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A literatura vista da margem:

os heróis pós-estruturalistas
MONIQUE CUNHA DE ARAUJO*

Resumo
O presente artigo tem como objetivo evidenciar os pontos de encontros das
teorias literárias consideradas pós-estruturalistas surgidas na década de 1960. A
principal intenção deste trabalho é mostrar como estas teorias incentivam a
pesquisa social encontrada na literatura, ampliando a visão sob esta disciplina e
sua função na sociedade. Os alicerces teóricos do estruturalismo, a filosofia
moderna de Saussure e o formalismo de Jakobson já não sustentavam a nova
ordem surgida em finais dos anos 1950. Assim, nos anos 60, o avanço dos
estudos chamados pós-estruturalistas, baseados nas ideias de Foucault, Kristeva
e Derrida, trazem importantes progressos para os estudos culturais, como a
descoberta de outras vozes (na literatura e nas artes), que antes estavam à
margem, esmagadas pela ideia do cânone.
Palavras-chave: pós-estruturalismo; desconstrução; estudos culturais;
literatura.
Abstract
This article aims to highlight the meeting points of literary theories considered
poststructuralist emerged in the 1960s. The main intention of this work is to
show how these theories encourage social research in the literature, broaden the
view in this course and its function in society. The theoretical foundations of
structuralism, modern philosophy of Saussure and Jakobson formalism no
longer supported the new order emerged in late 1950. Thus, in the 60s, the
advancement of studies called post-structuralist, based on Foucault's, Kristeva’s
and Derrida’s ideas bring important progress to cultural studies, such as the
discovery of other voices (in literature as well as in the other arts), that had
until then been left on the sidelines, obfuscated by the idea of the canon.
Key words: post-structuralism; deconstruction; cultural studies; literature.

*
MONIQUE CUNHA DE ARAUJO é mestranda e bolsista CNPq do Departamento de Línguas e
Literaturas em língua alemã da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

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Considerações iniciais classes menos abastadas da sociedade1.
Naturalmente, este artigo não tem a
pretensão de percorrer todos esses
Não é de hoje que a literatura serve de
setores, mas antes, porém, analisa os
base para estudos sócio-históricos. Nele,
estudos pós-estruturalistas como mentor
os pesquisadores podem constatar, por
dessas movimentações no cenário
exemplo, costumes de uma determinada
canônico literário. A pesquisa não
época. Estes estudos históricos,
abrange, alias, ramificações de cada
naturalmente, devem se fundamentar
linha teórica, mas analisa o viés social
não somente em uma determinada fonte
de cada uma delas, não se centralizando
de pesquisa, mas antes de variadas, para
em apenas uma. A análise não abrange
estabelecer múltiplas perspectivas e não
toda a literatura de cada área, porém
favorecer uma única via. Este seria o
focaliza cada viés no social.
modo acertado de fazer história
(WHITE,) De certa maneira, porém, Em um breve resgate teórico-histórico
notou-se nos estudos literários, certa literário, nota-se ainda como os estudos
univocidade, no qual tendenciou a uma formalistas e estruturais contribuíram
única perspectiva. para uma literatura de centro,
marginalizando as narrativas de autores
que não atendiam às normas impostas
O chamado cânone literário brasileiro, pelos críticos para uma “boa literatura”.
por exemplo, fora por muitos anos Por este motivo, inicialmente, tenta-se
povoado por somente escritores aqui fazem uma breve análise da
escolhidos por críticos literários de alta corrente estruturalista, para que
sociedade e pela igreja. Por meio dos possamos entender a nomenclatura
estudos pós-estruturalistas, apoiados em posterior a ela: as correntes pós-
Derrida e Foucault, nota-se hoje na estruturalistas.
literatura contemporânea uma crescente
lista de autores que antes foram
esquecidos pela sociedade leitora ou A ideia estrutural – breve análise
não obtiveram êxito no passado por
falta de incentivos editoriais. No séc. No início do séc. XX, na França, os
XIX e XX, em face de sociedade alunos de Ferdinand Sausurre publicam
machista, uma grande numero de o seu famoso Cours de linguistique a
mulheres escritoras foram partir de anotações de suas aulas, no
marginalizadas. Graças aos estudos qual concebe a linguagem como um
culturais (e de gênero) escritoras como sistema fechado de significação. Neste
Júlia Lopes de Almeida, Lúcia Miguel sistema, os elementos têm relação. Ele
Pereira e Alina Paim fazem parte hoje, definia a ‘palavra’ como um ‘signo’,
inclusive, de compêndios escolares. formado por conceito e som –
significado e o significante.” (PETERS,
2000) Para ele, esses dois elementos são
Nesse sentido, a investigação de como indissociáveis. O linguista apóia-se no
os estudos pós-estruturalistas reuniu
como material teórico para suas teses e
assim, trazer uma nova (ou novas)
1
perspectiva para os estudos literários, Exemplo da escritora Carolina Maria de Jesus,
catadora de papel dos idos anos 1960, no qual
principalmente no que tange aos setores seu livro Quarto de Despejo (1960) tornou-se
marginalizados por excelência histórica, um best-seller e foi traduzido para mais de 13
como a escrita negra, a feminina e os de idiomas. Carolina hoje pertence ao cânone.

