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Luís Cláudio Lopes de Araújo

Jorge Cássio Costa Nóbriga

APRENDENDO MATEMÁTICA
COM O GEOGEBRA

EDITORA EXATO
2010
Revisão (em ordem alfabética):
Andrea Lima Madureira
Deire Lúcia Oliveira
Micheli Rabelo de Sousa
Vera Lúcia Cordeiro da Conceição

Diagramação: Luís Cláudio Lopes de Araújo


Capa: Eliseu Lopes de Araújo

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou
reproduzida – em qualquer meio ou forma, seja mecânico ou eletrônico, fotocó-
pia, gravação etc. – nem apropriada ou estocada em sistema de banco de dados,
sem a expressa autorização dos autores.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Araújo, Luís Cláudio Lopes de


Aprendendo matemática com o geogebra / Luís
Cláudio Lopes de Araújo, Jorge Cássio Costa
Nóbriga. – São Paulo : Editora Exato, 2010.

1. Geogebra (Pograma de computador)


2. Matemática – Programas de computador
I. Nóbriga, Jorge Cássio Costa. II. Título.

10-03562 CDD-005.369

Índices para catálogo sistemático:

1. Geogebra : Computadores : Programas :


Processamento de dados 005.369

Contato com os autores


jcassio@geogebra.com.br
luisclaudio@geogebra.com.br
Agradecimentos
Queríamos registrar aqui os nossos agradecimentos a todos que nos aju-
daram no preparo deste livro. Agradecemos em especial às professoras Deire
Lúcia Oliveira, Micheli Rabelo de Sousa, Vera Lúcia Cordeiro da Conceição, Ruth
Guimarães Bragança e aos alunos Renato Gonçalves e Marco Túlio de Sá. Agrade-
cemos também a Editora Exato e toda sua equipe pelo interesse em nosso traba-
lho e ao profissional Eliseu Lopes de Araújo pela prestimosa ajuda com o
Corel Draw e pela arte da capa.
Dedicamos este trabalho aos nos-
sos filhos: Miguel (J. Cássio), Yuri,
Gabriel e Isabela (Luís Cláudio LA).
Os autores

O professor Jorge Cássio Costa Nóbriga é licenciado em Matemática pela


UnB e mestre em Ensino das Ciências pela UFRPE. Autor das 1ª, 2ª e 3ª edições
dos livros Aprendendo Matemática com o Cabri-Géomètre II (volumes 1 e 2) e
Aprendendo Matemática com o Cabri-Géomètre II e II-Plus (volume único).
Atua em cursos de graduação e pós-graduação em instituições de Ensino Superior
de Brasília.

O professor Luís Cláudio Lopes de Araújo é licenciado em Matemática pela


PUC-GO (Pontifícia Universidade Católica de Goiás), mestre em Matemática (Pura)
pela UnB (Universidade de Brasília) e doutorando em Matemática pela UnB (tran-
cado no último semestre). Já atuou no Ensino Fundamental e Médio e atua como
professor de graduação no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB).
Apresentação

Quando nos propusemos a escrever este livro, estávamos pensando em de-


senvolver um material que pudesse auxiliar o processo de ensino e aprendizagem
da matemática, utilizando o software educativo Geogebra. Tal iniciativa foi moti-
vada por vários comentários de professores que ao participarem de nossos cursos
nos solicitavam um livro que pudesse auxiliá-los nas aulas com o Geogebra.
A partir daí, nossa pergunta motivadora foi: Como explorar os diversos assuntos
do ensino fundamental e médio no Geogebra ? Com estudo e exploração, pude-
mos perceber que grande parte dos assuntos desses níveis poderiam ser explora-
dos. Percebemos ainda, que essa ferramenta poderia suprir várias limitações do
“Quadro e Giz (ou pincel)”. A partir daí, nossa pergunta foi: Como levar isso para
os professores e alunos? Daí surgiu a ideia de escrever um livro autoinstrutivo
voltado para o aluno. Um material onde ele pudesse desenvolver, de maneira
independente, as construções. O professor não precisaria se preocupar com a
operacionalidade do programa. A ele caberia:

 A partir das manipulações das figuras, auxiliar os alunos na formulação de


conjecturas, conclusões e justificativas.

 Analisar até que ponto os alunos estão conseguindo perceber e entender


o que está por trás das construções.

 Auxiliar a transferência do conhecimento adquirido com o computador


para outros contextos, como o lápis-papel.

 Diante do conhecimento das possibilidades do programa, estimular os a-


lunos a fazerem novas construções.

“Aprendendo Matemática com o Geogebra” foi uma resposta para as nossas


perguntas iniciais. Os capítulos do livro foram testados com alunos por nós e por
vários professores. As respostas dos alunos e professores foram muito positivas.
Assim, percebemos que os nossos propósitos para o livro estão sendo alcançados.
De qualquer forma, acreditamos que a partir de novas experimentações, podere-
mos perceber onde podemos melhorar. Assim, toda e qualquer sugestão, comen-
tário ou crítica que busquem a melhoria desse trabalho serão bem vindos!

Os autores
Sobre a utilização do livro

Apesar do GeoGebra fornecer condições que permitem a elaboração de situações


que favorecem a construção de conhecimentos pelo aluno, ele, sozinho, não pode ensinar
coisa alguma. Para que haja aprendizagem efetiva com este recurso, é necessário a
elaboração de situações de uso. A partir dessa perspectiva é que este livro foi escrito.

Quando nos propusemos a escrever o livro, acreditávamos que o professor de


matemática não deveria estar no laboratório de informática para ensinar a usar o
GeoGebra. Ele deveria estar lá para ensinar Matemática. O GeoGebra é apenas um meio
para isso. Assim o escrevemos de forma que o professor não precisasse se preocupar com
a parte operacional do programa. Essa parte caberia ao livro. No entanto, não queríamos
fazer um “manual de instruções” do GeoGebra. Dessa forma, buscamos apresentar
diversas situações de uso. Apresentamos vários exemplos de atividades que podem ser
exploradas no GeoGebra. Tais atividades exploram construções, manipulações e
visualizações de diversos temas, propriedades geométricas e algébricas, auxiliando no
processo de construção do conhecimento.

Por outro lado, assim como o GeoGebra sozinho não ensina coisa alguma,
também o livro sozinho nada pode ensinar. Para que possa haver aprendizagem, é
necessário que o aluno reflita durante a execução das atividades, ou seja, que ele busque
experimentar de diferentes maneiras, percebendo as propriedades, conjecturando e
justificando. No decorrer das atividades, são colocadas diversas questões e justificativas
que buscam auxiliar os alunos nessas reflexões, mas elas não são suficientes. Daí a
importância do professor. O papel do professor é de fundamental importância nesse
processo. Ele precisa criar novos mecanismos para fazer com que os alunos reflitam e
percebam o que de fato está por trás das construções que eles estão fazendo, além de
auxiliá-los nas justificativas das construções.

Este livro foi feito com o propósito de ser explorado no GeoGebra 3.2. Assim,
todos os comandos e layout das figuras que contêm no livro são feitos a partir desta
versão. No entanto, nada impede que ele possa ser explorado em outras versões.

Outro fato que é importante lembrar é que não tem a pretensão de substituir os
livros “tradicionais”. Este vem apenas para adicionar aos demais livros didáticos. Dessa
forma, para que a aprendizagem possa ser efetiva, talvez seja necessário consultar outros
livros.
Ao professor

Professor(a), este livro foi pensado para ser usado em um laboratório de


informática. Nele estão os passos da construção que deverão levar o aluno à
reflexão. O tamanho do livro é de 17x24 (cm) e talvez não seja apropriado para
ficar aberto enquanto o aluno executa os comandos. Sugerimos que os alunos
sejam distribuidos em duplas de forma que um leia e o outro execute os
comandos e, posteriormente, reflitam sobre o construído.

As construções possuem as seguintes partes:

1. Referencial Teórico: procuramos situar o aluno com respeito ao


conceito que se quer estudar.
2. Processo de Construção: é onde estão as instruções para a
construção proposta.
3. Momento de Reflexão: nesta seção procuramos fazer algumas
perguntas que direcionem o aluno em seu raciocínio. Queremos
que ele perceba alguns aspectos importantes e, para isto,
pedimos que eles respondam a algumas questões no próprio livro.
4. Por quê?: esta é uma seção que não aparece em todas as
construções. Com esta seção procuramos instigá-lo a pensar no
porquê do resultado encontrado. Em várias situações, ele é
conduzido a uma demonstração que justifique a propriedade
vista. Nestas justificativas, é importante a sua presença para
mostrar o que está por trás do que mostra a ilustração construída.
Construções mais laboriosas, cujo objetivo é conduzir a uma
justificativa de uma propriedade, estão colocadas no apêndice.

O livro dispõe de um índice remissivo que permite fazer busca a partir de


palavras chaves, um sumário que permite buscar por capítulos, seções e
subseções e um CD onde há, além do software para instalar, alguns arquivos do
GeoGebra com algumas construções mais sofisticadas. Com isso é possível que
você, professor, utilize o material produzido para aulas expositivas também. No
CD há também os textos que serão usados em textos dinâmicos. Estão em
arquivos *.txt e separados por capítulos.

Como última recomendação, sugerimos que, ao preparar sua aula, faça as


construções tentando mapear os pontos onde seus alunos poderão ter
dificuldades.

Os autores
Sumário

CAPÍTULO 1: CONHECENDO O GEOGEBRA ....................................................................... 1

A BARRA DE FERRAMENTAS DO GEOGEBRA ................................................................................. 1


FUNÇÕES DA BARRA DE FERRAMENTAS ....................................................................................... 2
FUNÇÕES DO BOTÃO DIREITO DO MOUSE................................................................................... 13
O CAMPO DE ENTRADA ......................................................................................................... 14
OPERADORES DIVERSOS ......................................................................................................... 15
A JANELA DE ÁLGEBRA .......................................................................................................... 17
EXIBINDO E OCULTANDO A JANELA DE ÁLGEBRA: O QUE MUDA? .................................................... 18

CAPÍTULO 2: NOÇÕES BÁSICAS .......................................................................................19

FUNÇÕES BÁSICAS ................................................................................................................ 19


USANDO O CAMPO DE ENTRADA ....................................................................................... 22
USANDO A FERRAMENTA SELETOR ........................................................................................... 23
TEXTOS COM A SINTAXE LATEX ............................................................................................... 24
INSERINDO TEXTOS DINÂMICOS ............................................................................................... 27

CAPÍTULO 3: GEOMETRIA PLANA: ÂNGULOS, TRIÂNGULOS E QUADRILÁTEROS .............28

ÂNGULOS E BISSETRIZ ............................................................................................................ 28


CONSTRUINDO A BISSETRIZ APENAS COM RÉGUA E COMPASSO ....................................................... 32
CONSTRUÇÃO DE UM TRIÂNGULO EQUILÁTERO .......................................................................... 35
CONSTRUÇÃO DE UM TRIÂNGULO QUALQUER............................................................................. 38
ALTURA E ÁREA DE UM TRIÂNGULO .......................................................................................... 40
O TEOREMA DE PITÁGORAS.................................................................................................... 43
TRAPÉZIOS .......................................................................................................................... 55
PARALELOGRAMOS ............................................................................................................... 61
LOSANGOS, RETÂNGULOS E QUADRADOS................................................................................... 65

CAPÍTULO 4: GEOMETRIA PLANA – TEOREMA DE TALES E CIRCUNFERÊNCIAS ................66

O TEOREMA DE TALES ........................................................................................................... 66


O TEOREMA DA BISSETRIZ INTERNA .......................................................................................... 71
CIRCUNFERÊNCIAS ................................................................................................................ 76
TRIÂNGULO INSCRITO EM UMA SEMICIRCUNFERÊNCIA .................................................................. 80
RELAÇÕES MÉTRICAS NA CIRCUNFERÊNCIA ................................................................................. 81
O PROBLEMA DO TESOURO DOS PIRATAS ................................................................................... 88

CAPÍTULO 5 – PRINCIPAIS PONTOS NOTÁVEIS DO TRIÂNGULO ......................................96

O INCENTRO........................................................................................................................ 96
O CIRCUNCENTRO .............................................................................................................. 101
O ORTOCENTRO................................................................................................................. 106
O BARICENTRO .................................................................................................................. 113
CAPÍTULO 6 – FUNÇÕES AFINS ......................................................................................117

CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO DA FUNÇÃO AFIM ........................................................................... 117


ZERO DA FUNÇÃO AFIM........................................................................................................ 122
O PONTO EM QUE O GRÁFICO INTERCEPTA O EIXO DAS ORDENADAS .............................................. 124
A FUNÇÃO É CRESCENTE OU DECRESCENTE? ............................................................................. 125
QUANDO A FUNÇÃO AFIM É CRESCENTE? E DECRESCENTE? ......................................................... 126
ESTUDO DO SINAL DE UMA FUNÇÃO AFIM ................................................................................ 129

CAPÍTULO 7 – FUNÇÕES QUADRÁTICAS ........................................................................136

CONSTRUÇÃO DO GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA ................................................................ 136


RELAÇÃO ENTRE O SINAL DO PARÂMETRO “A” E O FATO DE A PARÁBOLA SER CÔNCAVA OU CONVEXA .. 140
QUAL O SIGNIFICADO DO PARÂMETRO “B” PARA O GRÁFICO DA FUNÇÃO QUADRÁTICA? ................... 142
RELAÇÃO ENTRE O PARÂMETRO “C” E O LOCAL ONDE A PARÁBOLA INTERCEPTA O EIXOY? ................. 143
RAÍZES OU ZEROS DA FUNÇÃO QUADRÁTICA ............................................................................ 145
RELAÇÃO ENTRE O SINAL DE ∆ E O NÚMERO DE RAÍZES DA FUNÇÃO QUADRÁTICA............................. 146
VÉRTICE DA PARÁBOLA ........................................................................................................ 149
A FUNÇÃO É SEMPRE CRESCENTE? SEMPRE DECRESCENTE? ......................................................... 151
ESTUDO DO SINAL DA FUNÇÃO QUADRÁTICA ............................................................................ 154
AMBIENTES PARA RESOLUÇÃO PASSO A PASSO .......................................................................... 159

CAPÍTULO 8 – TRIGONOMETRIA BÁSICA .......................................................................164

TRIGONOMETRIA NO TRIÂNGULO RETÂNGULO .......................................................................... 164


LEI DOS SENOS ................................................................................................................... 170
LEI DOS COSSENOS ............................................................................................................. 176

CAPÍTULO 9 – TÓPICOS COMPLEMENTARES .................................................................180

RAZÃO ÁUREA.................................................................................................................... 180


PONTO ÁUREO .................................................................................................................. 185
RETÂNGULO ÁUREO............................................................................................................ 191
ESPIRAL ÁUREA OU LOGARÍTMICA ......................................................................................... 194
CURIOSIDADES – ESPIRAIS NA NATUREZA ................................................................................ 197
COMO ENCONTRAR O VALOR DO SENO DE 18 GRAUS? ............................................................... 200
DUAS QUESTÕES INTERESSANTES QUE ESTIVERAM EM VESTIBULARES ............................................ 207

APÊNDICE .....................................................................................................................213

INDEPENDÊNCIA DA POSIÇÃO DA PALMEIRA NO PROBLEMA DO PIRATA .......................................... 213


JUSTIFICATIVA PARA A LEI DOS SENOS ..................................................................................... 214
JUSTIFICATIVA PARA A LEI DOS COSSENOS ................................................................................ 216
JUSTIFICATIVA PARA ENCONTRO DAS MEDIANAS........................................................................ 220
Conhecendo o GeoGebra
Passos Iniciais

Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

A figura a seguir apresenta a tela do GeoGebra 3.2.

Barra de
Menu
Janela de
Barra de Visualização
Ferramentas
Me

Janela de
Álgebra

Campo de Entrada
Um dos diferenciais deste programa em relação aos outros softwares de
Geometria Dinâmica é o fato de se poder acessar as funções, tanto via botões na
Barra de Ferramenta, quanto pelo Campo de Entrada. Além disso, pode-se alterar
as propriedades dos objetos construídos via Janela de Álgebra e também através
de algumas ferramentas do Botão Direito do Mouse. A seguir, falaremos sobre a
Barra de Ferramentas, Campo de Entrada, Janela de Álgebra e Botão Direito do
Mouse.

A barra de ferramentas do GeoGebra


A barra de ferramentas do GeoGebra está dividida em 11 Janelas como a
que se apresenta a seguir.
2 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

Cada Janela possui várias ferramentas. Para poder visualizar essas ferra-
mentas, basta clicar na parte inferior do ícone. Fazendo isto, o programa abrirá as
opções referentes a esta janela. Veja um exemplo na figura seguinte.

Note que cada ícone tem um desenho e um nome para ajudá-lo a lembrar
o que a ferramenta faz. A seguir, falaremos dos principais ícones da Barra de Fer-
ramentas.

Funções da Barra de Ferramentas


Como foi dito anteriormente, clicando-se na parte inferior de cada Janela
do menu, o GeoGebra abre mais possibilidades de ferramentas. Nesta seção, fala-
remos das ferramentas mais importantes de cada Janela.

Menu da Janela 1

MOVER

Com esta ferramenta pode-se selecionar, mover e manipular objetos. É


uma das ferramentas mais usadas no programa. Também pode-se sele-
cioná-la, apertando o “ESC” do teclado.

GIRAR EM TORNO DE UM PONTO

Com esta ferramenta pode-se girar objetos em torno de um ponto.


Funções da Barra de Ferramentas 3

GRAVAR PARA A PLANILHA DE CÁLCULO

Após selecionar diversos objetos na Janela de Visualização, é possível


transportar as informações para a planilha de cálculo (semelhante ao
Excel, Calc, Gnumeric e outras).

Menu da Janela 2

NOVO PONTO

Cria um ponto em um espaço livre, em um objeto ou em uma interse-


ção. No GeoGebra a rotulação é automática, ou seja, ao criar um ponto,
automaticamente ele recebe um nome ou rótulo1. Essa nomeação se dá
usando as letras maiúsculas do nosso alfabeto (A,B,C...). Posteriormen-
te, quando estivermos falando sobre o “CAMPO DE ENTRADA”, você
perceberá que existe outra forma de se criar pontos.

INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS

Com esta opção pode-se explicitar os pontos de interseção entre dois


objetos. Para utilizar esta ferramenta, você poderá apontar o cursor
diretamente sobre a intersecção dos objetos ou clicar sucessivamente
sobre cada um dos dois objetos aos quais se deseja mostrar o ponto de
interseção.

PONTO MÉDIO OU CENTRO

Esta ferramenta cria o ponto médio entre dois pontos. Além disso, cria
o centro de uma circunferência ou cônica (elipse e hipérbole). Para se
criar o ponto médio de um segmento pode-se clicar diretamente sobre
a linha do segmento ou sobre os extremos dele.

1
É necessário que a Janela de Álgebra esteja ativada.
4 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

Menu da Janela 3

RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS

Ativando esta ferramenta, pode-se criar uma reta que passa por dois
pontos. Se os pontos já estiverem na área gráfica, basta clicar sobre
eles seguidamente. Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta
criá-los com a ferramenta em questão ativada.

SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS

Esta ferramenta cria o segmento de reta que une dois pontos. Se os


pontos já estiverem na área gráfica, basta clicar sobre eles seguida-
mente. Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los com
a ferramenta em questão ativada.

SEGMENTO COM COMPRIMENTO FIXO

Esta ferramenta cria o segmento de reta com comprimento definido.


Para utilizá-la, basta clicar na tela, criando o extremo inicial. Após isso,
aparecerá uma caixa na tela, solicitando a medida do comprimento.
Digite-a e aperte o ENTER ou clique sobre o botão OK.

SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS

Esta ferramenta cria uma semirreta a partir de dois pontos. Se os pon-


tos já estiverem na área gráfica, basta clicar sobre eles seguidamente.
Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los com a fer-
ramenta em questão ativada.

VETOR DEFINIDO POR DOIS PONTOS

Esta ferramenta cria um vetor a partir de dois pontos. Os pontos po-


dem já estar na área gráfica. Nesse caso, basta clicar nos pontos se-
guidamente. Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los
com a ferramenta ativada.
Funções da Barra de Ferramentas 5

VETOR A PARTIR DE UM PONTO

Esta ferramenta cria um vetor paralelo a outro vetor. Para isso, deve-
se clicar num vetor e depois num ponto.

Menu da Janela 4

RETA PERPENDICULAR

Com esta ferramenta, pode-se construir uma reta perpendicular a


uma reta, semirreta, segmento, vetor, eixo ou lado de um polígono.
Assim, para se criar uma perpendicular, você deverá clicar sobre um
ponto e sobre uma direção (naturalmente representada por qualquer
semirreta, segmento, vetor, eixo ou lado de um polígono).

RETA PARALELA

Com esta ferramenta, pode-se construir uma reta paralela a uma reta,
semirreta, segmento, vetor, eixo ou lado de um polígono. Assim, para
criar uma paralela você deverá clicar sobre um ponto e sobre uma
direção (naturalmente representada por qualquer semirreta, segmen-
to, vetor, eixo ou lado de um polígono).

MEDIATRIZ

Esta ferramenta constrói a reta perpendicular que passa pelo ponto


médio de um segmento. Caso os pontos ou o segmento já estejam na
área gráfica, pode-se criar a mediatriz, clicando sobre o segmento ou
sobre os dois pontos que o determina. Se os pontos não estiverem na
área gráfica, basta criá-los com a ferramenta ativada.

BISSETRIZ

Com esta ferramenta, pode-se construir a bissetriz de um ângulo. Para


isto, deve-se clicar nos três pontos que determinam o ângulo. O 2º
ponto clicado é o vértice do ângulo. Dessa forma, o programa constru-
irá a bissetriz do menor ângulo definido pelos 3 pontos. Pode-se tam-
bém construir a bissetriz, clicando sobre os lados do ângulo. Nesse
6 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

caso, o GeoGebra construirá as bissetrizes dos dois ângulos determi-


nados por esses lados.

TANGENTES

Com esta ferramenta, pode-se construir as retas tangentes a uma


circunferência, cônica ou função, a partir de um ponto. Para isso,
deve-se clicar em um ponto e depois na circunferência, cônica ou
gráfico de uma função.

RETA POLAR OU DIAMETRAL

Com esta ferramenta, pode-se construir a reta diametral relativa a


uma circunferência ou qualquer uma das curvas cônicas.

RETA DE REGRESSÃO LINEAR

Com esta ferramenta, pode-se encontrar a reta que melhor se ajusta a


um conjunto de pontos.

LUGAR GEOMÉTRICO

Esta ferramenta constrói automaticamente o lugar geométrico descri-


to pelo movimento de um objeto (ponto, reta, etc) ao longo de uma
trajetória.

Menu da Janela 5

POLÍGONO

Com esta ferramenta, pode-se construir um polígono de N lados. Ao


usar esta ferramenta, deve-se lembrar de que o polígono se fecha
com o último clique no primeiro ponto criado.

POLÍGONO REGULAR

Com esta ferramenta, pode-se construir um polígono regular a partir


de um lado e a quantidade de vértices (ou lados) que deverá ser digi-
tado na caixa que aparecerá.
Funções da Barra de Ferramentas 7

Menu da Janela 6

CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DOS SEUS PONTOS

Esta ferramenta constrói um círculo a partir de 2 pontos. Em várias


situações do livro será solicitada a construção de uma circunferência
com centro em algum ponto passando por outro ponto.

Exemplo: Selecione a opção CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM


DE SEUS PONTOS (Janela 6). A seguir, trace uma circunferência com
centro em A, passando por B. Para fazer isso, você deverá apontar o
cursor para o ponto A, clicar, direcionar o cursor até o ponto B e cli-
car. Um erro bastante comum é clicar no ponto A, arrastar o cursor de
forma que a circunferência “passe” por B e clicar. Dessa forma, a cir-
cunferência não estará "amarrada" ao ponto B.

CÍRCULO DADOS CENTRO E RAIO

Esta ferramenta constrói um círculo a partir do centro e com compri-


mento do raio definido. Para utilizá-la, basta clicar na tela (ou em um
ponto), criando o centro. Após isso, aparecerá uma caixa na tela, soli-
citando a medida do comprimento do raio. Digite-a e aperte ENTER ou
clique em OK.

COMPASSO

Esta ferramenta permite fazer transporte de medidas, ou seja, faz a


função de um compasso. Para usar esta ferramenta, basta clicar em
dois pontos (que fará o equivalente a abrir o compasso) e depois em
um terceiro ponto para onde se quer transportar a medida.

CÍRCULO DEFINIDO POR TRÊS PONTOS

Esta ferramenta constrói um círculo a partir de três pontos. Para utili-


zá-la, basta clicar nos 3 pontos que podem estar ou não na área gráfi-
ca. Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los com a
ferramenta ativada.
8 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

SEMICÍRCULO DEFINIDO POR DOIS PONTOS

Esta ferramenta constrói um semicírculo a partir de dois pontos. Para


utilizá-la, basta clicar nos 2 pontos que podem já estar na área gráfica.
Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los com a fer-
ramenta ativada. O semicírculo será traçado no sentido horário.

ARCO CIRCULAR DADOS O CENTRO E DOIS PONTOS

Esta ferramenta constrói um arco circular a partir do centro e dois


pontos. Para utilizá-la, é preciso clicar primeiro sobre o centro. Se o
sentido dos cliques for anti-horário o GeoGebra construirá o menor
arco definido pelos 3 pontos. Se for horário, será construído o maior
arco.

ARCO CIRCUNCIRCULAR DADOS TRÊS PONTOS

Esta ferramenta constrói um arco a partir de três pontos. Para utilizá-


la, basta clicar nos 3 pontos que podem já estar na área gráfica. Se os
pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los com a ferramenta
ativada.

SETOR CIRCULAR DADOS O CENTRO E DOIS PONTOS

Esta ferramenta constrói um setor circular a partir do centro e dois


pontos. Para utilizá-la, é preciso que o primeiro clique seja dado sobre
o centro. Se o sentido dos cliques for anti-horário, o GeoGebra cons-
truirá o menor setor definido pelos 3 pontos. Se for horário, será
construído o maior setor.

SETOR CIRCUNCIRCULAR DADOS TRÊS PONTOS

Esta ferramenta constrói um setor a partir de três pontos da circunfe-


rência. Para utilizá-la, basta clicar nos 3 pontos que podem já estar na
área gráfica. Se os pontos não estiverem na área gráfica, basta criá-los
com a ferramenta ativada.
Funções da Barra de Ferramentas 9

Menu da Janela 7

ELIPSE

Esta ferramenta constrói uma elipse usando três pontos: dois focos e
um terceiro ponto na curva.

HIPÉRBOLE

Esta ferramenta constrói uma hipérbole usando três pontos: dois fo-
cos e um terceiro ponto na curva

PARÁBOLA

Esta ferramenta constrói uma parábola usando um ponto e uma reta


diretriz.

CÔNICA DEFINIDA POR CINCO PONTOS

Esta ferramenta constrói uma cônica (parábola, elípse ou hipérbole) a


partir de cinco pontos. Para utilizá-la, basta clicar nos 5 pontos que
podem estar na área gráfica. Se os pontos não estiverem na área grá-
fica, basta criá-los com a ferramenta ativada.

Menu da Janela 8

ÂNGULO

Com esta ferramenta, é possível marcar e medir um ângulo definido


por três pontos, onde o segundo ponto clicado é o vértice dele. Você
pode também fazer isso, clicando sobre os lados do ângulo. Se o sen-
tido dos cliques for anti-horário, o GeoGebra marcará o maior ângulo
definido pelos 3 pontos. Se for horário, será construído o menor ângu-
lo.

ÂNGULO COM AMPLITUDE FIXA

Com esta ferramenta, a partir de dois pontos, pode-se construir um


ângulo com amplitude fixa. Para isso, deve-se clicar nos dois pontos
iniciais. O programa abrirá uma janela perguntando a medida e o sen-
10 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

tido (horário ou anti-horário) do ângulo que se deseja criar. Na reali-


dade o que essa função faz é rotacionar o primeiro ponto clicado ao
redor do segundo por um ângulo definido.

DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO

Esta ferramenta mostra na Janela de Visualização o comprimento de


um segmento ou distância entre 2 pontos. Também mostra o períme-
tro de um polígono, círculo (ou cônicas). E, para isso, basta clicar no
segmento, polígono ou círculo.

ÁREA

Esta ferramenta mostra a área da região limitada por uma poligonal,


circunferência ou elipse.

INCLINAÇÃO

Esta ferramenta mostra a inclinação de uma reta. Se a reta foi cons-


truída a partir de dois pontos, o comando exibirá um triângulo retân-
gulo com hipotenusa sobre a reta e com vértice em um dos pontos. Se
a reta foi obtida de uma equação, colocará esse triângulo com vértice
na interseção com o EixoX ou com o EixoY.

Menu da Janela 9

REFLEXÃO COM RELAÇÃO A UMA RETA

Esta ferramenta constrói o reflexo (simetria axial) de um objeto (pon-


to, círculo, reta, polígono, etc) em relação a uma reta.

REFLEXÃO COM RELAÇÃO A UM PONTO

Esta ferramenta constrói o reflexo (simetria central) de um objeto


(ponto, círculo, reta, polígono, etc) em relação a um ponto.

INVERSÃO

Esta ferramenta constrói o reflexo de um ponto sobre uma circunfe-


rência, ou seja, considere uma circunferência com centro em 𝑂, então
Funções da Barra de Ferramentas 11

a reflexão de um ponto P é um ponto Q que está na semirreta 𝑂𝑃 e


1
onde 𝑂𝑄 = .
𝑂𝑃

GIRAR EM TORNO DE UM PONTO POR UM ÂNGULO

Esta ferramenta constrói o reflexo (simetria rotacional) de um objeto


(ponto, círculo, reta, polígono, etc) ao redor de um ponto, por um
ângulo determinado.

TRANSLADAR OBJETO POR UM VETOR

Esta ferramenta constrói o reflexo (simetria translacional) de um obje-


to (ponto, círculo, reta, polígono, etc) a partir de um vetor.

AMPLIAR OU REDUZIR OBJETOS DADOS CENTRO E FATOR DE


HOMOTETIA

Esta ferramenta constrói o homotético de um objeto (ponto, círculo,


reta, polígono, etc), a partir de um ponto e um fator (número que é a
razão de semelhança).

Menu da Janela 10

SELETOR

Um seletor é um pequeno segmento com um ponto que se movimen-


ta sobre ele. Com esta ferramenta é possível modificar, de forma di-
nâmica, o valor de algum parâmetro. O uso de seletores neste livro
será feito, principalmente, no estudo de funções.

CAIXA PARA EXIBIR/ESCONDER OBJETOS

Esta ferramenta permite que você escolha quais são os objetos que
quer mostrar, quando ela está ativada. Desmarcando-a, os objetos a
ela vinculados desaparecem da Janela de Visualização.

INSERIR TEXTO

Com esta ferramenta, pode-se inserir qualquer texto na área gráfica.


12 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

Tem-se toda a simbologia do LaTeX a sua disposição. Caso não conhe-


ça LaTeX poderá usar textos simples.

INCLUIR IMAGEM

Com esta ferramenta, pode-se inserir figuras na área gráfica. Ao sele-


cionar esta ferramenta e ao clicar na área gráfica, abrirá um caixa
onde você poderá procurar a figura que deseja inserir na tela. Essa
figura tem que estar no formato jpg, gif, png e tif.

RELAÇÃO ENTRE DOIS OBJETOS

Esta ferramenta identifica algumas relações entre dois objetos: se um


objeto pertence a outro, se são paralelos, se são iguais etc.

Menu da Janela 11

DESLOCAR EIXOS

Com esta ferramenta, pode-se mover o sistema de eixos, bem como


todos os objetos nele contidos. É ideal para se fazer ajuste com rela-
ção à posição dos objetos exibidos na janela de visualização.

AMPLIAR

Com esta ferramenta, pode-se ampliar as figuras que estão na área


gráfica, como se estivesse aumentando o zoom.

REDUZIR

Com esta ferramenta pode-se reduzir as figuras que estão na área


gráfica. Como se estivesse diminuindo o zoom.

EXIBIR/ ESCONDER OBJETO

Com esta ferramenta, pode-se ocultar objetos. Para isso, após sele-
cionar a ferramenta, deve-se clicar sobre o objeto que deseja ocultar.
Ele ficará destacado. Após isso, selecione outra ferramenta qualquer
ou aperte o ESC do teclado. O objeto ficará oculto. Pode-se também
Funções do botão direito do mouse 13

exibir os objetos que estão ocultos.

EXIBIR/ ESCONDER RÓTULO

Com esta ferramenta, pode-se ocultar os rótulos dos objetos. Pode-se


também exibir os rótulos que estão ocultos.

COPIAR ESTILO VISUAL

Com essa ferramenta, pode-se copiar um estilo visual de um objeto


para outro: pontilhado, cor, tamanho, etc.

APAGAR OBJETO

Com esta ferramenta, pode-se apagar objetos, tanto na Área Gráfica,


quanto na Janela de Álgebra.

