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REPÚNLICA DE ANGOLA

MENISTERIO DA EDUCAÇÃO
INSITUTO MÊDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE/IMAGU

Área: Administração, Gestão e Serviços

AVALIAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO


CASO BODIVA

POR

JORGE ANDRÉ MUCAGI

UÍGE, AOS /2019


REPÚNLICA DE ANGOLA
MENISTERIO DA EDUCAÇÃO
INSITUTO MÊDIO DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DO UÍGE/IMAGU

Área: Administração, Gestão e Serviços

AVALIAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO


CASO BODIVA

POR

JORGE ANDRÉ MUCAGI

Prova de Aptidão Proficional

Apresentado no IMAGU

curso de Finanças

UÍGE, AOS /2019


INDÍCE

0.1 DEDICATÓRIA.................................................................................................................. i
0.2 AGRADECIMENTO..........................................................................................................
ii
0.3 IMPORTÂNCIA DO TEMA.............................................................................................
iii
0.4 INTRODUÇÃO................................................................................................................. iv
0.5 Problemática........................................................................................................................v
0.6 Hipóteses............................................................................................................................. v
0.7 Objectivos Do Trabalho......................................................................................................
vi
0.7.1 Objectivos Gerais...........................................................................................................
vi
0.7.2 Objectivos Especificos...................................................................................................
vi
0.8 Méctodos E Técnicas..........................................................................................................
vi
0.8.1 Métodos......................................................................................................................... vi
0.8.2 Técnicas........................................................................................................................
vi
0.9 Delimitação Do Tema........................................................................................................
vii
0.10 Justificativo.....................................................................................................................
vii
0.11 Estrutura Do Trabalho....................................................................................................
viii

CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..................................................


9
1.1 Avaliação financeira............................................................................................................
9
1.1.1 Conceito De Avaliação......................................................................................................
9
1.1.2 Bodiva............................................................................................................................... 9
1.2 Conceito De Sistema financeiro........................................................................................
9
1.2.1 Mercado financeiro.......................................................................................................
10
1.2.2 Funções.........................................................................................................................
10
1.2.3 Mercado de capitas....................................................................................................... 10
1.3 Bolsa de valores..................................................................................................................
11
1.4 Definição de instituições financeiras...............................................................................
12
1.4.1 Instituições financeiras bancarias................................................................................. 12
1.4.2 Instituições financeiras não bancarias...........................................................................
12
1.5 Alguns Principios Do Sistema
Financeiro...........................................................................13
1.5.1 Outros Elementos Fundamentais Do Sistema Financeiro................................................
13

CAPÍTULO II – CARACTERIZAÇÃO DO SISTEMA FINANCEIRO


ANGOLANO...................................................................................................................... 15
2.1 Enquadramento Socioeconómico De
Angola...................................................................15
2.1.1 Sistema Financeiro Angolano ( Principais Indicadores ) ……........................................
15
2.2 Evoluçâo Do Sistema Financeiro Angolano........................................................................
16
2.2.1 Riscos Mais Frequentes a Actividade Bancária Angolana...............................................
17
2.2.2 Modelo De Supervisão Do Sistema Financeiro Angolano...............................................
18
2.3 Funcionamento Do Mercado De Capitais...........................................................................
20
2.3.1 Evolução.......................................................................................................................... 20
2.3.2 Atribuições.......................................................................................................................
21
2.4 Bolsa De Valores E Dívida De Angola (BODIVA) ...........................................................
22
2.4.1 Diferença da Bolsa De Valores E Dívida De Angola (BODIVA) e Comissão do
Mercado de Capitais (CMC)
................................................................................................................... 23
2.4.2 Funcionamento................................................................................................................ 23
2.4.3 Competência................................................................................................................ 2 4
2.4.4 Bolsas De Valor ...........................................................................................................
24
2.4.5 Razões Para As Empresas Estarem Cotadas Em Bolsa....................................................
25
2.4.6 Principais Caracteristicas ................................................................................................
26
2.4.7 Razões e Missões da BODIVA........................................................................................
26
2.4.8 Correctoras ou sociedades de corretagem........................................................................
27
2.4.9 Requisitos Para Entrada Na Bolsa....................................................................................
27
2. 5 Vantagens Da Bolsa De Valores E Dívidas De Angola.....................................................
29
2.5.1 Empresa.......................................................................................................................... .29
2.5.2 Família.............................................................................................................................
30
2.6 Fatores Condicionantes Do Desenvolvimento Da Bolsa De Valores E Dívida De
Angola...................................................................................................................................... 31

CAPÍTULO III – ESTUDO PRATICO SOBRE A


BODIVA………………….
3.1 Metodologia……………………………...………………………………………………….
3.2 Amostra………………………………………………………………………………...........
3.3 Análise Descritiva Dos Resultados Do
Inquérito.....................................................................
3.3.1 Caraterização Dos Inqueridos
..............................................................................................
3.4 Orçamento, Planeamento De Despesas E Poupança ....................................................................
3.5 Recomendações ......................................................................................................................
3.5.1 Métodos De Educação E Consciencialização Financeira
.....................................................
3.5.2 Recomendações Sobre O Desenvolvimento Do Sistema Financeiro E Mercado De
Capitais……………………………………………………………………………………..........
CONSIDERAÇÕES FINAIS……………………………………………………………………
APÊNDICES E
ANEXOS……………………………………………………………………….
BIBLIÓGRAFIA………………………………………………………………………………..
OUTRAS FONTES……………………………………………………………………………...
WEBGRÁFIA ………………………………………………………………………………….
INDICE DE TABELAS

Tabela nº 1 do Modelo Atual de Supervisão do Sistema Financeiro em Angola ………………

Tabela nº 2. Classificação segundo a idade


………………………………………………

Tabela nº 3. Classificação segundo o gênero …………………………………………………..

Tabela nº4. Classificação segundo habilitações literárias ……………………………..

Tabela nº 5. Será que já ouviu falar de BODIVA?


........................................................................

Tabela nº 6. A BODIVA vem organizar de forma geral o funcionamento dos mercados


financeiros é melhorar o ambiente de negócio por sua parte …………………………………

Tabela nº 7. A BODIVA é um dos pilares do desenvolvimento económico da sociedade?


...........

Tabela nº 8. Será que o BODIVA é considerada em Angola como intermediário para facilitar
os mercados financeiros?
………………………………………………………………………..

Tabela nº 9. BODIVA sendo uma associação civil, sem financiamento e fins lucrativos e com
funções de interesse público em Angola, esta ultima actua mesmo com delegadas dos poderes
públicos com ampla autonomia.
…...…………………………………………………………….

Tabela nº 10. Uma das vantagens com a abertura da BODIVA é o facto de obrigação das
empresas virem a organizar-se de modos a publicarem periodicamente os seus relatórios de
contas nos órgãos de comunicação social isto tem sido uma realidade nesta Instituição.
…..……

Tabela nº11. A BODIVA compete efetuar a gastão dos mercados regulamentados,


designadamente a bolsa, mercado de balcão organizado e Mercado Especial de Divida
Publica?
Tabela nº 12. É verdade que o Sistema Financeiro Angolano esta dividido em duas partes que
são Sistema Financeiro Bancário e o Sistema Bancário não Bancário?
.........................................

Tabela nº 13. A BODIVA é organizado de forma a capitalização e a segurança das


poupanças?.

Tabela nº 14. A BODIVA foi implementada em 2014.


…….……………………………………

INDICE DE GRÁFICOS

Gráfico nº 2. Classificação segundo a idade. ……………………………………………

Gráfico Classificação
nº 3. segundo o gênero.
……………………………………………………………………………

Gráfico nº 4. Classificação segundo habilitações literárias. ……………………………

Gráfico nº 5. Será que já ouviu falar de BODIVA? ……………………………………………

Gráfico nº 6. A BODIVA vem organizar de forma geral o funcionamento dos mercados


financeiros é melhorar o ambiente de negócio por sua parte.
……………………………………

Gráfico nº 7. A BODIVA é um dos pilares do desenvolvimento económico da sociedade?


……

Gráfico nº 8. Será que o BODIVA é considerada em Angola como intermediário para facilitar
os mercados financeiros?
…………………………………………………………......................

Gráfico nº 9. BODIVA sendo uma associação civil, sem financiamento e fins lucrativos e com
funções de interesse público em Angola, esta ultima actua mesmo com delegadas dos poderes
públicos com ampla autonomia.
…………………………………………………………………

Gráfico nº 10. Uma das vantagens com a abertura da BODIVA é o facto de obrigação das
empresas virem a organizar-se de modos a publicarem periodicamente os seus relatórios de
contas nos órgãos de comunicação social isto tem sido uma realidade nesta Instituição.
,,,,,,,,,,,,,,
Gráfico nº 11. A BODIVA compete efetuar a gastão dos mercados regulamentados,
designadamente a bolsa, mercado de balcão organizado e Mercado Especial de Divida
Publica?

Gráfico nº 12. É verdade que o Sistema Financeiro Angolano esta dividido em duas partes que
são Sistema Financeiro Bancário e o Sistema Bancário não Bancário?
,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,

Gráfico nº 13. A BODIVA é organizado de forma a garantir a capitação, a capitalização e a


segurança das poupanças? ………………………………………………………………………

Gráfico nº 14. A BODIVA foi implementada em 2014. …………………………………………


0.1 DEDICATÓRIA
Dedico esta dicertação primeiramente a Deus por me ter concedido a vida, e aos meus
pais, que apoiaram-me em todos os momentos que mais necessitava.
0.2 AGRADECIMENTO

O fim de um trabalho é sempre um momento especial, que marca o fim de uma longa
etapa cheia de desafios.

Agradeço primeiramente à Deus por ter-me concedido o fólego de vida e sabedoria,


aos meus queridos pais por me terem colocado a este mundo e pela paciência que tiveram
durante a minha fase de desenvolvimento fisico e psicológico ate aos dias de hoje. E sem
esquecer ao meu grande tutor Madihinga Manuel Chanda e aos professores do Instituto
por me orientarem no desenvolvimento desta dicertação.

Os amigos também fasem parte das nossas vidas, por isso que agradeço a todos
amigos e acolegas pelo apoio e pela consideração, em me terem dado força e as suas
disposições nos momentos mais necessitado.
0.3 IMPORTÂNCIA DO TEMA

Melhorar o funcionamento e a compreenção das instituições bancárias no âmbito do


crescimento económico do país, é um dos objectivos principais que os bancos angolanos
velam no contexto finançeiro.

O presente trabalho dedica-se ao estudo do sistema financeiro Angolano caso


BODIVA com enfoque na supervisão, sendo abordado o conceito de mercado financeiro,
supervisão financeira, direito bancário, valor mobiliário e de direito dos seguros, bem como, a
atividade de supervisão em geral e a atividade das autoridades angolanas de supervisão em
especial.
0.4 INTRODUÇÃO
O Sistema Financeiro angolano, após anos de práticas de repressão financeira,
abandonadas recentemente, começou a dar os primeiros passos para a sua modernização,
sendo evidente o crescimento do número de instituições a operar no país, da rede de agências
e a sofisticação de produtos, serviços e operações.

