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EI 109 - Instalações

Elétricas Industriais
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

APRESENTAÇÃO

Define-se instalação elétrica como um conjunto de componentes elétricos, associados e com


características coordenadas entre si, constituído para uma finalidade determinada, a qual envolve a
utilização de energia elétrica.
Nas atividades industriais, por outro lado, a utilização de energia elétrica é intensiva, pois,
praticamente, todos os processos a empregam de uma forma ou outra.
Dessa forma, as instalações elétricas industriais empregam grande quantidade de
equipamentos e arranjos para eles, de modo a receber a energia e distribuí-la, atendendo-se vários
fatores nem sempre compatíveis entre si, ou seja, segurança, economia, flexibilidade, confiabilidade
e, também, o uso racional da energia elétrica.
Através dessas colocações, verifica-se a importância do tema para o eletricista mantenedor.
Na realidade, esse texto deve ser utilizado em conjunto com os de outras três disciplinas, que
se complementam e permitem uma atuação mais eficaz, as quais são, a saber: EI 104 – Máquinas
Elétricas I, EI 105 –Equipamentos Elétricos I e EI 110 – Desenhos de Eletrotécnica.
O presente texto foi elaborado, portanto, considerando esse inter-relacionamento e
estruturado da seguinte maneira:

O Capítulo 1 apresenta os elementos mais comuns que compõe as instalações elétricas


industriais, bem como, várias definições e conceitos básicos.

No Capítulo 2 se analisam os vários elementos que compõe as subestações unitárias, bem


como os seus tipos.

O Capítulo 3, por sua vez, se dedica aos quadros elétricos, sua classificação e constituição.

O Capítulo 4 analisa os cabos de média tensão e os barramentos blindados, também


conhecidos por busway.

O Capítulo 5 analisa os a aplicação dos dispositivos destinados à proteção adequada dos


circuitos de baixa tensão

E, finalmente, o Capítulo 6 apresenta as configurações (ou esquemas) mais típicas para a sua
alimentação, comando e proteção dos motores, considerando-se que eles se constituem na principal
carga das instalações elétricas industriais.
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INDUSTRIAIS

ÍNDICE

CAPÍTULO 1: ELEMENTOS DE UMA INSTALAÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL _________ 1


RESUMO __________________________________________________________________________ 1
1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 1
2.0 – CONCEITOS BÁSICOS _________________________________________________________ 1
3.0 – SUBESTAÇÕES ________________________________________________________________ 1
4.0 – ALIMENTADORES _____________________________________________________________ 2
5.0 – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIO ________________________________________ 2
5.1 - Radial Simples ________________________________________________________________________ 2
5.2 - Radial com Recurso ____________________________________________________________________ 3
6.0 – QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO __________________________________________________ 4
7.0 – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIO _____________________________________ 5
8.0 – SISTEMA DA MRN _____________________________________________________________ 5

CAPÍTULO 2: SUBESTAÇÕES UNITÁRIAS ________________________________________ 8


RESUMO __________________________________________________________________________ 8
1.0 - INTRODUÇÃO _________________________________________________________________ 8
2.0 – SUBESTAÇÕES EM ALVENARIA ________________________________________________ 8
3.0 – SUBESTAÇÃO MODULAR METÁLICA___________________________________________ 9
4.0 – SUBESTAÇÕES UNITÁRIAS NA MRN ___________________________________________ 10

CAPÍTULO 3: QUADROS ELÉTRICOS ___________________________________________ 12


RESUMO _________________________________________________________________________ 12
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 12
2.0 – CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS __________________________________________ 12
3.0 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO _________________________________________ 12
3.1 - Quadros de Baixa Tensão (até 1.000 V) ____________________________________________________ 12
3.1.1 - Quadro de comando _______________________________________________________________ 12
3.1.2 - Quadro de controle ________________________________________________________________ 13
3.1.3 - Quadro de sinalização ______________________________________________________________ 13
3.1.4 - Quadro de indicação _______________________________________________________________ 14
3.1.5 - Quadro de medição ________________________________________________________________ 14
3.1.6 - Quadro de distribuição _____________________________________________________________ 14
3.1.7 – Quadro de proteção________________________________________________________________ 15
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INDUSTRIAIS

3.2 - Quadros de Média Tensão (até 34,5 kV) ___________________________________________________ 15


3.2.1 - Quadros de entrada ________________________________________________________________ 15
3.2.2 - Quadro de distribuição _____________________________________________________________ 15
3.3 - Quadros de Alta Tensão (acima de 34,5 kV) ________________________________________________ 16
4.0 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À INSTALAÇÃO ____________________________________ 16
5.0 - GRAUS DE PROTEÇÃO ________________________________________________________ 16
6.0 - QUADROS BLINDADOS________________________________________________________ 17
7.0 – CCM _________________________________________________________________________ 17
8.0 – OS QUADROS NA MRN ________________________________________________________ 20

CAPÍTULO 4: CABOS DE MÉDIA TENSÃO E BUSWAY ____________________________ 22


RESUMO _________________________________________________________________________ 22
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 22
2.0 – CABOS DE MÉDIA TENSÃO ___________________________________________________ 22
3.0 – CABOS ARMADOS ____________________________________________________________ 23
3.1 - Proteção Contra Esforços Longitudinais____________________________________________________ 23
3.2 - Proteção Contra Esforços Transversais e Radiais _____________________________________________ 23
4.0 – CONSIDERAÇÕES SOBRE CABOS DE MÉDIA TENSÃO __________________________ 24
5.0 – BARRAMENTOS BLINDADOS (BUSWAY) _______________________________________ 24

CAPÍTULO 5: PROTEÇÃO DE SISTEMAS EM BAIXA TENSÃO______________________ 27


RESUMO _________________________________________________________________________ 27
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 27
2.0 – SOBRECORRENTES __________________________________________________________ 27
2.1 – Curto-circuito ________________________________________________________________________ 27
2.2 - Sobrecarga __________________________________________________________________________ 27
3.0 – PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS _________________________________________ 28
4.0 – PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO COM FUSÍVEIS________________________ 30
5.0 – PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO COM DISJUNTORES ___________________ 32
6.0 – EMPREGO DE FUSÍVEIS OU DISJUNTORES ____________________________________ 32
7.0 – PROTEÇÃO DE MOTORES DE INDUÇÃO TRIFÁSICOS __________________________ 32
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CAPÍTULO 6: CIRCUITOS TÍPICOS PARA INSTALAÇÃO DE MOTORES _____________ 34


RESUMO _________________________________________________________________________ 34
1.0 - INTRODUÇÃO ________________________________________________________________ 34
2.0 – ELEMENTOS TÍPICOS ________________________________________________________ 34
3.0 – CIRCUITOS PARA A PARTIDA DE MOTORES ___________________________________ 35
3.1 – Partida Direta ________________________________________________________________________ 36
3.2 - Partida com chave estrela-triângulo _______________________________________________________ 37
3.3 - Chave compensadora __________________________________________________________________ 37
3.4 - Partida com Soft-Starter ________________________________________________________________ 38
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"O mais importante do saber é aprender como


usar este saber."

Reuven Feuerstein
Psicólogo e pedagogo romeno
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CAPÍTULO 1: ELEMENTOS DE UMA


INSTALAÇÃO ELÉTRICA INDUSTRIAL

RESUMO Sendo assim, a tensão de entrada deve ser


reduzida e, para tanto, emprega-se um transformador.
Este capítulo apresenta os elementos mais Dessa forma, é a partir do secundário do
comuns que compõem as instalações elétricas transformador principal em diante que se inicia o que
industriais, bem como, várias definições e conceitos se denomina de setor industrial, ou seja, aquele de
básicos. tensão menor. Nesse caso, a distribuição de energia
para as várias cargas é chamada de secundária,
1.0 - INTRODUÇÃO enquanto, para a entrada, de primária.
Observa-se que o termo entrada refere-se aos
Como se sabe, nas atividades industriais o condutores que se estendem desde os terminais da rede
consumo de energia elétrica é intensivo, pois, de fornecimento de energia limites da edificação
praticamente, todos os processos a empregam de uma industrial até uma chave de manobra ou a um local
forma ou outra. onde se inicial a distribuição propriamente dita.
Assim, é necessário que as instalações a
recebam de um sistema de suprimento, que se promova
a sua adequação aos níveis de tensões e corrente de 3.0 – SUBESTAÇÕES
utilização e que seja distribuída aos locais de
aproveitamento (cargas). A necessidade de se reduzir a tensão de
A análise desses e outros aspectos das entrada nas instalações industriais, implica em se ter
instalações elétricas industriais são discutidos a seguir.
locais apropriados para que isto ocorra, os quais são
denominados de subestações.
2.0 – CONCEITOS BÁSICOS
Nas pequenas industrias emprega-se uma
única subestação, enquanto que, nas maiores, podem
A alimentação de energia elétrica, seja por existir várias, sendo a sua quantidade variável de
geradores próprios (como no sistema da MRN) ou pela acordo com a extensão da área industrial.
rede de uma concessionária, até os circuitos das cargas, Observa-se que, para último caso, é usual
é realizada por um sistema de distribuição, o qual empregar-se um centro de distribuição, a partir do qual
emprega condutores, conjuntos de equipamentos em se distribui, em alta tensão, a energia para as
várias configurações e dispositivos de medição e de subestações correspondentes. Esse centro se constitui
proteção. em um grande painel único ou um conjunto de painéis,
Nos casos mais gerais, a distribuição nas com chaves, dispositivos de proteção e, usualmente,
instalações industriais é feita principalmente em baixa instrumentos, montados na parte da frente e/ou na parte
tensão, o que, em outras palavras, quer dizer, tensões de trás.
industriais abaixo de 600 V (inclusive). Em casos Freqüentemente, as subestações são
menos freqüentes, aparelhos e máquinas são compostas por conjuntos de painéis para a entrada do
alimentadas com tensões maiores que 1.000 V cabo de alta-tensão, transformador abaixador e do
(excepcionalmente até 13,8 kV, para motores de painel de saída em baixa tensão (o qual, às vezes,
grande potência). engloba um painel de distribuição).
Se de um lado prevalecem estas tensões na Quando isso ocorre tem-se as chamadas
baixa tensão, o recebimento de energia na instalação subestações unitárias, as quais possuem dimensões
(ou seja, a entrada) é efetuado, geralmente, em tensões padronizadas e reduzidas, podendo, facilmente, serem
bem mais elevadas, sendo muito comum o valor de integradas às edificações.
13,8 kV. Para grandes consumidores de energia elétrica As subestações unitárias se localizam,
o fornecimento pode ser feito em 34, 69, 88, ou até, normalmente, o mais próximo possível dos centros de
138 kV. gravidade das cargas elétricas (centro de carga).
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 1
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uma carga constituída principalmente por circuitos de


motores ou de outras cargas de força e de alimentador
de iluminação quando sua carga é constituída
principalmente por circuitos de iluminação.
Os alimentadores podem ser aéreos ou
subterrâneos, sobre os quais pode-se afirmar que:
a) A probabilidade de ocorrência de faltas em
alimentadores subterrâneos é muito menor
que nos aéreos. No entanto, quando
ocorrem, geralmente são gastas várias horas
para a localização e reparo;
b) Os alimentadores subterrâneos instalados em
eletrodutos e localizados em áreas sujeitas
ao trânsito de veículos devem ser protegidos
mecanicamente contra avarias. Além disso,
devem ser dotados de caixas de passagem a
Figura 1 – Painel ou cubículo de manobra e controle intervalos regulares (construídas, em geral,
(centro de distribuição). em alvenaria ou concreto) visando a facilitar
inspeção, manutenção e passagem da
cablagem;
c) Por razões de segurança, nos alimentadores
subterrâneos, não devem ser colocados em
uma mesma tubulação, tanto os circuitos
com tensões primárias de distribuição,
quanto os com tensões secundárias.