Funções do botão direito do mouse


Ao clicar com o botão direito do mouse em uma área em branco da Jane-
la de Visualização, aparece uma janela como a mostrada a seguir. As opções são
as seguintes:

 Eixo: Exibe ou esconde os eixos coor-


denados.
 Malha: Exibe ou esconde uma grade
no sistema de eixos.
 Zoom: A partir de um percentual fixo,
aumenta ou diminui o zoom da tela.
 EixoX: EixoY: Permite mudar a escala
dos eixos. Vale observar que se ativar
a ferramenta DESLOCAR EIXOS
(Janela 11) e clicar sobre um dos eixos e arrastar, também terá o efeito
de mudança de escala.
 Exibir todos os objetos: tornam visíveis todos os objetos que estão es-
condidos.
 Visualização padrão: Retorna o sistema de eixos e a escala à posição ini-
cial.
14 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

 Propriedades: Permite modificar as propriedades da Janela de Visualiza-


ção como: cor de fundo, cor dos eixos, marcadores, distância entre uma
marca e outra, unidades etc.

Ao se clicar com o botão direito do mouse sobre um objeto, aparecerá uma


janela com diversas opções para o objeto selecionado. Mostramos o que ocorre
ao clicar em um objeto que está na janela de Visualização. No caso da figura se-
guinte, clicamos com o botão do lado direito do mouse sobre um ponto.

As opções mais comuns são:

 Exibir objeto: Esconde ou exibe objetos.


 Exibir rótulo: O rótulo é o nome do objeto.
Esta opção permite esconder ou exibir ró-
tulos.
 Habilitar rastro: Deixa um rastro do objeto
ao ser movimentado.
 Copiar para a Linha de Comandos: Escreve
no CAMPO DE ENTRADA o comando que
gera aquele objeto.
 Renomear: Permite dar um novo nome (rótulo) ao objeto.
 Apagar: Permite apagar um objeto
 Propriedades: Permite acessar um ambiente de edição de propriedades
diversas do objeto tais como: cores, espessura, intensidade de preen-
chimento, condição para o objeto aparecer, tipos de coordenadas etc.

O Campo de Entrada
O Campo de Entrada fica no rodapé da janela do GeoGebra. Através deste
campo, é possível operar com o GeoGebra, usando comandos escritos. Pratica-
mente todas as ferramentas da Barra de Ferramentas podem ser acessadas usan-
do comandos escritos

Vale ressaltar que existem comandos acessíveis no CAMPO DE ENTRADA e


que não estão na Barra de Ferramentas. Como exemplo, sugerimos que digite no
CAMPO DE ENTRADA e pressione ENTER.

 A=(1,3)
Operadores diversos 15

 B=(3,4)
 Elipse[A,B,2]

Observamos que os dois primeiros comandos geram pontos, assim como


a ferramenta NOVO PONTO (Janela 1). A diferença é que pela referida ferramenta
o ponto é obtido através de um clique com o mouse e perde em precisão. No
Campo de Entrada, podemos dizer EXATAMENTE onde o ponto aparecerá. O últi-
mo comando está disponível também através da Barra de Ferramentas, (Jane-
la 7). Basta clicar sobre este botão e depois sobre os pontos A e B e em um tercei-
ro ponto por onde a elipse passará.

Operadores diversos
No GeoGebra, assim como em qualquer software que trabalhe com ma-
temática, os operadores são ativados de forma bem simples. A seguir, encontra-se
uma tabela com os principais operadores e suas funções.

Operador O que faz?

+ Operador adição: adiciona o que está à esquerda com o que está


à direita.

- Operador Subtração: subtrai o que está à esquerda do que está à


direita.

* Operador multiplicação: multiplica o que está à esquerda com o


que está à direita.

Obs.: o espaço também é entendido como multiplicação. Assim, escrever 2*x e


2 x , obtém-se o mesmo resultado.

/ Operador divisão: divide o que está à esquerda com o que está à


direita.

^ Operador potência: o que está à esquerda é considerado base e


o que está à direita o expoente. Por exemplo: x^2 é o mesmo que
16 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

𝑥 2 . Alternativamente, pode-se usar as combinações Alt Gr+2 e


Alt Gr+3 (do teclado) para gerar ² e ³. Escrevendo x² e x³ , o Geo-
Gebra também aceita.

sqrt(…) Operador raiz quadrada: extrai a raiz quadrada de “...”.

cbrt(…) Operador raiz cúbica: extrai a raiz cúbica de “...”.

log(...) Operador logaritmo natural: calcula o logaritmo natural de “...”.

ln(...) Operador logaritmo natural: assim como o anterior, calcula o


logaritmo natural de “...”.

Obs.: os dois símbolos log( ) e ln( ) são usados para cálculo de logaritmo natu-
ral.

ld(…) Operador logaritmo binário: calcula o logaritmo binário de “...”,


ou seja, calcula o logaritmo de “...”, mas na base 2.

lg(…) Operador logaritmo decimal: calcula o logaritmo decimal de “...”,


ou seja, calcula o logaritmo de “...”, mas na base 10.

sin(...) Operador seno: calcula o seno de “…”.

Obs.: medida em radianos.

cos(...) Operador cosseno: calcula o cosseno de “…”.

Obs.: medida em radianos.

tan(...) Operador tangente: calcula a tangente de “…”.

Obs.: medida em radianos.

abs(...) Operador valor absoluto: calcula o valor absoluto de “…”. Lem-


bre-se que 𝑥 = 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑎𝑏𝑠𝑜𝑙𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑥
A Janela de Álgebra 17

A Janela de Álgebra
O GeoGebra inicia, geralmente, com a Janela de Álgebra sendo mostrada
na tela. Caso não esteja, pode-se mostrá-la a partir da Barra de Menu, em EXIBIR
e marcando a opção JANELA DE ÁLGEBRA. A Janela de Álgebra pode ser posicio-
nada à esquerda na vertical (que é o padrão) ou abaixo na horizontal. Para modifi-
car esta opção, desmarque a opção DIVISÃO HORIZONTAL no menu EXIBIR.

Uma das funções da Janela de Álgebra é exibir as informações algébricas


dos objetos que estão na Janela de Visualização. Na figura seguinte, há quatro
pontos (A,B,C e D) na Janela de Visualização. Na Janela de Álgebra, ficam repre-
sentadas as coordenadas desses pontos. Também há na Janela de Visualização
dois outros objetos: uma reta (cujo “nome” é a) e uma circunferência (cujo “no-
me” é c). Na Janela de Álgebra, vem representado o nome de cada objeto seguido
da informação algébrica do mesmo. No caso da reta e da circunferência ele mos-
tra suas equações.

É possível editar as propriedades de qualquer objeto na Janela de Álge-


bra. Para tal, basta clicar com o botão direito do mouse sobre a informação algé-
brica do objeto e escolher a opção “Propriedades”. Além disso, com um duplo
clique sobre a informação algébrica é também possível fazer essa edição.

Uma informação importante da Janela de Álgebra é sobre os “Objetos li-


vres” e “objetos dependentes”. Em curtas palavras, objetos livres são aqueles que
você pode movimentar sem que eles dependam de outros objetos. Objetos de-
pendentes são objetos que foram feitos a partir de outros objetos. Em geral, eles
foram feitos a partir dos Objetos Livres. Existem também os objetos “quase” li-
vres. Esses são livres para se moverem sobre outro objeto. Eles ficam identifica-
18 Capítulo 1: Conhecendo o GeoGebra

dos na Janela de Álgebra na cor azul claro. A cor azul escuro é reservada para ob-
jetos totalmente livres e a cor preta para objetos dependentes.

Exibindo e ocultando a Janela de Álgebra: o que muda?


Para ocultar a janela de álgebra (ou exibir) há três formas:

1. Usando uma combinação de teclas: Ctrl+Shift+A


2. No Menu Principal, clicar em EXIBIR e depois selecionar a opção
Janela de Álgebra (veja figura a seguir)
3. Pode-se ocultar a janela de álgebra clicando no na parte
superior à direita da Janela de Álgebra.

Quando a Janela de Álgebra está visível, todos os objetos construídos na


Janela de Visualização são automaticamente nomeados; se a Janela de Álgebra
não estiver visível, os objetos não são nomeados automaticamente. Veja a seguir
duas figuras. Na da esquerda, o objeto foi criado com a Janela de Álgebra ativa e
da direita com ela inativa.

Observe que, com a Janela de Álgebra ativada, veem-se todas as informa-


ções algébricas dos objetos que estão na Janela de Visualização.

Cabe ressaltar que, no decorrer do livro, será considerado que a Janela de


Álgebra estará ativada, salvo instrução contrária.
Noções Básicas
Familiarizando com o software

Capítulo 2: Noções Básicas

Funções básicas
Vamos aprender a acessar as principais ferramentas do software através
da Barra de Ferramentas do CAMPO DE ENTRADA.

Criando pontos e retas

Vamos criar alguns pontos na Janela de Visualização de duas formas dife-


rentes:

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e cli-


que em dois lugares distintos da Janela de Visuali-
zação. O GeoGebra criou (e já nomeou) dois pon-
tos: A e B.

Para o terceiro ponto, vamos usar o CAMPO DE


ENTRADA. Suponha que se queira criar um ponto
cujas coordenadas são (3, 5). Para tal, no CAMPO
DE ENTRADA, digite apenas (3,5). O GeoGebra
criará o terceiro ponto e o nomeará com a letra C.
Dessa forma, temos agora, três pontos na tela.

Criando retas de duas maneiras

Vamos aproveitar o que foi feito na seção anterior. Em sua tela há três
pontos.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PON-


TOS (Janela 3). Clique sobre o ponto A e sobre o pon-
to B. O programa cria, então, uma reta que passa
pelos pontos A e B.
20 Capítulo 2: Noções Básicas

Ao posicionar o mouse sobre o ponto A, o mesmo


fica destacado na Janela de Álgebra e na Janela de
Visualização, junto ao cursor do mouse, é mostrada
uma barra com a descrição do objeto.

Obs.: Um erro comum é clicar no ponto A e manter o botão do


mouse pressionado. Você deve clicar sobre o ponto A e soltar. A
reta criada, além de nomeada automaticamente tem sua equa-
ção escrita na Janela de Álgebra.

No CAMPO DE ENTRADA escreva Reta[A,C] .

Note que todo objeto que o GeoGebra cria é automaticamente nomeado


(rotulado). Se tudo correu bem na tarefa acima, os nomes dados às retas criadas
foram a e b.

Alterando a posição dos objetos de duas maneiras

(Via Botão) Ative a ferramenta MOVER (Janela 1)


e arraste os pontos A, B e C. Observe na Janela de
Álgebra as coordenadas dos pontos e equações
das retas.

Obs.: a ferramenta MOVER pode ser ativada simplesmente


apertando a tecla ESC.

(Via Janela de Álgebra) Na Janela de Álgebra


aparecem as coordenadas dos pontos A, B e C. Dê
um duplo clique em uma dessas coordenadas.
Altere-as, aperte ENTER e observe sua nova posi-
ção na Área Gráfica.
Funções básicas 21

Apagando objetos

Há três formas de apagar objetos

Ativando a ferramenta MOVER (Janela 1), selecione o objeto e


pressione a tecla DEL ou Delete.

Selecione a ferramenta APAGAR OBJETO (Janela 11). Clique no


objeto que deseja apagar na Janela de Visualização ou na Janela
de Álgebra. Assim, se apagam os objetos e todos os que dele
dependem.

Na JANELA DE ÁLGEBRA ou VISUALIZAÇÃO, clique com o botão


do lado direito do mouse sobre o objeto e selecione a opção
APAGAR.

Atividade 1: Construir uma casa

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para tal, no Menu Principal, clique em JANELA e
após isto, em NOVA JANELA2.
 No Menu Exibir, desmarque as opções EIXOS e JANELA DE ÁLGEBRA.
Marque a opção MALHA.

Construção

Tente reproduzir o desenho seguinte usando as ferramentas SEGMENTO


DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3) e POLÍGONO (Janela 5):

2
Um atalho para esta função é CTRL+N.
22 Capítulo 2: Noções Básicas

Usando o CAMPO DE ENTRADA


Preparação:

Para aprendermos a usar o CAMPO DE ENTRADA, primeiramente abra


uma nova janela. Para isso, basta apertar Ctrl+N ou no Menu Principal clicar em
ARQUIVO e posteriormente em NOVA JANELA.

O CAMPO DE ENTRADA fica na parte inferior


da janela do GeoGebra. Se clicar sobre a palavra “En-
trada” (ao lado da interrogação azul), uma janela co-
mo a que se vê ao lado aparecerá. Vale ressaltar al-
gumas funções como:

 As setas para cima e para baixo permitem na-


vegar sobre os últimos comandos executados.
 Ao digitar um comando, o GeoGebra irá suge-
rir o comando um. Quando o comando que aparecer como sugestão for o
que quiser, basta apertar ENTER e o cursor irá diretamente para o argu-
mento do comando (que fica entre colchetes). A sequência das figuras se-
guintes ilustra o que foi dito. O comando é em português e deve ter, in-
clusive, acentos gráficos.

A seguir, sugerimos que execute uma sequência de passos que servirá


para perceber como pode operar o software via CAMPO DE ENTRADA.

No CAMPO DE ENTRADA, digite a=1. Aparecerá na


JANELA DE ÁLGEBRA a=1. Esse parâmetro pode ser
Usando a ferramenta seletor 23

usado em qualquer ação dentro do programa.

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre


𝑎 = 1 que está na JANELA DE ÁLGEBRA e selecione
a opção EXIBIR OBJETO, ou clique na bolinha bran-
ca à esquerda de 𝑎 = 1 (veja figura ao lado). Na
JANELA DE VISUALIZAÇÃO, aparecerá uma linha
com um ponto. A posição desse ponto dirá qual o
valor que o parâmetro deverá assumir.

Ative a ferramenta MOVER (Janela 1) ou simples-


mente aperte a tecla ESC; clique sobre o ponto no
seletor (o segmento de reta com uma bolinha pre-
ta) e modifique sua posição, arrastando-o. Observe
o que acontece.

Agora, no CAMPO DE ENTRADA digite f(x)=a*x


e aperte ENTER. Uma reta aparecerá na área de
visualização. Com a ferramenta MOVER (Janela 1),
modifique o valor do parâmetro a e observe o efei-
to da mudança desse parâmetro em relação à incli-
nação da reta.

Usando a ferramenta seletor


 Abra uma nova janela. Para tal, no Menu Principal, clique em JANELA e
após isso, em NOVA JANELA

Ative a ferramenta SELETOR (Janela 10) e clique


onde quer que ele apareça.

Aparecerá uma janela como a que está ao lado.


Nela você pode editar as propriedades deste sele-
tor. Nas guias:

 INTERVALO: você escolhe qual o valor mí-


nimo, valor máximo e o tamanho do pas-
24 Capítulo 2: Noções Básicas

so (ou incremento).
 SELETOR: você escolhe se ele será hori-
zontal, vertical, seu tamanho e se será fixo
ou não.
 ANIMAÇÃO: você escolherá a velocidade
com que o seletor mudará de valor no ca-
so automático, se quer a repetição OSCI-
LANDO. Clique em OK e estará criado seu
seletor.

Agora, escreva no CAMPO DE ENTRADA


f(x)=a*x^2. Movimente o seletor e veja o que
acontece.

Clique com o botão do lado direito do mouse so-


bre o seletor (na JANELA DE VISUALIZAÇÃO ou na
JANELA DE ÁLGEBRA e escolha a opção ANIMA-
ÇÃO ATIVADA (Figura ao lado) e veja o que ocor-
re).

No canto esquerdo inferior da JANELA DE VISUA-


LIZAÇÃO aparecerá um botão do tipo PAUSE. Cli-
cando nele, a animação irá parar e aparecerá o
botão do tipo PLAY (figuras ao lado). Clicando em
PLAY, a animação recomeça.

Textos com a sintaxe LaTeX


O GeoGebra permite que se insira textos dinâmicos na Janela de Visuali-
zação e nos seletores. Os textos podem ser simples, vinculados a alguma variá-
vel, com uso de símbolos matemáticos LaTeX ou tudo ao mesmo tempo. Agora,
vamos inserir alguns textos que fazem uso de símbolos matemáticos.

Abra uma nova janela. Para tal, no Menu Principal, clique em JANELA e
após isso, em NOVA JANELA
Textos com a sintaxe LaTeX 25

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e


clique em um lugar da Janela de Visualização,
onde quer que o texto apareça.

Na Janela que aparecerá, escreva a^2= e clique


em OK. Observe o texto que apareceu na Janela
de Visualização.

Clique com o botão do lado direito do Mouse so-


bre o texto que acabou de criar e selecione a op-
ção EDITAR. A janela onde escreveu o texto reapa-
recerá. Ative a caixa de seleção LaTeX e clique em
OK.

Veja que o que antes era “a^2=” agora ficou "𝑎2 = ". Com o recurso
LaTeX ativado, é possível você transformar textos em símbolos matemáticos. Os
principais são:

Sintaxe LaTeX Saída Sintaxe LaTeX Saída

a^2 ou a^{2} 𝑎2 \sqrt{a} 𝑎

\frac{a}{b} 𝑎 a_i ou a_{i} 𝑎𝑖


𝑏

Você pode fazer diversas combinações. O assunto LaTeX é muito extenso


e com ele é possível fazer muito mais do que simples transformação de texto sim-
ples em símbolos matemáticos.
O LaTeX é uma linguagem para processamento de documentos que permite
produzir saídas com qualidade tipográfica profissional, costumeiramente utili-
zado para processamento de trabalhos científicos na área de ciências exatas,
mas versátil o bastante para ser utilizado para outros fins, como tipografia de
teses, livros e brochuras (http://www.feferraz.net/br/latexlearn.html)
26 Capítulo 2: Noções Básicas

Exemplo:

Vejamos mais alguns exemplos de textos matemáticos usando a sintaxe


LaTeX.

Sintaxe LaTeX Saída

\sqrt{x^2+4} 𝑥2 + 4

\frac{3}{(x+5)^2} 3
𝑥+5 2

\sqrt{\frac{x+y}{1+x^2}}
𝑥+𝑦
1 + 𝑥2

x_{1}=7,x_{2}=10 𝑥1 = 7, 𝑥2 = 10

Atividade 2: Usando o LaTeX

Escreva, usando a sintaxe LaTeX, na coluna da esquerda, o que devemos


digitar para que a resposta seja o que está na coluna da direita.

Sintaxe LaTeX Saída

𝑥+1

2
3+𝑥

𝑥 2 + 5𝑥 + 6 = 0

𝑥1 = −3, 𝑥2 = −2
Inserindo textos dinâmicos 27

Inserindo textos dinâmicos


Em muitas ocasiões, é importante ver o que ocorre com algum resultado
ou construção quando alteramos um parâmetro. Para verificarmos isso, vejamos
um exemplo.

Abra uma nova janela. É possível fazer isso, apertando CTRL+N ou no


Menu Principal, clicando em ARQUIVO e depois NOVA JANELA. Após isso, execute
os passos seguintes:

Façamos aparecer um texto dinâmico, ou seja, um


texto que é alterado quando modificamos algum
parâmetro. No CAMPO DE ENTRADA, digite a=1 e
aperte ENTER. Clique com o botão do lado direito
do mouse sobre a=1 na JANELA DE ÁLGEBRA e
selecione a opção EXIBIR OBJETO. Aparecerá um
seletor como o mostrado ao lado.

Novamente ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Ja-


nela 10). Faremos um texto onde aparecerá uma
mensagem fixa com uma outra que varia. Chama-
remos esses textos de textos dinâmicos.

A parte fixa deverá ficar entre aspas. Quem ligará a


parte fixa à parte variável será o símbolo + e a par-
te variável ficará, preferencialmente, entre parên-
teses. Para ver isso faça o seguinte: escreva
"a^2="+(a^2). Não esqueça de assinalar a caixa
que ativa a sintaxe LaTeX.

Selecione a ferramenta MOVER (ou aperte a tecla


ESC) e modifique a valor do parâmetro “a”, usando
o seletor. Observe o que ocorre com o texto.

O que ocorreu com o texto?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Geometria Plana: Ângulos,
Triângulos e Quadriláteros

Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e


quadriláteros
Ângulos e bissetriz
Objetivo: Familiarizar com as funções relacionadas ao ângulo e verificar uma im-
portante propriedade da bissetriz.

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Um ângulo é a união de duas semirretas com a mesma origem e que não


estão contidas na mesma reta. As duas semirretas dividem o plano em duas
regiões, chamadas região angular.

Processo de construção

Ative a ferramenta SEMIR-


RETA DEFINIDA POR DOIS
PONTOS (Janela 3) e crie
duas semirretas de origem
A. Para isso, clique em um
lugar e depois em outro.
Você criou uma semirreta
𝐴𝐵 . Para criar semirreta
𝐴𝐶 , clique em A e em ou-
tro lugar na tela. Se tudo ocorrer bem, obterá algo parecido com o que
aparece na figura anterior. Note que já há um ponto sobre cada uma
das semirretas, no caso os pontos B e C.
Ângulos e bissetriz 29

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre a semirreta AB e


depois sobre a semirreta AC. Note que o GeoGebra criará a marca de
ângulo BÂC, formado pelas semirretas AB e AC, no sentido anti-
horário. Veja a figura seguinte.

Selecione MOVER (Janela 1) e arraste o ponto B ou C. Perceba como a


medida do ângulo vai modificando. Altere os ângulos de forma que se
obtenha (aproximadamente):

1. Ângulo nulo: possui medida zero.


2. Ângulo agudo: possui medida entre3 0∘ e 90∘ .
3. Ângulo reto: possui medida igual a 90∘ .
4. Ângulo obtuso: possui medida entre 90∘ e 180∘ .
5. Ângulo raso: possui medida igual a 180∘ .

Agora vamos construir a bissetriz do ângulo e observar algumas propriedades.

Selecione a ferramenta BISSETRIZ (Janela 4) e clique sobre os três pon-


tos que determinam o ângulo, sendo o segundo, o vértice.

Selecione a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto D


sobre a bissetriz.

3
Lembre-se que o termo entre não permite que se considerem as extremidades. Por exemplo: o
conjunto dos números reais entre 2 e 3, nem o 2 e nem o 3 pertencem ao conjunto. Se quiser que
eles pertençam será dito de 2 a 3.
30 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Vamos medir os ângulos BÂD e DÂC que foram formados. Para isso, faça o se-
guinte:

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique nos pontos B, A e D


(nessa ordem). O GeoGebra marcará o ângulo. Em seguida, clique so-
bre os pontos D, A e C (nessa ordem).

Obs.: Essas funções podem ser acessadas via CAMPO DE ENTRADA escrevendo o seguinte coman-
do: Ângulo[B,A,D] e Ângulo[D,A,C] e a bissetriz pode ser obtida com o comando
Bissetriz[B,A,C].

Clique sobre o ponto C (ou B) e arraste-o pela Janela de visualização.


Note o que vai ocorrendo com o ângulo de medida maior e com os dois
criados posteriormente. O que a bissetriz faz com o ângulo?

Outra importante propriedade da bissetriz

Atividade

Nesta seção, você perceberá outra propriedade da bissetriz. Abra uma Nova Jane-
la (Ctrl+N ou clique em Arquivo e depois em Nova Janela).

Crie um ângulo BÂC como feito anteriormente e trace sua


bissetriz.

Marque um ponto D sobre a bissetriz (como descrito nos itens anterio-


res). Certifique-se de que o ponto não sai da reta bissetriz, movimen-
tando-o.
Ângulos e bissetriz 31

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4). Clique sobre o


ponto D e depois sobre uma das semirretas. Depois clique sobre o pon-
to D e sobre a outra semirreta.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


as interseções destas retas criadas com os lados do ângulo (AB e AC),
clicando sobre a interseção ou sobre os objetos.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique nos pontos D e E e D e F (nessa ordem).

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11). Queremos


fazer com que as retas perpendiculares que foram criadas não fiquem
visíveis. Com essa ferramenta ativada, clique sobre essas retas e depois
aperte “ESC” do teclado ou clique sobre MOVER (Janela 1).

Agora vamos fazer o GeoGebra


mostrar as medidas dos seg-
mentos DE e DF. Ative a ferra-
menta DISTÂNCIA, COMPRI-
MENTO OU PERÍMETRO (Janela
8). Clique sobre o segmento DE
e posteriormente no segmento
DF.

Agora, tente perceber a importante propriedade da bissetriz mencionada


no inicio desta seção. Para tal faça o seguinte:
32 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Aperte a tecla ESC (ou selecione a ferramenta MOVER (Janela 1)), clique
sobre o ponto D e movimente-o sobre a bissetriz. Movimente, também,
os pontos B e C.

Momento de reflexão

O que você observa?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Por quê?

Tente justificar o motivo das medidas f e g serem iguais na contrução an-


terior (veja a figura anterior). Guarde esta pergunta para tentar responder quando
aprender um pouco mais sobre triângulos. Dica: está ligado ao fato de o triângulo AFD e
AED serem retângulos e congruentes.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Construindo a bissetriz apenas com régua e compasso


A construção vista na seção anterior foi feita usando um recurso do soft-
ware chamado BISSETRIZ. Entretanto poderíamos fazer esta construção usando
apenas régua e compasso. Então, podemos perguntar: se dispusermos apenas de
régua e compasso, como poderíamos construir uma bissetriz, dado um ângulo
qualquer?

Essa construção pode ser feita usando apenas as ferramentas

e ou
Construindo a bissetriz apenas com régua e compasso 33

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXO.

Selecione a ferramenta SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Jane-


la 3) e clique em dois lugares da JANELA DE VISUALIZAÇÃO para criar a
semirreta AB. Clique no ponto A e em outro lugar da JANELA DE VISU-
ALIZAÇÃO para criar a semirreta AC.

Selecione a ferramenta COMPASSO (Janela 6), clique sobre o ponto A,


posteriormente sobre o ponto C e, finalmente, no ponto A novamente.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO ENTRE DOIS OBJETOS (Janela 2),


clique sobre a circunferência criada e sobre a semirreta AB. Um ponto
D aparecerá.

Novamente com a ferramenta COMPASSO (Janela 6), clique sobre o


ponto D, posteriormente sobre o ponto A e, finalmente, sobre o ponto
C. Faça o mesmo, clicando sobre o ponto D, posteriormente sobre o
ponto A e, finalmente, em D.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO ENTRE DOIS OBJETOS, marque a


interseção entre as duas últimas circunferências criadas. Um ponto E
será criado.

Selecione a ferramenta SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Jane-


la 3) e clique sobre o ponto A (vértice) e, posteriormente, sobre o pon-
to E (interseção entre as circunferências). Essa semirreta criada é a
bissetriz.

Vamos melhorar a construção, desaparecendo com o excesso de circun-


ferências e acrescentando a medida de cada ângulo. Para isto:
34 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique so-


bre as três circunferências criadas. Aperte a tecla ESC logo em seguida,
e as circunferências desaparecerão.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos B, A, E


e depois em E, A, C (nessa ordem). Aperte a tecla ESC ou selecione a
ferramenta MOVER (Janela 1) .

Momento de reflexão

O que você observa? Arraste os pontos A, B ou C e observe o que ocorre


com as medidas dos ângulos.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Por quê?

Uma pergunta natural é: por que essa construção gera uma bissetriz?

Use a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS e clique


sobre os pontos C e E; em seguida clique sobre os pontos D e E; depois sobre os
pontos A e E e, finalmente clique sobre os pontos A e D.
A seguir há uma figura que ilustra o que obterá como resultado final4. Como pro-
var que o ângulo DAE é congruente ao ângulo EAC?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Dica: verá que, por construção, 𝑔 = 𝑕 = 𝑖 = 𝑗. A resposta está ligada ao fato dos
triângulos ADE e ACE serem isósceles e congruentes. Lembre-se de que lados congruentes
opõem-se a ângulos congruentes.

4
Os números que aparecerão em seu desenho podem ser diferentes do que foi visto, mas a relação
entre eles será de igualdade, assim como o que vê na figura a seguir.
Construção de um Triângulo Equilátero 35

Desafio!

Este desafio consiste no seguinte: você consegue fazer outra construção


que gere a bissetriz de um ângulo? Que tal tentar? Use apenas as ferramentas

e .

Construção de um Triângulo Equilátero


Objetivo Específico: Familiarizar com as principais funções do GeoGebra, constru-
indo um triângulo equilátero.

Preparação:

 Na Barra de Menu, vá em JANELA, e selecione NOVA JANELA


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Um triângulo é um polígono5 que possui três lados (arestas). Eles podem ser
classificados, quanto à medida dos lados, como:

 Equilátero: se possui três lados de mesma medida.


 Isósceles: se possui pelo menos dois lados de mesma medida.
 Escaleno: se os três lados são de medidas diferentes.

5
Há uma diferença entre poligonal fechada e polígono, mas não faremos distinção entre esses
conceitos neste livro.
36 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Processo de construção

Com a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3),


crie o que será um dos lados do triângulo, clicando em dois lugares
distintos da Janela de Visualização. Você ficará com o segmento AB na
tela.

Com a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto A e depois no ponto B. Repita o
procedimento, mas clicando primeiro no ponto B e depois no ponto A.
Você ficou com duas circunferências c e d.

Obs.: Caso seja necessário, ajuste o zoom para que possa ver toda a figura. Este ajuste
pode ser feito usando a rodinha do mouse ou na ferramenta AMPLIAR ou REDUZIR
(Janela 11). Use estas ferramentas caso seu mouse não possua as rodinhas.

Estas circunferências se interceptam em dois pontos. Ative a ferramen-


ta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique sobre as circunfe-
rências c e d. Aparecerão pontos C e D.

As circunferências agora não precisam mais aparecer. Para que elas


desapareçam, ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela
11) e clique sobre as circunferências c e d e sobre o ponto D. Aperte
ESC.

Com a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3),


faça um segmento que una os pontos A e C e posteriormente B e C.

Com a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO


(Janela 8) ativada, clique sobre cada um dos lados do triângulo. Verifi-
que qual é a relação entre as medidas dos lados.

A construção feita deverá levá-lo a algo semelhante ao que está na figura


seguinte:
Construção de um triângulo qualquer 37

Ative a ferramenta MOVER (Janela 1) (ou aperte a tecla ESC) e clique


sobre um dos pontos de cor azul (A ou B) e arraste-o. O que ocorre
com as medidas dos lados?

Momento de reflexão

1) Pense sobre a construção feita. Por que todos os lados ficaram com a
mesma medida? Poderia dar uma justificativa para a construção? Dis-
cuta com seu professor. Dica: basta levar em conta as duas circunferências
construídas.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Meça os ângulos internos usando a ferramenta ÂNGULO . O que


você observa? Qual é a medida dos ângulos internos?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
38 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Construção de um triângulo qualquer


Objetivo Específico: Familiarizar com as principais funções do GeoGebra, constru-
indo um triângulo qualquer para verificar a propriedade da desigualdade triangu-
lar.

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA
JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.

Para construir um triângulo qualquer, sem levar em conta suas medidas,


basta usar a ferramenta POLÍGONO (Janela 5), clicar em três pontos distin-
tos e clicar novamente no 1º ponto. O que queremos é discutir sobre a cons-
trução de um triângulo, a partir de algumas medidas e tentar responder algu-
mas perguntas, tais como: quaisquer três segmentos (de quaisquer medidas)
servem para ser lados de um triângulo? Que relação deve existir entre eles?

Atividade

Construir um triângulo cujas medidas dos lados sejam: 4 cm, 6 cm e 9 cm.

Processo de construção

A construção pode ser iniciada a partir de qualquer segmento. Vamos


criar primeiramente o segmento de 4 cm. Ative a ferramenta SEGMEN-
TO COM COMPRIMENTO FIXO (Janela 3). Clique em algum lugar da
Janela de Visualização. Na janela que aparecerá, entre com o valor do
lado (no caso, entre com 4) e clique em OK ou aperte ENTER.

Queremos um lado de tamanho 6 cm. Para isso, vamos marcar onde


estão os pontos do plano que estão a 6 cm de distância do ponto A.
Para tal, ative a ferramenta CÍRCULO DADOS CENTRO E RAIO (Janela 6)
e clique sobre o ponto A. Uma janela se abrirá. Digite a medida deseja-
da (no caso, 6) e clique em OK. Todos os pontos dessa circunferência
estão a 6 cm do ponto A.
Construção de um triângulo qualquer 39

Agora queremos um ponto que esteja a 9 cm do ponto B. Para tal, ative


a ferramenta CÍRCULO DADOS CENTRO E RAIO (Janela 6), clique sobre o
ponto B, entre com o número 9 na janela que aparecerá e clique em
OK.

Com a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), marque


onde as duas circunferências se encontram (basta clicar sobre cada uma
delas com a referida ferramenta ativada).

Selecione a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e escon-


da as duas circunferências, clicando sobre elas e apertando o ESC. Es-
conda também um dos pontos (sugerimos o ponto D). Aperte ESC.

Com a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3),


crie os segmentos AC e BC.

Ative a ferramenta DIS-


TÂNCIA, COMPRIMEN-
TO OU PERÍMETRO (Ja-
nela 8) e clique sobre
cada um dos lados do
triângulo. Verifique se
os lados são aqueles
desejados. Se tudo cor-
reu bem, terá algo se-
melhante ao que se encontra ao lado.

