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Literatura
Nesta altura, Roma encontrava em expansão, por isso imperava a guerra, logo não
havia tempo para se dedicarem à literatura.
Já existem textos, no entanto, desde 600 a. C.. Mas o Latim era uma língua de
camponeses e as manifestações literárias aparecem ligadas aos Saturniae ou a textos de
ordem religiosa — o que manifesta desde logo uma vocação prática nos Romanos
(apenas escreviam com um dado objectivo).
Dentro deste pensamento, concebem o seu primeiro texto prosaico A Lei das XII
Tábuas, que não admira face à propensão dos Romanos para o Direito.
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Período de maturidade
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Período argêntio (de 14 a 117 d. C.)
Revela-se, neste período, o gosto pelo preciosismo e pela ênfase, a tendência para
um tom declamatório, muito próprio das literaturas palacianas. São da Hispânia quatro
dos melhores escritores deste tempo: Lucano, Séneca, Marcial e Quintiliano.
Este período caracteriza-se pelo facto de surgirem escritores cristãos entre pagãos.
O Cristianismo começa a apropriar-se da cultura romana, assimilando-a, e, ao mesmo
tempo, transmitindo-a a gerações futuras.
Idade Média
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Vida Intelectual dos Romanos
Desde o séc. VII a. C. que os Romanos sofrem influênias dos Gregos, quer
indirectamente, através dos Etruscos, quer através do contacto com as cidades da Magna
Grécia e da Sicília.
No entanto a influência mais marcada deu-se aquando da conquista por parte de
Roma das cidades gregas, e em vez de Roma dominar Graecia capta ferum uictorem
cepit et artes intulit agresti Latio (A Grécia vencida ferozmente, conquistou o agreste
Lácio pelas artes – tradução livre).
Os Romanos chamam escravos gregos para ensinar os seus filhos.
Terminam os estudos na Grécia devido ao requinte do pensamento e arte gregos.
O antigo ideal de homem do campo romano, começa a desvanecer-se, não fossem
os esforços de Catão, o Velho, os Romanos esqueceriam as suas origens (mos maiorum)
e entregar-se-iam aos luxos, à ociosidade, prazeres...
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b) O Liceu (fundado por Aristóteles)
Este pensamento era bastante técnico e científico. Partia da realidade concreta para
atingir a verdade; deste modo foram analisados diversos animais e plantas, dando
origem à experimentação que hoje é apanágio da ciência.
Divide a alma do homem em três partes: vegetativa — alimenta-se, reproduz-se,
questões fisiológicas; sensitiva — sente por meio dos cinco sentidos, sendo a memória e
a imaginação complementos dos sentidos; intelectiva — reservada unicamente ao
homem.
A Metafísica é a ciência primordial.
Na ética de Aristóteles concebe-se que tudo o que é bom está de acordo com a
virtude.
Realiza o meio termo como a medida ideal.
Pensa a arte como mímesis (imitação) da realidade.
Pelo o que foi visto, é fácil constatar que Aristóteles e o seu Liceu ainda estão bem
presentes no pensamento actual.
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A Vida Espiritual dos Romanos
Valores morais do populus romanus
Os valores que os Romanos tinham não eram adquiridos da mesma forma do que
nós, visto que hoje os valores são-nos transmitidos pela religião, o que não acontecia
com a religião romana. Os valores eram transmitidos pela literatura (esta era didáctica,
grande parte das vezes)
Na História
Tito Lívio, em Ab Vrbe Condita, relata a virtude dos antigos romanos, sobretudo a
parcimonia e a pietas, contrapondo-as ao luxo e corrupção da Roma, sua
contemporânea.
O seu exemplo é seguido por outros historiadores, nomeadamente Salústio.
Na Oratória
Cícero descreve valores morais, assim como o já havia feito Catão, o Censor.
Na Didáctica
As escolas filosóficas são de grande importância, quer para denotar as antigas
virtudes dos Romanos, quer para introduzir novos conceitos, como a ideia de Bem como
Ideia Suprema, por exemplo.
Na epopeia
Virgílio, como príncipe dos poetas, escreveu a Eneida, onde são defendidos os
valores e virtudes mais elevadas do povo romano.
Tenta restaurar os valore dos antigos Romanos.
Sugere, tal como Tito Lívio, três virtudes fundamentais do povo romano: a uitus, a
pietas, e a fides, que constituíram o estofo dos heróis que fizeram grande a pátria.
