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Cultura Latina

Literatura

Período das origens ou pré-helenístico (de 750 a. C. a 240 a. C.)

Nesta altura, Roma encontrava em expansão, por isso imperava a guerra, logo não
havia tempo para se dedicarem à literatura.
Já existem textos, no entanto, desde 600 a. C.. Mas o Latim era uma língua de
camponeses e as manifestações literárias aparecem ligadas aos Saturniae ou a textos de
ordem religiosa — o que manifesta desde logo uma vocação prática nos Romanos
(apenas escreviam com um dado objectivo).
Dentro deste pensamento, concebem o seu primeiro texto prosaico A Lei das XII
Tábuas, que não admira face à propensão dos Romanos para o Direito.

Período de formação, arcaico ou helenístico (começo da influência grega) —


de 240 a. C. a 81 a. C.

Com a expansão para o sul de Itália e a conquista da Grécia, surgem influências na


literatura latina por parte deste povo. As mais ilustres famílias romanas tomam, como
preceptores dos seus filhos, escravos ilustrados de origem grega, serui docti.
Lívio Andronico, ensígne pedago escravo, traduz a Odisseia para Latim, em
versos saturninos, e traz para o Lácio diversas peças gregas. Este exemplo será seguido
por muitos outros escravos, com menor relevo histórico.
A comédia desfrutou de maior ênfase neste período. Foram de Plauto as maiores
obras deste género.
À comédia latina, denominou-se de Comédia nova Grega, uma vez que os
dramaturgos Romanos apoderavam-se das fábulas gregas e adpatavam à realidade
romana.
Certamante devido ao carácter pragmático da comédia, os Romanos revelaram-se
muito dotados neste género dramático.
Por esta época, cria-se a Sátira, género único romano — não foi importado da
Grécia.

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Período de maturidade

Costuma dividir-se este período em duas partes: período clássico ou áureo e


período imperial ou argênteo.

Período clássico, áureo ou de perfeição (da prosa e da poesia)

a) Prosa: o grande desenvolvimento da prosa, deve-se às sucessivas lutas políticas,


que obrigavam a um primor técnico de oratória cada vez maior para a obtenção de
votos.
Neste sentido devemos distinguir Cícero, que se destacou em diveros géneros
literários: Discursos, tratados de oratória, epistolografia, obras filosóficas...
Desenvolve-se também a Historiografia com Tito Lívio, por exemplo, que deixa
influências notórias na forma de perspectivar a História por parte de João de Barros.

b) Poesia: devido à grade pujança do Império, sob a égide de Octávio Augusto,


com o aumento do poder económico, permite-se um desenvolvimento extraordinário da
literatura, sobretudo da poesia. Dá-se protecção aos literatos, pelo imperador e pelos
homens ricos, entre os quais se destacam Mecenas e Polião, o que possibilita que as
artes floresçam.
Surgem homens como Virgílio, que escreve as seguintes obras: Eneida, Bucólicas,
Geórgicas..., que influenciou deveras a literatura ocidental, veja-se Camões; como
Horácio, que escreveu as Odes, e foi o percursor da aurea mediocritas e do carpe diem
entre os Romanos, influenciou bastante escritores como Ricardo Reis, e até o
pensamento actual; Ovídio, que redigiu Ars Amatoria, Remedia Amoris..., e marca o seu
pensamento, por exemplo, em Sá de Miranda; Catulo, que escreveu os Catuli Carmina,
e iniciou uma poesia íntima, expressiva dos sentimentos amorosos, defendendo o
princípio da arte pela arte, influenciando de forma óbvia o pensamento de quase a
totalidade dos poetas ocidentais até ao princípio do século XX.

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Período argêntio (de 14 a 117 d. C.)

Revela-se, neste período, o gosto pelo preciosismo e pela ênfase, a tendência para
um tom declamatório, muito próprio das literaturas palacianas. São da Hispânia quatro
dos melhores escritores deste tempo: Lucano, Séneca, Marcial e Quintiliano.

Período da decadência (do séc. II ao séc. V)

Este período caracteriza-se pelo facto de surgirem escritores cristãos entre pagãos.
O Cristianismo começa a apropriar-se da cultura romana, assimilando-a, e, ao mesmo
tempo, transmitindo-a a gerações futuras.

