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Gestã o do stress profissional em saú de

UFCD_6581

729281 - Técnico/a Auxiliar


de Saúde

25 Horas
Gestã o do stress profissional em saú de UFCD 6581

Índice

Objetivos........................................................................................................................................................................................... 3

Conteú dos........................................................................................................................................................................................ 4

O erro humano .............................................................................................................................................................................. 5

Conceito............................................................................................................................................................................................ 5

Causas e consequências.............................................................................................................................................................. 6

Medidas preventivas................................................................................................................................................................. 11

O Stress .......................................................................................................................................................................................... 12

Conceito.......................................................................................................................................................................................... 12

Fatores de risco: emocionais, sociais, organizacionais .............................................................................................. 14

Sinais e sintomas........................................................................................................................................................................ 17

Consequências negativas do stress..................................................................................................................................... 20

Medidas preventivas................................................................................................................................................................. 21

Técnicas de controlo e gestã o de stress profissional................................................................................................... 23

Como lidar com situaçõ es de agonia e sofrimento........................................................................................................ 27

Técnicas de autoprotecçã o..................................................................................................................................................... 29

Tarefas que em relaçã o a esta temá tica se encontram no â mbito de intervençã o do/a Técnico/a
Auxiliar de Saú de Transiçã o do contexto de escola para o mundo do trabalho................................................32

Tarefas que, sob orientaçã o de um Enfermeiro, tem de executar sob sua supervisã o direta......................32

Tarefas que, sob orientaçã o de um Enfermeiro, tem de executar sob sua supervisã o direta......................34

Bibliografia e netgrafia............................................................................................................................................................. 35

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Objetivos:
 Identificar o conceito de erro humano, causas, consequências negativas e medidas
preventivas.

 Identificar o conceito de stress, causas, consequências negativas do mesmo.

 Identificar as técnicas preventivas, de controlo e gestã o de stress profissional.

 Identificar as técnicas de prevençã o, proteçã o de forma a lidar com situaçõ es de limite,


agonia e sofrimento.

 Explicar que as tarefas que se integram no â mbito de intervençã o do/a Técnico/a


Auxiliar de Saú de terã o de ser sempre executadas com orientaçã o e supervisã o de um
profissional de saú de.

 Identificar as tarefas que têm de ser executadas sob supervisã o direta do profissional
de saú de e aquelas que podem ser executadas sozinho.

 Aplicar técnicas preventivas, de controlo e gestã o de stress profissional.

 Aplicar técnicas de prevençã o, proteçã o de forma a lidar com situaçõ es de limite,


agonia e sofrimento.

 Explicar a importâ ncia de demonstrar interesse e disponibilidade na interaçã o com


utentes.

 Explicar a importâ ncia de manter autocontrolo em situaçõ es críticas e de limite.

 Explicar o dever de agir em funçã o das orientaçõ es do profissional de saú de.

 Explicar o impacte das suas açõ es na interaçã o e bem-estar emocional de terceiros.

 Explicar a importâ ncia de agir de acordo com normas e/ou procedimentos definidos
no â mbito das suas atividades.

 Explicar a importâ ncia de demonstrar segurança durante a execuçã o das suas tarefas

 Explicar a importâ ncia da concentraçã o na execuçã o das suas tarefas.

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Conteú dos

 O Erro Humano

 Conceito

 Causas e consequências

 Medidas preventivas

 O Stress

 Conceito de stress

 Fatores de risco: emocionais, sociais, organizacionais

 Sinais e sintomas

 Consequências negativas do stress

 Medidas preventivas

 Técnicas de controlo e gestã o de stress profissional

 Como lidar com situaçõ es de agonia e sofrimento

 Técnicas de autoproteçã o

 Tarefas que em relaçã o a esta temá tica se encontram no â mbito de intervençã o do/a
Técnico/a Auxiliar de Saú de

 Tarefas que, sob orientaçã o de um profissional de saú de, tem de executar sob sua
supervisã o direta

 Tarefas que, sob orientaçã o e supervisã o de um profissional de saú de, pode


executar sozinho/a

O Erro humano
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Conceito

Segundo o dicioná rio Houaiss da língua portuguesa, ERRO é o ato ou efeito de errar, ou o juízo
ou julgamento em desacordo com a realidade observada, ou a qualidade daquilo que é
inexato, incorreto, ou ainda o desvio do caminho considerado correto, bom, apropriado; um
desregramento.

Dentro da sociedade, quem erra é automaticamente rotulado como alguém que deveria ter
agido de forma diferente, e que, portanto, é responsá vel por toda e qualquer consequência
que venha do ato errado. Entretanto, há muito erros que sã o comuns no nosso dia-a-dia, como
clicar “enviar” em um e-mail que ainda nã o terminou de ser escrito, fechar um arquivo de
computador sem o gravar, esquecer a porta do carro aberto apó s estacioná -lo ou digitar uma
senha de cartã o de crédito de forma errada.

O comportamento humano nem sempre é constante e racional por isso nã o segue padrõ es
rígidos pré-estabelecidos; O fator humano pode influenciar a confiabilidade de um sistema e
as perdas decorrentes de um acidente; Os processos de perceção e aceitação do risco e de
tomada de decisã o, caracterizam-se como os principais catalisadores do erro humano.

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Infelizmente, na área da saúde, os erros têm alto potencial de ter consequências nocivas,
isso porque a maior parte dos processos de assistência depende do ser humano, ou seja,
sã o fadados a terem erros. Sendo assim, entender como o ser humano erra de forma a criar
sistemas que evitem ou minimizem a hipótese dos erros serem cometidos, é a base para
uma assistência em saúde segura.