5.0 – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIO

O sistema de distribuição primário de uma


indústria é, na instalação, a parte que apresenta a maior
tensão. Os seus arranjos mais comuns são os descritos
Figura 2 – Exemplo de subestação unitária. a seguir.

5.1 - Radial Simples


4.0 – ALIMENTADORES
O arranjo mais simples e utilizado para a
Denomina-se alimentador aos condutores cuja alimentação industrial é o denominado sistema radial
função é a de transportar a energia elétrica de um a simples. Nele, o fluxo de potência apresenta um sentido
outro ponto, no qual em ela é subdividida em vários único da fonte para a carga, ou, em outras palavras, os
outros circuitos. vários pontos de consumo recebem energia de apenas
Considerando-se essa definição e o exposto um alimentador.
anteriormente, verifica-se que existem alimentadores O seu custo é menor comparado com outros
primários e secundários. sistemas, pois contém equipamentos convencionais e
Os alimentadores primários constituem-se, de larga utilização, é mais simples de ser executado e
portanto, nos condutores que se originam na entrada da não exigem dispositivos para a interligação de
instalação e alimentam uma subestação ou em um circuitos.
centro de distribuição levando, em alta tensão, a No entanto, apresenta diversas desvantagens
energia para as subestações unitárias correspondentes. tais como: quedas de tensão elevadas, condutores de
Os alimentadores secundários, por outro lado, seção apreciável e interrupção total da alimentação em
se originam em um centro de distribuição e alimentam caso de defeitos devido à falta de recursos para
um ou mais centros de subdistribuição, um ou mais manobra (isto é, chaveamento do circuito para
circuitos parciais (como no caso de dutos de barras do recebimento de energia de outro ponto). Esse último
tipo plug-in ou de circuitos de motores derivados de item, aliás, implica em baixa confiabilidade.
um alimentador) ou uma combinação deles. A figura 3 apresenta um diagrama unifilar
Nesses casos, também é comum empregar-se simplificado, representado um sistema radial simples
o termo alimentador de força quando ele se destina a com apenas uma subestação.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 2
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5.2 - Radial com Recurso

O sistema radial com recurso é aquele em que


o sentido do fluxo de potência pode variar de acordo
com as condições de carga do sistema. Em outras
palavras, possui recursos de manobra, ou seja,
conjunto de chaves que permitem a transferência de um
alimentador a outro.
Dependendo da posição dessas chaves e do
poder de manobra, este sistema pode ser operado
como:
a) Sistema radial em anel aberto;
b) Sistema radial seletivo.

Estes sistemas apresentam maior


confiabilidade, porém, apresentam custos elevados
devido ao emprego de equipamentos mais caros e,
sobretudo pelo dimensionamento dos circuitos de
distribuição, que devem ter capacidade individual
suficiente para suprirem, sozinhos, as cargas quando da
Figura 3 – Diagrama unifilar simplificado (subestação saída de um deles.
única). A figura 5 mostra o lay-out de uma instalação
industrial, na qual se utilizam várias subestações
A figura 4 mostra o lay-out de uma instalação unitárias e a distribuição radial primária
industrial, na qual se utilizam várias subestações correspondente.
unitárias e a distribuição radial primária
correspondente.

Figura 4 – Lay-out de uma instalação industrial com Figura 5 – Lay-out de uma instalação industrial com
distribuição radial primária simples. distribuição radial primária com recursos de manobra.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 3
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6.0 – QUADROS DE DISTRIBUIÇÃO

Nas subestações, a tensão é abaixada para o


nível de utilização e, portanto, um sistema de
distribuição secundário opera em baixa tensão.
Normalmente, existem vários pontos de
consumo para se alimentar, o que se faz através de
circuitos secundários curtos para evitar quedas de
tensão com níveis elevados e incrementos das perdas
por efeito Joule na cablagem.
Desta forma, é usual empregar-se os
chamados quadros (ou painéis) de distribuição para o
fornecimento de energia com tensão secundária aos
vários circuitos.
Pelo exposto, os quadros de distribuição
constituem-se em pontos nodais em uma rede e servem
para unir ou separar e proteger as diferentes partes
destas, permitindo a distribuição de energia elétrica
para diversos pontos da instalação.
Note-se que, a partir desses quadros, se
alimentam, em grande parte dos casos, outros quadros.
Desses últimos sairá a cablagem para as cargas
específicas.
O quadro na subestação é chamado de quadro
(ou painel) de distribuição geral (QDG) ou de quadro
geral de força (QGF) ou, ainda, de quadro central de
distribuição.

Figura 7 – Quadro de distribuição de luz (QDL).

Figura 6 – Quadro de distribuição (QDG). Figura 8 – Quadros de distribuição de força (QDF’s).

Os quadros que alimentam as cargas, por sua Em instalações com grande número de
vez, apresentam a denominação do fim a que se motores é comum empregar-se um quadro de
destinam. Em outras palavras, eles podem alimentar as distribuição, sistema CCM (centro de controle de
cargas de iluminação ou circuitos de cargas que motores). Um CCM é uma combinação de dispositivos
produzam trabalho (motores, por exemplo) ou calor. e equipamentos de manobra, controle, medição,
Sendo assim, são chamados de quadros de distribuição proteção e sinalização de baixa tensão, completamente
de luz (QDL) e quadros de distribuição de força montados com todas as interligações elétricas,
(QDF), respectivamente. mecânicas e partes estruturais.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 4
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Figura 10 – Elementos de uma instalação.

8.0 – SISTEMA DA MRN

Na MRN, os conceitos que se empregam para


o seu sistema são diferentes dos apresentados e
utilizados em outras industrias.
O recebimento de energia em uma
determinada instalação (ou seja, a entrada) é sempre
realizado em 13,8 kV e abaixadas através de
transformadores específicos para 4,16 kV e\ou para
Figura 9 – Exemplos de CCM’s. 480 V e distribuída em sistema radial, como ilustra o
diagrama unifilar simplificado da figura 11.

7.0 – SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIO

Como dito anteriormente, dos QDG’s se


originam os condutores que alimentam os QDF’s, os
CCM’s e QDL’s, os quais são chamados de
alimentadores secundários.
Estes circuitos devem ser protegidos no ponto
de origem através de disjuntores ou fusíveis, devem
também dispor, além de apresentarem um dispositivo
de seccionamento, dimensionado para suprir a maior
demanda do centro de distribuição.
Os circuitos que se originam nos QDF’s e
QDL’s e alimentam as cargas são chamados de
circuitos terminais ou ramais.
Os alimentadores e ramais são constituídos de
condutores isolados, cabos unipolares e multipolares, e
de dutos de barras (barramentos blindados).
A figura 10 ilustra, esquematicamente, o
exposto considerando vários outros elementos de uma
instalação elétrica. Figura 11 – Diagrama unifilar simplificado.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 5
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INDUSTRIAIS

Deve-se se atentar para o fato de que o termo


QDG não é utilizado, adotando-se genericamente o
termo QDF.
Os QDF’s alimentam os CCM’s, QDL’s e
painéis de inversores, os quais são quadros próprios.

Figura 14 – Exemplo de QDL empregado na MRN.

Além do descrito, ainda se tem os QDC’s


(quadro de controle), os quais, a partir de um
transformador de controle que efetua a transformação
de 480 V para 127 V, alimenta os no-breaks ou não.
A partir dos no-breaks, empregando-se redes
Figura 12 – Exemplo de CCM empregado na MRN. estabilizadas, alimenta-se os painéis de PLC’s em
geral, os quais também são quadros próprios.

Figura 13 – Exemplo de painéis de inversores


empregados na MRN

Os QDL’s possuem a função de alimentar os Figura 15 – Exemplo de painel de PLC empregado na


circuitos de iluminação e, também, tomadas de uso MRN.
geral em baixa tensão. Um exemplo de QDL com a
padronização da MRN é ilustrado na figura 14 (note-se A figura 16 ilustra, esquematicamente, o
que é diferente daquela mostrada na figura 7). sistema da MRN.
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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 6
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Figura 16 – Representação esquemática do sistema da MRN.

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Capítulo 1: Elementos de Uma Instalação Elétrica Industrial - 7
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CAPÍTULO 2: SUBESTAÇÕES UNITÁRIAS

RESUMO instalações industriais que apresentem disponibilidade


de espaço nas proximidades dos centros de carga.
Este capítulo analisa os vários elementos que
compõe as subestações unitárias, bem como os seus
tipos.

1.0 - INTRODUÇÃO

Uma subestação, como citado no capítulo


anterior, é um conjunto de condutores, aparelhos e
equipamentos destinados a modificar as características
da energia elétrica (tensão e corrente), permitindo a sua
distribuição aos pontos de consumo em níveis
adequados de utilização.
Nas atividades industriais, por outro lado, é
comum o emprego de subestações unitárias junto aos
centros de carga, as quais podem ser classificadas
conforme a sua instalação, ou seja, abrigada
(instalação interna) ou ao tempo (instalação externa).
Uma subestação de instalação interior é
aquela na qual os equipamentos e aparelhos são
instalados em dependências abrigadas das intempéries Figura 1 – Subestação unitária em alvenaria.
(por isso, também são conhecidas como subestações
abrigadas). Elas podem ser construídas em alvenaria Os cubículos ou postos básicos são:
ou em invólucro metálico.
Uma subestação de instalação exterior é Posto de proteção primária
aquela na qual os equipamentos são instalados ao O posto de proteção primária destina-se à
tempo (por isso, também são conhecidas como instalação de chaves seccionadoras, fusíveis ou
subestações ao tempo). disjuntores responsáveis pela proteção geral e
Naturalmente, qualquer que seja o tipo, as seccionamento da instalação.
subestações podem apresentar vários arranjos. A norma NBR 14039/98 estabelece que, para
Esse capítulo apresenta esses aspectos a subestações com capacidade de transformação trifásica
seguir. superior a 300 kVA, é obrigatória a utilização de um
disjuntor de proteção primária com a capacidade de
ruptura compatível com o nível de curto-circuito
2.0 – SUBESTAÇÕES EM ALVENARIA previsto no ponto de entrega de energia.
A mesma norma, no entanto, permite, para
Em geral, o tipo de subestação unitária mais subestações com potência trifásica igual ou inferior a
utilizada em industrias é a em alvenaria. Elas possuem 300 kVA, a instalação de chaves tripolares, com
como característica a divisão em compartimentos, os abertura em carga, acopladas a fusíveis de alta
quais são denominados postos, cabines ou cubículos, capacidade de ruptura, que possibilitam o acionamento
cada um com funções bem definidas. simultâneo das três fases, mesmo que a interrupção
Esse tipo de construção apresenta como seja monopolar.
vantagens o custo reduzido, a facilidade de montagem Os disjuntores devem ser acionados através de
e, principalmente, de manutenção. No entanto, ela reles primários de ação direta, fixados em suas buchas
exige uma área construída relativamente grande. de alimentação, ou através de relés secundários
Portanto, a sua aplicação é muito interessante em conectados a transformadores de corrente destinados a
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Capítulo 2: Subestações Unitárias - 8
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

proteção. Os transformadores de corrente devem ser


localizados antes da chave seccionadora interna que
sucede os equipamentos de medição. Os relés de
proteção devem ser dotados das funções 50 (relé de
sobrecorrente instantâneo) e 51 (relé de sobrecorrente
temporizado).