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processo de significação que baseia na pois não é outro elemento, isto é, o
prerrogativa da diferenciação. significado na linguagem é apenas uma
questão de diferença. Porém, como
Quando Saussure utilizou, pela primeira
ressalva Eagleton, essa diferenciação
vez, a palavra “estrutura” no congresso
pode ser interminável. “Árvore” só é
internacional de linguistas em 1928, ele
“árvore” não só porque se distingue de
introduziu também distinções
“fruto” ou “flor”, mas também porque
conceituais, que o estruturalismo, mais
se distingue de “cachorro”, “gato”,
tarde, apropriou-se (KIMMICH,
“casa”, e assim por diante. Dessa
RENNER, STIEGLER, 2011). Saussure
maneira, “se todo signo é o que é por
entende linguagem não como uma
não ser todos os outros signos, todo
substância, mas como forma, como um
signo seria constituído de um
sistema de signos, que são organizados
emaranhado potencialmente infinito de
por regras internas. A análise
diferenças” (EAGLETON, 2006). Dessa
estruturalista procura explicar, portanto,
forma, correntes pós-estruturalistas
os sistemas de signos linguísticos em
colocaram em cheque a interpretação de
seu contexto funcional, ou seja, a sua
Sausurre de que a interpretação faz do
estrutura.
signo uma unidade simétrica precisa
O signo linguístico existe, segundo entre significante e um significado.
Saussure, a partir de uma ligação da
Dito isso, junto ao sistema de signos de
imagem acústica, o significante, e a
Saussure e o formalismo de Jakobson, o
ideia, conceito – ao significado. Esta
estruturalismo nasce e ganha corpo,
relação entre significante e significado é
principalmente na França, onde ocorre a
arbitrária e somente é regulamentada
explosão estruturalista principalmente
pela convenção social e, portanto, não é
após a publicação de Anthropologie
nem natural por si, nem depende de um
strutucturale de Claude Lévi-Strauss.
único falante (KIMMICH, RENNER,
Roland Barthes, depois da publicação
STIEGLER, 2011). Um único signo não
do livro Mitologias em 1957, torna-se
se referencia a um objeto externo, mas a
diretor de estudos da École des Hautes
uma relativa posição no sistema
Études, em 1962. Dois anos antes o
linguístico.
jornal literário Tel Quel é fundado por
Desta forma, para Saussure, a língua Philippe Sollers; Michel Foucault
forma um sistema fechado, no qual um publica História da Loucura na Era da
único signo só ganha um significado Razão, em 1961, Louis Althusser faz
porque se diferencia de outros signos. um convite à Jacques Lacan no seu
Em outras palavras, a palavra “árvore” seminário na École Normale, assim
só é “arvore”, pois não é nem “flor”, inicia uma colaboração bastante
nem “fruto”. Nesse sentido, a langue de produtiva entre marxismo a psicanálise
Saussure é uma estrutura delimitada de (PETERS, 2000).
significação. Podemos dizer com isso
que, o objeto de estudo da análise
estruturalista são as relações formais de A análise do discurso: como é e como
um único elemento dentro de um se faz
sistema fechado que é descrito sob um
determinado ponto de vista. Estas A partir da interpretação saussuriana de
relações formais são caracterizadas por que o signo é sempre uma questão de
um processo de diferenciação, no qual, convenção histórica e cultural, a
como citado, “árvore” só é “árvore”, linguagem torna-se o centro da

