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GEST•O ESTRATƒGICA
GEST•O DA CO-OPERA€•O
Janeiro, 2010
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ConvŠnio INCRA – UFSM para assessoria t‹cnica ao
Programa de Agroindustrializa†‡o Terra Sol
Equipe Somar
www.terrasolrs.com
GEST•O ESTRATƒGICA
GEST•O DA CO-OPERA€•O
PRODUۥO
Programa SOMAR - Projeto de Extens‡o da UFSM de Assessoria ao
Programa Terra Sol, INCRA/RS
Coordena†‡o e Supervis‡o
Prof. Msc. Paulo Roberto Cardoso da Silveira
Coordenador da Equipe Somar
Diagrama†‡o e Revis‡o
Aline Weber Sulzbacher
Ilustra†ˆes
F‰bio Purper Machado
Elabora†‡o Textual
Aline Weber Sulzbacher – Gest‡o Co-operada
Evander Eloi Krone – Gest‡o Financeira
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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO _______________________________________________________________ 4
REFERÊNCIAS ________________________________________________________________ 30
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APRESENTAÇÃO
Boa Leitura!!!
Paulo Silveira
Coordenação Programa Somar
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A GESTÃO CO-OPERADA
Então companheirada...
As palavras que se seguem são para tratar de um assunto que não é novidade: a
Cooperação. Desde que nascemos cooperamos em família, em comunidade, em partidos
políticos, em movimentos sociais! Bom, não é novidade, mas e a cooperação na gestão nos
assentamentos, como acontece? Como ela pode contribuir na gestão dos empreendimentos
Terra Sol? Você está convidado a debater sobre como GESTAR um empreendimento
trabalhando em grupo e, principalmente, sobre como PLANEJAR as ações e organizar
espaços de tomada de DECISÃO.
Todos nós sabemos que falar sobre cooperativa gera arrepios e aversões.
Tem agricultores que nem querem ouvir falar no
assunto, outros ficam desconfiados ou
temerosos. Isso é normal, até porque todos
conhecem experiências e histórias
onde, ao invés do final feliz esperado,
sobraram intrigas, dívidas, problemas a
resolver.
Sabendo disso, nossa
preocupação é ajudar a construir uma
GESTÃO que integre e envolva a
comunidade assentada na gestão do
empreendimento, afim de que se garanta a
subsistência das famílias, a comercialização dos
produtos, a geração de renda e, principalmente, a emancipação política dos
empreendimentos!!
Bom, de sonhos e planos... dúvidas e frustrações já temos o suficiente. Vamos às
questões práticas e a primeira delas é justamente sobre a dificuldade de trabalhar juntos, de
dividir tarefas e, principalmente, de dividir dinheiro... Enfim, PORQUE É TÃO DIFÍCIL CO-
OPERAR? Você percebeu que co-operar é operar em conjunto?
Em sua opinião, quais são as dificuldades que aparecem quando o coletivo entra em
cena para trabalhar e decidir as coisas juntos? Para tentar ajudá-lo a responder esta
pergunta convidamos você a avançar na leitura.
1. Enfrentando o problema
E aí companheiro, quantas dificuldades você encontrou?
Bom, se tem muitos problemas, então vamos buscar soluções por partes. Para isso,
dividiremos os problemas a partir de pontos:
- Ponto 01: problemas que são internos ao nosso grupo, referentes às dificuldades
que vivenciamos no assentamento e que impedem de alcançarmos outro nível de
organização ou mesmo de melhoria da produção (por exemplo: desmotivação dos
companheiros, desgaste dos recursos naturais, dificuldade de investimentos no lote, falta de
formação de lideranças, etc);
- Ponto 02: problemas que são externos ao grupo, mas que tem grande influência na
dinâmica interna e que podem, inclusive, comprometer o desenvolvimento de algumas
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atividades (entram aqui o serviço de Assistência Técnica, Social e Ambiental (ATES), infra-
estruturas, dificuldades de comercialização, etc.);
- Ponto 03: problemas que se referem as relações inter-pessoais, as relações travadas
no cotidiano dos espaços coletivos, às dificuldades de organização que o grupo já vivenciou
e, portanto, tem um acúmulo de experiência que deve ser levado em consideração; aqui
neste ponto entra as questões referentes às estruturas de poder existentes, as formas como
os coletivos são institucionalizados e como a burocratização destas organizações interferem
na participação efetiva de seus membros nas decisões.
- Ponto 04: problemas que se referem as minhas expectativas/frustrações, esse
ponto é destinado para reflexão individual sobre a participação e atuação de cada um no
coletivo e como poderia passar a contribuir.
Esses 04 pontos representam um pouco do que geralmente aparece em todos os
lugares onde se coloca o desafio do trabalho e gestão coletivos. Portanto, não são exclusivos
da realidade dos assentamentos rurais.
