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Metodologia

1. Problema:

O problema deste estudo será a eficácia da aplicação de um programa de

hidroterapia em comparação com terapia similar em solo, em jovens asmáticos.

2. Hipóteses:

• Um programa de hidroterapia apresenta uma maior redução do nível de

obstrução brônquica comparativamente a terapia similar em solo

• Após o programa de hidroterapia há uma melhoria da função respiratória

consequente à redução do nível de obstrução brônquica

• Um programa de hidroterapia é mais eficaz no tratamento de jovens

asmáticos do que terapia similar em solo

3. Definição de variáveis:

As variáveis dependentes do estudo são o nível de obstrução brônquica, através

do débito expiratório máximo instantâneo (DEMI), volume expiratório forçado no

primeiro segundo (VEF1), relação entre o VEF1 e a capacidade vital forçada (CVF) e

fluxo expiratório forçado entre 25% e 75% do volume total (FEF.25% - 75%).

A variável independente será o meio físico em que se executa a terapia (terapia

similar em solo e em meio aquático).


4. Tipo de estudo

O estudo apresentado será do tipo quantitativo experimental, pois haverá a

comparação de dois grupos e manipulação directa das variáveis e uma posterior

quantificação de cada uma das variáveis dependentes, mais propriamente

“experimental’’ devido ao facto que a distribuição dos sujeitos da amostra será realizada

aleatoriamente.

5. Desenho do Estudo

A amostra será constituída por crianças com asma persistente moderada,

dividida em grupo de controlo (terapia executada em solo) e grupo experimental

(terapia executada em meio aquático). A avaliação é realizada, de igual procedimento,

em ambos os grupos, antes e após a implementação do programa de reabilitação

respiratória, como representado no seguinte esquema.

Quadro 2 - Desenho do estudo

Amostra

Grupo experimental Grupo de controlo

Avaliação Avaliação

Terapia em meio aquático Terapia em solo

Avaliação Avaliação
6. Caracterização da amostra

A amostra será constituída por 30 crianças (15 para o grupo experimental e 15

para o grupo de controlo) com diagnóstico de asma persistente moderada há pelo menos

cinco anos, em uso exclusivo de Beta 2 – agonista de curta duração, com idade entre 8 e

16 anos e de ambos os sexos, das Instituições e Associações do conselho de Vila Nova

de Famalicão que realizarão fisioterapia respiratória durante o período de Setembro de

2006 a Março de 2007.

Serão excluídas da amostra crianças com:

• Resposta inferior a 12 % e 200 ml de incremento de VEF1 após o uso

de broncodilatadores;

• 40% < VEF1 ≥80% do previsto ;

• Infecções das vias aéreas (diagnóstico clínico e citológico) há menos de

30 dias.

• Doenças associadas: pulmonares e extras-pulmonares (diabetes, refluxo

gastro - esofágico, doenças auto imunes, neoplasias, infecções );

• Indivíduos em qualquer outra actividade física visando a reabilitação.

A estatura dos pacientes será estabelecida como superior a 1,40 m, devido à

profundidade padrão das piscinas adoptada nas clínicas de fisioterapia (1,10 m), uma

vez que o tórax será trabalhado fora da água em alguns momentos, tendo que

considerar aproximadamente 25 cm de distância do xifóide até os ombros. A adopção

deste critério tem por fundamento manter o paciente sem risco de imersão súbita uma

vez que nem todos serão previamente adaptados ao meio líquido. Contando com o

factor não adaptação à água, para as actividades aplicadas no programa não se

preconizará a imersão facial, mantendo – se o sujeito em posição ortostática com água


no nível das últimas costelas e na posição semi-agachado com o nível da água

próximo à C7.

7. Instrumentação:

Para a realização do estudo, será necessário o seguinte material:

• Aparelho de Espirometria

A prova de função pulmonar será realizada num aparelho de espirometria da

marca Vitalograph 2120, medidas estas quantitativas e objectivas que permitem avaliar

e quantificar a gravidade da anormalidade e determinar o grau de obstrução das vias

aéreas quando existentes. O teste deverá respeitar as normas da American Toracic

Society (ATS). Serão realizadas as colectas de: capacidade vital forçada (CVF);

volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) ; a razão entre as duas

primeiras medidas (VEF1 / CVF - %); pico de fluxo expiratório (PFE) e fluxo

expiratório forçado entre 25% e 75% do volume total (FEF.25% - 75%);