Figura 3 – Posto de transformação.


Nas subestações que recebem energia de uma
concessionária têm-se, adicionalmente, um posto de
medição primária, o qual se destina à localização dos
equipamentos auxiliares da medição, tais como os
transformadores de corrente e potencial.
Figura 2 – Posto de proteção primária. Observa-se que a entrada dessas subestações
pode ser subterrânea ou aérea, sendo a primeira a mais
Posto de transformação utilizada, por ser mais compacta.
O posto de transformação é aquele destinado Dessa forma, quando montadas no nível do
à instalação dos transformadores de força, podendo solo, as subestações alimentadas por ramal de entrada
conter ou não os equipamentos de proteção individual. subterrâneo são construídas normalmente com altura
A NBR 14039/98 estabelece que nas instalações de mínima definida pela altura dos equipamentos e pela
transformadores de 500 kVA ou maiores, em líquido altura de instalação de chaves, barramento, isoladores,
isolante inflamável, devem ser observadas as seguintes etc.
precauções: Por outro lado, quando montadas no nível do
a) construção de barreiras incombustíveis solo, as subestações alimentadas por ramal de entrada
entre os transformadores e demais aéreo são construídas normalmente com altura mínima
aparelhos; de 6 m ou superior, paredes externas com largura
b) construção de dispositivos adequados para mínima de 300 mm e as paredes das divisões internas
drenar ou conter o líquido proveniente de com largura de 150 mm, construídas geralmente em
um eventual rompimento do tanque. alvenaria.
Esses dispositivos podem ser construídos de
diferentes formas, porém todas elas possuem como 3.0 – SUBESTAÇÃO MODULAR METÁLICA
objetivo fundamental a limitação da quantidade de óleo
a ser queimado, no caso de incêndio eventual. Após a Uma subestação unitária modular metálica
descarga do líquido do transformador e a coleta deste (ou em invólucro metálico) é aquela destinada às
através de um recipiente, o óleo pode ser reaproveitado instalações onde o espaço disponível é reduzido. Pode
após tratamento. ser construída para uso interno ou ao tempo.
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Capítulo 2: Subestações Unitárias - 9
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Figura 5 – Seções de uma subestação unitária.

Figura 4 – Exemplos de subestações unitárias


modulares metálicas.

Tais subestações são constituídas de duas


partes básicas, ou seja:
Figura 6 – Subestação ao tempo.
a) seção de entrada; e,
b) seção de transformação.
4.0 – SUBESTAÇÕES UNITÁRIAS NA MRN
As seções possuem as mesmas funções
descritas para os postos das subestações em alvenaria. Na MRN, a seção de transformação é sempre
Também é comum que haja uma terceira seção, a qual externa (com exceção da subestação móvel das
se constituir em um painel de distribuição ou em umamáquinas de pátios ERC-24801, por exemplo) e
seção centralizada para controle de motores, ou, entrada subterrânea para os QDF’s, como ilustram as
mesmo, em ambas as coisas. figuras 7 e 8.
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Capítulo 2: Subestações Unitárias - 10
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
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Figura 7 – Posto de transformação na MRN. Figura 8 – Posto de transformação na MRN.

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Capítulo 2: Subestações Unitárias - 11
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

CAPÍTULO 3: QUADROS ELÉTRICOS

RESUMO em áreas de possível explosão, poeirentas ou


contaminadas por agentes corrosivos.
Este capítulo se dedica aos quadros elétricos,
sua classificação e constituição.

1.0 - INTRODUÇÃO

Os quadros elétricos constituem-se nos pontos


nodais de uma rede, sendo empregados para unir ou
separar e proteger as suas diferentes partes, permitindo
a distribuição de energia elétrica para os diversos locais
de consumo da instalação.
A função básica dessas execuções é de abrigar
toda aparelhagem elétrica de comando, controle,
medição e sinalização, de forma que sejam montados
mecanicamente em suportes apropriados, de modo a
proteger as partes sob tensão expostas contra contatos
acidentais, seja por pessoas, animais ou objetos.
Essa proteção também deverá se dar em caso
de avaria ou operação inadequada de uma chave que
possa causar perigo na parte exterior.

2.0 – CARACTERÍSTICAS CONSTRUTIVAS

Os quadros ou painéis são manufaturados em


chapa de aço dobrada e, em várias capacidades, Figura 1 – Quadro com instrumentos, lâmpadas de
apresentam o princípio dos componentes modulares, sinalização, botões de comando e acionamentos de
propiciando futuras ampliações. Assim, os módulos são chaves na porta.
dotados de flanges, permitindo interligações entre eles.
Normalmente, os quadros são construídos para
instalação abrigada, porém, podem ser feitos para 3.0 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À FUNÇÃO
instalação ao tempo, sob condições especiais, e o
dimensionamento dos aparelhos, sob o ponto de vista A Associação Brasileira da Indústria Elétrica
físico, define o número de caixas que constituirão o e Eletrônica – ABINEE, através do Grupo Setorial de
quadro. "Painéis Elétricos de Baixa, Média e Alta Tensão e
Os instrumentos, as lâmpadas de sinalização, Componentes", realizou um estudo sobre classificação
os botões de comando, os acionamentos das chaves, de quadros elétricos quanto à função, a qual é mostrada
são normalmente instalados no lado externo, ou seja, a seguir:
na porta.
Os instrumentos de medição também podem 3.1 - Quadros de Baixa Tensão (até 1.000 V)
ser instalados no interior, porém visíveis através de
visor colocado na porta. 3.1.1 - Quadro de comando
As características construtivas dessas
execuções variam de acordo com o trabalho e as Quadro de comando é todo quadro destinado a
instalações a que se destinam, isto é, para instalações comandar eletricamente qualquer processo e/ou
ao ar livre ou abrigadas, para lugares úmidos ou secos, equipamento elétrico por ação manual do operador.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 3: Quadro Elétricos - 12
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Ele, normalmente, apresenta os seguintes c) Sensores térmicos;


equipamentos: d) Controladores de nível;
e) Eletrodos sensores de nível;
a) Barramento;
f) Sensores fotoelétricos;
b) Fiação;
g) Controladores de pH;
c) Disjuntores ou chaves seccionadora;
h) Válvulas solenóides;
d) Fusíveis e bases;
i) Registradores;
e) Contatores;
j) Controles de pressão;
f) Relés de tempo;
k) Controles de vazão;
g) Relés auxiliares;
l) Isoladores; e,
h) Botoeira;
m) Todos os demais equipamentos
i) Lâmpadas;
eletropneumático destinados à função de
j) Voltímetros;
quadro.
k) Amperímetros;
l) Seletores de amperímetros e voltímetros;
m) Transformadores de corrente;
n) Transformadores de potencial;
o) Medidores específicos de processo:
termostato, cosfímetro, freqüencímetro,
varímetro, wattímetro, pressostato, etc.;
p) Isoladores.

Figura 3 – Quadro de controle.

3.1.3 - Quadro de sinalização

Um quadro de sinalização é destinado a


advertir através de sinais acústicos e/ou ópticos, em um
ou mais estágios, de qualquer alteração do sistema
supervisionado. Normalmente apresenta os seguintes
componentes:

a) Circuito perceptor de defeitos em CC ou


CA: eletromecânico ou eletrônico, em
relés, diodos, relés pisca-pisca ou
Figura 2 – Quadro de comando. circuito integrado, com indicação de
falha com visores luminosos e/ou
3.1.2 - Quadro de controle acústico;
b) Chaves seletoras;
Quadro de controle destina-se a controlar, c) Transformadores;
automática e eletricamente, qualquer processo ou d) Retificadores;
equipamento elétrico. Compõe-se pelos mesmos e) Botoeiras;
equipamentos dos quadros de comando e mais: f) Relés;
g) Fiação;
a) Chaves seletoras "automático" - h) Receptores de sinal;
"manual"; i) Instrumentos eletrônicos fotossensíveis
b) Pirômetros indicadores e controladores; para indicação.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 3: Quadro Elétricos - 13
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

3.1.4 - Quadro de indicação 3.1.5 - Quadro de medição

Quadro de indicação destina-se a indicar Os quadros de medição podem ser do tipo


opticamente o estado da operação dos equipamentos indicador e não indicador.
em qualquer momento, sendo, em geral, composto O quadro de medição indicador é composto
por: de medidores, indicadores e equipamentos como:

a) Quadros ópticos; a) Fusíveis e suas bases;


b) Lâmpadas; b) Fiação;
c) Relés; c) Voltímetros;
d) Transformadores de potencial; d) Amperímetros;
e) Botoeiras; e) Wattímetros;
f) Fiação; f) Varímetros;
g) Voltímetros; g) Cosfímetros;
h) Amperímetros; h) Freqüencímetros;
i) Transformadores de corrente; i) Integradores de energia;
j) Seletores de voltímetro e amperímetro; j) Transformadores de corrente;
k) Indicadores de pressão; k) Transformadores de potencial;
l) Indicadores de temperatura de vários l) Barramento;
pontos; m) Indicadores de: temperatura, pressão,
m) Registradores de corrente, tensão, etc.; posição, carga, vazão, nível, umidade,
n) Registradores programados; etc.;
o) Indicadores luminosos especificando a n) Comutadores de voltímetros e
função; amperímetros;
p) Barramento; o) Isoladores.
q) Conta-giros eletrônicos;
r) Indicadores de posição; Um quadro de medição não indicador, por
s) Freqüencímetros; outro lado, é composto dos mesmos equipamentos e
t) Isoladores. aparelhos, porém com registradores de funções
específicas no lugar de indicadores.

Figura 5 – Exemplo de quadro de medição.