Mas a notícia boa é que há solução para tudo. E vamos buscá-la juntos... Preparado?
Atividade: Liste abaixo quais são as questões que mais se destacam em cada ponto:
Bom, agora, depois de dissecar os nossos velhos problemas, vamos lançar um novo
desafio e seguir no segundo passo... Construir as soluções.
Mas como?
Como solucionar essas questões?
Uma das possibilidades que pode nos ajudar na busca por alternativas está no ato de
PLANEJAR. Quando levantamos os problemas, separamos em grupos, discutimos cada um...
Já pensamos em quais poderiam ser as possíveis saídas, não é? Esse processo mental, que é
semi-automático, é um processo de planejamento...
Então, vamos planejar sobre como resolver os
problemas?
Estamos aí com uma mesa cheia de problemas,
poucas pessoas interessadas em se desafiar para
ajudar a resolver, muitos companheiros
desacreditados e, ainda, pressão para que nosso
empreendimento comece a funcionar.
Como vamos trabalhar? Quem vai trabalhar?
Como será recompensado?
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Para que esse neg„cio dŠ certo, precisamos construir uma l„gica de pensar diferente
da convencional! Precisamos trazer para dentro do empreendimento alguns valores que
praticamos no dia-a-dia da vida. Um deles ‹ a co-operação.
Mas como ‹ isso??? Bom, durante o exercŒcio anterior, j‰ exercitamos a co-opera†‡o,
perceberam? Quando nos GRUPO DE TRABALHO
propomos a reunir e participar da O Grupo de Trabalho (GT) refere-se a um coletivo que
discuss‡o, expor nossa opini‡o e tem por objetivo discutir, construir e acompanhar os
buscar junto com o coletivo as Planos de Gest‡o e Opera†‡o dos empreendimentos.
melhores solu†ˆes, j‰ estamos co- Na medida em que se evolui nesse debate, tem-se a
operando para buscar outras formaliza†‡o do Plano de Co-opera†‡o.
alternativas para o assentamento. Participam do GT, desde os assentados ou comiss‡o do
Co-operamos todo dia com assentamento que far‰ a gest‡o direta at‹ entidades
externas interessadas.
nossos vizinhos e colegas. Seja ao
emprestar uma ferramenta de
trabalho, na ajuda para plantar ou colher, na carona para cidade, no jogo de cartas ou ent‡o
no jogo de bocha ou futebol, etc (...). O ser humano, mesmo com instinto natural de lutar
pela sobrevivŠncia a partir da competi†‡o, precisa co-operar para superar alguns desafios
que enfrenta ao viver em sociedade. Temos a necessidade de estarmos rodeados de pessoas
para nos sentir bem. Nossas amizades e convŒvios di‰rios mostram isso, ali‰s, exercitamos
diariamente diferentes formas de trabalho co-operado...
Então, que tal tentar pensar a co-operação como uma questão estratégica
para garantir o sucesso do nosso empreendimento?
A co-opera†‡o pode nos auxiliar a buscar a solu†‡o de grande parte dos problemas
que levantamos. Para isso, precisamos incluir todos na discuss‡o, principalmente as outras
entidades que tamb‹m tem alguma responsabilidade sobre as a†ˆes desenvolvidas nos
assentamentos, como ‹ o caso da ATES, da Prefeitura Municipal, do Incra, do Somar, dos
Articuladores de ATES, das Cooperativas, etc. A id‹ia ‹ discutir, prioritariamente, os
problemas levantados no Ponto 01 (problemas que s‡o internos) e Ponto 02 (problemas que
s‡o externos) num coletivo aberto, ou melhor, no que estamos chamando de Grupo de
Trabalho.
A partir da exposi†‡o aberta dos problemas que interferem na consolida†‡o do nosso
empreendimento, podemos passar para a elei†‡o de prioridades e da constru†‡o de um
processo de gest‡o co-operada. Estaremos caminhando rumo a um dos passos
fundamentais para alcan†ar o sucesso: a organiza†‡o!
Trata-se de definir as responsabilidades e
Os problemas listados no Grupo 03 dividir as tarefas. Organizar-se para trabalhar de forma
(que se referem ao coletivo) e no 04
(que se referem as
co-operada, definindo metas e prazos para dar solu†‡o
expectativas/frustra†ˆes dos aos problemas levantados! Esse momento ‹ muito
indivŒduos), devem ser discutidos, importante e exige que todos se empenhem para
preferencialmente, num processo alcan†ar os objetivos e metas definidas pelo grupo!
interno do assentamento, respeitando A partir dessas defini†ˆes, podemos
a organiza†‡o hier‰rquica e levando em
considera†‡o os novos desafios
encaminhar outro importante passo: a constru†‡o
colocados para a comunidade. formal da gest‡o co-operada. Para isso, vamos
entender um pouco melhor o que seria a co-opera†‡o
e como ela geralmente acontece na sua forma
‘jurŒdica’.