• Peak Flow Meter

A medida da obstrução brônquica será observada também, por meio do pico de

fluxo expiratório em L/min. Tal medida oferece um parâmetro de esforço dependente

que reflecte o calibre das vias aéreas proximais, sendo um aparelho portátil de fácil

manuseio para monitorização dos asmáticos;

• Balança e fita métrica

Registro de peso e altura;

• Piscina Coberta e Aquecida

Será utilizada a piscina do Sector de Hidroterapia com uma única profundidade

de 1,10 m, piso anti-derrapante, corrimão em toda extensão das bordas, degraus baixos e
largos, temperatura especial que permanece em torno de 35º a 36ºC, piscina coberta em

ambiente fechado com ventilação adequada para este ambiente;

• Flutuadores de Piscina

Apenas um tipo de flutuador será utilizado, o rolo Bobath insuflável de menor

diâmetro.

8. Descrição dos parâmetros a avaliar:

Débito expiratório máximo instantâneo (DEMI) – Esta medida é obtida durante uma

expiração máxima, que deve ser imediatamente seguida por uma inspiração também

máxima. Quanto á utilidade desta medida, podemos afirmar que serve para detectar a

presença de limitações na ventilação (Pennock et all., 1983; Crapo, 1994; Enright et al.,

1994) e também como um excelente método para monitorizar mudanças ou tendências

para alterações da função respiratória (Smith et a., 1992; Enrigth etal., 1994; Irvin e

Eidelman, 1995; National Asthma Education and Prevention Program,1997).

Volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) – esta medida obtida pela

espirometria, indica-nos o fluxo de ar expirado no primeiro segundo, durante uma

manobra de expiração forçada da Capacidade Vital (Irvin e Cherniack, 1987; Irvin e

Eidelman,1995). Para os mesmos autores, o VEF1 é uma medida que baixa directa e

linearmente com o nível de obstrução dos pulmões, comparativamente com o FVC, mas

também aumenta com o tratamento bem sucedido da obstrução das vias aéreas. Daí ser

a mais importante medida para determinar o nível de obstrução (Lung Function Testing,

1991). Mas também baixa se a inspiração não for máxima, ou seja, a inspiração deverá

atingir o ponto máximo da capacidade pulmonar (Crapo, 1994).

Pequenas vias aéreas (VEF 25%, VEF 50%, VEF 75% e VEF 25-75%) – medida de

avaliação simples, que serve para determinar doenças das pequenas vias aéreas
(McFadden e Linden, 1972). Indica-nos o fluxo de ar através das pequenas vias aéreas,

durante uma manobra de expiração forçada, através da espirometria.

Relação VEF1/VEF – dá-nos a percentagem da Capacidade Vital que pode ser expirada

no primeiro segundo. Esta medida permite, aos clínicos, diferenciar a existência de

asma brônquica de limitações da ventilação, que possam existir, devido a outras causas

(Crapo,1995; Irwin e Eidelman, 1995). Porem, depois de ser determinada a obstrução de

um indivíduo, o valor desta percentagem não nos serve para aferir a severidade da

doença (Irvin e Eidelman, 1995).

Quanto à monitorização diária do DEMI, através do Peak Flow Meter, a longo

prazo, sabemos que não tem grande adesão e é difícil manter (Gibson, 2000), pois de

acordo com alguns autores, este é um método satisfatório a curto prazo, porque após

alguns meses, torna-se falível, o que é sugerido como uma limitação desta forma de

monitorização (Verschelden et al., 1996; Cote et al., 1998). Mas que pode ser

minimizada, com uma utilização complementar de um diário pessoal de registo de

valores (O’Brien e Mendonza 1994; Gibson, 2002; National Institutes of Health, 2002).

9. Procedimento Metodológico:

O estudo foi dividido em 4 etapas de desenvolvimento:

Etapa 1 – Esclarecimento e autorização

Obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido: Será realizada a leitura

juntamente com o paciente ou responsável deste e solicitada a assinatura do mesmo.

Etapa 2 – Procedimentos de Controlo, realizados Pré – Intervenção

Todos os procedimentos descritos a seguir serão colhidos antes e após as sessões

em meio aquático e em solo.


Espirometria

Para a avaliação funcional respiratória utilizar-se-á uma prova espirométrica

com um aparelho devidamente calibrado pelos técnicos, de acordo com as normas

(Standardization of Spirometry, 1994), sendo introduzidos os dados de cada paciente

(género, idade, altura e etnia).

