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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ

A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA E NO


DOMÍNIO ECONÔMICO

ILHÉUS-BA

OUTUBRO/2014
ÁLVARO MESSIAS DOS SANTOS

ANDRÉ LUIZ DE ALCÂNTARA BRANDÃO

LUCIANO DOS SANTOS

MILTON DAMASCENO FILHO

MIRIAN BISPO DOS SANTOS

RAILTON GONÇALVES SANTOS

RULIAN ROCHA DOS SANTOS

VICTOR ARAÚJO VINHAS

A INTERVENÇÃO DO ESTADO NA PROPRIEDADE PRIVADA E NO


DOMÍNIO ECONÔMICO

Atividade entregue como parte dos créditos


da disciplina Direito Administrativo II do
6° semestre noturno do curso de direito.

Prof.ª Lílian Brito

ILHÉUS-BA

OUTUBRO / 2014
A Intervenção Do Estado Na Propriedade Privada E No Domínio Econômico

Nas sociedades organizadas um princípio sustenta toda estrutura social: a supremacia do


interesse público sobre o privado. Esse princípio autoriza o Estado a intervir na
propriedade privada e no domínio econômico. A natureza complexa desse tema tem
provocado grandes debates na seara jurídica, tanto entre os doutrinadores como na
jurisprudência.

José dos Santos Carvalho Filho, importante expoente do direito administrativo, afirma
que a intervenção do Estado na propriedade resulta da evolução do perfil do Estado no
mundo moderno, que suprimi as ações individuais e se propõe a concretizar as
aspirações coletivas exercendo o papel de profunda conotação social. Essa nova postura
opõem-se ao chamado laissez faire.

O Estado contemporâneo foi assumido a tarefa de assegurar a prestação dos serviços


fundamentais e ampliando seu aspecto social, procurando a proteção da sociedade vista
como um todo, e não mais como um somatório de individualidade. Para tanto, precisou
imiscuir-se nas relações privadas. O dilema moderno se situa na relação entre o Estado e
o indivíduo.

A propriedade é instituto de caráter político, sendo que a ordem jurídica pode


reconhecer ou não as características que dão forma ao instituto, isto porque, a
propriedade constituiu ao longo da história verdadeiro direito natural, sendo erigida a
direito fundamental nas declarações direito da época do constitucionalismo.

Varia bastante o enfoque dado pelos autores à natureza jurídica do tombamento. Isto
porque para alguns autores trata-se servidão administrativa, outros sustentam que o bem
tombado é um bem de interesse público. Para o autor não se deve concordar com a
posição segundo a qual se trata de servidão administrativa. Por mais de uma razão.
Primeiramente, o tombamento não é um direito real, como o é uma servidão; depois
inexistem as figuras do dominante e do serviente administrativa. De outro lado,
classificar o tombamento com o bem de interesse público nos parece uma ideia vaga que
não chega a caracterizar esse tipo de intervenção. Limitação administrativa também é
natureza inadequada; enquanto limitação se reveste de caráter em geral, o tombamento
tem caráter específico, ou seja, inicia apenas sob determinados bens, discriminados no
competente ato.
Para tanto há um paradoxo, visto que a ideia de que o tombamento possa ser geral,
quando o local se constitui de varias propriedades. Segundo o autor o tombamento não é
nem servidão nem limitação administrativa. Trata-se realmente de instrumento especial
de intervenção restrita do Estado na propriedade privada com fisionomia própria
inconfundível com as demais formas de intervenção. Além disso, tem natureza concreta
e específica, razão porque e diversamente se configura com a restrição do uso da
propriedade. Podemos, pois concluir que a natureza jurídica do tombamento é a de se
qualificar com o meio de intervenção do Estado consistente na restrição do uso da
propriedade.

A natureza jurídica de direito real: incide sobre bem imóvel; tem caráter de
definitividade; a indenizabilidade é previa e condicionada (neste caso só se houver
prejuízo); inexistência de autoexecutoriedade, que só se constitui através de acordo ou
decisão judicial.

A CF “É garantido o direito da propriedade”. (art. 5º, XXII). O mandamento indica


que o legislador não pode erradicar-se esse direito do ordenamento jurídico positivo.
Pode sim, definir os contornos e fixar-lhe limitações, mas nunca deixará o direito de
figurar como objeto da tutela jurídica. O art. 5º, XXV, da CF Estabelece o dispositivo
que o poder público poderá usar da propriedade particular no caso de iminente perigo
público, a isso denominamos de requisição. Por fim, não é demais lembrar que a CF
contempla o instituto da desapropriação, que não deixa de ser o mais draconiano modo
de intervenção na propriedade, vez que a retira do domínio do proprietário para inseri-la
no patrimônio do Estado.