Exercício

É muito comum profissionais de construção (pedreiros ou mestres de


obra) usar em um triângulo particular. Esse triângulo tem lados de medidas 3m,
4m e 5m. Construa esse triângulo e tente ver que propriedade há nele. Discuta
com seu professor e tente chegar a uma conclusão. O que há de importante nesse
40 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

triângulo que o torna interessante para os profissionais de construção? Use a


ferramenta ÂNGULO (Janela 8) para medir os ângulos internos.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Momento de reflexão

Pense sobre a construção feita. Você construiu dois triângulos. Tente


construir mais um no qual as medidas são: 9 cm, 4 cm e 3 cm. Um triângulo com
tais medidas existe? Por quê? Tente formular uma conjectura (hipótese) sobre as
propriedades que três números candidatos às medidas dos lados de triângulos
devem ter. Você viu que não podem ser quaisquer. Anote sua conclusão abaixo e
discuta com seu professor.

Dica: procure saber sobre algo chamado desigualdade triangular; veja no que consiste e entenda o
que ela diz.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Altura e área de um triângulo


Preparação

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO e depois, NOVA JA-
NELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

A altura de um triângulo é a distância entre um vértice e a reta suporte do


lado oposto a esse vértice. Para ilustrar, sugerimos a seguinte atividade:
Altura e área de um triângulo 41

Processo de construção

O objetivo desta atividade é aprender a reconhecer a altura de um triân-


gulo ABC. Construiremos a altura relativa ao lado AB que passa pelo ponto C.

Ative a ferramenta POLÍGONO


(Janela 5) e crie um triângulo
semelhante ao que se encontra
ao lado (não precisa ser igual).

Queremos um segmento de reta que passa pelo ponto C e que forme


com a reta suporte do lado AB, um ângulo reto (90°). Primeiramente
vamos traçar a reta suporte. Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR
DOIS PONTOS (Janela 3) e clique sobre os pontos A e B. Uma reta d
será criada.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


ponto C e posteriormente sobre a reta suporte criada.

Marque a interseção entre a reta suporte e a perpendicular. Para isso,


selecione a INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), clique sobre uma
reta e depois sobre a outra. Um ponto D aparecerá. Esse ponto é cha-
mado de PÉ DA PERPENDICULAR ou PÉ DA ALTURA.

Nosso interesse é o segmento CD. Ative a ferramenta DISTÂNCIA,


COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Janela 8), clique sobre os pontos
C e D. O GeoGebra mostrará a medida da distância entre estes pontos.
(O número que vê é a medida da altura relativa ao lado AB. As outras
alturas ficarão como exercício.) Meça também a distância entre os
pontos A e B.

Agora, vamos ver como a altura é usada para calcular a área de um triân-
gulo. Seu professor já deve ter discutido em sala de aula que o cálculo da área de
um triângulo é dada pela fórmula:
42 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

𝐵𝑎𝑠𝑒 × 𝐴𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
Á𝑟𝑒𝑎Δ =
2
Não esqueça que, ao fazer essa atividade, você poderá se deparar com um
outro valor, pois seu triângulo pode ser diferente. Para calcular a área do triângu-
lo, façamos os passos seguintes:

No CAMPO DE ENTRADA digite

(distânciaCD*distânciaAB)/2.

Observe se aparece na Janela de Álgebra “f=...”. Esse valor corresponde a área


do triângulo.

Agora selecione a ferramenta ÁREA (Janela 8) e clique sobre o polígono


ABC. O que você observa?

Selecione a ferramenta MOVER (Janela 1) e arraste os rótulos para a


posição que achar melhor. Arraste também um dos vértices. Observe
os valores de f e a área do triângulo.

Exercício

1) Complete a construção feita anteriormente, encontrando as outras altu-


ras, isto é, a altura relativa ao lado BC e a altura relativa ao lado AC.

2) Calcule a área do mesmo triângulo usando as outras alturas e bases.


A área se modifica?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Momento de reflexão

Pense sobre a construção feita, faça algumas conjecturas e discuta com


seu professor. Algumas questões para você pensar:
O Teorema de Pitágoras 43

1) As retas suportes das alturas relativas aos três lados se encontram no


mesmo ponto? Em caso afirmativo, esse ponto tem um nome especial?
Há alguma propriedade interessante para esse ponto?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

2) Quando o pé da altura for o ponto médio da base, que tipo de triângulo se


tem? Tente ajustar o seu desenho para que se tenha algo parecido com o
que vê na figura a seguir. A figura já lhe dá uma dica sobre o que deverá
obter como resultado.

________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________
________________________________________

3) Quando o pé da altura for um dos vérti-


ces do triângulo, que tipo de triângulo se tem?

( ) Acutângulo ( ) Retângulo ( ) Obtusângulo

Procure justificar suas respostas.

O Teorema de Pitágoras
Preparação

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO e depois, NOVA
JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.
44 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Referencial teórico

O teorema de Pitágoras diz que, em qualquer triângulo retângulo, o qua-


drado da medida de hipotenusa é igual à soma dos quadrados das medidas dos
catetos (catetos são os lados que formam o ângulo reto (90∘ ) e hipotenusa o lado
oposto a este ângulo). Traduzindo em símbolos, se 𝑎 for a medida da hipotenusa e
𝑏 e c forem as medidas dos catetos, como mostra a figura seguinte,

Então:
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 .

Não veja isso como uma porção de letras e sim, a ideia que elas represen-
tam. A nossa próxima atividade terá por objetivo melhorar a sua compreensão
sobre esse importante resultado. Para que possa se orientar melhor, o objetivo
será fazer uma construção que o leve até algo semelhante ao que se encontra na
figura seguinte.

Note que o quadrado da medida da hipotenusa será representado por um


quadrado, cuja medida do lado é igual à medida da hipotenusa. O mesmo ocorre
O Teorema de Pitágoras 45

para os quadrados das medidas dos catetos. Também será criado um texto dinâ-
mico que permitirá acompanhar os dois membros da igualdade.

Observe ainda que o triângulo usado na ilustração é o mesmo menciona-


do na p.39, quando se perguntou sobre o que havia de interessante em um triân-
gulo, cujas medidas dos lados eram 3, 4 e 5.

Processo de construção

Selecione a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


clique em dois lugares da JANELA DE VISUALIZAÇÃO.

Selecione a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e clique sobre


a reta e posteriormente sobre o ponto A.

Selecione a ferramenta NOVO PONTO (Janela 1) e clique sobre a reta


perpendicular que acabou de criar. Um ponto de cor azul claro deverá
aparecer.

Selecione a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre as duas retas e, posteriormente, aperte a tecla ESC. As duas retas
deverão desaparecer.

Selecione a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique sobre os pontos


A, B, C e A (nesta ordem).

Clique com o botão direito do mouse sobre o texto 𝑎1 e selecione a op-


ção RENOMEAR. Uma nova janela aparecerá. Onde está escrito a_1 escreva
apenas a como mostra a figura seguinte.

Clique com o botão direito do mouse sobre o texto 𝑏1 e selecione a op-


46 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

ção RENOMEAR. Uma nova janela aparecerá. Onde está escrito b_1 escreva
apenas b .

Como queremos destacar o triângulo, vamos mudar sua cor. Para isso,
clique com o botão do lado direito do mouse sobre o triângulo e selecione a
opção PROPRIEDADES. Uma nova janela aparecerá. Selecione a aba COR e esco-
lha outra cor, por exemplo, verde.

Selecione a ferramenta POLÍGONO REGULAR6 (Janela 5) e clique sobre


os pontos C e B (nessa ordem) e OK na janela que aparecerá. Com a
mesma ferramenta, clique sobre os pontos A, C (nessa ordem) e por
fim nos pontos B, A (nessa ordem) e OK na janela que aparecerá. Se
necessário, use a rodinha do mouse para ajustar o zoom.

Clique sobre um dos quadrados com o botão do lado direito do mouse e


selecione a opção PROPRIEDADES.

Clique em QUADRILÁTERO na coluna esquerda e depois, na guia BÁSICO


ative a opção EXIBIR RÓTULO e na caixa de seleção, selecione a opção VALOR
(veja figura anterior).

Nessa mesma janela, clique no grupo SEGMENTO na coluna esquerda e


na guia BÁSICO, desmarque a opção EXIBIR RÓTULO.

6
Obs.: o triângulo deve ser construído com o ponto A e B na horizontal e o ponto B à direita do
ponto A. Se não fizer assim, pode acontecer de o polígono regular criado ficar dentro do triângulo.
O Teorema de Pitágoras 47

Gostaríamos que as medidas dos lados do triângulo ficassem visíveis.


Para isso, clique no “+” que há à esquerda da palavra SEGMENTO, na coluna da
esquerda. Clique sobre o nome “a”, segure a tecla SHIFT e clique também sobre
“b” e “c”. Ative a opção EXIBIR RÓTULO e selecione a opção NOME & VALOR
,como mostra a figura seguinte.

Clique em FECHAR. Se tudo correr bem deverá chegar a uma figura como a
que se encontra a seguir. Já é possível observar que

2 2 2
1,43 + 2,95 ≅ 3,28

Confira!

O que iremos fazer a seguir é usar o texto dinâmico que mostra essa rela-
ção.
48 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Selecione a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique no canto


esquerdo superior, onde quer que o texto apareça. Uma nova janela
aparecerá. Nessa janela, entre com o seguinte texto (com cuidado para
não esquecer nenhum símbolo):

"a^2=(" + a + ")^2=" + (a^2)

Marque a caixa LaTeX e clique em OK. Veja a figura a seguir.


O Teorema de Pitágoras 49

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO ativada, clique na JANELA DE


VISUALIZAÇÃO onde quer que o outro texto apareça. Na nova janela,
entre com o seguinte texto
"b^2+c^2=(" + b + ")^2+(" + c + ")^2=" + (b^2 + c^2)

Cuidado para não esquecer nenhum símbolo. Marque a opção LaTeX e


clique em OK.

Salve sua construção.

Momento de reflexão

A ilustração para o teorema de Pitágoras está pronta. Aperte a tecla ESC e


arraste um dos pontos (A, B ou C). Veja o que ocorre com o valor correspondente
a 𝑎2 e o que ocorre que com o valor de 𝑏 2 + 𝑐 2 . O que pode observar?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Por quê?

Sobre o teorema de Pitágoras, há diversas formas de demonstrar esse


resultado (mais de 300). No Menu Principal, clique em ARQUIVO e depois, em
NOVA JANELA. Lembramos que é interessante deixar a JANELA DE ÁLGEBRA VISÍ-
VEL. Os eixos não precisam ficar visíveis. Vamos conduzi-lo a uma simples de-
monstração. Faça o seguinte:

Preparação

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO e depois, NOVA
JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXO.

Selecione a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


clique em dois lugares da JANELA DE VISUALIZAÇÃO.
50 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Selecione a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e clique sobre


a reta e posteriormente sobre o ponto A.

Selecione a ferramenta NOVO PONTO (Janela 1) e clique sobre a reta


perpendicular que acabou de criar. Um ponto de cor azul claro deverá
aparecer.

Selecione a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11), clique


sobre a reta perpendicular que acabou de criar e, posteriormente,
aperte a tecla ESC.

Selecione a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique sobre os pontos


A, B, C e A (nesta ordem).

Clique com o botão direito do mouse sobre o texto 𝑎1 e selecione a opção


RENOMEAR. Uma nova janela aparecerá. Onde está escrito a_1 escreva apenas
a como mostra a figura seguinte e clique em OK.

Clique com o botão direito do mouse sobre o texto 𝑏1 e selecione a opção


RENOMEAR. Uma nova janela aparecerá. Onde está escrito b_1 escreva apenas
b . O seu desenho deve estar parecido com o que vê a seguir.
O Teorema de Pitágoras 51

Selecione a ferramenta COMPASSO (Janela 6), clique sobre o ponto A,


C e, posteriormente, em B. Com isso transportaremos a medida AC
para a reta que passa por AB.

Selecione a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e aponte para a inter-


seção da circunferência com a reta, (que está à direita do ponto B),
veja figura seguinte.

Selecione a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11), clique


sobre a circunferência e, posteriormente, aperte a tecla ESC.

Selecione a ferramenta POLÍGONO REGULAR (Janela 5) e clique sobre


os pontos A e D (nessa ordem). Na janela que aparecerá, clique em OK.
Com a mesma ferramenta, clique sobre os pontos C, B (nessa ordem).
Na janela que aparecerá clique ok. Se necessário, use a rodinha do
mouse para ajustar o zoom.

Clique bom o botão do lado direito do mouse sobre o ponto A e selecione a


opção PRORIEDADES. Na nova janela que aparecerá na coluna da esquerda,
clique em OBJETOS e, marque e desmarque a caixa EXIBIR RÓTULO (ao final ela
deverá ficar desmarcada).
52 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Clique em FECHAR. O desenho agora não tem nenhum rótulo.

Clique novamente com o botão do lado direito do mouse em algum dos


pontos e selecione a opção PROPRIEDADES. Na janela que aparecerá na coluna
esquerda, selecione o grupo PONTO (veja figura seguinte), marque a opção
EXIBIR RÓTULO e clique em FECHAR.
O Teorema de Pitágoras 53

Agora, os vértices aparecem com rótulo.

Como esse desenho pode te ajudar a demonstrar o teorema de Pitágoras?


Vamos aos passos.

1. Conclua que os ângulos que estão nos pontos A, D, E e F são retos. Ob-
serve que isso é verdade por construção, já que construímos um qua-
drado a partir do segmento AD.
2. Suponha que a medida AB seja “c”, que AC seja “b” e que CB seja “a”,
ou seja, “a” é a medida da hipotenusa do triângulo retângulo ABC e que
“b” e “c” sejam as medidas dos catetos. Por construção, todos os lados
do quadrado têm a mesma medida. Se tudo correr bem, haverá algo
como o que é mostrado na figura seguinte.
54 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

3. Agora em seu caderno. Quanto mede o segmento BD? Veja como o


ponto D foi obtido e conclua que a medida de BD é “b”. O quadrado
ADEF tem então, como medida de cada lado, “𝑐 + 𝑏”. Conclua que as
medidas dos segmentos DB, GE, EH, HF e FC são respectivamente “b”,
“c”, “b”, “c”, “b”, “c”. Os lados do quadrado CBGH medem todos “a”,
por construção. Ficamos diante da seguinte situação:

4. Observe que a área do quadrado ADEF é igual a área do quadrado


CBGH mais a área dos outros quatro triângulos (ABC, DGB, EHG e FCH).
Transforme essas informações em símbolos:
a. Área do quadrado ADEF: 𝑏 + 𝑐 2
b. Área do quadrado CBGH: 𝑎2
𝑏.𝑐
c. Área de cada um dos triângulos:
2
5. Escrevendo a relação:

Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 𝐴𝐷𝐸𝐹


= Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑜 𝐶𝐵𝐺𝐻
+ 4. Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 𝑟𝑒𝑡â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜

Ou seja,

2
𝑏. 𝑐
𝑏+𝑐 = 𝑎2 + 4.
2
e assim (termine a demonstração),
Trapézios 55

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Trapézios
Preparação

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Um trapézio é um quadrilátero que possui um par de lados paralelos. Os


lados paralelos do trapézio são chamados de bases e estas recebem, em geral, os
nomes: base maior e base menor, para aquelas que possuem maior e menor me-
dida, respectivamente.

Processo de construção

O objetivo desta atividade é construir um trapézio, reconhecer sua altura


e calcular a área.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


clique em dois lugares distintos na Janela de Visualização. Aparecerão
dois pontos: A e B e uma reta de nome (rótulo) a.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em algum lugar


fora da reta AB. Um ponto C será criado.

Ative a ferramenta RETA PARALELA (Janela 4) e clique sobre a reta a


(que passa por A e B) e depois no ponto C. Uma reta b foi criada.
56 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie dois pontos D e E


sobre a reta b.

Selecione a opção POLÍGO-


NO (Janela 5) e clique sobre
os pontos que serão vértices
girando no sentido horário
ou anti-horário. Observe a
figura ao lado. Para este
caso, você deverá clicar nos
pontos A, B, E, D e A ou A, D, E, B e A. Note que DE é paralelo a AB.
Essas são as bases do trapézio.

Momento de reflexão

Mova à vontade qualquer um dos pontos azuis (A, B, C, D e E). O que


você vê é SEMPRE UM TRAPÉZIO? Por quê? (veja a definição de
trapézio)

Resposta:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Altura do trapézio

Definimos como altura de um trapézio a distância entre dois lados parale-


los. O procedimento é o mesmo usado para encontrar altura de um triângulo, ou
seja, traça-se uma perpendicular a uma base, passando por um dos vértices e
encontra-se a distância entre os lados paralelos. Você pode escolher qualquer
ponto em uma base para traçar a perpendicular. Vamos usar o ponto D. Quere-
mos traçar uma reta que passa por D e é perpendicular ao lado AB (ou à reta a).
Vamos lá?
Trapézios 57

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


ponto D e sobre a reta a. Uma reta c será criada.

Obs.: se clicar sobre o lado do trapézio o GeoGebra perguntará: perpendicular à reta


ou ao segmento? Isso ocorre todas as vezes em que há mais de um objeto em um
lugar. Neste caso em particular, a escolha é livre.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre a reta c e a reta a. Um ponto F será criado.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO


(Janela 8). Clique sobre o ponto D e posteriormente sobre o ponto F.
Esse número representa a altura do trapézio.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e oculte as


retas a, b e c. Para isso basta clicar sobre elas e, posteriormente, aper-
tar a tecla ESC.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique sobre os pontos D e F. Opcionalmente pode-se modificar o
estilo do segmento (em PROPRIEDADES na aba ESTILO) para que ele
fique pontilhado como na figura que aparece a seguir.
58 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Área de trapézio

Agora, vamos calcular a área do trapézio ,a partir da fórmula:

𝐵+𝑏 ×𝑕
Á𝑟𝑒𝑎𝑡𝑟𝑎𝑝 =
2

onde B representa a base maior, b a base menor e h a altura.

Com a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Jane-


la 8), meça as distâncias AB e DE. Essas são as medidas das bases
maior e menor do trapézio, respectivamente.

No CAMPO DE ENTRADA digite

(distânciaAB+distânciaDE)*distânciaDF/2

Note que a ordem é importante, ou seja, distânciaAB e distância-


BA são coisas diferentes para o GeoGebra.

Observe se aparece na Janela de Álgebra “g=...”. Esse valor corresponde


a área do trapézio.

Selecione a ferramenta ÁREA (Janela 8) e clique sobre o polígono


ABED. Qualquer parte dele. No meio, por exemplo. Aparecerá um
texto dinâmico dizendo qual é a área do trapézio ABED. O que você
observa? Esse valor é igual ao que tínhamos encontrado anteriormen-
te?

Ative a ferramenta MOVER (ou aperte ESC). Altere os pontos A, B, D


ou E e observe.
Trapézios 59

Exercício

Calcule, sem usar o GeoGebra, a área do trapézio seguinte:

Exercício (Desafio)

Considere o trapézio mostrado na figura abaixo:

Esta é uma classe importante de trapézios. Note que os lados não paralelos
têm a mesma medida. Esse trapézio é chamado de Trapézio Isósceles.

Usando apenas as ferramentas a seguir, faça o trapézio isósceles anterior.

1) Estas medidas definem um ÚNICO trapézio?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
60 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

2) Se você prolongar os lados AC e BD esses lados se encontrarão em um


ponto E. O triângulo ABE é, neste caso, isósceles, equilátero ou esca-
leno? Esta resposta depende da posição do ponto C?
_________________________________________________________
_________________________________________________________

3) Qual é a relação entre os ângulos da base (𝐁Â𝐂 e 𝐀𝐁𝐃)? E 𝐁Â𝐂 e


𝐀𝐂𝐃?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Exercício (Desafio)

Considere o trapézio mostrado na figura abaixo:

Essa é também uma classe importante de trapézios. Note que há dois ân-
gulos internos consecutivos que são retos. Pelo fato de possuir ângulos retos, esse
trapézio recebe o nome de TRAPÉZIO RETÂNGULO.

Usando apenas as ferramentas a seguir, faça o trapézio retângulo anterior

1) Estas medidas definem um ÚNICO trapézio?


____________________________________________________________
____________________________________________________________
Paralelogramos 61

2) No trapézio retângulo, que relação existe entre uma das bases e a altura?
____________________________________________________________
____________________________________________________________

3) Qual é o valor da área do trapézio (sem usar GeoGebra)?


____________________________________________________________
____________________________________________________________

4) Use a função ÁREA e confira se acertou o cálculo da área.


____________________________________________________________
____________________________________________________________

Os trapézios aparecerão em sua vida acadêmica quando for estudar, por


exemplo, geometria espacial. Em prismas e em troncos de pirâmides é muito co-
mum que uma das faces seja um trapézio.

Paralelogramos
Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Um paralelogramo é um trapézio que possui dois pares de lados paralelos.


Na medida em que a construção for acontecendo, não deixe de ter isso em men-
te.

Processo de Construção

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


clique em dois locais distintos da tela. Essa reta receberá o nome
(rótulo) de a.
62 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em um local fora


da reta criada anteriormente. Um ponto C será criado.

Vamos traçar uma reta b paralela à reta a, que passe pelo ponto C.
Para tal, ative a ferramenta RETA PARALELA (Janela 4) e clique sobre a
reta a e sobre o ponto C.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


clique nos pontos A e C.

Ative a ferramenta RETA PARALELA (Janela 4) e clique sobre a reta c e


sobre o ponto B.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre as retas d e b. Aparecerá o ponto D sobre a interseção.

Exceto o ponto D, todos os outros são livres e pode-se mover qual-


quer um deles. Para tal, basta ativar a ferramenta MOVER (Janela 1).
Feito isso arraste o ponto A (ou B ou C). As retas “b” e “a” continuam
paralelas? E “c” e “d”?

Use a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) para esconder


as quatro retas, deixando visíveis apenas os quatro pontos. Para isso
clique sobre cada uma das retas e logo após aperte a tecla ESC.

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique, seguidamente, nos


, pontos A, B, D, C e A novamente para poder fechar o polígono.
Paralelogramos 63

Obs.: Essa mesma ação pode ser substituída alternativamente pelo comando Polí-
gono[A,B,D,C] no CAMPO DE ENTRADA.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER RÓTULO (Janela 11) e clique so-


bre cada um dos quatro lados do paralelogramo.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Janela


8) e clique sobre cada um dos lados do paralelogramo (ou nos vértices
que determinam o lado). O que você observa?

Ative a ferramenta MOVER (aperte ESC) e movimente qualquer um dos


pontos azuis (A,B ou C)

Momento de reflexão

Alguns aspectos que você deve observar:

 Quando movimenta os pontos, o que ocorre com as medidas dos la-


dos opostos?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Exibindo as medidas dos ângulos internos.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8). Clique sobre os pontos B, A e C


(nesta ordem) para mostrar o ângulo cujo vértice é A. Depois clique
sobre os pontos A, C e D (nessa ordem) para mostrar o ângulo cujo
64 Capítulo 3: Geometria plana: ângulos, triângulos e quadriláteros

vértice é C. Clique sobre os pontos C, D e B (nessa ordem) para mostrar


o ângulo cujo vértice é D. Finalmente, clique sobre os pontos D, B e A
(nessa ordem) para mostrar o ângulo cujo vértice é B. O que você ob-
serva?

Momento de reflexão

Alguns aspectos que você deve observar:

1) Quando movimenta os pontos, o que ocorre com as medidas dos ângulos


opostos?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2) Qual a relação existente entre dois ângulos consecutivos?

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

3) Consegue dar uma justificativa para os fatos apresentados nas duas per-
guntas anteriores?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
Losangos, retângulos e quadrados 65

Losangos, retângulos e quadrados


O processo de construção de um losango é semelhante ao da construção
do paralelogramo, já que um losango é um paralelogramo onde todos os lados
têm a mesma medida.

Um retângulo é um losango onde os quatro ângulos internos têm a mes-


ma medida (90∘ ). Assim, sua construção é simples e deixaremos como exercício.

Um quadrado é um paralelogramo que é, ao mesmo tempo, losango e retân-


gulo, ou seja, ele possui quatro lados de mesma medida e quatro ângulos internos
de mesma medida (90∘ ). A construção é também simples.
Geometria Plana – Teorema
de Tales e Circunferências.
Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales
e Circunferências
O Teorema de Tales
Preparação

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO e depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

O Teorema de Tales diz que um feixe de paralelas determina, sobres duas


retas transversais, segmentos proporcionais. Mas, o que quer dizer esse resulta-
do? Para compreender o Teorema de Tales faremos uma atividade com o
GeoGebra ,com o objetivo de verificar algumas propriedades.

Processo de Construção

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e cli-


que em dois lugares distintos da tela, de forma a criar uma reta hori-
zontal.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em dois lugares


fora da reta criada anteriormente. Os pontos C e D serão criados.

Ative a ferramenta RETA


PARALELA (Janela 4) e clique
sobre a reta a e sobre o pon-
to C. Depois sobre a reta a e
o ponto D. Se tudo correr
bem, você obterá algo pare-
cido com a figura ao lado.
O Teorema de Tales 67

Selecione a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique sobre a reta a


(que passa por A e B). Um ponto E será criado sobre a reta. Ainda com
a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) crie um ponto F sobre a reta b

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e cli-


que sobre os pontos E e F. Essa reta será a nomeada de d.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre a reta d e sobre a reta c para marcar o ponto G, interseção entre
essas duas retas. Confira se sua figura está semelhante a seguinte:

Selecione a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) crie um ponto sobre a


reta a (que passa por A e B). Um ponto H será criado sobre a reta. Ain-
da com a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) crie um ponto I sobre a
reta b.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e cli-


que sobre os pontos H e I. Essa reta será a nomeada de “e”.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre a reta e e sobre a reta c para marcar o ponto J, interseção entre
essas duas retas. Confira se sua figura está semelhante a seguinte:
68 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

Com a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO


(Janela 8), meça as distâncias HI, IJ, EF e FG.

Selecione a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer


que o texto apareça e entre com o seguinte texto:

"\frac{HI}{IJ}=" + (distânciaHI / distânciaIJ)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça e entre com o seguinte texto:

"\frac{EF}{FG}=" + (distânciaEF / distânciaFG)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

A não ser pela moldura em volta do texto, sua figura deve estar seme-
lhante a que se encontra a seguir.
O Teorema de Tales 69

Momento de reflexão

Alguns aspectos que você deve observar:

1) Aperte a tecla ESC e arraste o ponto F. O que ocorre com a razão EF/FG e
a HI/IJ?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2) Agora, movimente o ponto C. O que ocorre com a razão EF/FG? E a HI/IJ?


Modifica o resultado da divisão, mas e a relação entre EF/FG e HI/IJ?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

3) Faça experiências. Modifique a posição de qualquer ponto e veja que o-


𝐸𝐹 𝐻𝐼
corre com EF/FG e HI/IJ. A partir do observado, você diria que 𝐹𝐺 = 𝐼𝐽
?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
70 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

4) Você consegue identificar outras razões que darão o mesmo resultado?


Investigue o que ocorre com EF/HI e FG/IJ; EG/EF e HJ/HI. Consegue des-
cobrir outras?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Desafio: incrementar sua atividade

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e, na janela que aparecerá,


entre com o seguinte texto: (não esqueça de ativar a caixa LATEX).

"\frac{EF}{FG}=\frac{" + distânciaEF + "}{" + distân-


ciaFG + "}=" + (distânciaEF / distânciaFG)

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO ativada, clique onde quer que o
segundo texto apareça e, na janela que aparecerá, entre com o seguinte texto:

"\frac{HI}{IJ}=\frac{"+(distânciaHI)+"}{"+(distânciaIJ)
+"}=" + (distânciaHI / distânciaIJ)

Ressaltamos que tudo o que fez é uma ilustração e não prova nada. Uma
vez convencido que a propriedade é, aparentemente verdadeira, pensamos que
será mais natural para você ver a justificativa de tal propriedade feita, provavel-
mente, pelo seu professor, em sala de aula.

Por quê?

Por que vale o Teorema de Tales? A seguir há uma ilustração. Tente cons-
truí-la. Ela tem informações particulares, mas que levarão a conclusões gerais.
O teorema da bissetriz interna 71

As retas “r” e “s” são traçadas paralelas à reta “d” para formar os dois
triângulos. As marcas iguais representam medidas iguais e isso ocorre porque os
ângulos são correspondentes. O Teorema de Tales é concluído a partir da seme-
lhança dos dois triângulos. Esse é o caminho para a demonstração. Os detalhes
são deixados para o aluno. Em caso de dúvida, discuta com seu professor.

O teorema da bissetriz interna


Este é um importante resultado em geometria plana e sua demonstração
é uma consequência direta do Teorema de Tales, como veremos a seguir.

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA
JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.
72 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

Referencial teórico:

Dado um triângulo ABC, se AD é a bissetriz do ângulo A então ,


𝐴𝐵 𝐴𝐶
= .
𝐵𝐷 𝐶𝐷
A figura seguinte ilustra uma situação particular. Nesta seção, o nosso ob-
jetivo é fazer uma construção que permita ilustrar de forma dinâmica o teorema
da bissetriz interna.

Processo de construção

Selecione a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique em três lugares


distintos na JANELA DE VISUALIZAÇÃO para criar os pontos A, B e C.
Para fechar, clique novamente no ponto A.

Selecione a ferramenta BISSETRIZ (Janela 4) e clique sobre os pontos B,


A e C para que apareça a bissetriz “d”.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e


clique sobre a bissetriz criada “d” e o lado “a” que liga os pontos B e C.
O ponto D será criado.

Selecione a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Jane-


la 3) e clique sobre o ponto D e, posteriormente, sobre o ponto C cri-
ando o segmento DC, de medida “e”. Faça o mesmo com o ponto D e B
para criar o segmento DB ,de medida “f ”.
O teorema da bissetriz interna 73

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre algum objeto que está na
JANELA DE VISUALIZAÇÃO ( por exemplo, o ponto A) e selecione a opção PRO-
PRIEDADES. Uma janela como a que pode ser vista na figura seguinte aparece-
rá.

Na coluna esquerda, selecione o grupo


SEGMENTO (veja figura ao lado). Na
guia BÁSICO selecione na caixa de sele-
ção EXIBIR RÓTULO e escolha a opção
NOME & VALOR e clique em FECHAR.

Certifique-se que obteve uma imagem


parecida com a figura apresentada no
início desta seção (p.72).

A medida do segmento BC também aparecerá, mas ela não é importante.


Se preferir, oculte-a clicando com o botão direito do mouse sobre a mesma e
depois sobre a opção EXIBIR RÓTULO.

Selecione a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer


que apareça o primeiro texto dinâmico. Uma janela onde o texto deve-
rá ser escrito aparecerá. Escreva (com cuidado para não esquecer
nenhum símbolo) o seguinte texto:

"\frac{AB}{BD}=\frac{" + c + "}{" + f + "}=" + (c / f)

Marque a opção FÓRMULA LaTeX e clique em OK.

Clique novamente na ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e digite (com


cuidado para não esquecer nenhum símbolo) o seguinte texto:
74 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

"\frac{AC}{CD}=\frac{" + b + "}{" + e + "}=" + (b / e)

Momento de reflexão

O que você observa?

Aperte a tecla ESC ou selecione a ferramenta MOVER (Janela 1) e ar-


raste um dos vértices do triângulo.

Observe qual é a relação existente entre as medidas dos segmentos AB, BD,
AC e CD. Em especial, qual é a relação entre as razões indicadas a seguir
𝐴𝐵 𝐴𝐶
𝑒 ?
𝐵𝐷 𝐶𝐷
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Por quê?

Apesar de aparentemente
ser verdadeiro, tal resultado só
pode ser aceito como fato após
uma demonstração. Nesta seção
usaremos o GeoGebra para condu-
zi-lo à demonstração desse resul-
tado. Seu professor poderá orien-
tá-lo para tal justificativa. Nosso
objetivo é construir algo semelhan-
te ao que se encontra na figura ao
lado. O ponto de partida será a
última construção.

Para esta demonstração faça o


seguinte:
O teorema da bissetriz interna 75

Usando a ferramenta SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela


3), clique sobre o ponto C e, posteriormente sobre o ponto A, vértice
do triângulo que foi traçado a bissetriz.

Com a ferramenta RETA PARALELA (Janela 4) clique sobre a bissetriz e,


posteriormente, sobre o ponto B para criar a reta “h”. Faça o mesmo
com o ponto C, criando uma reta “i” (confira se sua construção está de
acordo com a figura anterior).

Com a ferramenta INTERSEÇÃO ENTRE DOIS OBJETOS (Janela 2), mar-


que o ponto E, interseção entre a primeira paralela criada no item an-
terior e a semirreta.

Com a ferramenta ÂNGULO (Janela 8), marque os ângulos BAD, DAC,


BEA e ABE.

Pelo Teorema de Tales não terá dificuldades de perceber que:


𝐸𝐴 𝐴𝐶
=
𝐵𝐷 𝐶𝐷

Para concluir a demonstração, basta mostrar que o triângulo AEB é isósce-


les de base EB, ou seja, que 𝐸𝐴 = 𝐴𝐵 e terá provado que:
𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
𝐵𝐷 𝐶𝐷

Os passos são os seguintes: 𝛼 = 𝛽 porque AD é bissetriz de BAC. O ângulo


𝛿 = 𝐸𝐵𝐴 = 𝛼 = 𝐵𝐴𝐷, pois esses ângulos são alternos internos, já que as retas
𝑑 e 𝑕 são paralelas.