A Prova de Função Pulmonar será realizada como 1º item de análise, pois é por

meio desta que se irá obter o valor de VEF1, dado utilizado como critério de exclusão

ou inclusão dos sujeitos. A calibração do aparelho, registo da temperatura ambiente e

preenchimento dos dados pessoais será feita conforme orientação do produtor.

Neste estudo, a espirometria deverá ser realizada no primeiro e no último dia das

sessões de reabilitação, sempre antes da sessão. Os pacientes serão instruídos para todo

o processo de avaliação da FR, pelos técnicos que estiveram sempre presentes e

disponíveis explicando e controlando todo o processo. Para o início do teste será

realizada uma explicação cautelosa dos procedimentos, de como proceder para a

realização do sopro, orientando a correcta adesão dos lábios ao bucal e posicionamento

da língua. O paciente será orientado a permanecer sentado, com os pés devidamente

posicionados no solo, afastado do encosto da cadeira para manter o tórax livre, para

desempenho das amplitudes respiratórias máximas necessárias durante as manobras,

mantendo o tronco erecto, evitando-se realizar a flexão do mesmo durante os esforços

expiratórios. Após a colocação do clip nasal, será solicitada uma inspiração máxima,

seguida de uma expiração rápida (explosiva no início da manobra) e sustentada até que

seja ordenada a inspiração máxima para a finalização do teste. Serão realizadas três

manobras como esta para a aquisição de curvas, sob incentivo verbal e visual máximo,

seguindo os critérios de aceitação e selecção da melhor curva estipulados pela ATS.

Todo o processo de calibração dos espirómetros e realização da avaliação da FR

deverá ser seguido e orientado, escrupulosamente, pelos técnicos presentes, de modo a


que os resultados sejam os mais correctos possíveis e também para que o risco de

contaminação seja minimizado, pois a inspiração inicial não deve ser realizada com o

aparelho na boca. Até porque a função do(a) técnico(a) é controlar todo o processo de

avaliação, minimizando os riscos e obtendo uma participação máxima do indivíduo,

devendo conseguir duas ou três manobras aceitáveis (FEV1 superior a 0,15L) de cada

avaliando (Hendrick, 1989; Ferguson et al., 2000).

A espirometria é um método de avaliação da FR, que permite a avaliação das

Doenças Pulmonares Obstrutivas (DPO) – Asma. Isto através da medição do débito

expiratório máximo instantâneo (DEMI), do volume expiratório forçado no primeiro

segundo (VEF1), da relação entre o VEF1 e a capacidade vital forçada (CVF) e,

avaliação das pequenas vias aéreas – FEV 25-75%, FEV 25%, FEV 50% e FEV 75% -

(Crapo, 1994; Enright, et al., 1994).

Avaliação do debito expiatório máximo instantâneo (DEMI)

Relativamente á gestão da asma de cada indivíduo, podemos afirmar que

depende em parte da habilidade em monitorizar regularmente a sua situação. Esta auto-

monitorização pode ser realizada através de uma avaliação subjectiva da frequência e

severidade dos sintomas, completada com outras informações também importantes, que

podem ser conseguidas através da monitorização do valor do DEMI, através de um

Peak Flow Meter mecânico capaz de nos providenciar uma medida objectiva, do nível

de obstrução das vias aéreas. O Peak Flow Meter é de fácil aplicação, podendo ser

utilizado por uma criança com cinco anos (Verschelden et al., 1996; National Asthma

Education and Prevention Program, 2002).

Neste trabalho a utilização do Peak Flow Meter, deverá ser complementada com

um diário de registo, preparado para duas avaliações nos dias em que ocorrem as

sessões de reabilitação (antes e depois das sessões), onde os pacientes registarão o

melhor valor obtido, de três expirações forçadas (Guia para el diagnostico y manejo del
asma del U.S. Department of Health and Human Services, 1992) em cada avaliação

realizada. A utilização deste aparelho deverá ser demonstrada na semana anterior à sua

utilização e a sua técnica de utilização será diariamente revista, tal como indica Gannon

et al. (1999), garantindo assim a sua correcta utilização.

Para a avaliação do DEMI no aparelho portátil o paciente deve encontrar-se

posicionado na mesma posição já descrita para o teste de Prova de Função Pulmonar.

Será incentivado a realizar três manobras expiratórias máximas, partindo de uma

inspiração máxima, sendo registado o maior valor.