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Quadro Síntese:
1) Reunir Grupo de Trabalho para discutir sobre Ponto 01 e Ponto 02. Noutro
momento, reunir comunidade assentada para discutir sobre Ponto 03 e 04;
2) Organizar as questões, definindo pessoas ou grupo de famílias responsáveis,
metas a serem cumpridas e os prazos;
3) Reunir Grupo de Trabalho para avaliar processo e iniciar a formalização da gestão
co-operada.
Observação:
Você pode perceber até agora que estamos tratando a gestão co-
operada de forma geral, não voltada exclusivamente para o
empreendimento. Isso é importante destacar! afinal, como vamos
gestar uma agroindústria, se não estamos minimamente organizados
e com alguns debates aparados no assentamento?
Portanto, para iniciar uma gestão co-operada que vise o
desenvolvimento do assentamento a partir do empreendimento,
precisamos inicialmente garantir uma mínina organização interna.
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Portanto, nosso compromisso não é
apenas com a co-operação, ou seja, não
vislumbramos somente o trabalho colaborativo
entre os assentados a fim de viabilizar uma
estratégia de geração de trabalho e renda que
está colocada em suas mãos. Não importa o
nível de integração ao processo de co-operação,
seja somente na produção, no processamento
ou na comercialização ou, ainda no consumo.
Para que a gestão co-operada atinja seus
objetivos, o empreendimento ao qual nos vinculamos não pode ser o fim, o objetivo
final da nossa integração. Ao contrário, a gestão co-operada e a compreensão de sua
importância devem vir ao encontro dos interesses de todas as famílias assentadas e ser
capaz de promover a sua participação no processo. Nosso objetivo maior é garantir a
emancipação do assentamento e, portanto, de todas as famílias, não de pequenos grupos.
Os pequenos grupos, sejam eles divididos pelos núcleos de produção ou então nas
parcerias, podem vir a se beneficiar da co-operação de diferentes formas, inclusive com
outras atividades agrícolas. Por isso que a gestão co-operada assume tão importante papel!!
Antes de qualquer coisa, ela deveria ser capaz de reunir as famílias em unidades de
interesse e assim, promover o desenvolvimento de diferentes linhas de produção
para que a diversidade de atividades e de opções de trabalho e geração de renda
seja compartilhada...
Bom, mas precisamos também pensar a nossa comunidade, afinal é ela que dará
suporte para que o empreendimento se consolide! Por isso, é preciso pensar também se a
forma como o assentamento está organizado tem funcionado e, principalmente, como
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estamos articulando nossas ações com as demais entidades (por exemplo, ATEs, Prefeitura,
Cooperativas, Somar, Embrapa, etc.)... Mas, e a gestão co-operada?
Segue aí algumas informações para começarmos a falar no assunto com mais detalhes!
O que é cooperação?
Cooperação é um processo de interação social, onde os objetivos são comuns, as ações
são compartilhadas e os benefícios são distribuídos para todos.
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Portanto, nosso primeiro passo rumo à formalização da gestão co-operada da
agroindústria é a definição de um objetivo comum e das normas que vão regrar as nossas
formas de participação no grupo, seja via contribuição com trabalho, seja com produção de
matéria-prima, seja com a gestão direta da organização.
Não existe ação coletiva sem conflito, pois cada associado possui objetivos particulares e,
instintivamente, tem a tendência de querer retirar aquilo de que necessita da organização
(que pode ser parecido ou diferente das necessidades de cada companheiro ou dos
objetivos da associação) (SPERRY, 2003, 126).
Princípios da cooperação
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contribuições monetárias iniciais e sobre como e quais serão os benefícios dos associados e
com estes variarão com a sua participação.
Geralmente, a contribuição monetária inicial, a qual chamamos de quotas-parte, é o
que cada sócio pode oferecer e, geralmente, é estipulado um valor mínimo, que fica retido
como reserva. Para as operações cotidianas da organização é necessária uma boa gestão do
empreendimento e, especialmente, a busca por outras fontes de geração de renda. Como
exemplo poderíamos citar a articulação de outras linhas de produção onde o grupo pode vir
a atuar como mediador, visando sempre, beneficiar seus sócios, sem prejudicar sua
estabilidade. Em segunda instancia, é imprescindível pensar o desenvolvimento da
comunidade.
Uma questão fundamental: encontrar um equilíbrio entre a capitalização da
Cooperativa e o benefício aos associados, será sempre o grande desafio da gestão,
especialmente quando ela se propuser co-operativa e democrática!
- autonomia e independência
Os únicos legítimos para decidir são os sócios de forma livre e sem pressão por parte
de outras organizações e membros que não participem da organização.
