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20 horas
Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no
Trabalho Rural
SENAR 2015
Ficha técnica
2015. Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO
Informações e Contato
Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás - SENAR/AR-GO Rua
87, nº 662, Ed. Faeg,1º Andar – Setor Sul, Goiânia/GO, CEP:74.093-300 (62)
3412-2700 / 3412-8701 – E-mail: senar@senargo.org.br -
http://www.senargo.org.br/ - http://ead.senargo.org.br/
Superintendente
Eurípedes Bassamurfo da Costa
Gestora
Rosilene Jaber Alves
Coordenação
Fernando Couto de Araújo
Consultor Técnico
Arthur Eduardo Alves de Toledo
Apresentação
Fonte: Shutterstock
Bem-vindo! Você está iniciando o curso Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-
31.12 do Programa Gestão de Riscos em Saúde e Segurança no Trabalho Rural.
Você sabia que antes da criação da NR-31 em 2005, era necessário seguir outras normas para
manter a segurança dos trabalhadores envolvidos com qualquer tipo de máquina agrícola? Essas
regras constavam principalmente na norma urbana NR-12, que possui anexos com referências téc-
nicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física
dos trabalhadores, e estabelece requisitos mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do
trabalho nas fases de projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos.
Quando a NR-31 foi discutida e elaborada, o item 12 dessa norma foi destinado aos assuntos
relacionados às máquinas, fazendo uma referência à NR-12. Em dezembro de 2011, foram feitas
várias modificações na NR-31 e a principal ocorreu justamente no item 12, pois tudo que havia
na NR-12 relacionado com máquinas, equipamentos e implementos do setor agrícola, passou a
fazer parte da NR-31.
Para compreender melhor todas essas mudanças, você verá, nas próximas aulas, regras e restri-
ções que não existiam e que, agora, devem ser cumpridas.
Estudo de caso
Módulo 2
Estudo da Norma NR-31.12 – Segurança no trabalho
em máquinas e implementos agrícolas
Neste módulo, iremos discutir os princípios gerais da segurança no trabalho com máquinas agrí-
colas, utilizando a norma regulamentadora 31 no seu item 12.
Fonte: Shutterstock
Módulo 2 - Estudo da Norma NR-31.12 - Segurança no trabalho em máquinas e implementos agrícolas // 3
Prevenção de acidentes com máquinas agrícolas NR-31.12
Aula 1
NR-31.12.1
Dica do especialista
NR-31.12.2
Dica do especialista
Antes da alteração da norma, vários dispositivos de proteção podiam ser vendidos sepa-
radamente, como itens opcionais. Isso foi proibido e, com a nova lei, os fabricantes têm
que comercializar seus produtos de acordo com as normas vigentes.
NR-31.12.5
Dica do especialista
Muitas vezes, ao iniciar um trabalho com as forrageiras, é necessário cortar algumas linhas
de plantio manualmente. Para aproveitar esse material que foi cortado, é comum lançá-lo
na boca da forrageira. Essa atitude pode ocasionar acidentes graves e não deve ser toma-
da, pois, a máquina pode acaber puxando o trabalhador, provocando mutilações e até a
morte.
NR-31.12.7
Dica do especialista
Para evitar acidentes são necessários os dispositivos que impedem que uma máquina en-
tre em funcionamento sem o operador desejar. Imagine o seguinte exemplo: o operador
estava usando uma máquina estacionária utilizada para serrar madeiras e, de repente, a
energia acaba. A serra, então, para de girar. Ele, então, aproveita esse momento e resolve
limpá-la e retirar a sujeira que estava próxima da serra. Subitamente, a energia é reesta-
belecida e a máquina entra em funcionamento. Acidente na certa, não é mesmo? Por isso,
a importância desse dispositivo. Esse tipo de dispositivo é encontrado em diversos apare-
lhos do nosso dia a dia, por exemplo, as TVs mais modernas.
NR-31.12.10
NR-31.12.12
NR-31.12.13
b) proteção móvel, que pode ser aberta sem o uso de ferramentas, geralmente ligada
por elementos mecânicos à estrutura da máquina ou a um elemento fixo próximo, e
deve se associar a dispositivos de intertravamento.