O sistema financeiro está sujeito a leis e regulamentos para que possa ser garantido o
seu bom funcionamento. A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) é das empresas
públicas a privatizar. Está no plano do Governo e deve acontecer nos próximos tempos.
Actual administração considera que bancos são, entre vários membros, “candidatos naturais”
para o controlo da unidade de negociação. A BODIVA, tem como objecto principal a gestão
de mercados regulamentados e é regulada pelo regime jurídico das sociedades gestoras de
mercados regulamentados e de serviços financeiros sobre valores mobiliários. A sua natureza,
a actividade em si integrada, a missão que se propõe e os valores que defende, obrigam à
definição das regras que orientam o funcionamento dos mercados regulamentados por si
geridos.

Assim sendo, a abertura da Bolsa de Valores e Derivados de Angola (BODIVA)


apresenta-se como uma nova maneira de acesso ao financiamento das empresas, o que
proporciona uma alternativa ao financiamento bancário. De acordo com estas ideias, surgiu-
nos a seguinte problemática.
0.5 PROBLEMÁTICA

O sistema financeiro tem vivenciado profundas transformações nos últimos anos,


sendo este período caracterizado pela sofisticação do quadro regulatório e prudencial, são
compreensíveis os receios da possiblidade de que o sistema financeiro angolano faz com que
os mecanismo que lhes cole que ao dispor das suas ferramentas entram ao excesso.

Mas o nosso problema aqui abrangem-se, na Bolsa da Dívida e Valores de Angola


com vista a modernização do sistema financeiro angolano, nas instituições financeiras
bancarias e não bancárias.

Neste contexto foi necessário efetuar-se algumas questões baseando-se no tema para
melhor apreciar o caso em estudo. Dentre várias questões efetuadas, destacamos as seguintes:

a) Que vantagem tem a abertura da Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODVA) nas
instituições financeiras?

b) Quais são as funções desempenhadas pelos sistemas financeiros?

0.6 HIPÓTESES

Por tanto sabemos que toda as questões devem ser respondidas , visto que a
hipótese é a suposição de uma resposta para as questões formúladas em relação ao tema ,
temos as seguintes respostas :

a) Supomos que uma vantagem com a abertura da BODIVA é o facto de a obrigação das
empresas virem a organizar-se de modos a publicarem periodicamente os seus relatórios de
contas nos órgãos de comunicação social.

b) Talvez que as funções do sistema financeiro seijam: Intermediação entre unidades


superavitárias e deficitárias; Serviços financeiros: seguros, pensões, consórcios etc;
Mecanismo de pagamentos; Instrumento de ajuste de portfólio.
0.7 OBJECTIVOS DO TRABALHO

Ao salientarmos a respeito de um trabalho científico há toda necessidade de se ter em


conta os objectivos a atingir, repartindo-os em geral e específicos, que consistem
especificamente no desenvolvimento das ferramentas em análise.

0.7.1 OBJECTIVOS GERAIS

O objetivo do trabalho é avaliar comparativamente como Angola regulamenta o seu


sistema financeiro..

0.7.2 OBJECTIVOS ESPECÍFICOS


a) Avaliar de que forma a atuação Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA)
permitirá que os investidores rentabilizem os seus ativos financeiros;
b) Avaliar de que forma a atuação Bolsa da Dívida e Valores de Angola (BODIVA)
permitirá que os investidores rentabilizem os seus ativos financeiros;

c) Estudar o comportamento dos mercados de capitais de forma a obtermos fortalecimento


no mercado financeiro;
d) Medir o acesso e uso dos serviços financeiros por parte das famílias.

0.8 MÉCTODOS E TÉCNICAS

Para a realização deste trabalho utilizou-se os seguintes métodos e técnicas:

0.8.1 MÉTODOS:

 Bibliográfico consultamos em obras relacionadas com o tema a ser estudado que já foi
publicado, podendo ser: livros, pesquisas monografias e outros.
 Histórico permitiu-nos obter informações ligadas a história da empresa e do tema em
particular.

0.8.2 TÉCNICAS:

 Técnica de pesquisa Documentaria permitiu-nos recolher documentos ligados do


problema em estudo, isto é, os documentos da empresa.
 Técnica de inquerito:Técnica de observação permitiu-nos coletar dados, utilizando o
sentidos da observação aspectos da realidade.
0.9 DELIMITAÇÃO DO TEMA

Toda obra cientifica deve ser limitada no tempo e no espaço:

Tempo: O presente trabalho marca o período de 2019

Éspaço: Refere-se a província do Uíge, concretamente na sua cede.

0.10 JUSTIFICATIVO

Escolheu-se este tema para incentivar os nossos gestores a optarem pela


implementação de intituições financeiras e para ajudar a manter a estabilidade das empresas
macro-económica estaveis, assim como a liderança dos seus concorrentes. E por ser um tema
muito estudado pelos grandes investidores do pais.
0.11 ESTRUTURA DO TRABALHO

Este trabalho fornece teórias e exercícios relacionados a Avaliação do Sistema


Financeiro Angolano isto é em três capitulos.

Capitulo I : Fundamentação teórica.

Observação: neste capitulo vamos definir todos conceitos ligados ao nosso tema, que
diz Avaliação do sistema financeiro angolano caso BODIVA

Capitulo II : Contextualização do sistema financeiro Angolano.

Observação: neste capitulo vamos falar o sistema financeiro angolano no seu todo.

Capitulo III : Abordagem prática.

Observação: na abordagem prática encontraremos os seguintes pontos:

3.1. Modelos de problemas;


3.2. Amostra;
3.3. Procedimentos;
3.4. Análise e interpretação dos resultados;

3.5 E por fim considerações finais e bibliografiasconsultório.


LISTA DE ABREVIATURAS
AOA- Kwanza Angolano

ASF - Acesso aos Serviços Financeiros

BCA - Banco Comercial de Angola

BCCI - Banco de Crédito Comercial e Industrial

BFA – Banco Fomento Angola

BFN - Banco de Fomento Nacional

BIRD - Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento

BIU - Banco Inter Unido

BNA - Banco Nacional de Angola

BODIVA - A Bolsa de Dívida e Valores de Angola

BPSM - Banco Pinto & Sotto Mayor

BTSA - Banco Totta Standard de Angola

BVDA - Bolsa de Valores e Derivativos de Angola

CCAP - Caixa de Crédito Agro-Pecuário

CEVAMA – Central de Valores Mobiliários de Angola

CMC - Comissão de Mercado de Capitais

CVM - Comissão de Valores Mobiliários

ENSA - Empresa Nacional de Seguros e Resseguros de Angola

FMI - Fundo Monetário Internacional

ICRA - Instituto de Crédito de Angola

IFBA – Instituições Financeiras Bancárias Angolanas

ISS - Instituto de Supervisão de Seguros

LIF - Lei das Instituições Financeiras

LVM - Lei dos Valores dos Valores Mobiliários


OT - Obrigações De Tesouro

PIB – Produto Interno Bruto


CAPITULO I: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Neste capítulo, começaremos por explanar e diferenciar os conceitos de crescimento


económico, poupança, investimento, desenvolvimento financeiro e económico. Considerando
o nosso objeto de estudo, resolveremos conceitualizar e caraterizar, igualmente, sistema
financeiro, mercado financeiro, mercado de capitais e bolsa de valores, pela sua relevância no
processo de maturação do mercado de capitais e, consequentemente, no impacto que a criação
da bolsa de valores terá na economia.

1.1 AVALIAÇÃO FINANCEIRA

Avaliação Financeira é o conjunto de instituições e instrumentos financeiros que


possibilitam a transferência de recursos dos doadores finais para os tomadores finais e cria
condições para que títulos e valores mobiliários tenham liquidez no mercado financeiro.

1.1.1 CONCEITO DE AVALIAÇÃO

Avaliação é o substantivo feminino que significa ato de avaliar, ou remete para o


efeito dessa avaliação. Pode ser sinônimo de estimativa ou apreciação.

1.1.2 BODIVA

A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (BODIVA) é a Bolsa de Valores do mercado


angolano. Trata-se de uma entidade gestora cujas responsabilidades passam por assegurar a
transparência, eficiência e segurança das transacções nos mercados regulamentados de valores
mobiliários, com o objectivo de estimular a participação de pequenos investidores e a
concorrência entre todos os operadores. A razão é que muitas empresas do país não
preencham os requisitos necessários para participar de uma bolsa em Luanda.

1.2 CONCEITO DE SISTEMA FINANCEIRO

Do latim systema, um sistema é um conjunto ordenado de elementos que se encontram


interligados e que interagem entre si.

O sistema financeiro corresponde ao conjunto de instituições, instrumentos e mercados


que asseguram duas grandes funções na economia a canalização de fundos para os agentes
económicos que deles necessitam e a cobertura parcial dos riscos a que os agentes
económicos estão expostos. Sendo que a canalização de fundos está relacionada com o crédito
bancário, as ações e obrigações. E a cobertura de riscos, relaciona-se com os seguros e
produtos financeiros derivados, como os futuros, opções entre outros. Os bancos, fundos de
investimentos, fundos de pensões, companhias de seguros, bolsas e corretores são instituições
financeiras. Ao passo que as ações, obrigações, entre outros são instrumentos financeiros.

1.2.1 MERCADO FINANCEIRO

É o mecanismo ou ambiente (físico ou virtual) através do qual se produz um


intercâmbio de ativos financeiros e se determinam seus preços. Nessas negociações, estão
envolvidas diversas instituições, que facilitam o encontro entre agentes que regulam e
fiscalizam as transações.

1.2.2 FUNÇÕES

Os Mercados Financeiros têm Cinco (5) funções que são as seguintes:

 Estabelecimento de interação entre os agentes económicos, ou seja compradores e


vendedores, o que irá determinar o preço e o rendimento de um determinado ativo;
 Criação de mecanismos de pagamento que possibilitem a liquidez dos títulos;
 Diminuição dos custos de contratação, pesquisa e transação;
 Criação de condições para que os ativos atinjam a maturidade;
 Redução do risco por meio da diversificação.

A participação dos agentes económicos no mercado financeiro, depende da sua


motivação, para que tal aconteça é necessário que todas as condições estejam criadas.

1.2.3 MERCADO DE CAPITAIS

O mercado de capitais é um sistema de distribuição de valores mobiliários, que tem o


propósito de proporcionar liquidez aos títulos de emissão de empresas e viabilizar seu
processo de capitalização. É constituído pelas bolsas de valores, sociedades corretoras e
outras instituições financeiras autorizadas.

O mercado de capitais abrange ainda, as negociações com direitos e recibos de


subscrição de valores mobiliários, certificados de depósitos de ações e demais derivativos
autorizados à negociação. As companhias abertas necessitam de recursos financeiros para
realizar investimentos produtivos, tais como: construção de novas plantas industriais,
inovação tecnológica, expansão de capacidade, aquisição de outras empresas ou mesmo o
alongamento do prazo de suas dívidas.

Os investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros excedentes que precisam
ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do tempo, contribuindo para o
aumento de capital do investidor.

Existem companhias de diferentes portes, com necessidades financeiras variadas. Ao


mesmo tempo, investidores podem aplicar com o objetivo de obterem retorno financeiro no
curto, médio ou longo prazo, e com diferentes níveis de risco.