A avaliação inicial dos procedimentos de avaliação ocorrerá em laboratório,

antes da aplicação do programa de tratamento. Será estipulado para todos os pacientes o

início das avaliações no período da tarde, mais precisamente às 15:30 horas.

Etapa 3 - Aplicação do Programa de Exercícios

O paciente será aleatoriamente enquadrado num dos grupos. Um grupo receberá

a intervenção em água enquanto outro grupo receberá a intervenção em solo. Cada

paciente receberá duas intervenções semanais e respeitar-se-á o mesmo horário de

atendimento, tempo de sessão e procedimentos de avaliação para ambos os grupos, com

a finalidade de reduzir os potenciais factores de confusão durante a análise dos efeitos

transversais (imediatos) do programa em questão. Deve ficar claro que os objectivos

terapêuticos e a sequência de exercícios serão os mesmos para ambos os grupos,

lembrando que a única diferença entre os sub-grupos serão a imersão em água e a

temperatura da mesma (35ºC).

Cada sessão terá a duração de 40 minutos, onde se realizarão os exercícios

respiratórios, tendo como objectivo o ganho de mobilidade da caixa torácica, ganho da

força muscular e coordenação dos músculos respiratórios, alongamento dos músculos


inspiratórios e melhoria na ventilação. Os objectivos terapêuticos, exercícios, número de

repetições e duração da intervenção serão os mesmos para os dois sub-grupos.

1. Protocolo de exercícios

A terapia será dividida da seguinte forma, de acordo com os objectivos:

mobilidade da caixa torácica (10 min.); treino de resistência para músculos inspiratórios

(10 min.); fortalecimento dos músculos expiratórios (10 min.); auto - alongamento para

os músculos respiratórios (10 min.).

Para as terapias realizadas em água, todos os exercícios serão realizados com a

cabeça fora da água, não solicitando em nenhum momento a imersão da mesma, pelo

risco de possível não adaptação de todos os pacientes ao meio líquido. Tanto nas

sessões em solo como em meio aquático serão realizados em média três a quatro

exercícios, para cada objectivo, com um total de 10 repetições para cada exercício,

respeitando-se criteriosamente a duração de 10 minutos para cada objectivo proposto.

Será solicitado que as inspirações sejam do tipo nasal para melhor aquecimento das vias

aéreas e filtragem do ar, e que durante as expirações sejam realizadas de forma freno

labial para manter as vias aéreas abertas, criando-se uma pressão de retorno de vias

aéreas.

Exercícios activos de amplitude de movimento para ombro e tronco também

serão associados aos exercícios respiratórios para auxiliar na expansão do tórax.

2. Descrição das Actividades para Cada Sub-Grupo: Terapia em Meio

Aquático

Mobilidade de Caixa Torácica

Por meio do efeito de compressão (causada pela pressão hidrostática durante a

imersão do tórax) e descompressão (causada pela retirada do tórax da água para acima

da superfície), possibilita-se uma mobilização músculo-esquelética, favorecendo um

ganho na mobilidade da caixa torácica e, por consequência, uma alteração da


complacência pulmonar interferindo nas curvas de fluxo e volume. Para que estes

resultados sejam alcançados as expirações serão realizadas durante a imersão do tórax

até o nível de C7. Esta actividade contribui na diminuição dos diâmetros da grelha

costal, no alongamento dos músculos inspiratórios encurtados e favorece o fluxo

expiratório. As inspirações serão realizadas com o tórax fora da água. Não havendo a

pressão da água há facilitação da mobilidade das costelas e ganho das amplitudes da

caixa torácica. Os exercícios realizados partem da flexão e extensão da coxo-femural e

joelhos, num movimento de “agachar e levantar”, sendo:

Exercício 1 – agachar e levantar com as mãos na cintura.

Exercício 2 – Idem, associado à flexão dos ombros.

Exercício 3 – Idem ao 1º, associado à abdução lateral dos ombros.

