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Elétricas Industriais
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS
APRESENTAÇÃO
O Capítulo 3, por sua vez, se dedica aos quadros elétricos, sua classificação e constituição.
E, finalmente, o Capítulo 6 apresenta as configurações (ou esquemas) mais típicas para a sua
alimentação, comando e proteção dos motores, considerando-se que eles se constituem na principal
carga das instalações elétricas industriais.
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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ÍNDICE
Reuven Feuerstein
Psicólogo e pedagogo romeno
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Figura 4 – Lay-out de uma instalação industrial com Figura 5 – Lay-out de uma instalação industrial com
distribuição radial primária simples. distribuição radial primária com recursos de manobra.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 3
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Os quadros que alimentam as cargas, por sua Em instalações com grande número de
vez, apresentam a denominação do fim a que se motores é comum empregar-se um quadro de
destinam. Em outras palavras, eles podem alimentar as distribuição, sistema CCM (centro de controle de
cargas de iluminação ou circuitos de cargas que motores). Um CCM é uma combinação de dispositivos
produzam trabalho (motores, por exemplo) ou calor. e equipamentos de manobra, controle, medição,
Sendo assim, são chamados de quadros de distribuição proteção e sinalização de baixa tensão, completamente
de luz (QDL) e quadros de distribuição de força montados com todas as interligações elétricas,
(QDF), respectivamente. mecânicas e partes estruturais.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 4
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 7
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1.0 - INTRODUÇÃO
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Capítulo 2: Subestações Unitárias - 11
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1.0 - INTRODUÇÃO
7.0 – CCM
Figura 12 – CCM.
Figura 13 – Compartimento para gaveta fixa. Figura 16 - Compartimento para gaveta extraível.
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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 18
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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 21
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RESUMO
1.0 - INTRODUÇÃO
simultâneo, de tal modo que a interface mecânicas acidentais que podem danificar os seus
semicondutora/isolação seja isenta de espaços vazios. componentes.
Os materiais usados na isolação são os Nesses casos, é conveniente a utilização de
responsáveis pelas diferenças básicas que distinguem cabos providos de uma proteção adicional, metálica ou
os cabos extrudados existentes, principalmente quanto não, que absorvendo os esforços de tração, compressão
às características fundamentais, tais como: ou impacto, garantam a integridade física dos
componentes e portanto maior vida útil.
a) Rigidez dielétrica;
A proteção metálica é chamada de armação
b) Dispersão da rigidez;
ou armadura e, os cabos, de cabos armados.
c) Perdas dielétricas;
d) Classe térmica; 3.1 - Proteção Contra Esforços Longitudinais
e) Resistência às descargas parciais.
Blindagem da isolação Para proteção contra esforços longitudinais
A blindagem da isolação é constituída de uma emprega-se uma armação constituída por uma ou mais
parte semicondutora e uma parte metálica. coroas de fios de aço galvanizado ou fitas aplicadas em
A parte semicondutora, aplicada sobre a hélice com passo longo. Este tipo de armação é,
isolação, permite uma distribuição uniforme e radial do normalmente, aplicada sobre uma capa não metálica e
esforço elétrico na isolação, evita a presença de sob uma cobertura para proteção contra corrosão.
espaços vazios ionizáveis entre a isolação e a
blindagem metálica e confina o campo elétrico à
isolação.
A parte metálica, por sua vez, é formada por
fios de cobre possui como função dar ao cabo as
seguintes características:
a) Proteção: desde que convenientemente
aterrada, permite maior segurança,
eliminando perigos de choques elétricos
em caso de contato direto ou com a
cobertura do cabo;
b) Condução da corrente capacitiva;
c) Condução da corrente de curto-circuito
fase-terra: cria um caminho de baixa
impedância para retorno da corrente, em
condição de curto-circuito, devido ao Figura 2 – Cabo armado.
baixo valor de resistência ôhmica.