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discussão, o que não é diferente em no qual a estrutura não seria mais o
Barthes. Para esse, foco, mas sim, o mundo contextual.
Com a publicação de A ordem do
o signo saudável é aquele que discurso, Foucault torna-se importante
chama a atenção para a sua própria
autor desta geração. Para ele, qualquer
arbitrariedade – aquele que não
tenta fazer-se passar por “natural”, coisa que é dita constitui um
mas que, no momento mesmo de acontecimento discursivo, qualquer
transmitir um significado, comunica coisa, segundo ele, que solta um
também alguma coisa de sua “murmúrio anônimo” é uma prática
própria condição relativa e discursiva. Ele relaciona assim a
artificial. Em sua obra inicial, o linguagem não à linguística, mas a um
impulso que está por trás dessa acontecimento social, assim como
convicção é político: o signo que se explicita Cordeiro:
pretende natural, que se oferece
com única maneira concebível de O discurso como prática é essa
ver o mundo, é por isso mesmo instância da linguagem em que a
autoritário e ideológico língua está relacionada com ‘outra
(EAGLETON, 2006, p.203). coisa’, a qual não é linguística.
Donde, a relação da língua com
A tentativa de “naturalização” da ‘outra coisa’ que não é de natureza
linguagem como realidade social é uma linguística, relação que se dá no uso
das funções da ideologia, pois ela (a da linguagem, essa relação é o
linguagem) pode “parecer tão inocente e discurso. O discurso é uma prática
imutável quanto à própria natureza” que relaciona a língua com “outra
(EAGLETON, 2006, p.203). Assim, a coisa”, é aquilo a que Foucault
obra S/Z de Barthes marca a “virada chama “prática discursiva”
(CORDEIRO, 1998).
pós-estruturalista”, pois nele Barthes
não abandona a idéia total de estrutura, De acordo com Foucault, a palavra é
porém amplia/expande o sentido/ dita “no interior de complexos
significado do texto, o qual pode não mecanismos de restrição”, pois ele
estar no que parece estar, pode não estar supõe que
na oposição. A obra S/Z é uma análise
do conto “Sarrasine” de Balzac, na qual em toda a sociedade a produção do
Barthes já não trata a obra com um discurso é simultaneamente
objeto estático, mas crê que o leitor ou controlada, selecionada, organizada
e redistribuída por certo número de
crítico participam de alguma forma na
processos que têm por papel
construção dos significados, eles podem exorcizar-lhe os poderes e os
modulá-lo e transpô-los para discursos perigos, refrear-lhe o acontecimento
diferentes. Em outras palavras, “o leitor aleatório, esquivar-lhe a pesada,
e o crítico passam do papel de temível materialidade.
consumidor para o de produtor” (FOUCAULT, 2009, p.11)
(EAGLETON, 2006, p. 207).
Esta corrente teórica assume, portanto,
Nessa virada pós-estruturalista (ou neo- caráter essencialmente histórico. Na
estruturalista, como propõe Manfred verdade, o objetivo da análise do
Frank em 1988), Michel Foucault teve discurso, como propôs Foucault, é
um papel importante. No inicio da analisar as construções ideológicas
década de 70 fundamenta uma nova presentes em um texto, pois todo
maneira de ver a da ciência da literatura: discurso é uma construção social, não
a partir da análise do discurso histórico, individual. Dessa forma, o texto só pode

