Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Belo Horizonte
2010
2
Belo Horizonte
2010
3
________________________________________________
Prof. Ms. Jésus Trindade Barreto Junior.
________________________________________________
Professor/a
________________________________________________
Professor/a
Belo Horizonte
2010
4
AGRADECIMENTOS
Dedico este trabalho, às pessoas a quem amo e respeito, minha família e amada
Cristiane; aos meus pais José Gonçalves e Elizabeth Duque e a meus irmãos Max, Joanathas,
Isabella, Dany e Fabiana que me inspiraram pela busca do conhecimento;
Aos companheiros de jornada da Guarda Municipal de Belo Horizonte, Alunos da Pós
Graduação, da Defesa Civil de Belo Horizonte, sobretudo o Coordenador Municipal Sr. Dr.
Elmar da Silva Lacerda que incentivou a minha participação e conclusão deste Curso;
E principalmente a Escola Dom Helder, em especial ao Prof. Ms. Jésus, a SENASP Secretaria
Nacional de Segurança Pública, que proporcionou aos profissionais da Segurança Pública a
possibilidade de se especializarem e ainda através do conhecimento e atitudes transformar a
sociedade para um modelo de justiça e paz.
5
RESUMO
Este artigo tem como objetivo de realizar estudos e confirmar a viabilidade do uso
do Sistema de Comando em Operações (SCO), sobretudo nos eventos que ocorrerão no Brasil
em 2014, que é a Copa do Mundo FIFA. Os estudos desdobram-se em etapas, tendo por escopo
analisar o cenário atual de integração dos atores que estarão envolvidos com evento, trazer a dinâmica
sistêmica e verificar sua aplicabilidade em eventos de Segurança Pública, tendo em vista as múltiplas
agências de diversas esferas governamentais e privadas. Mostrando que com a instalação pelas
autoridades os órgãos envolvidos manterão sua autonomia, porém com um objetivo comum e todos
voltados na resolução de situações-problemas e com uma linguagem clara e precisa. Sendo
proporcionado com os estudos uma inovação no contexto da segurança pública e
administração pública, o uso do sistema já foi utilizado em situações adversas no âmbito da
Defesa Civil no Brasil e resoluções de alta complexidade nos Estados Unidos da América, tais
como ataque de 11 de Setembro e grandes incêndios florestais. Assim o poder público através
de uma ferramenta gerencial e sistêmica poderá aplicá-la no evento de alta complexidade que
é a Copa do Mundo 2014, com objetivos de que sejam apresentados resultados positivos nas
ações.
Palavras-chave:
Sistema de Comando em Operações, segurança pública, planejamento
interinstitucional de operações em defesa social, Copa do Mundo.
6
ABSTRACT
This article aims to conduct studies and confirm the feasibility of using the
System Command Operations (SCO), especially in events that take place in Brazil in 2014,
the FIFA World Cup. Studies unfold in stages, with the purpose to analyze the current status
of integration of the actors who will be involved with the event, bring the system dynamics
and their applicability in events of public security, in view of the multiple agencies in various
spheres of government and private. Showing that with the installation by the participating
agencies will maintain their autonomy, but with a common goal and all focused on solving
problems and situations, with a clear and precise language. As with the studies provided an
innovation in the context of public safety and public administration, the use of the system was
used in adverse situations in the Civil Defense in Brazil, and high-complexity in the United
States of America, such as 11 attack and large forest fires in September. Thus the public
through a systematic management tool and can apply it in the event of high complexity
that is the 2014 World Cup, with goals that are presented in positive actions.
Keywords:
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO______________________________________________________ 8
6 CONCLUSÕES______________________________________________________ 27
7 GLOSSÁRIO________________________________________________________ 29
8 ANEXOS___________________________________________________________ 30
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS_____________________________________ 34
8
1 INTRODUÇÃO
O uso deste instrumento dispõe de mecanismos que podem dar uma resposta em
tempo real a todas as possibilidades de um evento de magnitude mundial, onde o respeito às
leis, interesses econômicos, religiosos e políticos podem influenciar nas ações de segurança
pública que transpassam as ocorrências convencionais do Brasil.
1
Decreto de 14 de Janeiro de 2010 Institui o Comitê Gestor para definir, aprovar e supervisionar as ações previstas no Plano
Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para a realização da Copa do Mundo FIFA 2014, e dá outras providências. (CGCOPA - Comitê Gestor
da Copa; e GECOPA – Grupo Executivo da Copa)
10
longo dos últimos anos, indica que entre os vários problemas encontrados na
implementação das ações de resposta aos desastres, questões relacionadas ao
comando e controle das operações constituem-se num ponto altamente relevante,
que quase sempre representa o elo fraco de muitas intervenções”
Oliveira (2008, p.75) afirma através de análise que o SCO preserva a autonomia
das agências participantes, mantendo a integração dos órgãos, utiliza-se da administração por
objetivos com uso de Plano de Ação e que caso seja necessário realiza a transferência de
Comando, podendo ainda realizar um gerenciamento eficaz dos recursos humanos e
logísticos, realizar a administração da operação através de instalações em locais pré-definidos
e utilização de formulários padronizados do uso de formulários padronizados.