Idade Média

Durante a Idade Média, o Latim continuou a ter preponderância em toda a Europa


ocidental. Os textos oficiais, eclesiásticos ou literários eram escritos em Latim. Somente
na Baixa Idade Média é que se começa a escrever textos de cariz oficial e literário nas
línguas faladas pelos diversos países recentes.

Tradição clássica na literatura portuguesa

É inegável a presença da literatura latina nas literaturas ocidentais. Herdam o culto


da beleza artística, certos padrões formais e processos de estilo (metáfora,
personificação, aliteração, hipálage, onomatopeia, ironia, antítese, trocadilho...) e
sobretudo um grande interesse pelo humano, uma enorme simpatia por tudo o que diga
respeito ao Homem. Este denominador permanece na literatura contemporânea e unifica
o mundo ocidental no substrato romano.

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Vida Intelectual dos Romanos

Influências gregas (helenismo)

Desde o séc. VII a. C. que os Romanos sofrem influênias dos Gregos, quer
indirectamente, através dos Etruscos, quer através do contacto com as cidades da Magna
Grécia e da Sicília.
No entanto a influência mais marcada deu-se aquando da conquista por parte de
Roma das cidades gregas, e em vez de Roma dominar Graecia capta ferum uictorem
cepit et artes intulit agresti Latio (A Grécia vencida ferozmente, conquistou o agreste
Lácio pelas artes – tradução livre).
Os Romanos chamam escravos gregos para ensinar os seus filhos.
Terminam os estudos na Grécia devido ao requinte do pensamento e arte gregos.
O antigo ideal de homem do campo romano, começa a desvanecer-se, não fossem
os esforços de Catão, o Velho, os Romanos esqueceriam as suas origens (mos maiorum)
e entregar-se-iam aos luxos, à ociosidade, prazeres...

Escolas filosóficas gregas e sua implantação em Roma

Naturalmente por meados do séc. II a. C., Roma recebe, em aplauso, escolas


filosóficas gregas em seu próprio território, entre as quais destacam-se quatro:

a) A Academia (fundada por Platão)


Entre os seus ensinamentos destacam-se o mundo ideal e sensível, em que se
deveria considerar este último erróneo e o outro uma verdade a alcançar dentro de nós
mesmos. E a ideia política de colocar os filósofos no poder, pois apenas estes
conheciam a virtude e por isso sabê-la-iam aplicar correctamente.
O pensamento paltónico subjaz até nós através da religião católica, e da sua
concepção do amor.

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b) O Liceu (fundado por Aristóteles)
Este pensamento era bastante técnico e científico. Partia da realidade concreta para
atingir a verdade; deste modo foram analisados diversos animais e plantas, dando
origem à experimentação que hoje é apanágio da ciência.
Divide a alma do homem em três partes: vegetativa — alimenta-se, reproduz-se,
questões fisiológicas; sensitiva — sente por meio dos cinco sentidos, sendo a memória e
a imaginação complementos dos sentidos; intelectiva — reservada unicamente ao
homem.
A Metafísica é a ciência primordial.
Na ética de Aristóteles concebe-se que tudo o que é bom está de acordo com a
virtude.
Realiza o meio termo como a medida ideal.
Pensa a arte como mímesis (imitação) da realidade.
Pelo o que foi visto, é fácil constatar que Aristóteles e o seu Liceu ainda estão bem
presentes no pensamento actual.

c) O Pórtico (fundado por Zenão) — Estoicismo


O sábio tem que estar em comunhão com as leis universais e naturais e com o seu
Destino.
Deve-se viver em ataraxia (ausência de sensações) para que se permaneça
impassível a todos os matizes da vida, inclusive a morte.
O conhecimento é a base da verdadeira sabedoria que leva o homem a submeter-se
livre e conscientemente à Inteligência Universal.
O homem é um cidadão universal (conceito muito explorado para a humanitas).
Influenciou as Odes de Ricardo Reis.

d) O Jardim (fundado por Epicuro) — Epicurismo


Busca do prazer sem dor, no meio termo.
O homem deve viver em ataraxia.
A vida é um caminho para o supremo prazer, sem paixões exageradas, sem
inquietação, com repouso.
Deve-se viver o momento presente, evitando a dor física e a perturbação da aula.