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ser analisado se considerarmos o pode construir toda a hierarquia de
contexto histórico-social. significações. (EAGLETON, 2006,
p. 198).
Apesar de Foucault ser um importante
ícone da Análise do Discurso, foi Isso não significa, porém, segundo
Michel Pêcheux que cunhou em 1969 o Eagleton, que ele não acredite que não
novo objeto de estudo chamado necessitamos desse ‘princípio primeiro’,
“discurso”. Pêcheux propôs em Analyse “pois desse impulso está impregnada
Automatique Du Discours o toda a nossa história e ele não pode ser
confrontamento das ciências, erradicado ou desconhecido”
particularmente a história, a psicanálise (EAGLETON, 2006, p.199)
e a linguistica, nesse entremeio de
No entanto, para Derrida, estes
disciplinas pode-se propor a reflexão
‘primeiros princípios’ podem ser
discursiva (ORLANDI, 2007).
‘desconstruídos’: “eles são antes
Assim, portanto, a análise do discurso produtos de um determinado sistema de
de Foucault e Pêcheux inicia uma significações, do que algo que os
espécie de virada linguística, sustenta de fora para dentro
juntamente com Jacques Derrida e sua (EAGLETON, 2006, p.199). Como já
desconstrução, no qual um supracitado, quando conceituamos a
descentramento (não mais a estrutura, noção da negação no estruturalismo, ou
mas todo o texto, cada parte é seja, nesses tais primeiros princípios,
importante) desloca o cânone e que no estruturalismo são comumente
promove um novo paradigma sob o qual definidos pelo que excluem (“árvore” só
a literatura e a arte podem ser vistas. é “árvore”, porque não é “fruto”, nem
“flor”) são as famosas partes das
“oposições binárias, que os
Desconstruindo: o centro inexistente estruturalistas utilizam largamente.
Nesse sentido, podemos levar este
Nos anos 60, mais precisamente em
conceito estrutural para o campo social:
1967, a célebre conferência “La
se quisermos definir “homem” de
structure, le signe et le jeu dans le
acordo com a tradição estruturalista,
discours des sciences humaines” de
podemos dizer que ele, “homem”, só
Jacques Derrida, filósofo francês,
pode ser definido como “homem”
propõe um método ou processo de
porque ele não é “mulher”. Nesta
análise crítico-filosófica que tem como
esteira, segundo Eagleton, “para a
objetivo a crítica da metafísica ocidental
sociedade dominada por homens, a
e da tendência ao logocentrismo,
mulher é o oposto excluído desse
incluindo assim a crítica de certos
sistema; e enquanto tal distinção for
conceitos (o significado e o significante;
rigidamente mantida, todo o sistema
o sensível e o inteligível; a presença do
pode funcionar com eficiência”
ser; a presença do centro; o logos).
(EAGLETON, 2006, p.199)
Estes conceitos haviam sido propostos
como estáveis pelo estruturalismo. A operação crítica da desconstrução
Derrida classifica de ‘metafísico’ enfraquece (parcialmente), então, estas
qualquer sistema de pensamento oposições no próprio processo de
que dependa de uma base significação. “A mulher oposto, o
inatacável, de um princípio ‘outro’ do homem: ela é o não homem,
primeiro de fundamentos o homem a que falta algo, a quem um
inquestionáveis, sobre o qual se valor, sobretudo, negativo em relação

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ao princípio primeiro masculino” para uma ordem que não se deixa
(EAGLETON, 2006, p.19). Esta forte entender na oposição fundadora da
crítica feita por Derrida ao metafísica entre o sensível e o inteligível
estruturalismo se estende a todo um (SANTIAGO, p.71).
processo político histórico. O próprio
Barthes admite uma ideologia literária
que corresponde a certa “atitude Outras considerações
natural” e o seu nome é “realismo”. A Como parte da imensa contribuição (ou
literatura realista disfarça ou forja a avanço) para literatura e para as artes, as
natureza socialmente relativa ou teorias pós-estruturalistas influenciaram
construída da linguagem: “ela contribui definitivamente a teoria estética da
para confirmar o preconceito de que recepção, na qual a biografia do autor já
existe uma forma de linguagem não importa mais, já que é apenas outro
‘ordinária’ que por vezes é natural. O texto em que o leitor passa a ser
problema é, para Barthes, que essa produtor e não apenas um mero
linguagem” natural” traz o rótulo que a observador. A focalização não é mais
realidade é assim, ou seja, que o que no autor, mas sim no leitor.
está ali escrito é como é na realidade, o
que deturpa a própria realidade e A desconstrução ecoou de modo geral
instaura um “padrão” de realidade. Esse no mundo anglo-americano. A escola de
signo como “representação”, “reflexo” Yale é até hoje referencia no assunto:
nega o caráter produtivo (Foucault) da Paul de Man, J.Hillis Miller, Geofrey
linguagem (EAGLETON, 2006, Hartmann e também Harold Bloom são
PETERS; 2000). alguns representantes. A desconstrução
de Derrida inaugurou uma nova época,
Para isso, Derrida indica o neo-grafismo na qual os poetas, artistas, escritores que
différance (a no lugar de e), que não pertencem ao cânone –
segundo ele, “não é nem conceito, nem literatura/arte negra, feminina, favelada
palavra”, funciona como “foco de – pode/deve participar da significação.
cruzamento histórico e sistemático”. É Por isso, boa parte filosofia da
preciso esclarecer que, para Derrida, a Diferença de Derrida foi apropriada
interpretação consiste em “tecer um para os estudos culturais e pela critica
tecido com os fios extraídos de outros feminina.
tecidos-textos” (SANTIAGO, 1976).
Neste sistema, esta pequena intervenção Apesar de esforços dessas teorias para a
gráfica representa em Derrida um descentralização e alargamento do
questionamento de todo uma tradição cânone, certificam-se mesmo nos
fonocêntrica, ou seja, “prioridade de estudos históricos, certa predominância
voz e de fala, (...) onde a fala se de heróis masculinos, mulheres
confunde com o ser como presença”; “a indefesas à espera de seus príncipes.
presença de um elemento é sempre uma No parágrafo final do capitulo A
referencia significante e substitutiva secularização da memoração –
inscrita num sistema de diferenças e o Memoria, fama, historia do livro,
movimento em cadeia” (SANTIAGO, Espaços de Recordação, Aleida
p.71). Esta diferença gráfica escapa à Assmann afirma que a exclusão das
ordem do sensível, quando fixa apenas a mulheres do texto literários trata-se de
relação invisível dos termos, relação uma certa “amnésia estrutural”:
“inaparente”, assim como não oferece Chamou atenção o poeta Gray, nos
como presença, não é objetivo, remete idos do século XVIII, que a luz da