3.1.6 - Quadro de distribuição

O quadro de distribuição, como visto, destina-


se a distribuir energia elétrica e, geralmente, é
constituído de:
a) Barramento;
b) Disjuntores e/ou chaves seccionadora;
c) Bases de fusíveis;
d) Fiação;
e) Isoladores;
Figura 4 – Exemplo de quadro de indicação. f) Contatores.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 3: Quadro Elétricos - 14
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

3.2 - Quadros de Média Tensão (até 34,5 kV)

3.2.1 - Quadros de entrada

Os quadros de entrada, normalmente,


apresentam os seguintes componentes:
a) Muflas;
b) Barramento;
c) Seccionadores;
d) TC’s e TP’s;
e) Contador de energia;
f) Chaves de aferição;
g) Disjuntores;
h) Transdutores;
i) Voltímetros;
j) Botoeiras;
k) Fiação;
l) Bases de fusíveis;
m) Lâmpadas;
n) Amperímetros;
o) Seletores de tensão e corrente;
Figura 6 – Quadro de distribuição em baixa tensão. p) Isoladores.

3.1.7 – Quadro de proteção

Um quadro de proteção é composto apenas de


relés de proteção, eletromagnético ou estático, como,
por exemplo:
a) relés de sobrecorrente (funções 50 e 51),
direcional (função 32), de distância
(função 21), entre outros;
b) Pressostato;
c) Instrumento eletroeletrônico ou
pneumático para alarme e controle de
segurança;
d) Sistema de telemetria.

Figura 8 – Quadro de entrada.

3.2.2 - Quadro de distribuição

Geralmente, os quadros de distribuição em


média tensão incluem, além da distribuição
propriamente dita, a medição e sinalização,
empregando, por exemplo, os seguintes equipamentos:
a) Barramento e isoladores;
b) Disjuntores e seccionadores;
c) Muflas;
d) TC’s e TP’s;
e) Voltímetros e comutador;
f) Amperímetro e comutador;
g) Botoeiras e lâmpadas (sinalizações);
h) Medidores de kW, kVA, kWh, etc.;
i) Fiação;
Figura 7 – Quadro de proteção. j) Isoladores.
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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 15
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

O primeiro algarismo indica o grau de


proteção contra contatos acidentais nas partes ativas e a
penetração de corpos (sólidos) estranhos e, o segundo,
indica o grau de proteção contra a entrada de líquidos,
conforme mostrado nas tabelas 1 e 2, respectivamente.

Corpos que Não Devem


Dígito Descrição Sumária
Penetrar
0 Não protegido Sem proteção especial
Protegido contra Grande superfície do corpo
objetos sólidos de humano como a mão.
1
dimensão maior do Nenhuma proteção contra
que 50 mm. penetração lateral.
Protegido contra Dedos ou objetos de
objetos sólidos de comprimento maior do que 80
2
dimensão maior do mm cuja menor dimensão seja
que 12 mm. > 12 mm.
Figura 9 – Quadro de distribuição em média tensão.
Protegido contra Ferramentas, fios, etc. cuja
3.3 - Quadros de Alta Tensão (acima de 34,5 kV) objetos sólidos de menor dimensão > 2,5 mm e
3
dimensão maior do diâmetro e/ou espessura
Para classes de tensão acima de 34,5 kV, não é que 2,5 mm. maiores do que 2,5 mm.
comum construir quadros, a não ser para proteção e Protegido contra Fios, fitas de largura maior do
objetos sólidos de que 1,0 mm, objetos cuja
comando, e painéis de controle ou mesas de controle 4
dimensão maior do menor dimensão seja maior do
no próprio local da subestação. Pelas normas ANSI, que 1,0 mm. que 1,0 mm.
esses quadros são denominados station type Protegido contra Totalmente vedado contra
switchgear. 5
poeira e contato a poeira, mas se penetrar, não
Normalmente, os quadros e mesas de controle partes internas do prejudica a operação do
invólucro. equipamento.
recebem alimentação de fontes auxiliares em baixa
Totalmente protegido
tensão e são equipados basicamente com os mesmos contra poeira e
Não é esperada nenhuma
aparelhos listados para os quadros de baixa tensão. 6 penetração de poeira no
contato a parte
interior do invólucro.
interna.
4.0 – CLASSIFICAÇÃO QUANTO À INSTALAÇÃO
Tabela 1 – Grau de Proteção - Primeiro Dígito.
Os quadros podem ter instalação:
a) Abrigada (interna); Dígito Descrição Sumária Proteção Dada
b) Ao tempo (externa); 0 Não protegido
Nenhuma proteção especial .
c) À prova de poeira; Invólucro aberto.
d) À prova de respingos; Gotas de água caindo da vertical
Protegido contra
1 não prejudicam o equipamento
e) À prova de gota d'água; queda vertical.
(condensação).
f) À prova de fases corrosivas; Protegido contra Gotas de água não tem efeito
g) Aprova de explosão; 2 queda de água com prejudicial para inclinações de
h) À prova de óleo; inclinação de 15o. até 15o com a vertical.
i) A prova de maresia; Água aspergida de 60o com a
Protegido contra água
j) A prova de jato d'água; 3 vertical não tem efeitos
aspergida.
prejudiciais.
k) A prova de imersão.
Água projetada de qualquer
Protegido contra
Observa-se que, para o local de instalação, 4 direção não tem efeito
projeções de água.
prejudicial.
admite-se como temperatura ambiente normal 35 0C
Água projetada por bico em
(valor médio durante 24 horas) e temperatura máxima 5
Protegido contra jatos
qualquer direção não tem efeitos
no barramento de 65 0C. Acima desses valores, os de água.
prejudiciais.
quadros devem possuir um sistema com ventilação Água em forma de onda, ou
Protegido contra
forçada. 6
ondas do mar.
jatos potentes não tem efeitos
prejudiciais.
Protegido contra os Sob certas condições de tempo e
7
efeitos de imersão. pressão.
5.0 - GRAUS DE PROTEÇÃO
Protegido contra Adequado à submersão contínua
8
Os invólucros dos quadros são designados por submersão. sob condições especificas.
uma código que é composto de uma sigla IP, seguida
de dois dígitos, como, por exemplo, IP55. Tabela 2 – Grau de Proteção - Segundo Dígito.
________________________________________________________________________________________________
Capítulo 3: Quadro Elétricos - 16
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

6.0 - QUADROS BLINDADOS g) Relés de proteção, diretos (primários) e


indiretos (secundários);
Os quadros blindados são utilizados em h) Fiação;
indústrias e onde existem substâncias corrosivas, em i) Bloqueios.
ambientes com vapores ácidos ou úmidos, pó
inflamável, etc. onde os mecanismos e as ligações Observa-se que, nesse quadro, toda a
estariam sujeitos a avarias e estragos causados pelo aparelhagem fica blindada.
ambiente externo. Também em lugares sujeitos a
intempéries aconselha-se o uso desses quadros
blindados.
Por conseguinte, o campo dessas instalações
estende-se a fábricas de produtos químicos
(principalmente, petroquímico) e de cimento, indústrias
têxteis instalações agrícolas e outras do gênero.
Os quadros blindados são compostos de caixas
blindadas, construídas de ferro fundido e impermeáveis
à umidade. Essas caixas formam unidades
independentes: umas contém as barras coletoras, outras
contém os interruptores, outras, os fusíveis, etc., e
podem ser combinadas para formar quadros de
manobra e de distribuição aplicáveis aos serviços e
instalações mais diversos. Podem-se ampliar também
as instalações, simplesmente ligando-se ao quadro já
formado as novas caixas ou unidades necessárias.
Deve-se levar em conta que tanto as caixas como as
entradas e saídas dos cabos condutores deverão ser
herméticos.

Figura 11 – Metal clad.

7.0 – CCM

Um CCM (ou Centro de Controle de


Motores), como se sabe, é uma combinação de
dispositivos e equipamentos de manobra, controle,
medição, proteção e sinalização de baixa tensão,
completamente montados com todas as interligações
elétricas, mecânicas e partes estruturais.
Em outras palavras, é um painel, ou conjunto,
composto de vários compartimentos ou gavetas, onde
se alojam unidades funcionais (grupo de aparelhos
Figura 10 – Quadro de baixa tensão blindado (à prova elétricos necessários para a realização de uma mesma
de explosões). função elétrica, como, por exemplo, chave de entrada,
chave de distribuição, unidade de comando de motor).
Para média tensão tem-se o metal-clad, cuja Além disto, pode possuir compartimentos destinados à
característica básica é o de possuir disjuntores utilização de disjuntores extraíveis.
extraíveis que, uma vez extraídos, impedem acesso ao As gavetas podem ser fixas ou removíveis. As
barramento de MT. Os demais componentes , em geral, fixas contêm uma unidade funcional montada e
são: interligada sobre um suporte ou chapa de montagem
a) Barramento; aparafusada na estrutura, conectada ao barramento vertical
b) Disjuntores; por cabo, barra ou contatos extraíveis. As extraíveis, por
c) TP’s e TC’s; outro lado, deslizam sobre uma bandeja horizontal fixa
d) Voltímetros e seletores; na estrutura, centrada através de uma guia, permitindo,
e) Amperímetros e seletores; dessa forma, ser sacada rápida e seguramente sob
f) Isoladores; tensão, porém nunca sob carga.
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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 17
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

O equipamento básico de uma gaveta, seja


fixa ou removível, que contém uma unidade de
comando de motor é disposto em duas configurações
básicas, a saber:
a) Disjuntor, contator, relé bimetálico; ou,
b) Seccionador sob carga, fusíveis NH,
contator, relé bimetálico.
Observa-se que nos CCM’s é possível a
entrada de cabos pela sua parte superior ou inferior,
indistintamente.
Os CCM’s são recomendados para instalações
industriais onde:
a) um grande número de motores deva ser
comandado;
b) máxima continuidade de serviço deva ser
assegurada; Figura 14 – Coluna de CCM com gavetas fixas.
c) for exigida perfeita segurança para os
operadores;
d) for necessária instalação em locais
acessíveis a pessoal não especializado.

Figura 15 – CCM com gavetas fixas.

Figura 12 – CCM.

Figura 13 – Compartimento para gaveta fixa. Figura 16 - Compartimento para gaveta extraível.
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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 18
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Figura 20 – Vista traseira de uma gaveta extraível.

Existem fabricantes que constroem o CCM de


tal forma, que ele pode ser implementado para receber
equipamentos com comunicação em rede dentro das
gavetas, possibilitando que todo o comando e
sinalização das partidas seja conectada ao sistema de
controle através de redes de comunicação industrial.
Este tipo de montagem está sendo chamado de CCM
inteligente.

Figura 17 – Coluna de CCM para gavetas extraíveis.

Figura 21 - CCM com relé inteligente de proteção de


motores – Simocode (Siemens).

As redes de comunicação são conectadas


através das tomadas de comando, possibilitando que as
gavetas sejam operadas remotamente quando as
mesmas estiverem nas posições de “TESTE” e
Figura 18 - Gaveta extraível na posição extraída “INSERIDA”. Utilizada em conjunto com a fiação de
comando, facilmente pode-se implementar estratégias
de acionamento do tipo LOCAL / REMOTO.

