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EE2 – RELATÓRIO TRISSOMIA 21

E MATEMÁTICA
Programa e estratégias educativas:

Tendo em conta que as crianças com Trissomia 21 têm características que são
necessárias de ter em conta na aprendizagem, é então fundamental que haja um
programa adaptado para as mesmas.

Por conseguinte, os alunos com Trissomia 21 necessitam de algumas adaptações


no que concerne às estratégias de ensino. Relativamente à perceção, as crianças com
Trissomia 21 apresentam maiores dificuldades na discriminação visual e auditiva, e no
reconhecimento táctil dos objetos. Estes alunos necessitam também de mais tempo para
dirigir a sua atenção, e requerem por isso, uma motivação especial que os leve a ter uma
melhor concentração, mantendo desta forma, o interesse da criança, e orientam-se por
imagens, por coisas concretas e não por conceitos abstratos. A intervenção educativa
nestas crianças deve ser precoce e contínua com uso de metodologias adequadas,
permitindo assim à criança adquirir competências na Matemática. Deste modo, é
possível ajudá-los através de numerosas maneiras tais como jogos que fundamentem a
leitura, a escrita de quantidades numéricas e o desenvolvimento de procedimentos
operatórios. As atividades de classificação também são importantes por serem eficazes e
auxiliarem estes alunos a desenvolver as suas potencialidades. Estas práticas permitem
desenvolver a atenção visual e auditiva, mediante diversos estímulos, como a
observação, perceção e discriminação, permitindo que o aluno aprenda a observar e a
captar semelhanças e diferenças, as relacione, associe e classifique, visto que se a
criança não tiver esta consciência não consegue aprender. Oliveira (2013).

Horstmeier (2004) destaca algumas estratégias fundamentais de ensino a


crianças portadoras desta alteração genética, sendo elas:

 Enfatização da aprendizagem visual, através da observação de objetos ou


imagens, como gráficos ou representações pictóricas de atividades;
 Atividades manuais ou práticas: um exemplo desta atividade é um exercício em
que os alunos se dirigem para partes específicas da sala, cuja cor favorita é
vermelha e, depois contam quantas pessoas se movimentaram para essa
determinada parte da sala;
 Fornecer um ensino estruturado, mas oferecendo alguma flexibilidade, como por
exemplo, a elaboração de um horário com cada atividade, permitindo uma auto-
organização por parte dos alunos;
 Foco na atenção do aluno;
 Fornecimento de um trabalho escrito não distrativo;
 Minimização de exigências motoras finas, pois estas apresentam uma grande
dificuldade na execução de tarefas em que é necessário segurar um lápis para
escrever os números, perdendo assim rapidamente o interesse;
 Dar trabalhos simples e claros:
“Parents can help by having a consistente time for homework that doesn’t
compete with favorite TV shows or outdoor play. Homework should not be a
constant time for conflict between students and parents.” (Horstmeier, 2004, p.
25).
O autor explica que os trabalhos dados para casa devem ser sobre algo que o
aluno já tenha aprendido e que os pais não devem fazer os trabalhos por eles e se
este trabalho causar problemas em casa, os pais e o professor do aluno devem
arranjar soluções em conjunto.
 Trabalhar em direção de um comportamento apropriado: é preciso perceber a
causa de um distúrbio comportamental, pois o comportamento influencia
diretamente a aprendizagem do aluno;
 Começar com uma atividade relativamente fácil no início da aula para os alunos
se manterem motivados;
 A existência de colegas tutores, promovendo assim a entreajuda.
 A criança terá de visualizar o efeito das suas ações quase de forma imediata,
para que não perca o interesse e a motivação na tarefa (Wing & Tacon, 2007).

Programa educativo:

O programa educativo designado por See and Learn Numbers foi concebido para
auxiliar pais e professores no ensino dos números, dando a conhecer as regras básicas
da Matemática (Down Syndrome Education International, 2019), tais como associar um
número a uma quantidade, estabelecer a noção de sequência numérica e a atribuição do
nome ao símbolo matemático que constitui algumas das dificuldades mais
percecionadas nas crianças com Trissomia 21 (Lanfranchi et al., 2015).

O programa estimula e complementa, por meio digital, as competências de leitura e


reconhecimento dos números, de contagem e de compreensão dos mesmos. Para além
disso, também ajuda os alunos a compreender o que é o tempo, o espaço e as medidas,
como distinguir um número pela sua cor, tamanho, forma, percebendo a sua ordem.

Neste programa, os números apresentados são claros e estão sob a forma de uma
imagem ou objeto, facilitando, assim, a captação dos alunos. As atividades são
realizadas para minimizar distrações possíveis, a memória de trabalho e a linguagem,
que são tão exigidas noutras aprendizagens.

Estas atividades são dirigidas a crianças de 3/4 anos que tenham conhecimento de, pelo
menos, cem palavras e para alunos mais velhos que estejam a aprender a contar acima
de 10 e a resolver operações matemáticas.

O programa “See and Learn Numbers” encontra-se dividida em três passos, a saber: See
and Learn First Counting, See and Learn First Concepts e See and Learn Sums.

O primeiro nível inclui atividades para ensinar crianças a pronunciar os números, as


palavras numéricas, associar números, compreender os conceitos de cardinalidade e a
equivalência para números de 1 a 10.

Em relação ao nível See and Learn First Concepts, as atividades desenvolvidas


destinam-se a ensinar as formas dos números, cores, tamanhos, ordenação, comparação,
classificação e sequências.

O último nível, See and Learn Sums, reporta para atividades que ensinam as operações
aritméticas como a soma, subtração, multiplicação e divisão.

Referencias bibliográficas:
Oliveira, C. (2013). Perceção dos professores do 1º ciclo do Ensino Básico face à
construção do raciocínio lógico matemático por crianças com Trissomia 21 (Tese de
mestrado). Escola superior De Educação de João de Deus.

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