NR-31.12.14.1
Dica do especialista
NR-31.12.15
As proteções devem ser projetadas e construídas de modo a atender aos seguintes requi-
sitos de segurança:
a) cumprir suas funções apropriadamente durante a vida útil da máquina ou possibili-
tar a reposição de partes deterioradas ou danificadas;
b) ser constituídas de materiais resistentes e adequados à contenção de projeção de
peças, materiais e partículas;
c) fixação firme e garantia de estabilidade e resistência mecânica compatíveis com os
esforços requeridos;
d) não criar pontos de esmagamento ou agarramento com partes da máquina ou com
outras proteções;
e) não possuir extremidades e arestas cortantes ou outras saliências perigosas.
NR-31.12.16
NR-31.12.17.1
Para as máquinas autopropelidas e seus implementos, a proteção deve ser móvel quando
o acesso a uma zona de perigo for requerido mais de uma vez por turno de trabalho.
NR-31.12.18
b) paralisar suas funções perigosas quando as proteções forem abertas durante a ope-
ração; e
c) garantir que o fechamento das proteções por si só não possa dar início às funções
perigosas.
NR-31.12.18.1
Dica do especialista
Isso quer dizer que o mecânico treinado pode ter acesso ao compartimento do motor, por
exemplo, com a proteção aberta e com o motor funcionando, pois ele foi capacitado ou
qualificado para trabalhar nessas condições.
NR-31.12.23
Dica do especialista
Para entendermos melhor esse item, vamos pensar em uma roçadora manual do tipo que
se usa para cortar grama. Esse tipo de máquina pode ter um fio ou uma lâmina para rea-
lizar o corte. Vamos, neste momento, imaginar que a roçadora está equipada com uma
lâmina de aço nova. O operador está cortando o capim e, de repente, sem perceber, a
lâmina acerta uma pedra grande que está quase toda enterrada. Provavelmente, a lâmina
irá se partir devido ao impacto. É desse risco de ruptura que se trata o item, o que não quer
dizer que a peça estava com algum defeito e poderia quebrar.
NR-31.12.23.1
NR-31.12.24
As máquinas de cortar, picar, triturar, moer, desfibrar e similares devem possuir sistemas
de segurança que impossibilitem o contato do operador ou demais pessoas com suas
zonas de perigo.
Dica do especialista
Para este tipo de máquina existe uma barreira física que prolonga o bocal de abastecimen-
to de maneira que, mesmo que o operador se distraia e coloque a mão na zona de perigo,
ele não conseguiria alcançá-la.
Aula 2
NR-31.12.20
Dica do especialista
NR-31.12.22
Dica do especialista
O movimento giratório do eixo cardã pode causar sérios acidentes devido ao enrosca-
mento, principalmente, de roupas frouxas. A roupa enrosca no cardã e é torcida, puxando
a pessoa em direção ao eixo, fazendo com que a pessoa seja atirada com violência ao
chão por várias vezes, até se soltar ou até que alguém desligue a máquina. Nos casos mais
graves ocorre amputação de membros e até mesmo a morte devido à gravidade dos feri-
mentos e hemorragias internas.
NR-31.12.31
Dica do especialista
A EPC é uma estrutura de proteção que pode ser fixada no trator em dois ou quatro pon-
tos. Não se trata de uma capota e sim de uma estrutura. Uma capota pode estar acoplada
em uma EPC. Veja as figuras a seguir que ilustram essas situações. A primeira apresenta
um trator sem a estrutura, e a segunda um trator com a estrutura e sem a capota.
NR-31.12.31.1
Dica do especialista
NR-31.12.32
Para as máquinas autopropelidas fabricadas a partir de maio de 2008 deve ser consultado
o Quadro III do Anexo IV desta norma para verificação da disponibilidade técnica de EPC.
Dica do especialista
NR-31.12.33
A EPC deve:
a) ser adquirida do fabricante ou revenda autorizada; (C = 131.539-0/I3)
Dica do especialista
O empregador que possuir uma máquina sem a EPC pode consultar o Quadro III e verificar
se a marca e o modelo da máquina dele se adequam ou não às regras atuais. Se a máqui-
na constar no Quadro III, ele poderá adquirir do fabricante e instalar a EPC. Se a máquina
não estiver no Quadro III, o empregador não poderá fabricar a sua própria estrutura, pois
o item “c” deixa bem claro que a EPC deve atender aos requisitos de segurança estabele-
cidos pelas normas técnicas e, portanto, testadas em laboratórios específicos.