Treino de Resistência para Músculos Inspiratórios

Os exercícios serão realizados solicitando-se a inspiração máxima com o tórax

em imersão até C7, incentivando o deslocamento anterior do conteúdo abdominal a cada

inspiração, manobra conhecida como “respiração diafragmática”, orientando o paciente

a não permitir a elevação dos ombros durante esta actividade. A inspiração máxima

dentro da água fará com que os músculos trabalhem vencendo a carga imposta pela

pressão hidrostática e assim, esta resistência favorece o trabalho de ganho de força e

resistência desta musculatura. A expiração lenta e suave também será realizada com o

tórax dentro da água para facilitar o alongamento do músculo diafragma, intercostais

externos e acessórios da inspiração. Devem ser aplicados exercícios de inspiração

forçada sendo:

Exercício 1 – Coxo-femural e joelhos semi-fletidos, em posição semi-sentado na água,

com apoio das mãos sobre a região abdominal. Realizar a inspiração forçada,

incentivando o deslocamento anterior da região abdominal.


Exercício 2 – O mesmo posicionamento seguido da abdução horizontal dos ombros

sobre a superfície da água, durante a inspiração.

Exercício 3 – O mesmo posicionamento associado com abdução unilateral do ombro,

acompanhado da flexão lateral do tronco para o lado contra-lateral ao membro elevado,

durante a inspiração profunda.

Exercício 4 – Idem, associado à abdução lateral dos ombros até a superfície da água

durante a inspiração profunda.

Fortalecimento dos Músculos Expiratórios

Todos os exercícios serão realizados solicitando-se uma expiração máxima com

o freno labial e água ao nível de C7. Assim:

Exercício 1 – Exercício abdominal, por meio do movimento de retroversão pélvica e

flexão da coxo-femural e joelhos, com a aproximação dos joelhos de forma intercalada

ao tórax, conhecido como exercícios de “bicicleta”. Este exercício será realizado com o

apoio das axilas sobre um flutuador, reproduzindo com os membros inferiores os

movimentos do pedalar, deslocando-se livremente pela piscina ou apoiado na barra.

Esta actividade terá a duração de 5 minutos, exigindo-se uma expiração profunda com o

freno labial.

Exercício 2 – Com o paciente ainda sobre o flutuador, segurando-se com as mãos na

barra disposta na borda interna da piscina, realizar movimentos de retroversão pélvica

com aproximação de ambos os joelhos ao abdómen sendo que para esta actividade a

expiração será realizada durante a aproximação dos joelhos ao tronco.

Exercício 3 – Com o mesmo posicionamento anterior, agora mantendo ambos os joelhos

próximos ao abdómen, com retroversão pélvica e contracção do músculo abdominal,

realizar a rotação lateral da pelve, conhecido como movimento de twist, enquanto há o

incentivo para proceder a uma expiração prolongada e uma inspiração livre.


Exercício 4 – Idem ao posicionamento anterior, mantendo ambos os joelhos flectidos e

próximos ao tronco, realizar a inclinação lateral da anca, joelhos e pernas

acompanhando o movimento, enquanto é solicitada a expiração prolongada e a

inspiração livre.

Auto - Alongamento para os Músculos Respiratórios

Os pacientes, em pé na piscina, realizarão a sequência de exercícios de alongamento

proposto por Kakizaki et al. (1999) (Anexo 1).

Exercício 1 – Elevação e depressão dos ombros. Inspiração lenta pelo nariz enquanto

ambos os ombros são elevados; após uma inspiração profunda, o ar é exalado

lentamente pela boca, relaxando e rebaixando os ombros.

Exercício 2 – Alongamento do tórax superior. Com ambas as palmas das mãos sobre o

tórax superior, rebaixar os ombros e inclinar o tórax para trás, com extensão da cabeça,

enquanto se realiza uma inspiração profunda pelo nariz; expirando em seguida

lentamente pela boca, voltando à posição inicial.

Exercício 3 – Alongamento dos músculos das costas. Colocar ambas as mãos em frente

ao tórax enquanto se expira pela boca, depois virar ambas as palmas das mãos para fora

e levar para frente alongando as costas. Após a expiração profunda ocorre uma

inspiração profunda nesta posição. Depois expirar lentamente e retornar à posição

inicial.

Exercício 4 – Alongamento dos músculos da caixa torácica. Colocar ambas as mãos

atrás da cabeça e inspirar lentamente pelo nariz. Após uma inspiração profunda, mover

ambas as palmas das mãos para cima e alongar os braços para o alto enquanto expira o

ar. Após uma expiração profunda, retornar a posição inicial e respirar normalmente.

Exercício 5 – Inclinação do tronco e elevação do cotovelo. Colocar uma mão atrás da

cabeça e inspirar profundamente pelo nariz. Enquanto expira lentamente pela boca

deve-se inclinar lateralmente o tronco, alongando os músculos da caixa torácica inferior,


e elevando o cotovelo o mais alto possível. Retornar à posição inicial e repetir para o

outro lado.