3.2 - Proteção Contra Esforços Transversais e
Cobertura Radiais
A cobertura é aplicada sobre a blindagem da
isolação e tem como finalidade a proteção mecânica do Para a proteção contra esforços radiais e
núcleo do cabo. transversais emprega-se uma armação constituída por
Vários materiais são empregados nessa uma fita conformada de aço ou alumínio aplicada
cobertura, tais como: chumbo, juta e asfalto. helicoidalmente com passo curto e com sobreposição
Entretanto, em função de aspectos ecológicos, de maneira que em duas voltas sucessivas haja
atualmente o PVC é o mais empregado, evitando-se a intertravamento sem entretanto estarem rigidamente
utilização de chumbo. vinculadas
A identificação do tipo de cabo, seu número
de condutores e seção, tensão de isolamento, etc. é feita
por meio de gravação na cobertura.
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Capítulo 4: Cabos de Média Tensão e Busway - 26
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Observa-se, por outro lado, que muitos fatores Os relés térmicos apresentam uma
afetam a vida útil do isolamento dos equipamentos, tais característica de tempo inverso, ou seja, quanto maior a
como umidade, esforços dielétricos excessivos e danos corrente de sobrecarga menor será o tempo de atuação,
mecânicos, entre outros. Entretanto, a maior causa de como ilustra a figura 1.
envelhecimento é o sobreaquecimento.
A vida útil é compreendida como o tempo
necessário para que os elementos constituintes da
isolação falhem, ou seja, que a sua força de tração
reduza-se a determinados percentuais da original.
Assim, há o envelhecimento gradual do
isolante, pois ele vai se ressecando, conforme seja
submetido à determinados níveis de temperatura,
perdendo a sua rigidez dielétrica, até que não suporte
mais a tensão aplicada e produza o curto-circuito.
Pelo exposto, os materiais utilizados somente
suportam até um determinado valor e por tempo
limitado. Por exemplo, para condutores de 6 kV e
isolados em PVC, tem-se, de acordo com a norma
NBR 7288:
a) Temperatura admissível no isolante
permanentemente: 70 ºC;
b) Temperatura admissível perante
sobrecarga: 100 ºC;
c) Tempo admissível de sobrecarga: 100
horas/ano.
Figura 1 – Característica de tempo inversa, t = f (IAJ),
Se tais valores são ultrapassados, a capa para o relé bimetálico.
isolante de PVC vai se deteriorar, o que significa,
perder suas características iniciais. Observa-se que essa característica é
Portanto, é importante interromper uma particularmente interessante para os motores de
sobrecarga antes que os limites de deterioração sejam indução trifásicos, pois na partida a sua corrente atinge
atingidos, garantindo uma vida útil apropriada aos 5 a 8 vezes a nominal, porém decai com a aceleração.
componentes do circuito, seja um motor ou um cabo ou Assim, ocorre apenas uma sobrecarga momentânea, na
qualquer outro. qual a proteção não deve atuar.
Nas instalações com motores, as sobrecargas Em termos gráficos, isso significa que o ponto
são originadas por uma das seguintes causas: correspondente ao valor da corrente de partida e
respectivo tempo deve se localizar sempre entre a
a) Rotor bloqueado; curva de atuação do relé e os eixos.
b) Elevada freqüência de manobra; Para flexibilizar essa condição, o relé térmico
c) Partida difícil (prolongada); apresenta possibilidade de ajuste em uma certa faixa, o
d) Sobrecarga em regime de operação; que resulta em aspectos positivos e negativos.
e) Falta de fase; Como aspecto positivo, os relés bimetálicos
f) Desvio de tensão e de freqüência. com regulagem permitem o ajuste empírico no campo,
do ponto de operação ideal, quando se tem em vista a
3.0 – PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS dificuldade existente para se determinar este ponto
através de cálculos teóricos.