Com a perspectiva para uma melhor resposta por parte da segurança pública a
integração já é uma necessidade dos órgãos de segurança pública, pois as ocorrências são
2
Após os ataques terroristas em 11 de setembro 2001, o presidente americano George W. Bush expediu, no dia
28 de fevereiro de 2003, a Diretiva Presidencial de nº 5 (HPSPD 5 – Homeland Security Presidencial Directive
nº 5), Diretiva essa que instituiu o SCI (SCO) Sistema de Comando de Incidentes no gerenciamento de
emergências.
12
Ou seja, o SCO de acordo com a Defesa Civil do Brasil (BRASIL, 2007, p. 23) é
3 - CARACTERÍSTICAS DO SCO
“Pela sua característica, o ICS se propõe a ser utilizável para qualquer composição
de incidentes, incluindo incidentes com o envolvimento de:
• Várias equipes de uma mesma agência em uma única jurisdição;
• Várias agências de uma única jurisdição;
• Várias jurisdições de uma mesma agência;
• Várias jurisdições de várias agências.
Além disso, é adequado para a resposta a incidentes envolvendo diversos
tipos de incidentes:
• Incêndios, tanto florestais como estruturais;
• Desastres naturais, como tornados, enchentes, furacões e terremotos;
• Emergências com vazamento de produtos perigosos;
• Missões de busca e salvamento;
• Repressão a ações criminosas e investigação da cena de crimes;
• Incidentes terroristas, incluindo o uso de armas de destruição em massa;
• Eventos especiais como visitas presidenciais e finais de campeonato; e
• Eventos envolvendo multidões como manifestações e passeatas.
Finalmente, é importante destacar que o ICS pode ser utilizado em operações
com diferentes graus de planejamento prévio.”
De acordo com Brasil (2010 p. 39) o SCO afirma que a pessoa que assuma o Comando é o
responsável pelas operações como um todo, e para facilitar os trabalhos operacionais, a
estrutura organizacional padronizada é representada por um fluxograma em que são
representadas as principais funções, devendo ser inserido os nomes das pessoas ao lado das
funções, assim pode-se identificar quem é no contexto das operações e o que faz.
por:
Segurança
Staff do Comando
Porta-voz
Comando COMANDO
Ligações
Secretário
Controlador
Suporte
Uso de planos de ação: As ações são determinadas por planos de ação, que
fornece as pessoas e organizações uma idéia geral da situação, dos recursos disponíveis, e
principalmente dos objetivos e prioridades em períodos operacionais determinados, buscando
otimizar os esforços e gerando sinergia. Estes planos de ação, por recomendação, devem ser
formais, sobretudo por formulários (ver anexos).
16
O comando deverá dar importância sobre o espaço físico, ou seja, onde ficará o
Comando e os agentes responsáveis pelo evento, delimitando áreas de trabalho. Tendo estas
áreas de trabalho referenciadas como: Área Quente, Área Morna, Área Fria, Área de Reunião,
Posto de Comando e Bases de Apoio.
20
preocupado com a mensuração dos problemas, consolidou um banco de dados comum entre
as policias civil e militar mudou antigo “B.O.” (boletim de ocorrência) para “REDS” (registro
de eventos de defesa social), porém quando envolve os entes federados em outros dados
relevantes à segurança pública (saúde, distribuição de renda, infra-estrutura, limpeza urbana)
poucos dados ou fatos são levados ao conhecimento dos gestores da segurança pública.
Verificou-se que este processo inicial de integração da base de dados foi positivo,
porém as forças Estaduais de Polícia e de segurança pública necessitam de desenvolver
mecanismos integração e de comunicação simultâneos, sobretudo em um evento de múltiplas
agências que ocorrerá em 2014. Tendo múltiplos olhares no campo geográfico das cidades
através de rádio comunicadores, imagens satélite, monitoramento de vídeo integrado, sejam
elas do Trânsito das Cidades, da Guarda Municipal, da PMMG e da região dos Estádios.