De acordo com Mota & Tomé (1991), o mercado de capitais é um subsegmento do


mercado financeiro que tem como instrumentos de trabalho títulos de médio e longo prazo,
como ações, obrigações, títulos do tesouro entre outros. Encontrando-se subdividido em dois
componentes: o mercado primário e o secundário.

Mercado primário: são emitidos os ativos financeiros por meio de emissão pública e
privada, o que possibilita a abertura do capital das empresas ao público, assim como permite
que haja um equilíbrio entre a oferta e a procura.

Após a emissão e subscrição dos novos títulos, os mesmos são colocados no mercado
através de duas formas:

Subscrição privada ou particular: compreende os títulos destinados a serem


comprados por alguns investidores instituicionais (singulares ou coletivos) previamente
definidos.

Subscrição pública: por meio dela é feita a venda de títulos públicos, sem que os
investidores estejam previamente definidos.

Mercado secundário: será aquele em que se transacionam os ativos financeiros (as


bolsas de valores, ou fora das bolsas os balcões bancários e corretores) com vista ao garante
da liquidez dos valores mobiliários.

1.3 BOLSA DE VALORES

A Bolsa de valores é uma instituição onde se encontra demanda e oferta de valores a


serem negociados através das suas Corretoras de Bolsa. As bolsas de valores oferecem à
venda ou negociações de ações, bônus, obrigações e certificados de inversões e demais
produtos similares. Bolsa de valores são sociedades anônimas de capital variável que facilita
as transações com valores e busca o desenvolvimento do mercado volátil ou mercado de
valores.

Todavia, importa realçar que após a emissão dos títulos no mercado primário, os
mesmos precisam de ser comercializados nos mercados secundários, um desses mercados é a
bolsa de valores.”As bolsas são mercados estruturados e dotados de instrumentos jurídicos
adequados que permitem que se efectuem transacções ou operações de compra e venda de
títulos, com transparência e segurança”.

A bolsa de valores é o mercado organizado onde se negoceiam instrumentos


financeiros de acordo com um conjunto de regras, nomeadamente no que respeita aos deveres
de informação para com os investidores e ao nível de supervisão por entidades externas.

1.4 DEFINIÇÕES DE INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

As instituiçoes financeiras, são um conjunto de entidades que se dedicam ao mercado


de dinheiro, no negocio de credito de que realizam toda uma serie de actividade de uma
maneira de outra relacionada com a moeda. Elas desempenha um papel de intermediarios
recolhendo as popanças.

1.4.1 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS

As instituições financeiras bancarias, são os bancos, empresas, cuja actividade consiste


receber do publico depositos outros fundos reembolsaveis, afim de os aplivar por conta
propria, mediante a conseção de credito.

1.4.2 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIA

Instituições financeiras não bancária, ligadas a moeda e credito, sugeitas a jurdição do


BNA tendo as seguintes:

 Casas de cambio;
 Sociedades coperativas de credito;
 Sociedades de locução financeira;
 Sociedade de secção financeira;
 Sociedade de micro credito ;
Conceitos de Instituições financeiras não bancária, ligadas a moeda e credito, sugeitas
a jurdição do BNA tendo as seguintes:

 Casas de cambio: As Casas de Câmbio são instituições financeiras não bancárias ligadas
à moeda e crédito, sujeitas à jurisdição do Banco Nacional de Angola(BNA) que se dedicam
ao comércio de compra e venda de notas ou moeda estrangeira, ou de cheques de viagem,
seguindo regulamentação própria (Artigo 2º LIF). O exercício dessa actividade é
condicionado pela prévia autorização do BNA, que para tal, devem ter como objecto
exclusivo a realização das operações acima mencionadas.
 Sociedades coperativas de credito: São Instituição financeiras não Bacarias autorizadas
a recolher depositos de seus asociados e a realizarem operações de Crédito.
 Sociedades de locução financeira: é o contrato pelo qual uma das partes o tomador, se
obriga mediante a retribuíção periódica, aceder a outra, o locatário temporario aque coisa
adquirida ou construida por indicação deste e que o locatario pode comprar total ou
parcialmente num prazo dedernminado.
 Sociedade de secção financeira: consiste na aquisição de crédito a curto prazo,
derivados a venda de produtos ou de prestação de servuiços no mercado interno.
 Sociedade de micro credito ; sociedades de concensão de Crédito a micro e pequeno
empreededor, pessoas singulares ou colectivas, numa báse de responsablidade solidaria ou
individual cujo o montante não pode eseder a 1.000.000,00 por cliente ou grupos.

1.5 ALGUNS PRINCIPIOS DO SISTEMA FINANCEIRO

Tempo: é o prezo de imprestimo ou a maturidade de um instrumento financeiro;

Risco: é comumenteentendido como sendo o risco de queda que indica o pontencial de perda
financeira e inserteza sobre um negócio.

Mercado: é o local no qual agentes economicos procedem atroca de bens por uma unidade
monetária ou outros bens.

Estabilidade: melhora o bem-estar a política económica, engeral apolítica monetária.

Informação: consiste em toda informaçãocontabilistica sobre as actividades de um individuo


ou de uma organização no seu todo ou em parte.

1.5.1 OUTROS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO SISTEMA


FINANCEIRO
O sitema financeiro é crucial no processo de crescimento economico e do bem-estar
social visto, que a relação economica entre os agentes economicos envolve custos de transição
e informação os quais dever ser consideradas na actividade economica, deste modo, é
necessario a existencia de intermediarios financeiros que ajudam a minimizar os problemas de
custos e riscos.

De forma geral dentre os elementos do sistema financeiro destina-se: Moeda,


instrumentos financeiros, mercados financeiros, as autoridades de supervisão.

Moeda: exerce de uma importante tarefa, sendo usada como meio de pagamento e reserva de
valor.

Instrumentos Financeiros: são canalizados tais recursos financeiros excedentários


(poupanças) para locais onde eles são escassos , isto, com intuito de se investir ou consumir.

Esta função é realizada atraveis da capitação de poupanças manifestas em depositos e


pela consessaõ de creditos.

Exemplos dos elementos: obrigações de tesouro(OT), titulos de participação, e apolices de


seguro.

Mercados Financeiros: constitue um meio que de forma rapida permite realizar a compra e
venda de instrumentos financeiros a um baixo custo, deste elemento destaca-se a BODIVA,
que é uma instituição criada com intuito de diversificar as alternativas de financiamento
existente, promoção da poupança e sua conversão em investimentos produtivos.

Autoridade de Supervisão: os bancos centrais são os responsáveis pela monitirização e


estabilização do sistema.
CAPITULO II: CONTEXTUALIZAÇÃO DO SISTEMA
FINANCEIRO.

2.1 ENQUADRAMENTO SOCIOECONÓMICO DE ANGOLA

Após um longo período de conflito armado, o país estabilizou e seguiu-se um período


de crescimento económico e rápido no país. Durante quase um decénio Angola viu a sua taxa
de crescimento anual do PIB rondar os 12%, catapultando-a como uma das economias com o
crescimento mais rápido a nível mundial. Essas transformações estão directamente
relacionadas com os sectores de petróleo e do gás, onde o país concentrou as suas atenções.
Isso fez com que Angola passasse a ser o segundo maior produtor de petróleo na região da
África subsaariana atrás da Nigéria, com perspetiva de ultrapassar a um curto prazo esse
mesmo país.

2.1.1 SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO (PRINCIPAIS


INDICADORES)

a) Caracterização

O sistema financeiro é um dos pilares do desenvolvimento económico das sociedades:


por um lado, as empresas optam por determinados projectos de investimento e formas de
assegurar o respectivo financiamento e, por outro, os consumidores tomam decisões sobre a
afectação do seu rendimento disponível entre poupança e consumo.

As instituições financeiras desempenham um papel determinante ao assegurarem o


funcionamento dos sistemas de pagamentos e liquidação, permitindo ainda o desenvolvimento
de uma variedade de produtos financeiros que facilitam as transacções.

Ao mobilizar os fundos dos aforradores, canalizando-os para o sector produtivo, o


sistema financeiro possibilita a transferência de recursos económicos no tempo e no espaço,
além fronteiras e entre sectores, facilitando também por esta via a gestão de riscos através da
diversificação.

O sistema financeiro angolano apresenta hoje um estágio mais evoluído e


desenvolvido em relação aquele que vigorou até a independência nacional. Atualmente é
constituído por bancos comerciais, seguradoras e fundos de pensões e outras instituições
financeiras.

A palavra sistema é de origem grega e provém de synistavai, que traduzindo significa


reunir. Vários autores falaram sobre o tema, o sistema financeiro corresponde ao conjunto de
instituições, instrumentos e mercados organizados, que tem como objetivo transferir a
poupança dos agentes que têm em excesso para os agentes que necessitam, para que possam
investir. De acordo com o autor, o sistema financeiro tem as seguintes funções:

 Fomentar a poupança;
 Transformar a poupança em créditos;
 Dirigir os créditos às atividades produtivas;
 Gerir as aplicações e estabelecer um mercado para elas.
c) Regulação
Estes desenvolvimentos de produtos, serviços e mercados têm sido acompanhados, ao
longo do tempo, pela Regulação e pela Supervisão.

2.2 EVOLUÇÂO DO SISTEMA FINANCEIRO ANGOLANO

A origem do sistema financeiro angolano remonta a 1865, quando a Sucursal do


Banco Nacional Ultramarino começou a exercer a sua atividade bancária. O Banco de Angola
foi criado a 14 de Agosto de 1926, encontrando-se a sua sede estabelecida em Lisboa, detendo
até 1957 o comércio bancário exclusivo em Angola, até a criação de um banco exclusivo de
direito angolano, o Banco Comercial de Angola (1957).

Até à independência, em 1975, para além do Banco de Angola, que era o banco
emissor e comercial, operavam em território nacional cinco bancos comerciais,
nomeadamente o Banco Comercial de Angola (BCA), Banco de Crédito Comercial e
Industrial (BCCI), Banco Totta Standard de Angola (BTSA), Banco Pinto & Sotto Mayor
(BPSM) e o Banco Inter Unido (BIU), bem como quatro instituições de crédito,
concretamente, o Instituto de Crédito de Angola (ICRA), Banco de Fomento Nacional (BFN),
Caixa de Crédito Agro-Pecuário (CCAP) e o Montepio de Angola.

Adoptou-se nos primeiros anos de independência o modelo de dirigismo económico


centrado no Estado, em que a actividade bancária e seguradora eram monopólios do Estado.
Desse modo, em 1976, um ano após a independência nacional, foram criados o Banco
Nacional de Angola (BNA), através da Lei nº 67/76 publicada em Diário da República Nº 266
de 5 de Novembro, e o Banco Popular de Angola, através da Lei nº 70/76 de 5 de Novembro,
canalizando os activos e passivos oriundos do Banco de Angola e do Banco Comercial de
Angola, que foram nacionalizados. Com a Lei nº 4/78 de 25 de Fevereiro, a actividade
bancária passou a ser exclusivamente exercida pelos bancos do Estado, pelo que se
encerraram todos os bancos comerciais privados em funcionamento, e as suas instalações
foram utilizadas para a extensão da rede de balcões do BNA.