O mesmo ocorre com os ângulos 𝛽 e 𝛾 e daí teremos:

𝛾=𝛽=𝛼=𝛿

de onde concluímos que 𝛾 = 𝛿. Como ângulos congruentes opõem-se a lados


congruentes, então 𝐴𝐸 = 𝐴𝐵.
76 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

Circunferências
Ângulo inscrito e ângulo central

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Considere uma circunferência c com centro em um ponto A. O ângulo com


vértice no ponto central é chamado de ângulo central, enquanto que o ângulo
com vértice em um ponto da circunferência, cujos lados passam por dois pontos
da circunferência, é chamado de ângulo inscrito. Observe a figura a seguir. Dize-
mos que o ângulo 𝛼 é central e 𝛽 é inscrito. Há uma relação entre esses dois ângu-
los que ilustraremos nesta atividade.

Processo de Construção

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6) e clique em dois pontos distintos da JANELA DE VI-
SUALIZAÇÃO para criar uma circunferência c. O centro será o ponto A e
ela passará pelo ponto B.
Circunferências 77

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11). Esconda o


ponto B, clicando sobre ele e apertando a tecla ESC logo em seguida.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e posicione o cursor sobre a


circunferência até que perceba que ela fique em destaque. Clique sobre
a circunferência, criando assim, um ponto C. Repita o procedimento,
criando mais dois pontos: D e E (como na figura anterior).

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e crie os segmentos AC, AD, EC e ED (veja figura anterior).

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER RÓTULO (Janela 11) e clique so-


bre os segmentos e a circunferência para limpar o desenho.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos C, A e D


(nessa ordem)7 e posteriormente sobre os pontos C, E e D (nessa or-
dem). Você deverá ter um desenho semelhante ao que se encontra a
seguir. O que você observa?

Momento de reflexão

Alguns aspectos que você deve observar:

7
Mude a ordem, caso o ângulo não fique interno.
78 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

1) Com o auxílio de uma calculadora (para agilizar os trabalhos), verifique se


2𝛽 = 𝛼. O que conclui?
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2) Aperte a tecla ESC e arraste qualquer um dos pontos. Verifique se a rela-


ção ainda é válida. O que você conclui?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
3) O que podemos concluir sobre a natureza de um triângulo inscrito em
uma semicircunferência? Podemos dizer que ele sempre será:

a) Equilátero
b) Isósceles
c) Escaleno
d) Retângulo

Por quê?

Aparentemente o ângulo central é o dobro do ângulo inscrito em uma


circunferência. Será que podemos demonstrar tal fato? Na verdade sim, mas para
tal, precisamos de uma propriedade do triângulo, que consiste no seguinte:

A medida do ângulo externo de um triângulo é igual à soma das medidas


dos ângulos internos não adjacentes.

Uma ilustração pode ser vista na figura seguinte.


Circunferências 79

A demonstração de tal fato é também simples e consiste no seguinte:

1) O ângulo 𝛼 = 𝛿 pois são ângulos alternos internos.


2) 𝛾 = 𝛼 + 𝛽, pois também são alternos internos.

Daí, conclui-se que 𝛾 = 𝛽 + 𝛿, ou seja, o ângulo externo (𝛾) é igual à soma


dos ângulos internos não adjacentes (𝛽 e 𝛿). Esse é um resultado importante para
se justificar o motivo pelo qual o ângulo inscrito é a metade do ângulo central.

Em linhas gerais, a demonstração se dá da seguinte maneira. Observe a


seguinte ilustração.

Tente construir tal ilustração. Note que:

1) As medidas b, a e d são iguais, pois representam a medida do raio da cir-


cunferência.
2) Daí, os triângulos ABD e ACD são isósceles, de base DB e CD, respectiva-
mente.
3) Então o ângulo 𝛼 = 𝛿, pois são ângulos da base de um triângulo isósceles.
4) O mesmo ocorre com os ângulos 𝛽 e 𝛾, ou seja, 𝛽 = 𝛾.
5) O ângulo 𝜀 é externo do triângulo ACD e daí, 𝜀 = 𝛽 + 𝛾.
6) O ângulo 𝜁 é externo do triângulo ABD e daí, 𝜁 = 𝛼 + 𝛿.
80 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

Agora, termine a demonstração. Deve mostrar que 𝜀 + 𝜁 = 2. (𝛼 + 𝛽).

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Triângulo inscrito em uma semicircunferência


Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6) e clique em dois lugares distintos da JANELA DE
VISUALIZAÇÃO para criar uma circunferência c. O centro será o ponto
A e ela passará pelo ponto B.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e crie


uma reta que passe por A e B.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE


DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque a
outra interseção da reta com a circun-
ferência. Será criado o ponto C. Confira
se seu desenho está semelhante ao
que está ao lado.

Com a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) crie um ponto D sobre a


circunferência c. Aperte a tecla ESC e arraste o ponto recém criado. Ele
deverá se movimentar apenas sobre a circunferência.
Relações métricas na circunferência 81

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique seguidamente nos


pontos B,C,D e B (nessa ordem). Um polígono será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER RÓTULO (Janela 10) e clique so-


bre cada um dos lados do polígono, para que sejam retirados os rótu-
los.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique seguidamente nos pon-


tos C, D e B (nessa ordem).

Ative a ferramenta
MOVER (ou aperte
ESC), clique sobre o
ponto D e mova-o
observando: o que
ocorre com a medida
do ângulo 𝐂𝐃𝐁? Con-
segue responder à
pergunta feita na se-
ção anterior?

Relações métricas na circunferência


Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Considere uma circunferência como a mostrada na figura seguinte. Ao


segmento de reta que une dois pontos pertencentes à circunferência dá-se o no-
82 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

me de corda. Desse modo, os segmentos FG e DE são duas cordas que se encon-


tram no ponto C. O objetivo dessa atividade é perceber a relação existente entre a
medida dos segmentos CF, CG, CD e CE.

Processo de Construção

Nosso objetivo inicial é chegar até um desenho como o mostrado na figura


acima.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6) e clique em dois pontos distintos da JANELA DE VI-
SUALIZAÇÃO para criar uma circunferência “c”. O centro será o ponto A
e ela passará pelo ponto B.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e oculte os


pontos A e B. Para isso, basta clicar sobre os dois pontos e apertar a
tecla ESC posteriormente.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em algum lugar na


região interior da circunferência. Um ponto C será criado. Agora crie um
ponto D na circunferência. Aperte ESC e arraste o ponto D para se certi-
ficar que o ponto só se move sobre a circunferência.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e cli-


que sobre os pontos C e D. Uma reta “a” será criada.
Relações métricas na circunferência 83

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


na interseção da reta com a circunferência c para marcar o ponto E.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto F sobre a


circunferência.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e cli-


que sobre os pontos C e F.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre a outra interseção da última reta e a circunferência c para marcar
o ponto G.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRI-


MENTO OU PERÍMETRO (Janela 8) e clique
sobre os pontos C e F; C e G; C e D; C e E.
Se tudo correr bem, você chegará a algo
semelhante à figura ao lado. Não se esque-
ça de que os números que você verá em sua
tela, não serão necessariamente esses.

Momento de reflexão

Alguns aspectos que você deve observar:

1. Encontre o produto 𝐶𝐸 × 𝐶𝐷 . Anote o resultado aqui:


____________________________________________________________

2. Encontre o produto 𝐶𝐺 × 𝐶𝐹 . Anote o resultado aqui:


____________________________________________________________

3. Qual é a relação entre esses dois resultados?


____________________________________________________________
____________________________________________________________
84 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

4. Aperte a tecla ESC e arraste qualquer dos pontos azuis. Responda nova-
mente as perguntas 1, 2, e 3. Mesmo modificando os números, o que o-
corre com a relação existente entre os produtos 𝐶𝐸 × 𝐶𝐷 e 𝐶𝐺 × 𝐶𝐹 ?
____________________________________________________________
____________________________________________________________

5. Que conclusão você chegou em relação à esta construção?


____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

6. A seguir há um desenho onde não se sabe uma das medidas. Você seria
capaz de encontrar o valor desta medida desconhecida?
____________________________________________________________
____________________________________________________________

7. Se você está em um laboratório com outros colegas, compare o resultado


que encontrou com o resultado dos demais. Veja se todos chegaram à
mesma conclusão.
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Desafio: incrementando sua construção

Esta atividade tem por objetivo automatizar o cálculo que fez anterior-
mente. Queremos um texto dinâmico que exiba o produto das medidas dos seg-
mentos 𝐶𝐸 × 𝐶𝐷 e 𝐶𝐺 × 𝐶𝐹 . Para tal, siga as instruções abaixo. Continue a partir
da construção anterior.
Relações métricas na circunferência 85

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer que o
texto apareça e na janela que abrirá, entre com o seguinte texto (não se
esqueça de ativar a caixa LATEX antes de clicar em OK):

"CE \times CD=" + (distânciaCE*distânciaCD)

Clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) ativada, clique onde
quer que o segundo texto apareça e na janela que abrirá, entre com o
seguinte texto (não se esqueça de ativar a caixa LATEX antes de clicar em
OK):

"CG \times CF=" + (distânciaCG*distânciaCF)

Clique em OK. Se tudo correr bem, você estará com algo semelhante à
imagem a seguir.

Ative a ferramenta MOVER (ou aperte ESC) e arraste qualquer um dos


pontos azuis. O que você percebe com relação ao produto 𝐶𝐸 × 𝐶𝐷 e
𝐶𝐺 × 𝐶𝐹 ? Justifique a propriedade._____________________________
___________________________________________________________

OPCIONAL:

Que tal incrementar mais ainda sua construção? Vamos pedir que o Ge-
oGebra mostre os números que estão sendo multiplicados. Modifique
(ou crie um novo) o texto dinâmico para:
86 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

"CE \times CD=" + distânciaCE + "\times" + distânciaCD + "=" + (distânciaCE*distânciaCD)

e o outro texto para:


"CG \times CF=" + distânciaCG + "\times" + distânciaCF + "=" + (distânciaCG distânciaCF)

Obs.: cuidado para não esquecer nenhum acento ou símbolo e não se esqueça de ativar
a caixa LaTeX. Se tudo correu bem, chegará a algo parecido com a figura a seguir.

Ative a ferramenta MOVER (ou aperte ESC) e arraste qualquer um dos


pontos azuis. Certifique-se de ter entendido a relação.

Por quê?

Como podemos mostrar que o resultado anterior é válido para qualquer


posição do ponto C no interior do círculo? Observe a ilustração a seguir. Precisa-
mos justificar o porquê de algumas relações.

1) 𝛿 = 𝛾, porque determinam o mesmo arco 𝐸𝐹 e assim, 𝛿 e 𝛾 medem a


metade do ângulo central EAF (propriedade que vimos anteriormente).
2) 𝛽 = 𝛼, pois são opostos pelo vértice.
3) Com isto, temos que o triângulo EGC é semelhante ao DCF.
4) Da semelhança dos triângulos segue o resultado que se quer, pois:
𝐶𝐺 𝐶𝐸
=
𝐶𝐷 𝐶𝐹
de onde vem o que se quer, ou seja,
Relações métricas na circunferência 87

𝐶𝐸 × 𝐶𝐷 = 𝐶𝐺 × 𝐶𝐹.

Conjecturando a partir da construção anterior

A partir da construção anterior podemos fazer uma conjectura8. Durante


todo o tempo o ponto C esteve na região limitada pela circunferência. Pergunta-
mos o seguinte:

1. Se o ponto C estiver na região externa da circunferência, essa relação


de igualdade continuará? Quais serão os segmentos cujo produto das
medidas serão iguais? Arraste o ponto C para fora da circunferência e
tente escrever a relação entre as medidas dos segmentos.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2. O que ocorrerá se, ao invés de a reta cruzar com a circunferência em


dois pontos, tocar em apenas um ponto? Nesse caso, dizemos que a
reta é tangente à circunferência. Perguntamos: essa relação (ou outra
semelhante) é válida? Caso o software aponte para uma resposta po-
sitiva, como poderia justificar que tal relação seja verdadeira?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

8
Presunção, suposição, hipótese, ideia com fundamento incerto; opinião hipotética.
88 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

3. E se as duas retas forem tangentes? Que tipo de relação é válida?


Como provar? Discuta com seus colegas e com seu professor. Veja o
que seu livro texto traz sobre esse assunto.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

O problema do tesouro dos piratas9


Uma história conta que, há muitos anos, o pirata Barba-Ruiva resolveu
enterrar seu tesouro. Escolheu uma ilha onde a única praia tinha duas grandes
rochas junto à água, e uma enorme palmeira mais distante da praia. Mandou dois
dos piratas de seu bando para a palmeira e deu-lhes a
seguinte ordem: cada um deveria andar até uma rocha
contando os passos. Chegando à rocha, eles deveriam
girar 900 , um no sentido horário e outro no sentido anti-
horário e andar uma distância igual à que a respectiva
rocha estava da palmeira. Nenhum dos piratas se mo-
lhou. Os dois piratas ficaram parados e Barba-Ruiva en-
terrou o tesouro exatamente a meio caminho entre eles.

Por acaso, encontramos o documento onde isto estava descrito e resol-


vemos ir até a ilha à procura do tesouro. Lá encontramos as rochas junto à água,
mas, infelizmente, a palmeira havia desaparecido, provavelmente derrubada por
um furacão. Como a praia agora é um destino turístico conhecido, não podemos
andar e escavar por todo o lado sem levantar suspeitas. A única hipótese é apro-
veitar uma noite, antes de amanhecer, e fazer apenas um buraco. Onde devemos
escavar para descobrir o tesouro?

Antes de continuar, releia o texto e tente entender o que foi exposto. Pe-
gue uma folha de papel e faça alguns esboços, tentando ilustrar a situação colo-
cada envolvendo as rochas, a palmeira, os piratas e o movimento feito por eles.
Volte, depois de ter feito esse exercício de interpretação. É uma oportunidade de
treinar a interpretação de problemas.

9
Adaptado da Revista do Professor de Matemática RPM47, publicado pelo prof. José Paulo Carnei-
ro.
O problema do tesouro dos piratas 89

Sugestão de roteiro para ilustrar a resolução do problema

Tenha em mente que é necessário, nesta ilustração, mostrar que o local


onde o tesouro foi enterrado não depende da posição da palmeira. Certifique-se
que entendeu isso. Uma vez compreendido o que se quer, faça o seguinte:

Preparação

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANE-
LA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.

Processo de Construção

Na construção que segue, imaginamos que o mar está na parte de baixo


da tela

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em dois pontos da


tela. Estes pontos representarão as rochas. Os pontos criados são rotu-
lados de A e B.

Para lembrarmos melhor do que representa cada ponto, vamos modifi-


car os nomes dos pontos: o ponto A para Rocha 1 e o ponto B para
Rocha 2. Para tal, clique com o botão direito do mouse sobre o ponto A
e selecione a opção RENOMEAR. Na janela que aparecerá, escreva
Rocha1 e clique em OK. Modifique o nome do ponto B para Rocha2.
90 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em um local acima


das duas rochas. Imaginando que o mar está abaixo destas rochas, o
ponto criado terá novamente nome A.

Modifique o nome desse ponto para Palmeira, já que ele representará a


posição da palmeira. Para fazer isso, basta clicar com o botão do lado
direito do mouse sobre o ponto A e selecionar a opção RENOMEAR.

Use a ferramenta DESLOCAR EIXOS para ajustar o desenho na melhor


posição. Não esqueça que o zoom pode ser controlado, usando a rodi-
nha do mouse. Após os ajustes, aperte a tecla ESC. Ao final, deverá es-
tar com algo semelhante à figura seguinte.

O texto disse que dois piratas partiram da Palmeira. Um foi em direção


à Rocha1. Vamos representar o trajeto feito pelo pirata usando um
segmento de reta. Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS
PONTOS (Janela 3) e clique sobre o ponto Palmeira e posteriormente
sobre o ponto Rocha1.

A outra instrução foi que, chegando na Rocha1 ele girou 90𝑜 e andou a
mesma distância que há entre a Palmeira e a Rocha1. Vamos primeiro
fixar esta direção. Para isso, usaremos a ferramenta RETA PERPENDICU-
LAR (Janela 4). Após selecionada, clique sobre o segmento recém-criado
e sobre o ponto Rocha1. Uma reta b será criada. O pirata andou na
direção desta reta e não molhou os pés. Assim, não pode ter andado
para baixo.
O problema do tesouro dos piratas 91

Para transferir a distância do ponto Rocha1 até o ponto Palmeira para a


reta b vamos usar uma circunferência. Ative a ferramenta CÍRCULO
DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS PONTOS (Janela 6). Clique sobre
o ponto Rocha1 e, posteriormente, sobre o ponto Palmeira. Uma cir-
cunferência c será criada.

Nosso interesse está


no ponto que está
sobre a reta b e sobre
a circunferência re-
cém-criada c. Para
isso, após ativar a fer-
ramenta NOVO PON-
TO (Janela 2) leve o
ponteiro do mouse até
o ponto de interseção
superior. Após perceber os dois objetos destacados, clique sobre ele,
criando um ponto com o nome A.

Use a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) para limpar seu


desenho. Clique sobre a reta b e a circunferência c. Feito isto, aperte a
tecla ESC.

Modifique o nome do ponto A para Pirata1. Para tal, basta clicar sobre
o ponto A com o botão do lado direito do mouse e escolher a opção
RENOMEAR. Na janela que aparecerá, digite Pirata1. Esse ponto repre-
senta a posição que o primeiro pirata ficou.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique sobre os pontos Rocha1 e Pirata1. Um novo segmento d foi
criado. Opcionalmente em PROPRIEDADES, na guia ESTILO é possível
decorar os segmentos como aparecem a seguir.
92 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

Agora irá fazer para o segundo Pirata o que foi feito para o primeiro.
Inicie com um segmento de reta, ligando a Palmeira à Rocha2. Ative a
ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3), clique
sobre o ponto Palmeira e, posteriormente, sobre o ponto Rocha2. Um
segmento e será criado.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


segmento e recém-criado e, posteriormente, sobre o ponto Rocha2.
Uma reta f será criada.

Do mesmo modo que antes, queremos transferir a distância do ponto


Palmeira até Rocha2 para a reta f. Para tal, selecione a ferramenta
CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS PONTOS (Janela 6),
clique sobre o ponto Rocha2 e, posteriormente, no ponto Palmeira.
Uma circunferência g será criada.

Queremos um ponto que está sobre a reta f distante da Rocha2 igual à


distância da Rocha2 até a Palmeira. Desse modo, queremos um ponto
de interseção entre a reta f e a circunferência g. Ative a ferramenta
NOVO PONTO (Janela 2), aponte o ponteiro do mouse para a interseção
superior desses objetos e quando estes estiverem em destaque, clique
para marcar o ponto A.
O problema do tesouro dos piratas 93

Use a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) para limpar seu


desenho. Clique sobre a reta f e a circunferência g. Feito isso, aperte a
tecla ESC.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique sobre os pontos Rocha2 e A.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER RÓTULO (Janela 11) e clique


sobre o segmento e, a, d, e h.

Modifique o nome do ponto A para Pirata2. Para tal, basta clicar sobre
o ponto A com o botão direito do mouse e escolher a opção RENOME-
AR. Na janela que aparecerá, digite Pirata2. Esse ponto representa a
posição que o segundo pirata ficou. Deixaremos como tarefa para você
chegar até o desenho abaixo.
94 Capítulo 4: Geometria Plana – Teorema de Tales e Circunferências

A última instrução que o texto deu foi: Os dois piratas ficaram parados
e Barba-Ruiva enterrou o tesouro exatamente a meio caminho entre
eles. O que acha que iremos fazer agora? Vamos ligar os pontos Pirata1
e Pirata2, usando um segmento de reta. Para isto ative a ferramenta
SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3) e clique sobre esses
pontos. Um segmento será criado.

Como o tesouro foi enterrado a meio caminho entre os piratas então


ele foi enterrado no que em matemática chamamos de ponto médio.
Ative a ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2) e clique sobre
o segmento recém-criado (i). Um ponto A será criado.

O ponto A criado representa o local onde o tesouro foi enterrado.


Modifique o nome desse ponto para Tesouro. Para tal, clique com o
botão direito do mouse sobre o ponto A e selecione a opção
RENOMEAR. Na nova janela que aparecerá, escreva Tesouro e clique
em OK.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER RÓTULO (Janela 11) e clique


sobre o segmento i ( que liga a Pirata1 ao Pirata2)

Modifique o estilo do segmento de acodo com seu gosto. As instruções


para isso já foram dadas. Ao final, deverá ter um desenho semelhante
ao que se encontra abaixo.
O problema do tesouro dos piratas 95

Momento de reflexão

A história conta que, quando foram à ilha, não viram mais a palmeira, cor-
reto? Faça o seguinte:

1. Aperte a tecla ESC e modifique a Palmeira de lugar. O que acontece com a


posição que o tesouro foi enterrado?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2. Mas o que é isso? Mágica? Faça mais um pouco de movimento. Veja se a


posição em que o tesouro foi enterrado muda. A que conclusão chega?
Para encontrar o tesouro a palmeira será necessária? Por quê?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
3. De posse dessa informação, que instrução você poderia dar para ajudar a
encontrar onde o tesouro estava enterrado?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Mais uma vez, ressaltamos que, o que foi mostrado foi uma ilustração e
que não se trata de uma prova. Entretanto, a justificativa não é difícil e poderá ser
discutida com seu professor, em sala de aula.

Por quê?

Uma justificativa para o fato de o local onde o tesouro está enterrado não
depender da posição da palmeira pode ser visto no apêndice deste livro, p.213.
Principais Pontos Notáveis
do Triângulo
Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triân-
gulo
Os pontos notáveis mais comuns do triângulo são: o incentro, circuncen-
tro, baricentro e ortocentro, mas existem outros.

O Incentro
Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte branca)
e desmarque a opção EIXO.

Referencial teórico

Dá-se o nome de incentro ao ponto de interseção das bissetrizes de um


triângulo. Vamos construir o incentro e verificar algumas propriedades.

Processo de construção

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique em três lugares distin-


tos para formar
um triângulo. Para
fechar o triângulo
clique novamente
no primeiro pon-
to. Naturalmente
que os pontos não
podem estar ali-
nhados. Um triân-
gulo com vértices
nos pontos A, B e
C será criado.
O Incentro 97

Ative a ferramenta BISSETRIZ (Janela 4) e clique sobre os vértices: A, C e


B (nessa ordem). Posteriormente sobre os vértices C, B e A (nessa or-
dem). Duas bissetrizes foram criadas com os nomes “d” e “e”.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e crie o


ponto D de interseção das retas “d” e “e”.

Queremos traçar a terceira bissetriz. A pergunta é: será que ela tam-


bém passará pelo ponto D? Ative a ferramenta BISSETRIZ (Janela 4) e
clique nos pontos B, A e C (nessa ordem).

Primeiro momento de reflexão

Pense sobre a construção feita. Será que as bissetrizes de qualquer triân-


gulo se encontrarão sempre no mesmo ponto? Para lhe ajudar com a resposta,
faça o seguinte: aperte a tecla ESC e arraste qualquer um dos vértices. Experimen-
te colocar os pontos nas mais diferentes posições. O que você percebe?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Esse ponto (interseção das bissetrizes) é chamado de INCENTRO.

Vamos continuar nossa atividade com uma pergunta: o incentro tem al-
guma propriedade especial? Há algo que possamos fazer usando o incentro? Para
perceber tal propriedade, vamos fazer uma construção partindo do que foi feito
anteriormente.

Processo de construção - continuação

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11), clique sobre


as retas d, e, f e aperte ESC posteriormente.

Vamos modificar o nome do ponto D para Incentro. Para tal, clique com
o botão do lado direito do mouse sobre o ponto D e selecione a opção
RENOMEAR. Na nova janela que aparecerá, escreva Incentro e clique
em OK.
98 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique no ponto


Incentro e no lado c do triângulo (que liga os pontos A e B).

Ative a ferramenta
INTERSEÇÃO DE DOIS
OBJETOS (Janela 2),
clique na reta g e,
posteriormente, no
lado c que liga os
pontos A e B. Um
ponto D será criado10.

Nosso interesse é apenas no pé da perpendicular (ponto D). Assim,


podemos esconder a reta g, usando a ferramenta EXIBIR/ESCONDER
OBJETO (Janela 10). Feito isto, aperte a tecla ESC.

Ative a ferramenta
CÍRCULO DEFINIDO
PELO CENTRO E UM
DE SEUS PONTOS
(Janela 6), clique no
ponto Incentro e
posteriormente no
ponto D. Uma circun-
ferência h será cria-
da. Se tudo correr
bem, você estará com algo semelhante ao que mostra a figura ao lado.

10
O outro ponto D foi renomeado de Incentro. Assim, o GeoGebra entende que esse rótulo ainda não foi usado e
sugere o uso dele.
O Incentro 99

Segundo momento de reflexão

1. O que você observa?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
2. Parece que a circunferência está inscrita no triângulo. Será que, se o
triângulo fosse diferente, isso poderia não acontecer?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
3. Aperte a tecla ESC e arraste qualquer um dos vértices e verifique se a
circunferência continua inscrita. A partir dessa ilustração, o que você
percebe?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

A construção nos leva a crer que o incentro é o centro de uma circunfe-


rência que tangencia os lados do triângulo por dentro (nesse caso, dizemos que a
circunferência está inscrita no triângulo).

Exercício

Encontre os outros dois pés das perpendiculares em relação aos outros


dois lados. Meça esta distância, usando a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO
OU PERÍMETRO (Janela 8) e verifique se a distância do incentro até o pé da per-
pendicular, em relação a qualquer ,lado é igual.

Desafio!

As bissetrizes se interceptam sempre em um mesmo ponto? Saberia dar


uma justificativa para isso? Por que podemos sempre colocar uma circunferência
inscrita no triângulo?

Vamos iniciar a justificativa e deixamos o término para você. Uma situa-


ção representativa pode ser vista na figura seguinte
100 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Observe que para mostrar que o Incentro é o ponto que está à mesma
distância dos lados do triângulo, basta usar a propriedade vista nas pp.30-32 (Ou-
tra importante propriedade da bissetriz). Com isto justificamos o fato de I ser o
centro de uma circunferência que tangencia os lados.

Para mostrar que a outra bissetriz passa pelo ponto I, trace uma reta que
passe pelos pontos I e B. É necessário mostrar que esta reta é uma bissetriz, ou
seja que divide o ângulo que está em B em dois ângulos de mesma medida. Para
isto, basta mostrar que os triângulos BEI e BDI são congruentes. Isso é muito sim-
ples, já que DI mede o mesmo que EI e o lado BI é comum aos triângulos retângu-
los BEI e BDI. Deste modo a medida do terceiro lado também deve ter a mesma
medida e assim... (termine a demonstração).

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
O Circuncentro 101

O Circuncentro
Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois NOVA
JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Dá-se o nome de mediatriz à reta perpendicular a um segmento pelo seu


ponto médio. O ponto onde as mediatrizes dos lados de um triângulo se encon-
tram, dá-se o nome de circuncentro.

Processo de construção

Selecione a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique em três lugares


distintos para formar um
triângulo. Para fechar o tri-
ângulo, clique novamente
no primeiro ponto. Natural-
mente que os pontos não
podem estar alinhados. Um
triângulo com vértices nos
pontos A, B e C será criado.

Ative a ferramenta MEDIATRIZ (Janela 4) e clique sobre o lado c (que


une o ponto A ao B), uma reta d aparecerá; clique sobre o lado b, uma
reta e aparecerá.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e


clique sobre as retas d e e. O ponto D será criado.
102 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Do mesmo modo que na atividade anterior, perguntamos: a outra


mediatriz também passará pelo ponto D ? Para checar isto, novamen-
te com a ferramenta MEDIATRIZ (Janela 4) ativada, clique sobre o lado
a do triângulo. Uma reta f será criada. Verifique se esta última reta
também passou pelo ponto D.

Primeiro momento de reflexão

Pense sobre a construção feita. Faça uma pergunta: será que as mediatri-
zes de qualquer triângulo se encontrarão sempre no mesmo ponto? Para lhe aju-
dar com a resposta, faça o seguinte: aperte a tecla ESC e arraste qualquer um dos
vértices. Experimente colocar os pontos nas mais diferentes posições. O que você
percebe?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Esse ponto (interseção das mediatrizes) é chamado de CIRCUNCENTRO.

Vamos continuar nossa atividade com uma pergunta: o circuncentro tem


alguma propriedade especial? Há algo que possamos fazer usando o circuncen-
tro?
O Circuncentro 103

Processo de construção - continuação

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11), clique sobre


as retas d, e, f e aperte ESC posteriormente.

Vamos modificar o nome do ponto D para Circuncentro. Para tal, clique


com o botão do lado direito do mouse sobre o ponto D e selecione a
opção RENOMEAR. Na nova janela que aparecerá escreva Circuncentro
e clique em OK.

Ative a ferramenta
CÍRCULO DEFINIDO
PELO CENTRO E UM
DE SEUS PONTOS
(Janela 6), clique no
ponto Circuncentro e,
posteriormente, em
um dos vértices do
triângulo. Uma circun-
ferência g será criada.
O que você observa?

Segundo momento de reflexão

1. Escreva o que você observou.


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2. Parece que o triângulo está inscrito na circunferência. Será que, se o


triângulo fosse diferente, isso poderia não acontecer?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
104 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

3. Aperte a tecla ESC e arraste qualquer um dos vértices e verifique se o


triângulo continua inscrito na circunferência. A partir desta ilustração,
o que você percebe?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

4. Veja se você concorda que o circuncentro é o centro de uma circunfe-


rência que passa por todos os vértices do triângulo (nesse caso, dize-
mos que a circunferência está circunscrita ao triângulo ou que o triân-
gulo está inscrito na circunferência). Concorda com isso?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

5. Quando o circuncentro será interno ao triângulo? E externo? E quan-


do estará sobre um dos lados?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Desafio!

Você consegue mostrar que tudo o que foi observado é de fato verdadei-
ro? Vamos pensar em como justificar algumas propriedades? Uma situação re-
presentativa está colocada na figura seguinte
O Circuncentro 105

Para mostrar que o Circuncentro (P) é o centro de uma circunferência que


passa pelos pontos A, B e C deve mostrar que os segmentos pontilhados (AP, BP e
CP) têm a mesma medida. Para isso, basta lembrarmos que a mediatriz é o lugar
geométrico dos pontos equidistantes dos extremos do segmento. P é ponto de
intersecção das mediatrizes de AB e AC. Logo ele equidista de A, B e C.

Vejamos o raciocínio para a mediatriz do lado AB. A medida de AM mede


o mesmo que MB e BN mede o mesmo que NC. Como os ângulos em M são retos
os triângulos AMP e BMP são congruentes, pelo caso LAL (Lado, Ângulo Lado).
Com isto, a medida de AP é o mesmo que a medida de BP, independente de onde
o ponto P esteja. Se o ponto P está na interseção de duas mediatrizes então, as
medidas de AP é igual às medidas de BP e CP.

Falta mostrar que a outra mediatriz passa também pelo ponto P. Para is-
so, trace uma perpendicular ao segmento AC que passe por P. O que deve mos-
trar é que esta perpendicular divide o segmento AC em dois segmentos de mesma
medida. Você consegue? O caminho é o seguinte:

1. Seja R o pé da perpendicular ao lado AC que passa por P. Como AP mede


o mesmo que CP, o triângulo ACP é isósceles e daí a medida do ângulo
que está em A (do triângulo ACP) é a mesma medida do ângulo que está
em C (do mesmo triângulo).
2. Use agora o caso de congruência LAA (Lado Ângulo Ângulo) para terminar
a justificativa

Os detalhes finais serão deixados como exercício, bem como o como a análise
para os outros tipos de triângulo (retângulo e acutângulo)

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
106 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Exercício

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO, depois NOVA
JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.

Ative a ferramenta POLÍGONO REGULAR (Ja-


nela 5) e clique sobre dois pontos distintos na
Janela de Visualização. Os pontos A e B serão
criados e uma janela aparecerá perguntando
quantos lados deverá ter seu polígono.
Escreva 3 e clique em OK. Um triângulo equi-
látero será criado. Investigue a relação entre o Incentro e o Circuncen-
tro para esse triângulo. A que conclusão você chega?

_________________________________________________________
_________________________________________________________

O Ortocentro
Referencial teórico

A altura de um triângulo é o segmento de reta que liga um vértice à reta


suporte do lado oposto ao vértice considerado. Chama-se ortocentro o ponto de
interseção das retas suportes das alturas dos triângulos.

Preparação:

 Abra uma nova janela. Para isso, selecione ARQUIVO depois


NOVA JANELA.
 Clique com o botão direito do mouse na Janela de Visualização (parte
branca) e desmarque a opção EIXOS.
O Ortocentro 107

Processo de construção

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e crie um triângulo seme-


lhante ao que se encontra a seguir.