Causas e consequências

Princípios básicos do erro humano

Quando pensarmos em erro humano temos que ter em mente o seguinte:

Toda a gente erra;

Os erros sã o geralmente resultados de circunstâ ncias além do controlo das pessoas


que cometem os erros;

Sistemas ou processos que dependem da “perfeiçã o” humana sã o inerentemente


defeituosos.

Muitas sã o as causas para o erro humano (Tabela 1).

Tabela 1 – Causas do Erro Humano

1.       Falha de comunicaçã o


2.       Falta de formaçã o eficaz
3.       Falha de memó ria
4.       Negligência
5.       Equipamentos mal projetados
6.       Cansaço, fadiga
7.       Ignorâ ncia
8.       Condiçõ es de trabalho ruidosas
9.       Outros fatores pessoais e ambientais

TIPOS DE ERRO

Desempenho humano

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O erro humano é um reflexo de uma resposta mental a uma determinada atividade.
Rasmussen sugere três níveis de desempenho humano com base no comportamento da
resposta mental utilizada em cada um desses níveis. Os três níveis em ordem decrescente
de familiaridade com uma atividade são:

 Baseado em habilidades: ocorre em situaçõ es onde sã o utilizados padrõ es


armazenados de instruçõ es já programadas. Aqui sã o incluídas atividades muito familiares
que sã o feitas em ambientes confortá veis. O ser humano nessa atividade funciona muito
pró ximo do que é um piloto automático;

 Baseado em regras: ocorre em problemas familiares que sã o abordados com a


utilizaçã o de regras armazenadas. Aqui utiliza-se a lógica, pois em geral, aqui estã o
atividades que sã o familiares a outras já padronizadas, e que servem de base para a resoluçã o
da nova tarefa;

 Baseado em conhecimento: ocorre em situaçõ es novas em que as açõ es devem ser


planeadas utilizando um processo analítico consciente, bem como o conhecimento
armazenado. O resultado depende fundamentalmente do conhecimento prévio e da
capacidade de aná lise, ou seja, aqui funciona muito a “tentativa e erro”.

Importante saber que à medida que se adquire experiência numa atividade,


progressivamente o comportamento baseado em conhecimento migra para o baseado em
habilidades.

O erro do profissional de saúde é o dano provocado no paciente pela açã o ou inaçã o do


profissional, no exercício da profissã o, e sem a intenção de cometê-lo. Há três possibilidades
de suscitar o dano e alcançar o erro:

Imprudência,

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Imperícia e

Negligência. Esta, a negligência, consiste em nã o fazer o que deveria ser feito; a


imprudência consiste em fazer o que nã o deveria ser feito e a imperícia em fazer mal o que
deveria ser bem feito. Isto traduzido em linguagem mais simples.

A negligência ocorre quase sempre por omissã o. É dita de cará ter omissivo, enquanto a
imprudência e a imperícia ocorrem por comissã o.

A ocorrência de acidentes de trabalho está ligada a vá rias causas:

Organizacionais;

Tecnoló gicas;

Humanas.

Não é apenas o trabalhador que comete erros!

Causas Humanas

Fadiga devido a uma sobrecarga física e mental;

Envelhecimento;

Formaçã o e informaçã o insuficientes;

Problemas sociais.

Os acidentes ocorrem devido à:

Falta de consciencializaçã o dos riscos de trabalho e formas de evitá -los;

Falta de atençã o;

Falta de conhecimento do trabalho que deve ser feito;

Falta de formaçã o e informaçã o;

Falta de organizaçã o;

Excesso de confiança;

Má quinas e equipamentos com defeito;

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Falta de prevençã o para os operadores.

Criar um sistema de comunicação eficaz é o grande desafio que as organizaçõ es enfrentam,


já que, muitos erros nas instituições podem ser atribuídos a falhas de comunicação.

Existem várias barreiras à comunicação eficaz, entre elas podemos destacar:

Resistência à mudança

Vivemos numa teia de há bitos, tudo o que sai da nossa “zona de conforto” poderá criar
rejeiçã o e incompreensã o;

Desvios da atenção

Nã o focalizar a atençã o nos pedidos ou indicaçõ es dadas poderá originar mal entendidos e
falhas no desempenho das funçõ es previstas;

Suposições

Ao supor sobre o que a outra pessoa pensa, ou achamos que deve saber, poderemos, além de
gerar conflitos, fazer interpretaçõ es erradas.

Desconfiança

Muitas pessoas têm a tendência de ocultar os seus pensamentos. Refugiam-se no silêncio com
medo das suas ideias nã o agradarem e serem rejeitadas. Desta forma, comprometem o êxito
da comunicaçã o, já que, nestes casos dificilmente se obtém a resposta que necessitamos.

Escuta não ativa:

o nosso pensamento é mais rá pido e espontâ neo que as palavras do outro. Assim,
encontramo-nos, constantemente, perante o risco de prestar mais atençã o ao que estamos a
pensar no momento, do que, á mensagem que nos está a ser transmitida. Esta situaçã o origina
erros de interpretaçã o e nã o memorizaçã o da mensagem transmitida.

O mal provocado pelo profissional de saúde no exercício da sua profissã o, quando


involuntá rio, é considerado culposo, posto nã o ter havido a intençã o de cometê-lo. Diverso,
por natureza, dos delitos praticados contra a pessoa humana, se a intençã o é ferir, provocar o
sofrimento com dano psicoló gico e/ou físico para negociar a supressã o do mal pela maldade
pretendida.