O novo Código Civil, depois de repetir a norma que confere ao proprietário a faculdade
de usar, gozar e dispor da coisa (art. 1.228) fez a seguinte ressalva, em conformidade
com a disciplina constitucional, e para consolidar o caráter social da propriedade: “o
direito da propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades
econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o
estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico
e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do mar e das águas
(art. 1.228, § 1º). Ficou , portanto o reforçado sentido social da propriedade. Se o
proprietário não respeita essa função, nasce para o Estado o poder jurídico de nele
intervir até de suprimi-la se esta providencia se afigurar indispensável para ajustá-la aos
fins constitucionalmente assegurados.

Os fundamentos da intervenção na propriedade e atuação no domínio econômico,


segundo Hely Lopes Meirelles, estão na necessidade de proteção do Estado aos
interesses da comunidade, pois os interesses coletivos representam o direito da maioria
e, por isso mesmo, quando em conflito com os interesses individuais, estes cedem
àqueles.

A propriedade é um direito individual, protegido pela Constituição Federal, mas


condicionada ao bem estar da comunidade, do mesmo jeito que ela garante a
propriedade, permite a desapropriação. No domínio econômico a CF assegura a
liberdade de iniciativa, mas, no interesse do desenvolvimento nacional e da justiça
social, impondo regras. Percebe-se que a incidência da intervenção do Estado na
propriedade se dá sobre os bens já no domínio econômico sobre a atividade lucrativa
exercida pela empresa.

Para Hely a Intervenção na Propriedade é todo ato do Poder Público que


compulsoriamente retira ou restringe direitos dominiais privados ou sujeita o uso de
bens particulares a uma destinação de interesse público; pode ter fundamento na
necessidade ou utilidade pública, ou no interesse social. Dentre eles têm-se a
desapropriação ou expropriação que é a transferência compulsória da propriedade
particular para o Poder Público ou seus delegados, por utilidade ou necessidade pública,
ou ainda por interesse social, mediante prévia e justa indenização (CF, art. 5º, XXIV);
Servidão administrativa que é o ônus real de uso imposto pela Administração à
propriedade particular para assegurar a realização e conservação de obras e serviços
públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente
suportados pelo proprietário; a Requisição que é a utilização coativa de bens e serviços
particulares pelo Poder Público por ato de execução imediata e direta da autoridade
requisitante e indenização ulterior, para atendimento de necessidades coletivas urgentes
e transitórias (art. 5º, XXV da CF).

As normas básicas da desapropriação acham-se expressas no Dec.-lei 3.365, de 21.6.41,


complementado pela legislação subsequente. Esse decreto-lei, após esclarecer que todas
as entidades constitucionais - União, Estados-membros, Municípios, Distrito Federal e
Territórios Federais - podem desapropriar em seu próprio benefício (art. 2°), permite
que também o façam em favor de suas autarquias, fundações públicas, entidades
paraestatais e concessionários de serviços públicos, os quais, depois de decretada a
expropriação pelo Poder Público, podem promovê-la em seu nome, desde que estejam
para isso expressamente autorizados por lei ou contrato (art. 3°). Por idêntica razão,
entendemos que as entidades estatais maiores podem decretar a expropriação para que
as menores a promovam em seu próprio nome, empregando os bens expropriados em
obras e serviços de seu peculiar interesse ou dando-lhes destinação social.

A Constituição de 1988 restringiu a possibilidade de interferência do Estado na ordem


econômica, não mais falando de intervenção, mas sim de atuação, dispondo que,
"ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade
econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos da
segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei" (art.
173), acrescentando que "a lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à
dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário dos
lucros" (art. 173, § 4.°).

Dessa forma, mantendo a orientação da Constituição anterior, a atual assegurou à


iniciativa privada a preferência para exploração da atividade econômica, atribuindo ao
Estado somente as funções de "fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este
determinante para o setor público e indicativo para o setor privado" (art. 174).

Segundo Helly os principais meios de atuação na ordem econômica são: monopólio;


repressão ao abuso do poder econômico; controle do abastecimento; tabelamento de
preços; criação de empresas paraestatais.

O Monopólio: é a exclusividade de domínio, exploração ou utilização de determinado


bem, serviço ou atividade; é a privatividade de algum direito ou de alguma atividade
para alguém; em sentido econômico, significa controle de produção e de preços.
Repressão ao Abuso de Poder Econômico: a constituição impõe sua repressão (art. 173,
§ 4º); o abuso pode assumir as mais variadas modalidades, visando sempre ao
açambarcamento dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento arbitrário
dos lucros, neste caso mediante um excessivo e injustificável aumento de preços; as
formas usuais são: os trustes: truste é a imposição das grandes empresas sobre os
concorrentes menores visando afastá-los do mercado ou obrigá-los a concordar com a
política de preços do maior vendedor; e os cartéis: cartel é a composição voluntária dos
rivais sobre aspectos do negócio comum.