Queremos um segmento de reta que passa pelo ponto C e que forme


com a reta suporte do lado AB, um ângulo reto (90 graus). A primeira
coisa que faremos é traçar a reta suporte. Ative a ferramenta RETA
DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3) e clique sobre os pontos A e B.
Uma reta d será criada.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


ponto C e posteriormente sobre a reta suporte recém-criada d ou
sobre o lado c11.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2). Cli-


que sobre as retas d e e. Um ponto D será criado.

Obs.: o segmento CD é chamado de altura do triângulo, pois liga um vértice, perpen-


dicularmente (formando ângulo de 90 graus), à reta suporte do lado oposto (a esse
vértice). A reta e é chamada de reta suporte da altura relativa ao lado AB.

11
Para efeito de encontro do ortocentro, o interesse é apenas na reta suporte da altura e assim,
determinar o pé da altura sobre a reta suporte do lado oposto ao vértice não seria necessário. En-
tretanto, vamos evidenciar a altura, o pé da altura e a reta suporte da altura. Por esse motivo, ire-
mos sempre desenhar a reta suporte de um lado antes de traçar a perpendicular.
108 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Vamos traçar agora a altura relativa ao lado BC. Primeiramente vamos


criar a reta suporte ao lado BC. Ative a ferramenta RETA DEFINIDA
POR DOIS PONTOS (Janela 3) e clique sobre os pontos C e B. Uma reta
“f” será criada.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


ponto A e posteriormente sobre a reta suporte recém-criada (“f”) (ou
ao lado “a”).

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), clique


sobre a reta “f” e posteriormente sobre a reta “g”. Um ponto E será
criado. Esse ponto é o pé da altura relativa ao lado BC e a reta g é a
reta suporte dessa altura.

Já temos duas retas suportes das alturas, certo? Uma relativa ao lado
AB e outra relativa ao lado BC. Vamos marcar onde estas retas se en-
contram? Ainda com a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS
(Janela 2) ativada, clique sobre a reta e (suporte da altura relativa ao
lado AB) e sobre a reta “g” (suporte da altura relativa ao lado BC). Um
novo ponto aparecerá com o nome de F. Esse ponto é o ortocentro do
triângulo.

Ative a ferramenta MOVER EIXOS (Janela 11) para ajustar a posição


dos objetos na Janela de Visualização e a rodinha do mouse para ajus-
tar o zoom. Se tudo correu bem, você estará com um desenho seme-
lhante ao que se encontra abaixo.
O Ortocentro 109

Vamos traçar agora a altura relativa ao lado AC. Primeiramente vamos


criar a reta suporte ao lado AC. Ative a ferramenta RETA DEFINIDA
POR DOIS PONTOS (Janela 3) e clique sobre os pontos A e C. Uma reta
“h” será criada.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


ponto B e posteriormente sobre a reta suporte recém-criada (“h”) (ou
ao lado “b”). Uma reta i será criada. Essa reta passa pelo ponto F
(ortocentro)?

Vamos modificar o nome do ponto F para ortocentro. Para tal, clique


com o botão do lado direito do mouse sobre o ponto F e selecione a
opção RENOMEAR. Na nova janela que aparecerá escreva ortocentro
e clique em OK.

Momento de reflexão

Pense sobre a construção feita. Será que as retas suportes das alturas de
qualquer triângulo se encontrarão sempre no mesmo ponto? Para lhe ajudar com
a resposta, faça o seguinte: aperte a tecla ESC e arraste qualquer um dos vértices.
Experimente colocar os pontos nas mais diferentes posições.
110 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

O que você percebe?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Exercício

Aperte a tecla ESC e movimente os vértices dos triângulos.

1. O que ocorre com o ortocentro se os três ângulos internos do triângulo


forem agudos (medidas menores que 90 graus)? Quando o ortocentro se-
rá externo ao triângulo?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2. Onde está o ortocentro para um triângulo retângulo? Para lhe ajudar a


criar um triângulo retângulo (possui um ângulo reto), clique com o botão
direito do mouse sobre uma área branca e marque a opção MALHA. Aper-
te ESC e posicione os pontos nas interseções das malhas de maneira que
forme um ângulo reto (em A). Experimente vários triângulos retângulos e
tente responder à pergunta feita.
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
3. O que podemos dizer da relação entre a altura e os lados de um triângulo
retângulo?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Desafio!

Você consegue mostrar que as retas suportes das alturas se interceptam em no


mesmo ponto?
O Ortocentro 111

Vamos apresentar o caminho para mostrar que as três alturas intercep-


tam em um mesmo ponto. Deixaremos algumas lacunas para que você preencha.
Tomemos uma situação representativa como a vista na figura seguinte. Construi-
remos a justificativa para o caso onde o triângulo é obtusângulo. Para os outros
dois casos deixaremos como exercício. O raciocínio é semelhante.

Para mostrar que as três alturas se interceptam num mesmo ponto preci-
samos fazer uma construção auxiliar da seguinte forma:

1. Construímos uma reta paralela ao lado AB passando pelo ponto C.


2. Construímos uma reta paralela ao lado AC passando pelo ponto B.
3. Construímos uma reta paralela ao lado BC passando pelo ponto A.

Os pontos onde estas retas se cruzam chamaremos de A’, B’ e C’ (veja a


figura seguinte).
112 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Um fato interessante com respeito ao triângulo A’B’C’ é que as alturas do tri-


ângulo ABC são também as mediatrizes do triângulo A’B’C’. Como as mediatrizes
de um triângulo se encontram em um ponto (veja p.105) as alturas do triângulo
ABC também encontrarão no mesmo ponto. Dessa forma, basta mostrar que a
reta que passa por um vértice do triângulo ABC e pelo ortocentro F é também
uma mediatriz de um lado do triângulo A’B’C’ . Note então que:

1. O ângulo DCA’ é um ângulo reto, pois DC é altura do triângulo ABC.


2. Por construção, CA’ é parelelo a AB, assim como AA’ é paralelo a BC. Des-
sa forma, ABCA’ é um paralelogramo e por esse motivo a medida de CA’ é
a mesma de AB.
3. Também por construção o polígono ABC’C é um paralelogramo e assim,
CC’ mede o mesmo que AB.
4. As duas conclusões anteriores nos levam a concluir que as medidas de CA’
e CC’ são iguais e como o ângulo DCA’ é reto, FC é uma mediatriz do tri-
ângulo A’B’C’.

Raciocínio análogo nos leva a concluir que as outras alturas também são mediatri-
zes e como estas se encontram em um mesmo ponto, as alturas do triângulo ABC
também se encontrarão no mesmo ponto.
O Baricentro 113

O Baricentro
Preparação:

 Abra uma nova janela. Selecione ARQUIVO depois NOVA JANELA.


 Clique com o botão do lado direito na Janela de Visualização (parte branca) e
desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

Dá-se o nome de mediana ao segmento de reta que une um vértice ao


ponto médio do lado oposto. Onde as medianas dos lados de um triângulo se
encontram, dá-se o nome de baricentro.

Processo de construção

Selecione a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique em três lugares


distintos para formar um triângulo. Para fechar o triângulo clique no-
vamente no primeiro ponto. Naturalmente que os pontos não podem
estar alinhados. Um triângulo com vértices nos pontos A, B e C será
criado como o mostrado na figura seguinte.

Ative a ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2) e clique


sobre o lado c. Um ponto D será criado.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela


3), clique no ponto C e, posteriormente, no ponto D. Um segmento d
será criado. Esse segmento criado é chamado de mediana.

Ative a ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2), novamente


e clique sobre o lado a. Um ponto E será criado.
114 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela


3), clique no ponto A e, posteriormente, no ponto E.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), clique


sobre o segmento d e, posteriormente, sobre o segmento e. Um ponto
F será criado.

A próxima mediana também passará por F? Para observar, ative a


ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2) novamente e clique
sobre o lado b. Um ponto G será criado.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela


3), clique no ponto B e, posteriormente, no ponto G. Esse segmento
criado é uma outra mediana. Se tudo correu bem, estará com um
desenho semelhante ao que está a seguir. O ponto F é o baricentro.

Vamos modificar o nome do ponto F para baricentro. Para tal, clique


com o botão do lado direito do mouse sobre o ponto F e selecione a
opção RENOMEAR. Na nova janela que aparecerá, escreva baricentro
e clique em OK.

Momento de reflexão

Pense sobre a construção feita. Faça-se uma pergunta: será que as medi-
anas de qualquer triângulo se encontrarão sempre no mesmo ponto? Para lhe
ajudar com a resposta, faça o seguinte: aperte a tecla ESC e arraste qualquer um
dos vértices. Experimente colocar os pontos nas mais diferentes posições.
O Baricentro 115

O que você percebe?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Desafio!

A seguir há uma situação representativa. Supomos que M1 e M2 são pon-


tos médios dos lados AB e BC, respectivamente, e que P é a interseção das medi-
anas, ou seja, é o baricentro. O ponto Q é a interseção da reta que passa pelo
ponto B e pelo ponto P. A justificativa estará completa quando mostrarmos que a
distância de A até Q é a mesma distância de C até Q.

Os desafios anteriores foram seguidos de praticamente toda a demons-


tração. Neste, deixaremos realmente como desafio. Você consegue mostrar que
as três medianas se encontram em um mesmo ponto? Dica: o seu livro texto pode
lhe ajudar. Use o espaço em branco para rabiscar uma justificativa.

Há uma justificativa no Apêndice(p.220).

Exercício

Use a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Janela 8).


Meça as distâncias de A até E e de A até o baricentro. O que você observa? Meça
também a distância do baricentro ao ponto E. O que você observa?
116 Capítulo 5 – Principais pontos notáveis do triângulo

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Exercício (Reta de Euler)

Construa os pontos notáveis baricentro, circuncentro, e ortocentro de um


mesmo triângulo (numa mesma figura). Construa uma reta que passa pelo orto-
centro e circuncentro. O baricentro pertence a essa reta?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Exercício

Qual é a relação entre os quatro pontos notáveis do triângulo aqui expos-


tos, se o triângulo for equilátero?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Procure saber sobre outros pontos notáveis de um triângulo. Veja, por exemplo,
em:

http://faculty.evansville.edu/ck6/tcenters/
Funções Afins

Capítulo 6 – Funções Afins

Construção do gráfico da função afim

Preparação:

 Abra uma nova janela. Selecione ARQUIVO, depois, NOVA JANELA.

Referencial teórico

Uma função afim é aquela que transforma um número real x em outro


número real y onde 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏, para algum 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ e 𝑎 ≠ 0.

O que se pretende, neste capítulo, é construir algumas ilustrações sobre


aspectos importantes relacionados ao estudo das funções afins. A construção a
seguir tem por objetivo ilustrar o fato de que os pontos na forma (𝑥, 𝑎𝑥 + 𝑏) es-
tão alinhados. Vamos lá?

Processo de construção

No CAMPO DE ENTRADA, digite a = 1 e aperte


ENTER. Digite b = 2 aperte ENTER. Esses valores
representarão os coeficientes “a” e “b” da função
afim que queremos analisar.

Observe se na JANELA DE ÁLGEBRA aparecem os


valores de “a” e “b”. Clique com o botão direito
sobre o “a” e marque a opção EXIBIR OBJETO. Al-
ternativamente, clique na bolinha branca ao lado
do texto na Janela de Álgebra (veja seta na figura
ao lado). Faça o mesmo para “b”. Os valores de “a”
e “b” aparecerão em segmentos na área de visuali-
zação.
118 Capítulo 6 – Funções Afins

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto A sobre o


EixoX. Para ter certeza que o ponto está sobre o EixoX clique, segure e
arraste o ponto A. Ele deverá ficar sobre o EixoX.

Obs.: um ponto sobre o EixoX pode ser criado entrando com o seguinte comando no
CAMPO DE ENTRADA: Ponto[EixoX] .

No CAMPO DE ENTRADA, digite a seguinte expres-


são: a*x(A) + b. Depois de digitado, pressione
ENTER.

OBSERVAÇÃO:

a) O símbolo "*" significa "multiplicado por". Você pode substituí-lo por


um "espaço em branco".
b) "x(A)" simboliza a abscissa do ponto A.

Após esses passos, você observará que aparecerá


um valor “c =...” na JANELA DE ÁLGEBRA. Esse nú-
mero corresponde ao valor de 𝑕(𝑥) na função
𝑕(𝑥) = 𝑥 + 2, para x igual ao valor da abscissa
do ponto A. Lembre-se que assumimos inicialmen-
te os valores a = 1 e b = 2. Agora vamos transferir o
valor de c para o EixoY.

No CAMPO DE ENTRADA, digite (0,c). Observe se


aparece um ponto B no EixoY. Se não aparecer,
talvez seja porque o valor de “c” é grande ou pe-
queno demais. Se isso acontecer, selecione a op-
ção MOVER (Janela 1) e movimente o ponto A so-
bre o EixoX até que o ponto B apareça na tela.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), a seguir trace uma


perpendicular ao EixoY, passando pelo ponto B e uma perpendicular ao
EixoX, passando por A.
Construção do gráfico da função afim 119

Lembre-se que para criar uma reta perpendicular a outra reta passando por um
ponto, você deve clicar no ponto por onde a reta perpendicular passará e depois na
reta que deverá fazer um ângulo de 90∘com a que será criada. Se clicar na reta primeiro
e depois no ponto, a reta perpendicular também será construída.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção dessas perpendiculares. Esse ponto será rotulado automa-
ticamente com a letra C.

Selecione a opção EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique sobre


a reta que passa por A e C e, posteriormente, na reta que passa por B e
C. Aperte ESC ou selecione a opção MOVER (Janela 1). Os objetos mar-
cados ficarão ocultos.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e a seguir crie os segmentos que unem A a C e B a C. Esses segmentos
serão rotulados automaticamente de “f” e “g”.

Clique com o botão direito sobre o


segmento “f”. Selecione PROPRIEDADES
e, posteriormente, a guia ESTILO.

Mude o estilo do segmento para ponti-


lhado, conforme figura ao lado. Faça o
mesmo para o segmento g.
120 Capítulo 6 – Funções Afins

Clique com o botão direito sobre o ponto C.


Selecione HABILITAR RASTRO. Essa opção fará com
que o ponto C deixe um rastro, quando for movi-
mentado.

Note que os pontos B e C são classificados


como dependentes e assim, não é possível movi-
mentá-los. Pense um pouco. Eles dependem de
quem? Pense um pouco...

Selecione a opção MOVER (Janela 1) e movimente (devagar) o ponto A


sobre o EixoX. O que você observa?

No CAMPO DE ENTRADA, digite a seguinte expres-


são: h(x)=a*x + b

Clique com o botão direito sobre o ponto C e desa-


bilite a opção HABILITAR RASTRO.

Depois de digitado, pressione ENTER. O GeoGebra construirá o gráfico da


função h(x) = ax + b. Esse gráfico coincidirá com o rastro deixado anteriormen-
te. Consegue pensar no motivo? Por que houve esta “coincidência”?

Selecione a opção MOVER (Janela 1) e movimente (devagar) os pontos


“a” e “b” que estão nos seletores. Quando movimentamos o ponto,
modificamos o valor daquele parâmetro. Lembre-se que eles represen-
tam os coeficientes da nossa função afim definida inicialmente.
Construção do gráfico da função afim 121

Momento de reflexão

Altere os valores de “a” e


“b” nos seletores. Para isso, basta
clicar no ponto preto sobre o seg-
mento e arrastá-lo para direita ou
esquerda.

1) O que acontece com a reta


quando mudamos o valor
de “a” para 2 ? E quando
mudamos para – 3?

____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2) O que acontece com a reta quando mudamos o valor de “b” para 1 ? E


quando mudamos para −2?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

Obs.: caso queira ver os valores de “a” e “b” sendo modificados automaticamente, basta clicar
sobre o seletor com o botão do lado direito do mouse e selecionar a opção ANIMAÇÃO ATIVADA. A
modificação dos valores do parâmetro associado ao seletor serão alterados automaticamente.

Selecione no Menu Principal, a opção ARQUIVO,


clique em GRAVAR COMO e salve seu arquivo. To-
das as vezes que for sugerido que salve o arquivo,
proceda dessa forma.
122 Capítulo 6 – Funções Afins

Zero da função afim


Preparação:

 Vamos continuar usando a construção do gráfico que fizemos anteriormente.


Caso o tenha fechado, abra o arquivo novamente.

Referencial teórico

O zero de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) é um número 𝑥0 que faz com que


𝑓 𝑥0 = 0. Do ponto de vista gráfico, este ponto (𝑥0 , 0) é o local onde o gráfico
da função 𝑓 intercepta o EixoX.

Processo de construção

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


interseção da reta (gráfico da função) com o EixoX, clicando sobre os
dois objetos. O ponto será rotulado automaticamente de D.

Aperte a tecla ESC e clique com o botão direito


sobre o ponto D. Selecione a opção PROPRIEDA-
DES. Na guia BÁSICO, mude o estilo do rótulo, alte-
rando para NOME & VALOR, conforme figura ao
lado. Feito isso, clique no botão FECHAR.

Obs.: É possível modificar outras


propriedades, como cor e o
estilo e tamanho do ponto.
Zero da função afim 123

.:. O que vem a seguir é OPCIONAL .:.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10). Na janela que aparecerá,


escreva o seguinte:

"raiz=-\frac{" + b + "}{" + a + "}=" + (-b / a)

Marque a caixa FÓRMULA LaTeX e clique em OK.

Aperte a tecla ESC e posicione o texto onde achar melhor. Clique e arraste
qualquer dos seletores (“a” ou “b”) e observe a relação entre o texto dinâmico e
a abscissa do ponto D.

Seu professor poderá lhe ajudar a entender melhor a ilustração que construiu.

Momento de reflexão

O ponto D tem duas coordenadas. Quais são as coordenadas do ponto D?


A abscissa do ponto é chamada de zero da função. Altere os valores de “a” e “b”
nos seletores.

1) Altere o valor de “a” para 2 e de “b” para 0. Escreva a equação da nova


função. Qual é valor do zero da função?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
124 Capítulo 6 – Funções Afins

2) Altere o valor de “a” para −2 e de “b” para 5. Escreva a equação da nova


função. Qual é valor do zero da função?
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________

O ponto em que o gráfico intercepta o eixo das ordenadas


Preparação:

 Vamos continuar usando a construção do gráfico que fizemos anteriormente.


Caso o tenha fechado, abra o arquivo novamente.

Processo de construção

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


interseção da reta (gráfico da função) com o EixoY, clicando sobre os dois
objetos. O ponto será rotulado automaticamente de E.

Ative a opção MOVER (Janela 1) e clique com o


botão direito sobre o ponto E. Selecione PROPRIE-
DADES, depois BÁSICO e mude o estilo do rótulo,
alterando para NOME & VALOR.

Após clicar em FECHAR, aperte ESC e coloque o


texto que apareceu ao lado do ponto E, na posição
que achar melhor. Observe a relação entre a orde-
nada do ponto E e o valor do parâmetro “b” da
função 𝑕(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏.

Momento de reflexão

O ponto E tem duas coordenadas. Quais são as coordenadas do ponto E?


Você consegue estabelecer uma relação entre a ordenada do ponto E e o coefici-
ente “b” da equação da função?
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
A função é crescente ou decrescente? 125

Altere o valor de “a” para – 2 e de “b” para – 5. Escreva a equação da


nova função ? Quais são as coordenadas do ponto E?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

A função é crescente ou decrescente?


Preparação:

 Continuaremos usando a construção do gráfico que fizemos anterior-


mente. Caso tenha fechado, abra o arquivo novamente.

Referencial Teórico

 Uma função é crescente em um intervalo [𝑎, 𝑏] se para quaisquer 𝑥1 e


𝑥2 em [𝑎, 𝑏], se 𝑥1 < 𝑥2 então 𝑓(𝑥1 ) < 𝑓(𝑥2 ).
 Uma função é decrescente em um intervalo [𝑎, 𝑏] se para quaisquer
𝑥1 e 𝑥2 em [𝑎, 𝑏], se 𝑥1 < 𝑥2 então 𝑓 𝑥1 > 𝑓(𝑥2 ).

Em outras palavras, podemos dizer: Uma função é crescente , se na medi-


da em que aumentamos o valor de 𝑥, então 𝑓 𝑥 , também aumenta e, é decres-
cente se, na medida em que aumentamos o valor de 𝑥, então 𝑓(𝑥) diminui.

Ative a opção MOVER (Janela 1) e clique com o botão direito sobre o


ponto A. Selecione PROPRIEDADES, depois BÁSICO e mude o estilo do
rótulo, alterando para NOME & VALOR. Mude também os estilos dos
pontos B e C. Agora movimente (devagar) o ponto A sobre o EixoX.
A função é crescente ou decrescente?

Altere o sinal da variável “a” mudando a posição do sele-


tor. Movimente o ponto A (devagar). O que observa agora?
A função é crescente ou decrescente?
126 Capítulo 6 – Funções Afins

Que relação há entre ser crescente ou decrescente e o


sinal do parâmetro “a” (coeficiente de x na função
𝑕(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 )?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Tentaremos relacionar o fato de a função ser crescente ou decrescente e


o sinal do parâmetro “a” na relação 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏. Esse será o objeto de estudo do
próximo tópico.

Quando a função afim é crescente? E decrescente?


Faremos uma construção a partir do que fez na seção anterior. O objetivo
é fazer com que um texto dinâmico apareça, mostrando quando a reta é crescen-
te, quando é decrescente e quando é constante.

Processo de construção

Abra o arquivo que salvou na atividade anterior.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça.

Uma janela como a que vê ao lado aparecerá. Es-


creva CRESCENTE e aperte o botão OK.

Um texto como mostrado na figura ao lado apare-


cerá. Ative novamente a ferramenta INSERIR TEX-
TO (Janela 10) e clique novamente abaixo da pala-
Quando a função afim é crescente? E decrescente? 127

vra que apareceu. A janela onde escreverá o texto


aparecerá novamente. Dessa vez, escreva DE-
CRESCENTE e clique em OK.

Um novo texto aparecerá como o mostrado na


figura ao lado. Faça isso mais uma vez, isto é, cli-
que abaixo da palavra que acabou de surgir e na
janela que irá aparecer, escreva CONSTANTE. Um
terceiro texto aparecerá.

Obs.: após inserir um texto o GeoGebra vai direto para a


ferramenta MOVER.

Novamente clique abaixo do último texto e escre-


va o seguinte texto:

"h(x)=" + a + "x+" + b

Marque a caixa FÓRMULA LaTeX e clique em OK.

Clique com o botão do lado direito sobre o texto


CRESCENTE e selecione a opção PROPRIEDADES

Na janela que aparecerá, selecione a guia escrito


AVANÇADO. No campo CONDIÇÕES PARA MOS-
TRAR OBJETO escreva:

a>0.

Obs.: lembre-se de que é possí-


vel modificar outras proprieda-
des como o tamanho da fonte
(guia TEXTO) e cor (guia COR).
128 Capítulo 6 – Funções Afins

Na coluna esquerda, selecione a opção TEXTO3


(veja figura ao lado) e no campo CONDIÇÕES PARA
MOSTRAR OBJETO, escreva:

a<0.

Selecione agora a opção TEXTO4 e escreva no


campo CONDIÇÕES PARA MOSTRAR OBJETO:

a==0

Clique em FECHAR.

Movimente os seletores “a” e “b” e observe o que


ocorre.

Momento de reflexão

1) Na atividade anterior, você teve a oportunidade de ver uma ilustração


sobre a relação existente entre o sinal do parâmetro “a” de uma fun-
ção do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏 e o gráfico desta função. Produza um peque-
no texto, falando sobre o observado. O que acontece com o gráfico da
função se 𝑎 > 0?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) O que você observa com respeito ao gráfico se 𝑎 < 0?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

3) O que você observa com respeito ao gráfico se 𝑎 = 0?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Em sala, seu professor discutirá sobre essas relações.


Estudo do sinal de uma função afim 129

Estudo do sinal de uma função afim


Para quais valores de x,
os valores de 𝑕(𝑥) serão positi-
vos? Para quais valores de 𝑥, os
valores de 𝑕(𝑥) serão negati-
vos? Responder a essas per-
guntas é o que se faz quando se
estuda o sinal de uma função.
Usaremos a construção feita
anteriormente. Assim, abra o
arquivo. Você deverá se depa-
rar com algo semelhante ao
mostrado na figura ao lado.

O objetivo da próxima atividade é criar uma ilustração que facilite o en-


tendimento da ideia do estudo do sinal de função afim. Para isso façamos o se-
guinte:

Ative a opção MOVER (Janela 1), movimente o ponto A e observe C.


Para quais valores da abscissa de A os valores da ordenada de C são
positivos? E negativos?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Agora vamos acrescentar um texto dinâmico que mostre quando a ima-


gem passa a ser positiva e quando passa a ser negativa.

Vamos criar dois textos dinâmicos. Um escrito POSITIVO e outro escrito


NEGATIVO. Para isso, selecione a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10)
e clique em algum lugar da Janela de Visualização. Uma nova janela
aparecerá.
130 Capítulo 6 – Funções Afins

Escreva POSITIVO, clique em OK e, novamente,


clique em outro ponto da Janela de Visualização.
Esta mesma janela aparecerá e dessa vez escreva
NEGATIVO e clique em OK.

Clique com o botão direito do mouse sobre o


texto POSITIVO e, em seguida, escolha a opção
PROPRIEDADES.

Obs.: veja o “nome” de seu texto. Aqui ele chama-se “tex-


to6”. Confira na figura ao lado.

Observe que está selecionado na coluna esquer-


da o texto TEXT06. Selecione a guia AVANÇADO e
escreva no campo CONDIÇÃO PARA MOSTRAR
OBJETO:

y(B)>0

(veja figura a seguir).

Selecione a guia POSIÇÃO (figura ao lado) e na


caixa de seleção ORIGEM, selecione o ponto B
(este é o ponto que marca a imagem de x(A)).
Estudo do sinal de uma função afim 131

Selecione agora o último texto na coluna esquer-


da (TEXT07) e clique na guia AVANÇADO.

Obs.: esse é o texto que está com a palavra


NEGATIVO.

Caso não o tenha criado como indicado na p.129,


clique em FECHAR, selecione a ferramenta INSE-
RIR TEXTO e clique em algum lugar da JANELA DE
VISUALIZAÇÃO. Na janela que aparecerá escreva
o texto NEGATIVO e clique em OK. Feito isso,
clique com o botão do lado direito do mouse
sobre esse texto que acabou de criar e selecione
a opção PROPRIEDADES. Observe se seu texto
tem o nome “text7” como aqui. As instruções
para “texto7” são para o texto NEGATIVO que
acabou de criar.

Escreva, no campo CONDIÇÃO PARA MOSTRAR OBJETO: y(B)<0.

Novamente, clique na guia POSIÇÃO e faça o mesmo que fez com relação
ao outro texto, ou seja, no campo de seleção ORIGEM, selecione B. Veja figuras
seguintes.

Você pode modificar outros


atributos do texto como a cor
(na guia COR) e o tamanho
do texto, tipo de letra, negri-
to, itálico e outros na guia
TEXTO. Isso é opcional.
132 Capítulo 6 – Funções Afins

Clique em FECHAR e aperte a tecla ESC. Clique sobre o ponto A e arraste-o


(devagar) sobre o EixoX. Observe o texto dinâmico que está ao lado do ponto B
sobre o EixoY.

Selecione a opção INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique próximo do ponto


A (o que está sobre o EixoX).

Na janela que aparecerá escreva

"x=" + (x(A))

Clique em OK. Um texto apareceu próximo do


ponto A. Clique sobre esse texto com o botão do
lado direito do mouse e selecione a opção PRO-
PRIEDADES.

Clique sobre a guia POSIÇÃO, na caixa seleção e


vincule o texto ao ponto A. Feito isso, clique em
FECHAR e arraste o texto criado para a posição
que achar mais adequada.

.:. OPCIONAL .:.


Você pode clicar na guia COR e modificar a cor do texto; na guia TEXTO
você pode modificar o tamanho e outras propriedades do texto.

Clique com o botão do lado direito do mouse


sobre o ponto A que está sobre o EixoX e des-
marque a opção EXIBIR RÓTULO. O texto “A” do
ponto deverá desaparecer. Faça o mesmo com o
ponto B que está sobre o EixoY.
Estudo do sinal de uma função afim 133

Selecione a opção INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique próximo do pon-


to B ,(o que está sobre o EixoY).

Na janela que aparecerá escreva:

"h(" + (x(A)) + ")=" + (y(B))

Clique em OK. Clique sobre esse texto com o bo-


tão do lado direito do mouse e selecione a opção
PROPRIEDADES.

Clique sobre a guia POSIÇÃO, na caixa seleção e


vincule o texto ao ponto B. Feito isso, clique em
FECHAR e arraste o texto criado para a posição
que achar mais adequada.

Se tudo correu bem, você chegou a algo seme-


lhante ao que é mostrado na imagem ao lado.
Salve sua construção.

Explore a construção. Para isso, aperte ESC e


modifique os valores dos parâmetros “a” e “b”
(seletores) ou o ponto que está sobre o EixoX.
Observe o que ocorre com o texto que mostra se
a função é crescente ou decrescente; observe
também o texto que mostra se a imagem do pon-
to que está sobre o EixoX é positivo ou negativo.
Seu professor o orientará quanto ao que obser-
var.

Momento de reflexão

1) Fixe o valor do parâmetro “a” em 2 e o valor de “b” em 3. Observe


qual é a raiz e como ela é encontrada (veja o texto dinâmico “raiz=...”.
Tente responder o seguinte: qual é o valor da raiz? A imagem é positi-
134 Capítulo 6 – Funções Afins

va ou negativa se 𝑥 estiver à direita do ponto D? E se estiver à es-


querda desse ponto? Escreva o que concluiu e mostre a seu professor.
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Fixe o valor do parâmetro “a” em −2 e o valor de “b” em 4. Agora


responda: qual é o valor da raiz? A imagem é positiva ou negativa se 𝑥
estiver à direita do ponto D? E se estiver à esquerda desse ponto? Es-
creva o que concluiu e mostre a seu professor.
_________________________________________________________
_________________________________________________________

3) Observe que, dizer onde a função tem sinal positivo e onde tem sinal
negativo, está diretamente relacionado com a posição da raiz e o fato
de a função ser crescente ou decrescente. Estude o sinal da função
𝑕 𝑥 = 3𝑥 − 3 (fixe 𝑎 = 3 e 𝑏 = −3). Preencha as lacunas a seguir:

 Se 𝑥 > _________ então 𝑕(𝑥) é ___________________


𝑅𝑎𝑖𝑧 𝑎𝑞𝑢𝑖 𝑉𝑒𝑗𝑎 𝑡𝑒𝑥𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑛 â𝑚𝑖𝑐𝑜
(𝑃𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑜𝑢 𝑁𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 )
 Se 𝑥 < _________ então 𝑕(𝑥) é ___________________
𝑅𝑎𝑖𝑧 𝑎𝑞𝑢𝑖 𝑉𝑒𝑗𝑎 𝑡𝑒𝑥𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑛 â𝑚𝑖𝑐𝑜
(𝑃𝑜𝑠𝑖𝑡𝑖𝑣𝑜 𝑜𝑢 𝑁𝑒𝑔𝑎𝑡𝑖𝑣𝑜 )
 Se 𝑥 = _________ então 𝑕(𝑥) é ___________________
𝑅𝑎𝑖𝑧 𝑎𝑞𝑢𝑖 𝑉𝑒𝑗𝑎 𝑡𝑒𝑥𝑡𝑜 𝑑𝑖𝑛 â𝑚𝑖𝑐𝑜
(𝑕 𝑟𝑎𝑖𝑧 =???)

Exercício

Em cada uma das funções abaixo, determine o zero da função, o ponto onde
intercepta o eixo das ordenadas, o estudo do sinal e se é crescente ou decrescen-
te.

a) 𝑕 𝑥 = −3𝑥 + 5
b) 𝑕 𝑥 = 6𝑥 − 3
c) 𝑕 𝑥 = −5𝑥 + 1
d) 𝑕 𝑥 = −3𝑥 + 4
Estudo do sinal de uma função afim 135

4
Observação: caso queira estudar uma função do tipo 𝑕 𝑥 = 3𝑥 − , você pode
3
ajustar esses valores, usando o CAMPO DE ENTRADA. Para isso digite:

Escreva a=sqrt(3)

Escreva b=-4/3
Funções Quadráticas
Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Construção do gráfico da função Quadrática


Preparação:

 Abra uma nova janela. Selecione ARQUIVO, depois NOVA JANELA.

Referencial teórico

Uma função quadrática é aquela que transforma um número real x em um


outro número real 𝑦 onde 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 para algum a, 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ com 𝑎 ≠ 0.
Neste capítulo, “a”, “b” e “c” serão sempre constantes reais.

O que se pretende, neste capítulo, é construir algumas ilustrações sobre


aspectos importantes relacionados ao estudo das funções quadráticas. A constru-
ção a seguir tem por objetivo ilustrar o fato de que os pontos na forma (𝑥, 𝑦)
formam uma parábola e você verá o que ocorre se o parâmetro 𝑎 for positivo e se
for negativo. Vamos lá?