Figura 22 - Detalhe da conexão de uma rede de


comunicação Profibus DP na tomada de comando
Figura 19 – Extração de gaveta. (Siemens).
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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 19
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

8.0 – OS QUADROS NA MRN

Nas instalações da MRN, como explanado


anteriormente, existem vários tipos de quadros
alimentados a partir dos QDF’s.
Nesse sentido, em relação à classificação
apresentada nesse capítulo, tem-se que os painéis de
PLC’s podem ser definidos como quadros de controle.

Figura 24 – Painel de inversor


Figura 23 – Painel de PLC.
Os quadros de indicação praticamente não
Os quadros de inversores, por outro lado, do existem na MRN, pois sendo largamente substituídos
modo como são dispostos na MRN podem ser incluídos por relés microprocessados, IHM’s (interface homem
na categoria de quadros de controle, conforme a máquina) e\ou sistemas interligados com PLC e
definição apresentada no item 3.1.2. supervisório.

Figura 25 – Relés microprocessados.


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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 20
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Figura 26 – Interface homem máquina.

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Capítulo 3: Quadro Elétricos - 21
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

CAPÍTULO 4: CABOS DE MÉDIA TENSÃO E


BUSWAY

RESUMO

Esse capítulo analisa os cabos de média tensão


e os barramentos blindados, também conhecidos por
busway.

1.0 - INTRODUÇÃO

Os condutores são os responsáveis pela


condução de energia nas instalações elétricas e,
portanto, fundamentais.
Em geral, são fabricados de cobre ou
alumínio, existindo vários tipos para utilização em Figura 1 – Configuração básica de um cabo de média
baixa, média e alta tensão. Observa-se, entretanto, que tensão.
a maioria absoluta das instalações industriais emprega
o cobre como elemento condutor, seja na forma de fios O cobre eletrolítico é recozido (têmpera mole)
e cabos ou barramentos. e tem condutibilidade mínima de 100% IACS
Tais elementos, aplicados à baixa tensão, (International Annealed Cooper Standard). Os fios de
foram abordados no Capítulo 6 do texto da disciplina cobre componentes da corda são nus.
EI 105 – Equipamentos Elétricos I.
No entanto, considerando-se que a Blindagem do condutor
distribuição primária ocorre em média tensão analisa- Sobre o condutor é extrudada uma camada de
se a seguir os cabos correspondentes, bem como os material semicondutor, com as seguintes finalidades:
barramentos blindados, complementando o assunto do
a) uniformizar a distribuição do campo
citado texto.
elétrico - A camada semicondutora,
devido à sua condutibilidade, pode ser
2.0 – CABOS DE MÉDIA TENSÃO considerada como parte integrante do
condutor, convertendo, do ponto de vista
Os cabos mais comumente utilizados na elétrico, sua superfície irregular em uma
distribuição primária das instalações elétricas superfície praticamente cilíndrica e lisa.
industriais, a qual normalmente ocorre em média Com isto, minimizam-se
tensão, são os de cobre com isolação à base de PVC, de substancialmente as concentrações de
polietileno reticulado (XLPE) ou, ainda, os de campo elétrico na isolação;
borracha etileno-propileno (EPR). b) eliminar a ocorrência de descargas
Tais cabos apresentam como configuração parciais - A superfície da camada
básica o condutor, blindagem do condutor, isolação, semicondutora fica em íntimo contato
blindagem da isolação e cobertura, como se analisa a com a da isolação, promovido pela
seguir. extrusão simultânea, eliminando a
existência de espaços vazios
Condutor responsáveis pelos efeitos nocivos de
O condutor é normalmente constituído por descargas parciais.
uma corda do tipo redonda compactada. Este tipo de
corda apresenta algumas vantagens que se traduzem na Isolação
redução do seu diâmetro externo e em uma superfície A isolação é aplicada por extrusão, sobre a
externa mais uniforme. camada semicondutora, por um processo contínuo e
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Capítulo 4: Cabos de Média Tensão e Busway - 22
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

simultâneo, de tal modo que a interface mecânicas acidentais que podem danificar os seus
semicondutora/isolação seja isenta de espaços vazios. componentes.
Os materiais usados na isolação são os Nesses casos, é conveniente a utilização de
responsáveis pelas diferenças básicas que distinguem cabos providos de uma proteção adicional, metálica ou
os cabos extrudados existentes, principalmente quanto não, que absorvendo os esforços de tração, compressão
às características fundamentais, tais como: ou impacto, garantam a integridade física dos
componentes e portanto maior vida útil.
a) Rigidez dielétrica;
A proteção metálica é chamada de armação
b) Dispersão da rigidez;
ou armadura e, os cabos, de cabos armados.
c) Perdas dielétricas;
d) Classe térmica; 3.1 - Proteção Contra Esforços Longitudinais
e) Resistência às descargas parciais.
Blindagem da isolação Para proteção contra esforços longitudinais
A blindagem da isolação é constituída de uma emprega-se uma armação constituída por uma ou mais
parte semicondutora e uma parte metálica. coroas de fios de aço galvanizado ou fitas aplicadas em
A parte semicondutora, aplicada sobre a hélice com passo longo. Este tipo de armação é,
isolação, permite uma distribuição uniforme e radial do normalmente, aplicada sobre uma capa não metálica e
esforço elétrico na isolação, evita a presença de sob uma cobertura para proteção contra corrosão.
espaços vazios ionizáveis entre a isolação e a
blindagem metálica e confina o campo elétrico à
isolação.
A parte metálica, por sua vez, é formada por
fios de cobre possui como função dar ao cabo as
seguintes características:
a) Proteção: desde que convenientemente
aterrada, permite maior segurança,
eliminando perigos de choques elétricos
em caso de contato direto ou com a
cobertura do cabo;
b) Condução da corrente capacitiva;
c) Condução da corrente de curto-circuito
fase-terra: cria um caminho de baixa
impedância para retorno da corrente, em
condição de curto-circuito, devido ao Figura 2 – Cabo armado.
baixo valor de resistência ôhmica.
3.2 - Proteção Contra Esforços Transversais e
Cobertura Radiais
A cobertura é aplicada sobre a blindagem da
isolação e tem como finalidade a proteção mecânica do Para a proteção contra esforços radiais e
núcleo do cabo. transversais emprega-se uma armação constituída por
Vários materiais são empregados nessa uma fita conformada de aço ou alumínio aplicada
cobertura, tais como: chumbo, juta e asfalto. helicoidalmente com passo curto e com sobreposição
Entretanto, em função de aspectos ecológicos, de maneira que em duas voltas sucessivas haja
atualmente o PVC é o mais empregado, evitando-se a intertravamento sem entretanto estarem rigidamente
utilização de chumbo. vinculadas
A identificação do tipo de cabo, seu número
de condutores e seção, tensão de isolamento, etc. é feita
por meio de gravação na cobertura.

3.0 – CABOS ARMADOS

Os cabos protegidos com uma cobertura de


PVC são adequados para instalações usuais como
bandejas, canaletas, dutos subterrâneos ou ao ar livre,
etc. Contudo, existem instalações sujeitas a solicitações Figura 3 – Cabo armado.
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Capítulo 4: Cabos de Média Tensão e Busway - 23
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

4.0 – CONSIDERAÇÕES SOBRE CABOS DE As barras podem ser de cobre ou alumínio,


MÉDIA TENSÃO ocos ou maciços, de seção retangular, oval ou de outra
forma. Também os isoladores usados nos dutos de
A norma brasileira NBR 6251 identifica as barras variam em composição, contornos e disposição,
tensões de isolamento através de dois valores. O assim como os invólucros, o que requer uma grande
primeiro valor identifica a tensão eficaz entre condutor variação de acessórios (suportes, grampos, etc.).
e terra ou blindagem, enquanto o segundo permite
determinar a tensão eficaz entre fases dos condutores De qualquer modo, o sistema busway é um
(por exemplo: 8,7/15 kV). método de distribuição versátil, flexível e econômico,
Os cabos trifásicos de média tensão, são mais oferecendo segurança, confiabilidade, facilidade de
difíceis de se encontrar no mercado e, dessa forma, instalação e eficiência de funcionamento. Ele é capaz
preferencialmente, devem-se empregar os cabos de conduzir pequenos e grandes blocos de energia,
singelos. Observa-se que, nessa situação é conveniente desde quadros de distribuição principais até centro de
que exista sempre um cabo reserva, pois caso ocorra carga e até as cargas.
um eventual defeito em um dos cabos, o reserva o
substituirá até que o reparo seja efetuado.

Figura 4 – Exemplo de cabo trifásico.

Na falta do cabo de determinada classe de


tensão, deve-se usar um cabo de classe superior, nunca
o inverso.
Os cabos isolados em EPR ou XLPE possuem
características semelhantes. Eles podem substituir-se,
dependendo do local de instalação.

5.0 – BARRAMENTOS BLINDADOS (BUSWAY)

Como alternativa à utilização de cabos e


condutos (ou seja, eletrodutos, bandejas, eletrocalhas e
canaletas), pode-se empregar um sistema de dutos de
barras ou barramentos blindados (busway), o qual
consiste de um conjunto de barras espaçadas e
suportadas por material isolante e contidas em um
invólucro adequado.

Figura 6 – Distribuição com o busway.

Em algumas instalações industriais os "lay-


outs" industriais são bastante dinâmicos, necessitando-
se, muitas vezes, alterá-los em função de expansões,
por exemplo. Nessas situações, pode-se empregar o
busway do tipo plug-in, o qual permite adicionar ou
Figura 5 – Busway. relocar as cargas facilmente.
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Capítulo 4: Cabos de Média Tensão e Busway - 24
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

(ou cofres condutores) ou mesmo de toda


a linha já que os módulos são
parafusados entre si. Não há perdas de
material. Cada módulo pode ser
indefinidamente reutilizado;

d) A ligação de novas cargas, além de


simples e rápida, não exige desligamento
da linha, evitando cortes de energia;

Figura 7 – Busway do tipo plug-in.

Em resumo, considerando-se as instalações


convencionais, o sistema busway apresenta várias
vantagens a seguir relacionadas:
a) A montagem da instalação é simples e
rápida, pois se usam elementos
modulares. Além disso, não requer mão
de obra especializada;

Figura 10 – Ligação de novas cargas, sem


desligamentos.

e) Os elementos de início de linha, de


redução de capacidade e de derivação
são dotados de proteção com fusíveis
garantindo a adequada proteção de rede;
Figura 8 – Instalação de tomada.
f) São disponíveis quaisquer acessórios que
b) A ligação das cargas é extremamente seja necessário para uma correta
facilitada. instalação, tais como curvas, T’s,
cruzetas, juntas de dilatação, cofres
condutores, elementos de redução,
elementos de transposição de fases,
desvios, entre outros.

Figura 9 – Ligação ao quadro de uma carga.


c) Da mesma forma, as alterações de "lay-
out" ficam simplificadas. Basta trocar o
lugar das respectivas unidades plug-in Figura 11 – Linha empregando acessórios.
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Capítulo 4: Cabos de Média Tensão e Busway - 25
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

g) Mesmo uma instalação provisória pode projeto original, é possível e fácil, o


ser feita dentro dos padrões de segurança acompanhamento dos circuitos e a
do sistema; inspeção do estado geral da rede.

h) Anos após a instalação inicial, quando No entanto, considerando os custos de


normalmente já se efetuaram várias material e mão-de-obra, esse sistema apenas torna-se
alterações, quase nunca anotadas no econômico para cargas elevadas.