“O arranjo institucional adotado em Minas Gerais a partir de 2003 tem como uma de suas
características a gestão integrada de ações e operações. O que se espera é que órgãos de defesa
social que se articulem efetivamente o façam também no nível operacional. Isso é notadamente
importante para a superação da divisão do trabalho policial, desenvolvido pela Polícia Civil e
pela Polícia Militar.”
22
“O Sistema de Comando em Operações (SCO) é uma ferramenta gerencial que visa treinar,
planejar, organizar, dirigir e controlar os grupos atuantes nas ações de resposta, ou seja, socorro
e assistência às vítimas de um desastre, especialmente quando o auxílio é realizado por
múltiplas agências, jurisdições ou equipes. Emergências são situações que normalmente
envolvem risco, exigindo a intervenção de pessoal treinado e equipado, a fim de reduzir as
conseqüências negativas de um desastre. Nas denominadas "situações críticas", as ações de
resposta exigem dos órgãos envolvidos uma postura organizacional não rotineira durante a
administração das ações. Alguns casos de repercussão nacional onde a doutrina do SCO foi
utilizada continuam vivos na memória de todo país. Em 10 de janeiro de 2007 aconteceu o
rompimento da barragem da Mineração Rio Pomba Cataguases, em Miraí, na Zona da Mata. O
desastre provocou o vazamento de cerca de dois bilhões de litros de lama, que atingiram rios,
inundaram vários bairros, atingiram Muriaé e Patrocínio do Muriaé, em Minas Gerais, e Lajes
do Muriaé e Itaperuna, no Estado do Rio de Janeiro. Além de deixar famílias desabrigadas e
23
5 - CONCLUSÕES
Necessitando neste contexto de Copa do Mundo uma forma de saber das situações
e assuntos relacionados à segurança pública disponibilizado em tempo real para uma resposta
mais eficaz dos seguintes órgãos: Polícia Militar e Civil, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil,
Polícia Federal, Infraero, Ministério da Defesa, Sistema Prisional, Gestores de Trânsito e
Infra-estrutura Essenciais, Guarda Municipal, Gestores do Sistema Público de Abastecimento
Essenciais (água, luz, combustível, alimentação, telefonia, etc), Sistema de Saúde,
organização do evento (CBF/FIFA) e demais agências se forem requisitadas.
SCO, dos órgãos dos órgãos do sistema de defesa social e de apoio deverão seguir conceitos
internacionais de gerenciamento, sobretudo a efetividade, bem como toda a logística de
atendimento deverá ser pautada na excelência de respostas positivas.
Além disso, conforme GOMES (2010, p. 76) defende que “o SCO não é algo
novo e experimental, pois sua estruturação é garantida por uma ampla fundamentação teórica,
de longa data e aliada à experiência de inúmeros eventos em vários diferentes países”.
Necessitando ainda revisão constante dos planos de contingência pré-copa dos órgãos
envolvidos, melhoramento das infra-estruturas no âmbito transporte público (aviação e
rodoviário), vias públicas e hospitais, tudo conforme pré-requisitos da FIFA para que o país
possa receber o evento, e tais melhoramentos podem influenciar no cenário na segurança
pública.
29
6 - GLOSSÁRIO
4. Mapa/croqui
Formulário nº 2
1. Nome da operação: 2. Preenchido por: Formulário
3. Data/Hora: SCO 201
6. Prioridade e objetivos:
Formulário nº 3
1. Nome da operação: 2. Preenchido por: Formulário
3. Data/Hora: SCO 201
Formulário nº 4
1. Nome da operação: 2. Preenchido por: Formulário
SCO 201
6 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GOMES, Carlos Alberto de, Junior. Capacitação para o Sistema de Comando em Operações.
Santa Catarina, Ceped, 2006.
DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: obra completa. São Paulo. Nobel,
2002. 570p.
ROCHA, Geórgia Ribeiro. BARRETO, Jésus Trindade Junior. GONTIJO, Ricard Franco.
Modelo de Gestão Integrada do Sistema de Defesa Social de Minas Gerais, 2003.
SAPORI, Luiz Flávio. Integração Policial em Minas Gerais, Civitas Porto Alegre v. 8 n. 3 p.
428-453 set-dez. 2008.
http://www.segurancacidada.org.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1378&It
emid=145 – Acesso às 19:25h do dia 10/09/2010
http://www.copa2014.org.br/noticias/4808/BRASIL+TERA+CENTRO+DE+CONTROLE+D
E+SEGURANCA+EM+2014.html - Acesso às 16:10h do dia 01/09/2010
http://pt.fifa.com/mm/document/affederation/mission/62/24/78/inspectionreport_e_24841.pdf
- Acesso às 21:00h do dia 13/09/2010
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/dsn%2007-04-6-
2010?OpenDocument - Acesso às 12:00h do dia 20/11/2011.