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2. Diferentes formas de ser/fazer parte da co-operação
Associação
De forma geral, a associação representa atualmente uma das formas mais simples de
formalizar a união de um grupo de pessoas e, geralmente, é fruto de uma iniciativa para a
superação de alguma dificuldade e/ou geração de benefícios aos seus membros. As
associações são organizações que tem por finalidade a promoção da assistência social,
educacional, cultural, representação política, defesa de interesses de classe e outros
objetivos. Por isso, não devem ter fins lucrativos e, portanto, não tem atribuição comercial.
Definição legal
Associa‚€o ƒ a sociedade civil, sem finalidade de lucro, adotada para iniciativas com fins ideais e n€o
comerciais. Como objetivos, visa promover a defesa e interesses de seus associados, incentivar a melhoria
tƒcnica, profissional e educacional de seus integrantes.
A associa‚€o ƒ a f…rmula jur•dica adotada para iniciativas chamadas de: movimentos, entidades, grupos
comunit†rios, cantinas, n‡cleos, mutir„es, c•rculos de m†quinas etc, que tenham decidido se legalizar sem
adotar a forma cooperativada (RECH, 2000, p. 190).
Novo C…digo Civil – Art. 53. Constituem-se as associa‚„es pela uni€o de pessoas que se organizam para fins
n€o econ‰micos.
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Procedimentos para Registro de uma Associação
- Discutir no GT o objetivo da associa†‡o e suas finalidades;
- Construir coletivamente o Estatuto e o Regimento Interno;
- Realizar uma Assembl‹ia para aprecia†‡o do Estatuto e elei†‡o do conselho administrativo (ou
diretoria) – registrar tudo em ATA
- Encaminhar para Cart„rio de Registros de Pessoas JurŒdicas:
- um ofŒcio solicitando o registro do estatuto da entidade (assinado pelo
coordenador/presidente e com endere†o completo do mesmo);
- 03 c„pias da Ata (de funda†‡o e aprova†‡o do Estatuto, elei†‡o e posse do conselho)
assinada pelo presidente/coordenador do conselho com firma registrada;
- 03 vias do Estatuto, revisado por advogado (tem que constar nome e n• OAB) e assinado
pelo presidente/coordenador – rubricar todas as p‰ginas;
- Rela†‡o dos membros do conselho administrativo e dos associados fundadores (nome
completo sem abreviar, nacionalidade, estado civil, profiss‡o e cidade). Verificar se ‹ necess‰rio levar
c„pias dos documentos.
***Todos documentos devem passar pela an‰lise de um advogado e do presidente da Associa†‡o.
Condomínio
A forma “condomŒnio” ‹ pouco utilizada no espa†o rural. Ela geralmente exige no
mŒnimo 02 pessoas e geralmente est‰ relacionada com alguma atividade produtiva prim‰ria,
onde s‡o compartilhados os meios de produ†‡o. Portanto, ‹ uma iniciativa formal, pois deve
ser registrada no Cart„rio de TŒtulos e Documentos, mas n‡o chega a ser uma figura jurŒdica.
Definição legal
Condomínio ou Parceria é uma forma de sociedade de pessoas físicas, que se unem para exercer
determinada atividade em comum, sem, entretanto, formarem uma pessoa jurídica. Como objetivo, visa
desenvolvimento de atividades primárias, observando as limitações que se aplicam a qualquer agricultor
que desenvolva atividade industrial.
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As cooperativas podem ser divididas em 03 tipos diferentes:
*Cooperativas de produção
Nesse grupo incluem-se as cooperativas agropecu‰rias, tritŒcolas, de soja, etc. que
atuam geralmente na intermedia†‡o da produ†‡o prim‰ria e no fornecimento de insumos
agropecu‰rios. Geralmente, no caso das cooperativas de produ†‡o, os “associados s‡o os
seus donos, por meio da propriedade individual do capital social. (...) Os produtos
produzidos por esta cooperativa se destinam fundamentalmente ao mercado” (Rech, 2000,
p. 50).
- Cooperativa de produção agropecuária, no caso dos assentamentos, geralmente
ela ‹ coletiva, j‰ que a terra est‰ nas m‡os da cooperativa sendo, portanto, propriedade
social e de produ†‡o social.
As CPAs do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, “s€o inovadoras no quadro do cooperativismo
brasileiro e abrem um importante debate e esfor‚o na conquista de uma nova legisl‚€o que atenda a esse
tipo de iniciativa comunit†ria de gest€o de neg…cios e conquista de direitos coletivos” (Rech, 2000, p. 52).
*Cooperativas de trabalho
De acordo com Rech (2000, p. 44), o cooperativismo de trabalho vem se constituindo
como um valioso instrumento de organiza†‡o e produ†‡o aut’noma dos trabalhadores. Em
geral, essas cooperativas “agrupam trabalhadores manuais ou intelectuais e a sua proposta ‹
o desenvolvimento em comum de atividades produtivas” (idem, p. 46).