3. Descrição das Actividades para Cada Sub-Grupo: Terapia em Solo

Mobilidade de Caixa Torácica

Exercícios de mobilização torácica serão realizados no solo com o paciente sentado

numa cadeira, mantendo-se o tronco afastado do encosto durante a realização completa

das manobras. Os exercícios de mobilização torácica combinam movimentos activos do

tronco e membros superiores (MSs), sendo que durante a inspiração profunda associada

a movimentos de grande amplitude dos MS’s e extensão do tronco, ocorre a expansão

do tórax. Para os momentos de desinsuflação da caixa torácica e diminuição de seus

diâmetros, os MS’s devem aproximar-se do tronco, seguido de uma leve flexão do

mesmo, favorecendo a expiração. Os exercícios partem da posição sentado e terminam

na posição em pé, sendo:

Exercício 1 – Sentar e levantar com as mãos na cintura, com inspiração profunda no

momento que se adopta a posição em pé, e a expiração profunda durante o sentar.

Exercício 2 – Idem, associado à flexão dos ombros.

Exercício 3 – Idem, associado à abdução lateral dos ombros.

Treino de Resistência para Músculos Inspiratórios

Os exercícios serão realizados visando melhorar a força e resistência à fadiga dos

músculos inspiratórios.

O paciente será orientado a sentar-se na cadeira, mantendo o tronco longe do encosto e

pés bem apoiados ao solo, deverá inspirar profundamente, deslocando o abdómen para

frente, evitando a elevação dos ombros. Serão realizadas 5 séries de 10 respirações

fazendo-se uso de clip nasal.


Fortalecimento dos Músculos Expiratórios

Serão realizados exercícios abdominais estando o paciente em decúbito dorsal, sobre

um colchão, coxo-femural e joelhos flexionados e pés apoiados no chão. Incentivando-

se a expiração máxima com freno labial realiza-se:

Exercício 1 – exercício abdominal, por meio do movimento de retroversão pélvica

(auxiliado pela colocação das mãos abaixo da pelve) e flexão da coxo-femural e joelhos,

com a aproximação dos joelhos de forma intercalada ao tórax, conhecido como

exercício de “bicicleta”: reproduzindo com os membros inferiores os movimentos do

pedalar. Esta actividade terá a duração de 5 minutos, exigindo-se uma expiração

prolongada.

Exercício 2 – Posicionamento idêntico ao anterior com os membros superiores

estendidos acima da cabeça. Será solicitada a flexão anterior do tronco e da cabeça,

aproximando-se dos joelhos, enquanto se realiza a expiração prolongada; e o retorno ao

colchão, realizando-se uma inspiração livre.

Exercício 3 – Ainda em decúbito dorsal, agora com a flexão da coxo-femural e joelho

esquerdo, o pé esquerdo fica apoiado no solo, enquanto a perna direita é posicionada

com o calcanhar acima do joelho da perna de apoio. O membro superior direito fica

posicionado ao longo do tronco, enquanto o membro superior esquerdo se encontra

flectido com a mão atrás da cabeça. Deve-se realizar a flexão com rotação do tronco,

aproximando o cotovelo esquerdo do joelho direito durante a expiração.

Exercício 4 – Realizar o mesmo exercício anterior, alternando-se o lado.

Auto - Alongamento para os Músculos Respiratórios

Realizados em solo na posição em pé, exactamente como descrito nas actividades em

meio aquático (anexo 1).


Etapa 4 – Procedimentos Realizados Pós Terapia

Nesta etapa foi realizada a avaliação final, em solo, para ambos os grupos, respeitando

um descanso de 10 minutos após a terapia, seguindo-se os mesmos procedimentos

realizados e parâmetros avaliados na Etapa 2.

10. Considerações éticas

Este estudo será devidamente explicado aos pais, tutores ou indivíduos legalmente

responsáveis das crianças, que deverão manifestar o seu consentimento informado e

declarado por escrito para participar no estudo.(anexo 2)

Para garantir a maior confidencialidade, todos os elementos da amostra serão

mantidos no anonimato.

Serão ainda informados a todos os participantes e responsáveis a possibilidade

de desistirem a qualquer momento do estudo.

Será obtido o consentimento informado dos pais e a autorização da instituição

onde se realizará o estudo.