Controle de Abastecimento: é o conjunto de medidas destinadas a manter no mercado


consumidor matéria-prima, produtos ou serviços em quantidade necessária às exigências
de seu consumo.

Tabelamento de preços: Preço é a retribuição pecuniária do valor do bem, do serviço ou


da atividade que se compra ou que se utiliza mediante renumeração; pode ser privado,
semiprivado ou público; Tabelamento é função privativa da União, por seus órgãos
centralizados ou entes descentralizados a que a lei federal atribui; incide sobre os preços
privados.

Celso Antônio Bandeira de Mello entende que a fisionomia do Direito Administrativo


assumida em cada país é determinada por seu respectivo Direito Constitucional. Pois,
todos os institutos interessantes ao Direito Administrativo que se relacionam com a
intervenção do Estado no domínio econômico haverão de consistir na aplicação
concreta dos correspondentes comandos constitucionais. A Lei Maior impôs diretrizes
no que tange a esta matéria em seu artigo 170, que abre o capítulo “Dos Princípios
Gerais da Atividade Econômica”.

Para o autor, a Constituição brasileira apresenta-se como uma antítese ao


neoliberalismo, como aponta o disposto em seu art. 219, de acordo com o qual: “O
mercado interno integra o patrimônio nacional e será incentivado de modo a viabilizar o
desenvolvimento cultural e socioeconômico, o bem-estar da população e a autonomia
tecnológica do país, nos termos de lei federal’”. Cabe destacar que o conceito de
atividade econômica em nossa Constituição está relacionado àquelas que são da alçada
dos particulares; e as atividades não econômicas são da alçada do Estado. Ressalvados
os monopólios estatais já constitucionalmente designados (petróleo, gás, minérios e
minerais nucleares, nos termos configurados no art. 177, I-V) as atividades econômicas
só podem ser desempenhadas pelo Estado em caráter absolutamente excepcional, isto é:
quando isto for necessário por um imperativo da segurança nacional ou quando
demandado por relevante interesse público, conforme definidos em lei (art. 173). À
vista das disposições constitucionais, não se pode falar, segundo Bandeira de Mello, em
“serviço público econômico”, pois são expressões que designam antinomias jurídicas.
O autor destaca que a interferência do Estado na ordem econômica pode ora dar-se
através de seu “poder de polícia”, isto é, mediante leis e atos administrativos expedidos
para executá-las, como “agente normativo e regulador da atividade econômica” _ caso
no qual exercerá funções de “fiscalização” e em que o “planejamento” que conceber
será meramente “indicativo para o setor privado e “determinante para o setor público”,
tudo conforme prevê o art. 174; ora ele próprio, em casos excepcionais, atuará
empresarialmente, mediante pessoas que cria com tal objetivo; e ora o fará mediante
incentivos à iniciativa privada, estimulando-a com favores fiscais ou financiamentos.

Concernente à intervenção do Estado na propriedade, dentre suas modalidades,


apresenta-se com grande destaque a desapropriação, entendida por Bandeira de Mello
como “o procedimento através do qual o Poder Público, fundado em necessidade
pública, utilidade pública ou interesse social, compulsoriamente despoja alguém da
propriedade de um bem certo”. O mesmo autor entende que há no Direito brasileiro dois
tipos de desapropriação. Em um deles a indenização é previa, justa e em dinheiro,
conforme o art. 5º, XXIV da CF. O outro é o que se efetua através de pagamento em
títulos especiais da dívida pública resgatáveis em parcelas anuais e sucessivas. Nesta se
vê que é justa, mas não prévia. O fundamento político da desapropriação é a supremacia
do interesse coletivo sobre o individual, quando incompatíveis. O fundamento jurídico
teórico consiste na tradução dentro do ordenamento normativo dos princípios políticos
acolhidos no sistema. Pode ser objeto de desapropriação tudo aquilo que seja objeto de
propriedade. Ela pode se dar de forma indireta que é a designação dada ao abusivo e
irregular apossamento do imóvel particular pelo Poder Público, com sua consequente
integração no patrimônio público.

Outra modalidade que retrata hipótese de sacrifício de direito é a requisição, definida


por Mello “como o ato pelo qual o Estado, em proveito de um interesse público,
constitui alguém, de modo unilateral e auto executório, na obrigação de prestar-lhe um
serviço ou ceder-lhe transitoriamente o uso de uma coisa in natura, obrigando-se a
indenizar os prejuízos que tal medida efetivamente acarretar ao obrigado”.