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Capítulo 4: Cabos de Média Tensão e Busway - 26
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

CAPÍTULO 5: PROTEÇÃO DE SISTEMAS EM


BAIXA TENSÃO

RESUMO condição anormal pode se apresentar, sendo este


intimamente ligado ao de atuação dos dispositivos de
A proteção adequada dos sistemas elétricos proteção (relés térmicos, disjuntores e fusíveis).
pode ser encarada como uma atividade de manutenção Em outras palavras, a atuação dos dispositivos
preventiva, pois tende a evitar que eventuais problemas de proteção, perante uma dada corrente anormal, tem
se avolumem ou danifiquem os seus equipamentos. que ser menor do que o tempo máximo obtido da curva
Neste sentido, este capítulo analisa os a aplicação dos tempo x corrente, estabelecido em norma para a sua
dispositivos destinados a esse fim. segurança.
2.1 – Curto-circuito
1.0 - INTRODUÇÃO
Uma falta elétrica é o contato ou arco
Os condutores e equipamentos, de uma acidental entre partes vivas sob potenciais diferentes,
maneira geral, componentes de um sistema industrial entre parte viva e a terra ou entre parte viva e massa
de baixa tensão, são freqüentemente solicitados por (falta para a terra ou falta para massa), num circuito ou
correntes e tensões com valores superiores aos equipamento elétrico energizado. As faltas são
previstos para operação em regime para os quais foram causadas, via de regra; por falhas de isolamento entre
projetados. as partes, podendo a impedância entre elas ser
Tais solicitações surgem, em geral, na forma considerável ou desprezível (falta direta).
de sobrecarga, de corrente de curto-circuito, de Um curto-circuito é uma ligação intencional
sobretensões ou de subtensões, as quais, naturalmente, ou acidental entre dois ou mais pontos de um circuito
devem ser limitadas tanto em seu tempo de duração através de uma impedância desprezível. Logo, um
quanto em amplitude. curto-circuito acidental é uma falta direta.
Dessa forma, é fundamental que haja o A corrente de curto-circuito, por outro lado, é
desligamento do circuito quando essas condições a sobrecorrente que resulta de uma falta direta entre
adversas ocorrerem. condutores vivos sob potenciais diferentes em
Observa-se que nas instalações elétricas funcionamento normal. O seu valor é função da
industriais, em termos práticos, os principais impedância (e como tal da resistência e da reatância),
dispositivos utilizados são os fusíveis, dos tipos diazed sendo considerado, na prática, que ele se situa entre 10
e NH, os disjuntores e os relés térmicos, cujas a 15 vezes a corrente nominal, dependendo do tipo de
estruturas e funcionamento foram descritos no texto carga.
relativo à disciplina EI 105 – Equipamentos Elétricos I. Naturalmente, esses níveis de corrente
produzem aquecimento excessivo, podendo resultar em
danos em todo o sistema. Além disto, nos primeiros
2.0 – SOBRECORRENTES instantes do curto, surgem forças de origem
Na operação dos equipamentos elétricos, eletromagnética que atuam sobre os componentes e
podem surgir situações operacionais adversas, podem resultar em grandes solicitações dinâmicas.
principalmente a ocorrência de sobrecorrentes, ou seja, Pelo exposto, se verifica que é importante
correntes que excedem as nominais. Nas instalações, interromper um curto circuito no menor tempo
elas podem ser de dois tipos, ou seja, correntes de possível.
sobrecarga e de curto-circuito. 2.2 - Sobrecarga
Tais condições, apesar de inevitáveis, não
podem permanecer por longo tempo, pois o A corrente de sobrecarga, por sua vez, é uma
equipamento submetido a elas estará sujeito a danos. sobrecorrente em um circuito sem que haja falta
Por essa razão, as normas relativas ao produto elétrica, causando sobreaquecimento por efeito Joule
considerado, indicam o tempo máximo que uma nos equipamentos submetidos a ela.
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 27
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Observa-se, por outro lado, que muitos fatores Os relés térmicos apresentam uma
afetam a vida útil do isolamento dos equipamentos, tais característica de tempo inverso, ou seja, quanto maior a
como umidade, esforços dielétricos excessivos e danos corrente de sobrecarga menor será o tempo de atuação,
mecânicos, entre outros. Entretanto, a maior causa de como ilustra a figura 1.
envelhecimento é o sobreaquecimento.
A vida útil é compreendida como o tempo
necessário para que os elementos constituintes da
isolação falhem, ou seja, que a sua força de tração
reduza-se a determinados percentuais da original.
Assim, há o envelhecimento gradual do
isolante, pois ele vai se ressecando, conforme seja
submetido à determinados níveis de temperatura,
perdendo a sua rigidez dielétrica, até que não suporte
mais a tensão aplicada e produza o curto-circuito.
Pelo exposto, os materiais utilizados somente
suportam até um determinado valor e por tempo
limitado. Por exemplo, para condutores de 6 kV e
isolados em PVC, tem-se, de acordo com a norma
NBR 7288:
a) Temperatura admissível no isolante
permanentemente: 70 ºC;
b) Temperatura admissível perante
sobrecarga: 100 ºC;
c) Tempo admissível de sobrecarga: 100
horas/ano.
Figura 1 – Característica de tempo inversa, t = f (IAJ),
Se tais valores são ultrapassados, a capa para o relé bimetálico.
isolante de PVC vai se deteriorar, o que significa,
perder suas características iniciais. Observa-se que essa característica é
Portanto, é importante interromper uma particularmente interessante para os motores de
sobrecarga antes que os limites de deterioração sejam indução trifásicos, pois na partida a sua corrente atinge
atingidos, garantindo uma vida útil apropriada aos 5 a 8 vezes a nominal, porém decai com a aceleração.
componentes do circuito, seja um motor ou um cabo ou Assim, ocorre apenas uma sobrecarga momentânea, na
qualquer outro. qual a proteção não deve atuar.
Nas instalações com motores, as sobrecargas Em termos gráficos, isso significa que o ponto
são originadas por uma das seguintes causas: correspondente ao valor da corrente de partida e
respectivo tempo deve se localizar sempre entre a
a) Rotor bloqueado; curva de atuação do relé e os eixos.
b) Elevada freqüência de manobra; Para flexibilizar essa condição, o relé térmico
c) Partida difícil (prolongada); apresenta possibilidade de ajuste em uma certa faixa, o
d) Sobrecarga em regime de operação; que resulta em aspectos positivos e negativos.
e) Falta de fase; Como aspecto positivo, os relés bimetálicos
f) Desvio de tensão e de freqüência. com regulagem permitem o ajuste empírico no campo,
do ponto de operação ideal, quando se tem em vista a
3.0 – PROTEÇÃO CONTRA SOBRECARGAS dificuldade existente para se determinar este ponto
através de cálculos teóricos.
Em instalações de baixa tensão a proteção O aspecto negativo diz respeito à segurança,
contra sobrecargas é efetuada pelo relé de pois é freqüente observar-se que um relé devidamente
sobrecarga, os quais podem ser bimetálicos, regulado, após alguns meses de operação, desliga o
eletrônicos ou com liga eutética. Em média tensão, é equipamento sem que tenha ocorrido nenhuma
comum utilizar-se do relé multifunção, o qual possui a sobrecarga. Estas paradas intempestivas induzem o
função 49 (relé térmico) para estas situações. operador a alterar aleatoriamente a regulagem do relé
Todos esses dispositivos foram descritos no sem, no entanto, investigar a verdadeira causa das
texto relativo à disciplina EI 105 – Equipamentos mesmas e providenciar as ações corretivas cabíveis.
Elétricos I e, entre eles, o mais empregado é o relé de De qualquer forma, existem basicamente duas
sobrecarga bimetálico, também conhecido por relé filosofias para a escolha da corrente de ajuste de um
térmico. relé térmico:
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 28
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Primeira maneira Exemplo


Para motores com fator de serviço igual ou
superior a 1,15 ou com elevação de Seja um motor com:
temperatura permissível igual ou inferior a 40 Ip = 6 IN,
0
C, a corrente a ser regulada no dispositivo de
ajuste, ou seja, a corrente de ajuste (IAJ), é: e,
I AJ = 1,25 I N t p = 8 s.
Considerando-se:
onde:
IN - Corrente nominal do motor. I AJ = I N
Para os demais motores: e, como:
I AJ = 1,15I N IP
=6
Observa-se que, se o relé for instalado em um IN
local cuja temperatura seja superior à do
motor, a corrente de ajuste deve ser decrescida Tem-se:
em 8% a cada 100 C de diferença entre ambos IP I
os ambientes. No caso inverso, a corrente = P =6
deve ser aumentada em 8% a cada 100 C de I AJ I N
diferença entre ambos os ambientes.
Supondo-se que a curva do relé é a da figura
Segunda maneira 1, ao se locar as coordenadas, tem-se o
Na segunda (e mais correta) maneira, ilustrado na figura 2.
emprega-se a curva característica do relé.
Neste caso, é necessário conhecer a corrente
de partida (Ip) e o tempo de partida (tp) do
motor.
Supondo-se o regime contínuo, adota-se:

I AJ = I N

Tem-se:

IP I
= P
I AJ I N
Verifica-se na curva do relé se o ponto (tp, IP)
encontra-se abaixo da curva. Se estiver, o relé
está ajustado.
Em caso contrário, adota-se outra corrente de
ajuste um pouco maior que a nominal como,
por exemplo:

I AJ = 1,05I N
Figura 2 – Exemplo de ajuste do relé térmico
e repete-se o processo descrito. (Exemplo).
Se a corrente de ajuste adotada ainda não fizer
com que o ponto (tp, IP) fique abaixo da curva, Na figura 2, verifica-se que o ponto de
utilizar um valor um pouco maior, como, por operação (em roxo) está acima da curva 2 e,
exemplo: portanto, no momento da partida, o relé
atuará, se as suas lâminas estiverem quentes.
I AJ = 1,10 I N Sendo assim, estima-se uma nova corrente de
ajuste como, por exemplo:
E assim, sucessivamente, até que o ponto (tp,
IP) fique abaixo da curva. I AJ = 1,2 I N
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 29
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Assim: motor é menor que a potência da carga, o que significa


que o motor irá operar durante o ciclo de carga com
IP I 6 sobrecarga. Nestas condições, a corrente de ajuste do
= P = =5 relé térmico deverá ser igual a corrente de operação do
I AJ 1,2 I N 1,2
motor, ou seja, maior que a nominal.
No caso de operação intermitente com
Locando-se as novas coordenadas na curva,
influência das condições de partida, a potência do
obtêm-se o mostrado na figura 3.
motor é maior que a da carga, ou em outras palavras, o
motor opera com corrente menor que a nominal. A
corrente de ajuste do relé térmico deverá ser igual a
corrente de operação do motor e, portanto menor que
nominal.
Na definição da faixa de ajuste deverá ser
prevista esta condição.