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A medicina presume um compromisso de meios, portanto o erro médico deve ser


separado do resultado adverso quando o profissional de saú de empregou todos os recursos
disponíveis sem obter o sucesso pretendido ou, ainda, diferenciá-lo do acidente
imprevisível. O que assusta no chamado erro é a dramá tica inversã o de expectativa de quem
vai à procura de um bem e alcança o mal. O resultado danoso por sua vez é visível, imediato na
maioria dos casos, irrepará vel quase sempre e revestido de sofrimento singular para a
natureza humana. Muitos outros erros, de outras profissõ es, passam despercebidos. Menos os
erros dos médicos.

Medidas preventivas

Para prevenir é importante:

Investir nas pessoas;

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Ministrar prá ticas de “bom trabalho”

Fazer os trabalhadores conhecerem a sua pró pria personalidade;

Beneficiar das capacidades e talentos dos trabalhadores;

Motivar os trabalhadores.

Aceitar os nossos erros e corrigi-los é como cair e sermos capazes de nos levantar. A grande
diferença entre os que valorizam e os que recusam os seus pró prios erros nã o sã o as vezes
que tropeçam, mas o tempo que demoram a levantar- se.

O que é um erro aceitável? É o erro que tem uma razã o de ser -que é resultado de uma
aná lise errada mas feita de boa fé, que levou em conta todos os factos conhecidos e que
respeitou a ló gica e as regras de boa prá tica. O erro aceitável é aquele que surge mesmo
quando se seguem todas as regras e se têm todos os cuidados.

Os erros apresentam várias formas, mas as mais comuns são os lapsos e os equívocos.

Os lapsos estã o associados ao comportamento automá tico.

Os equívocos correspondem ao resultado de processos conscientes, que nos levam a


decisõ es incorretas

Quase todos os erros são lapsos, pois ocorrem quando pretendemos fazer algo e fazemos
outra coisa diferente. Os lapsos estã o ligados ao comportamento especializado, raramente
ocorrem durante a aprendizagem, quando os atos são conscientes e não automatizados.

Os lapsos podem acorrer:

Falta de atençã o;

Realizaçã o de vá rias tarefas ao mesmo tempo;

Cansaço.

O Stress
Conceito

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As pessoas sofrem de stress quando sentem que há um desequilíbrio entre as solicitações
que lhes sã o feitas e os recursos de que dispõem para responder a essas solicitaçõ es.
Embora seja psicoló gico, o stress afeta igualmente a saúde física do indivíduo.

O stress é um dos grandes problemas atuais, nomeadamente nas sociedades mais


desenvolvidas e num mundo de trabalho caracterizado pela mudança de saberes e de
fazeres, pela competiçã o, pelas mudanças tecnoló gica e organizativa e pela precariedade de
emprego.

Entre os fatores de risco mais comuns do stress relacionado com o trabalho contam-se a
falta de controlo sobre o trabalho, solicitaçõ es inadequadas e falta de apoio por parte dos
colegas e das chefias.

O stresse é provocado por um desajustamento entre nós e o trabalho, por problemas de


relacionamento, pela presença de violência psicológica ou física no local de trabalho ou
ainda pela existência de conflitos entre o nosso papel no trabalho e fora dele

Cada indivíduo reage de forma diferente às mesmas circunstâncias. Umas pessoas


reagem melhor do que outras à pressã o de muitas solicitaçõ es. O que conta é a avaliaçã o
subjetiva que cada indivíduo faz da sua situaçã o, nã o sendo possível determinar com base
exclusivamente na situaçã o o stress e que esta pode provocar.

O stresse pontual: por exemplo, para cumprir um prazo - nã o constitui, em princípio,


um problema: pelo contrá rio, pode ajudar as pessoas a darem o seu melhor. O stresse
constitui um risco para a segurança e a saúde quando se torna persistente.

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O stress ao nível da organização:

 Absentismo (faltas ou atrasos);

 Elevada rotatividade do pessoal;

 Incumprimento de horá rios;

 Problemas disciplinares;

 Assédio;

 Produtividade reduzida;

 Acidentes;

 Erros;

 Agravamento dos custos de compensaçã o ou de saú de

O stress a nível individual:

 Reações emocionais (irritabilidade, ansiedade, perturbaçõ es do sono, depressã o,


hipocondria, alienaçã o, esgotamento, problemas ao nível das relaçõ es familiares);

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 Reações cognitivas (dificuldades de concentraçã o, de memó ria, de aprendizagem e de
decisã o);

 Reações comportamentais (abuso de drogas, á lcool e tabaco; comportamento


destrutivo) e

 Reações fisiológicas (perturbaçõ es lombares, défice imunitá rio, ú lceras pépticas,


problemas cardíacos, hipertensã o).