A servidão administrativa é outra modalidade de intervenção do Estado na propriedade.


Esta, por sua vez, é o direito real que assujeita um bem a suportar uma utilidade pública,
por força da qual ficam afetados parcialmente os poderes do proprietário quanto ao seu
uso ou gozo. A passagem de fios elétricos sobre imóveis particulares, a passagem de
aquedutos ou trânsito sobre bens privados são exemplos de servidão administrativa.
Deve-se salientar que servidão administrativa não se confunde teoricamente com
limitações administrativas. Na primeira, há um verdadeiro sacrifício, mesmo que
parcial, do direito, e na segunda, o uso da propriedade ou da liberdade é condicionado
pela Administração para que se mantenha dentro da esfera correspondente ao desenho
legal do direito.

O tombamento também afigura-se como uma das modalidades de intervenção do Estado


na propriedade. É uma intervenção administrativa na propriedade pela qual o Poder
Público assujeita determinados bens à sua perene conservação para a preservação dos
valores culturais ou paisagísticos neles encarnados. A amplitude de seu alcance está
consagrada na Constituição Federal, em seu art. 216. Em decorrência do tombamento os
poderes inerentes ao titular do bem afetado ficam parcialmente elididos, uma vez que
poderá gozar do bem, mas não alterá-lo, para se resguardar o valor cultural. O
tombamento pode afetar um bem próprio. Além disso, constitui o titular do bem
tombado no dever de conservá-lo. E pode se referir tanto a bens imóveis quanto móveis.
Essas características o diferem da servidão administrativa, o que, segundo o autor,
passou a ser seu entendimento há bem pouco tempo.

Os autores Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo tratam, no capítulo 16 da obra “Direito


Administrativo Descomplicado”, do tema “Intervenção do Estado na Propriedade e no
Domínio Econômico”. Eles iniciam falando da nítida preocupação do Estado com o
bem-estar social da coletividade, fazendo com que Poder Público tenha necessidade de
intervir na propriedade privada com a finalidade de que alguns interesses individuas
sejam limitados em face do interesse coletivo. Neste diapasão, “a intervenção do Estado
na propriedade, portanto, pode ser entendida como a atividade estatal que tem por fim
ajustar, conciliar o uso dessa propriedade particular com os interesses da coletividade. É
o Estado na defesa do interesse público, condicionando o uso da propriedade
particular.” (p. 969). No entanto, é ressaltado o pensamento de que esta intervenção do
Estado deve estar autorizada pela Constituição Federal e pelas leis infraconstitucionais,
sob pena de que tal conduta ser considerada ilegítima, por violar os direitos individuais
dos cidadãos.

A autorização constitucional para a intervenção do Estado na propriedade privada esta


previsto em um dos incisos do artigo 5º. Nele, o inciso XXII diz que “é garantido o
direito de propriedade”, mas, deixa expresso no artigo seguinte que “a propriedade
atenderá sua função social”. “Se o direito a propriedade está condicionada ao
atendimento da sua função social, segue-se que, se não for atendida essa condição
constitucional, poderá o Estado intervir para forçar o seu atendimento.” (p. 970). Outro
dispositivo constitucional que expressa sobre a função social da propriedade é o § 2º do
artigo 182 quando diz que: “A propriedade urbana cumpre sua função social quando
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor”.

A função social da propriedade e a prevalência do interesse público são os fundamentos


para a intervenção do Estado na propriedade privada. Assim, “constitui fundamento
político e jurídico para a legitimidade da intervenção do Estado na propriedade
particular a necessidade de o Poder Público fazer cumprir esse comando constitucional,
exigindo que seja atendida a função social da propriedade.” (p. 971). É privativa da
União a competência para legislar sobre o direito de propriedade, seja pelo instituto da
requisição ou da desapropriação, competência esta prevista nos incisos I, II, III e IV do
artigo 22 da Lei Maior. Os autores informam que esta competência é em relação à
regulação da matéria (competência tipicamente legislativa). Quanto a competência
administrativa para a prática de imposições como restrições e condicionamentos, esta é
repartida entre os entes federativos: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

MODOS DE INTERVENÇÃO

Diversos são os meios aos qual o Estado intervém na propriedade. Pode ser na maneira
de uma intervenção restritiva, em que o Estado se limita a impor restrições e
condicionamentos ao uso da propriedade, sem retirá-la do seu dono; e pode ser por meio
de uma intervenção supressiva, como ocorre na desapropriação, em que o Estado
transfere coercitivamente para si a propriedade de terceiro.