Em instalações de baixa tensão a proteção O aspecto negativo diz respeito à segurança,
contra sobrecargas é efetuada pelo relé de pois é freqüente observar-se que um relé devidamente
sobrecarga, os quais podem ser bimetálicos, regulado, após alguns meses de operação, desliga o
eletrônicos ou com liga eutética. Em média tensão, é equipamento sem que tenha ocorrido nenhuma
comum utilizar-se do relé multifunção, o qual possui a sobrecarga. Estas paradas intempestivas induzem o
função 49 (relé térmico) para estas situações. operador a alterar aleatoriamente a regulagem do relé
Todos esses dispositivos foram descritos no sem, no entanto, investigar a verdadeira causa das
texto relativo à disciplina EI 105 – Equipamentos mesmas e providenciar as ações corretivas cabíveis.
Elétricos I e, entre eles, o mais empregado é o relé de De qualquer forma, existem basicamente duas
sobrecarga bimetálico, também conhecido por relé filosofias para a escolha da corrente de ajuste de um
térmico. relé térmico:
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 28
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I AJ = I N
Tem-se:
IP I
= P
I AJ I N
Verifica-se na curva do relé se o ponto (tp, IP)
encontra-se abaixo da curva. Se estiver, o relé
está ajustado.
Em caso contrário, adota-se outra corrente de
ajuste um pouco maior que a nominal como,
por exemplo:
I AJ = 1,05I N
Figura 2 – Exemplo de ajuste do relé térmico
e repete-se o processo descrito. (Exemplo).
Se a corrente de ajuste adotada ainda não fizer
com que o ponto (tp, IP) fique abaixo da curva, Na figura 2, verifica-se que o ponto de
utilizar um valor um pouco maior, como, por operação (em roxo) está acima da curva 2 e,
exemplo: portanto, no momento da partida, o relé
atuará, se as suas lâminas estiverem quentes.
I AJ = 1,10 I N Sendo assim, estima-se uma nova corrente de
ajuste como, por exemplo:
E assim, sucessivamente, até que o ponto (tp,
IP) fique abaixo da curva. I AJ = 1,2 I N
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 29
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contrário. Os fusíveis do tipo silized se encaixam nessa trifásicos, por exemplo, a corrente atinge 5 a 8 vezes a
categoria. nominal, decaindo rapidamente. Naturalmente, nessas
Os fusíveis de ação retardada, por sua vez, condições, o fusível não deve atuar, pois, em caso
apresentam uma característica de tempo inverso, ou contrário, o motor não partirá. Os fusíveis NH e diazed
seja, quanto maior a corrente de defeito menor será o se encaixam nessa categoria.
tempo de atuação. Portanto, a fusão do elo não ocorre Pelo exposto, os fusíveis apresentam curvas
com sobrecargas de curta duração, mas na existência de características, as quais informam como eles irão
curto-circuito. São próprios para protegerem circuitos atuar, ou seja, qual o tempo que precisarão para
com cargas indutivas e\ou capacitivas, tais como interromper uma dada corrente anormal.
motores, transformadores, capacitores e indutores em A título de exemplo, a figura 4 apresenta
geral. Na partida direta de motores de indução curvas características de um fusível NH.
utilizar-se do relé multifunção, o qual possui a função A tabela 1 apresenta uma comparação entre a
49 para estas situações. proteção oferecida ao motor por relés de sobrecarga e
Naturalmente, existem casos que esta proteção por sensores térmicos internos.
é insuficiente ou inadequada. Sendo assim, torna-se
conveniente o uso de sensores térmicos instalados nos Causas do Proteção com
enrolamentos do estator. Relés Sensores
Como visto anteriormente, existem diversos Sobrecargas Total Total
tipos de sensores, mas os mais utilizados são os Regimes de carga padronizados Parcial Total
termistores, os termostatos (sondas térmicas) e a Frenagens, reversões e partidas
Parcial Total
resistência calibrada tipo RTD (Resistence freqüentes
Temperature Detector). Rotor bloqueado Total Total
A utilização desses sensores possibilita a Falta de fase Parcial Total
prevenção total contra o sobreaquecimento indesejável Variação de tensão Total Total
causado por problemas diferentes dos que resultem em Variação de freqüência Total Total
aumento de corrente, como, por exemplo: Temperatura ambiental excessiva Parcial Total
Aquecimento externo provocado
Desprotegido Total
a) Obstrução da ventilação; por polias, rolamentos, etc.
b) Aquecimento externo provocado por Obstrução da ventilação Desprotegido Total
rolamento, acoplamentos e outros; Sobrecarga intensa em motores de
Total Parcial
c) Falta de fase; grande porte
d) Regimes de cargas difíceis; Tabela 1 - Quadro comparativo entre a proteção
e) Longas acelerações, frenagens, oferecida por relés de sobrecarga e por sensores
reversões e partidas freqüentes. térmicos.