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fama nunca brilha sobre os pobres e Escritura e a Diferença. São Paulo:
marginais: hoje chama nossa Perspectiva, 1971.
atenção o fato de que a luz da fama DOROTHEE, Dorothee, RENNER, G Renner,
nunca ou quase brilha sobre as STIEGLER, Bernd (Org.) Texte zur
mulheres. Não importa como se Literaturtheorie der Gegenwart (Textos para
chamem: Cato, Cícero e César ou teoria literária contemporânea). Stuttgart:
Hampden, Milton e Cromwell – nos Phillipp Reclam, 2011.
anais da história a fama nunca rima EAGLETON, Terry. Teoria da Literatura:
com mulher. Em todas as camadas uma introdução; tradução: Waltensir Dutra,
sociais a mulher constitui o pano de 6ºed, São Paulo: Martins Fontes, 2006.
fundo sobre o qual a fama
FOUCAULT, M. A Ordem do Discurso. 19ª ed.
masculina se ergue, luzente. São Paulo: Loyola, 2009.
Enquanto as condições para a
inclusão na memória cultural forem FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber.
a grandeza heróica e canonização Trad. Luiz Felipe Baeta Neves. 7ª edição. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
clássica, as mulheres serão
sistematicamente vítimas do MUZART, Zahidé. Artimanhas nas entrelinhas:
esquecimento cultura: trata-se de leitura do paratexto de escritoras do séculoXIX.
um caso clássico de amnésia In: FUNCK, Susana Bornéo (Org.). Trocando
estrutural. (ASSMANN, 2011, p. idéias sobre a mulher e a literatura.
66) ORLANDI, E. P. Análise do discurso:
princípios e procedimentos. 6. ed. Campinas,
Desde os anos 1970, temos avançado, SP: Pontes, 2007.
porém o trabalho é árduo e temos
PETERS, Michel. Pós-estruturalismo e a
muitas pedras pelo caminho, que filosofia da diferença: Uma introdução;
precisam ser depostas. tradução: Thomaz Tadeu da Silva. Belo
Horizonte: 2000.
SANTIAGO, Silviano (Org). Glossário de
REFERÊNCIAS
Derrida. Rio de Janeiro, F. Alves, 1976.
ASSMANN, Aleida. Espaços de recordação.
SCHMIDT, Rita Terezinha. Refutações ao
Campinas: Unicamp. 2011.
feminismo: (des) compassos da cultura letrada
BAKTHIN, Mikhail. Estética da Criação brasileira. Rev. Estud. Fem., Dez 2006, vol.14,
Verbal. São Paulo: Martins Fontes, 2003. no.3.
BRANDÃO, H. H. N. Introdução à análise do
discurso. Campinas: Unicamp, 2004.
Recebido em 2014-12-31
DERRIDA, Jacques. A Estrutura, o Signo e o Publicado em 2015-02-22
Jogo no Discurso das Ciências Humanas. In: A

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