Marcelo Alexandrino elenca seis meios de intervenção do Estado na propriedade


privada, sendo os mesmos enumerados tradicionalmente pela doutrina, são eles:
servidão administrativa; requisição; ocupação temporária; limitação administrativa;
tombamento; e desapropriação. Destarte, o autor ressalta que com a Lei 10.257/2001,
denominada “Estatuto da Cidade”, lei esta que regulamentou os arts. 182 e 183 da
Constituição Federal, tratou-se de estabelecer outras formas específicas de intervenção
na propriedade privada realizada pelo poder municipal.

ATUAÇÃO DO ESTADO NO DOMÍNIO ECONÔMICO


A exploração da atividade econômica pela iniciativa privada é assegurada na
Constituição Federal, porém, a Carta Magna no seu artigo 173 também prevê a
exploração direta de atividade econômica pelo Estado em certos casos, quando
necessária aos imperativos de segurança nacional ou a relevante interesse coletivo,
conforme definidos em lei. O Estado também tem a atribuição das funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo o planejamento, determinante para o setor
público e indicativo para o setor privado, conforme dispõe o artigo 174 da CF. Destarte,
com fulcro nesses dispositivos da Lei Maior, o Estado atua no domínio econômico e
interfere na iniciativa privada, com o intuito de satisfazer a coletividade.

Em regra, a competência para a atuação no domínio econômico é da União, no entanto,


existem determinadas medidas que também podem ser adotadas pelos Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios. Os principais meios de atuação do Estado
elencados por Alexandrino são: o monopólio; a repressão ao abuso do poder econômico;
o controle de abastecimento; o tabelamento de preços; e a criação de empresas estatais.

Confere uma prerrogativa do Estado o poder de restringir e condicionar o exercício do


direito à propriedade com o fito de atender ao interesse público.

Na dicção do art. 1.228, § 1º do Código Civil Brasileiro: “Art. 1.228. O proprietário tem
a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem
quer que injustamente a possua ou detenha. § 1º O direito de propriedade deve ser
exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que
sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a
fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico,
bem como evitada a poluição do ar e das águas”.

Nessa perspectiva, e com base no art. 5º, XXII e XXIII, da CF, a não observância da
função social acarreta a aplicação de sanções ao particular, a exemplo do instituto da
desapropriação que se aplica a imóveis urbanos e rurais. O poder do Estado nessa seara
é consubstanciado pelo relevo que há no interesse público face ao privado, de maneira
que não existe direito absoluto, sendo que a propriedade deve antes atender a função
social. Os instrumentos para a execução dessa premissa se realiza e manifesta por
institutos com previsão no Direito, tais como a servidão administrativa, requisição,
desapropriação, ocupação temporária, tombamentos, limitações administrativas.
Enquanto às modalidades, as intervenções classificam-se em: i) Intervenções restritivas
ou brandas: O Estado impõe restrições e condições à propriedade, sem retirá-la do seu
titular; ii) intervenções supressivas ou drásticas: O Estado retira a propriedade do seu
titular originário, transferindo-a para o seu patrimônio, com o objetivo de atender o
interesse público. As intervenções supressivas são efetivadas por meio das diferentes
espécies de desapropriações.

O exercício do poder de intervenção do Estado na propriedade privada deve se centrar


nos princípios da razoabilidade sob pena de tornar sua conduta flagrantemente ilegítima,
por ofensa aos direitos individuais dos cidadãos.

Tratando agora da atuação do Estado no domínio econômico, a previsão Constitucional


dispõe que a inciativa privada tem a preferência na exploração e exercício da atividade
econômica, ressalvados os casos onde será o Estado o responsável pela atuação nesse
campo quando se fizer necessário aos imperativos de segurança nacional ou for
relevante o interesse coletivo, tal como configurado no art. 173 da CF.

As principais modalidades de atuação do Estado no domínio econômico são:


monopólio; repressão ao auso do poder econômico; controle de abastecimento;
tabelamento de preços e criação de empresas.

O conteúdo do direito administrativo varia no tempo e no espaço, conforme o tipo de