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A Vida Espiritual dos Romanos
Valores morais do populus romanus
Os valores que os Romanos tinham não eram adquiridos da mesma forma do que
nós, visto que hoje os valores são-nos transmitidos pela religião, o que não acontecia
com a religião romana. Os valores eram transmitidos pela literatura (esta era didáctica,
grande parte das vezes)

Na História
Tito Lívio, em Ab Vrbe Condita, relata a virtude dos antigos romanos, sobretudo a
parcimonia e a pietas, contrapondo-as ao luxo e corrupção da Roma, sua
contemporânea.
O seu exemplo é seguido por outros historiadores, nomeadamente Salústio.

Na Oratória
Cícero descreve valores morais, assim como o já havia feito Catão, o Censor.

Na Didáctica
As escolas filosóficas são de grande importância, quer para denotar as antigas
virtudes dos Romanos, quer para introduzir novos conceitos, como a ideia de Bem como
Ideia Suprema, por exemplo.

Na epopeia
Virgílio, como príncipe dos poetas, escreveu a Eneida, onde são defendidos os
valores e virtudes mais elevadas do povo romano.
Tenta restaurar os valore dos antigos Romanos.
Sugere, tal como Tito Lívio, três virtudes fundamentais do povo romano: a uitus, a
pietas, e a fides, que constituíram o estofo dos heróis que fizeram grande a pátria.
Virtus (coragem): as qualidades viris fortalecem a pátria. Através da coragem, foi
possível conquistar e defender a pátria, esta virtude distingue os heróis dos que não o
são. Os Romanos sempre aliaram a uirtus à sua própria sobrevivência. Na celebração
das vitórias dos generais, era mais a uirtus que se celebrava do que a grandeza daqueles.

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Pietas: virtude que compreendia os deveres religiosos, civis e familiares (para com
os deuses, a pátria e a família). Respeito pelos deuses, pela autoridade do pai, pelo
imperador/Pátria e pelo fatum.
Fides (respeito pelos compromissos assumidos): respeito pelo juramento. Tão
importante era que chegou a ser divinizada. Era invocada popularmente por Bona Fides.
Os Romanos deviam, por obediência a esta virtude, ser fiéis aos contratos celebrados
com os outros povos.
O ideal romano sintetizado na expressão mens sana in corpore sano é garantido
por esta tríade de virtudes.
Num plano secundário, encontramos as seguintes virtudes: constantia (capacidade
de enfrentar desígnios duros), industria (zelo, diligência, habilidade nas magistraturas),
grauitas (dignidade na ocupação das funções sociais) e comitas (afabilidade para com o
próximo).

Na Lírica
É sobretudo atrvés de Virgílio que nos é dada a noção de aerea mediocritas.
Este tipo de valor só é possível durante a Pax Romana, pois havia suficiente
estabilidade para o homem se poder debruçar sobre estas temáticas.
Neste género, Horácio, lembrou um dos valores mais inconfundíveis do espírito
romano e, ao fim ao cabo, do Homem (de realçar que esta preocupação com o homem e
a sua localização no mundo, o seu próprio entendimento é um, senão o maior dos
legados que Roma oferece): a gloria.
A gloria consiste na imortalização do homem através dos seus feitos em vida.
Nomeadamente, segundo Horácio, elevação por meio da arte, poesia, no caso, que
oferece a imortalidade. Note-se que ainda hoje os heróis das letras romanos são
estudados e, por isso, continuam vivos.
Para Horácio, a poesia durava mais do que o bronze, mais do que um monumento.

Na Comédia
A comédia encarna os principais defeitos dos indíviduos romanos.
Ao criticar o reverso da medalha das virudes, acabam por, os comediógrafos,
recomendar a vida segundo a virtude romana: redendo castigat mores.

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A humanitas do povo romano
A humanitas é um outro valor fundamental do povo romano.

Só conseguiram conquistar e dominar tão fortemente um tão vasto território,

devido ao seu sentido de humanitas.

A humanitas é a capacidade do romano observar o povo dominado e entender as

suas vicissitudes. Desta forma não procurava destruir a essência do dominado, antes

compreendê-la e adaptá-la às suas circunstâncias. Este pragmatismo possibilita que os

Romanos assimilassem e tenham mantido as suas fronteiras estáveis durante tanto

tempo.

A este processo de conquista e assimilação dá-se o nome de romanização.

Arquitectura e Escultura

Nesta faceta artística, os Romanos também sorveram imensa influência do povo

helénico.