Seguindo nessa l„gica, “cada associado det‹m a propriedade individual dos meios de
produ†‡o, podendo exercer posse coletiva dos meios pertencentes “ cooperativa”. Por
exemplo: cooperativas de t‰xi, dos m‹dicos, etc. Os trabalhadores s‡o associados e
considerados como aut’nomos pela legisla†‡o brasileira (Rech, 2000, p. 53).
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PRINCIPAIS DIFERENÇAS
ASSOCIAÇÕES COOPERATIVAS
Promover a assistência Viabilizar atividade produtiva
NATUREZA
Promover de atividade social Promover atividades comerciais
Sociedade de pessoas sem fins lucrativos Sociedade sem fins lucrativos e com atuação
Representar e defender os interesses dos na atividade produtiva/comercial
associados. Estimular a melhoria técnica, Viabilizar e desenvolver atividades de
CONCEITO
profissional e social dos associados. consumo, produção, prestação de serviços,
Realizar iniciativas de promoção, crédito e comercialização, de acordo com os
educação e assistência social interesses dos seus associados.
1. Aprovação do ESTATUTO em assembléia
1. Aprovação do ESTATUTO em
geral pelos associados.
assembléia geral pelos associados.
2. Eleição do conselho de administração e do
2. Eleição da diretoria e do conselho
conselho fiscal.
fiscal.
3. Elaboração da ata de constituição.
3. Elaboração da ata de constituição.
4. Registro do estatuto e da ata de
LEGALIZAÇÃO 4. Registro do estatuto e da ata de
constituição na junta comercial.
constituição no cartório de registro de
5. CNPJ na Receita Federal.
pessoas jurídicas da comarca.
6. Inscrição Estadual.
5. CNPJ na Receita Federal.
7. Registro no INSS e no Ministério do
6. Registro no INSS e no Ministério do
trabalho.
trabalho.
8. Alvará na Prefeitura.
PESSOA
ASSOCIAÇÕES COOPERATIVAS
JURÍDICA
Realiza plena atividade comercial.
A associação NÃO tem como finalidade
Realiza operações financeiras, bancárias e
realizar atividades de comércio, podendo
pode candidatar-se a empréstimos e
OPERAÇÕES realizá-las para a implementação de seus
aquisições do governo federal.
objetivos sociais. Pode realizar operações
As cooperativas de produtores rurais são
financeiras e bancárias
beneficiadas do crédito rural de repasse.
Não paga Imposto de Renda sobre suas
operações com seus associados.
Deve fazer anualmente uma declaração Deve recolher o Imposto de Renda Pessoa
TRIBUTAÇÃO
de isenção de imposto de renda Jurídica sobre operações com terceiros. Paga
as taxas e os impostos decorrentes das ações
comerciais.
Pode ser fiscalizada pela prefeitura, pela Pode ser fiscalizada pela Prefeitura, pela
Fazenda Estadual, pela INSS, pelo Fazenda Estadual (nas operações de
FISCALIZAÇÃO
Ministério do Trabalho e pela Receita comércio), pelo INSS, pelo Ministério do
Federal. Trabalho e pela Receita Federal.
Após decisão em assembléia geral, as sobras
As possíveis sobras obtidas de operações são divididas de acordo com o volume de
RESULTADOS
entre os associados serão aplicadas na negócios de cada associado. Destinam-se 10%
FINANCEIROS
própria associação. para o fundo de reserva e 5% para o Fundo
Educacional (FATES).
Fonte: Rech, 2000.
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No entanto, dada a conjuntura que vivemos, n‡o h‰ como nos isolar ou restringir
nossa a†‡o ao “mundo assentado”. Precisamos dialogar com o mercado, pelo menos para
conseguir atender algumas das nossas demandas b‰sicas. Portanto, um dos nossos desafios
‹ viabilizar alguma estrutura de di‰logo com mercado que nos garanta um suporte b‰sico de
barganha, seja atrav‹s da articula†‡o das demandas produtivas das famŒlias e a sua compra
coletiva, seja atrav‹s da articula†‡o dos produtos para comercializa†‡o. Bom, mais uma vez
adentramos na necessidade de organiza†‡o da comunidade assentada.
*Os impostos...
ƒ difŒcil estimar quais ser‡o todos os impostos incidentes sobre a cooperativa. A
princŒpio, isso depende n‡o somente da legisla†‡o federal, mas tamb‹m da legisla†‡o
estadual e municipal.