Estado adotado. No chamado Estado de Polícia, em que a finalidade é apenas a de
assegurar a ordem pública, o objeto do direito administrativo é bem menos amplo,
porque menor é a interferência estatal no domínio da atividade privada. 0 Estado do
Bem-estar é um Estado mais atuante; ele não se limita a manter a ordem pública, mas
desenvolve inúmeras atividades na área da saúde, educação, assistência e previdência
social, cultura, sempre com o objetivo de promover o bem-estar coletivo. Nesse caso, o
direito administrativo amplia o seu conteúdo, porque cresce a máquina estatal e o campo
de incidência da burocracia administrativa. 0 próprio conceito de serviço público
amplia-se, porque o Estado assume e submete a regime jurídico publicístico atividades
antes reservadas aos particulares. Além disso, a substituição do Estado liberal, baseado
na liberdade de iniciativa, pelo Estado-Providência ampliou, em muito, a atuação estatal
no domínio econômico, criando novos instrumentos de ação do poder público, quer para
disciplinar e fiscalizar a iniciativa privada, com base no poder de polícia do Estado, quer
para exercer atividade econômica, diretamente, na qualidade de empresário. Também
sob esse aspecto, ampliou-se o conteúdo do direito administrativo, a ponto de já se
começar a falar em novo ramo que a partir daí vai se formando o direito econômico
baseado em normas parcialmente públicas e parcialmente privadas.

A atividade que o Estado exerce a título de intervenção na ordem econômica não é


assumida pelo Estado como atividade pública; ele a exerce conservando a sua condição
de atividade de natureza privada, submetendo-se, por isso mesmo, às normas de direito
privado que não forem expressamente derrogadas pela Constituição. Aqui, a
Administração Pública sai de sua órbita natural de ação para atuar no âmbito de atuação
reservado preferencialmente à iniciativa privada. A intervenção compreende a
regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada, bem como a
atuação direta do Estado no domínio econômico, o que se dá normalmente por meio das
empresas estatais; nesse caso, o Estado opera segundo as normas do direito privado,
consoante artigo 173, § 12, da Constituição Federal, porém com inúmeras derrogações
impostas por outras normas constitucionais, como as referentes à fiscalização financeira
e orçamentária (art. 70 e seguintes) e as constantes do capítulo concernente à
Administração Pública, em especial o artigo 37.

São as seguintes as características da administração pública, em sentido objetivo: é uma


atividade concreta, no sentido de que põe em execução a vontade do Estado contida na
lei; a sua finalidade é a satisfação direta e imediata dos fins do Estado; o seu regime
jurídico é de direito público. Assim, em sentido material ou objetivo, a administração
pública pode da como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve, sob
regime único de direito público, para a consecução dos interesses coletivos.

O Acórdão em análise diz respeito ao Recurso Extraordinário 635.682 Rio de Janeiro


interposto por TRELSA – Transportes Especializados de Líquidos S.A. contra Acórdão
do Tribunal Regional Federal da 2ª Região. A recorrente insurge-se contra a suposta
violação ao art. 146, III, “a”, da Constituição Federal, em razão da exigência indevida
de pagamento de contribuição ao SEBRAE, uma vez que a exação teria sido instituída
por meio de lei ordinária, sendo que deveria ter sido instituída por meio de lei
complementar. A recorrente também alega violação ao art. 195, § 4º, c/c art. 154, I, da
CF, pois a referida contribuição possui o mesmo fato gerador e a mesma base de cálculo
de outras contribuições. A recorrente afirma ainda que, em se tratando de contribuição
de intervenção no domínio econômico, a contribuição para o SEBRAE deveria ser
cobrada apenas das categorias empresariais beneficiárias do tributo, nos quais não se
enquadra. A recorrente pugna pelo provimento do recurso para se desobrigar do
pagamento da contribuição, assim como para que seja reconhecido seu direito à
compensação dos valores recolhidos indevidamente com parcelas vincendas da
contribuição previdenciária patronal e demais encargos previdenciários. Requer, ainda,
a redução da verba honorária fixada.

Em contrarrazões, a União pugna pelo não conhecimento do recurso e, no mérito, pelo


não provimento. Argumenta que a questão já se encontra pacificada no STF, que
acolheu o entendimento no sentido de que o tributo em exame é da espécie contribuição
de intervenção no domínio econômico e não requer a edição de lei complementar.

O Acórdão, por maioria e nos termos do voto do Relator, negou provimento ao recurso
extraordinário, estando, segundo o Senhor Ministro Gilmar Mendes (Relator), em
consonância com a orientação da Corte Suprema, que já reconheceu a desnecessidade
de edição de lei complementar para instituição da contribuição destinada ao SEBRAE,
assim como sua natureza de contribuição de intervenção no domínio econômico, pois
destina-se a viabilizar a promoção do desenvolvimento das micro e pequenas empresas.
Presidiu o julgamento o Ministro Ricardo Lewandowisk (Vice-Presidente). Plenário,
25.04.2013.

O presente Acórdão refere-se ao Agravo Regimental no Agravo de Instrumento 608.035


Minas Gerais, tendo como agravante Expresso Setelagoano Ltda. Contra decisão em
que o Ministro Sepúlveda Pertence negou provimento ao agravo de instrumento. A
agravante alega violação ao princípio da legalidade tributária e à consequente
inexistência de exigibilidade da contribuição para o SEBRAE após o advento da Lei nº
8.706/93, a qual instituiu as exações destinadas ao SEST e SENAT.