A actividade seguradora foi monopolizada, com a criação de uma única empresa


estatal, a Empresa Nacional de Seguros e Resseguros de Angola (ENSA) em 1978, e em 1981
as seguradoras e outras instituições de mutualidade então existentes foram liquidadas e os
seus activos e passivos transferidos para a ENSA.

Prevalecia então o sistema de mono banco, em que o Banco Nacional de Angola


desempenhava as funções de banco central, banco comercial, banco emissor e caixa de
Tesouro, sendo um organismo da Administração Central do Estado, pela Lei nº 3/83 de 23 de
Maio, e o Banco Popular de Angola era uma simples caixa de captação de poupanças
particular, sem exercer actividade de intermediação financeira, estando vedada de capacidade
creditícia. Em 1988, que, de entre várias acções, objectivava a adopção do modelo de
economia de mercado e de maior abertura à iniciativa privada.

Nesta senda, foram feitas as primeiras negociações para integração em instituições e


organismos financeiros internacionais. Em 1987, teve lugar o primeiro reescalonamento da
dívida externa de Angola no Clube de Paris e em 1989, Angola aderiu ao Fundo Monetário
Internacional (FMI) e ao Banco Internacional de Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD).

Em 1991, com as Leis nº 4/91 (Lei Orgânica do Banco Nacional de Angola) e nº 5/91
(Lei das Instituições Financeiras) ambas de 20 de Abril, o quadro jurídico e económico da
actividade bancária foi alterado, com a adopção de um sistema bancário de dois níveis, sendo
o primeiro nível ocupado pelo BNA, assumindo funções de banco central, banco emissor,
órgão licenciador e supervisor do sistema financeiro, e o segundo nível ocupado pelos bancos
comerciais e de investimento. Ao abrigo deste quadro jurídico, o BNA deu início à cessação
das actividades de banca comercial nesta altura.
2.2.1 RISCOS MAIS FREQUENTES A ACTIVIDADE BANCÁRIA
ANGOLANA

O Risco é um elemento indissociável da atividade bancária, presente nas funções de


intermediações básicas, a confiança desde sempre reconhecida como pedra de toque do
negócio bancário, encontra-se intimamente ligada a capacidade de gestão do risco. Branco,
Carlos (2009). E desta feita vou enumerar alguns dos riscos mais frequentes do sector
bancário angolano.

Risco de Crédito: Há vários estudos e definições de risco de crédito, Cabido (1999),


Lopes (1997). Este risco diz respeito á possibilidade de pessoas, residentes ou não residentes,
singulares ou colectivas, não pagarem integral e pontualmente, quer capital.

Portanto, este risco é muito frequente e é quase inevitável em qualquer sistema


bancário, em qualquer tipo de economia, e em Angola esta situação tornou-se grave tendo em
conta que muitas pessoas tendem a furtar-se para cumprir as suas responsabilidades com o
banco, alegando que no momento não têm como pagar. Desta feita é importante que os bancos
tenham a capacidade de investigar nos negócios aos quais eles se expõem, e devem fazê-lo
cada vez mais, tendo em conta que, conforme argumenta IFBA, (2006) o principal negócio
dos bancos ainda continua a ser a recolha de depósitos e a concessão de empréstimos, e
porque os empréstimos continuam a ser a principal fonte de geração de proveitos.

2.2.2 MODELO DE SUPERVISÃO DO SISTEMA FINANCEIRO


ANGOLANO

Agora apresentar-se-a, de forma muito sintética, três possíveis modelos de supervisão.

 Supervisão Institucional

Um primeiro modelo, mais tradicional, é o da Supervisão Institucional, adequado a


sistemas financeiros onde haja uma clara distinção entre os três segmentos de mercado – o
bancário, financeiro e segurador - e onde cada operador exerça a sua actividade em apenas um
destes segmentos.

A supervisão é efectuada por segmento de mercado, a que corresponde uma autoridade


de supervisão distinta e que monitoriza todas as vertentes da actividade do intermediário
financeiro, abrangendo desde os processos de selecção de entrada, à sua actividade
propriamente dita (controlo, inspecções e sanções) e até às eventuais saídas do sistema
financeiro.

 Supervisão por Objectivos

A Supervisão por Objectivos é um outro modelo em que as autoridades de supervisão


não se concentram nos segmentos de mercado mas sim nos objectivos da própria
regulamentação. Desta forma, todos os intermediários e mercados seriam sujeitos ao controle
de mais do que uma autoridade, independentemente da sua natureza jurídica, das actividades
ou funções que desempenhem.

Isto significaria que uma autoridade, que não o Banco Central, seria responsável pela
regulamentação prudencial e estabilidade microeconómica dos mercados e seus
intermediários, independentemente de serem bancos, financeiras ou seguradoras, outra
autoridade iria supervisionar a transparência e comportamento desses intervenientes junto dos
clientes e uma terceira entidade iria salvaguardar a competição em todo o mercado financeiro
e entre intermediários.

 Supervisão com um único regulador

Por fim, temos o modelo de Supervisão com um Único Regulador. Baseia-se na


existência de uma única autoridade de controlo, separada do Banco Central, com
responsabilidade em todos os mercados e intermediários, e com funções que abrangem todos
os objectivos da regulamentação, desde a estabilidade do sistema financeiro, transparência,
protecção do consumidor ou eficiência dos mercados.

O Sistema Financeiro angolano assenta num modelo de Supervisão Institucional


adequado aos três segmentos de mercado existentes – o financeiro, o bancário e o segurador.
Diz-se que neste modelo, a supervisão é efetuada por segmento de mercado, a que
corresponde a autoridade de supervisão, em que a mesma supervisiona todas as vertentes da
atividade do intermediário financeiro, incluindo desde os processos de seleção de entrada, à
sua atividade patrimonial e ainda as eventuais saídas do sistema financeiro.

O BNA além de exercer as funções de banco central, é responsável pela supervisão


das instituições financeiras bancárias e as instituições financeiras não bancárias ligadas à
moeda e crédito. Enquanto a Comissão de Mercado de Capitais (CMC) é a entidade
responsável pelo segmento de mercado financeiro, que efectua uma supervisão horizontal
sobre todas as instituições financeiras não bancárias ligadas ao mercado de capitais e ao
investimento (Cf. nº 3 do Artigo nº5 da LIF). Por sua vez, o Instituto de Supervisão de
Seguros (ISS) exerce as suas funções de supervisão sobre as instituições financeiras não
bancárias ligadas à actividade seguradora e previdência social (Cf. nº 2 do Artigo nº 5 da
LIF).

A figura abaixo mostra uma representação do atual modelo de Supervisão do Sistema


Financeiro angolano, em que é clara a distinção entre os três segmentos de mercado
existentes.

2.2.3 – Quadro nº 1 do Modelo Atual de Supervisão do Sistema Financeiro em Angola

Instituto de
Organismo de Banco Nacional de Comissão de
Supervisão de
Supervisão Angola Mercado de Capitais
Seguros

Mercado de capital e Seguro e previdência


Área de Supervisão Moeda a credito
Investimento social

Segmento de
Bancário Financeiro Segurador
Mercado

Vertical Supervisão Vertical Supervisão Horizontal Supervisão

Fonte: BNA

2.3 FUNCIONAMENTO DO MERCADO DE CAPITAIS

2.3.1 EVOLUÇÃO

A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) é uma entidade pública angolana, com


personalidade jurídica e autonomia administrativa, financeira e de património próprio, sujeita
à supervisão do Ministério das Finanças. Foi instituída pelo decreto nº 9/05 do Conselho de
Ministros e publicada a 18 de Março de 2005 no Diário da República, a CMC tem como
pilares a Lei dos Valores dos Valores Mobiliários (LVM - Lei 12/05 de 23 de Setembro de
2005), Lei das Instituições Financeiras (LIF- Lei 13/05 de 30 e Setembro de 2005), Estatuto
Orgânico, bem como pelo seu Regulamento Interno.

A sua missão consiste na regulação, a supervisão, a fiscalização e a dinamização do


mercado de valores mobiliários e das atividades de todos indivíduos que nele participam,
segundo o Decreto Presidencial n.º 54/13, de 06 de Junho (Estatuto Orgânico da CMC). Como
qualquer outra instituição estatal, a CMC presta contas ao Tribunal de contas anualmente,
atuando de forma independente com vista ao alcance dos seus objetivos.

2.3.2 ATRIBUIÇÕES

A gestão da CMC está a cargo do Conselho de Administração, sendo constituído por


um (1) Presidente e quatro (4) Administradores Executivos, nomeados por meio do Decreto
Presidencial n.º 23/12 de 30 de Janeiro. De acordo com Decreto nº.9/05, de 18 de Março de
2005 as atribuições da CMC consistem na regulação, supervisão, fiscalização e promoção do
mercado de capitais e das atividades que envolvam todos os agentes que participam no
mercado.

Tendo como objetivo o desenvolvimento das suas competências, a CMC rege-se por
quatro (4) pilares. As competências da Comissão do Mercado de Capitais (CMC)
desenvolvem-se nos seguintes pilares basilares:

 Poder de regulação

Este poder consiste na criação de normas e regras técnicas necessárias a aplicação das
leis sobre o mercado de capitais e as atividades que nestes se desenvolvem, sugerindo ao
Ministério das Finanças alguns projetos e diplomas legais que considere imprescindíveis para
a regulação e supervisão, obedecendo aos princípios da legalidade e clareza. Os regulamentos
da CMC devem ser publicados na 1ª Série do Diário da República, passando a cinco dias após
a sua promulgação;

 Poder de supervisão

O poder de supervisão, conforme a Lei dos Valores Mobiliários, permite a autorização


do funcionamento das Bolsas de Valores, aprovação das normas internas que possibilitam a
comercialização de valores mobiliários, dar parecer acerca das mudanças na Administração
das entidades gestoras e operadoras mercado supramencionado caso ocorram situações
sempre que neles se verifiquem situações irregulares e que essas entidades após serem essas
entidades não tomem, depois de intimadas não adotem medidas que defendam os interesses
públicos.

 Poder de fiscalização

A fiscalização consiste na verificação da conformidade das estruturas, a eficiência e


precisão do funcionamento do mercado de capitais, tendo em conta os deveres das entidades
responsáveis pela sua organização e gestão, abertura de processos disciplinares e criminais,
inquéritos, aplicação de multas a aqueles que infringirem as normas que regulam o bom
funcionamento do mercado.

 Incentivo à promoção do mercado

Cabe a CMC estimular e incentivar as famílias e empresas ao desenvolvimento de uma


cultura de poupança com vista a aplicação em valores mobiliários, favorecendo o
desenvolvimento do mercado decapitais.

2.4 BOLSA DE VALORES E DÍVIDA DE ANGOLA (BODIVA)

A bolsa de valores é o local onde se concentra a negociação de títulos de empresas,


sejam elas de capital público, privado ou misto. Na bolsa de valores, acontece o
acompanhamento do valor das ações das companhias, que são pequenos títulos que fazem
parte de um todo e que podem ser adquiridas por qualquer pessoa. Essa oferta de ações por
parte das empresas nada mais é que uma forma de injetar capital para seus cofres.