Processo de construção

No CAMPO DE ENTRADA,

 Digite a=1 e aperte ENTER.


 Digite b=2 aperte ENTER.
Finalmente, digite c=3 e aperte ENTER

Esses valores representarão os coeficientes “a”, “b” e “c” da função quadrática


que queremos analisar.
Construção do gráfico da função Quadrática 137

Observe se na JANELA DE ÁLGEBRA aparecem os


valores de “a”, “b” e “c”. Clique com o botão direi-
to sobre o “a” e marque a opção EXIBIR OBJETOS
(ou clique nas bolinhas brancas – veja setas na
figura ao lado). Faça o mesmo para “b” e “c”. Os
valores de “a” , “b” e “c” aparecerão em segmen-
tos na área de visualização.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto A sobre o


EixoX. Para ter certeza que o ponto está sobre o EixoX aperte ESC, clique,
segure e arraste o ponto A. Ele deverá ficar sobre o EixoX.

No CAMPO DE ENTRADA digite a seguinte expres-


são:

a*x(A)^2 + b*x(A)+c

Depois de digitado, pressione ENTER.

OBSERVAÇÃO:

 O símbolo "*" significa "multiplicado por". Você pode substituí-lo


por um "espaço em branco".
 "x(A)" simboliza a abscissa do ponto A.
 O símbolo “^” significa “elevado a” .

Após esses passos, você observará que aparece um


valor “d =...” na JANELA DE ÁLGEBRA. Esse número
corresponde ao valor de 𝑝(𝑥) na função
𝑝(𝑥) = 𝑥 2 + 2𝑥 + 3, para x igual ao valor da
abscissa do ponto A. Lembre-se que assumimos
inicialmente os valores 𝑎 = 1, 𝑏 = 2 e 𝑐 = 3.
Agora vamos transferir o valor de d para o EixoY.

No CAMPO DE ENTRADA, digite (0,d). Observe se


aparece um ponto B no EixoY. Se não aparecer,
138 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

talvez seja porque o valor de “d" é grande ou pe-


queno demais. Se isso acontecer, selecione a opção
MOVER (Janela 1) e movimente o ponto A sobre o
EixoX até que o ponto B apareça na tela.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e a seguir trace uma


perpendicular ao EixoY, passando pelo ponto B e uma perpendicular ao
EixoX, passando por A.

Obs.: na p.119 no “Lembre-se” há instruções sobre como traçar tal reta.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque a


interseção dessas perpendiculares. Esse ponto será rotulado automati-
camente com a letra C.

Selecione a opção EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique sobre


as retas perpendiculares por A e C e, posteriormente, B e C. Aperte ESC.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3) e,


a seguir, crie os segmentos que unem A a C e, posteriormente, B a C.
Esses segmentos serão rotulados automaticamente de g e h.

Clique com o botão direito sobre o segmento “g”.


Selecione PROPRIEDADES. Na janela que aparece-
rá, selecione a guia ESTILO e mude o estilo do seg-
mento para pontilhado, conforme figura a seguir.
Faça o mesmo para o segmento h.
Construção do gráfico da função Quadrática 139

Lembre-se que, com a


ferramenta DESLOCAR
EIXOS (Janela 11) é
possível ajustar a
posição do gráfico na
tela.

Clique com o botão direito sobre o ponto C. Selecione


HABILITAR RASTRO. Essa opção fará com que o ponto
C deixe um rastro quando for movimentado. Feito isso,
aperte a tecla ESC e movimente (devagar) o ponto A
sobre o EixoX. O que você observa?

No CAMPO DE ENTRADA digite a seguinte expressão:

p(x)=a*x^2+b*x+c

Depois de digitado, pressione ENTER. O GeoGebra construirá o gráfico da função


𝑝(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐. Esse gráfico coincidirá com o rastro deixado anterior-
mente. Por quê? Você saberia dizer? Pense sobre isto um pouco..

Selecione a opção MOVER (Janela 1) e movimente (devagar) os pontos


“a”, “b” e “c” que estão nos seletores na tela. Quando você movimenta
o ponto, altera o valor daquele parâmetro. Lembre-se que eles repre-
sentam os coeficientes da função quadrática definida inicialmente.
140 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Se já entendeu o motivo pelo qual o rastro deixado pelo ponto C fica so-
bre o gráfico de 𝑝(𝑥) então, clique novamente com o botão direito do mouse
sobre o ponto C e desabilite a opção HABILITAR RASTRO

Selecione no Menu Principal, a opção


ARQUIVO, clique em GRAVAR COMO...
e salve seu arquivo. Todas vezes que se
pedir para salvar seu arquivo, proceda
desta forma.

Esta é uma construção base. Todas as demais partirão do que foi feito até aqui.

Relação entre o sinal do parâmetro “a” e o fato de a parábola


ser côncava ou convexa

Referencial Teórico

Dizemos que uma parábola é convexa se possui a forma mostrada a se-


guir. É comum dizer, neste caso, que a parábola tem concavidade voltada para
cima.

Dizemos que uma parábola é côncava se possui a forma mostrada a se-


guir. É comum dizer, neste caso, que a parábola tem concavidade voltada para
baixo.

Parábolas convexa (à esquerda) e côncava (à direita)


Relação entre o sinal do parâmetro “a” e o fato de a parábola ser côncava ou 141
convexa

A construção seguinte tem o propósito de fazer com que se perceba a


relação entre o sinal do parâmetro “a” e o fato da parábola ser convexa ou cônca-
va, isto é, ter a concavidade voltada para cima ou para baixo. Usaremos a constru-
ção feita na seção anterior. Para isso, abra o arquivo (caso ele já não esteja aber-
to) e siga as instruções.

Aperte a tecla ESC ou selecione a ferramenta MOVER (Janela 1) e modi-


fique o valor do parâmetro “a” no seletor. Faça com que fique negativo
e depois positivo. Veja o comportamento da parábola. Não esqueça de
salvar seu arquivo.

Momento de reflexão

Altere os valores de “a”, “b” e “c” nos seletores e observe o que ocorre
com o gráfico, especialmente no que diz respeito ao parâmetro “a”.

1) O que acontece com a parábola quando o sinal de “a” é alterado?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
2) Complete as frases seguintes:

 Se 𝑎 > 0 (positivo) então, a parábola é ____________________


(côncava ou convexa?), ou seja, ela possui a concavidade voltada para
____________________ (cima ou baixo?).
142 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

 Se 𝑎 < 0 (negativo) então a parábola é ____________________,


(côncava ou convexa?), ou seja, ela possui a concavidade voltada para
____________________ (cima ou baixo?).

Observação importante: para se fazer um esboço do gráfico de uma função qua-


drática de forma perspicaz, é importante saber o significado dos parâmetros “a”,
“b”, “c” e “Δ”. Guarde o significado do sinal do parâmetro “a”. Ele será importan-
te.

Qual o significado do parâmetro “b” para o gráfico da função


quadrática?

Preparação:

 Vamos continuar usando a construção do gráfico que fizemos anterior-


mente. Caso tenha fechado, abra o arquivo novamente.

O objetivo desta atividade é perceber o papel do parâmetro “b” na cons-


trução do gráfico da parábola 𝑦 = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐.

Processo de construção

Aperte a tecla ESC ou selecione a ferramenta MOVER (Janela 1) e modi-


fique o valor do parâmetro “b” no seletor. Faça com que fique negativo
e depois positivo. Veja o comportamento da parábola. Olhe para o
comportamento da parábola no momento em que intercepta o EixoY
(se é crescente ou decrescente)

Modifique o sinal do parâmetro “a” para que a parábola modifique sua


concavidade. Modifique novamente o valor do parâmetro “b” e obser-
ve o comportamento da parábola no momento em que intercepta o
EixoY.
Relação entre o parâmetro “c” e o local onde a parábola intercepta o EixoY? 143

Momento de reflexão

Vamos ver se percebeu uma propriedade importante. Tente completar as frases


seguintes:

 Se 𝑏 > 0, a parábola intercepta o EixoY com sua parte


____________________ (crescente ou decrescente?)
 Se 𝑏 < 0, a parábola intercepta o EixoY com sua parte
____________________ (crescente ou decrescente?)
 Se 𝑏 = 0, a parábola intercepta o EixoY em um ponto, que será cha-
mado de vértice da parábola.

Observação importante: Guarde o significado do sinal do parâmetro “b”. Ele será


importante.

Relação entre o parâmetro “c” e o local onde a parábola intercepta


o EixoY?

Preparação:

 Vamos continuar usando a construção do gráfico que fizemos anteriormente.


Caso tenha fechado, abra o arquivo novamente.

Processo de construção

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


interseção da parábola (gráfico da função) com o EixoY, clicando sobre os
dois objetos. O ponto será rotulado automaticamente de D.

Ative a opção MOVER (Janela 1) e clique com o bo-


tão direito sobre o ponto D. Selecione a opção PRO-
PRIEDADES.

Na janela que aparecerá, na guia BÁSICO, mude o


estilo do rótulo, alterando para NOME & VALOR e
clique em FECHAR.
144 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Feito isso, aperte a tecla ESC e modifique o valor do parâmetro “c” no sele-
tor. Tente relacionar o valor de “c” e o local onde o gráfico intercepta o EixoY.
Observe a ordenada do ponto D (isto é, y(D)) e diga qual é a relação com o
valor do parâmetro “c”.

Momento de reflexão

1) O ponto D tem duas coordenadas. Quais são as coordenadas do ponto


D? Você consegue estabelecer uma relação entre a ordenada do pon-
to D e o parâmetro “c” da função?
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Altere o valor de “a” para −2, “b” para −5 e “c” para 4. Escreva a e-
quação da nova função? Quais são as coordenadas do ponto D?
_________________________________________________________
_________________________________________________________

3) Considere a função, cujo gráfico é apresentado a seguir. Qual é o sinal


dos parâmetros “a”, “b” e “c”?
Raízes ou zeros da função Quadrática 145

 O valor de “a” é (positivo ou negativo?) _____________________


 O valor de “b” é (positivo ou negativo?) _____________________
 O valor de “c” (positivo ou negativo?) _______________________

Raízes ou zeros da função Quadrática


Preparação:

 Vamos continuar usando a construção do gráfico que fizemos anteriormente.


Caso tenha fechado, abra o arquivo novamente.

Referencial teórico

O zero de uma função 𝑦 = 𝑓(𝑥) é um número 𝑥0 que faz com que


𝑓 𝑥0 = 0. Do ponto de vista gráfico, este ponto (𝑥0 , 0) é o local onde o gráfico
da função 𝑓 intercepta o EixoX.

Processo de construção

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


interseção da parábola (gráfico da função) com o EixoX, clicando sobre
os dois objetos. Os pontos serão rotulados automaticamente de E e F.

Obs.: Caso a sua parábola não esteja interceptando o EixoX, altere o coeficiente “c”,
até que a parábola intercepte.

Ative a opção MOVER (Janela 1) e clique com o


botão direito sobre o ponto E. Selecione PROPRIE-
DADES. Abrirá uma nova janela. Na guia BÁSICO,
mude o estilo do rótulo, alterando para NOME &
VALOR. Faça o mesmo para F. Para isso, basta sele-
cionar o ponto F, na coluna da esquerda.
146 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Momento de reflexão

1) Os pontos E e F têm (cada um) duas coordenadas. Quais são as coor-


denadas dos pontos E e F? As abscissas dos pontos são chamadas de
zeros da função. Altere os valores de “a”, “b” e “c” nos seletores.
Altere o valor de “a” para 1, “b” para 3 e “c” para 2. Escreva a equa-
ção da nova função. Quais são os zeros da função?
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Altere o valor de “b” para −3. Escreva a equação da nova função.


Quais são os zeros da função?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
________________________________________________________

Relação entre o sinal de ∆ e o número de raízes da função


quadrática
Processo de construção

No CAMPO DE ENTRADA digite delta=b^2-4*a*c e pressione


ENTER . Com isso, definimos uma variável “delta" que representa o valor
numérico da expressão 𝑏 2 − 4𝑎𝑐. Observe se “delta=...” aparece na Ja-
nela de Álgebra.

O “delta” que calculamos é chamado de discrimi-


nante da função quadrática e o representamos
com a letra grega ∆. Podemos alterar na Janela de
Álgebra o “delta” para ∆. Para isso, clique com o
botão direito do mouse sobre o “delta” que está na
Janela de Álgebra. Selecione “Renomear”. Na jane-
la que se abrirá, procure na barra de rolagem o ∆.
Depois, clique em OK.
Relação entre o sinal de ∆ e o número de raízes da função quadrática 147

Janela de Álgebra com o


símbolo Δ.
Observe se o ∆ aparece na Janela de Álgebra.

OBSERVAÇÃO: além do que fez acima, opcional-


mente, você pode criar um texto dinâmico que
mostre o valor de Δ. Para isso, ative a ferramenta
INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer
que o texto apareça. Na janela que aparecerá, es-
creva:

"\Delta="+(b^2–4*a*c)

Ative a caixa FÓRMULA LaTeX e clique em OK.

Movimente (devagar) os seletores “a”, “b” e “c” que estão na tela.


Observe o valor de ∆ e o gráfico. Tente relacionar a existência ou não
de raízes com o sinal de Δ.

Momento de reflexão

1) Altere o valor de “a”, “b” ou “c” de forma que o gráfico intercepte o


EixoX. Observe o valor de ∆. Qual o sinal dele? Altere o valor de “a”,
“b” ou “c” de forma que o ∆ fique igual a 0 (por exemplo: 𝑎 = 1,
𝑏 = −2 e 𝑐 = 1 ou 𝑎 = 4, 𝑏 = −4 e 𝑐 = 1). O que acontece com o
gráfico? E os zeros da função?
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Altere de forma que o ∆ fique negativo (por exemplo: 𝑎 = 4, 𝑏 = −4


e 𝑐 = 2). O que acontece com o gráfico? E os zeros da função? Quan-
tos são?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
148 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

3) Altere de forma que o ∆ fique positivo (por exemplo: 𝑎 = 1, 𝑏 = −4 e


𝑐 = 3), o que acontece com o gráfico? E os zeros da função? Quantos
são?
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Tente relacionar a primeira coluna com a segunda:

Se Δ > 0 (positi- (1) (a) O gráfico não intercepta


vo), então o EixoX

Se Δ < 0 (negati- (2) (b) O gráfico toca uma única


vo), então vez no EixoX

Se Δ = 0 (3) (c) O gráfico intercepta o


EixoX em dois lugares
distintos.

Observação importante: Guarde o significado do sinal de Δ. Ele será importante .

Momento de Reflexão

Perceba que, sabendo o significado de “a”, “b”, “c” e “Δ,” você consegue fazer o
esboço do gráfico de qualquer função quadrática. Por exemplo: para a função
𝑓 𝑥 = 2𝑥 2 − 5𝑥 − 3 sabe-se que 𝑎 = 2, 𝑏 = −5 e 𝑐 = −3 e, consequentemen-
te,

Δ = 𝑏 2 − 4𝑎𝑐 = −5 2
− 4.2. −3 = 25 + 24 = 49 > 0

Interpretando esses dados temos:

 𝑎 > 0 e isso implica que a parábola é convexa (concavidade voltada para


cima).
 𝑏 < 0 e isto implica que a parábola intercepta o EixoY em um ponto onde
a função é decrescente.
 𝑐 = −3 e isso implica que o gráfico da parábola intercepta o EixoY em
𝑦 = −3.
 Δ > 0 e implica que o gráfico intercepta o EixoX em dois pontos distintos.
Vértice da Parábola 149

Com todas essas informações, qual dos gráficos a seguir tem estas proprieda-
des?

( ) ( ) ( )

Tente justificar sua solução, ou seja, se não escolheu, por exemplo, o primei-
ro gráfico, diga por quê. Faça o mesmo com o outro gráfico que não escolheu.

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Vértice da Parábola
Preparação:

 Vamos continuar usando a construção do gráfico


que fizemos anteriormente. Caso o tenha fecha-
do, abra o arquivo novamente.

Referencial Teórico

Definimos por vértice da parábola o ponto


(𝑥𝑣 , 𝑦𝑣 ) onde a função atinge seu valor máximo ou
150 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

mínimo se esta for côncava ou convexa, respectivamente. A figura ao lado mostra


o caso onde a parábola é convexa (concavidade voltada para cima) e, para esse
caso, teremos um ponto de mínimo.

Processo de construção

No CAMPO DE ENTRADA, digite a seguinte expres-


são: Xv=-b/(2*a). Depois de digitado, pressione
"ENTER".

No CAMPO DE ENTRADA, digite a seguinte expres-


são: Yv=-∆/(4*a). Depois de digitado, pressione
“ENTER”.

Observe que o símbolo ∆ está na segunda barra de


rolagem do CAMPO DE ENTRADA (Figura a esq.)

No CAMPO DE ENTRADA, digite V=(Xv,Yv).


O ponto V que aparecerá na parábola é cha-
mado de vértice.

No CAMPO DE ENTRADA digite: x=Xv . Uma


reta vertical aparecerá. Esta reta é chamada de
eixo de simetria.
A função é sempre crescente? Sempre decrescente? 151

Ative a opção MOVER (Janela 1) e clique com o bo-


tão direito sobre o ponto V. Selecione PROPRIEDA-
DES, depois BÁSICO e mude o estilo do rótulo, alte-
rando para NOME & VALOR semelhante ao mostra-
do na p.143.

Momento de reflexão

Altere o valor de “a”, “b” e “c” .

O ponto V será ponto de mínimo se __________________ (𝑎 > 0 ou 𝑎 < 0 ?)

O ponto V será ponto de máximo se __________________ (𝑎 > 0 ou 𝑎 < 0 ?)

A função é sempre crescente? Sempre decrescente?


Referencial Teórico

Vimos, em outro momento, a definição de função crescente e função de-


crescente. Nesta seção usaremos uma definição alternativa. Trata-se do uso de
uma reta tangente12. Quando a função é crescente em um ponto, a reta tangente
é crescente e, quando a função é decrescente em um ponto, a reta tangente é
decrescente. Nos pontos de mínimo e máximo, a reta tangente é horizontal. Va-
mos a uma construção que ilustra isso.

Preparação:

 Abra um novo arquivo (Ctrl+N) e siga as instruções a seguir.

12
Esse conceito se aplica a qualquer função, cujo gráfico seja uma curva suave, como é o caso da
função quadrática. O conceito preciso de suavidade e aprofundamentos relacionados não fazem
parte dos objetivos deste texto.
152 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Processo de construção

No CAMPO DE ENTRADA digite:

 a=1 e aperte ENTER


 b=1 e aperte ENTER
 c=1 e aperte ENTER
 y=a*x^2+b*x+c e aperte ENTER

A parábola criada terá nome “d”

Clique com o botão do lado direito


do mouse sobre o ponto “a” na
Janela de Álgebra e selecione a
opção EXIBIR OBJETO. (Alternati-
vamente, clique sobre as bolinhas
brancas – veja setas na figura ao lado.) Faça o
mesmo com os parâmetros “b” e “c”. Fazendo isso,
três seletores aparecerão na JANELA DE VISUALI-
ZAÇÃO.

No CAMPO DE ENTRADA, escreva

V=Vértice[d].

Obs.: se esquecer do acento agudo em “e”, o comando não


funcionará.

No CAMPO DE ENTRADA escreva Ponto[d].

Um ponto chamado “A” será criado sobre o objeto


“d” (no caso a parábola).

No CAMPO DE ENTRADA escreva:

Tangente[A,d]

Uma reta tangente à parábola “d” no ponto “A”


será criada.
A função é sempre crescente? Sempre decrescente? 153

Aperte a tecla ESC ou selecione a ferramenta MO-


VER (Janela 1) e arraste o ponto A que está sobre a
parábola.

Momento de reflexão

Tente verificar o que


acontece com a reta tangen-
te. A função será crescente
onde a reta tangente for
crescente e a função será
decrescente onde a reta
tangente for decrescente.
Tente relacionar o intervalo
onde a função é crescente e
a posição do vértice. Arraste
o ponto “A” (devagar) quan-
tas vezes quiser e complete as lacunas a seguir, com o que observou.

 É correto dizer que, se 𝑎 > 0 (parábola convexa – concavidade volta-


da para cima), a parábola é ____________________ (crescente ou de-
crescente?) na parte que está à direita de seu vértice.
 É correto dizer que, se 𝑎 > 0 (parábola convexa – concavidade volta-
da para cima), a parábola é ____________________ (crescente ou de-
crescente?) na parte que está à esquerda de seu vértice.
 É correto dizer que, se 𝑎 < 0 (parábola côncava – concavidade volta-
da para baixo), a parábola é ____________________ (crescente ou
decrescente?) na parte que está à direita de seu vértice.
 É correto dizer que, se 𝑎 < 0 (parábola côncava – concavidade volta-
da para baixo), a parábola é ____________________ (crescente ou
decrescente?) na parte que está à esquerda de seu vértice.

Vamos mudar um pouco a forma de perguntar; mas antes, façamos o seguin-


te: em sua construção vamos adicionar o eixo de simetria. Para isso:

 Digite no CAMPO DE ENTRADA: x=x(V)


 Digite no CAMPO DE ENTRADA x=x(A)
154 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Chamaremos de 𝑥 a abscissa do ponto A e de 𝑥𝑣 a abscissa do ponto V. Tente


preencher as lacunas a seguir:

 É correto dizer que, se 𝑎 > 0 (parábola convexa – concavidade volta-


da para cima, a parábola tem parte crescente para 𝑥 _____ 𝑥𝑣 (maior
ou menor?).
 É correto dizer que, se 𝑎 > 0 (parábola convexa – concavidade volta-
da para cima), a parábola tem parte decrescente para 𝑥 _____ 𝑥𝑣
(maior ou menor?).
 É correto dizer que, se 𝑎 < 0 (parábola côncava – concavidade volta-
da para baixo), a parábola tem parte crescente para 𝑥 _____ 𝑥𝑣 (mai-
or ou menor?).
 É correto dizer que,se 𝑎 < 0 (parábola côncava – concavidade voltada
para baixo), a parábola tem parte decrescente para 𝑥 _____ 𝑥𝑣 (maior
ou menor?).

Havendo dúvidas, não deixe de consultar seu professor. Ele o ajudará a per-
ceber detalhes importantes desse conteúdo.

Estudo do sinal da função quadrática


Para quais valores de x, o a função terá imagem positiva? Para quais valo-
res de x, a função terá imagens negativas?

Preparação:

 Abra um novo arquivo (Ctrl+N) e siga as instruções a seguir.

Referencial Teórico

Estudar o sinal de uma função é dizer em quais intervalos esta função


possui imagens positivas, em quais intervalos ela possui imagens negativas e
quando ela possui imagem zero.

O objetivo da construção seguinte é ilustrar fatos relevantes no estudo do


sinal de funções quadráticas. Observe que, com o que já foi discutido a respeito
do significado dos parâmetros “a”, “b”, “c”, “Δ” e raízes, espera-se que o estudan-
te saiba fazer um esboço rápido do gráfico de uma função quadrática. Vamos lá?
Estudo do sinal da função quadrática 155

Processo de construção

No CAMPO DE ENTRADA digite:

 a=1 e aperte ENTER


 b=-1 e aperte ENTER
 c=-2 e aperte ENTER

f(x)=a*x^2+b*x+c e aperte ENTER

A parábola criada terá nome “f(x)”

Digite no CAMPO DE ENTRADA Ponto[EixoX].


Um ponto sobre o EixoX chamado “A” será criado.
Em geral, ele aparece no ponto (0,0).

Aperte a tecla ESC ou ative a opção MOVER


(Janela 1) e movimente (devagar) o ponto A sobre
o EixoX.

Digite no CAMPO DE ENTRADA Raiz[f] e, com


isso, dois pontos mostrando a interseção com o
EixoX aparecerão. Eles serão os pontos B e C.

Digite no CAMPO DE ENTRADA

(x(A),f(x(A))) .

Um ponto D será criado sobre a parábola.

Digite no CAMPO DE ENTRADA (0,f(x(A))) .


Um ponto E será criado sobre o EixoY, marcando a
posição da imagem do número real “x(A)”.

No CAMPO DE ENTRADA digite:

 Segmento[A,D] e aperte “ENTER”


 Segmento[D,E] e aperte “ENTER”.

Obs.: essa mesma ação pode ser feita com a ferramenta


156 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 4).

Faça com que os segmentos AD e ED fiquem ponti-


lhados. Para tal, clique com o botão do lado direito
sobre um desses segmentos (AD, por exemplo),
selecione a opção PROPRIEDADES.

Na guia ESTILO na caixa de seleção, escolha o tipo


de pontilhado. Selecione o segundo segmento na
coluna da esquerda. Faça o mesmo para o outro
segmento e clique em FECHAR.

Alternativamente, pode fechar depois de modificar a aparência do pri-


meiro segmento e usar a ferramenta ESTILO VISUAL (Janela 11).

Selecione a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique em algum


lugar da Janela de Visualização. Iremos vincular esse texto ao ponto “E”,
então ele ficará próximo a este.

Na Janela que aparecerá, escreva o texto Imagem


POSITIVA e clique em OK.

Selecione novamente a ferramenta INSERIR TEXTO


e clique novamente na JANELA DE VISUALIZAÇÃO.
Quando esta mesma janela aparecer, escreva ago-
ra o texto Imagem NEGATIVA e clique em OK.
Estudo do sinal da função quadrática 157

Clique com o botão direito do mouse sobre o texto


“Imagem POSITIVA” e selecione a opção PROPRIE-
DADES.

Na janela que aparecerá, clique na guia POSIÇÃO e


selecione o ponto “E”.

Na guia AVANÇADO, escreva no campo CONDIÇÃO PARA MOSTRAR OBJE-


TO:

y(E) > 0

Selecione TEXTO2 na coluna esquerda e

a) Na guia POSIÇÃO, selecione o ponto “E”.


b) Na guia AVANÇADO, escreva no campo CONDIÇÃO
PARA MOSTRAR OBJETO:

y(E) < 0

Clique em FECHAR.

Obs.: antes de fechar, você pode modificar outros atributos do texto como
cores (na guia COR), negrito, itálico, tamanho na guia (TEXTO) e só depois
clicar em OK e FECHAR.
158 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Aperte a tecla ESC ou ative a ferramenta MOVER (Janela 1) e coloque


o texto que criou na posição que achar mais adequada.

Se tudo correu bem, você chegará a


algo como mostrado na figura ao lado.
Arraste o ponto “A” (devagar) e tente
perceber o momento que a imagem
deixa de ser positiva e passa a ser
negativa. Estabeleça uma relação en-
tre o sinal da função e as raízes, isto é,
se 𝑥(𝐴) > 𝑥(𝐶) a imagem é positiva
ou negativa. E se 𝑥(𝐴) < 𝑥(𝐵)? E se
𝑥(𝐵) < 𝑥(𝐴) < 𝑥(𝐶).

Momento de reflexão

1) Para a construção anterior, a função considerada foi:

𝑓 𝑥 = 𝑥 2 − 𝑥 − 2.

 Para quais valores de 𝑥 temos 𝑓 𝑥 > 0? Essa pergunta poderia ser feita
assim: para quais valores de 𝑥 a imagem de x é positiva? (explore a cons-
trução feita e tente responder) .
____________________________________________________________
____________________________________________________________

 Para quais valores de 𝑥 temos 𝑓 𝑥 < 0? Essa pergunta poderia ser feita
assim: para quais valores de 𝑥 a imagem de x é negativa? (explore a cons-
trução feita e tente responder)
____________________________________________________________
____________________________________________________________

2) Considere as funções:
 𝑓 𝑥 = 𝑥 2 − 3𝑥 + 4
 𝑓 𝑥 = −𝑥 2 − 4𝑥
Para cada uma delas, determine:
Ambientes para resolução passo a passo 159

a) O ponto onde ela intercepta o EixoY.


b) Se intercepta o EixoY em sua parte crescente ou decrescente.
c) Se a parábola é convexa (concavidade voltada para cima) ou côncava
(concavidade voltada para baixo)
d) Encontre Δ e decida se ela possui duas raízes distintas, uma única raiz13 ou
nenhuma raiz.
e) Com essas informações, faça um esboço do gráfico em papel, depois mo-
difique os valores de “a”, “b” e “c”, usando a construção feita no
GeoGebra para coincidir com a função. Veja se o resultado que você ob-
teve vai de encontro ao que é mostrado no programa. Caso sim, para-
béns. Caso não tente perceber em qual fundamento você falhou e tente
corrigi-lo para o próximo exercício.
f) Encontre a(s) raiz(es), ou zeros, caso existam.
g) Encontre o vértice da parábola.
h) A função assume valor máximo ou mínimo? Qual é esse valor?
i) Em qual intervalo a função é crescente?
j) Em qual intervalo a função é decrescente?
k) Estude o sinal da função.

Em seu livro texto há, com certeza, diversas outras funções. Use as constru-
ções feitas aqui para o auxiliar na resolução e compreensão dos exercícios.

Ambientes para resolução passo a passo


O GeoGebra é um software para matemática dinâmica e esta dinamicida-
de está também, na produção de textos dinâmicos um pouco mais complexos.
Neste trabalho, não iremos ensinar a produzir tais textos por envolverem assun-
tos muito técnicos e fogem ao propósito desta obra. Entretanto, disponibilizare-
mos no CD que acompanha este livro algumas ferramentas importantes. Na pasta
Cap07 estão os arquivos do GeoGebra para este capítulo.

13
Alguns autores chamam esta raiz de raiz dupla ou raiz de multiplicidade 2.
160 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Equações do 2º grau passo a passo com o GeoGebra

Neste ambiente você terá oportunidade de ver a resolução passo a passo


de uma equação de 2º grau. Procure por um arquivo cujo nome é:

Equacao2ograu.ggb
Ao abri-lo, encontrará algo semelhante ao que se vê na figura seguinte

O propósito é ajudar o aluno a perceber erros que, eventualmente, come-


ta durante a resolução de uma equação de 2º grau. Para usar esse ambiente, bas-
ta escrever no CAMPO DE ENTRADA os valores de “a”, “b” e “c”. Ele ajusta a solu-
ção, mostrando todos os detalhes. No exemplo da figura anterior, a equação é:

2𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = 0

Note que como Δ = −7, não há raiz real e ele já avisa. Se quiser resolver,
por exemplo, a equação

−3𝑥 2 + 12𝑥 + 3 = 0
deverá escrever no CAMPO DE ENTRADA

 a=-3
 b=12
 c=sqrt(3)

e toda a solução será ajustada para esses valores. Se Δ for um número positivo, o
cálculo da raiz é mostrado e, se for negativo, uma mensagem explica o porquê de
não haver solução real. Além disso, é possível ver apenas parte da resolução, cli-
cando nas caixas de seleção (checkbox).
Ambientes para resolução passo a passo 161

Equações do 2º grau completando quadrados com o GeoGebra

De forma similar ao que vimos na seção anterior, se abrir o arquivo que


está na pasta Cap07 do CD que acompanha este livro com o seguinte nome,

equacao2ograu-completando-quadrado.ggb
terá acesso a uma resolução igualmente dinâmica de uma equação de 2º grau,
mas completando quadrados. A forma de operar o programa é o mesmo do ambi-
ente anterior, ou seja, basta que o usuário entre com os valores de “a”, “b” e “c”
no CAMPO DE ENTRADA e então será mostrado todo o procedimento de comple-
tar o quadrado que está por trás da fórmula de resolução da equação de segundo
grau.

Assim como no ambiente anterior, se o programa perceber que terá que


extrair a raiz quadrada de um número negativo, automaticamente ele irá dizer
que não há solução real. Vale a pena explorar a ferramenta.

Equações biquadradas passo a passo com o GeoGebra

Uma equação biquadrada é uma equação na forma:

𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐 = 0
162 Capítulo 7 – Funções Quadráticas

Uma pequena modificação no ambiente de resolução de equação de 2º


grau permite que possamos resolver uma equação biquadrada. Abra o arquivo
que está na pasta Cap07 do CD que acompanha este livro chamado

equacaobiquadrada.ggb
A forma de operação é a mesma dos ambientes anteriores, isto é, basta
ajustar no CAMPO DE ENTRADA os valores de “a”, “b” e “c”. A figura seguinte
mostra uma imagem do referido ambiente.

É possível também, ver apenas parte da resolução, ativando ou desati-


vando as opções da caixa de seleção.

Informações diversas de uma função quadrática com o GeoGebra

Também, na mesma linha dos ambientes anteriores, este oferece infor-


mações adicionais com relação a:

 Cálculo das raízes (como o primeiro ambiente)


 Interpretação gráfica dos números encontrados (raízes).
 Cálculo do 𝑥𝑣 , 𝑦𝑣 e o próprio vértice da parábola.
 Informação sobre existência de ponto de máximo ou mínimo.
 Informação sobre qual é o valor máximo ou o valor mínimo.
Ambientes para resolução passo a passo 163

Abra o arquivo que está na pasta Cap07 do CD que acompanha este livro. Procure
por um arquivo cujo nome é

funcaoquadraticaplus.ggb
Ao abrir o arquivo, terá acesso a algo que se vê na figura seguinte.

