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Curso de

Homeopatia

MÓDULO V

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para
este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização do
mesmo. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores
descritos nas Referências Bibliográficas.
MÓDULO V

35 ADMINISTRAÇÃO DE FARMÁCIA HOMEOPÁTICA

Quando falamos em administração em farmácia homeopática estamos nos


referindo a fatores que promovam o desenvolvimento do estabelecimento, sem esquecer
fatores importantes como a qualidade dos produtos produzidos, bem como a qualidade de
atendimento ao público. São aspectos básicos, mas que devem ser levados em conta
quando se deseja uma administração de qualidade.
Em nações do primeiro mundo são adotados métodos e sistemas de
armazenamento e estocagem de insumos básicos para a produção de medicamentos
homeopáticos de acordo com as normas de controle ambiental e temperatura, bem como
a distribuição do espaço físico. Tais métodos são de vital importância para a duração do
produto, porém o espaço físico disponível em cada farmácia ou laboratório farmacêutico
pode ser redimensionado para atingir tal objetivo.
Além disso, boas condições de higiene e assepsia dos vasilhames, bem como do
local de produção e também dos funcionários, são atitudes básicas para melhorar não só
as condições do trabalho, mas também aumentar a durabilidade do produto. Evitando-se
a umidade, fogo ou infiltrações de água no local, colabora-se, portanto, para esse fim. São
investimentos que assegurarão não só os estoques das matérias-primas, como garantirão
um melhor retorno financeiro, que poderá ser salvaguardado com adoção de cobertura
securitária contra qualquer evento que coloque em risco os produtos estocados e o
estabelecimento farmacêutico.
Outro aspecto focado na administração é o cuidado com o consumidor e para isso
o profissional em farmácia deve estar ciente da legislação, no sentido de se informar
sobre seus deveres, bem como seus direitos. Isso é realizado no sentido de evitar sérios
incidentes ocasionados, por exemplo, a fatos notórios e de má-fé por parte dos maus
empresários na área farmacêutica, mas também na inobservância das instruções por
parte do consumidor.

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Um agravante da situação é o noticiário não especializado que pode muitas vezes
distorcer os fatos, comprometendo a reputação de pequenos, médios e grandes
estabelecimentos farmacêuticos. Portanto, com o intuito de evitar isso, se aposta no
treinamento preventivo, ou seja, o profissional farmacêutico ou o proprietário deverá
instruir seus funcionários a aceitarem solicitações por telefone (grande parte dos
atendimentos são realizados por esse meio) somente depois de devida identificação do
cliente, o nome do médico ou terapeuta que prescreveu o receituário, o endereço e o
telefone. Tais dados deverão ser arquivados em listagem apropriada ou em programa de
computador e após seu aviamento será comunicado seu prazo de resgate e pagamento
na farmácia.
A medida de exigir o receituário ético é benéfica porque além de evitar que meros
curiosos ou irresponsáveis reincidentes não se repitam, também irá impedir a incidência
de automedicação por parte de pessoas hipocondríacas, que se valem de leitura leiga de
falsos manuais de saúde ou reportagens de imprensa não especializada, que circulam em
massa e que muitas vezes abordam irresponsavelmente terapias alternativas, que não
refletem a realidade da Homeopatia.
Porém, devemos citar a importância da divulgação de artigos responsáveis que
trazem informações fidedignas a respeito de Homeopatia e que alertam constantemente
seus leitores sobre o risco e consequências de automedicação, o que na realidade é uma
grande prestação de serviços às farmácias homeopáticas e também à comunidade.
Além disso, vale destacar o cuidado especial em relação a informações públicas
que são veiculadas em rótulos e bulas de medicamentos homeopáticos, tal como: prazo
de validade, formulação, posologia e demais dados vitais para o consumo e consequente
confiabilidade do produto.
A informática tem sido ferramenta essencial em prol de muitos setores, inclusive
na farmácia homeopática, em virtude de sua importância em auxiliar no controle de
estoques, matéria-prima, meios de pagamento, folha de pessoal, salários e demais itens
que fazem parte do aspecto econômico dos estabelecimentos comerciais de farmácia.
A instalação de rede integrada de dados a distância é de grande importância
principalmente em estabelecimentos que têm filiais ou subsidiárias, em virtude da maior
facilidade de controlar o fluxo de caixa diário por parte do proprietário quando sua