Fatores de risco: emocionais, sociais, organizacionais

Ao nível da cultura organizacional e função do trabalhador:

 Papel do trabalhador no seio da organizaçã o;

 Progressã o na carreira profissional;

 Liberdade de decisã o/controlo;

 Relaçõ es interpessoais no trabalho;

 Relaçõ es vida privada versus vida laboral;

 Volume/cadência de trabalho

 Horá rios de trabalho

Os sintomas de que uma organização está a sofrer de stress podem ser observados
aquando da elaboraçã o do Balanço Social, por exemplo, através da aná lise de:

 Níveis de absentismo acima da média

 Níveis de rotaçã o de pessoal muito elevados

 Desrespeito dos horá rios de trabalho

 Problemas disciplinares

 Diminuiçã o da qualidade da produçã o/serviço prestado

 Ocorrência de acidentes e erros nã o habituais

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Na perspetiva de profissionais em saúde, Vives (1994) agrupa em cinco potenciais fontes
de stress

Fatores ambientais diretamente relacionados com o trabalho:

 Condiçõ es físicas da Unidade ou Serviço;

 Estado dos pacientes ou tipo de cuidados;

 Perigos físicos (contá gio, produtos medicinais)

 Exigência de formaçã o;

 Escassos recursos materiais disponíveis.

Fatores relacionais (entre a equipa):

 Má s relaçõ es com superiores, colegas e subordinados;

 Receber ordens contraditó rias;

 Falta de confiança e restriçã o da autonomia;

 Falta de informaçã o médica.

Fatores organizacionais e burocráticos:

 Má organizaçã o na distribuiçã o de tarefas;

 Horá rios sobrecarregados;

 Aumento da responsabilidade administrativa;

 Falta de recompensas administrativas.

 Fatores profissionais inerentes ao desempenho de papéis:

 Noçã o de baixo nível de formaçã o;

 Medo da morte;

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 Contacto com utentes agressivos e nã o colaborantes;

 Tarefas ingratas, repetitivas e pesadas;

 Ambiçõ es pessoais frustradas;

 Baixo salá rios.

Fatores relacionados com a exigência:

 Escassez de colaboradores;

 Solicitaçõ es para estar em vá rios locais ao mesmo tempo;

 Imposiçã o de prazos por outras pessoas;

 Cumprir ordens por duas ou mais pessoas em simultâ neo;

 Necessidades e exigências dos familiares.

Sinais e sintomas

Antes de mais, torna-se importante fazer a distinção entre sinais e sintomas. Os sinais
sã o alteraçõ es do organismo de uma pessoa que podem ser percebidas através do exame

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médico ou medidas em exames. Os sintomas sã o alteraçõ es do organismo apenas percebidas
e relatadas pela pró pria pessoa, nã o sendo possível a outra pessoa diagnosticar. Os sinais e
sintomas de stress variam de pessoa para pessoa. As manifestaçõ es que poderã o existir, têm
a influência dos aspetos culturais, o tipo de situaçã o que desencadeia o stress, a personalidade
do indivíduo, a manutençã o ou esbatimento da situaçã o, a sensaçã o ou nã o de controlo e, do
organismo de cada ser humano que ativa certos ó rgã os do corpo e nã o outros. O pró ximo
esquema menciona e distingue as alteraçõ es que o stress pode provocar na pessoa:

Segue-se a enumeração de alguns sinais e sintomas de stress diferenciados pelas vá rias


vertentes do ser humano, segundo Rossi (2010):

Física:

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 Aumento da pressã o arterial;

 Palpitaçõ es, dores de cabeça, pescoço, ombros ou costas;

 Alteraçã o do sono (insó nias ou hipersó nias);

 Alteraçã o do peso (comer exageradamente ou falta de apetite);

 Indigestã o e ná useas;

 Fadiga.

Cognitivo:

 Dificuldades de concentraçã o;

 Problemas de memó ria;

 Confusã o mental;

 Dificuldade em tomar decisõ es;

 Auto- conservaçã o negativa.

Emocional:

 Alteraçã o do humor;

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 Irritabilidade;

 Perda de controlo;

 Sensaçã o de sufoco/incerteza;

 Desamparo;

 Ideaçã o suicida;

 Baixa autoestima;

 Labilidade emocional.

Comportamental:

 Perda de interesse no trabalho e atividades sociais;

 Consumo de á lcool, tabaco e drogas ilícitas;

 Afastamento social (da família e amigos);

 Desinteresse sexual;

 Posiçã o de conflito constante com os outros.

Consequências negativas do stress

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O stress tem consequências consideráveis sobre o ser humano contribuindo para
deteriorar a qualidade de vida de milhõ es de pessoas em todo o mundo. Os custos do stress só
podem ser calculados por indicadores indiretos. Estes consistem no mal-estar, nas
incapacidades e nas mortes prematuras que gera, na maneira como afeta o coração e outros
órgãos importantes, nos transtornos físicos, psíquicos que provoca, no consumo de
analgésicos, tranquilizantes, tabaco, drogas ilícitas e bebidas alcoó licas.

No plano organizacional reflete-se diretamente no comportamento do indivíduo e,


indiretamente no clima da organizaçã o/entidade, na insatisfação com o despenho das
tarefas, na baixa adesã o aos objetivos e propostas da entidade, nos atrasos de produçã o, nos
acidentes com má quinas, nas mudanças de emprego e nas reformas antecipadas.

Entre as caraterísticas do trabalho que podem ter consequências negativas sobre o


indivíduo, salientam-se a sobrecarga de trabalho, a subcarga de trabalho, a pouca
autonomia de decisão, a existência de trabalhos por turnos e, condiçõ es físicas adversas.
Assim, o stress nã o é apenas um termo que se relaciona com alguma situaçã o incomodativa.
Quando é intenso, repetitivo e prolongado poderá ter consequências preocupantes que
podem lesar o bem-estar e a saúde (física e psíquica) do indivíduo.