A Turma negou provimento ao agravo regimental, por unanimidade de votos, nos


termos do voto do Relator, Senhor Ministro Dias Toffoli, fundamentando que, o
Plenário da Corte, ao apreciar o RE nº 635.682/RJ-RG (Relator o Ministro Gilmar
Mendes, julgado em 25/4/13), reafirmou o posicionamento da Corte pela
desnecessidade de edição de lei complementar para a instituição da contribuição
destinada ao SEBRAE, bem como pela sua caracterização como contribuição de
intervenção no domínio econômico. Neste sentido, de acordo com a jurisprudência da
Corte Suprema, tratando-se de empresa que exerce atividade econômica, é devida a
cobrança de contribuição para o SEBRAE. No que diz respeito à alegação da violação
do princípio da legalidade tributária e à consequente inexistência de exigibilidade da
contribuição para o SEBRAE após o advento da Lei nº 8.706/93, a qual instituiu as
exações destinadas ao SEST e SENAT, seria necessário o específico reexame da
legislação infraconstitucional pertinente ao caso (Lei nº 8.706/93 e Decretos nº.
1.007/93 e 1.092/94), o que não é cabível nessa instância recursal, incidência da Súmula
636 do STF. Presidiu o julgamento o Senhor Ministro Luiz FUX. 1ª Turma, 25.6.2013.

O presente trata de Embargos de declaração no agravo de instrumento número 825.516


Santa Catarina, onde se discute a intervenção praticada pelo Estado na propriedade, se o
mesmo configura-se limitação administrativa ou se desapropriação indireta, tendo como
Relator :Min. Roberto Barroso, embte.(s) :Pedro Joaquim Moretto, adv.(a/s) : Antonio
Carlos Marchiori e outro(a/s),embdo.(a/s) :União proc.(a/s)(es) :Advogado-Geral da
União. Recebidos como agravo regimental, administrativo, a discussão versa sobre a
modalidade de intervenção praticada pelo estado na propriedade, ausência de matéria
constitucional, súmula 279/STF, precedente.

No relatório, o senhor Ministro Luís Roberto Barroso (relator), discorre observando que
tal instrumento trata-se de embargos de declaração cujo objeto é decisão monocrática do
Ministro Joaquim Barbosa, relator originário do feito, que negou seguimento ao agravo
de instrumento.

A parte recorrente reitera as razões apresentadas no recurso extraordinário no sentido de


que a intervenção do ente público em sua propriedade importou em desapropriação
indireta. Sustenta que o caso não é de aplicação da Súmula 279/STF. (Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário).

O voto do Relator, teve como fundamento, que a controvérsia não envolve matéria
constitucional. O Tribunal de origem assentara que o ato administrativo praticado
(Decreto nº 750/1993), que limitou a exploração e a supressão da área coberta por Mata
Atlântica no Oeste de Santa Catarina, configura como verdadeira limitação
administrativa e não uma desapropriação indireta, como sustenta o ora agravante.

Na fundamentação, o ministro argumenta dizendo que os ora embargados


permaneceram com a posse íntegra do bem, sendo-lhes proibido apenas o corte, a
exploração e a supressão da vegetação. Isso, a toda evidência, configura simples
limitação administrativa que, segundo ensina Hely Lopes Meirelles, ‘é toda imposição
geral, gratuita, unilateral e de ordem pública condicionadora do exercício de direitos ou
de atividades particulares às exigências do bem-estar social’. De acordo com a
jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça, para que fique caracterizada a
desapropriação indireta, deve o Estado assumir a posse efetiva do bem, destinando-o à
utilização pública. Ad exemplum, o caso da criação de reservas florestais ou de parques
nacionais. No caso dos autos não há desapropriação indireta, mas mera limitação
administrativa, o que afasta inclusive, a incidência do Enunciado 119 do STJ no tocante
ao prazo vintenário para o pedido de indenização.”

Lex: Jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça. AgRg no RECURSO ESPECIAL


Nº 1.301.327 - SP (2011/0310202-1). Intervenção no domínio econômico. Inteiro teor
do Acórdão. Site certificado- DJe (05/08/2014) P. 01-12

Recurso Especial. Processual Civil. Intervenção do Estado no Domínio Econômico.