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presença física no estabelecimento não é possível. Além disso, os grandes laboratórios
poderão dispensar a visita de seus vendedores às farmácias homeopáticas, podendo
realizar as vendas dos insumos ativos por meio de redes informatizadas conectadas
diretamente à sua clientela comercial. Agilizando, portanto, o prazo de entrega de tais
mercadorias, a cobrança e o controle de estoques e pagamentos, com menores custos
para ambos.
Outro método que vem a beneficiar o estabelecimento comercial é a adoção de
etiquetas com respectivos códigos de barras, permitindo uma leitura ótica rápida do caixa
registradora acoplada ao microcomputador, evitando-se a troca das mesmas em virtude
dos eventuais aumentos mensais, comuns em países de terceiro mundo. É uma medida
que proporciona uma grande economia nos custos de embalagens dos produtos
homeopáticos e em seu preço final ao consumidor.
Um importante aspecto que devemos ressaltar na administração, não só de
farmácia homeopática, mas também em outros setores, é a questão da ética, pois é
sabido que alguns empresários, com o intuito de lucro rápido e fácil, utilizam medidas
perversas, cortando a mão de obra contratada com a comercialização de produtos
adulterados, que com baixo custo e alto poder de rotatividade de consumo ao público,
tentam dessa maneira aferir altos ganhos, em detrimento da qualidade. E, muitas vezes
para esse fim, se valem de propaganda enganosa, incluindo até pseudomedicamentos
homeopáticos com formulação diferente da preconizada pela terapia homeopática.
A consequência deste marketing enganoso é a indução do consumo
indiscriminado de produtos cientificamente condenáveis, que acabam por levar ao
descrédito social da Homeopatia, que é uma ciência séria, mas cuja reputação pode ser
rebaixada por simples ignorância de indivíduos que fazem do seu nome fachada para a
venda de seus produtos, sem o menor cuidado com a saúde pública.
Em outras palavras, a questão ética é deveras muito importante, pois um
profissional que possa cometer as faltas comentadas não demonstra nada, a não ser a
sua incapacidade profissional e comercial. Tais atitudes são indignas contra seus próprios
clientes, que reconhecerão a realidade dos fatos e consequentemente se afastarão e
poderão levar consigo boa parte da clientela em potencial, bem como o círculo de

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amizades que tenderá a se reduzir, o que trará como efeito o total insucesso nos seus
empreendimentos.
Portanto, para uma administração de farmácia homeopática não basta somente
bons produtos, boa organização, bom atendimento, se não estiver envolvido o principal
elemento que faz com que as relações humanas, mas também comerciais, tornem-se
vitoriosas: a ética profissional.

36 MONTAGEM DE FARMÁCIA HOMEOPÁTICA

Os pré-requisitos básicos para a instalação e funcionamento de Farmácia e


Laboratório Homeopático, no Brasil, serão descritos a seguir.

36.1 ASPECTO LEGAL

Com fins de instalação de Farmácia e Laboratório Homeopáticos, a legislação


brasileira determina obediência estrita às seguintes normas legais:
1) Lei Federal n° 5.991, de 17/12/73, regulamentada pelo Dec. n° 74.170, de 12/06/74.
2) Lei Federal n° 6.360, de 23/09/76, regulamentada pelo Dec. n° 74.094, de 05/01/77.
3) Legislação complementar estadual que regulamenta os códigos de vigilância sanitária.
4) Decreto n° 78.841, de 25/11/76, que aprova a 1ª edição da Farmacopeia Homeopática
Brasileira.
5) Decreto n° 57.477, de 20/12/65, dispondo sobre a manipulação, receituário, processos
de industrialização e venda de produtos éticos em Homeopatia, além de outras
providências legais.
6) Portaria 17/66, de 22/06/66, da Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária, do
Ministério da Saúde, que regulamentada a respeito da manipulação, receituário,
processos de industrialização e venda de produtos homeopáticos.
7) Resolução 232/92 do Conselho Federal de Farmácia, em Brasília, DF.
8) Resolução RDC ANVISA 67/07, de 08/10/07.

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36.2 LOCAL DE INSTALAÇÃO

A Farmácia ou Laboratório Homeopático deverá ser instalado em local seco,


isento de poeira e contaminação aérea. Da mesma maneira, tal meio ambiente deverá ser
isento de aromas ativos, radiações, tais como a ultravioleta, infravermelha e raios-X, além
de não estar instalado em zona de atividade com ondas curtas e micro-ondas e ter boas
condições de encanamento hidráulico, que favoreça perfeito escoamento.