Tomaremos por base as contribui†ˆes de Rech (200, p. 151) para elencar alguns
tributos que podem incidir sobre as cooperativas dos assentamentos:
Impostos da União
1. Imposto sobre importa†‡o (se exerce esse tipo de atividade)
2. Imposto sobre exporta†‡o (se exerce esse tipo de atividade)
3. Imposto sobre Renda e proventos de qualquer natureza (IR), ‹ n‡o-incidente para as
cooperativas. Mas nas opera†ˆes com n‡o-s„cios, deve ser recolhido
obrigatoriamente sobre os ganhos obtidos.
4. Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o valor ‹ definido a partir do tipo de
produto industrializado e a equipara†‡o com o atual regime jurŒdico de
microempresa.
5. Imposto sobre Opera†ˆes Financeiras (IOF), pago nas opera†ˆes de cr‹dito, c”mbio,
seguros e outras aplica†ˆes financeiras.
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vegetais. Em caso de agroindustrializa†‡o dos produtos, com marca pr„pria, eles
dever‡o ser registrados conforme „rg‡o competente.
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Tem sido recorrente nos assentamentos, a dúvida sobre como podem se estabelecer
as relações de trabalho, principalmente nos casos das cooperativas. Geralmente, parte-se
imediatamente para a idéia da carteira assinada, mas
Veja o que diz a legislação sobre as seria isso a melhor saída?
relações trabalhistas, no âmbito das Essa decisão pode parecer simples ou, em
cooperativas... muitos casos, parece ser a mais fácil. No entanto, por
Art. 90. Qualquer que seja o tipo de trás dela tem outra opção de fundo: a decisão entre ser
cooperativa, não existe vínculo
empregado ou ser dono do empreendimento???!!!
empregatício entre ela e seus
associados.
Quando falamos em gestão co-operada, em
Art. 91. As cooperativas igualam-se organização da comunidade assentada, em valorização
às demais empresas em relação aos do trabalho e, principalmente, dos frutos do trabalho,
seus empregados para os fins da através da agregação de valor... precisamos também
legislação trabalhista e pensar em que relações vamos construir para a
previdenciária.
Lei nº 5764/71
operacionalização do empreendimento: queremos
patrões-empregados ou queremos gestão coletiva
transparente?
*E a gestão...
Buenas....
Já estamos indo aos finais da nossa prosa...
Para isso, seria interessante retormarmos algumas questões importantes que foram
sendo pontuadas ao longo do trabalho:
b) Co-gestão, o que é?
A co-gestão é uma forma de colaboração ou trabalho que busca motivar e integrar os
agricultores para participar dos processos de planejamento da cooperativa, visando o
incremento da produtividade.
Aos poucos, quando os cooperados estiverem integrados e participando do processo
de discussão sobre como a cooperativa vai trabalhar, pode-se evoluir ???
Um dos componentes fundamentais de uma co-gestão eficiente se dá via
transparência nas ações, onde maior cuidado deve estar na gestão dos recursos financeiros.
Para tal, passaremos agora a abordar o tema da Gestão Financeira, visando entender alguns
elementos e conceitos básicos que são fundamentais para nos apropriarmos do processo e
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buscar uma autonomia na gest‡o dos recursos dos assentamentos, n‡o importa qual sejam
(fŒsico-naturais, humanos, financeiros, etc.).
A GEST•O FINANCEIRA
1. Investimento
Em gest‡o financeira, entende-se investimento como a aplica†‡o de recursos em
meios de produ†‡o, ou seja, m‰quinas, equipamentos, instala†ˆes, infra-estrutura em geral.
Significa tudo aquilo que ‹ necess‰rio comprarmos e gastarmos para instalar o
empreendimento.
O investimento ‹ o ponto de partida para instalarmos uma agroind•stria. Se n‡o
tivermos esta quantidade de dinheiro necess‰ria como investirmos? Precisamos, ent‡o,
conseguir um financiamento. Nos empreendimentos financiados pelo INCRA, o capital
necess‰rio ao investimento ‹ concedido pelo Programa Terra Sol que destina recursos para
fomentar projetos de agroind•strias em assentamentos. No entanto, ‹ bom ter claro que
investimentos sempre s‡o necess‰rios e n‡o apenas na fase inicial de implementa†‡o de um
empreendimento.
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No caso específico em que tomamos um empréstimo para implementar uma
agroindústria normalmente temos um prazo para realizar o pagamento da dívida. Este prazo
chamamos de tempo de amortização, que é o período de tempo necessário para quitar a
nossa dívida resultante do investimento. Normalmente, quando realizamos um empréstimo
temos que pagar o financiamento em prestações fixas ou variáveis e junto com as
prestações, serão também cobrados os juros e a correção monetária que a dívida gera.
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empréstimo só se torna viável se o nosso empreendimento conseguir pagar todos os custos
e ainda obter um lucro mensal igual ou superior ao valor da prestação que deveremos pagar
(capital + juro + correção monetária) para poder fazer frente ao pagamento do
financiamento.