Na arquitectura, a coluna e o arco (este não surge da influência grega, mas do

engenho do povo romano), as formas circulares e arredondadas pontificaram — nítida

influência grega — procurando a harmonia e beleza.

N escultura, a perfeição e beleza das formas, preconizada pelos Gregos, também

ganha adeptos no Império Romano. O Homem não tinha que ser representado tal qual

era, mas com a perfeição que deveria possuir.

O antropomorfismo dos deuses é também uma importação helenística.

No entanto, os romanos não consideravam estas artes unicamente pelo belo que

poderiam auferir delas, juntaram-lhe o seu pensamento pragmático, enquadrando-as

com sentido utilitário na vida do quotidiano.

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Também podemos notar, nos primórdios da civilização romana, influências

etruscas.

A Religio e Deuotio

Os Romanos sentiram-se sempre sujeitos a forças sobrenaturais.

Religio traduz a ideia de uma ligação de natureza religiosa do homem com os

deuses.

Os deuses manifestavam-se por sinais (numina).

Os Romanos não actuavam, por exemplo em guerras, sem consultar esses sinais.

A religio manifesta-se através da deuotio.

A deoutio é a dedicação por inteiro aos deuses e, por consequência à própria pátria

e ao bem comum.

Os sinais divinos são de grande importância para os Romanos; a adivinhação

(Livros Sibilinos) é marcante na religio romana.

Neste sentido, consultavam assiduamente o oráculo de Delfos.

Devemos considerar o fatum como um elemento preponderante da religio, pois

esse domina toda a vida.

A pax romana

Roma viveu, desde o seu início, em guerra.


No entanto, chegada a época imperial, etabilizou as fronteiras.
Júlio César, quando consegue o poder, após o triunvirato, considera que as
estruturas de poder republicanas já não se adequam para governar um terrtório tão
vasto. Por isso muda o regime para império, adquirindo para a sua pessoa a quase
totalidade dos poderes, adquire o título de princeps e de augustus, que o sacraliza.

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Octávio Augusto, sobrinho de Júlio César, ganha ainda mais poderes. Estabiliza a
situação política e pacifica, deste modo, todo o Império. Por estar tão ligada a pax
romana a Octávio Augusto, também se pode designar de pax augusta: foi Augusto que
pôs fim às guerras civis e externas; estavam consolidadas as fronteiras, pacificadas as
províncias, a paz foi considerada o bem-supremo.
Neste período, pôde-se, então, dar maior azo à produção artística, à beleza da vida,
à comodidade e ao luxo.
Eregem-se monumentos face à paz que se vive — a economia avança, e o
população está satisfeita.
A Pax passou a ser adorada como uma divindade.
A sociedade desta época é ecuménica e adapatada a expressões culturais
diversificadas.
Roma, apesar da força civilizacional helenística e oriental, afirmou-se como nação
espiritual.
Todas as guerras passadas se justificavam, o Império agira para conduzir a uma
pacificação e civilização universal.
A completa realização da pax romana só foi atingida aquando da conquista da
Dácia por Trajano.

Festividades e Jogos em Roma


Os Romanos, quase desde o início dos tempos, ligaram-se a festividades. Legado
que hoje se verifica nas nossas tradições e formas de estar perante a vida.
Faziam festivais em acordo com as colheitas, vitórias na guerra, honrando os
deuses, ou divinizando homens.
Nas festividades que honravam deuses eram frequentes as libações.
Havia também variadíssimas vezes competições teatrais, quer de tragédias, quer
de comédias.
Regularmente ocorriam actividades no Circus Maximus, sendo este o ponto de
diversão mais atractivo para o cidadão romano.
No Circus Maximus, aconteciam lutas de gladiadores, batalhas navais, lutas entre
homens e animais (trazidos de toda a parte do império para alegrar um público cada vez
mais exigente), deleitando Roma.

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Os divertimentos romanos ocupavam grande parte da vida dos cidadãos, que
competiam pelas festividades mais majestosas na intenção de angariarem votos.
O fausto e o exagero foram uma constante durante o império.
De realçar que a entrada nos teatros era grátis.
Saliente-se que os imperadores romanos faziam questão de manter o povo
distraído para assegurarem o seu poder, e uma maneira eficaz de concretizarem este
intento era através dos ludi.
A linha dos jogos de Roma baseva-se na máxima mens sana in corpore sano.

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