36.3 EQUIPAMENTOS, MÓVEIS E UTENSÍLIOS

Deverão existir condições ideais de ventilação, favorecendo perfeita circulação de


correntes aéreas, que poderá ser o ar condicionado, ou através de ventiladores ou
circuladores de ar, situados contraparede ou teto do imóvel, que previnam turbulência
aérea quando em funcionamento. É recomendado o uso de exaustor de ar com coifa em
curva, visando melhor condição de renovação das correntes aéreas circulantes em seu
meio ambiente.
Deve-se adaptar filtro nas torneiras d’água, para filtragem efetiva da água a ser
usada no laboratório ou farmácia homeopática. Quanto às condições de iluminação
natural, deve-se evitar a luz solar incidida diretamente no balcão de manipulação dos
medicamentos homeopáticos. Deve-se dar preferência à iluminação artificial, luz fria, ou
seja, por lâmpadas fluorescentes.
Móveis e utensílios deverão ser manufaturados de material impermeável,
resistente ao fogo; evitando-se sempre material poroso, de baixa qualidade e
durabilidade. Deve-se procurar manter a máxima higiene, com limpeza diária, devendo os
pisos e paredes receber também cuidados desta ordem, evitando-se a presença de
resíduos tóxicos, de forte odor, sendo indicado o uso de sabão neutro e água para tal
finalidade. Em relação aos utensílios de uso diário, tal como também os equipamentos
técnicos, devem ser observadas as seguintes medidas:

a) Serem de fácil limpeza e conservação, na medida do possível;

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b) Evitar ceder ou emprestar os mesmos, em partes ou integralmente, sob nenhum
pretexto;
c) Materiais deverão ser de fácil esterilização, de material resistente a altas temperaturas
das autoclaves, usados para tal fim;
d) Os mesmos deverão ser de boa qualidade e durabilidade, além de resistentes a
quedas ou eventuais impactos, durante seu uso;
e) No mínimo deverão ser comprados: balança de precisão, destilador, alcoômetro de
Gay-Lussac, estufa ou autoclave para esterilização dos materiais de uso diário.

Como materiais de uso opcional, deverão fazer parte do arsenal técnico:

1) Diamizador;
2) Sucussionador, com braço mecânico;
3) Micropipetas e repipetadores automáticos;
4) Equipos para controle de qualidade de matérias-primas;
5) Estufa ou autoclave para secagem dos diversos medicamentos homeopáticos;
6) Tableteiros;
7) Prensas;
8) Percoladores;
9) Higrômetros;
10) Desumidificador de ar;
11) Tamizes;
12) Exaustores;
13) Ar condicionado, em especial em regiões tropicais;
14) Encapsuladoras;
15) Pré-filtro;
16) Frascos de vidro escuro para mistura hidroalcóolica;
17) Espátulas de aço inox e porcelana de boa qualidade;
18) Gral e almofariz de porcelana;
19) Filtros para as diversas finalidades;
20) Funis de vidro de boa qualidade, resistentes ao impacto;

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21) Pipetas de vidro, resistentes ao impacto e manipulação;
22) Cálices de vidro de boa qualidade;
23) Conta-gotas de vidro, polipropileno e ou polietileno de alta densidade;
24) Frascos de vidro escuro de diferentes volumes, para armazenamento de tinturas-
mães, matérias-primas em Farmácia Homeopática.

36.4 MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO MÍNIMO

Os estoques mínimos de matérias-primas homeopáticas (insumos ativos) devem


ser da seguinte ordem:

A) Policrestos:

1) Aconitum napellus
2) Arnica Montana
3) Arsenicum álbum
4) Belladona
5) Bryonia Alba
6) Calcarea carbônica
7) Carbo vegetabilis
8) Chamomilla matricaria
9) China officinalis
10) Dulcamara
11) Hepar sulphur
12) Ipecacuanha
13) Lachesis mutans
14) Lycopodium clavatum
15) Mercuris solubilis
16) Nux vomica
17) Phosphorus
18) Pulsatila nigricans

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19) Rhus toxicodendrum
20) Sépia sucus
21) Sulphur
22) Staphysagria
23) Tuberculinum
24) Thuya occidentalis
25) Veratrum álbum