4.0 – PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO


COM FUSÍVEIS

Como se sabe, os fusíveis são dispositivos de


proteção que, pela fusão de uma parte especificamente
projetada e dimensionada, abrem os circuitos no quais
se acham inseridos e interrompem a corrente quando
ela excede um valor determinado (sempre superior à
nominal) em um certo tempo (necessariamente, menor
do que o tempo máximo pelo qual o componente
protegido suporta a corrente anormal).
Dessa forma, são equipamentos de larga
Figura 3 – Exemplo de ajuste do relé térmico aplicação e, na realidade, constituem-se na proteção
(Exemplo). mais tradicional dos circuitos e sistemas elétricos
contra curtos-circuitos, porém podendo também atuar
O ponto final está abaixo da curva e, portanto, sob condições de sobrecarga.
o relé não atuará na partida do motor. Eles são classificados conforme o tempo gasto
Observe-se que a corrente de ajuste podia ser para a fusão (ou tempo de atuação), ou seja, de ação
qualquer, desde que o ponto (tp, IP) fique rápida ou normal, ultra-rápida e retardada, cada qual
abaixo da curva. No entanto, ela deve ser a aplicável a um tipo específico de circuito elétrico.
menor possível que possibilite a ocorrência Nos fusíveis de ação rápida ou normal a fusão
dessa condição. do elo ocorre após alguns segundos, quando estes
recebem uma sobrecarga de curta ou longa duração.
No caso de partidas pesadas é provável que São próprios para protegerem circuitos com cargas
um ponto adequado não seja encontrado. Nestes casos, resistivas, tais como lâmpadas incandescentes e
é necessário utilizar-se de um relé térmico secundário, resistores em geral. Isto se deve, ao fato de que, em
ou seja, ligado através de um transformador de geral, este tipo de carga suporta sobrecargas de até
corrente. Quanto a este último existem dois tipos alguns segundos, sem que isto a danifique.
básicos, a saber: Nos fusíveis de ação ultra-rápida a fusão do
a) Transformadores de corrente que elo é, em termos práticos, imediata quando submetidos
operam linearmente até 6 vezes a a sobrecorrentes, mesmo que de curta duração. São
corrente nominal primária; utilizados, principalmente, na proteção de dispositivos
b) Transformadores de corrente saturados, semicondutores, tais como tiristores, diodos,
que para valores de corrente pouco transistores, etc. Nesses casos, o chamado I2.t
maiores que a nominal já não (solicitação térmica anormal de curta duração ou
apresentam relação de transformação integral de Joule) dos semicondutores é muito baixo,
linear. ou seja, a ocorrência de sobrecorrentes implica que
rapidamente ocorrerão danos nos dispositivos. Desta
Nos casos de operação intermitente sem forma, o tempo de atuação deve ser o menor possível
influência das condições de partida, a potência do para que o fusível proteja o semicondutor e não o
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 30
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

contrário. Os fusíveis do tipo silized se encaixam nessa trifásicos, por exemplo, a corrente atinge 5 a 8 vezes a
categoria. nominal, decaindo rapidamente. Naturalmente, nessas
Os fusíveis de ação retardada, por sua vez, condições, o fusível não deve atuar, pois, em caso
apresentam uma característica de tempo inverso, ou contrário, o motor não partirá. Os fusíveis NH e diazed
seja, quanto maior a corrente de defeito menor será o se encaixam nessa categoria.
tempo de atuação. Portanto, a fusão do elo não ocorre Pelo exposto, os fusíveis apresentam curvas
com sobrecargas de curta duração, mas na existência de características, as quais informam como eles irão
curto-circuito. São próprios para protegerem circuitos atuar, ou seja, qual o tempo que precisarão para
com cargas indutivas e\ou capacitivas, tais como interromper uma dada corrente anormal.
motores, transformadores, capacitores e indutores em A título de exemplo, a figura 4 apresenta
geral. Na partida direta de motores de indução curvas características de um fusível NH.

Figura 4 – Exemplo de curva tempo x corrente – Fusível de ação retardada (NH).


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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 31
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

5.0 – PROTEÇÃO CONTRA CURTO-CIRCUITO a) nas redes de alimentação: 3 a 6 vezes a


COM DISJUNTORES corrente nominal;
b) nos motores: 8 a 18 a corrente nominal.
Os disjuntores, na realidade, não protegem o
sistema, pois são dispositivos de manobra, destinados a
abrir o circuito, simplesmente. Sua atuação de proteção 6.0 – EMPREGO DE FUSÍVEIS OU DISJUNTORES
é feita por intermédio de relés, montados em ligação
direta com o mecanismo do disjuntor, e, assim sendo, Como visto, os disjuntores providos de relés
formando um dispositivo de comando e proteção. É eletromagnéticos possuem a mesma finalidade que os
importante lembrar que os disjuntores, ao serem fusíveis, ou seja, ambos se destinam a desligar o
fechados, ou seja, ao efetuarem o contato das peças sistema quando ocorre um curto-circuito. No entanto, é
móveis de contatos com as faixas, mantém armada uma possível estabelecer a área de atuação de cada um
mola, cuja posição é travada. Esta trava é desfeita pela desses dispositivos.
ação dos relés, quando então a mola abre Os disjuntores com seus relés são
instantaneamente o sistema de contatos. recomendados em todos os casos de proteção contra
Dessa forma, para a proteção contra as sobrecarga e subtensão, além de comando a distância,
correntes de curto-circuito, onde um desligamento permitindo rápida religação.
imediato se faz necessário, utilizam-se relés Os fusíveis, por outro lado, não protegem
eletromagnéticos acoplados aos disjuntores. adequadamente o sistema sob condições de sobrecarga
Normalmente, a característica de desligamento e, de forma alguma, contra subtensão. Entretanto, eles
desse tipo de relé é coordenada com a do relé de apresentam, normalmente, uma capacidade de ruptura
sobrecarga, como representado na figura 5. superior à maioria dos disjuntores, além de menor
custo.
Assim, a proteção contra o curto-circuito deve
ser feita de modo que valores relativamente baixos de
curto-circuito sejam desligados pelo relé e, os mais
elevados, pelo fusível.

7.0 – PROTEÇÃO DE MOTORES DE INDUÇÃO


TRIFÁSICOS

A umidade, ambientes agressivos, esforços


dielétricos excessivos, danos mecânicos e o
sobreaquecimento são alguns dos fatores que podem
levar à redução da vida útil de um motor elétrico.
Normalmente, este último fator é mais crítico, afetando
a vida do isolamento e, em conseqüência, do motor.
Em todos os casos que resultem em uma
operação anormal do motor, o tempo é um parâmetro
muito importante. A capacidade de armazenar calor de
um motor de indução é relativamente elevada e, sendo
assim, sobrecargas leves por pequenos intervalos de
tempo podem não causar maiores danos, já que o calor
extra é armazenado na massa dos condutores, núcleo e
membros estruturais. Por outro lado, em condições tais
como travamento de rotor, a taxa de elevação de
Figura 5 – Curvas características de disparo temperatura é alta e o tempo para a transmissão de
termomagnético - t = f (IAJ). calor para o meio ambiente é reduzido, o que pode ser
prejudicial ao isolamento.
Observe-se que os relés eletromagnéticos Como, em geral, a principal fonte de calor em
permitem ajustes em uma determinada faixa para um motor é proporcional ao quadrado da corrente
permitir melhor coordenação entre as curvas, bem absorvida, é comum utilizar dispositivos que avaliam a
como para ajustar o valor real de curto-circuito sua magnitude para prevenir sobretemperaturas.
encontrado no local da instalação. Em instalações de motores em baixa tensão
Segundo normas existentes, estes relés devem este monitoramento é executado pelo relé de
atuar uma vez alcançadas as seguintes condições: sobrecarga, enquanto em média tensão, é comum
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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 32
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

utilizar-se do relé multifunção, o qual possui a função A tabela 1 apresenta uma comparação entre a
49 para estas situações. proteção oferecida ao motor por relés de sobrecarga e
Naturalmente, existem casos que esta proteção por sensores térmicos internos.
é insuficiente ou inadequada. Sendo assim, torna-se
conveniente o uso de sensores térmicos instalados nos Causas do Proteção com
enrolamentos do estator. Relés Sensores
Como visto anteriormente, existem diversos Sobrecargas Total Total
tipos de sensores, mas os mais utilizados são os Regimes de carga padronizados Parcial Total
termistores, os termostatos (sondas térmicas) e a Frenagens, reversões e partidas
Parcial Total
resistência calibrada tipo RTD (Resistence freqüentes
Temperature Detector). Rotor bloqueado Total Total
A utilização desses sensores possibilita a Falta de fase Parcial Total
prevenção total contra o sobreaquecimento indesejável Variação de tensão Total Total
causado por problemas diferentes dos que resultem em Variação de freqüência Total Total
aumento de corrente, como, por exemplo: Temperatura ambiental excessiva Parcial Total
Aquecimento externo provocado
Desprotegido Total
a) Obstrução da ventilação; por polias, rolamentos, etc.
b) Aquecimento externo provocado por Obstrução da ventilação Desprotegido Total
rolamento, acoplamentos e outros; Sobrecarga intensa em motores de
Total Parcial
c) Falta de fase; grande porte
d) Regimes de cargas difíceis; Tabela 1 - Quadro comparativo entre a proteção
e) Longas acelerações, frenagens, oferecida por relés de sobrecarga e por sensores
reversões e partidas freqüentes. térmicos.

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Capítulo 5: Proteção de Sistemas Em Baixa Tensão - 33
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

CAPÍTULO 6: CIRCUITOS TÍPICOS PARA


INSTALAÇÃO DE MOTORES

RESUMO 2.0 – ELEMENTOS TÍPICOS

Os motores se constituem na principal carga Considerando-se as particularidades de um


das instalações elétricas industriais. Para a sua ramal de alimentação de um motor, os elementos que o
alimentação, comando e proteção podem ser integram devem, necessariamente, executar as funções
empregadas várias configurações (ou esquemas), sendo mostradas na figura 1.
o objetivo desse capítulo apresentar as mais típicas.

1.0 - INTRODUÇÃO

Nas instalações industriais os motores mais


utilizados são os de indução trifásicos, os quais
apresentam características específicas, ou seja:

a) a corrente absorvida pelo motor, durante


a partida, é bastante superior à de
funcionamento normal em carga;
b) a potência absorvida em funcionamento
é determinada pela potência mecânica no
eixo do motor, solicitada pela carga
acionada, o que pode resultar em
sobrecarga no circuito de alimentação, se
não houver proteção adequada.