NR-31.12.34
As máquinas autopropelidas que durante sua operação ofereçam riscos de queda de ob-
jetos sobre o posto de trabalho devem possuir Estrutura de Proteção Contra Queda de
Objetos (EPCO). (C = 131.542-0/I4)
NR-31.12.35
Na tomada de potência (TDP) dos tratores agrícolas deve ser instalada uma proteção que
cubra a parte superior e as laterais, conforme Figura 1 do Anexo IV desta norma. (C =
131.543-9/I3)
Aula 3
NR-31.12.38
Dica do especialista
Podemos perceber que para cada dispositivo de proteção cobrado nesse item temos um
código, ou seja, é necessário ter todos os dispositivos na máquina.
NR-31.12.38.1
Motopodas: máquina similar à motosserra, dotada de cabo extensor para maior alcance nas
operações de poda.
Dica do especialista
NR-31.12.39
Dica do especialista
Os treinamentos podem ter dezesseis, vinte e quatro ou quarenta horas, não importa. O
importante é que tenham pelo menos oito horas voltadas à segurança na utilização dos
equipamentos. As demais horas do treinamento serão utilizadas para a aprendizagem de
manuseio, manutenção, regulagem e demais assuntos pertinentes à utilização da máquina.
NR-31.12.40
NR-31.12.41
NR-31.12.41.1
Na impossibilidade técnica de adoção dos meios previstos no subitem 31.12.41, poderá ser
utilizada escada fixa tipo marinheiro.
Dica do especialista
NR-31.12.41.2
Dica do especialista
Neste aspecto, o que deve ser destacado é a questão de o operador estar sempre apoiado
em três pontos durante todo o tempo de acesso. A figura abaixo mostra essa condição.
NR-31.12.41.2.1
Deve-se utilizar uma forma de acesso seguro indicada no manual de operação, nas
situações em que não sejam aplicáveis os meios previstos no subitem 31.12.41.2.
(C = 131.558-7/I2)
NR-31.12.42.1
31.12.42.1.1
As plataformas móveis devem ser estáveis, de modo a não permitir sua movimentação ou
tombamento durante a realização do trabalho. (C = 131.560-9/I2)
NR-31.12.43
Devem ser fornecidos meios de acesso se a altura do solo ou do piso ao posto de operação
das máquinas for maior do que 0,55 cm (cinquenta e cinco centímetros). (C = 131.561-7/I2)
Dica do especialista
Acima de 0,55 m haverá esforço para o operador, sendo assim necessário um meio de
acesso, por exemplo, um degrau.
NR-31.12.44
Dica do especialista
NR-31.12.45
NR-31.12.46
Dica do especialista
Os meios de acesso não podem gerar riscos adicionais, por exemplo, o corte ou escorrega-
mento do operador, além disso, não podem provocar esforço excessivo para a utilização.
NR-31.12.47
Os meios de acesso de máquinas, exceto escada fixa do tipo marinheiro e elevador, de-
vem possuir sistema de proteção contra quedas com as seguintes características: (C =
131.565-0/I3)
a) ser dimensionados, construídos e fixados de modo seguro e resistente, de forma a
suportar os esforços solicitantes; e (C = 131.566-8/I3)
Dica do especialista
c) possuir travessão superior de 1,10 m (um metro e dez centímetros) a 1,20 m (um me-
tro e vinte centímetros) de altura em relação ao piso ao longo de toda a extensão,
em ambos os lados; (C = 131.568-4/I3)
d) o travessão superior não deve possuir superfície plana, a fim de evitar a colocação
de objetos; (C = 131.569-2/I3)
e) possuir rodapé de, no mínimo, 0,20 m (vinte centímetros) de altura e travessão in-
termediário a 0,70 m (setenta centímetros) de altura em relação ao piso, localizado
entre o rodapé e o travessão superior. (C = 131.570-6/I3)
Dica do especialista
Essas alturas devem ser respeitadas para evitar que o trabalhador passe por cima da pro-
teção caso ocorra um acidente.
NR-31.12.49
NR-31.12.50
As rampas com inclinação entre 10º (dez) e 20º (vinte) graus em relação ao plano horizon-
tal devem possuir peças transversais horizontais fixadas de modo seguro, para impedir
escorregamento, distanciadas entre si 0,40 m (quarenta centímetros) em toda a sua ex-
tensão. (C = 131.579-0/I2)
Dica do especialista
Essa figura mostra que de 0° até 10° podemos ter uma rampa lisa. Acima de 10° a 20° con-
tinuamos tendo uma rampa, porém ela possui peças transversais de 40 em 40 cm.