A ideia por trás da construção que está sendo disponibilizada é o aluno


poder ver passo a passo a resolução do exercício, podendo mapear onde, eventu-
almente, esteja cometendo algum erro. O propósito é ser uma ferramenta para o
auxílio ao aprendizado.
Trigonometria básica

Capítulo 8 – Trigonometria Básica

Trigonometria no triângulo retângulo

Preparação:

 Abra uma nova janela. Selecione ARQUIVO, depois, NOVA JANELA.


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.

O objetivo desta atividade é compreender os conceitos de seno, cosseno e


tangente no triângulo retângulo.

Processo de construção

Ative a ferramenta SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e crie duas semirretas de mesma origem A.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique sobre


o ponto B. Aperte ESC ou selecione a opção MOVER (Janela 1).

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie dois pontos (D e E)


sobre uma das semirretas. Da seguinte forma:
Trigonometria no triângulo retângulo 165

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e crie duas per-


pendiculares à semirreta inferior: uma passando por D e outra por E.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


as interseções F (reta “c” e semirreta “b”) e G (reta d e
semirreta b).

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique sobre


as perpendiculares. Aperte ESC.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e, a seguir, crie os segmentos que unem D a F e E a G. Esses segmentos
serão rotulados automaticamente de “e” e “f”.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER RÓTULO (Janela 11) e clique so-


bre o texto “e” e “f” dos segmentos DF e EG, respectivamente, para
esconder os rótulos desses segmentos.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique nos pontos E, A e G


(nessa ordem). O GeoGebra marcará o ângulo.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Janela


8). Meça as distâncias DF, EG, AD, AF, AG e AE (Ex.: distância AD, clique
sobre A e D). Ao final, você terá algo como a figura seguinte:
166 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{DF}{AF}=" + (distânciaDF / distânciaAF)

Marque a caixa FÓRMULA LATEX e clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{EG}{AG}=" + (distânciaEG / distânciaAG)

Marque a caixa FÓRMULA LATEX e clique em OK. Você deverá chegar


em algo semelhante ao que se vê na figura seguinte:

O que você observa em relação a essas duas razões?

.:: Melhore sua construção (Opcional) ::..

Estas instruções têm por objetivo melhorar o texto dinâmico criado anteri-
ormente, mas isto não é imprescindível para a compreensão da propriedade.
Trigonometria no triângulo retângulo 167

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre


𝐷𝐹
o texto 𝐴𝐹 (veja figura ao lado) e escolha a opção
EDITAR (ou dê um duplo clique sobre o texto). Na
nova janela que abrirá, substitua o texto que lá está
pelo seguinte:

"\frac{DF}{AF}=\frac{" + distânciaDF + "}{" + distânciaAF + "}=" + (dis-


tânciaDF / distânciaAF)

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o


𝐸𝐺
texto (veja figura ao lado) e escolha a opção
𝐴𝐺
EDITAR. Na nova janela que abrirá, substitua o texto
existente pelo seguinte:

"\frac{EG}{AG}=\frac{" + distânciaEG + "}{" + distânciaAG + "}=" + (dis-


tânciaEG / distânciaAG)

Essa modificação no texto fará com que ele mostre tam-


bém as medidas dos lados do triângulo. O mesmo pode ser
feito para os demais textos que aparecerão a seguir.

Momento de reflexão

Movimente os pontos D e E sobre a semirreta e observe o que acontece.


Agora, movimente o ponto C e observe os resultados. O que acontece quando
aumentamos o ângulo? Observe que os triângulos retângulos DAF e EAG são se-
melhantes (Por quê?). Assim, a razão entre dois lados quaisquer de um deles é
igual a razão entre os lados correspondentes do outro.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:
168 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

"sen(α)=" + (sin(α))

Marque a caixa LATEX e clique em OK. O que você observa?

Obs.: para escrever o símbolo 𝛼, 𝛽, 𝛾, 𝑒𝑡𝑐. basta clicar na caixa de seleção que há do
lado direito da janela (veja imagem seguinte).

Chamamos a razão entre a medida do cateto oposto ao ângulo e a me-


dida da hipotenusa de Seno do ângulo. Agora vamos fazer outras ra-
zões.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{AD}{AF}=" + (distânciaAD / distânciaAF)

Marque a caixa FÓRMULA LATEX e clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{AE}{AG}=" + (distânciaAE / distânciaAG)

Marque a caixa FÓRMULA LaTeX e clique em OK.

O que você observa em relação a essas duas razões?

Movimente os pontos D e E sobre a semirreta e observe o que acontece.


Agora, movimente a semirreta e observe os resultados. O que acontece quando
aumentamos o ângulo?
Trigonometria no triângulo retângulo 169

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"cos(α)=" + (cos(α))

Marque a caixa LATEX e clique em OK. O que você observa?

Chamamos a razão entre a medida do cateto adjacente ao ângulo e a me-


dida da hipotenusa de Cosseno do ângulo.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{DF}{AD}=" + (distânciaDF / distânciaAD)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{EG}{AE}=" + (distânciaEG / distânciaAE)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

O que você observa em relação a essas duas razões?

Movimente os pontos D e E sobre a semirreta e observe o que acontece.


Agora, movimente a semirreta e observe os resultados. O que acontece quando
aumentamos o ângulo?

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que
o texto apareça. Entre com o seguinte texto: "tan(α)=" +
(tan(α))

Marque a caixa LATEX e clique em OK. O que você observa?

Chamamos a razão entre a medida do cateto oposto ao ângulo e a


medida do cateto adjacente de Tangente do ângulo.
170 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

A construção que obteve


deverá ser algo seme-
lhante à figura ao lado.
Observe que, se arrastar
os pontos D e E, o valor
da razão não modifica,
ou seja, depende só do
ângulo. Se modificar a
medida do ângulo, então
a razão modificará.

Certifique-se que enten-


deu o que chamamos de
seno, cosseno e tangente
para um ângulo agudo
(medida entre zero e noventa graus).

Movimente a semirreta, diminuindo e aumentando o ângulo. O que acon-


tece com o seno, o cosseno e tangente quando o ângulo se aproxima de 0 o ou de
90∘ .

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Lei dos Senos

Preparação:

 Abra uma nova janela, selecionando ARQUIVO depois NOVA JANELA.


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.

Referencial teórico

“Lei dos Senos” – Em todo triângulo, as medidas dos lados são proporcio-
nais aos senos dos ângulos opostos.
Lei dos Senos 171

Processo de construção

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e crie um triângulo ABC.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos B, A e C


(nessa ordem), depois nos pontos C, B e A (nessa ordem) e finalmente
A, C e B (nessa ordem)14.

Ative a ferramenta MOVER (Janela 1). Clique com o botão direito sobre
o segmento a. Selecione PRO-
PRIEDADES e depois o grupo
SEGMENTO (coluna esquerda
como se vê na figura a seguir).
Posteriormente, na guia BÁSICO,
escolha a opção EXIBIR RÓTULO
e selecione NOME & VALOR, e
clique em FECHAR.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

14
Caso os ângulos não fiquem internos, mude a ordem.
172 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

"\frac{a}{sen(α)}=" + (a/sin(α))

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

Obs.: para escrever o símbolo 𝛼, 𝛽, 𝛾, 𝑒𝑡𝑐. basta clicar na caixa de seleção que há do
lado direito da janela (veja imagem seguinte).

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{b}{sen(β)}=" + (b/sin(β))

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

O que você observa em relação a essas duas razões?

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{c}{sen(γ)}=" + (c/sin(γ))

Marque a caixa LATEX e clique em OK.


Lei dos Senos 173

O que você observou?

__________________________________________________________
__________________________________________________________

.:: Melhore sua construção (Opcional) ::..


Obs.: no CD que acompanha este livro dentro da pasta “Cap08” existe uma outra pasta
com o nome “Textos”. Abrindo esta pasta, encontrará todos os textos que estão aqui,
em um arquivo do tipo *.txt. Se não quiser escrever todo o texto que está a seguir,
copie do arquivo *.txt.

Estas instruções têm por objetivo melhorar o texto dinâmico criado anteri-
ormente, mas deixar de fazer não trará prejuízo algum.

𝑎
Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o texto 𝑠𝑒𝑛 (𝛼) e esco-
lha a opção EDITAR. Na nova janela que se abrirá, substitua o texto que lá está,
pelo seguinte:

"\frac{a}{sen(α)}=\frac{" + a + "}{sen(" + α + ")}" +


"=\frac{" + a + "}{" + (sin(α)) + "}" + "=" + (a /
sin(α))

𝑏
Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o texto e esco-
𝑠𝑒𝑛 (𝛽 )
lha a opção EDITAR. Na nova janela que se abrirá, substitua o texto que lá está
,pelo seguinte:

"\frac{b}{sen(β)}=\frac{" + b + "}{sen(" + β + ")}" +


"=\frac{" + b + "}{" + (sin(β)) + "}" + "=" + (b /
sin(β))

𝑐
Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o texto 𝑠𝑒𝑛 (𝛾) e escolha
a opção EDITAR. Na nova janela que se abrirá, substitua o texto que lá está ,
pelo seguinte:

"\frac{c}{sen(γ)}=\frac{" + c + "}{sen(" + γ + ")}" +


"=\frac{" + c + "}{" + (sin(γ)) + "}" + "=" + (c /
sin(γ))
174 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

O resultado final deverá ser algo como o que é mostrado na figura anterior.
O texto dinâmico agora mostrará todos os valores parciais. Isso permitirá um
melhor acompanhamento.

Momento de reflexão

Ative a ferramenta MOVER (Janela 1) e arraste os pontos A, B ou C.

1) Movimente os pontos, mudando os ângulos internos e as medidas dos


lados. O que acontece com as razões?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Agora vamos construir a circunferência circunscrita ao triângulo e obser-


var uma nova propriedade.

Ative a ferramenta MEDIATRIZ (Janela 4) e clique sobre os lados a e b.


Lei dos Senos 175

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre as duas mediatrizes. Um ponto D será criado.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto D e, posteriormente, em um dos
vértices do triângulo. Uma circunferência f será criada. O que você
observa?

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre uma mediatriz e sobre a circunferência f. Um ponto E e outro F
serão criados.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Janela


8). Clique sobre os pontos E e F. O que esta medida representa? Com-
pare esse valor com as razões calculadas anteriormente. O que você
observa? Observe a relação entre o diâmetro da circunferência e o
resultado de cada razão.

Por quê?

A demonstração da validade da lei dos senos a partir da última construção


está bem próxima e vamos conduzi-lo até a prova, mas não neste capítulo. No
Apêndice, encontrará a demonstração desse resultado. Consulte a p.214.
176 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

Lei dos Cossenos

Preparação:

 Abra uma nova janela, selecionando ARQUIVO depois NOVA JANELA.


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXO.

Referencial teórico

“Lei dos Cossenos” – Em todo triângulo, o quadrado da medida de um lado é


igual à soma dos quadrados das medidas dos outros dois lados, menos duas vezes
o produto das medidas desses lados pelo cosseno do ângulo que eles formam.

Processo de construção

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e crie um triângulo ABC.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos B, A e C


(nessa ordem).

Clique com o botão direito sobre o segmento “a”. Selecione PROPRIE-


DADES e depois o grupo SEGMENTO (coluna esquerda como se vê na
figura a seguir). Posteriormente, na guia BÁSICO, na opção EXIBIR RÓ-
TULO escolha NOME & VALOR e clique em FECHAR.

Ao final você obterá algo como a figura a seguir:


Lei dos Cossenos 177

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"a^2=" + (a^2)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer
que o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"b^2+c^2-2.b.c.cos(α)=" + (b^2 + c^2 –


2*b*c*cos(α))

Marque a caixa FÓRMULA LaTeX e clique em OK.

O que você observa em relação aos dois resultados?

.:: Melhore sua construção (Opcional) ::..


Obs.: no CD que acompanha este livro dentro da pasta “Cap08” existe uma outra com
o nome “Textos”. Abrindo essa pasta, encontrará todos os textos que estão aqui em um
arquivo do tipo *.txt. Se não quiser escrever todo o texto que está a seguir, copie do
arquivo *.txt.

Estas instruções têm por objetivo melhorar o texto dinâmico criado anteri-
ormente, mas deixar de fazer não trará prejuízo algum.

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o texto 𝑎2 = ⋯ e esco-


lha a opção EDITAR. (ou dê um duplo clique sobre o texto.) Na nova janela que
abrirá, substitua o texto que lá está pelo seguinte:
178 Capítulo 8 – Trigonometria Básica

"a^2="+a+"^2=" + (a^2)

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o outro texto


𝑏 + 𝑐 2 − 2. 𝑏. 𝑐. cos 𝛼 = ⋯ e escolha a opção EDITAR. Na nova janela que
2

abrirá, substitua o texto que lá está pelo seguinte:

"b^2+c^2-2.b.c.cos(α)=" + b + "^2+" + c + "^2-2\times"


+ b + "\times" + c + "\times cos(" + α + ")=" + (b^2 +
c^2 – 2*b*c* cos(α))

Momento de reflexão

Ative a ferramenta MOVER (Janela 1) e arraste os pontos A, B ou C.

1) Movimente o ponto A. O que acontece com os resultados?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

2) Movimente os pontos B ou C. O que acontece com os resultados?


_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

3) Escreva a propriedade que você verificou. Essa propriedade vale se


tomarmos qualquer outro ângulo interno do triângulo?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

4) A relação continuará válida se o triângulo for obtusângulo (possuir um


ângulo com medida maior que 90∘ )?
Lei dos Cossenos 179

_________________________________________________________
_________________________________________________________

5) Movimente o ponto B (ou C) de forma que o ângulo α fique igual a


90°. Você consegue relacionar essa propriedade com algum importan-
te teorema? Qual?
_________________________________________________________
_________________________________________________________
_________________________________________________________

Por quê?

A relação é aparentemente verdadeira e no apêndice (p.216). Veremos


que de fato, é verdadeira. Lá, vamos tentar conduzi-lo até uma prova simples de
tal resultado.
Tópicos Complementares

Capítulo 9 – Tópicos complementares

Razão áurea
Número de ouro e seção áurea

Consideremos o seguinte segmento:

“C” é o ponto que divide 𝐴𝐵 na razão áurea se:

𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
𝐴𝐶 𝐵𝐶
Sem perda de generalidade, chamemos a medida de 𝐴𝐵 de 1, e 𝐴𝐶 de 𝑥.
Assim temos:

Fazendo alguns cálculos:


1 𝑥
=
𝑥 1−𝑥
𝑥2 = 1 − 𝑥

𝑥2 + 𝑥 − 1 = 0
Razão áurea 181

Resolvendo a equação:

Δ = 12 − 4.1. −1 = 1 + 4 = 5

−1 ± 5
𝑥=
2
𝑥1 ≈ 0,618 𝑒 𝑥1 ≈ −1,618

Onde,

 𝑥1 é a medida da maior parte.

 𝑥2 será desconsiderado já que 𝑥 é medida de um segmento.

Daí, teremos que:


1 1
≈ = 1,618 = 𝜙
𝑥 0,618
O número 𝜙 é chamado de ouro ou número de Deus. Isso se dá em fun-
ção da verdadeira extraordinária faceta do número 𝜙, como elemento constituti-
vo fundamental da natureza. Esse número aparece em plantas, animais e, até
mesmo, em seres humanos.

Todos possuem propriedades dimensionais que obedecem à proporção de


𝜙 por 1. Eis alguns exemplos que deixamos para o leitor fazer uma pesquisa mais
aprofundada sobre o assunto:

 Relação entre o número de abelhas macho e abelhas fêmea em


uma colméia.

 O náutilo é um molusco cefalópode (figura seguinte) que bombeia


gás para dentro da concha compartimentada, a fim de regular a
flutuabilidade. A razão entre o diâmetro de uma espiral e o diâ-
metro da espiral seguinte é aproximadamente o número 𝜙.

 No próprio corpo humano, este número aparece várias vezes. Eis


alguns experiências que você pode fazer:

o Dividir sua altura pela distância do umbigo ao chão.


182 Capítulo 9 – Tópicos complementares

o Meça a distância dos ombros às pontas dos dedos e de-


pois divida esse número pela distância do cotovelo até a
ponta dos dedos.

o Dividir a distância de seu quadril ao chão, pela distância


dos joelhos ao chão.

Corte da concha de um náutilus onde se veem as


câmaras formando aproximadamente uma espiral logarítmica.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiral_logar%C3%ADtmica

O leitor pode usar a Internet para fazer uma pesquisa sobre os locais onde
se pode encontrar esse número. Em particular, no livro O Código da Vinci (capítulo
20), a personagem principal elenca uma série de lugares onde esse número apa-
rece.

Donald no país da matemágica

Veja o filme “Donald no país da matemágica”, uma


espécie de documentário voltado para o mundo infantil,
no qual, Disney usa a animação para mostrar várias coisas
interessantes, inclusive sobre retângulo áureo, número de
ouro, pentagramas e outros.

O filme fala ainda do pensamento matemático,


relação entre música e matemática, formas geométricas,
jogos e vários outros assuntos interessantes.
Razão áurea 183

A sequência de Fibonacci e o número de ouro

Uma sequência de Fibonacci é uma sequência formada da seguinte forma:

𝑎1 = 1

𝑎2 = 1

𝑎3 = 𝑎2 + 𝑎1 = 1 + 1 = 2

𝑎4 = 𝑎3 + 𝑎2 = 2 + 1 = 3

𝑎5 = 𝑎4 + 𝑎3 = 3 + 2 = 5

𝑎6 = 𝑎5 + 𝑎4 = 5 + 3 = 8

𝑎𝑛 = 𝑎𝑛 −1 + 𝑎𝑛−2 , 𝑛 ∈ ℕ, 𝑛 > 2

Agora vamos fazer uma nova sequência, fazendo a razão entre os termos
subsequentes da sequência de Fibonacci. A sequência de Fibonacci (com mais
termos) fica assim:

1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233, …

A nova sequência será:


1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 144 233
, , , , , , , , , , , ,…
1 1 2 3 5 8 13 21 34 55 89 144
Transformando em números decimais, ficaremos com a seguinte aproxima-
ção:

1; 2; 1,5; 1,6666 … ; 1,6; 1,625; 1,6153 … ; 1,6190 … ; 1,6176 …

1,61818; 1,6179 … ; 1,61805

Observe nessa ilustração como a sequência chega cada vez mais próximo do
número 𝜙 ≈ 1,618.
184 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Uma construção interessante com a sequência de Fibonacci

A seguir, faremos uma construção com números da sequência de Fibonac-


ci. Cada termo da sequência será a medida de um lado de um quadrado. Siga as
instruções com cuidado, para não clicar no ponto incorreto.

Abra uma nova janela (Ctrl+N). Clique com o botão do lado direito do
mouse na JANELA DE VISUALIZAÇÃO e desmarque a opção EIXOS. No CAMPO DE
ENTRADA, digite: (0,0) e aperte ENTER. Digite (0,1) e aperte ENTER novamente.
Ative a ferramenta POLÍGONO REGULAR (Janela 5) e clique nos pontos

1. B e A (sempre na ordem indicada). Uma janela sempre aparecerá


com um número 4 como sugestão. Apenas clique OK em todas as
janelas que aparecer.
2. B e D
3. A e F
4. C e H
5. E e J
6. G e L
7. I e N

Obs.: se necessário, diminua ou aumente o zoom usando a rodinha do mouse ou a ferramenta


AMPLIAR ou REDUZIR (Janela 11).

Agora, selecione a ferramenta ARCO CIRCULAR DADO CENTRO E DOIS


PONTOS (Janela 6) e clique seguidamente nos seguintes pontos.

1. I, N e P
2. G, L e N
3. E, J e L
4. C, H e J
5. A, F e H
6. B, D e F
7. B, A e D

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre qualquer objeto (o ponto
A, por exemplo). Selecione a opção PROPRIEDADES e na coluna esquerda selecio-
ne OBJETOS; na guia BÁSICO, desmarque a opção EXIBIR RÓTULO. Se já estiver
desmarcada, marque e desmarque. Feito isso, clique em FECHAR. Obterá algo
semelhante ao que vê na figura seguinte.
Ponto Áureo 185

Observe que as medidas dos lados dos quadrados são: 1, 1, 2, 3, 5, 8 e 13.


Você pode continuar essa construção indefinidamente. Use a rodinha do mouse
para ajustar o zoom se necessário.

Ponto Áureo
Preparação:

 Abra uma nova janela, selecionando ARQUIVO depois NOVA JANELA.


 No Menu Principal, clique em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.
 No Menu Principal, clique em OPÇÕES. Depois, ARREDONDAMENTO.
Marque a opção 5 CASAS DECIMAIS.

Referencial teórico

Um ponto áureo de um segmento AB é um ponto C que divide o segmento AB


de forma que

𝐴𝐵 𝐴𝐶
=
𝐴𝐶 𝐵𝐶
de acordo com o explicado no início deste capítulo.
186 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Processo de Construção

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS


(Janela 3) e crie um segmento horizontal AB.

Ative a ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2) e clique


sobre o segmento recém-criado. Um ponto C será criado.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4), clique sobre o


ponto B e, posteriormente, sobre o segmento AB.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto B e, posteriormente, sobre C.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção superior, da perpendicular com a circunferência. Um
ponto D será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre a perpendicular e sobre a circunferência. Aperte ESC ou sele-
cione a opção MOVER (Janela 1).

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS


(Janela 3), clique no ponto A e, posteriormente, no ponto D.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto D e, posteriormente, sobre B.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), clique


sobre o segmento AD e, posteriormente, sobre a circunferência. Um
ponto E será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre o segmento AD e sobre a circunferência criada no passo anteri-
or. Aperte a tecla ESC.
Ponto Áureo 187

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto A e, posteriormente, sobre E.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), clique


sobre o segmento AB e, posteriormente, sobre a circunferência. Um
ponto F será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre a circunferência e sobre C, E e D. Aperte ESC ou selecione a
opção MOVER (Janela 1). O ponto F é o que divide o segmento na
razão áurea.

Por quê?

Observe que o triângulo criado a seguir possui as seguintes características:

 Considere AB com medida 1.


 M é ponto médio de AB
 𝑥 é a medida de AE e por construção de AF.

Observe que, por construção, temos um triângulo retângulo com hipote-


1 1
nusa medindo 𝑥 + 2, um cateto medindo 1 e um outro cateto medindo 2. Pelo
teorema de Pitágoras,
2 2
1 2
1
𝑥+ =1 +
2 2
E assim,
188 Capítulo 9 – Tópicos complementares

2 2
1 1 1
𝑥 2 + 2. 𝑥. + =1+
2 2 2
e assim,

𝑥 2 + 𝑥 − 1 = 0.

Estamos diante da mesma equação obtida no início deste capítulo (p.180)


e, é por isso, que a construção gera um ponto áureo (o ponto F).

O ponto F é o ponto que divide o segmento na razão áurea. Vamos ilustrar


isso. Siga as seguintes instruções.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO (Jane-


la 8). Meça as distâncias AB, AF e FB.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que
o texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{AB}{AF}=" + (distânciaAB / distânciaAF)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

Ainda com a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10), clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{AF}{FB}=" + (distânciaAF / distânciaFB)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

O que você observa em relação a essas duas razões? Movimente os pontos


A e B e observe as razões.

Se tudo correr bem, você chegará a algo semelhante ao que se vê na figura


seguinte.
Ponto Áureo 189

..:: Melhore sua construção (Opcional) ::.

Estas instruções têm por objetivo melhorar o texto dinâmico criado anteri-
ormente, mas deixar de fazer não trará prejuizo algum.

𝐴𝐹
Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o texto 𝐹𝐵 = ⋯,
selecione a opção EDITAR e, na janela que aparecerá, troque o texto
existente pelo seguinte:
"\frac{AF}{FB}=\frac{" + distânciaAF + "}{" + dis-
tânciaFB + "}=" + (distânciaAF / distânciaFB)

𝐴𝐵
Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o texto 𝐴𝐹 = ⋯,
selecione a opção EDITAR e, na janela que aparecerá, troque o texto
existente pelo seguinte:
"\frac{AB}{AF}=\frac{" + distânciaAB + "}{" + dis-
tânciaAF + "}=" + (distânciaAB / distânciaAF)

O que deverá obter como resultado é algo semelhante ao que aparece na


figura seguinte.

Gerando uma ferramenta para criar um ponto áureo

Agora vamos criar uma ferramenta que, dados dois pontos, encontrará o
ponto que divide o segmento na razão áurea. No Menu Principal, clique em
FERRAMENTAS. Clique em “Criar uma nova ferramenta...”.
190 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Aparecerá uma caixa como a que está na figura seguinte:

Clique na janela que abriu e selecione “Ponto F: ponto de interseção de f


e a”. Clique em “Próximo”. Os pontos A e B já podem estar indicados na opção
“Objetos Iniciais”. Caso não estejam, clique na Caixa de Seleção e selecione-os.
Clique em “Próximo”. Aparecerá uma opção para você dar um nome e uma ajuda
para a sua ferramenta. Nomeie a ferramenta de “PONTO ÁUREO”. Clique em
“Concluído”.

Para testar, crie um segmento na tela. Selecione a ferramenta “PONTO


ÁUREO” que está na Janela 1215 e clique sobre os extremos do segmento. Apare-
cerá o ponto que divide o segmento na razão áurea.

Alternativamente, selecione a ferramenta criada e clique em dois pontos


da tela. Dois pontos e o ponto áureo deverão aparecer.

IMPORTANTE: no Menu Principal clique em OPÇÕES e posteriormente em GRA-


VAR CONFIGURAÇÕES. Com isto a ferramenta que acabou de criar não irá desa-
parecer quando abrir uma nova janela ou fechar o programa.

15
Observe que esta Janela 12 é um novo grupo de ferramentas criado ao lado da Janela 11.
Retângulo Áureo 191

Retângulo Áureo
Referencial Teórico

Um retângulo áureo é o retângulo onde a razão entre seu lado maior e o lado
menor é igual ao número de ouro 𝜙 = 1,618 …

Preparação:

 Abra uma nova janela, selecionando ARQUIVO depois NOVA JANELA.


 No Menu Principal, clique em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.

Processo de construção

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela


3) e crie um segmento AB horizontal.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace duas per-


pendiculares a AB: uma passando por A e outra passando por B.

Ative a ferramenta que você criou anteriormente, PONTO ÁUREO


(Janela 12) e clique sobre A e B. Um ponto C será criado.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto A e posteriormente sobre C.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção superior D da perpendicular com a circunferência.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace a perpen-


dicular a reta “b”, passando por D.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção das perpendiculares “c” e “e”. Um ponto E será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre todas as retas, sobre a circunferência e sobre o ponto C. Aperte
ESC ou selecione a opção MOVER (Janela 1). Só devem estar visíveis os
192 Capítulo 9 – Tópicos complementares

vértices do retângulo (A, B, E, D) e o segmento AB.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS


(Janela 3) e crie os segmentos BE, ED e DA.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO


(Janela 8). Meça as distâncias AB e AD (clique sobre A e B e posteri-
ormente A e D).

O retângulo criado é áureo? Verifique, executando o passo seguinte.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique onde quer que o
texto apareça. Entre com o seguinte texto:

"\frac{AB}{AD}=" + (distânciaAB / distânciaAD)

Marque a caixa LATEX e clique em OK.

Alternativamente poderá colocar o seguinte texto dinâmico

"\frac{AB}{AD}=\frac{" + distânciaAB + "}{" +


distânciaAD + "}=" + (distânciaAB / distânciaAD)

O que você observa? Por que esse retângulo é áureo?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Gerando uma ferramenta para criar um retângulo áureo

Agora, vamos fazer uma ferramenta que, dados dois pontos, criará um re-
tângulo áureo a partir dos pontos dados.

Vá em FERRAMENTAS. Clique em “Criar uma nova ferramenta...”. Apare-


cerá uma caixa. Clique na Caixa de Seleção e escolha os seguintes objetos:

 Ponto E: Interseção ...


 Ponto D: Interseção ...
 Segmento f: Segmento[B,E]
Retângulo Áureo 193

 Segmento g: Segmento[E,D]
 Segmento h: Segmento[D,A]
 Segmento a: Segmento[A,B]

e clique em PRÓXIMO. Os pontos A e B já podem estar indicados na


opção “OBJETOS INICIAIS”. Caso não estejam, clique na Barra de rolagem da caixa
e selecione-os. Clique em “próximo”. Aparecerá uma opção para você dar um
nome e uma ajuda para a sua ferramenta. Nomeie a ferramenta de “Retângulo
Áureo” (veja figura seguinte). Clique em “Concluído”.

Para testar crie um segmento na Janela de Visualização. Selecione a fer-


ramenta “RETÂNGULO ÁUREO” que está na Janela 12 e clique sobre os extremos
do segmento criado. Aparecerá um retângulo áureo cujo, lado de maior medida é
o segmento AB. A seguir há um exemplo.
194 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Espiral Áurea ou Logarítmica


Preparação:

 Abra um novo arquivo.


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.

Processo de construção

Ative a ferramenta que você criou anteriormente RETÂNGULO ÁUREO


e clique sobre em dois lugares diferentes na Janela de Visualização.
Um retângulo áureo ABCD será criado.

Ative a ferramenta que você criou anteriormente PONTO ÁUREO e


clique sobre A e B. Um ponto E será criado.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace a perpen-


dicular ao lado AB, passando por E.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção da perpendicular com o lado CD. Um ponto F será criado.

Ative a ferramenta que você criou anteriormente PONTO ÁUREO e


clique sobre F e E. Um ponto G será criado.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace a perpen-


dicular ao segmento BC, passando por G.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção da perpendicular com o lado BC. Um ponto H será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre a última perpendicular criada. Aperte ESC ou selecione a opção
MOVER (Janela 1).
Espiral Áurea ou Logarítmica 195

Ative a ferramenta que você criou anteriormente PONTO ÁUREO e


clique sobre H e G. Um ponto I será criado.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace a perpen-


dicular ao segmento AB, passando por I.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção da última perpendicular criada com o lado AB. Um ponto
J será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 10) e clique


sobre a última perpendicular criada. Aperte ESC ou selecione a opção
MOVER (Janela 11).

Ative a ferramenta que você criou anteriormente PONTO ÁUREO e


clique sobre J e I. Um ponto K será criado.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace a perpen-


dicular ao segmento BC, passando por K.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


a interseção da reta que passa por K com a reta que passa por E e F e .
Um ponto L será criado.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 10) e clique


sobre as perpendiculares. Aperte ESC ou selecione a opção MOVER
(Janela 1).

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e crie os polígonos ADFE,


FCHG, HBJI e EJKL.

Para limpar o desenho, faça o seguinte: clique com o botão do lado


direito do mouse sobre um objeto (o ponto A, por exemplo) e selecio-
ne a opção PROPRIEDADES. Na nova janela que aparecerá, selecione o
grupo SEGMENTO e, na guia BÁSICO, desmarque a opção EXIBIR RÓ-
TULO. Feito isso, clique em FECHAR.
196 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Ative a ferramenta ARCO CIRCULAR DADOS O CENTRO E DOIS PON-


TOS (Janela 6) e

 Clique sobre os pontos E, F e A (nessa ordem), para criar o ar-


co 𝐴𝐹 .
 Clique sobre os pontos G, H e F (nessa ordem), para criar o ar-
co 𝐻𝐹 .
 Clique sobre os pontos I, J e H (nessa ordem), para criar o arco
𝐽𝐻.
 Finalmente, clique sobre os pontos K, L e J (nessa ordem), pa-
ra criar o arco 𝐽𝐿.
Curiosidades – Espirais na natureza 197

Curiosidades – Espirais na natureza


A natureza está repleta de situações onde a forma que se vê é uma espiral
semelhante a que vimos. Eis alguns exemplos:

Uma tempestade sobre a Islândia. O padrão que Corte da concha de um nautilus onde se vêem as
segue é aproximadamente o de uma espiral loga- câmaras formando aproximadamente uma espiral
rítmica. logarítmica.

Fonte: figuras e texto sob as mesmas: http://pt.wikipedia.org/wiki/Espiral_logar%C3%ADtmica

Não só na natureza, mas na arte também o número de ouro está presente


em diversas obras. Sugerimos que veja um vídeo que fala sobre o número de ouro
e sua relação com a natureza e arte. Seu nome é Arte & Matemática – O número
de Ouro e está no disponível no portal DOMÍNIO PÚBLICO

http://www.dominiopublico.gov.br/

e pode ser acessado diretamente pelo seguinte endereço:

http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/me001034.mp4

É possível acessar diversos outros vídeos ligados à matemática. Para isto,


após acessar o portal DOMÍNIO PÚBLICO, em “tipo de mídia”, escolha “vídeo” e
em categoria escolha a opção “TV Escola – Matemática” (veja a imagem seguinte).
198 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Além deste documentário sugerimos que acesse

http://www2.tvcultura.com.br/artematematica/home.html

onde poderá acessar um aplicativo interessante relacionado com toda a série Arte
& Matemática. Haverá uma imagem inicial como a que aparece a seguir

Cada ponto cinza permite acessar um assunto ligado à relação entre Arte
& Matemática. As linhas laranja mostram a relação direta entre os temas. Se clicar
em NÚMERO DE OURO no canto direito inferior terá acesso a um aplicativo onde
Curiosidades – Espirais na natureza 199

há diversas informações, curiosidades, entrevistas, interação, educação etc. Vale a


pena explorar.

