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E — PROPEDÊUTICA FÍSICA DO BAÇO

Semiotécnica da Observação Clínica Prof Jose Ramos Jr

I — NOÇÕES ANATÔMICAS ÜTEIS À PROPEDÊUTICA FÍSICA DO BAÇO

1 — Projeção na parede costal — o baço está situado profundamente na loja esplénica, dis-
posto obliquamente de cima para baixo, de trás para diante, e de dentro para fora. É nesse

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sentido que o baço cresce nas esplenomegalias. O limite superior do baço corresponde à
margem superior da 9.a costela, na linha axilar posterior esquerda, e o limite inferior à margem
inferior da l l a costela, próximo da linha axilar anterior esquerda. O polo anterior está próximo
da linha axilar anterior, porém não a ultrapassa, e a extremidade posterior dista 5 a 10
centímetros da coluna vertebral, à esquerda, na altura da décima vértebra dorsal, dependendo
do diâmetro transverso do tórax.

2 — DELIMITAÇÃO DA MACICEZ ESPLÉNICA — é feita pela percussão. Em virtude,


porém, das relações do baço com os órgãos vizinhos — estômago, pulmão esquerdo, rim
esquerdo e ângulo esplénico do colo — na maioria das vezes, a área de submacicez esplénica
não é perceptível à percussão limitante em nossa experiência, contrariando a afirmação de
Sahli.
Pode-se concluir que, do ponto de vista prático, todo baço facilmente percutível está au-
mentado de volume e, principalmente quando a submacicez, partindo do 9° intercosto na linha
axilar posterior, chega até a reborda costal esquerda.

3 — MOBILIDADE — o baço apresenta apreciável mobilidade respiratória, deslocando-se


para a frente e para baixo, na inspiração. Possui também mobilidade de decúbito,
deslocando-se para baixo e para frente no decúbito lateral direito, facilitando assim a palpação.

II — INSPEÇÃO
1 — Em condições normais não há abaulamento na área esplénica.
2 — Nas esplenomegalias: o abaulamento no hipocôndrio esquerdo pode invadir o epigástrio,
o flanco esquerdo, a região umbilical e até a fossa ilíaca direita, conforme o tamanho do baço.
O aumento se faz sempre no sentido do seu maior eixo, na direção oblíqua da esquerda para a
direita e para baixo, ultrapassando ou não a linha umbilical, diferente dos crescimentos do rim
esquerdo, que se fazem no hipocôndrio esquerdo e flanco esquerdo, com a direção do
crescimento também no sentido do seu maior eixo, não ultrapassando a linha mediana, a não
ser nos muito volumosos rins policísticos.

III — AUSCULTA
Nas peri-esplenites pode ser percebido o atrito na região de projeção do baço na parede costal
correspondente ou mesmo no flanco esquerdo.

IV — PERCUSSÃO

1 — Semiotécnica da percussão limitante do baço, (Figs. VII-45 e 46).

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Com o paciente em decúbito dorsal ou em
decúbito lateral direito e o médico em pé, do
lado direito do paciente, executa-se a
percussão dígito-digital habitual, com o dedo
plessímetro paralelo à borda ou polo superior
do baço, ao nível do 9° intercosto na linha
axilar posterior e em direção oblíqua, seguindo
o 9° intercosto e depois o 10.° e o 11.°
intercostos até a reborda costal esquerda

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correspondente. Determinado o limite da borda
superior ou do polo superior do baço,
pratica-se, em seguida, a percussão limitante
iniciando ao nível do 7.° ou 8.° intercosto na
linha axilar média com o dedo plessímetro
paralelo à borda supero-interna do baço. Em
uma e outra borda, a superior e a
súpero-interna, a percussão limitante marcará a
submacicez nos justos pontos em que o som
claro pulmonar desaparece, e limitará a submacicez esplénica. A borda ínfero-externa também
é limitada passando do timpanismo intestinal à submacicez esplénica, porém, de regra, este
limite não é habitualmente realizado, assim como o limite inferior ou da borda inferior ou do
polo inferior do baço não é realizado porque a palpação é mais informativa. Ainda mais, a
borda inferior do baço normal não é
suficientemente espessa, tal como a borda
anterior do fígado, para "abafar" o timpanismo
intestinal e gástrico da região correspondente.
Conforme a nossa experiência, a delimitação
NÍTIDA em aproximadamente 6 cm2 de área de
submacicez esplénica, indica sempre o aumento
volumétrico do órgão.

2 — Em raros casos normais, pela percussão


leve e limitante na região lateral esquerda,
delimita-se muito pequena área de submacicez
esplénica, que se estende da 9a à 11a costela. O
polo anterior encontra-se ao nível da linha axilar
média ou anterior, e o posterior, a alguns
centímetros da coluna dorsal.