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 33
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1.0 - INTRODUÇÃO
Uma análise mais profunda dos vários muito longo e, como conseqüência, atuar
métodos de partida é realizada na disciplina EI 104 – a proteção;
Máquinas Elétricas I. c) há cintilações (“flicker”) na iluminação;
d) se existirem relés de subtensão, eles
3.1 – Partida Direta poderão atuar;
e) outros motores já em funcionamento
A partida direta de motores de indução poderão, dependendo da carga que
trifásicos, ou seja, à tensão plena, é o método mais acionam, ter sua velocidade reduzida, um
simples, confiável e econômico de colocá-los em aumento de corrente e, em conseqüência,
operação. Entretanto, isto pode se tornar proibitivo em sobreaquecimento. Ainda, existe a
casos onde a corrente de partida afeta a rede de possibilidade de um eventual travamento
alimentação. de eixo;
A corrente absorvida instantaneamente da rede f) Outras cargas poderão ser afetadas de
durante este processo alcança picos entre cinco e oito forma negativa, como, por exemplo,
vezes a sua corrente nominal ("inrush"), sendo isto ficarem submetidas a um aumento de
válido tanto para partidas com carga ou sem carga. corrente que absorvem.
Os altos níveis da corrente de partida ocorrem
devido à impedância do motor assumir baixos valores A figura 5 apresenta o diagrama de força,
iniciais, associada com tensões induzidas no rotor com equivalente ao da figura 1, para a partida direta de um
níveis elevados. Assim que o motor acelera, a motor de indução trifásico empregando a simbologia
impedância cresce, a tensão induzida diminui e a mais comum do setor (vide texto correspondente à EI
corrente de partida cai. 110 - Desenhos de Eletrotécnica).
A figura 4 mostra o comportamento da
corrente durante a partida para um determinado motor.
Assim, a corrente de partida será, para o: Observa-se que, como desvantagem desse
a) "tap" 50% . I'p = 0,25 Ip (2) método, tem-se que este método fica bem mais oneroso
b) "tap" 65% . I'p = 0,423 Ip (3) que o anterior, devido ao autotransformador,
c) "tap" 80% . I'p = 0,64 Ip (4) necessitando de quadros maiores e mais volumosos.
onde:
I'p - Corrente de partida para o "tap" considerado;
Ip - Corrente de partida (quando esta é) direta.
O conjugado de partida diminui na mesma
proporção que a corrente.
Observe-se que no tap 65 % a corrente de
linha é praticamente igual a que a da chave estrela-
triângulo nas mesmas condições.
A vantagem deste método reside no fato de
que a própria reatância do autotransformador trata de
amortecer o degrau da corrente criado pela comutação
ao se aplicar a tensão da rede.
Pode-se também fazer a comutação para 80 %
antes de ligar o motor diretamente à rede, de modo que
se tenha uma partida suave e satisfatória.
A figura 9 apresenta o diagrama de força Figura 10 – Quadro de comando – partida com chave
típico correspondente à chave compensadora compensadora automática.
automática.
3.4 - Partida com Soft-Starter
a)
Alívio ao motor e a máquina acionada;
b)
Desgastes reduzidos;
c)
Baixa solicitação na rede;
d)
Fácil colocação em funcionamento (alta
flexibilidade);
Figura 9 – Diagrama do circuito de potência (força) e) Economia de energia;
para a partida de um motor de indução trifásico com f) Permite o uso de motor com 3 pontas
uma chave compensadora. acessíveis.
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Capítulo 6: Circuitos Típicos Para Instalação de Motores - 38