Segundo Vaz Serra (2007), o stress excessivo torna-se prejudicial porque pode:

 Evocar emoçõ es negativas fortes que sã o perturbadoras;

 Levar ao desenvolvimento ou agravamento de uma doença física e/ou psíquica;

 Ter influência negativa na família, trabalho e vida social;

 Ocasionar maior nú mero de acidentes de trabalho ou rodoviá rio;

 Prejudicar os processos de tomada de decisã o

 Ter efeitos negativos em aspetos de natureza econó mica;

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 Provocar alteraçõ es do sono, vida sexual, metabolismo, e sistema imunitá rio.

Medidas preventivas

Anteriormente, foram referidos os vá rios fatores de risco ou fontes potenciais de stress,


quer na vida pessoal quer na vida laboral. Rossi (2010) descreveu vá rias condiçõ es de
prevenção necessá rias para que nã o se atinga situações de limite/stress

Num plano organizacional temos:

Avaliação apropriada dos riscos: Utilizaçã o de inquéritos e escalas de avaliaçã o do


stress para avaliar o estado atual dos indivíduos/ trabalhadores e permitir medidas de
antecipaçã o;

Planificação e ajustamento gradual: Os objetivos a atingir, as tarefas a cumprir, as


responsabilidades, os recursos necessá rios devem ser planificados antes de início da
atividade/tarefa;

As medidas devem ter sempre como alvo o grupo de trabalho: as intervençõ es


devem ser sempre dirigidas a grupos de trabalho e apenas, se estritamente necessá rio,
a uma pessoa em particular;

Inclusão da opinião dos trabalhadores: a experiencias dos trabalhadores nas


distintas atividades devem ser levadas em conta para identificar problemas e possíveis
soluçõ es;

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Intervenções efetuadas por profissionais especializados: os planos de prevençã o
devem ser elaborados por profissionais competentes nas á reas da saú de (médicos,
enfermeiros, psicó logos, assistentes sociais);

Gestão dos riscos pelas hierarquias superiores: compromisso dos quadros


superiores de colocar a gestã o dos riscos como uma prioridade.

Num plano mais pessoal/individual, certas condutas poderã o ter efeitos preventivos, tais
como:

 Encontrar ideias construtivas para resolver um problema;

 Estabelecer prioridades, avaliar o que é inadiá vel e o que pode ser delegado;

 Comunicar aos superiores possíveis lacunas ou excessivo volume de trabalho.


Apresentar propostas de melhoria;

 Identificar novas tarefas que possam ser atribuídas;

 Seguir as políticas vigentes na entidade;

 Defender a responsabilidade para planear o trabalho;

 Em situaçã o de assédio sexual, reportar imediatamente a situaçã o para os superiores


hierá rquicos;

 Pedir informaçõ es sobre inovaçõ es que serã o implementadas;

 Aceitar e contribuir para uma avaliaçã o de desempenho justa;

 Comprometimento em formaçã o continua.

Técnicas de controlo e gestão de stress profissional

Existe um termo inglês que nã o tem traduçã o fá cil para o português e que se designa por
“coping”.

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Atualmente quando aplicamos o termo “coping” tem um significado preciso: refere-se à s
estratégias para lidar com o stress. Assim, as estratégias de coping correspondem à s respostas
da pessoa que tem como finalidade diminuir a “carga” física, emocional e psicoló gica liga da
aos acontecimentos geradores de stress.

As estratégias para lidar com situações de stress podem ser centradas:

No indivíduo,

Na diminuiçã o das emoçõ es sentidas ou,

Na procura de apoio social.

Vamos agora tratar de cada uma das modalidades em particular assentes na perspetiva de
Vaz Serra (2007).

Estratégias para lidar com o stress focadas no problema:

As estratégias focadas no problema procuram estabelecer um plano de acçã o e


segui-lo até eliminar o problema. Os planos de acçã o evitam que um

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estado/sensaçã odesagradá vel se prolongue e prejudique o bem-estar e a saú de do ser
humano.Um plano de acçã o passa por desenvolver vá rias etapas intermédias até chegar à
resoluçã o do problema. Vejamos um exemplo:

 Numa instituiçã o, duas pessoas que


trabalham num mesmo sector nã o conseguem
dialogar e chegar a entendimento sobreas tarefas
e isso provoca um estado de tensã o constante. Um
plano de acçã oaconselhá vel seria: primeiro
alguém tomar a iniciativa de querer resolver o
problema;segundo, recorrer a alguém que possa mediar um diá logo entre ambas as
partes;terceiro, avaliar os pontos divergentes; quarto, reunir com o mediador e o/a colega
detrabalho; debater os pontos divergentes e tentar encontrar soluçõ es e medidas para queo
trabalho possa fluir.

De qualquer forma, as estratégias focadas na resolução do problema são as mais


aconselhadas, pois, permitem remover definitivamente as fontes de perturbação.

As estratégias de coping que levam à procura de informaçã o e resoluçã o do problema têm


efeitos benéficos sobre o funcionamento psicológico e, permitem reduzir ainfluência
adversa das mudanças negativas e das situaçõ es de pressã o que reaparecemno tempo. As
pessoas com tendência a usar estratégias de resoluçã o de problemas têm menos propensão
do que as outras de ficaram deprimidas.

