É a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e
comunicações. Segundo a Constituição Federal, são princípios fundamentais de toda a Administração Pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência, sendo inadmissível que um documento expedido pelo Poder Público esteja redigido de maneira obscura ou ambígua. Dessa forma, impessoalidade, clareza, concisão, formalidade, uniformidade e o uso do padrão culto da linguagem deverão ser características norteadoras da redação de um documento oficial, a fim de produzir-se um texto transparente e inteligível para todo o conjunto de cidadãos.
É importante que se distinga a Redação Oficial de um certo “padrão
oficial”, de uma forma específica de linguagem pertencente apenas aos meios administrativos. Pelo contrário, por ter como finalidade básica a comunicação mais clara e objetiva possível, impõem-se à Redação Oficial certos parâmetros de uso da língua que diferem daqueles utilizados pela literatura, pelo texto jornalístico e por formas mais subjetivas de comunicação.
Manual de Redação da Presidência da República é o documento que
regulamenta as normas de redação de atos e comunicações oficiais.
Sistematizando os aspectos essenciais da Redação Oficial, padronizando
sua diagramação, exibindo modelos e adequando, a cada nova edição, as formas textuais aos meios de comunicação em uso no período, o manual possibilita a reflexão sobre questões como a identificação clara do problema que motiva um ato ou comunicação, seus possíveis custos e prováveis efeitos e sua legalidade e constitucionalidade. Desta maneira, contribui para a consolidação de uma cultura administrativa de profissionalização dos servidores públicos e de respeito aos princípios constitucionais, objetivando a constante melhoria dos serviços prestados à sociedade.
DICAS PARA ELABORAR UM TEXTO NO PADRÃO OFICIAL
1. Seja conciso.
Redija um texto capaz de transmitir um máximo de informações com um
mínimo de palavras. Para isso, é necessário domínio do assunto e atenção na revisão.
2. Seja impessoal.
Evite marcas de impressões pessoais do tipo “na minha opinião”.
Lembre-se: é em nome do Serviço Público que você está falando.
3. Esteja atento aos pronomes de tratamento.
Os pronomes de tratamento apresentam certas peculiaridades quanto à
concordância verbal, nominal e pronominal. Por exemplo: embora se refiram à segunda pessoa gramatical, levam a concordância para a terceira pessoa.
4. Evite expressões artificiais.
Respeito e impessoalidade pedem o uso de formas diretas e objetivas.
Expressões em desuso como “Venho por meio desta”, “Tenho a honra de" ou "Cumpre-me informar que" são artificiais e não cabem em textos oficiais.
5. Utilize corretamente os fechos.
Além de arrematar o texto, os fechos dos textos oficiais devem saudar o
destinatário. O documento deve levar assinatura e identificação do cargo daquele que as expede.
Há dois fechos diferentes para todas as modalidades do texto oficial:
a. Respeitosamente, (para autoridades superiores, inclusive o
Presidente da República); b. Atenciosamente (para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior) .