É importante lembrar ainda que quando se trata de investimento em área produtiva
deve se tomar cuidado para que os bens adquiridos ou as instalações a serem construídas
estejam dimensionadas dentro da capacidade adequada a realidade do empreendimento.
Pode se tornar um erro grave projetar instalações grandes demais ou investir em
equipamentos com capacidades superdimensionadas para a necessidade da agroindústria.
Quando isso acontece, as máquinas e as instalações ficam subutilizadas e ociosas. Cabe
lembrar que quanto maior as instalações e os equipamentos maiores também serão os seus
custos de manutenção e como sabemos máquina parada é indicativo de prejuízo.
Você sabe o que é carência?
Às vezes existem linhas de crédito onde o prazo de pagamento tem um período de CARENCIA. Isto
significa que durante um período você não precisa pagar parte do capital financiado, apenas o juro devido.
Isto se deve ao fato de que assim permite-se ao agricultor que toma o empréstimo que este tenha um
tempo maior para gerar recursos para fazer frente ao pagamento das parcelas referentes ao capital. Assim,
por exemplo: se o empréstimo de dez mil reais, fosse em dez parcelas anuais, mas com dois anos de
carência, significaria que nos dois primeiros anos teríamos que pagar apenas o juro de 3 % sobre a dívida e a
partir do terceiro ano começaria a pagar parte do capital mais a correção monetária, além do juro devido.
Deste modo, permite-se que o investimento realizado em instalações ou equipamentos possa resultar em
lucro suficiente para pagar as parcelas do financiamento. Assim, permite-se que em maior tempo, o
agricultor possa apreender a trabalhar no novo negócio e administrar mercados mais amplos, além de que
possa usar o que pagaria como parcela do empréstimo relativa ao capital como capital de giro.
Você sabia que capital de giro é o recurso necessário para que o gestor possa tocar o
empreendimento, adquirindo matéria-prima, comprando embalagens e pagando taxas necessárias para
manter o empreendimento legalizado, antes que o retorno dos investimentos possam garantir recurso para
isto. Ainda mais que muitas vezes as vendas são a prazo e antes de receber dos compradores, teremos que
comprar mais matéria-prima, embalagens e pagar custos de manutenção e transporte por exemplo, para
continuar produzindo.
Escala de Produção
Refere-se a uma determinada quantidade de unidades produzidas com um determinado conjunto
de fatores de produção. Para aumentar a escala produzida, a empresa necessitaria de alterar a
disponibilidade de fatores de produção, o que significaria aumentar seus custos fixos, onde o mais
comum deles é a depreciação. A depreciação é a desvalorização do bem pelo seu uso ou somente pelo
passar do tempo, significando um valor a ser reservado anualmente para permitir a reposição do bem
quando este esgotar sua vida útil. Voltaremos a ela mais abaixo. Se a empresa estiver produzindo um
número de unidades inferior a escala de produção possível terá maior custo fixo por unidade
produzida, situação que chamamos de produção com capacidade ociosa. Nesta situação, por ausência
de matéria-prima ou dificuldade de mercado, necessita-se de receber um maior valor por unidade
vendida para compensar o custo unitário mais elevado. Quando aumentamos as quantidades
produzidas, aproximando-se da escala máxima de produção, diminuímos o custo fixo por unidade e
por conseqüência o custo total. Por isto que quando a estrutura disponível em instalações, máquinas e
equipamentos é de valor elevado e a conseqüente depreciação também é elevada, dizemos que 22 é
necessária uma alta escala de produção para compensar tais custos fixos. O que em pequenas
agroindústrias nem sempre é possível.
empresa.
Para melhor facilitar a nossa compreens‡o
vamos realizar a partir de agora, e passo a passo, Espécie de Em relação a escala de
Custo produção
algumas simula†ˆes a partir de uma agroind•stria
Fixo Não varia.
imagin‰ria. Os n•meros utilizados tamb‹m n‡o Variável Varia
representam a realidade e s‡o aleat„rios, sendo proporcionalmente
importante para n„s apenas a compreens‡o da Total Soma do custo fixo e
l„gica de cada conta. Vamos imaginar que a nossa variável.
agroind•stria trata-se de um moinho colonial e que
trabalha na fabrica†‡o de uma 1 tonelada de farinha de milho por mŠs.
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estes custos estarão ocorrendo independente de estarmos ou não produzindo. Para dar
seqüência a nossa análise vamos trabalhar com a hipótese que além dos R$ 500,00 de
aluguel a nossa agroindústria vai ter também um custo de depreciação no valor de mais R$
500,00. Desta forma, já podemos visualizar no quadro abaixo o custo fixo de nossa empresa.
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de nossa agroind•stria. Vejamos, no quadro ao lado, o que significa cada uma dessas
ferramentas de an‰lise financeira.