Exercícios

1) Construa um retângulo áureo com uma diagonal. Crie um ponto sobre a dia-
gonal e, a partir dele, crie outro retângulo.

O que você pode dizer sobre o quadrilátero AGEF?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

O que acontece quando você arrasta o ponto sobre a diagonal?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Escreva suas conjecturas: Se...então... Teste suas conjecturas. Quais são suas
conclusões? Procure uma explicação para as suas conclusões.

2) O Pentagrama é o símbolo máximo da Escola Pitagórica. Para os pitagóricos,


era uma figura perfeita, pois ela apresenta uma surpreendente profusão de
segmentos na razão áurea. Utilize apenas as ferramentas seguintes
200 Capítulo 9 – Tópicos complementares

para construir um pentagrama como o da figura a seguir:

Onde podemos encontrar, na figura, segmentos áureos?

___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

Obs.: no filme Donald no país da matemágica (citado na p.182) há uma referência sobre os segmen-
tos áureos do pentagrama e a ligação desse símbolo com os pitagóricos.

Como encontrar o valor do seno de 18 graus?


É comum encontrar os valores exatos do seno, cosseno e tangente dos
ângulos de 0∘ , 30∘ , 45∘ , 60∘ e 90∘ . Geralmente, o resultado é colocado em uma
tabela como a que segue:

Â𝑛𝑔𝑢𝑙𝑜 0∘ 30∘ 45∘ 60∘ 90∘

Seno 0 1 2 3 1
2 2 2

Cosseno 1 3 2 1 0
2 2 2

Tangente 0 3 1 3 ∄
3
Como encontrar o valor do seno de 18 graus? 201

A prova desse resultado é encontrado em diversos livros de ensino fun-


damental e médio e será deixado ao estudante como exercício.

Nesta seção, concentraremos esforços para encontrar o sen(18∘ ). Conse-


quentemente, poderá ser encontrado daí, cos 18∘ , sen 54∘ e cos 54∘ . Para
chegar ao sen 18∘ , siga as instruções seguintes.

Preparação

 Abra uma nova janela (Ctrl+N)


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXO.

Processo de construção

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e clique em dois lugares da


JANELA DE VISUALIZAÇÃO. Sugerirmos dois pontos horizontais.

Ative a ferramenta ÂNGULO COM AMPLITUDE FIXA (Janela 8) e clique


sobre os pontos B e A (nessa ordem). Uma janela aparecerá pedindo a
medida do ângulo que deseja criar. Digite 36∘ e clique em OK.

Obs.: o símbolo de grau ( ∘) deve ser escrito. A sugestão é não apagá-lo, ou seja,
troque apenas o número que vem quando abre a janela. Se o símbolo for apagado, é
possível reescrevê-lo usando a barra de rolagem que fica logo ao lado do campo ÂN-
GULO.

Um ponto B’ de cor preta aparecerá.

Esse ponto tem uma propriedade importante. A distância de A até B é


igual à distância de A até B’. Confirme isso, ativando a ferramenta
CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS PONTOS (Janela 6) ,
202 Capítulo 9 – Tópicos complementares

clicando sobre o ponto A e, posteriormente, sobre o ponto B. Note que


a circunferência passa pelo ponto B’. Aperte a tecla ESC e arraste o
ponto B. Note que a circunferência sempre passará pelo ponto B’.

Ative a ferramenta APAGAR OBJETO (Janela 11) e clique sobre a circun-


ferência criada no passo anterior.

Clique com o botão do lado direito do mouse sobre o ponto B’ e esco-


lha a opção renomear. Na nova janela que abrirá, troque o texto que lá
está por C. Clique em OK. Os pontos agora são A, B e C.

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e clique sobre os pontos A, B,


C e A (nessa ordem).

Ativer a ferramenta BISSETRIZ (Janela 4) e clique sobre os pontos B, C e


A (nessa ordem).

Antes de continuarmos, vamos conversar sobre o que já temos. Seu desenho


deve parecer com o seguinte.

Veja as propriedades que temos. O triângulo ABC é isósceles de base BC. Isso
significa que a medida de AB é igual à medida de AC. Sem perda de generalidade,
suponha que esses segmentos meçam 1 unidade. O lado BC medirá “a”, como na
figura anterior.
Como encontrar o valor do seno de 18 graus? 203

Os ângulos B e C são de 72,∘ já que o triângulo é isósceles; os ângulos em


B e C devem ter a mesma medida e, adicionados a 36,∘ devem dar 180∘ . A semir-
reta traçada é bissetriz de um ângulo de 72∘ e, assim, divide o ângulo C em dois
ângulos de 36∘ . Vamos fazer todas essas anotações em nossa construção.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos C, B e A


(nessa ordem); posteriormente, clique sobre os pontos A, C e B (nessa
ordem).

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre a bissetriz do ângulo que está em C e o lado AB. Um ponto D será
criado.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos A, C e D


(nessa ordem); posteriormente, clique sobre os pontos D, C e B (nessa
ordem). Para que os ângulos não fiquem todos juntos, caso queira,
clique com o botão do lado direito do mouse sobre o ângulo e escolha
PROPRIEDADES. Selecione a guia ESTILO e modifique o tamanho, pre-
enchimento ou espessura de linha. Na guia DECORAÇÃO, é possível
decorar o ângulo. Isso é opcional.

Sua construção deve parecer com a seguinte:

Veja que interessante! No triângulo ADC a medida de AD é a mesma de


DC já que o triângulo é isósceles (há dois ângulos de mesma medida na base AC
(36∘ )). O triângulo BCD também é isósceles. Veja que a medida do ângulo BDC é
204 Capítulo 9 – Tópicos complementares

de 72∘ já que 36∘ + 72∘ = 108∘ e assim, a medida de BDC é 180∘ − 108∘ = 72∘ .
O triângulo BCD é, então, isósceles de base BD e, isso faz com que a medida de BC
seja igual à media de CD. Anotando todas estas informações,ficaremos com o
seguinte:

Da semelhança dos triângulos ABC e BCD vem que


1 𝑎
=
𝑎 1−𝑎
A solução dessa equação é (como visto na p.180)

−1 ± 5
𝑎=
2
Para o problema em questão, 𝑎 não pode ser negativo e assim

−1 + 5
𝑎=
2

Ative a ferramenta BISSETRIZ (Janela 4) e clique sobre os pontos B, A e


C (nessa ordem). Uma bissetriz do ângulo que está em A será criada.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e


clique sobre a bissetriz criada no passo anterior e o lado BC. Um ponto
E aparecerá.

Ative a ferramenta DISTÂNCIA, COMPRIMENTO OU PERÍMETRO


(Janela 8) e clique sobre os pontos E e C e posteriormente sobre os
pontos A e C.
Como encontrar o valor do seno de 18 graus? 205

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos E, A e C


(nessa ordem); posteriormente, clique nos pontos C, E e A (nessa or-
dem). Um ângulo de 90∘ será criado em E. Por quê? Sabe justificar?
Deixaremos isso como um exercício.

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO (Janela 10) e clique em algum ponto


da JANELA DE VISUALIZAÇÃO. Uma nova janela aparecerá. Nessa nova
janela, digite o seguinte

"sen(18°)=\frac{EC}{AC}=" + (distânciaEC / distânciaAC)

Opcionalmente pode melhorar o texto dinâmico, escrevendo:


"sen(18°)=\frac{"+distânciaEC+"}

{"+distânciaAC+"}=\frac{EC}{AC}=" +

(distânciaEC / distânciaAC

Aperte a tecla ESC e movimente o ponto B. Observe que o resultado é um


número fixo, como era de se esperar. O número que provavelmente vê é 0,309. A
construção final será como mostrado na figura seguinte16:

16
Se em sua construção apareceu 0,31, também está correto. Trata-se apenas de da aproximação
com apenas duas casas após a vírgula. Para modificar essa quantidade no MENU PRINCIPAL, clique
em OPÇÕES ARREDONDAMENTO e modifique o número de casas significativas.
206 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Entretanto, o número que se vê, é uma aproximação do 𝐬𝐞𝐧 18∘ . Para


encontrarmos o valor mais preciso, vamos lembrar que encontramos:

−1 + 5
𝑎=
2
𝑎
Então, a medida do segmento EC será 2 , ou seja

−1 + 5
𝐸𝐶 =
4
Como supomos no início da construção que AB=AC=1, então

−1 + 5
∘ 4 −1 + 5
sen 18 = = ≈ 0,309016
1 4
e isso finaliza o cálculo de sen 18∘ .

A partir dessa informação, é possível encontrar cos 18∘ , usando a identi-


dade trigonométrica

sen2 𝑥 + cos2 𝑥 = 1

Fazendo 𝑥 = 18∘ e resolvendo a equação na variável cos 18,∘ encontrará


também o valor exato de cos 18∘ . Deixaremos os cálculos como exercício. A res-
posta deverá ser:

5+5 10 + 2 5
cos(18∘ ) = = ≈ 0,951056
2 2 4

Sabe-se que, se 𝛼 + 𝛽 = 90∘ , então sen 𝛼 = cos 𝛽 , podemos concluir


também que

−1 + 5
cos 72∘ = sen 18∘ =
4
e

5+5 10 + 2 5
sen 72∘ = cos 18∘ = = .
2 2 4
Duas questões interessantes que estiveram em vestibulares 207

Duas questões interessantes que estiveram em vestibulares


Nesta seção, apresentaremos dois problemas de vestibulares que são
compreendidos mais facilmente com uma construção que permite manipulação e,
consequentemente, melhor visualização. O foco principal aqui será a visualização
das propriedades.

(UnB–adaptada)

Um triângulo ABC, retângulo em C, movimenta-se no plano de coordena-


das 𝑥𝑂𝑦. Os vértices A e B deslizam sobre os eixos 𝑂𝑥 e 𝑂𝑦, respectivamente, a
partir da posição inicial em que A coincide com a origem, até a posição final, em
que B coincide com a origem. As figuras seguintes ilustram algumas posições du-
rante o movimento desse triângulo, sendo D o ponto médio do segmento 𝑨𝑩.

Com base nessas informações, julgue os itens seguintes:


208 Capítulo 9 – Tópicos complementares

a) Durante o movimento, em algum momento, ocorrerá congruência


entre os triângulos AOB e ABC.
b) A trajetória do ponto D está contida em uma circunferência.
c) A trajetória do ponto C está contida em uma reta que passa pela
origem.

Obs.: o problema aqui é perceber que tipo de trajetória descreverá cada um dos pontos em ques-
tão. Um software de matemática dinâmica poderá facilitar a visualização desta propriedade. A cons-
trução seguinte terá o propósito de ilustrar isso.

A seguir, construiremos uma ilustração para a questão.

Preparação

 Abra uma nova janela, selecionando ARQUIVO depois NOVA JANELA.

Processo de construção

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto A no EixoX


na parte positiva (perto da abscissa 3).

Ative a ferramenta CÍRCULO DADOS CENTRO E RAIO (Janela 6) e clique


sobre o ponto A. Uma janela se abrirá. Digite a medida que deseja (no
caso, 5) e clique em OK.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e marque


uma interseção (superior) B da circunferência com o EixoY.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e crie o segmento AB.

Ative a ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2) e crie o ponto


médio C do segmento AB.
Duas questões interessantes que estiveram em vestibulares 209

Clique com o botão direito sobre o ponto C. Selecione renomear e


mude para D.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto D e depois no ponto A.

Ative a ferramenta MEDIATRIZ (Janela 4) e clique no ponto D e depois


no ponto B.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e


marque a interseção superior C, da reta mediatriz b, com a circunfe-
rência “d”.

Ative a ferramenta POLÍGONO (Janela 5) e crie o triângulo ABC.

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique sobre os pontos B, C e A


(nessa ordem). O ângulo é reto em C? Justifique.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11). Esconda as


circunferências e a mediatriz.

Agora, vamos responder os itens propostos inicialmente.

a) Durante o movimento, em algum momento, ocorrerá congruência


entre os triângulos AOB e ABC.

Movimente o ponto A de forma que a medida do segmento AC fique


igual à medida do segmento OB . Observe que os triângulos AOB e ABC são con-
gruentes. Por quê? Existe alguma outra posição em que os triângulos são congru-
entes?

b) A trajetória do ponto D está contida em uma circunferência.

c) A trajetória do ponto C está contida em uma reta que passa pela


origem.
210 Capítulo 9 – Tópicos complementares

Clique com o botão direito sobre o ponto D. Selecione HABILITAR RAS-


TRO. Essa opção fará com que o ponto D deixe um rastro quando for
movimentado. Faça o mesmo com o ponto C.

Ativando a ferramenta MOVER (Janela 1), movimente o ponto A. O que


você observa? A trajetória do ponto D está contida em uma circunferên-
cia ? A trajetória do ponto C está contida em uma reta que passa pela
origem? Justifique sua resposta.

(UnB–adaptada) – A partir de um ponto A, exterior a uma circunferência, tra-


çam-se duas retas tangentes, como mostra a figura seguinte, os segmentos tan-
gentes AE e AF , que são necessariamente congruentes, e medem cada um,
23,5 cm. Em um dos arcos de extremos F e E, escolhe-se, ao acaso, um ponto G,
traçando-se o segmento HI , tangente à circunferência em G. Determine o perí-
metro do triângulo AHI.

Preparação:

 Abra uma nova janela, selecionando, depois, NOVA JANELA.


 Vá em EXIBIR e desmarque a opção EIXOS.
Duas questões interessantes que estiveram em vestibulares 211

Ative a ferramenta CÍRCULO PELO CENTRO E UM DOS SEUS PONTOS


(Janela 6) e crie uma circunferência qualquer, clicando em dois pontos
distintos da tela.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto C exterior a


circunferência.

Agora, precisamos traçar as tangentes a circunferência, passando pelo


ponto C.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


crie um segmento AC.

Ative a ferramenta PONTO MÉDIO OU CENTRO (Janela 2) e crie o ponto


médio D, do segmento AC.

Ative a ferramenta CÍRCULO DEFINIDO PELO CENTRO E UM DE SEUS


PONTOS (Janela 6), clique no ponto D e depois no ponto A.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre as circunferências “c” e “d”. Os pontos E e F serão criados.

Ative a ferramenta RETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3). Clique
sobre os pontos C e E e depois sobre os pontos C e F.

Ative a ferramenta NOVO PONTO (Janela 2) e crie um ponto G no menor


arco.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3) e


crie um segmento AG.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e trace a perpendi-


cular ao segmento AG, passando por G.

Selecione a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e mar-


que o ponto de intersecção H das retas “g” e “b”. Depois, marque o pon-
212 Capítulo 9 – Tópicos complementares

to de intersecção I das retas “g” e “e”.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e esconda a


circunferência d, os segmentos AG e AC.

A construção está pronta. Agora precisamos calcular o perímetro do triân-


gulo CHI. Se quiséssemos resolver isso facilmente no GeoGebra, poderíamos sim-
plesmente criar o triângulo (com a função polígono) e calcular o perímetro. Mas,
não é esse o propósito do problema. Meça os comprimentos dos segmentos HE e
HG. O que você observa? Meça também os segmentos IG e IF. O que você obser-
va? Movimente o ponto G e observe. Já consegue saber qual o perímetro do tri-
ângulo? Justifique sua resposta.

Uma pergunta adicional. O perímetro depende do ponto que está sobre a


circunferência? Movimente-o e veja a resposta.
Apêndice
Apêndice

Neste apêndice, daremos algumas justificativas que julgamos interessantes.

Independência da posição da palmeira no problema do pirata


Uma breve justificativa para o problema dos piradas apresentado na p.88.
Para uma justificativa matemática para o fato da posição do tesouro independer
da posição da palmeira, faça o seguinte (há outras formas). Coloque um sistema
de coordenadas que passe pelas duas rochas, de modo que a primeira rocha este-
ja na posição (0, 0) e, suponha que a segunda rocha esteja sobre o eixo horizon-
tal. Acompanhe o raciocínio olhando para a figura seguinte.

O ponto correspondente à posição da palmeira chamará simplesmente P.


Considere 𝑃 = (𝑎, 𝑏) e 𝑅𝑜𝑐𝑕𝑎2 = (𝑟, 0) e que marcas iguais no desenho repre-
sentam medidas iguais.

Observando a Rocha2 vemos que 𝛼 + 𝜂 = 90𝑜 uma vez que 𝛾 = 90𝑜 e


𝛼 + 𝛾 + 𝜂 = 180𝑜 . Do triângulo CPRocha2 temos que 𝜁 + 𝛼 = 90𝑜 , que por com-
paração, nos dá que 𝜁 = 𝜂 e, consequentemente, 𝛼 = 𝛽 . Uma vez que
214 Apêndice

𝑃𝑅𝑜𝑐𝑕𝑎2 = 𝑅𝑜𝑐𝑕𝑎2𝐵, então, os triângulos CPRocha2 e Rocha2EB são congruen-


tes e, dessa forma temos que

𝐵 = (𝑏 + 𝑟, 𝑟 − 𝑎)

Se 𝑃 = 𝑎, 𝑏 , então raciocínio análogo (deixado a cargo do leitor) nos le-


vam a concluir que 𝐴 = (−𝑏, 𝑎). Como o tesouro está no ponto médio entre A e
B, então sua posição será:
𝐴+𝐵 1
𝑇𝑒𝑠𝑜𝑢𝑟𝑜 = = . −𝑏, 𝑎 + 𝑏 + 𝑟, 𝑟 − 𝑎
2 2
1 1 𝑟 𝑟
= . −𝑏 + 𝑏 + 𝑟, 𝑎 + 𝑟 − 𝑎 = . 𝑟, 𝑟 = ,
2 2 2 2
Como se vê, a posição do tesouro não possui nada com respeito às coor-
denadas da palmeira, isso é independe da posição da palmeira. Se dependesse, a
coordenada da posição do tesouro dependeria dos parâmetros “a” e “b”, mas isso
não ocorre. Depende apenas da posição das rochas.

Outro problema envolvendo tesouros enterrados e uma demonstração


diferente para o problema que foi colocado aqui, pode ser vista em:

http://www.ime.usp.br/~rpm/conheca/47/1/ilha.htm

Justificativa para a lei dos senos


Iremos partir do final da construção
da p.214. A construção parou em algo se-
melhante ao que se vê na figura ao lado.
Siga a instruções seguintes.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique so-


bre as retas “d” e “e” e nos pontos E e F. Feito isso, aperte a tecla ESC
do teclado.
Justificativa para a lei dos senos 215

Ative a ferramenta SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique sobre o ponto C e, posteriormente, sobre o ponto D.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO ENTRE DOIS OBJETOS (Janela 2) e cli-


que sobre a semirreta criada no passo anterior e sobre a circunferência
para criar o ponto H (um ponto G é criado também sobre o ponto C,
mas nosso foco será no ponto H.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique sobre os pontos H e B.

Ative a ferramenta ÂNGULO


(Janela 8) e clique nos pontos
B, H e C (nessa ordem). Depois,
clique nos pontos C, B e H (nes-
sa ordem). Sua construção
deverá levá-lo a algo semelhan-
te ao que se vê ao lado. Obser-
ve que o triângulo HBC é re-
tângulo pois está inscrito em
uma semicircunferência. Ob-
serve também que o ângulo que está no ponto A mede o mesmo que
aquele que está no ponto H. Arraste um dos vértices do triângulo e
perceba que os valores são sempre iguais. O motivo de eles serem i-
guais é pelo fato de determinarem o mesmo arco 𝐵𝐶 . Ambos medem
igual à metade do ângulo BDC. Olhando para o triângulo BCH temos
𝑎
sin 𝛿 =
2𝑅

onde R é a medida do raio da circunferência que circunscreve o triân-


gulo. Como 𝛿 = 𝛼 temos que
𝑎
𝑠𝑒𝑛 𝛼 =
2𝑅
de onde vem que:
216 Apêndice

𝑎
= 2𝑅
𝑠𝑒𝑛 𝛼

Será deixado como exercício o término da construção. O caminho


𝑏
é o seguinte: trace uma semirreta AD e conclua que 𝑠𝑒𝑛 𝛽 = e, daí
2𝑅
que

𝑏
= 2𝑅
𝑠𝑒𝑛 𝛽
𝑐
Finalmente, trace a semirreta BD e conclua que 𝑠𝑒𝑛 𝛾 = 2𝑅 e, daí que

𝑐
= 2𝑅
𝑠𝑒𝑛 𝛾

Das últimas três igualdades em destaque temos que:

𝑎 𝑏 𝑐
= = = 2𝑅.
𝑠𝑒𝑛 𝛼 𝑠𝑒𝑛 𝛽 𝑠𝑒𝑛 𝛾

Justificativa para a lei dos cossenos


Vamos considerar o triângulo acutângulo (todas as medidas dos ângulos
internos sendo ângulos agudos) e partir da construção feita na p.176.

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e clique sobre o


lado 𝑐 e o ponto C.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2) e clique


sobre a reta perpendicular criada no passo anterior e o lado 𝑐. Um
ponto D será criado sobre o lado “c”.

Ative a ferramenta EXIBIR/ESCONDER OBJETO (Janela 11) e clique


sobre a reta perpendicular ao lado “c” criada no primeiro passo. A-
perte a tecla ESC e a reta ficará oculta.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS


(Janela 3) e clique sobre os pontos (nessa ordem): A e D, D e B e fi-
nalmente C e D. Ao final, deverá ficar com algo semelhante ao mos-
Justificativa para a lei dos cossenos 217

trado na figura a seguir.

Note que, do triângulo BCD temos que:

𝑎2 = 𝑔2 + 𝑓 2 .

Do triângulo ACD temos que

𝑏 2 = 𝑒 2 + 𝑔2 ⇒ 𝑔2 = 𝑏 2 − 𝑒 2 .

Substituindo na primeira equação teremos:

𝑎2 = 𝑏 2 − 𝑒 2 + 𝑓 2

Note ainda que 𝑒 + 𝑓 = 𝑐 etambém podemos escrever que 𝑓 = 𝑐 − 𝑒.


Substituindo na última equação, teremos:

𝑎2 = 𝑏 2 − 𝑒 2 + (𝑐 − 𝑒)2 = 𝑏 2 − 𝑒 2 + 𝑐 2 − 2𝑐𝑒 + 𝑒 2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2𝑐𝑒


𝑒
Além disto, cos 𝛼 = 𝑏 de onde vem que 𝑒 = 𝑏. cos 𝛼 . Substituindo “e”
na última equação teremos

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2. 𝑐. 𝑏. cos 𝛼 .

A fórmula clássica é obtida apenas permutando os fatores “b” e “c”.

A demonstração para o caso em que o triângulo é obtusângulo faz uso de


um recurso não tratado neste livro: seno e cosseno para ângulos não agudos.
Entretanto, faremos desta, uma oportunidade de aprender um conceito que será
justificado em estudos futuros.
218 Apêndice

O conceito que será utilizado é o seguinte: se dois ângulos são suplemen-


tares (𝛼 + 𝛽 = 180) então cos(𝛼) = − cos 𝛽 . Construiremos também uma ilus-
tração para tal fato.

É necessário que refaça o início da construção na ilustração da lei dos cos-


senos. Faça com que fique com um triângulo como o que aparece a seguir (não é
necessário que as medidas sejam iguais, apenas um triângulo obtusângulo).

A partir daí, siga as instruções seguintes:

Ative a ferramenta SEMIRRETA DEFINIDA POR DOIS PONTOS (Janela 3)


e clique sobre os pontos B e A (nessa ordem).

Ative a ferramenta RETA PERPENDICULAR (Janela 4) e clique sobre a


semirreta criada no passo anterior e sobre o ponto C.

Ative a ferramenta INTERSEÇÃO DE DOIS OBJETOS (Janela 2), clique na


semirreta criada no primeiro passo e na reta perpendicular criada no
passo anterior. Um ponto D será criado.

Ative a ferramenta SEGMENTO DEFINIDO POR DOIS PONTOS


(Janela 3) e clique sobre os pontos D, A e D, C (nessa ordem).

Ative a ferramenta ÂNGULO (Janela 8) e clique nos pontos C, A e D


(nessa ordem).

Ative a ferramenta INSERIR TEXTO e clique em algum lugar da JANELA


DE VISUALIZAÇÃO. Na janela que aparecerá, escreva o seguinte texto:
Justificativa para a lei dos cossenos 219

"cos(" + α + ")=" + (cos(α))

Clique em um outro lugar (com a ferramenta texto ativada) e, na jane-


la que aparecerá escreva

"cos(" + β + ")=" + (cos(β))

Você deverá obter algo semelhante ao que se vê na figura a seguir

Observe no texto dinâmico, que o cosseno de dois ângulos suplementares


são números opostos. Na ilustração da figura anterior, temos que
cos 134,69∘ = −0,7 enquanto que, cos 45,31∘ = 0,7. Aperte a tecla ESC e
movimente o ponto C. A relação continua verdadeira? De maneira geral, temos
que, se 𝛼 + 𝛽 = 180,∘ então cos 𝛽 = − cos 𝛼 .

Agora vamos à demonstração da lei dos cossenos para esse caso. Olhando
para o triângulo BCD, temos, pelo teorema de Pitágoras

𝑎2 = 𝑔2 + 𝑓 + 𝑐 2
= 𝑔2 + 𝑓 2 + 2. 𝑓. 𝑐 + 𝑐 2

Do triângulo ACD temos, pelo teorema de Pitágoras que:

𝑏 2 = 𝑔2 + 𝑓 2 ⇒ 𝑔2 = 𝑏 2 − 𝑓 2

Substituindo temos:

𝑎2 = 𝑏 2 − 𝑓 2 + 𝑓 2 + 2. 𝑓. 𝑐 + 𝑐 2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 + 2. 𝑓. 𝑐
𝑓
Observe que cos 𝛽 = 𝑏 de onde vem que 𝑓 = 𝑏. cos 𝛽 e como
cos 𝛽 = − cos 𝛼 , ficamos com

𝑓 = 𝑏. cos 𝛽 = −𝑏 cos 𝛼
220 Apêndice

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 + 2. 𝑓. 𝑐 = 𝑏 2 + 𝑐 2 + 2. (−𝑏 cos 𝛼 ). 𝑐

que nos dá, finalmente,

𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2. 𝑏. 𝑐. cos 𝛼

e isso finaliza a demonstração.

Justificativa para encontro das medianas


Na p.115 falamos sobre o ortocentro, ponto de encontro das medianas.
Perguntamos se conseguiria mostrar que as três medianas se encontram no mes-
mo ponto. Nesta seção mostraremos que de fato isto ocorre.

Vamos considerar o triângulo qualquer. Usaremos um triângulo obtusân-


gulo como representante, mas a ideia é adaptável a qualquer triângulo. Acompa-
nhe o raciocínio olhando para a figura seguinte.

A ideia é a seguinte: marcamos o ponto médio dos lados AB e BC e cha-


mamos de M1 e M2, respectivamente. Os pontos de interseção das medianas foi
chamado de P (o baricentro). Traçamos uma reta que passa pelos pontos B e P e
esta reta intercepta o lado AC em um ponto Q. Queremos mostrar que a medida
de AQ é a mesma medida de CQ.

Para tal, trace pelo ponto B uma reta paralela àquela que passa por AC e
prolongue as medianas AM2 e CM1 até que elas interceptem a reta criada. Cha-
maremos estas interseções de R e S, respectivamente (veja a figura seguinte).
Justificativa para encontro das medianas 221

Oriente-se pela figura anterior. Vamos concluir que o triângulo BSM1 e ACM1
são congruentes. Isto se dá pelo seguinte:

1. 𝛼 e 𝛽 são congruentes porque são opostos pelo vértice;


2. 𝛾 e 𝛿 são congruentes porque são ângulos alternos internos;
3. A medida de AM1 é a mesma de BM1, pois M1 é ponto médio de AB.

Pelo caso ALA (Ângulo Lado Ângulo) segue a referida congruência. Assim, vale a
seguinte relação
𝐵𝑆 𝐵𝑀1
= = 1 ⇒ 𝐵𝑆 = 𝐴𝐶.
𝐴𝐶 𝐴𝑀1
Agora, considere a outra situação (figura seguinte).
222 Apêndice

Mostraremos que o triângulo que o triângulo ACM2 é congruente ao triângulo


BRM2. Isto se dá pelo seguinte:

1. 𝜂 e 𝜃 são congruentes porque são opostos pelo vértice;


2. 𝜁 e 𝜀 são congruentes porque são ângulos alternos internos;
3. A medida de CM2 é a mesma de BM2, pois M2 é ponto médio de BC.

Novamente pelo caso ALA (Ângulo Lado Ângulo) segue a referida congruência.
Assim, vale a seguinte relação
𝐵𝑅 𝐶𝑀2
= = 1 ⇒ 𝐵𝑅 = 𝐴𝐶.
𝐴𝐶 𝐵𝑀2
Veja só que curioso. Temos que a medida de BS é igual à medida de BR, já que

𝐵𝑆 = 𝐴𝐶 𝑒 𝐴𝐶 = 𝐵𝑅

e assim

𝑩𝑹 = 𝑩𝑺.

Agora observe com o que ficamos

As marcas iguais indicam medidas iguais.

1. 𝜇 = 𝜆, pois são opostos pelo vértice;


2. 𝜅 = 𝜄, pois são alternos internos;
3. 𝜉 = 𝜐, pois são alternos internos.
Justificativa para encontro das medianas 223

Sendo assim, pelo caso AAA (Ângulo, Ângulo, Ângulo) os triângulos CQP e BPS são
semelhantes. Desta semelhança temos que
𝐵𝑃 𝐶𝑄
= .
𝑃𝑄 𝐵𝑆

Agora vejamos sob uma nova perspectiva. Observe a figura seguinte e os elemen-
tos evidenciados.

Marcas iguais indicam medidas iguais.

1. 𝜐 = 𝜑, pois são opostos pelo vértice;


2. 𝜎 = 𝜏, pois são alternos internos;
3. 𝜒 = 𝜌, pois são alternos internos.

Sendo assim, pelo caso AAA (Ângulo, Ângulo, Ângulo) os triângulos AQP e BPR são
semelhantes. Desta semelhança temos que
𝐵𝑃 𝐴𝑄
= .
𝑃𝑄 𝐵𝑅

A relação anterior foi


𝐵𝑃 𝐶𝑄
=
𝑃𝑄 𝐵𝑆

e isto nos dá que


𝐴𝑄 𝐵𝑃 𝐶𝑄
= =
𝐵𝑅 𝑃𝑄 𝐵𝑆
224 Apêndice

e finalmente
𝐴𝑄 𝐶𝑄
= .
𝐵𝑅 𝐵𝑆

Como 𝑩𝑹 = 𝑩𝑺 (ver p.222) então


𝐴𝑄 𝐶
= ,
𝐵𝑆 𝐵𝑆
de onde vem (cancelando os números iguais) que

𝐴𝑄 = 𝐶𝑄,

como queríamos demonstrar.


Índice Remissivo

A
E
altura
reta suporte, 43 Espiral Áurea, 194
Altura
de um triângulo, 40 F
ângulo
central, 76 Fibonacci, 183
inscrito, 76 Função afim
Ângulos, 28 construindo o gráfico da, 117
Apagando objetos, 21 crescente ou decrescente?, 125
Área estudo do sinal da, 129
de um triângulo, 40 interseção com EixoY, 124
área do quadrado, 51 o zero da, 122
área do triângulo, 51 Função quadrática
estudo do sinal da, 154
o gráfico da, 136
B o que representa 'a' para o gráfico da,
Baricentro, 113 140, 143
bissetriz, 30 o que representa 'b' para o gráfico da, 142
Bissetriz, 28 o que representa 'Delta' para o gráfico da,
bissetriz interna 146
o teorema da, 71 parte crescente e parte decrescente, 151
Botão direito do mouse vértice do gráfico da, 149
Funões do, 13 zeros da, 145

C I
Campo de Entrada, 22 Incentro, 96
circuncentro, 101, 103
Circuncentro, 101 L
circunferência
relações métricas na, 81 LaTeX, 24
Cosseno, 169 Lei dos cossenos, 176
demonstração, 216, 220
Lei dos senos, 170
D demonstração, 214
Donald, 182
M
mediatriz, 101
multiplicado por, 137
226 Apêndice

O Seletor, 23
Seno, 168
Ortocentro, 106
T
P
Tales
paralelogramos, 61 o teorema de, 66
Paralelogramos, 61 teorema de Pitágoras, 49
ângulos internos, 63 Textos dinâmicos, 27
Pirata trapézio, 56
demonstração do problema do, 213 altura de um, 56
Piratas área do, 58
o problema dos, 88 desafio de construção, 59
Pitágoras, 43 Trapézio
demonstração do teorema de, 49 área de um, 58
o teorema de, 43 trapézios, 55
Ponto Áureo, 185 triângulo
inscrito em inscrito em uma
R semicircunferência, 80
Triângulo Eqüilátero, 35
raiz quadrada, 16 triângulo equilátero, 35
Razão áurea, 180 Triângulo qualquer, 38
Retângulo Áureo, 191 triângulo retângulo, 44
trigonometria
S no triângulo retângulo, 164

seletor, 23

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