B) Semipolicrestos

1) Acidum nitricum
2) Aesculus hipocastanum
3) Aloe socotrina
4) Antimonium crudum
5) Antimonium tartaricum
6) Apis melifica
7) Argentum nitricum
8) Aurum mettalicum
9) Barium carbonicum
10) Calcium fluoratum
11) Calcium phosphorium
12) Causticum
13) Chelidonium majus
14) Colocynthis
15) Ferrum phosphoricum
16) Ferrum metallicum
17) Gelsemium sempervirens
18) Graphites
19) Ignatia amara
20) Iodum
21) Kalium bicromium

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22) Kalium carbonicum
23) Kalium phosphoricum
24) Luesinum
25) Magnesium phosphoricum
26) Luesinum
27) Magnesium phosphoricum
28) Medorrhinum
29) Natrum carbonicum
30) Natrum muriaticum
31) Natrum sulphuricum
32) Opium
33) Platinum
34) Psorinum

36.5 RECURSOS HUMANOS: PESSOAL TÉCNICO CIENTÍFICO

Além de treinamento prévio, todo o pessoal técnico envolvido na linha de


produção de produtos homeopáticos, seja no Laboratório ou Farmácia Homeopática,
deverão ser devidamente higienizados, sem uso de substâncias odoríficas, e portando
uniformes imaculadamente brancos, próprios para tal finalidade.
O uniforme deverá constar-se de:

1) Jaleco branco;
2) Touca (os cabelos devem estar presos nas mulheres) e cortados rentes no homem;
3) Máscara. Seu uso é inteiramente indispensável durante o processo de manipulação
dos medicamentos homeopáticos, sem exceções;
4) Uso de luvas de borracha especial, no processo de trituração, no preparo de tabletes e
durante a manipulação de material esterilizado;
5) Proibição do fumo é imprescindível, no ambiente de trabalho, sem exceções, sob
qualquer pretexto;
6) O mesmo se dá quanto ao consumo de alimentos ou bebidas, sem exceção.

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36.6 ARMAZENAMENTO DE UTENSÍLIOS E MATERIAL DE CONSUMO BÁSICO

a) O preparo de medicamentos homeopáticos deve ser realizado em frascos de vidro


incolor ou escuro, classe hidrolítica I, II, III, IV;
b) O armazenamento dos medicamentos homeopáticos deverá obedecer aos seguintes
parâmetros técnicos, a seguir;
c) Os líquidos: em frascos de vidro âmbar (escuro) ou incolor de classe I, II, III, IV, ou
ainda eventualmente, em plástico, em último caso;
d) Os sólidos: usar frascos para tabletes e glóbulos inertes, que são úteis ao
armazenamento das formas em trituração, de vidro âmbar (escuro), incolor, de classe
hidrolítica I, II, III, IV, além de frascos de plásticos de polietileno, polipropileno ou
policarbonato atóxicos;
f) Os pós: utilizar papel branco impermeável perolado branco ou ainda cápsulas de
gelatina incolor.
Obs. No caso citado acima, empregar sempre, sem exceção, frascos plásticos de
polietileno de Alta Densidade, como também de polipropileno branco leitoso, pois são
legalmente permitidos para tal modalidade de estocagem.

36.7 MATERIAL ACESSÓRIO - MODALIDADES, LIMPEZA E CONSERVAÇÃO

a) Tampas: deverão sempre ser de vidro, ou plástico polipropileno ou polietileno leitoso


branco;
b) Batoques: deverão sempre ser de plástico polipropileno ou polietileno branco leitoso;
c) Conta-gotas: deverão sempre ser de vidro resistente, ou ainda plástico de alta
densidade atóxico;
d) Bulbos: devem ser sempre de látex, silicone ou plástico atóxico, sendo proibido em
caráter definitivo o de borracha, pelo alto risco de contaminação;
e) O processo de lavagem e higienização deverá obedecer às seguintes regras:

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1) Frascos virgens, usados em vidraria em geral e em laboratório ou farmácia
homeopática deverão sempre ser lavados em água corrente e logo após em água
destilada, sem cloro, e levados em seguida para secagem em estufa, para proceder à sua
esterilização;
2) Frascos de vidro usados para armazenamento de tinturas-mães deverão sempre ser
lavados em água corrente, com escovação severa, depois de imersos em álcool 70% (v/v)
durante período de duas horas consecutivas. Logo após, deverão ser devidamente
enxaguados e armazenados, para uso futuro;
3) Tais frascos, quando virgens, deverão ser lavados em água corrente, enxaguados em
água destilada, sem cloro, e imersos após em solução hidroalcoólica 70% (v/v) durante
período consecutivo de duas horas;
4) A secagem de tais utensílios de vidro, plástico polietileno ou polipropileno de alta
densidade deverão ser esterilizados em autoclave ou estufa esterilizadora à temperatura
média, nunca inferior a 120 graus Celsius, a uma atmosfera, durante período mínimo de
30 minutos; em caso de estufa de ar seco, em temperatura mínima de 140 graus Celsius,
durante período mínimo de uma hora consecutiva.