Os ramais que alimentam tais motores se


Figura 1 – Funções típicos dos elementos de um ramal
iniciam, em geral, de quadros de distribuição (por
de alimentação de motores de indução trifásicos.
exemplo, CCM’s) e apresentam certos aspectos que
não são encontrados nos de outros tipos de cargas, a
O seccionamento do ramal se destina a
saber:
permitir a manutenção do ramal, ou seja, é uma
garantia de que ele estará desernegizado para que seja
a) queda de tensão significativa durante a
possível atuar em algum de seus componentes sem
partida do motor;
riscos. Assim, pode ser empregada uma chave
b) número e freqüência de partidas
seccionadora em vazio (ou mais raramente, sob carga)
geralmente elevadas;
ou um disjuntor.
c) o dispositivo de proteção contra
Por outro lado, conforme analisado no
correntes de sobrecarga deve suportar,
capítulo anterior, a proteção contra curto-circuito e
sem atuar, a corrente de partida do
sobrecargas pode ser efetuada através de duas
motor.
maneiras, isto é, com fusíveis e relés de sobrecargas ou
com disjuntores e seus relés.
Pelo exposto, verifica-se que a partida, e, em O bloco de manobra da figura 1 corresponde à
conseqüência, o método empregado para ela, define os utilização de contatores principais em uma certa
componentes dos ramais dos motores e torna configuração (circuito de força) de modo a atender os
conveniente empregar-se um ramal específico para requisitos de partida, com os respectivos dispositivos
cada motor. (por exemplo, contatores auxiliares, relés
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Capítulo 6: Circuitos Típicos Para Instalação de Motores - 34
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

temporizados, sensores diversos ou um PLC) em


circuito próprio (circuito de comando) de forma a
atender as necessidades do processo com uma
determinada lógica.
Assim, os elementos e configuração mais
básica que podem executar as funções relacionadas são
os ilustrados na figura 2.

Figura 3– Configuração básica de um ramal de


alimentação de um motor de indução trifásico,
empregando-se disjuntor e contator.

Apenas os circuitos de força serão tratados


nesse texto, sendo os de comando melhor analisados na
disciplina EI 110 – Desenho de Eletrotécnica.

3.0 – CIRCUITOS PARA A PARTIDA DE MOTORES

Figura 2 – Configuração básica de um ramal de A escolha do melhor método de partida


alimentação de um motor de indução trifásico. depende da queda de tensão causada pela partida direta
e do tipo de carga a acionar.
O circuito de força mostrado na figura 2 Os métodos mais usuais para a partida são as
corresponde àquele utilizado para a partida direta de chaves compensadoras (autotransformadores), chaves
motores. Nesse caso, tem-se: estrela-triângulo e, mais recentemente, para grandes
motores, chaves estáticas.
a) seccionamento efetuado pela chave Todos estes métodos baseiam-se no princípio
seccionadora; de se reduzir a tensão do alimentador no instante da
b) proteção contra curto-circuito realizada partida, mas isto traz como prejuízo uma diminuição
pelos fusíveis; do torque de partida, pois como visto, este varia com o
c) manobra executado contator principal; quadrado da tensão. Além disto, apresentam como
e, desvantagens, com exceção do regulador eletrônico de
d) proteção contra sobrecarga sob a tensão, o fato de que reduzem o nível do pico da
responsabilidade do relé de sobrecarga. corrente de partida sem eliminá-lo e não podem ser
aplicados a qualquer tipo de carga (tipo conjugado
A alternativa para essa configuração é, como constante, conjugado variável e de alta inércia). Apesar
citado, a utilização de disjuntores e respectivos relés disto, são os mais empregados onde o conjugado de
para a proteção contra curto-circuito e sobrecarga, partida não é crítico.
possibilitando, também, o seccionamento. A manobra Por outro lado, quando são necessários altos
também é efetuada por um contator principal, conjugados de partida e baixas correntes, é comum
conforme se representa na figura 3. empregar-se um motor de indução com rotor bobinado.
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Capítulo 6: Circuitos Típicos Para Instalação de Motores - 35
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Uma análise mais profunda dos vários muito longo e, como conseqüência, atuar
métodos de partida é realizada na disciplina EI 104 – a proteção;
Máquinas Elétricas I. c) há cintilações (“flicker”) na iluminação;
d) se existirem relés de subtensão, eles
3.1 – Partida Direta poderão atuar;
e) outros motores já em funcionamento
A partida direta de motores de indução poderão, dependendo da carga que
trifásicos, ou seja, à tensão plena, é o método mais acionam, ter sua velocidade reduzida, um
simples, confiável e econômico de colocá-los em aumento de corrente e, em conseqüência,
operação. Entretanto, isto pode se tornar proibitivo em sobreaquecimento. Ainda, existe a
casos onde a corrente de partida afeta a rede de possibilidade de um eventual travamento
alimentação. de eixo;
A corrente absorvida instantaneamente da rede f) Outras cargas poderão ser afetadas de
durante este processo alcança picos entre cinco e oito forma negativa, como, por exemplo,
vezes a sua corrente nominal ("inrush"), sendo isto ficarem submetidas a um aumento de
válido tanto para partidas com carga ou sem carga. corrente que absorvem.
Os altos níveis da corrente de partida ocorrem
devido à impedância do motor assumir baixos valores A figura 5 apresenta o diagrama de força,
iniciais, associada com tensões induzidas no rotor com equivalente ao da figura 1, para a partida direta de um
níveis elevados. Assim que o motor acelera, a motor de indução trifásico empregando a simbologia
impedância cresce, a tensão induzida diminui e a mais comum do setor (vide texto correspondente à EI
corrente de partida cai. 110 - Desenhos de Eletrotécnica).
A figura 4 mostra o comportamento da
corrente durante a partida para um determinado motor.

Figura 4 - Corrente de partida – Exemplo.

As altas correntes de partida podem resultar


em quedas de tensão significativas nos ramais do
alimentador, principalmente nos casos em que a
cablagem foi mal dimensionada. Neste sentido, tem-se
que:
a) quedas de tensão entre 15 e 20% da Figura 5 – Diagrama do circuito de potência (força)
tensão nominal poderão abrir contatores; para a partida direta de um motor de indução trifásico.
b) como os torques de partida e máximo
variam aproximadamente com o Os componentes desse circuito podem se
quadrado da tensão, se a queda for localizar em uma gaveta de um CCM, como mostrado
elevada, o torque de partida poderá ser no Capítulo 3, ou em um quadro específico nas
inferior ao inicial da carga e travar o eixo proximidades do próprio motor, como exemplifica a
ou fazer com que o tempo de partida seja figura 6.
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Capítulo 6: Circuitos Típicos Para Instalação de Motores - 36
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Figura 6 – Quadro de comando – partida direta.

3.2 - Partida com chave estrela-triângulo

Este método consiste em utilizar-se de uma


chave onde se fará a comutação do sistema de ligação
do motor à rede.
Para a partida, usa-se a ligação estrela, o que
reduz a tensão aplicada ao motor a 1/√3 da nominal.
Assim, a corrente será:
I'p = 0,33 IP (1)
Sendo: Figura 7 – Diagrama do circuito de potência (força)
para a partida de um motor de indução trifásico com
I'p - Corrente de partida para o a ligação estrela;
uma chave estrela-triângulo automática.
Ip - Corrente de partida quando esta é direta (ligação
delta). Também nesse caso pode-se ter um quadro
Quando a velocidade está próxima da nominal distribuição específico ou a gaveta de um CCM para
(maior que 90 %), deve-se fazer a comutação para a alojar os vários componentes.
ligação triângulo, aplicando tensão integral ao motor,
pois, em caso contrário, haverá um pico de corrente
quase tão intenso quanto na partida. Por isso, este
instante de comutação deve ser criteriosamente
determinado para que o método possa efetivamente ser
vantajoso nos casos em que a partida direta não é
possível.
A redução de tensão, por outro lado, acarreta
na redução do conjugado de partida. Como esta
grandeza é aproximadamente proporcional ao quadrado
da tensão, o conjugado de partida na ligação estrela a
1/3 do que poderia ser obtido na ligação delta, isto é,
há um decréscimo de 66,6 %. Por isso este método é
indicado para casos onde o motor pode partir a vazio, Figura 8 – Quadro de comando – partida com chave
ou motores cuja curva de conjugado seja elevada. estrela triângulo automática.
Antes de se optar pela partida estrela-triângulo 3.3 - Chave compensadora
é necessário verificar se o conjugado que a máquina
pode oferecer é maior que o da carga, tanto na partida A chave compensadora é composta por um
como no instante de comutação da chave. autotransformador com vários "taps" (derivações), os
A figura 6 apresenta o diagrama de força quais, em geral, possibilitam obter 65%, 80% e 100%
típico correspondente à chave estrela-triângulo da tensão nominal. Para aplicações em motores de
automática. maior porte há, também, o "tap" 50%.
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Capítulo 6: Circuitos Típicos Para Instalação de Motores - 37
EI 109 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
INDUSTRIAIS

Assim, a corrente de partida será, para o: Observa-se que, como desvantagem desse
a) "tap" 50% . I'p = 0,25 Ip (2) método, tem-se que este método fica bem mais oneroso
b) "tap" 65% . I'p = 0,423 Ip (3) que o anterior, devido ao autotransformador,
c) "tap" 80% . I'p = 0,64 Ip (4) necessitando de quadros maiores e mais volumosos.

onde:
I'p - Corrente de partida para o "tap" considerado;
Ip - Corrente de partida (quando esta é) direta.
O conjugado de partida diminui na mesma
proporção que a corrente.
Observe-se que no tap 65 % a corrente de
linha é praticamente igual a que a da chave estrela-
triângulo nas mesmas condições.
A vantagem deste método reside no fato de
que a própria reatância do autotransformador trata de
amortecer o degrau da corrente criado pela comutação
ao se aplicar a tensão da rede.
Pode-se também fazer a comutação para 80 %
antes de ligar o motor diretamente à rede, de modo que
se tenha uma partida suave e satisfatória.
A figura 9 apresenta o diagrama de força Figura 10 – Quadro de comando – partida com chave
típico correspondente à chave compensadora compensadora automática.
automática.
3.4 - Partida com Soft-Starter

O soft-starter (ou chave estática) permite a


partida do motor com uma aceleração constante,
fazendo com que a velocidade varie de zero até a
nominal pela variação contínua da tensão do estator
entre zero e a tensão nominal.
Dessa forma, permite:

a) a redução da corrente de partida, a qual é


regulável em ampla faixa;
b) a diminuição da queda de tensão do
ramal de alimentação do motor durante a
partida;
c) o controle do conjugado de aceleração e
desaceleração, o qual pode ser ajustado
às necessidades da carga, garantindo a
mínima corrente necessária para a
partida;
d) a supressão de golpes de torque.

Sendo assim, de uma forma geral, o emprego


dos soft-starters apresenta as seguintes vantagens:

a)
Alívio ao motor e a máquina acionada;
b)
Desgastes reduzidos;
c)
Baixa solicitação na rede;
d)
Fácil colocação em funcionamento (alta
flexibilidade);
Figura 9 – Diagrama do circuito de potência (força) e) Economia de energia;
para a partida de um motor de indução trifásico com f) Permite o uso de motor com 3 pontas
uma chave compensadora. acessíveis.
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Capítulo 6: Circuitos Típicos Para Instalação de Motores - 38

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