Com vista a modernização do sistema financeiro angolano, o Ministério das Finanças


constituiu em 1997 uma equipa para trabalhar na criação do Mercado de Capitais e Bolsa de
Valores, entre 1998 a 2002 tiveram início os seminários, palestras e ações de sensibilização da
importância e necessidade da Bolsa de Valores. Em 2005, por meio do Decreto 9/05 de 18 de
Marco de 2005 foram aprovadas a Lei 12/05 de 23 de Setembro sobre os Valores Mobiliários
e a Lei 13/05 de 30 de Setembro sobre as instituições Financeiras. Em março de 2006, o então
Ministro das Finanças assinou a escritura pública da Bolsa de Valores e Derivativos de
Angola (BVDA)22, como uma sociedade anónima com um capital equivalente a USD
15.000.000,00 representado por 150 ações com um valor nominal equivalente a USD 100
cada uma, tendo na altura 22 acionistas.

 Como investir?

Para ser acionista da bolsa de valores é necessário, primeiramente, ter coragem de


arriscar e um capital guardado. Com essas ferramentas em mãos, o segundo passo é procurar
por uma corretora cadastrada na Comissão de Valores Mobiliários. As corretoras atuam como
pontes entre os investidores e as empresas que liberam ações a serem compradas.

Feito isso, essa mesma corretora irá abrir uma conta para você. No caso de Angola
temos a BODIVA (Bolsa de Dívida e Valores de Angola). Com esse cadastro e conta é
possível começar a comprar e vender ações, mas para isso, é preciso conhecer os tipos de
investimentos possíveis:

 Clubes de Investimentos

É quando um grupo de 3 a 150 pessoas se junta para adquirir ações, que cobram taxas
mas saem mais baratas que o fundo de investimento, por exemplo:

Fundos de Investimentos Profissionais – Método mais simples na compra de ações


que não requer conhecimento em economia. Nesse esquema, você não precisa fazer nada, pois
o fundo compra as melhores ações e repassa os lucros posteriormente.

Home Broker – O home broker é o meio para quem quer negociar suas ações,
participando ativamente da compra e venda delas. A vantagem desse método é a isenção de
taxas, mas também tem desvantagens, como o prejuízo que é unicamente seu.

2.4.1 DIFERENÇA DA BOLSA DE VALORES E DÍVIDA DE


ANGOLA (BODIVA) E COMISSÃO DO MERCADO DE CAPITAIS
(CMC)

Ambas são entidades que efetuam no mercado de valores mobiliários, no entanto,


desempenham papéis diversos. Enquanto a Bolsa de Valores e Dívida de Angola (BODIVA)
tem como objetivo a operacionalização e gestão de mercados regulamentados de valores
mobiliários e derivados. A Comissão do Mercado de Capitais (CMC) tem como missão a
regulação do mercado regulamentado de valores mobiliários e das atividades que envolvam
todos os agentes que nele intervenham, direta ou indiretamente, nos termos do Decreto
Presidencial n. º 54/13, de 6 de junho (Estatuto Orgânico da CMC).
2.4.2 FUNCIONAMENTO

A Bolsa de Valores e Dívida de Angola (BODIVA) teve início a 19 de dezembro de


2014, após a aprovação do seu estatuto social pela Comissão Económica do Conselho de
Ministros, o capital social é de 900 milhões Kwanzas angolanos (AOA), totalmente subscritos
pelo Estado. A Central de Valores Mobiliários de Angola (CEVAMA),é supervisionada pela
BODIVA e tem um capital social de 300 milhões AOA. Os mercados de valores mobiliários
são geridos pela BODIVA, através Decreto Legislativo Presidencial n.º 6/13, de 13 de
Outubro sobre o Regime Jurídico das Sociedades Gestoras dos Mercados Regulamentados e
Serviços Financeiros, aprovado pela Comissão Técnica do Conselho de Ministros.

No mercado financeiro existem dois tipos de ações que se pode investir:

 Ações Normativas ou ON

São consideradas as melhores por grandes investidores porque dão direito aos mesmos
de votar nas assembleias da empresa, permitindo ao acionista a participação mais efetiva.

 Ações Preferenciais Normativas ou PN

Indicada para pequenos investidores que utilizam a bolsa de valores como meio para
complementar a renda. Elas não permitem ao acionista a opinar nas decisões da empresa, mas
aquele que escolhe esse método, recebe os lucros primeiro.

2.4.3 COMPETÊNCIA

Compete a BODIVA efetuar a gestão dos mercados regulamentados, designadamente


a Bolsa, Mercado de Balcão organizado e Mercado Especial de Dívida Pública, a prestação de
serviços adicionais, como assistência nas ofertas públicas, divulgação de informações e
formação. A CEVAMA responsabiliza-se pela gestão do sistema centralizado de valores
mobiliários para efeitos de custódia, compensação e liquidação, prestando serviços aos
emitentes no processamento de eventos corporativos.

2.4.4 BOLSAS DE VALOR

Ultimamente, em Angola ouve-se falar bastante em Mercado de Capitais ou em Bolsas


de Valores. Isto porque, com a globalização e com o intenso inrtecâmbio entre países, o
mercado de capitais adquiri, a cada dia, importância crescente no cenário internacional, e em
Angola não é excepção. O mercado de capitais tem sindo um grande impulso de crescimento
em Angola. Resultado do arranque (semi) efectivo da bolsa de valores em 2016.

A bolsa de valores, que fornece condições e sistemas necessarios para a execução de


negociação (compra e venda) dos valores mobiliarios, de forma transparente e as instituições
financeiras autorizadas, que são todos os bancos que intermedeiam na transacção desses
mesmos valores mobiliarios, assumindo assim o papel dos corretores, compõem o mercado de
capitais angolano.

A bolsa possibilita as empresas o acesso a um vasto leque de mecanismos alternativos


de financiamento é, em condilções mais favoraveis do que o financiamento bancário.
Dinamiza mecanismos internos de poupança, o que se traduzem vantagens substanciais para
os que detêm excedentes de capital.

Promove a entrada de capitais externos se as instituições forem estáveis e se estiverem


salvaguardados os direitos dos investidores. Sem a Bolsa de Valores e sem uma plataforma
tecnológica que permita o registo escritural dos títulos que possibilite a compensação e a
custódia dos mesmos, toda a reforma financeira em curso perde consistência.

As bolsas são locais que fornecem as condições e os meios necessarios, para a


realização de negociação de compra e venda de títulos e valores mobiliarios, e de outros
activos, de forma transparente.

2.4.5 RAZÕES PARA AS EMPRESAS ESTAREM COTADAS EM


BOLSA
 Reconhecimento de prestigio e da imagem de Marca da Empresa.

Estar cotado em bolsa é sinónimo de reconhecimento ao nível da solvência da


transparência e do prestígio das empresa.

 Liquidez aos Accionistas.

A admissão em bolsa é, também, potênciadora de liquidez, com a segurança de que


pode desfaser-se de uma posição accionista a um oreço justo e sem as complicações que hoje
é nossa realidade.
 Determinação do Valor Justo de mercado

As acções de uma empresa cotada em bolsa têm um, valor de mercado justo,
deteerminado pelo encontro entra a oferta e a proccura e o preço que atingem as acções
converter-se numa referência obrigatória para os restantes investidores, sejam accionistas da
empresa ou não.

 Alternativas de financiamento

As empresas, independente mente do sector de actividade, à medida que cresce


necesitam, de cada ves nmas recurso, quie podem ser obtidos através de empréstimos
obrigacionistas ou de aumentos de capital por emissão de acções, via Bolsa de Valor. Por
tanto, é através da Bolsa de Voloes que se pode viabilizar dois nobres objectivos de
capitalismo moderno, que consistem no incentivo à popança dop públivco em geral e no
investimento em empresasem em expansão que, mediante esta colaboração, poderão assegurar
as condições para o seu desenvolvimento.

2.4.6 - PRINCIPAIS CARACTERISTICAS

A Bolsa de Valores tem como pricipais características:

 É denominado, ”Índice de Bolsa de Valores” os dados resultantes da captação da


circulação dos preços no mercado, ou em determinada secção do mercado.
 Os preços das acções servem tambem para indicar o valor de mercado das empresas
cotadas em bolsa. Dessa forma, diversos negócios pdem ser realizadas entre elas e
com outros investidores.
 A principal função da bolsa de valores é manter transparente e adequado, o local para
as negociações de compras e vendas de acções.

2.4.7 RAZÕES E MISSÕES DA BODIVA

Segundo a BODIVA, a razão é que muitas empresas não preenchem os requisitos


necessários para participar de uma bolsa em Luanda. A bolsa é um ponto de pontencial
entrada para estrangeiros, por isso mesmo que tem sido um dos maiores desafios para o
executico angolano. No entanto, o edifício ficou ociosa, enquanto o governo angolano falhou
em introduzir leis para permitir a negociação e participação acionária estrangeira. O executivo
planeia listar uma subsidiária do vasto monopólio estatal de petroléo, a Sonangol, Emprsa
estatal de diamantes Endiama, o bacno líder comercial BFA – Banco Fomento Angola e
grupo de telecomunicações Unitel, também têm sido os pricipais candidatos para uma
listagem em bolsa.

2.4.8 CORRECTORAS OU SOCIEDADES DE CORRETAGEM

Correctoras ou sociedades de correctagem são socidaedes credenciadas pelo Banco


central, que visam a promoção de operações de aquisição e venda de tuitulo financeiros,
mediante a cobrança de uma taxa ( fee de correctagem). Por exemplo, em Angola, o BNA e
no Brasil, o Banco Central e a CVM, ermitem as licenças necessárias para habilitar estas
sociedades de correctagem a negociar valores mobiliários. As correctoras podem dser
difinidas como intermediárias expecializadas na execução de ordens e operações por conta
própria, determinadeas pelos seus clientes, além da prestação de uma série de serviços
adicionais a investidores e empresas (Ex: serviços de consultadoria e a conselhamento
financeiro ).

Geralmente, as correctoras cobram uam taxa pela custódia mensal dos titulos, mas esta
cobrança não é obrigatória. A taxa é devida pela custódian independentemente da motivação
dos activos. Além da taxa de custódia, deve pagar-sem à correctora um determinado preço
porm operaçáo que pode ser percentual do valor da transacção um valor fixo por operação, ou
ainda uma quantia mensal fixa, designada taxa de correctagem. Tradicionalmente existem
duuas formas de se envestir atraves de uma correctora de valores:

 Mesa de operções: onde o envestidor deve enviar as suas ordens através do telefone;
 Homem Broker onde o investidor envia as suas ordens através da internet.

