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Tradição, Magistério e Escritura

Cristo não é um fundador de nova religião, nem o cristianismo é uma "heresia" do judaísmo. Os Apóstolos e os
discípulos continuaram freqüentando o Templo e seguindo os rituais ali celebrados, até mesmo após a Sua
Morte, Ressurreição e Ascensão (Lc 24,53; At 2,46; 3,1) bem como após o Pentecostes (At 2,46; 3,1...).
Compartilhavam da "visão" de Jesus de que o cristianismo é o "cumprimento" do judaísmo, o seu ponto de
chegada:

"Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir. Porque em verdade vos digo
que, até que o céu e a terra passem, de modo nenhum passará da lei um só "i" ou um só "til", até que tudo
seja cumprido" (Mt 5,17-18).

Entretanto, os primeiros cristãos não conheciam o Novo Testamento tal como se conhece hoje. Quando muito
haviam alguns manuscritos destinados apenas a registrar as pregações locais. Os cristãos de Roma, por
exemplo, conheciam a pregação de Pedro e, possivelmente, conheciam também uma ou outra das cartas de
Paulo (2 Pe 3,15-16). Vê-se facilmente que os escritos atuais dos Evangelhos são verdadeiramente o registro
catequético de então, a primeira expressão da Tradição Apostólica, aqueles que foram escolhidos e aprovados
entre tantos outros (Lc 1,1-2 diz "muitos"):

"A Tradição de que falamos aqui é a que vem dos Apóstolos. Ela transmite o que estes receberam do ensino e
do exemplo de Jesus e aprenderam pelo Espírito Santo. De fato, a primeira geração de cristãos ainda não tinha
um Novo Testamento escrito, e o próprio Novo Testamento testemunha o processo da Tradição Viva"
(Catecismo da Igreja Católica, 83).

"Por isso, a pregação apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se por
uma sucessão contínua até a consumação dos tempos. (...) Esta Tradição, oriunda dos Apóstolos, progride na
Igreja sob a Assistência do Espírito Santo..." (Constituição 'Dei Verbum', Conc. Vat. II, n.º 8).

Informa Papias que o primeiro Evangelho foi escrito por Mateus em aramaico, que o destinou aos judeus.
Vieram outros, inclusive a tradução dele para o koiné, o grego popular de então, que não eram ainda tão
difundidos, nem faziam parte de um cânon definido pela Igreja. Somente algumas comunidades tinham uma
espécie de compilação mais ou menos aleatória, ao que tudo indica, e não ainda de forma sistemática como
hoje:

"Foi a Tradição Apostólica que levou a Igreja a discernir quais os escritos que deveriam ser enumerados na lista
dos Livros Sagrados" ('Dei Verbum, 8,3). Esta lista completa é denominada 'Cânon' das Escrituras. Comporta,
para o Antigo Testamento, 46 (45, se contarmos Jeremias e Lamentações juntos) escritos e 27 para o Novo:

Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, os dois livros de Samuel, os dois Livros
de Reis, os dois Livros de Crônicas, Esdras e Neemias, Tobias, Judite, Ester, os dois Livros de Macabeus, Jó, os
Salmos, os Provérbios, o Eclesiastes (ou Coélet), o Cântico dos Cânticos, a Sabedoria, o Eclesiástico (ou
Sirácida), Isaías, Jeremias, as Lamentações, Baruc, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas,
Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, para o Antigo Testamento;

os Evangelhos de Mateus, de Marcos, de Lucas e de João, os Atos dos Apóstolos, as Epístolas de São Paulo aos
Romanos, a Primeira e a Segunda aos Coríntios, aos Gálatas, aos Efésios, aos Filipenses, aos Colossenses, a
Primeira e a Segunda aos Tessalonicenses, a Primeira e a Segunda a Timóteo, a Tito, a Filêmon, a Epístola aos
Hebreus, a Epístola de Tiago, a Primeira e a Segunda de Pedro, as três Epístolas de João, a Epístola de Judas e
o Apocalipse, para o Novo Testamento (Catecismo da Igreja Católica, 120).

Da mesma forma que então, porque inexistente, para os católicos ainda hoje, "só a Bíblia" não é, nem pode
ser, o único fundamento para a fé, eis que não se partiu dela para o que se crê. O que nela se compôs foi o
então ensinado pelos Apóstolos. Por isso, fundamental ainda lhes é o conjunto formado por: Tradição +
Magistério + Escritura:
"Fica portanto claro que segundo o sapientíssimo plano divino a Sagrada Tradição, a Sagrada Escritura e o
Magistério da Igreja estão de tal maneira entrelaçados e unidos, que um não tem consistência sem os outros, e
que juntos, cada qual a seu modo, sob a ação do mesmo Espírito Santo, contribuem eficazmente para a
salvação das almas" (Constituição Dogmática 'Dei Verbum', 10)

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