CVU = CVT/Q
MC = PV – CVU
O resultado obtido aponta que de cada quilo de farinha produzido e vendido nos
sobram R$ 0,20 para pagar os custos fixos, ou seja, R$ 0,20 ‹ a nossa margem de
contribui†‡o para a farinha de milho. A partir do momento que sabemos quanto sobra da
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venda de cada produto podemos fazer uma estimativa de qual deve ser a produ†‡o mŒnima
que devemos atingir para cobrir os custos iniciais de nossa agroind•stria.
PE = CF / MC
Para calcularmos o ponto de equilŒbrio basta dividirmos o custo fixo (R$ 1.000,00)
pelo valor da margem de contribui†‡o (R$ 0,20). Assim teremos o seguinte resultado:
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3. Dificuldades para obter os números
3.1 Depreciação
Para sabermos o valor de deprecia†‡o de um bem
precisamos basicamente de trŠs coisas: saber o valor do bem novo, saber o
tempo de vida •til desse bem e conhecer o valor residual desse bem, em
outras palavras, saber qual o valor desse bem no final da sua vida •til. Por
exemplo, na atualidade um carro popular novo custa em torno de R$
20.000,00, podemos estimar a sua vida •til em torno de 25 anos e avaliar que ao
final da sua vida •til este veŒculo vai valer aproximadamente R$ 4.000,00. Para
calcularmos a deprecia†‡o desse veŒculo basta descontar do valor do veŒculo novo
o valor residual e dividir por sua vida •til. Para calcular a deprecia†‡o deve-se
seguir a seguinte f„rmula:
D = VN – VR / (VU)
Vejamos o c‰lculo:
A partir deste c‰lculo simples podemos estimar que um carro popular novo possui
uma deprecia†‡o anual de R$ 640,00. Para saber o valor da deprecia†‡o mensal, basta dividir
este valor pelos meses do ano, ou seja, R$ 640 divido por 12, onde temos ent‡o uma
deprecia†‡o mensal de R$ 53,33.
Esta mesma f„rmula pode ser
Tipo de bens Vida útil
utilizada para calcular a deprecia†‡o de
Construções de alvenaria 50 anos
Construções de madeira 30 anos
m‰quinas, equipamentos e instala†ˆes.
Construções mistas 40 anos No caso de dificuldades para estimar o
Equipamentos em geral 15 anos valor residual Lima et al (2001)
recomendam adotar 20% do pre†o dos
equipamentos e m‰quinas novos e 10% sobre o valor estimado das instala†ˆes, j‰ para
estimar a vida •til os autores recomendam utilizar as referŠncias do quadro.
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como lucro. No entanto, ‹ preciso sempre fazer uma reserva para cobrir os gastos com
manuten†‡o e deprecia†‡o. “O n‡o entendimento da natureza destes custos e da
necessidade de se fazerem as reservas necess‰rias ao seu pagamento cria a ilus‡o de uma
rentabilidade aparente que, com o correr do tempo, pode inviabilizar o projeto” (CAPINA, p.
25, 1998). O quadro abaixo traz alguns exemplos de custos fixo.
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Na atualidade, j‰ existem muitas ferramentas que facilitam a nossa vida no momento
de realizar esses registros e fazer os devidos c‰lculos. Programas de computador como, por
exemplo, o Excel s‡o uma importante ferramenta de trabalho para controle financeiro, mas
para pessoas que n‡o s‡o acostumadas ou tem dificuldades no uso do computador
ferramentas mais simplificadas podem ser utilizadas. O bom e velho caderno de anota†ˆes
ou uma planilha onde se realiza os registros do que foi comprado, do que foi vendido, do
que foi gasto para produzir e do que realmente ganhamos ‹ uma boa ferramenta de
controle. Uma boa maneira de come†ar essa tarefa de registro e controle come†a pela
pr„pria defini†‡o do tipo de custo, fixo ou vari‰vel. Pode-se construir tabelas simples, da
mesma forma como realizamos no exemplo citado anteriormente.
O importante ‹ deixar claro que em gest‡o financeira n‡o existe m‰gica ou milagre,
ou n„s temos o controle e o registro do que gastamos e ganhamos, ou nunca teremos
certeza realmente de quanto gastamos para produzir e qual ‹ o verdadeiro resultado
econ’mico da nossa empresa. “A boa gest‡o financeira ‹ um importante meio para as
empresas terem condi†ˆes de alinhar e manter seus objetivos estrat‹gicos em dia e, ainda,
aperfei†oar suas pr‰ticas e processos internos. [...] Sem esse equilŒbrio, n‡o se chega a lugar
algum” (FRANCO, 2008).
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REFER—NCIAS
i
Baseado na Cartilha de Apoio I – Programa de Forma•‚o para a Coopera•‚o e Organiza•‚o dos Assentamentos,
2008.
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