2.4.9 REQUISITOS PARA ENTRADA NA BOLSA

Para que uma empresa seja admitida e permaneça na bolsa de valores, é necessário que
cumpra com alguns preceitos, nomeadamente:

a) Abrir o capital: implica a disposição de admissão a novos sócios, distribuir dividendos


(lucros), ser fiscalizada periodicamente, entre outros;
b) Ser uma Sociedade Anónima: A responsabilidade dos sócios é limitada, porque os
sócios limitam a sua responsabilidade ao valor de ações que subscreveram, o capital é
representado por ações, não devendo ser inferior USD 20.000,00 ou o equivalente em AO e o
número mínimo de sócios é de cinco;
c) Ter um Conselho de Administração e Fiscal: É composto por pessoas eleitas, que vão
gerir a empresa. Espera-se que essa equipa de gestão seja sólida, integra, competente e
experiente e que promovam o crescimento financeiro da empresa, visto que os investidores
demonstrarão confiança na organização ao investirem os seus recursos;
d) Informação financeira: a empresa deve preparar e publicar demonstrações financeiras
anuais e periódicas, devendo trimestralmente atualizar as suas operações, os gestores restantes
membros senhores não devem comercializar ações da empresa ou exercer opções de ações se
estiverem na posse de informações sobre a empresa que ainda não tenham sido divulgadas ao
mercado e que possam afetar o preço das ações (informação privilegiada);
e) Divulgação de informações: as sociedades a serem cotadas em bolsa, devem ser
transparentes e prover informações sobre fatos relevantes que possam influenciar o preço dos
títulos no mercado, através da divulgação periódica e oportunamente a todos os interessados,
essas informações compreendem:
f) Atividades comerciais desenvolvidas pela empresa: incluem os produtos, a
concorrência, os mercados e possíveis riscos;
g) Estrutura empresarial: engloba as alterações substanciais na participação dos
acionistas, na administração da empresa, remuneração dos membros do Conselho de
Administração e quadros superiores, opção de aquisição de ações e a situação financeira da
empresa;
h) Auditoria externa: a empresa deve ser auditada por peritos em questões financeiras, para
garantir que as informações constantes nas demonstrações financeiras são fidedignas e que
estão isentas de erros materiais que possam afetar as decisões dos investidores;
i) Comité de Remuneração: a empresa deve ter um comité de remuneração, composto por
administradores não executivos autónomos que têm como função, estipular a remuneração
dos membros do Conselho de Administração e dos quadros superiores, elaborar o relatório
anual de remunerações que deverá ser publicado para os acionistas;
j) Dividendos: as empresas admitidas em bolsa, devem definir e publicar a política de
distribuição de dividendos no documento de admissão de novos sócios. A distribuição regular
de dividendos pode ser muito importante para manter e melhorar o preço das ações de uma
empresa cotada;
Estabelecimento de Relações com os investidores e os meios de comunicação: A
sociedade deve manter boas relações com os investidores atuais, potenciais e meios de
comunicação, pois, os mesmos podem influenciar no preço das suas ações. Deve divulgar as
notícias, quer sejam elas boas ou más, em conformidade com as obrigações de divulgação
acima enunciadas. A empresa deve elaborar um guia de comunicação que inclua:

 Comunicados de imprensa;
 Atualizações regulares da página de internet;
 Relatórios anuais e periódicos;
 Publicações destinadas aos acionistas e eventos com investidores;
 Relatórios dos analistas;

2.5 VANTAGENS DA BOLSA DE VALORES E DÍVIDAS DE


ANGOLA

2.5.1 EMPRESA

 As empresas decidem abrir o seu capital, quando necessitam de capitais para expansão
dos seus projetos, reestruturação de passivos, profissionalização, liquidez, melhoria da
imagem institucional seja a nível nacional ou internacional, essa capitalização pode ser feita
por meio da bolsa de valores, ao abrir o capital as empresas beneficiam das seguintes
vantagens (Pinheiro, 2012):
 Possibilitar a entrada de novos investidores, que facultarão o acesso contínuo ao capital
através da participação de ações e outras formas complementares de financiamento;
 Melhorar a imagem da empresa e capacidade de atrair clientes, fornecedores e
trabalhadores, premiando-os com ações ou dando-lhes a possibilidade de as adquirir;
 Permitir a aquisição de outras empresas, ao utilizar as ações da empresa como alternativa
à liquidez;
 Reduzir a dependência de créditos;
 Aumentar a flexibilidade nas decisões estratégicas sobre a estrutura de capitais (relação
entre os capitais próprios e alheios);
 Aumentar a capacidade negocial da empresa perante os intermediários financeiros;
 Promover soluções para a sucessão quando se tratam de empresas familiares: a abertura
de capital reduz o impacto sobre a empresa de problemas internos derivados de
desentendimentos pessoais ou familiares, sendo que a saída dos descontentes é feita por meio
do mercado de capitais, através da venda das ações;
 Melhor desempenho: a entrada de novos sócios obriga a um maior rigor na gestão da
empresa, uma vez que eles investem os seus recursos e esperam que a empresa tenha bons
resultados de forma a remunerar o seu investimento, caso as empresas não tenham um bom
desempenho eles procurarão outras empresas que ofereçam maior retorno.

2.5.2 FAMÍLIA

A par das empresas, as famílias também têm benefícios ao investir no mercado de


capitais, através da bolsa, procuram investimentos que ofereçam as três premissas básicas do
investimento, nomeadamente: Maior Retorno, proteção e prazo. Os aspetos referidos
permitem às famílias avaliar o grau de risco, a liquidez e a rentabilidade dos títulos. Quanto
maiores forem os prazos, maiores serão os retornos, e quanto maiores os retornos, maiores
serão os riscos. Tendo em conta esses fatores ao investir na bolsa as famílias têm a
possibilidade de:

 Tornar-se sócio de uma grande empresa: por meio da aquisição de títulos, as famílias
vão poder tornar-se sócios e contribuir para o crescimento das empresas e consequentemente
do país;
 Ter uma fonte alternativa de rendimento (dividendos): as famílias terão como
recompensa pelo investimento feito a possibilidade de receber parte dos resultados das
empresas, caso as empresas tenham lucros, as famílias poderão os receber na forma de
dividendos;
 Diversificar os riscos e aumentar a rentabilidade dos investimentos a longo prazo: o
investimento em títulos vai permitir aos indivíduos particulares diversificar os riscos inerentes
a sua carteira de investimento, não concentrando por exemplo os seus recursos em apenas
algumas aplicações bancárias como os depósitos a prazo.

Para além das vantagens deve-se analisar o comportamento financeiro das famílias que
se vislumbra desafiante pelas dificuldades encontradas na sua medição. O Acesso aos
Serviços Financeiros (ASF) por parte das famílias não significa o uso dos mesmos. Claessens
(2006) elabora uma distinção interessante ao considerar o acesso como a disponibilidade de
serviços financeiros de boa qualidade a custos reduzidos (oferta), enquanto o uso corresponde
a utilização dos mesmos (interseção das curvas da oferta e da procura). De acordo com
Claessens (2006) o equilíbrio é alcançado ao estabelecer-se uma relação de compatibilidade
entre os custos estabelecidos pelas instituições e o rendimento das famílias, sendo que se o
custo for elevado haverá uma redução ou a não utilização dos serviços financeiros, caso o
custo seja inferior haverá um aumento na utilização.

Escassos estudos têm-se debruçado no equilíbrio entre a procura e a oferta, pelo que os
modelos de Stiglitz e Weiss (1981) abordam as questões das assimetrias de informação, a
seleção adversa e o risco moral que fazem com que as instituições financeiras não sejam por
vezes capazes de possuir preços que satisfaçam as necessidades socioeconómicas de alguns
indivíduos. No entanto, elementos como as habilitações literárias, a faixa etária, o ambiente
institucional, rendimento médio do agregado familiar e a localização geográfica constituem
fatores socioeconómicos que determinam o acesso e uso dos serviços financeiros nos países
menos desenvolvidos. De sublinhar os fatores comportamentais que podem influenciar o
acesso e uso dos serviços financeiros, nomeadamente, a confiança nas instituições,
conveniência e aversão ao risco (Claessens, 2006; King & Honahan,2009).

2.6 FACTORES CONDICIONANTES DO DESENVOLVIMENTO


DA BOLSA DE VALORES E DÍVIDA DE ANGOLA

O desenvolvimento da BODIVA depende de vários fatores, alguns dos quais impedem


o seu normal funcionamento, destacam-se os referidos nos estudos de Yartey (2008), Yartey e
Adjasi (2007), Garcia e Liu (1999) e La Porta et al. (1999) sobre as condições necessárias
para o eficaz funcionamento dos mercados de capitais em África23. Para o caso de Angola,
identificamos os seguintes fatores:

a) Solidez Macroeconómica: a instabilidade macroeconómica gera incertezas e assimetrias


de informação, conduz a falta de credibilidade no sistema financeiro. As famílias e empresas
devem ter confiança nas políticas económicas, ou seja, elas investirão os seus recursos
(poupanças) e esperam que a longo prazo os mesmos sejam recuperados e que tenham uma
compensação (juros ou dividendos), caso contrário não se sentirão motivados a investir em
Angola e procurarão outros países que ofereçam maior segurança e conforto financeiro. Pode-
se medir a estabilidade económica de um país por meio das taxas de inflação e de juros,
quanto mais baixas forem maior será a propensão de investimentos em geral e, em particular,
no mercado de capitais através da bolsa de valores.
b) Rendimento disponível: para que os agentes possam investir é necessário que tenham
rendimentos, que correspondem as remunerações auferidas pelos agentes e frutos do seu
trabalho. A medida de análise utilizada é o PIB per capita que rondou os 2.700,00 USD em
2015. Não deve haver assimetria na distribuição dos rendimentos, visto que proíbe os
investimentos e dificulta o crescimento, desenvolvimento económico e social.
c) Setor bancário: apesar do mercado de capitais ser visto como concorrente da banca, no
seu estágio inicial o sucesso do mesmo depende do desenvolvimento das instituições
bancárias, devido a necessidade dos serviços prestados pela banca.
d) Transparência nas instituições: para que o mercado de capitais se desenvolva, é
necessário que todos intervenientes tenham conhecimento das regras e condições do mercado,
não devendo haver assimetrias de informação e informações privilegiadas, uma vez que, a
qualidade das instituições pode afetar a capacidade de atração de investimentos e influenciar
positiva ou negativamente o mercado de capitais.

e) Proteção dos acionistas: a segurança oferecida pelas leis, vai influenciar o investimento
no mercado de capitais, quanto mais protegidos sentirem-se os investidores, maior será a
tendência de investirem nesse mercado.
f) Cultura empresarial: a falta de publicação das contas das empresas de forma regular, a
pouca cultura de informação sobre os mercados financeiros, particularmente o mercado de
capitais, conhecimento dos títulos negociados (atualmente são emitidos títulos da dívida
pública, ficando em falta a emissão de dívida corporativa, que permitirá a diversificação dos
riscos e novas fontes de financiamento) geram desconfianças aos investidores.
g) Receio de abertura de capital: as empresas angolanas têm ainda uma visão de
centralização de capital, temendo a perda de controlo das empresas, ignorando os benefícios
da abertura de capital, o que leva à fraca divulgação dos produtos financeiros.