ATENÇÃO: os artefatos feitos de plástico, distintos dos padrões acima, deverão sempre
ser esterilizados, obedecendo-se às regras: Imersão em solução hidroalcoólica a 70%
(v/v) durante período mínimo de seis horas consecutivas e secos depois em estufa a ar
seco à temperatura de 36 graus Celsius, com proteção apropriada e secagem adequada,
sendo proibida terminantemente sua reutilização, sob qualquer razão. Tais materiais
deverão ser armazenados limpos e esterilizados de modo seguro, em embalagem
protetora, até que venham a ser necessários.

36.8 ETIQUETAGEM - ROTULAÇÃO DAS EMBALAGENS DE USO CONTÍNUO

Na rotulação de tintura-mãe, deverão informar:

a) Nome científico do sal (insumo ativo);


b) Data de fabricação e lote;

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c) Prazo de validade: máximo de cinco anos, ou como especificado no rótulo;
d) Estado do sal (insumo ativo) seja fresca ou seca, além de parte usada em sua
fabricação;
e) Farmacopeia Homeopática utilizada e sua regra correspondente;
f) Graduação alcoólica;
g) Classificação tóxico-científica.

As formas farmacêuticas derivadas deverão obedecer às normas expressas na


Farmacopeia Homeopática Brasileira, acrescentando:

a) Prazo de validade;
b) Normas de conservação, conforme determinado pela ABFH.

Tais exigências deverão ser respeitadas e acatadas por parte dos profissionais
em Farmácia Homeopática, devido aos parágrafos legais aprovados da nova Lei e
Direitos do Consumidor, vigentes em todo o Território Brasileiro.

36.9 INSUMOS INERTES: ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DE SUAS MATÉRIAS-


PRIMAS

a) O ácool etílico deverá obedecer às especificações expressas na Farmacopeia


Brasileira em sua última edição. Obedecer à recomendação de uso de papel analítico, ou
ainda destilação, onde as condições não sejam plenamente satisfatórias. É sugerida
ainda a sua armazenagem em recipientes plásticos de polietileno atóxico, ainda não
utilizados previamente, para fins alheios.

b) A água deverá obedecer estritamente às seguintes características fisicoquímicas:


Líquido incolor e inodoro, pH de 5,0 a 7,0 em obediência aos limites farmacopeicos de:
- Dióxido de carbono
- Cloretos
- Sulfatos

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- Cálcio
- Metais pesados
- Substâncias oxidativas
- Nitratos e nitritos
- Partículas sólidas totais máximas: 0,001%
- Amônia: 0,3 ppm

Sua pureza biológica deverá ser na ordem máxima de 100UFC/ml. A presença


eventual de fungos ou riquétsias não deverá ultrapassar 100UFC/ml. Os testes
bromatológicos para Salmoneloses e Escherichia coli, entretanto, deverão ser
completamente negativos, sem exceção.

c) Água (fonte de obtenção): através de destilação ou osmose reversa, como também por
qualquer outro método que assegure suas características básicas acima, podendo ser
ainda pré-filtrada, evitando-se a presença de Cl.
d) Os glóbulos e microgóbulos deverão sempre ser manufaturados de:

Sacarose;
Lactose sem aglutinantes;
Com as seguintes características físico-químicas:
-Esféricos
-Brancos
-De sabor levemente adocicado
-Solúveis em água
-De baixa solubilidade em álcool
-Insolúvel em éter e clorofórmio

e) A glicerina (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico-químicas:


- líquido claro, de boa propriedade higroscópica e de densidade xaroposa.
- Inodoro ou leve odor adocicado;
- Leve sabor adocidado;

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- De fraca solubilidade em acetona;
- Insolúvel em clorofórmio, éter e óleos essenciais e fixos;
- De graduação analítica;

ATENÇÃO: deverá ser estocada em recipiente hermético.