Virtus (coragem): as qualidades viris fortalecem a pátria. Através da coragem, foi
possível conquistar e defender a pátria, esta virtude distingue os heróis dos que não o
são. Os Romanos sempre aliaram a uirtus à sua própria sobrevivência. Na celebração
das vitórias dos generais, era mais a uirtus que se celebrava do que a grandeza daqueles.
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Pietas: virtude que compreendia os deveres religiosos, civis e familiares (para com
os deuses, a pátria e a família). Respeito pelos deuses, pela autoridade do pai, pelo
imperador/Pátria e pelo fatum.
Fides (respeito pelos compromissos assumidos): respeito pelo juramento. Tão
importante era que chegou a ser divinizada. Era invocada popularmente por Bona Fides.
Os Romanos deviam, por obediência a esta virtude, ser fiéis aos contratos celebrados
com os outros povos.
O ideal romano sintetizado na expressão mens sana in corpore sano é garantido
por esta tríade de virtudes.
Num plano secundário, encontramos as seguintes virtudes: constantia (capacidade
de enfrentar desígnios duros), industria (zelo, diligência, habilidade nas magistraturas),
grauitas (dignidade na ocupação das funções sociais) e comitas (afabilidade para com o
próximo).
Na Lírica
É sobretudo atrvés de Virgílio que nos é dada a noção de aerea mediocritas.
Este tipo de valor só é possível durante a Pax Romana, pois havia suficiente
estabilidade para o homem se poder debruçar sobre estas temáticas.
Neste género, Horácio, lembrou um dos valores mais inconfundíveis do espírito
romano e, ao fim ao cabo, do Homem (de realçar que esta preocupação com o homem e
a sua localização no mundo, o seu próprio entendimento é um, senão o maior dos
legados que Roma oferece): a gloria.
A gloria consiste na imortalização do homem através dos seus feitos em vida.
Nomeadamente, segundo Horácio, elevação por meio da arte, poesia, no caso, que
oferece a imortalidade. Note-se que ainda hoje os heróis das letras romanos são
estudados e, por isso, continuam vivos.
Para Horácio, a poesia durava mais do que o bronze, mais do que um monumento.
Na Comédia
A comédia encarna os principais defeitos dos indíviduos romanos.
Ao criticar o reverso da medalha das virudes, acabam por, os comediógrafos,
recomendar a vida segundo a virtude romana: redendo castigat mores.
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A humanitas do povo romano
A humanitas é um outro valor fundamental do povo romano.
suas vicissitudes. Desta forma não procurava destruir a essência do dominado, antes
tempo.
Arquitectura e Escultura
helénico.
ganha adeptos no Império Romano. O Homem não tinha que ser representado tal qual
No entanto, os romanos não consideravam estas artes unicamente pelo belo que
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Também podemos notar, nos primórdios da civilização romana, influências
etruscas.
A Religio e Deuotio
deuses.
Os Romanos não actuavam, por exemplo em guerras, sem consultar esses sinais.
A deoutio é a dedicação por inteiro aos deuses e, por consequência à própria pátria
e ao bem comum.
A pax romana
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Octávio Augusto, sobrinho de Júlio César, ganha ainda mais poderes. Estabiliza a
situação política e pacifica, deste modo, todo o Império. Por estar tão ligada a pax
romana a Octávio Augusto, também se pode designar de pax augusta: foi Augusto que
pôs fim às guerras civis e externas; estavam consolidadas as fronteiras, pacificadas as
províncias, a paz foi considerada o bem-supremo.
Neste período, pôde-se, então, dar maior azo à produção artística, à beleza da vida,
à comodidade e ao luxo.
Eregem-se monumentos face à paz que se vive — a economia avança, e o
população está satisfeita.
A Pax passou a ser adorada como uma divindade.
A sociedade desta época é ecuménica e adapatada a expressões culturais
diversificadas.
Roma, apesar da força civilizacional helenística e oriental, afirmou-se como nação
espiritual.
Todas as guerras passadas se justificavam, o Império agira para conduzir a uma
pacificação e civilização universal.
A completa realização da pax romana só foi atingida aquando da conquista da
Dácia por Trajano.
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Os divertimentos romanos ocupavam grande parte da vida dos cidadãos, que
competiam pelas festividades mais majestosas na intenção de angariarem votos.
O fausto e o exagero foram uma constante durante o império.
De realçar que a entrada nos teatros era grátis.
Saliente-se que os imperadores romanos faziam questão de manter o povo
distraído para assegurarem o seu poder, e uma maneira eficaz de concretizarem este
intento era através dos ludi.
A linha dos jogos de Roma baseva-se na máxima mens sana in corpore sano.
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