3 — Nestas condições, para fins práticos, todo


baço que se mostra percutível está aumentado
de volume, o que nem sempre se identifica pela
palpação. Daí, os pequenos aumentos serem
mais nítidos à percussão limitante do que à pal-
pação, o que leva ao grande valor propedêutico
de que nem todo baço percutível é palpável, po-
rém, todo baço palpável é percutível, com exce-
ção da esplenoptose ou baço ectópico que são excepcionalíssimas condições patológicas,
porque os ligamentos freno-cólicos — que constituem o sustentáculo do baço — são

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normalmente bastante firmes, não permitindo o deslocamento do órgão. Porém, se ele for
nitidamente palpado e pão percutido, o baço será ptosado ou ectópico.

V – PALPAÇÃO

1 — A palpação é um bom método da propedêutica física para a exploração do baço, (Fig.


VII-47).
2 — Nos aumentos moderados de volume do órgão, a palpação só é possível mediante a
movimentação respiratória. Esta se faz de cima para baixo e de fora para dentro na inspiração.

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3 — As posições do doente são: em decúbito dorsal, em decúbito lateral direito ou posição
intermediária de Shuster (posição intermediária entre o decúbito dorsal e o lateral direito).
4 — O médico ficará à direita ou à esquerda do paciente, conforme o método de palpação.
5 — A penetração das mãos é feita de maneira suave, como na palpação do fígado, sem muita
pressão e nas fases expiratórias. O baço, como o fígado, é um órgão superficial, e por isso não
se deve aprofundar demasiadamente a mão.
6 — A posição dos dedos varia com o método.

7 — Processo de Palpação
1.°) Processo de Mathieu-Cardarelli — O
paciente em decúbito lateral direito ou na
posição de Shuster, e o médico à esquerda do
paciente, sentado de costas para sua cabeça,
mãos como no método de Mathieu para
palpação do fígado, isto é, "em garra",
devendo o órgão ser pesquisado desde a
linha axilar média no flanco E., até o
hipocôndrio E e até o epigástrio na sua
porção esquerda. A palpação é uni ou
bimanual com os dedos "em garra", a cada
inspiração, e a borda do baço será percebida
pelas polpas digitais, quando o baço está
aumentado de volume, (Fig. VII-48).

2.°) Processo bimanual — em decúbito


dorsal ou lateral direito:
Paciente em decúbito dorsal ou lateral di-
reito e o médico à sua direita, em pé ou
sentado no leito ou na mesa de exame; a mão
esquerda espalmada no gradeado costal
esquerdo correspondendo ao hipocôndrio
esquerdo, pressão de fora para dentro, a mão
direita espalmada sobre o abdome, com os
dedos em direção à borda inferior do baço, procurando sentir, a cada inspiração, a margem do
baço com as bordas radiais, do indicador e do dedo médio, direitos, desde o flanco esquerdo e
região umbilical, até o epigástrio, (Fig. VII-49).

8 — Caracteres Propedêuticos
a ) Em condições normais, o baço nunca é palpável.
b ) Em condições patológicas, a borda do baço é dura ou mole, cortante ou romba, dolorosa ou
não conforme a condição patológica presente.

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Nas esplenomegalias infecciosas agudas, o
baço não é grandemente aumentado, a
borda é mole, dolorosa e cortante. Nas
esplenomegalias de decurso crônico, por
hipertensão da veia porta ou da esplénica,
ou por processos infecciosos e
inflamatórios e neoplásicos crônicos
(malária, esquistossomose, linfomas,
mesenquimopatias, baço metaplásico etc.),

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o baço é medianamente aumentado, a 2 ou
3 dedos transversos da reborda costal, com
a borda dura, romba e indolor. As grandes
esplenomegalias, além de 4 ou mais dedos
transversos da reborda costal, ocorrem nos
grandes baços maláricos, na leucemia
mielóide crônica, no reticulossarcoma do
baço (nos outros linfomas a esplenomegalia é média — 2 a 4 dedos transversos), e nas mais
raras ocorrências do Kalazar e das tesaurimoses. Nestas grandes esplenomegalias as 3 ou 4
chanfraduras do baço são identificáveis pelo
próprio aumento do volume e, principalmente,
da consistência do órgão. A borda anterior será
romba, dura e indolor. Nos aumentos pequenos
do baço, não se consegue perceber as condições
da sua superfície. Porém, nas grandes
esplenomegalias, a superfície será lisa ou rugosa
nos baços inflamados, infecciosos, ou nas
hipertensões porta ou no baço infeccioso ou nas
hipertensões porta ou no baço metaplásico, e
irregularmente nodulosa nos linfomas de loca-
lização esplénica, elemento de grande valor pro-
pedêutico na afirmação dessa localização do
linfoma.
c) Quando o aumento é tal que permite a
palpação de sua margem medial, percebem-se 2
ou 3 chanfraduras características do órgão. Este
elemento é importante para o diagnóstico
diferencial, com os aumentos de volume do rim
esquerdo que tem uma só chanfradura, ou com
os outros tumores dessa região.

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