Despesas correntes e obrigações: a entrada na bolsa implica alguns custos e obrigações que
muitas empresas não estão dispostas a suportar, os custos associados ao processo de abertura
de capital, as taxas da CMC e da BODIVA, criação de um conselho de administração e fiscal,
publicação de informação de forma regular sobre o desempenho, resultados, contas e outros
factos relevantes, distribuição de lucro aos sócios, estruturação do departamento de acionistas
ou contratação de uma instituição que o faça, de forma a manter o relacionamento com os
acionistas e investidores na contratação de áudio.
CAPÍTULO 3 - ESTUDO PRATICO SOBRE A BODIVA
Neste capítulo procedemos a aplicação de um questionário, as questões apresentadas
têm como finalidade avaliar o grau de conhecimento da literacia financeira em Angola,
especificamente assuntos relacionados com o Mercado de Capitais e a Bolsa de Valores e
Dívida de Angola (BODIVA), capacidade de planeamento das despesas, poupança e alguns
conceitos financeiros

3.1 METODOLOGIA
No presente estudo, recorreu-se a estratégia de investigação survey com
abordagens indutiva e dedutiva, sendo o propósito da pesquisa confirmatório,
para análise dos dados quantitativos utilizou-se o Software Estatístico Statistical
Package for the Social Sciences (SPSS), para o tratamento e análise dos dados,
foi utilizado o método Bootstrap. Esta ferramenta é adequada para a elaboração
de análises estatísticas de matrizes de dados. Por meio dela foram elaborados os,
gráficos utilizados na realização de análises descritivas e de correlação entre
variáveis.
3.2 AMOSTRA
A amostra foi organizada de forma com base em alguns critérios de estratificação por
género (sexo masculino e feminino), idade, nível de escolaridade, localização geográfica e
situação laboral. O inquérito foi feito de porta-a-porta seguindo o método de random-route, os
participantes forma selecionados de forma aleatória.
A elaboração de um Inquérito sobre Literacia Financeira envolve a seleção de uma
amostra que espelhe de forma correta as características do universo populacional, para que
seja possível através das respostas dos participantes aferir, por inferência estatística o grau de
literacia financeira da população em geral.
Este Inquérito foi realizado com o objetivo de apurar o grau de literacia financeira da
população angolana residente em Luanda com idade igual ou superior a 17 anos. Para tal foi
definida uma amostra de 20 indivíduos que possibilita por inferência estatística, estimar os
resultados com um erro médio de 25 por cento para uma probabilidade de 75 por cento. A
seleção da amostra foi feita de forma aleatória, o que permitiu que todos os indivíduos da
população tivessem as mesmas hipóteses de serem selecionados.
3.3 ANÁLISE DESCRITIVA DOS RESULTADOS DO INQUÉRITO
O questionário possibilitou averiguar o nível de conhecimento sobre o sistema
financeiros da população angolana, alguns dos quais são bastante comuns no quotidiano, esta
análise foi feita com base nas respostas dos inquiridos. Através dos resultados pode-se avaliar
a compreensão financeira da população, conhecer a sua sensibilidade aos riscos, a capacidade
de planeamento e os hábitos de poupança, onde.

3.3.1 CARATERIZAÇÃO DOS INQUERIDOS


A caraterização dos inquiridos permitiu uma melhor interpretação dos resultados do
questionário. A amostra foi estratificada de acordo com os critérios: género, faixa etária,
situação laboral, idade, nível de escolaridade e localização geográfica, na resolução dos
Problemas teremos a apresentação de várias tabela e gráficos onde na qual os resultados são
variados, tendo a ver com a percentagem das questões respondidas pela população da cidade
do Uíge.

Partindo ao caso prático dos cálculos denomina-se a seguinte formula onde teremos:

Percentagem

Onde:

Fa = frequência absoluta;
N = Número total da amostra;·.
100 = Número convencional para exprimir a percentagem.
Tabela nº 1. Classificação segundo a idade

Nº IDADE FREQUÊNCIA PERCENTAGEM


1 18 até 29 13 65%
2 30 até 40 4 20%
3 40 até 50 ------ ----------
4 50 em diante 3 15%
5 TOTAL 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 1. Classificação segundo a idade

Classificação segundo a idade


25
20
15
10
5
0
18 até 29 30 até 40 40 até 50 50 em diante TOTAL

Fonte: Referente a tabela nº 1

De acordo com os dados obtidos por meio das nossas fichas de inquérito, apresenta 65%
da população no intervalo de 18 a 29 anos de idade, 20% da população no intervalo de 30 a 40
anos de idade, por último 15% da população no intervalo de 50 anos em diante
Tabela nº 2. Classificação segundo o gênero

Género Frequência PERCENTAGEM


Feminino 5 25%
Masculino 15 75%
TOTAL 20 100%
Fonte:
Auditoria própria

Gráfico nº 2. Classificação segundo o gênero

Classificação segundo o gênero

30

20

10

0
Feminino Masculino TOTAL

Fonte: Referente a tabela nº 2

Nas vinte (20) ficha de inquérito elaborado para obtenção dos resultados do caso em
estudo, fomos atendidos por quinze (15) do gênero masculino e cinco (5) do gênero feminino,
que nos forneceram os dados necessários para o nosso trabalho.
Tabela nº3. Classificação segundo habilitações literárias

Nível acadêmico Frequência PERCENTAGEM


Técnico Médio 2 10%
Ensino superior 18 90%
TOTAL 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 3. Classificação segundo habilitações literárias

Classificação segundo habilitações literárias


25

20

15

10

0
Tecnico Médio Ensino superior TOTAL

Frequência Percenatgem Total das Percentagem

Fonte: Referente a tabela nº 3

No campo da nossa pesquisa, nos dirigimos a 100% a população acadêmica onde, 18 do


ensino superior, e 2 do ensino médio
Tabela nº 4. Será que já ouviu falar de BODIVA?

Proposta Frequência Percentagem


Sim 100 100%
Não 0 0%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 4. Será que já ouviu falar de BODIVA?

Será que já ouviu falar de BODIVA?

25
20
15
10
5
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº4

Tendo em conta com o número da população questionados 100% já ouviu falar da


BODIVA.
Tabela nº 5. A BODIVA vem organizar de forma geral o funcionamento dos
mercados financeiros é melhorar o ambiente de negócio por sua parte

Proposta Frequência Percentagem


Sim 19 95%
Não 1 5%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 5. A BODIVA vem organizar de forma geral o funcionamento dos


mercados financeiros é melhorar o ambiente de negócio por sua parte

A BODIVA vem organizar de forma geral


25
20
15
10
5
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 5

De acordo com a questão feita 95% que corresponde 19 pessoas confirmaram


positivamente e 5% que corresponde a uma (1) pessoa nega
Tabela nº 6. A BODIVA é um dos pilares do desenvolvimento económico da
sociedade?
Proposta Frequência Percentagem
Sim 13 65%
Não 7 35%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 6. A BODIVA é um dos pilares do desenvolvimento económico da


sociedade?

A BODIVA é um dos pilares do desenvolvimento


económico da sociedade?
25
20
15
10
5
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 6

Nos resulatdos obtidos 13 pessoas confirmam certo que a BODIVA é um dos pilares do
desenvolvimento económico da sociedade, e 7 pessoas desconcordam da questão.
Tabela nº 7. Será que o BODIVA é considerada em Angola como intermediário
para facilitar os mercados financeiros?
Proposta Frequência Percentagem
Sim 18 90%
10% 2 10%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 7. Será que o BODIVA é considerada em Angola como intermediário


para facilitar os mercados financeiros?

Será que o BODIVA é considerada em Angola


como intermediário para facilitar os mercados
financeiros?
40

20

0
Sim 10% Total

Fonte: Referente a tabela nº 7

Neste gráfico indica um resultado positivo de 90%, que corresponde 18 pessoas, e 10%
que corresponde a duas (2) pessoas negam da questão.
Tabela nº 8. BODIVA sendo uma associação civil, sem financiamento e fins
lucrativos e com funções de interesse público em Angola, esta ultima actua mesmo com
delegadas dos poderes públicos com ampla autonomia.

Proposta Frequência Percentagem


Sim 15 75%
Não 5 25%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 8. BODIVA sendo uma associação civil, sem financiamento e fins


lucrativos e com funções de interesse público em Angola, esta ultima actua mesmo com
delegadas dos poderes públicos com ampla autonomia

BODIVA sendo uma associação civil.


25

20

15

10

0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 8

De acordo ao gráfico indicam que 15 pessoas que cotrresponde75% da população


concordam e 5 pessoas que correspondem a 25% negam da questão.
Tabela nº 9. Uma das vantagens com a abertura da BODIVA é o facto de
obrigação das empresas virem a organizar-se de modos a publicarem periodicamente os
seus relatórios de contas nos órgãos de comunicação social isto tem sido uma realidade
nesta Instituição
Proposta Frequência Percentagem
Sim 12 60%
Não 8 40%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 9. Uma das vantagens com a abertura da BODIVA é o facto de


obrigação das empresas virem a organizar-se de modos a publicarem periodicamente os
seus relatórios de contas nos órgãos de comunicação social isto tem sido uma realidade
nesta Instituição.

Uma das vantagens com a abertura da BODIVA é


o facto de obrigação
25
20
15
10
5
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 9

No gráfico nº 9 representa 60% da população confirmaram da questão, e 40%


discordaram da questão
Tabela nº 10. A BODIVA compete efetuar a gastão dos mercados regulamentados,
designadamente a bolsa, mercado de balcão organizado e Mercado Especial de Divida
Publica?
Proposta Frequência Percentagem
Sim 18 90%
Não 2 10%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 10. A BODIVA compete efetuar a gastão dos mercados


regulamentados, designadamente a bolsa, mercado de balcão organizado e Mercado
Especial de Divida Publica?

A BODIVA compete efetuar a gastão dos


mercados regulamentados
25

20

15

10

0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 10

Da questão feita indica que 90% da população questionado concordam, na qual 10%
desconcordam.
Tabela nº 11. É verdade que o Sistema Financeiro Angolano esta dividido em duas
partes que são Sistema Financeiro Bancário e o Sistema Bancário não Bancário?
Proposta Frequência Percentagem
Sim 20 100%
Não ------------- --------------
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 11. É verdade que o Sistema Financeiro Angolano esta dividido em


duas partes que são Sistema Financeiro Bancário e o Sistema Bancário não Bancário?

É verdade que o Sistema Financeiro Angolano


esta dividido em duas partes.

25
20
15
10
5
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 11

De acordo com a questão feita 100% da população confirmaram positivamente da


questão.
Tabela nº 12. A BODIVA é organizado de forma a capitalização e a segurança das
poupanças?
Proposta Frequência Percentagem
Sim 20 100%
Não ----------------- --------------------
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 12. A BODIVA é organizado de forma a garantir a capitação, a


capitalização e a segurança das poupanças?

A BODIVA é organizado de forma a


capitalização e a segurança das poupanças?