1) A lactose (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico-químicas:


- Pó cristalino
- Branco
- Não higroscópico
- Inodoro
- Discreto sabor adocicado

2) A sacarose (insumo inerte): deverá possuir as seguintes características físico-químicas:


- Cristal incolor
- De coloração branca lustrosa
- Obtida a partir da cana-de-açúcar
- Solúvel em água
- De baixa solubilidade em álcool
-Insolúvel em clorofórmio e no éter.

36.10 AS SOLUÇÕES USADAS EM FARMÁCIA E LABORATÓRIO HOMEOPÁTICOS

1) As soluções hidroalcoólicas deverão obedecer às seguintes especificações:


- Grau alcoólico da monografia referente às várias tinturas-mães
- A graduação alcoólica usada no preparo de T.M. nas soluções usadas na manufatura
das dinamizações iniciais, sejam decimais ou centesimais Hahnemannianas.
- Graduação alcoólica de 70% (v/v): deverá ser preparada nos estoques, que darão
origem às demais. Seja na impregnação ou embebição dos glóbulos de sacarose, no pós-
preparo e moldagem dos tabletes de lactose.

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- Graduação alcoólica de 30% a 70% (v/v): deverá ser usada na dispensação de
medicamentos homeopáticos em forma líquida.
- Graduação alcoólica a 20% (v/v): deverá ser usada durante o processo de passagem de
formas sólidas para líquidas.
- Graduação alcoólica acima de 70% (v/v): deverá ser usada no preparo de embebição ou
impregnação de tabletes, comprimidos, glóbulos e pós.

2) A solução glicerinada: a glicerina deverá ser diluída a 50% (v/v), para uso no preparo
dos medicamentos homeopáticos correspondentes.

36.11 AS PREPARAÇÕES FARMACÊUTICAS BÁSICAS E SUAS FORMAS

1) Drogas de origem vegetal, frescas ou secas: serão empregadas no preparo das


tinturas-mães.
2) Drogas de origem mineral: a substância máter será empregada para seu
processamento através da trituração.
3) Drogas de origem animal, frescas ou secas: serão empregadas na manufatura das
respectivas tinturas-mães.

-----------------FIM DO MÓDULO V----------------

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE FARMACÊUTICOS HOMEOPÁTICOS. Manual de


normas técnicas para farmácia homeopática. 2. ed. São Paulo, 1995.

BESSA, Marco. Filosofia da homeopatia; análise das noções de força vital, vida,
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BRASIL, Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 33, de 19 de abril de 2000. Diário


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Paulo: Atheneu, 1997.

CAMPBELL, A. As duas faces da homeopatia. São Paulo: Matéria Médica, 1991.

CASSIRER, Ernest. Ensaio sobre o homem. Introdução a uma filosofia da cultura


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DESCARTES, René. Discurso do método. Brasília: UNB, 1985.

FARMACOPEIA HOMEOPÁTICA BRASILEIRA. 2. ed. São Paulo: Atheneu, 1998.

FOUCAULT, Michel. El orden del discurso. Barcelona: Tusquets Editores, 1980.

GALHARDO, J. E. R. Iniciação homeopática. Rio de Janeiro: Henrique M. Sondermann,


1936.

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GOODMAN, L. S.; GILMAN, A. As bases farmacológicas da terapêutica. 9. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

HAHNEMANN, Samuel. Organon da arte de curar. Ribeirão Preto: Museu de


Homeopatia Abrahão Brickmann, 1995.

KENT, J. T. Filosofia Homeopática. São Paulo: Robe Editorial, 1996.

KOSSAK ROMANACH, A. Homeopatia em 1000 conceitos. São Paulo: Elcid, 1984.

LUZ, Madel. Natural, racional, social; razão médica e racionalidade científica


moderna. Rio de Janeiro: Campus, 1988.

MIASMA. Saúde e Enfermidade na Prática Clínica Homeopática. São Paulo: Roca,


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ROSENBAUM, P. Homeopatia e vitalismo. São Paulo: Robe, 1996.

SPINK, Mary Jane (Org.). O conhecimento no cotidiano; as representações sociais


na perspectiva da psicologia social. São Paulo: Brasiliense, 1993.

TYLER M. Curso de Homeopatia. São Paulo: Editorial Homeopática Brasileira, 1965.

--------------------FIM DO CURSO!---------------------

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