Estratégias para ligar com o problema focadas na emoção:

Quando o stress é sentido como mais grave, o foco é mais orientado para o
controlo das emoções. Quando atingem uma intensidade grave sã o difíceis de tolerar e

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afetam as rotinas e interferem largamente com o seu bem-estar. Por vezes, tentamos
fugir das situaçõ es que nos provavam demasiada tensã o, fugimos de forma real ou imaginada
da situaçã o desagradá vel em que vivemos. Os mecanismos que reduzem os estados de tensã o
têm diferentes finalidades. Algumas sã o ú teis, onde a pessoa apenas procura uma forma
imediata para reduzir as emoções desagraváveis, no entanto, ajuda a uma aná lise
posterior mais objetiva:

 Ouvir musica, ver um filme;

 Praticar Ioga ou relaxamento;

 Fazer exercício físico;

 Distanciar-se do problema para vê-lo de uma forma/perspetiva diferente;

 Comparar os problemas com outros potencialmente mais graves (relativizara


situaçã o);

 Canalizar a energias para outros objetivos prioritá rios/importantes.

Outras são prejudiciais na medida em que adiamos indefinidamente a resolução do


problema e apenas adiamos a dor moral, tais medidas poderã o ser:

 Ficar na cama durante dias seguidos;

 Pensar como que o problema nã o existisse;

 Consumir drogas ilícitas e automedicaçã o;

 Beber ou comer em excesso

Estratégias para lidar com o stress focadas na interação social:

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Estes tipos de estratégias estã o associadas à forma como lidamos e mantemos o
relacionamento com outras pessoas em situaçã o de stress.

A pessoa que dá apoio manifesta uma relaçã o empá tica. Se souber ter o dom para
observar a situação na perspetiva/ ponto de vista de quem o solicita, se souber evitar o
juízo de valor e, compreender o que a pessoa diz em linguagem verbal e nã o-verbal, tende a
ser procurada, pelos outros, para ser um apoio na resolução do problema e redução da
sensação de stress.

Aqueles que prestam cuidados a terceiros tendem a ser os mais compreensivos e


genuinamente empá ticos e desenvolvem mais facilmente planos de açã o para a resoluçã o dos
problemas. A procura de apoio emocional tende a recair para alguém com quem se possa
desabafar, contar os problemas e encontrar compreensão.

Como lidar com situações de agonia e sofrimento

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Se quisermos compreender o que é capaz de ameaçar o lesar uma pessoa, teremos
de perceber a sua rede de preocupaçõ es. Se quisermos perceber quais são as suas
preocupações teremos de conhecer quais sã o as crenças e valores da pessoa. Assim, os
valores relacionam-se com aquilo que um indivíduo quer ou prefere e ligam-se aos ideais ou
objetivos que a pessoa pretende atingir, enquanto, as crenças dizem respeito ao que o
indivíduo pensa de verdade quer goste ou nã o e aprove ou nã o. Os valores e crenças sã o
gerados no seio da família, os primeiros influenciados pela cultura e os segundos pela relaçã o
que existe entre os elementos da família. Qualquer um destes conceitos pode levar a
formas desajustadas de lidar com a vida.

A psicoterapia é um meio para a mudança e para o restabelecimento emocional.


Nã o podemos descurar a ajuda de profissionais quando deixamos de ser capazes de gerir
emocionalmente o que nos preocupa, nos bloqueia, nos retira o bem-estar necessá rio para
uma vida saudá vel. Recorrer a técnicos especializados (psiquiatras, psicó logos) pode ser o
caminho mais rá pido para a recuperaçã o e evitamento de recaídas. A forma como nos
colocamos perante uma situaçã o desagradá vel poderá aumentar ou diminuir o foco de
tensão, assim como a dor ou sofrimento. Desta forma, quando estamos associados
(associação) numa dada situaçã o, estamos no aqui e no agora, absorvidos no presente,
damos muita importâ ncias a sensaçõ es vividas, assim, tendemos a aumentar o grau de
agonia, de sofrimento pois estamos a viver a situação na primeira pessoa.

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Todavia, se conseguirmos distanciar-nos da situação (dissociação), no plano do
pensamento, da imaginaçã o, podemos afastar das sensaçõ es corporais e vivemos a situaçã o na
terceira pessoa. A dissociação permite gerir, reduzir o grau de desconforto e sofrimento
e distanciar-se de situaçõ es desagradá veis. As técnicas de relaxamento e de induçã o de
pensamento permitem adquirir e desenvolver a capacidade de dissociação cognitiva.

O processo de luto (perda) poderá significar a morte de um familiar, amigo, ou pessoa


ao seu cuidado, mas também outro tipo de perdas, tais como: emprego, divórcio ou
mudança de residência. Existe uma sensação de desmoronamento, agonia e tristeza
profunda. Desde o momento da perda até ao total restabelecimento emocional será
necessá rio passar por vá rias etapas. Não poderemos passar para a etapa seguinte sem
resolver completamente anterior (Worden, 1991):

Aceitar a realidade da perda: A primeira tarefa é aceitar que a pessoa nã o voltará . Se


no seu íntimo nã o deixa a pessoa partir, pois assume nas suas vivências como se ela estivesse
presente no dia-a-dia criará resistências à aceitação natural. Desprender-se da maioria dos
objetos ou recordaçõ es e no discurso usar os verbos no passado “ ele/ela foi, esteve,
gostava…” será um meio para a aceitaçã o.

Elaborar a dor da perda: É necessá rio que a pessoa em luto passe e assuma a dor, nã o
deve evitar ou suprimir a dor da perda. Nã o elaborar a dor é nã o sentir e prolongar no tempo
o sentimento de agonia, sendo entã o fulcral uma terapia do luto.

Ajustar-se ao ambiente diário sem presença da pessoa: A perda significa um vazio


criado, novos papéis a assumir, reajustar as tarefas do dia-a-dia de forma diferente, pois quem
estava já nã o está . Torna-se importante adaptaras novas rotinas e encontrar motivaçã o para
os novos desafios/compromissos.

