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Psicopatologia Geral II

Dalgalarrondo, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. 2. Ed. – Porto


Alegre: Artmed, 2008. 440p.

Aula 4 - A avaliação do paciente

A avaliação do paciente, em psicopatologia, é feita principalmente por meio da


entrevista. Aqui a entrevista não pode, de forma alguma, ser visto como banal, um
simples perguntar ao paciente sobre alguns aspectos de sua vida. A entrevista,
juntamente com a observação cuidadosa do paciente, é, de fato, o principal instrumento
de conhecimento da psicopatologia. Por meio de uma entrevista realizada com arte e
técnica, o profissional pode obter informações valiosas para o diagnóstico clínico, para
o conhecimento da dinâmica afetiva do paciente e, o que pragmaticamente é mais
importante, para a intervenção e o planejamento terapêuticos mais adequados.

Extrair um conhecimento relevante do encontro com o doente e, nesse encontro,


agir de forma útil e criativa, eis um dos eixos básicos da prática profissional em saúde
mental. A entrevista psicopatológica permite a realização dos dois principais aspectos
da avaliação:

1) A anamnese, ou seja o histórico dos sinais e dos sintomas que o paciente


apresenta ao longo de sua vida, seus antecedentes pessoais e familiares, assim
como de sua família e meio social.
2) O exame psíquico, também chamado exame do estado mental atual.

Sobre a avaliação física:

– Os pacientes com transtornos psiquiátricos apresentam morbidade física mais


frequente que a população geral.

– Os distúrbios e doenças físicas são “subdiagnosticados”, ou seja, o clínico geral (o


médico não-psiquiatra, de forma geral) tende a não examinar adequadamente o doente
mental, pois ele não é “seu doente”, é “doente apenas do psiquiatra”.

- O psiquiatra não realiza o exame físico do paciente, pois não se considera “médico do
corpo”, mas “especialista” ou “médico exclusivamente do psiquismo, do
comportamento ou da alma”.
- Os pacientes com transtornos mentais graves podem ter dificuldades em comunicar
objetivamente suas queixas somáticas.

Sobre a avaliação neurológica

– A avaliação neurológica depende de anamnese bem-colhida e de exame neurológico


objetivo que, bem-realizado, visa identificar uma possível lesão ou disfunção no sistema
nervoso central e/ou periférico. Entretanto, muitas afecções1 neuronais, responsáveis por
quadros neuropsiquiátricos, embora presentes e clinicamente significativas, não
produzem sintomas localizatórios. Em muitos casos, ainda que haja lesão ou disfunção
neurológica, não se identifica um sintoma ou sinal que indique lesão com topografia
cerebral localizável.

Sobre a psicopatologia

- Os testes de personalidade e os rastreamentos para verificar “organicidade” são os


mais utilizados na prática clínica diária.

- Os testes projetivos, “abertos”, mais utilizados são: o teste de Rorschach; o TAT


(Teste de Apercepção Temática, de Murray); o Teste de Relações Objetais – TRO de
Phillipson; o Teste das Pirâmides, de Pfister; e o HTP-F (teste de desenho da casa-
árvore-pessoa-família), de Buck (2003). Dependem muito da habilidade, do
conhecimento e da experiência interpretativa do psicólogo clínico que os utiliza. Os
testes de personalidade estruturados mais difundidos são o MMPI, o 16-PF e, a partir
dos anos 1990, o “modelo dos cinco fatores – the big five model” de McCrae e John
(1992). São testes mais objetivos em sua interpretação, com melhor confiabilidade
(reliability) e, por isso, mais empregados em pesquisa.

- Não é objetivo deste livro resumir o campo do psicodiagnóstico, posto ser área de
pesquisa e de prática clínica rica e complexa. Recomenda-se, nesse sentido, o livro
Psicodiagnóstico, de Jurema Alcides Cunha (2000).

1
conjunto de sintomas provocados por lesão mórbida, abstraindo-se de sua causa; alteração do modo de
reagir a impressões

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