11. Procedimento Estatístico

Os dados recolhidos serão tratados através do programa SPSS, versão 12.0 para

o Windows.

Para análise dos dados obtidos, devem utilizar-se os seguintes métodos

estatísticos: distribuição de frequências, medidas de tendência central (media aritmética,

mediana e moda), medidas de dispersão (amplitude e desvio padrão) e medidas de

relação (tabelas de contingência e coeficiente de correlação), sendo posteriormente

submetidos a análise.

Para a primeira fase do tratamento de dados utiliza-se a estatística descritiva, que

trata o estudo das variáveis isoladas. Tendo sido realizadas várias análises de dados, de
forma a obter a frequência e as medidas de tendência central, no sentido de caracterizar

os valores das variáveis que ocorrem com mais frequência. Assim como as medidas de

dispersão das observações em torno das estatísticas de tendência central ou na amostra

(Maroco, 2001).

Deve-se proceder a um segundo nível de tratamento dos dados, passando-se à

estatística bivariada, que trata de relação entre duas variáveis, verificando-se uma

associação entre elas quando a distribuição dos valores apresentados por uma está

associada com a distribuição de outra, ou seja a variação de uma não é aleatória em

relação á outra (Bryman e Cramer 1993). Dado que queríamos comparar os dois grupos

de estudo, tendo sido aplicados os seguintes procedimentos estatísticos, quando se

pretendeu comparar e analisar diferenças entre as variáveis independentes:

 Teste Mann-Whitney (comparação de 2 grupos);

 Teste de Wilcoxon (comparação de 2 grupos de amostras emparelhadas);

 Teste de Qui-Quadrado;

 Coeficiente de correlação de Pearson;

 Teste T-Student (comparação de 2 grupos).

Como forma de mostrar uma possível associação entre duas variáveis, serão

realizadas tabelas de contingência (crosstabs), onde será realizado o teste do Qui-

quadrado. Este teste de significância estatística, permite-nos verificar a probabilidade de

que a associação observada entre duas variáveis não se deu por acaso. Os valores da

significância estatística apresentados serão considerados significativos caso p-value

(Pearson Chi-Square) for menor que 0,05. O teste do Qui-quadrado é muito eficiente

para avaliar a associação existente entre variáveis qualitativas (dados do tipo

categórico). O princípio básico deste método é comparar as divergências entre as

frequências observadas e as esperadas e o teste de independência do Qui-quadrado


permite averiguar se duas variáveis estão relacionadas. Pois estamos sempre a trabalhar

com duas hipóteses:

H0: As variáveis são independentes

H1: As variáveis não são independentes

As frequências observadas são obtidas directamente dos dados das amostras,

enquanto que as frequências esperadas serão calculadas a partir destas. Quando p-value

<0.05 rejeitamos H0, logo existem diferenças significativas entre as variáveis.

Será ainda feito o cálculo do coeficiente de correlação, também designado por R

de Pearson, pretendendo-se avaliar a proximidade da associação entre duas variáveis,

para estudar a variação de uma grandeza em função de outra. O teste de Pearson é

vulgarmente utilizado para identificar correlações significativas entre duas variáveis

quantitativas. Sendo que a “força” dessa correlação é dada pelos coeficientes de

Pearson, cujos valores variam entre 0 e 1, para situações de não correlação ou de

correlação absoluta, respectivamente. A análise dos valores de significância e dos

coeficientes de Pearson permitem verificar se as variáveis quantitativas estão de alguma

forma relacionadas entre si. Uma forma óbvia de tentar detectar diferenças entre dois

grupos distintos é recorrer ao teste de T-Student que compara os valores médios de

variáveis quantitativas para esses dois grupos, mostrando como as médias das variáveis

quantitativas variam com as diferentes variáveis categóricas disponíveis.

12. Cronograma:

- 1º Fase: a partir de Outubro 2005

– Pesquisa bibliográfica

2ª fase: Fevereiro de 2006


– Contactar clínicas e hospitais do concelho de Vila Nova de Famalicão para

divulgação do estudo a efectuar

3ª fase: Setembro de 2006

- Selecção da amostra

4ª fase: Outubro 2006

– Avaliação dos parâmetros respiratórios dos elementos da amostra e implementação

do programa

5ª fase: Março 2007

– Re-avaliação dos parâmetros respiratórios das amostra após o final do programa

em estudo

6ª fase: Abril 2007

– Interpretação dos dados obtidos

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