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André Guilherme Moreira

Montesquieu. 2000 (1748). O Espírito das Leis. São Paulo: Martins Fontes.

Estrutura do argumento: O livro primeiro serve como ponto de partida para ele descrever o
objeto de estudo da sua empreitada. Para isso ele relata como seria a passagem do estado de
natureza para a sociedade, e como isso leva a necessidade de leis para regular as relações
entre os homens e as sociedades. Para o autor as leis dizem respeito às relações entre os
homens e a forma de governo, o físico da região, o gênero de vida, a religião, entre outros.
Essas relações formam juntas o que ele chama de Espírito das Leis, em cada livro do volume
ele irá estudar uma dessas relações.

O livro quatorze descreve a relação entre as leis e a natureza do clima. Parte do princípio de
que o clima influencia o comportamento humano, quanto mais frio mais confiante seria o
homem. Sustenta esse argumento descrevendo as vitórias na guerras dos povos do norte
contra os do sul. Ainda como exemplo da influência do clima nas relações entre os homens,
afirma que nos climas quentes, os homens são mais sensíveis e afeitos ao amor, seria mesmo a
principal causa da vida, enquanto no frio pouco tempo se dedicaria ao amor. Essa sensibilidade
se converteria em paixões e vícios, que levaria os homens do sul a cometerem mais crimes e
buscar obter vantagens. Essa comparação entre os homens do sul e homens do norte serve
como base para o argumento principal deste livro, de que no clima quente, devido às paixões e
sensibilidades, o homem precisa de um legislador mais sábio que no clima frio. A fraqueza do
corpo desses homens do sul se refletiria na alma, por isso eles não mudariam de costumes. Os
bons legisladores no clima quente devem afastar os vícios do clima, colocar as pessoas em
movimento, incentivar a agricultura, a indústria e proibir os vícios e a embriaguez.

Seguindo sua empreitada, no livro dezenove, Montesquieu relaciona o que ele define como
espírito geral com as leis de cada país. Assim como fez com a natureza, Montesquieu
demonstra como as leis devem obedecer e corrigir os costumes de determinado povo. Não
adianta a lei e o governo irem contra o espírito geral de um povo se esses costumes são
considerados positivos pela lei natural. O governo só deve corrigir os desvios, que prejudicam a
sociedade e o homem. Quanto menos liberdade as pessoas têm menos o legislador deve
mudar os costumes e maneiras do povo. Por isso, quando o legislador quer mudar algum
costume, deve fazer isso mudando os costumes e não as leis, deve fazer a mudança pelo
exemplo. Mudar os costumes pela lei é violência, deve inspirar as mudanças.

Conceitos: leis naturais, leis positivas, estado de natureza, sociedade, direito das gentes,
direito político, direito civil, espírito das leis, natureza, espírito geral, governo, tirania, caráter,
vícios, virtudes, estado despótico

Fonte e comparações: No livro primeiro, ele utiliza tratados gregos antigos sobre leis, relatos
de viajantes sobre homens selvagens, obras filosóficas recentes, obras de juristas como
Gravina. É a partir dessas fontes que ele contrapõe o argumento de Hobbes de que o homem
no estado de natureza buscaria dominar e subordinar os outros para satisfazer suas
necessidades. Utiliza essas fontes também para comparar a organização de várias sociedades,
querendo demonstrar que o direito das gentes estaria presente em todos os lugares, inclusive
entre os iroqueses.

No livro 14º Montesquieu compara o comportamento do homem do clima frio com o homem
do clima quente, para isso ele utiliza desde um experimento realizado por ele próprio com
uma língua de carneiro até relatos de viajantes europeus e de relatos de guerras elaborados
por historiadores europeus. Além da comparação do comportamento, Montesquieu compara
a relação entre as leis de diversos países com o clima, ele vai desde a China, passando pela
Índia, até a Inglaterra e o Japão. Para isso ele utiliza relatos de europeus sobre esses povos e
obras filosóficas, principalmente gregas.

No livro 19º ele compara o comportamento, o caráter, os governos e as leis de diversos povos.
Para isso utiliza obras filosóficas e históricas de europeus, além de leis e comentários sobre as
leis, como, por exemplo, sobre os chineses, que ele acessa via lettres édifiantes.

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