30
20
10
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 12

Segundo o gráfico afirma que 100% da população confirmam da questão


Tabela nº 13. A BODIVA foi implementada em 2014
Proposta Frequência Percentagem
Sim 19 95%
Não 1 5%
Total 20 100%

Fonte: Auditoria própria

Gráfico nº 13. A BODIVA foi implementada em 2014

A BODIVA foi implementada em 2014


25
20
15
10
5
0
Sim Não Total

Fonte: Referente a tabela nº 13

Sobre a implementação Das Bolsas de Divida e Valores em Angola (BODIVA),


constatamos que à 100% da população confirma que isto ocorreu em 20.
3.4 ORÇAMENTO, PLANEAMENTO DE DESPESAS E
POUPANÇA

O orçamento familiar permite organizar as finanças da família. É composto pelos


rendimentos (salários, juros recebidos de aplicações, entre outros) e gastos (habitação,
alimentação, água, eletricidade, saúde, entre outros) que devem ser discriminados de forma
minuciosa. A parte restante do orçamento constituirá a poupança e permitirá acumular
recursos para fazer face a situações imprevistas, como a diminuição temporária de
rendimentos ou a ocorrência de despesas fortuitas e em muitos casos preparação da reforma,
associada ao envelhecimento populacional.

Para além da aversão a perda, muitos indivíduos têm medo que suas as perdas sejam
conhecidas pelos outros, segundo (Odean,1998b) esse receio inibe muitas vezes ao
investimento em negócios que poderiam ser lucrativos, ou ao relato das perdas nos
investimentos, o que é contrário a teoria da utilidade que serve para analisar a satisfação dos
agentes económicos.

A falta de confiança nas instituições nacionais, medo que as instituições financeiras


(bancos e empresas) possam ir à falência e não conseguir reaver os seus recursos leva a
muitos investidores a se tornarem avessos às perdas e riscos.

A maior parte dos inquiridos, revelou-se avesso ao risco visto que preferem um ganho
menor, mais seguro a ganhos maiores, mas menos prováveis, isso reflete-se na pré-disposição
a investimentos considerados mais seguros (deposito a prazo, entre outros), a investimentos
mais arriscados (ações, obrigações, certificados e aforro, entre outros).

3.5 RECOMENDAÇÕES

3.5.1 MÉTODOS DE EDUCAÇÃO E CONSCIENCIALIZAÇÃO


FINANCEIRA

A educação e consciencialização financeira devem atender à proteção financeira do


consumidor. As iniciativas de educação e sensibilização financeiras podem assumir diversas
formas, incluindo a instrução de conceitos sobre finanças pessoais e serviços financeiros,
assim como o desenvolvimento de habilidades, atitudes e comportamentos fundamentalmente
necessários para a tomada de decisões.
As habilidades incluem, por exemplo, a compreensão do risco e recompensa,
planeamento e orçamento familiar, avaliação da informação e comparação de produtos.

As atitudes e comportamentos são particularmente complexos na área de poupanças e


investimentos, sendo que as preferências de risco individuais variam bastante. É importante
que a educação financeira estimule os indivíduos a tomarem autoconsciência da propensão ao
risco e a aumentarem o seu comportamento de adequação da poupança e do investimento.

Por norma, o aconselhamento financeiro fornecido por intermediários pode contribuir


para a tomada de decisões individuais, mediante a disponibilização de informações que
servirão para os consumidores se posicionarem e se consciencializarem em relação às
consequências das suas escolhas, atendendo às circunstâncias particulares e ao momento da
sua vida. Este processo de avaliação da informação veiculada pelos fornecedores dos serviços
financeiros poderá proporcionar o aumento do bem-estar financeiro ao ajudar o indivíduo no
processo de filtração e análise da informação, possibilitando à partida uma melhoria da
cultura financeira.

Num mundo cada vez mais globalizado e em interconexão existem vários métodos que
podem permitir a fluidez interativa com os indivíduos para além do aconselhamento
presencial ou telefónico.

3.5.2 RECOMENDAÇÕES SOBRE O DESENVOLVIMENTO DO SISTEMA


FINANCEIRO E MERCADO DE CAPITAIS

A primeira recomendação feita para o desenvolvimento do sistema financeiro e de


mercado de capitais consiste no desenvolvimento do sistema de segurança social,
particularmente ao nível do segundo e terceiro pilar. Após muitas economias terem falhado
com o sistema de welfare-state surgiram os pilares da Segurança social que ditaram as
mudanças na forma de gestão da mesma, isto é, no que tange às responsabilidades que
deixaram de ser única e exclusivamente do Estado e passaram a ser divididas em três pilares,
nomeadamente, Estado, Empresas e os Trabalhadores.

O primeiro pilar é gerido pelo Estado, sendo de carácter obrigatório. O segundo pilar é
de carácter privado, tem como base uma contribuição definida de natureza obrigatória. Por
fim, o terceiro pilar é de carácter individual e facultativo, o que representa as poupanças
tradicionais, tais como:
 Oos fundos de pensões que são instituições construídas autonomamente com o
objetivo de gerir os rendimentos dos participantes;
 Planos de Poupança Reforma que funcionam como os fundos de investimento de
produtos financeiros (ações, obrigações, entre outros), na qual juntam-se um conjunto
de pessoas com objetivos comuns com vista a diversificar os riscos e a maximizar os
retornos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

Esta dissertação abortou o estudo do Sistema Financeiro Angolano onde o caso é a


BODIVA, teve o objetivo a Análise da banca angolana.

O aumento da interação das economias africanas com as economias das potências


emergentes e tradicionais tem permitido esmiuçar as potencialidades dos países africanos. As
potencialidades não se cingem apenas às questões económicas, mas também, às sociais que
interconectadas evidenciam a necessidade de se criarem estruturas financeiras capazes de
satisfazer as exigências crescentes dos principais intervenientes da economia angolana.
Embora sejam nítidas as dificuldades no funcionamento do mercado de capitais e da bolsa de
valores em Angola, vislumbra-se a sua importância em termos de contribuição para
diversificação das formas de financiamento da economia nacional, permitindo uma maior
abertura e prestação de contas por parte das empresas nacionais.

As fontes alternativas de financiamento como o mercado de capitais por meio da bolsa


de valores vão criar condições para que os agentes económicos angolanos possam contribuir
para o crescimento económico e, posteriormente, para o desenvolvimento económico dos
vários setores, tais como a agricultura, telecomunicações, serviços, indústria transformadora,
construção civil, entre outros. Notoriamente que não depende apenas de as empresas
investirem no crescimento e desenvolvimento económico, mas também, dos particulares
(famílias) que terão um papel preponderante no aumento da produção, na criação de emprego,
no aumento do rendimento e da poupança, propiciando uma maior arrecadação de receitas
fiscais por parte do Estado.

Pretendia- se com o presente estudo saber se as famílias estariam dispostas a investir


nas empresas participantes na bolsa de valores e que benefícios teriam, quer as famílias como
as empresas. Nesse sentido, através do inquérito efetuado, pode-se concluir que uma parte
considerável dos investidores particulares (65%), receia participar no mercado de capitais, por
meio da bolsa de valores, por diversos fatores, dentre os quais destacam-se:

1) A falta de confiança na transparência das instituições (empresas e bancos), resultado


da restrição ao acesso às informações empresariais aos stakeholders e a fraca gestão
corporativa;
2) A pouca cultura financeira (pouco conhecimento dos produtos/ serviços financeiros,
as suas vantagens e riscos;

3) Os rendimentos (uma parte considerável dos inquiridos acha os rendimentos auferidos


insuficientes para investir em ativos financeiros, porque só servem para cobrir as
necessidades básicas). Os objetivos do trabalho formam confirmados, na medida em o
mercado de capitais angolano tem grandes potencialidades e trará benefícios a todos
os intervenientes.

De realçar também, que o nível de escolaridade influencia a opinião dos inqueridos,


visto que as pessoas com um maior grau de instrução estão mais dispostas a investir na
bolsa do que os menos instruídos. Em relação ao género conclui-se que os indivíduos do
sexo masculino têm maior pré-disposição para participar na bolsa. A análise da faixa etária
dos participantes ao questionário, permitiu-nos verificar que as pessoas mais jovens são
mais propensas ao risco e que estão mais abertas a possibilidade de investir na bolsa de
valores.

A situação laboral acaba por ser um fator condicionante para certos indivíduos,
porque alguns estão dispostas a participar no mercado de capitais, mas por se encontrarem
desempregados e não possuírem poupança, por diversos fatores anteriormente enunciados,
não conseguem participar. A localização geográfica tem influência, pelo estudo, verifica-se
que as pessoas que vivem nos municípios centrais da cidade de Luanda, têm uma maior pré-
disposição a investir na bolsa de valores.
ANEXOS
ESTE QUESTIONARIO TEM COMO OBJECTIVO DE SABER SOBRE A AVALIAÇÃO DO SISTEMA
FINANCEIRO ANGOLANO, ONDE O NOSSO CASO EM ESTUDO A BODIVA, E VIEMOS POR MEIO
DESTE PEDIR A VOSSA MAXIMA COLABORAÇÃO A FIM DE RESPONDEREM AS SEGUINTES
QUESTÕES A BAIXO MENCIONADAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA NOSSA PESQUISA.

Genero: M F

Idade: _________

Nível Acadêmico: ________________________________

Curso: __________________________________________

QUESTÕES

1- Será que ja ouviu falar da BODIVA?

a) Sim b) Não

2- A BODIVA vem organizar de forma geral o funcionamento dos mercados financeiros e


melhorar o ombiente de negócio por sua parte.

a) Sim b) Não

3) A BODIVA é um dos pilares do desenvolvimento económico das sociedades: por um lado,


as empresas optam por determinados projectos de investimento e formas de assegurar o
respectivo financiamento e, por outro, os consumidores tomam decisões sobre a afectação
do seu rendimento disponível entre poupança e consumo.
a) Sim b) Não

c)justifique: _________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

4) Será que a BODIVA é considerada em Angola como intermédiario para facilitar os mercados
financeiros?
a) Sim b) Não
c)justifique: _________________________________________________________________

___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________

5) A BODIVA sendo uma associação civis, sem financiamento e fins lucrativos e com funções de
interesse público em Angola, esta ultima actua mesmo como delegada do poder público
com ampla autonómia em sua atuando como delegadas do poder público, têm ampla
autonómia em sua esfera de responsabilidade.
a) Sim b) Não

6) Uma das vantages com a abertura da BOVIDA é o facto de a obrigação das empresas virem a
organizar-se de modos a publicarem periodicamente os seus relatórios de contas nos órgãos de
comunicação social isto tem sido uma realidade nesta Instituição?
a) Sim b) Não

c)justifique: _________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
7) A BODIVA Compete efetuar a gestão dos mercados regulamentados, designadamente a Bolsa,
Mercado de Balcão organizado e Mercado Especial de Dívida Pública, a prestação de serviços
adicionais, como assistência nas ofertas públicas, divulgação de informações.
a) Sim b) Não

8) É verdade que o Sistema Financeiro Angolano esta dividido em duas (2) partes que são
Sistema Financeiro Bancário e Sistema Financeiro não Bancário?
a) Sim b) Não

9) A BODIVA é organizado de forma a garantir a formação, a captação, e a segurança das


poupanças, assim como a mobilização e aplicação dos recursos financeiros necessários ao
desenvolvimento económico nos mercados financeiros.
a) Sim b) Não

10) A BODIVA foi emplementada em 2014.


a) Sim b) Não
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www.ionline.pt/artigos/dinheiro-mercados/bolsa-valores-angolana-arranca-dezembrotitulos-
da-divida-publica.
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