Reposicionar em termos emocionais a pessoa que faleceu e continuar a vida:


Ninguém esquece as lembranças de alguém que teve grande significado na sua via. O
importante nã o é esquecer mas sim recolocar a pessoa num “local emocional” adequado para
que se possa estar disponível para as novas experiencias/vivencias e continuar a viver com
motivação e interesse.

Técnicas de autoproteção

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As pressões diárias, na vida pessoal e profissional, a que a pessoa está sujeita envolvem
circunstâ ncias desagradá veis que podem torná -la vulnerá vel. Modificar as vulnerabilidades
pode diminuir o stress.

De seguida serã o abordadas as modificações que permitem reduzir a vulnerabilidade da


pessoa (Vaz Serra, 2007):

Não se expor a situação de stress: Para conservar a sua saú de e energia, nã o pode
dizer sim a tudo quanto lhe pedem; delegar tarefas reduz o volume de situaçõ es
potencialmente stressantes; é ú til utilizar os dias de férias, feriados e fins-de-semana para
descansar e realizar atividades que conceda satisfaçã o pessoal.

Aprender a resolver problemas: A resoluçã o adequada de um problema elimina, ou


pelo menos modifica de forma substancial a fonte de stress. A resoluçã o adequada passa por 4
etapas:

 Definição e formulação: reunir a maior quantidade de informaçã o para o problema


passar de vago a concreto, seguidamente, estabelecer objetivos realistas de resoluçã o;

 Génese de soluções alternativas: passa por criar o maior nú mero possível de


alternativas vá lidas;

 Tomada de decisão: tem como propó sito avaliar as vá rias alternativas e


escolher/aplicar/agir a que nos parece mais indicada para resolver o problema/situaçã o;

 Implementação e verificação das soluções: avaliaçã o dos resultados apó s a açã o


realizada, ou seja perceber se foi eficaz.

Pensar com lógica: A avaliaçã o dos acontecimentos nem sempre é realizada com
ló gica, é importante:

 Nã o sustentar o pensamento com crenças irracionais;

 Nã o atribuir arbitrariedade à s causas das ocorrências;

 Nã o utilizar deduçõ es preconceituosas ao comportamento de terceiros;

 Nã o criar expectativas sem fundamentos;

 Nã o discriminar inadequadamente as situaçõ es.

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Melhorar a autoestima: Entre diversas mudanças necessá rias para melhorar a
autoestima, uma delas é aprender a compreender, aceitar, perdoar a si mesmo e aos outros.
Outra consiste em criar objetivos de vida.

Modificar comportamentos: As mudanças podem ser introduzidas percorrendo


diversas etapas a seguir indicadas:

 Identificar sinais induzidos pelo stress;

 Identificar os estímulos que dã o origem ao stress;

 Envolver-se em atividades relaxantes;

 Aprender a executar outras atividades para além do trabalho

 Em contextos interpessoais (relaçã o no trabalho, nos grupos, com pares sociais) ser
autoafirmativo permite, embora respeitando os direitos dos outros, lutar pela defesa dos seus
pró prios direitos.

As aptidões de autoafirmação estã o ligadas a duas grandes classes (Vaz Serra,2007).


Quando o pró prio precisa responder à iniciativa de alguém ou quando tem que tomar a
iniciativa em relaçã o a outra pessoa. Assim:

Quando responde à iniciativa de alguém: há assinalar a importâ ncia de dizer nã o,


saber lidar com as críticas, aceitar felicitaçõ es, saber manter conversas e responder a
solicitaçõ es para futuros encontros;

Realizar críticas construtivas: nã o impor pontos de vista. Serve para ajudar o


pró prio a criar perspetivas diferentes sobre um dado problema;

Revelar preferências: demostrar o que agrada ou nã o e mudar o assunto quando está


desgastado ou a tornar-se desagradá vel;

Capacidade para tomar iniciativa: iniciar conversas, terminar interaçõ es


indesejá veis, aprender a discordar, pedir favores, impedir que lhe interrompam o que está a
expor.

Quando é necessário fazer uma crítica deve-se: começar e terminar com uma
referência positiva à outra pessoa, exprimir o que sente em relaçã o a determinada situaçã o,
dirigir-se sobre os aspetos específicos do seu comportamento, solicitar modificaçõ es
concretas e, falar em voz neutra enã o zangada.

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O relaxamento deriva da hipnose e produz modificações físicas e psíquicas. Atua de


terminando uma resposta de repouso. Esta prepara o organismo para um estado de calma,
inatividade do comportamento e o restauro das modificações existentes.Com o
relaxamento consegue-se a diminuiçã o da atividade fisiológica do indivíduo que é
acompanhada de uma sensaçã o de bem-estar. Usualmente é utilizado como meio de controlo
da ansiedade. Nas pessoas muito emotivas, predispostas a reagir de forma intensa perante um
problema menor pode ajuda-las a confrontar os acontecimentos de uma forma mais
controlada. Varias sã o as disciplinas, técnicas que trabalham as questõ es do relaxamento,
entre elas podemos destacar: o ioga, pilates, meditaçã o transcendental, relaxamento
progressivo de Jacobson e hipnose (Vaz Serra, 2007).

