassônicas
foram correlacionados com o teor de umidade presente na argamassa, deste
modo foram foi obtido a média aritmética e o desvio padrão das VPU’s, excluindo-
se os valores que estão fora do intervalo. A partir deste procedimento foram
geradas constantes de correlação R² e a função que descreve a linda de tendência
das variáveis.
4. Resultados
Nesta seção são apresentados e discutidos os resultados das variações da VPU em
função das variações dos teores de umidade. Analisando as medições Diretas de
VPU para o traço de argamassa de cimento Portland 1:3 (Gráfico 1-a), é possível
observar que quanto maior o teor de umidade da amostra, maior é o valor da VPU
medido. Já para a onda R quanto maior sua velocidade de propagação menor é
seu teor de umidade (Gráfico 1-b). (Figueiredo, 2005) afirma que a VPU tende a
decrescer rapidamente quando se propaga por meios líquidos e gasosos, dado tal
conhecimento torna-se possível que por meio da média da velocidade de
propagação encontre-se estimativas da quantidade de vazios, e
consequentemente da densidade do material o que torna possível que por meio
da variação da VPU encontre-se correlações com o módulo de elasticidade.
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Gráfico 1: Traço 1:3- (a) Teor de Umidade x VPU Direta; (b) Teor de Umidade x VPU Indireta /Traço
1:1:3 (c) Teor de Umidade x VPU Direta; d) Teor de Umidade x VPU Indireta
Gráfico 2: Traço 1:3- (a) Teor de Umidade x Módulo Dinâmico Direta; (b) Teor de Umidade x Módulo
Dinâmico Indireta /Traço 1:1:3 (c) Teor de Umidade x Teor de Umidade x Módulo Dinâmico Direta;
d) Teor de Umidade x Teor de Umidade x Módulo Dinâmico Indireta
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Para o traço com adição de Cal virgem, nota-se a partir do (Gráfico 2-c) resultados que
dão procedência a análise de dados encontrado no traço 1:3, para valores com teor de
umidade acima de 10% o Módulo de Elasticidade Dinâmico sofre variação direta, fato
que também se aplica ao Módulo Dinâmico Indireto, como pode ser visto no (Gráfico 2-
d) onde é possível determinar uma variação para valores acima de 35%.
5. Conclusões
Este trabalho teve como objetivo estudar a influência do teor de umidade no módulo de
elasticidade dinâmico, através do aparelho não destrutivo Ultrassom foi emitido ondas
Ultrassônicas nomeadas VPU e então foi medido velocidades com amostras de
argamassa no estado seco e saturado para então se analisar os resultados e se criar uma
relação.
Apesar das diversas variáveis existentes como a sensibilidade que o ultrassom possui em
relação a variedades dos materiais existentes na argamassa, o estudo sobre a influência
do teor da umidade relativa na determinação do módulo de elasticidade dinâmico, se
tornou relevante, pois promove a maior compreensão das velocidades de ondas
ultrassônica na presença da umidade.
A cada amostra analisada para determinadas idades estudadas os intervalos de VPU se
mostraram satisfatórios permitindo que fosse possível realizar correlações entre as
VPU’s direta e indireta com o teor de umidade. Com isso os resultados obtidos de acordo
com a metodologia proposta, mostraram que para a determinação da velocidade de
propagação por meio da transmissão direta, a onda P mostrou resultados que
comprovam que quanto maior sua VPU, maior é o teor de umidade relativo da
argamassa, já para a transmissão indireta os resultados permitiram comprovar que para
a onda R quanto maior sua velocidade de propagação menor é o teor de umidade
relativa da argamassa.
Para o efeito causado pelo teor de umidade no Módulo de Elasticidade Dinâmico, foi
possível observar que para o traço de 1:3, à medida que o teor de umidade cresce é
possível observar um aumento considerável no Módulo de Elasticidade Dinâmico, fato
que permitiu determinar a porcentagem exata onde a variação tende a ter um aplicação
direta a argamassa de cimento, já para o traço com cal acontece uma relação idêntica
ao do traço 1:3, fato que permite abrir uma nova série de discussões sobre a influência
que o teor de umidade causa no Módulo de Elasticidade Dinâmico, através do
norteamento de uma sucessão de discussões acerca do efeito que o fator umidade causa
e em que período de porcentagem exato ela tem influência direta.
Agradecimentos – Os autores agradecem ao Laboratório de Engenharia Civil
da Fundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (NUTEC), como também
ao LAREB- Laboratory of Reabilitation and Buildings Durability e à FAS –
Faculdade Ari de Sá pelo apoio, investimento na pesquisa e confiança.
6. Referências
[1] CINCOTTO, M. A.; SILVA, M. A. C.; CASCUDO, H. C. Argamassas de revestimento:
aracterísticas, propriedades e métodos de ensaio. São Paulo: Instituto de Pesquisas Tecnológicas,
1995. Boletim técnico n. 68.
[2] FIGUEIREDO, E. P. Inspeção e Diagnóstico de Estruturas de Concreto com Problemas de
Resistência, Fissuras e Deformações. In: ISAIA, G. C. (Ed.). Concreto: Ensino, Pesquisa e
Realizações. São Paulo: IBRACON, 2005. ICOMOS.
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