NR-31.12.50.1
É proibida a construção de rampas com inclinação superior a 20º (vinte) graus em relação
ao piso. (C = 131.580-3/I2)
Dica do especialista
NR-31.12.55
c) o travessão superior não deve ter superfície plana, a fim de evitar a colocação de
objetos sobre ele. (C = 131.612-5/I2)
NR-31.12.56
Dica do especialista
NR-31.12.57
Os pneus, cubos, rodas e para-lamas não são considerados degraus para acesso aos pos-
tos de trabalho. (C = 131.614-1/I2)
Dica do especialista
Subir em máquinas agrícolas pelos pneus, cubos, rodas e para-lamas caracteriza situação
de risco e pode gerar graves acidentes. Muitas vezes, os postos de trabalho das máquinas
atingem alturas superiores a dois metros, o que faz com que a queda seja muito perigosa,
podendo provocar fraturas e até traumatismo craniano.
NR-31.12.58
Os para-lamas podem ser considerados degraus para acesso desde que projetados para
esse fim. (C = 131.615-0/I2)
NR-31.12.59
Em máquinas de esteira, as sapatas e a superfície de apoio das esteiras podem ser uti-
lizadas como degraus de acesso, desde que projetadas para esse fim, e se for garanti-
do ao operador apoio em três pontos de contato durante todo o tempo de acesso.
(C = 131.616-8/I2)
Dica do especialista
Sapata da esteira
NR-31.12.60
NR-31.12.61.2
Dica do especialista
Para evitar que a escada inteira seja danificada, caso a máquina passe por uma ondulação
ou mesmo um cupinzeiro, é permitido que a conexão entre o primeiro degrau (que está
mais perto solo) seja articulada.
NR-31.12.61.3
Não deve haver riscos de corte, esmagamento ou movimento incontrolável para o opera-
dor na movimentação de meios de acesso móveis. (C = 131.635-4/I2)
NR-31.12.62
NR-31.12.63
NR-31.12.65
NR-31.12.65.1
Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 31.12.65 acerca das operações de
abastecimento de combustível e de outros materiais, deve-se instalar degrau de acesso
com manípulos que garantam três pontos de contato durante toda a tarefa nas máquinas
autopropelidas. (C = 131.644-3/I2)
NR-31.12.65.2
Caso não seja possível atender ao disposto no subitem 31.12.65 acerca das operações de
abastecimento de combustível das máquinas autopropelidas que possuam o tanque loca-
lizado na parte traseira ou lateral, poderá ser utilizada plataforma ou escada externa que
servirá de apoio para a execução segura da tarefa. (C = 131.645-1/I2)
NR-31.12.65.3
Aula 4
NR-31.12.3
Dica do especialista
NR-31.12.4
Dica do especialista
Plantadeira: implemento agrícola que, quando acoplado a um trator agrícola, pode realizar a
operação de plantio de culturas, como sementes, mudas, tubérculos ou outros.
NR-31.12.4.1
NR-31.12.8
Dica do especialista
NR-31.12.9
As máquinas cujo acionamento por pessoas não autorizadas possa oferecer risco à saúde
ou à integridade física de qualquer pessoa devem possuir sistema ou, no caso de máqui-
nas autopropelidas, chave de ignição, para o bloqueio de seus dispositivos de acionamen-
to sistemas de segurança em máquinas e implementos. (C = 131.491-2/I3)
Dica do especialista
Em máquinas estacionárias podem ser utilizadas chaves gerais para garantir que pessoas
não autorizadas, ou mesmo curiosos, acionem a máquina. No caso de máquinas agrícolas,
podemos retirar a chave da ignição e guardá-la em local seguro.
NR-31.12.29
c) seu terminal positivo deve ser protegido, a fim de prevenir contato acidental e curto-
circuito.
Dica do especialista
As baterias apresentam diversos riscos ao ser humano. São pesadas e podem causar le-
sões ao serem levantadas, e se caírem podem atingir o trabalhador. Além disso, podem
iniciar um incêndio devido a curto-circuito.
NR-31.12.30
Lanternas traseiras de posição: lanterna traseira de posição: dispositivo designado para emitir um
sinal de luz para indicar a presença de uma máquina.