Tarefas que em relação a esta temática se encontram no


âmbito de intervenção do/a Técnico/a Auxiliar de Saúde

O papel dos que prestam cuidados pessoais têm extrema importância na


sociedade atual. O técnico auxiliar de saú de deve estar preparado para prestar o apoio
necessá rio com dignidade e respeito pela privacidade e individualidade de quem está ao seu

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cuidado. De facto, atualmente as funçõ es do técnico auxiliar de saú de nã o se limita à ajuda
física mas também a responsabilidade de estar disponível para ouvir os problemas pessoais
de quem está ao seu cuidado e poder atuar em sua defesa, bem como desenvolver esforços
para a manutençã o da autonomia. É um fato inegá vel que a larga maioria dos utentes
recorrem a serviços de apoio social pela necessidade de prestaçã o de cuidados específicos e
continuados.

Tarefas que, sob orientação de um Enfermeiro, tem de executar sob sua


supervisão direta

O técnico auxiliar de saúde tem com funções:

Auxiliar sob orientações do técnico auxiliar de saúde:

Na prestaçã o de cuidados de saú de aos utentes,

Na recolha e transporte de amostras bioló gicas,

Na limpeza, higienizaçã o e transporte de roupas, materiais e equipamentos,

Na limpeza e higienizaçã o dos espaços e no apoio logístico e administrativo das diferentes


unidades e serviços de saú de.

Auxiliar na prestação de cuidados aos utentes, de acordo com orientações do enfermeiro:

Ajudar o utente nas necessidades de eliminaçã o e nos cuidados de higiene e conforto de


acordo, com as orientaçõ es do enfermeiro;

Auxiliar o enfermeiro na prestaçã o de cuidados de eliminaçã o, nos cuidados de higiene e


conforto ao utente e na realizaçã o de tratamentos a feridas e ú lceras;

Auxiliar o enfermeiro na prestaçã o de cuidados ao utente que vai fazer, ou fez, uma
intervençã o cirú rgica;

Auxiliar nas tarefas de alimentaçã o e hidrataçã o do utente, nomeadamente na preparaçã o de


refeiçõ es ligeiras ou suplementos alimentares e no acompanhamento durante as refeiçõ es;

Executar tarefas que exijam uma intervençã o imediata e simultâ nea ao alerta do técnico
auxiliar de saú de;

Auxiliar na transferência, posicionamento e transporte do utente, que necessita de ajuda total


ou parcial, de acordo com orientaçõ es do técnico auxiliar de saú de.

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Auxiliar nos cuidados post-mortem, de acordo com orientações do técnico auxiliar de saúde .

Assegurar a limpeza, higienização e transporte de roupas, espaços, materiais e equipamentos,


sob a orientação de profissional de saúde:

Assegurar a recolha, transporte, triagem e acondicionamento de roupa da unidade do utente,


de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Efetuar a limpeza e higienizaçã o das instalaçõ es/ superfícies da unidade do utente, e de outros
espaços específicos, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Efetuar a lavagem e desinfeçã o de material hoteleiro, material clínico e material de apoio


clínico em local pró prio, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Assegurar o armazenamento e conservaçã o adequada de material hoteleiro, material de apoio


clínico e clínico de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Efetuar a lavagem (manual e mecâ nica) e desinfeçã o química, em local apropriado, de


equipamentos do serviço, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos;

Recolher, lavar e acondicionar os materiais e equipamentos utilizados na lavagem e desinfeçã o,


de acordo com normas e/ou procedimentos definidos, para posterior recolha de serviço
interna ou externa;

Assegurar a recolha, triagem, transporte e acondicionamento de resíduos hospitalares,


garantindo o manuseamento e transporte adequado dos mesmos de acordo com
procedimentos definidos.

Auxiliar O técnico auxiliar de saú de na recolha de amostras bioló gicas e transporte para o
serviço adequado, de acordo com normas e/ou procedimentos definidos

Tarefas que, sob orientação e supervisão de um profissional de saúde,


pode executar sozinho

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O técnico auxiliar de saú de, para além das tarefas anteriormente descritas, possui um conjunto de
outras que realiza sem a supervisã o de um profissional de saú de:

Assegurar atividades de apoio ao funcionamento das diferentes unidades e serviços de saú de:

Efetuar a manutençã o preventiva e reposiçã o de material e equipamentos;

Efetuar o transporte de informaçã o entre as diferentes unidades e serviços de prestaçã o de


cuidados de saú de;

Encaminhar os contactos telefó nicos de acordo com normas e/ ou procedimentos definidos;

Encaminhar o utente, familiar e/ou cuidador, de acordo com normas e/ ou procedimentos


definidos

Bibliografia e netgrafia

 Diá rio da Repú blica, 1.ª série N.º 195 - 7 de Outubro de 2010Faria, M. (1995).

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 Psicologia, Lisboa: Fundaçã o Calouste Gulbenkian Mesquita, R. e Duarte, F. (1996).

 Dicioná rio de Psicologia. Lisboa: Plá tano editora Monteiro, I. (2007).

 Ilusõ es de memó ria e depressã o. Maia: Ediçõ es ISMAI O’ Connor, J. (2001)

 Manual de programaçã o neurolinguística. Rio de Janeiro: Qualitymark Editora, Lda


Redfield, E. (1985).

 Stress e qualidade de vida no trabalho: perspetivas atuais da saú de ocupacional, Sã o


Paulo: Atlas Sorrentino, S. (2001)

 Fundamentos para o auxiliar de enfermagem. Porto Alegre: Editora Artme dVaz Serra,
A. (2007).

 O stress na vida de todos os dias, Coimbra: Grá fica de Coimbra, Lda

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