NR-31.12.30.1
NR-31.12.36
Dica do especialista
NR-31.12.36.1
A indicação de uso dos sistemas de engate mencionados no subitem 31.12.36 deve ficar em
local de fácil visualização e afixada em local próximo da conexão. (C = 131.545-5/I1)
NR-31.12.36.2
Os implementos tracionados, caso o peso da barra do reboque assim o exija, devem pos-
suir dispositivo de apoio que possibilite a redução do esforço e a conexão segura ao siste-
ma de tração. (C = 131.546-3/I2)
31.12.36.3
A operação de engate deve ser feita em local apropriado e com o equipamento traciona-
do imobilizado de forma segura com calço ou similar. (C = 131.547-1/I3)
Equipamento tracionado: Equipamento que desenvolve a atividade para a qual foi projetado
deslocando-se por meio do sistema de propulsão de outra máquina que o conduz.
NR-31.12.37
Dica do especialista
Motores de combustão interna liberam gases que podem causar danos à saúde e até mes-
mo a morte por asfixia.
NR-31.12.66
Dica do especialista
NR-31.12.67
Dica do especialista
Muitas vezes, por falta de manutenção, as máquinas são abastecidas com o motor ligado,
devido à falta de partida. Essa atitude, além de perigosa, é proibida e pode gerar punições.
Vale lembrar que os vapores dos combustíveis são explosivos.
NR-31.12.70
As proteções fixas que podem ser removidas só podem ser retiradas para execução de
limpeza, lubrificação, reparo e ajuste, ao fim dos quais devem ser obrigatoriamente reco-
locadas. (C = 131.650-8/I3)
Dica do especialista
Na tentativa de ser mais rápido, o trabalhador pode achar irrelevante ou mesmo pensar
que recolocar a proteção irá atrasar o seu serviço, pois ele sabe que algum tempo depois
ele irá precisar retirar essa proteção novamente. Porém, deve-se realizar um trabalho de
conscientização demonstrando a necessidade de sempre recolocar a proteção, pois esses
são os momentos em que os acidentes podem acontecer. Toda vez que uma proteção fixa
é retirada, ela deve ser obrigatoriamente recolocada.
NR-31.12.71
NR-31.12.72
Dica do especialista
Esse item trata da segurança nos trabalhos com pneus. A manutenção dos pneus requer vá-
rios cuidados, entre eles, o de esvaziá-los antes de sua manutenção. O dispositivo de clausu-
ra ou a gaiola são dispositivos de proteção para o trabalhador e devem ser usados sempre.
NR-31.12.74
Dica do especialista
NR-31.12.75
A capacitação deve:
a) ocorrer antes que o trabalhador assuma a função; (C = 131.663-0/I2)
Dica do especialista
Essa é a situação ideal, mas como fazer se o trabalhador já está atuando? Independente-
mente da data de admissão, a capacitação do trabalhador é obrigatória e é responsabili-
dade do empregador.
Dica do especialista
O empregador terá que se organizar e encontrar um período do ano em que ele esteja
sujeito a menor demanda deste trabalhador e providenciar o treinamento sem cobrar por
isso. Os custos do treinamento são do empregador. Uma vantagem de utilizar o SENAR
para ministrar esses treinamentos é que ele já pagou ao SENAR e não será necessário
investir novamente.
Dica do especialista
Dica do especialista
A legislação permite que o empregador escolha a entidade que irá ministrar o treinamen-
to, porém, como dito anteriormente, o produtor já contribui com o SENAR, que tem o
certificado aceito pela fiscalização.
NR-31.12.76
O programa deve abranger partes teóricas e práticas, com o seguinte conteúdo mínimo:
(C = 131.667-2/I2)
a) descrição e identificação dos riscos associados com cada máquina e as proteções
específicas contra cada risco;
b) funcionamento das proteções; como e por que devem ser usadas;
c) como, por quem e em que circunstâncias pode ser removida uma proteção;
d) o que fazer se uma proteção é danificada ou perde sua função, deixando de garantir
uma segurança adequada;
e) princípios de segurança na utilização da máquina;
f) segurança para riscos mecânicos, elétricos e outros relevantes;
g) procedimento de trabalho seguro;
h) ordem ou permissão de trabalho; e
i) sistema de bloqueio de funcionamento das máquinas e implementos durante a ins-
peção e manutenção.
NR-31.12.77
Dica do especialista
b) identificação das fontes geradoras dos riscos à integridade física e à saúde do tra-
balhador;
c) noções sobre acidentes e doenças decorrentes da exposição aos riscos existentes
na máquina e implementos;
d) medidas de controle dos riscos: Equipamento de Proteção Coletiva e Equipamento
de Proteção Individual;
e) operação da máquina e dos implementos com segurança;
f) inspeção, regulagem e manutenção com segurança;
g) sinalização de segurança;
h) procedimentos em situação de emergência; e
i) noções sobre prestação de primeiros socorros.
NR-31.12.78
A parte prática da capacitação pode ser realizada na máquina que o trabalhador irá ope-
rar, deve ter carga horária mínima de doze horas, ser supervisionada e documentada. (C =
131.669-9/I2)
NR-31.12.78.1
Dica do especialista
A legislação utiliza bastante linguagem técnica, assim, ela deve ser transformada em uma
linguagem compreensível para os alunos do treinamento.
NR-31.12.79
Será também considerado capacitado o trabalhador que possuir comprovação, por meio
de registro, na Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ou no registro de empre-
gado, de pelo menos dois anos de experiência na atividade, até a data de publicação des-
ta norma, e que participou da reciclagem prevista no subitem 31.12.80.1.
NR-31.12.80
Deve ser realizada capacitação para reciclagem do trabalhador sempre que ocorrerem
modificações significativas nas instalações e na operação de máquinas e implementos ou
troca de métodos, processos e organização do trabalho. (C = 131.670-2/I2)
Dica do especialista
O trabalhador deverá passar por novo treinamento para atualização, porém não existe
uma data especifica na NR-31. O período mais utilizado pelas empresas é o de dois anos,
ou seja, de dois em dois anos é ministrado novo treinamento.
NR-31.12.81
Dica do especialista
Esse item é muito relevante, pois o trabalho de menores de 18 com máquinas e implemen-
tos está na lista TIP do Ministério do Trabalho e Emprego, que é a lista das piores formas
de trabalho infantil. É considerado um trabalho prejudicial à saúde e à segurança.
NR-31.12.82
Dica do especialista
Nesse item, exige-se a utilização de crachá para todos os operadores de máquinas auto-
propelidas.
NR-31.12.83
Dica do especialista
O ideal é que o empregador faça uma cópia do manual e a deixe na própria máquina,
guardando o manual original em um local de fácil acesso, mas sobre o qual haja controle.
É muito comum manuais sumirem das máquinas ou serem danificados com o passar do
tempo. Esse manual é muito importante, principalmente para a elaboração dos procedi-
mentos de segurança.
NR-31.12.84
NR-31.12.84.1
Os manuais devem:
a) ser escritos em língua portuguesa (Brasil), com caracteres de tipo e tamanho que
possibilitem a melhor legibilidade possível, acompanhados das ilustrações explica-
tivas; (C = 131.676-1/I1)
Recapitulando
Chegamos ao final de mais um módulo. No Módulo 2, você conheceu a legislação de saúde e
segurança no trabalho com máquinas, equipamentos e implementos agrícolas. No próximo mó-
dulo, você receberá informações sobre a simbologia em máquinas e implementos agrícolas. Até
breve e nos encontramos lá.
Agora, realizaremos algumas atividades sobre o conteúdo que você acabou de ver. Vamos lá?
Leias as orientações e, em seguida, responda às questões.
1. O empregador rural identifica que, se ele adaptar uma peça em seu trator, ele atingirá um
desempenho muito maior e, por consequência, irá melhorar a sua produção. De acordo com o
que você aprendeu no Módulo 2, qual dos itens abaixo deve ser seguido?
a) O empregador rural, desde que muito criativo, pode melhorar e fazer adaptações em
suas máquinas, equipamentos e implementos para aprimorar as suas produções.
2. De acordo com o conteúdo apresentado no Módulo 2, o produtor rural que possui empre-
gados é o responsável por realizar o treinamento de todos os trabalhadores que operam
máquinas agrícolas. Assinale a alternativa que identifica o treinamento correto para esses
trabalhadores.
a) A capacitação de operadores de máquinas autopropelidas e implementos deve atender
ao programa de capacitação em etapas teórica e prática, com carga horária mínima de
vinte horas distribuídas em quatro horas diárias, após a jornada diária de trabalho.