Ação de Cobrança. Expurgos inflacionários. A alegada violação ao art. 535 do CPC não
restou caracterizada. Prequestionamento. Ausência. Súmula 211/STJ. Reexame de
provas. súmula 7/STJ. Recurso especial a que se nega seguimento

Trata-se de agravo regimental interposto por ENOB ENGENHARIA AMBIENTAL


LTDA, em face da decisão que negou seguimento ao especial (e-STJ Fl. 100/101),
consignando não configurada a alegada violação ao art. 535, II, do Código de Processo
Civil, aos arts. 5º, inciso LV, 37, inciso XXI e 93 da Constituição Federal, bem como
aos arts. 58 e 65 da Lei no 8.666/93, 282, VI e 333, I, do Código de Processo Civil .

Invocada pela autora para sustentar seu direito, previa o rigoroso cumprimento da
legislação federal no tocante à observância do "expurgo da expectativa inflacionária
incluída nos preços dos contratos que não contiverem cláusula de atualização monetária
entre a data final do período de adimplementos da obrigação e da exigibilidade do
pagamento, em relação a esse prazo, calculado "pro rata tempore " em conformidade
coma variação do Índice Geral de Preços".

Por entender que os contratos administrativos firmados com a recorrida enquadravam-se


nessa regência legal, a autora refez os cálculos da conversão do preço pago, obtendo
diferença em seu favor de R$ 93.701,07 (atualizado, até julho de 1997), correspondendo
ao que a ré, ora apelada, acabou recebendo indevidamente. Recusada a solução
amigável previamente tentada junto à ré, a autora reteve o montante caucionado de
aproximadamente R$ 76.000,00 e ingressou com a presente ação de cobrança.

"A análise dos contratos firmados entre as partes, por oportuno, deixam claro a correção
dos critérios de conversão adotados inicialmente pela SABESP, inexistindo razão para a
revisão dos respectivos valores pagos”.

De acordo com o Exmo. Sr. Ministro Mauro Campbell Marques (Relator), não obstante
os argumentos expendidos pelo agravante, verifica-se que a tese jurídica veiculada nas
razões do regimental não é capaz de modificar o posicionamento anteriormente firmado
no decisum ora impugnado. Cumpre ressaltar que não prospera a alegada ofensa aos
dispositivos da Magna Carta, porquanto a hipótese permitida constitucionalmente para
interposição de recurso especial, em suma, restringe-se à violação de dispositivo de
Tratado ou Lei Federal, excluída, portanto, da competência atribuída a esta Corte
Superior, a apreciação e julgamento de suposta afronta à norma da Constituição Federal
(cf. REsp 686.590/RS, Rel. Min Teori Albino Zavascki, DJ de 17/12/2008).

O Recurso Especial nº 1.331.065 _ MG (2012/0132224-7) trata-se de embargos de


declaração opostos pelo ESTADO DE MINAS GERAIS e outros contra acórdão que
expôs que o Supremo Tribunal Federal, sob o ângulo da repercussão geral, entendeu que
compete exclusivamente à União a instituição de contribuições sociais, de intervenção
no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais e econômicas,
contemplando apenas duas exceções, contidas no arts. 149, § 1º, e 149-A da
Constituição Federal. Na oportunidade, o Supremo Tribunal Federal reconheceu ter
natureza tributária a contribuição previdenciária sobre a saúde instituída pelo art. 85 da
Lei Complementar nº 64/2002, do Estado de Minas Gerais, haja vista, principalmente, a
compulsoriedade de sua cobrança. E que, além disso, a Corte Suprema, no julgamento
do RE 633.329/RS, decidiu que 'o direito de os servidores públicos estaduais serem
restituídos dos valores descontados compulsoriamente a título de contribuição
previdenciária' carece de repercussão geral, por ser a discussão de índole
infraconstitucional, restando o desprovimento do agravo regimental.

Os embargantes alegaram omissão no acórdão recorrido quanto à alegação de não haver


identidade entre a presente controvérsia e a tratada no RE 573.540/MG, tendo em vista
que nesse processo não houve pedido de restituição de indébito, bem como da
necessidade de se esperar o julgamento dos embargos de declaração interpostos na ADI
3106, onde se discute a perspectividade dos efeitos da declaração de
inconstitucionalidade proferida. Quanto ao argumento de não haver identidade entre a
presente controvérsia e a tratada no RE 573.540/MG, do STF, verifica-se que,
independentemente do recurso em que a tese foi discutida ou da questão de mérito nele
tratada, o Supremo reconheceu que "no tocante às contribuições - tributos que se
caracterizam pela afetação de sua receita ao atendimento de determinadas finalidades
públicas - também há necessidade de regra constitucional que, expressamente ou por
intermédio de cláusula de remissão (competência residual), atribua ao ente federativo a
competência impositiva. Desse modo, os Estados-membros somente podem instituir os
impostos e as contribuições que lhes foram expressamente outorgados pela Carta
Magna.

O relator entendeu que não há previsão legal apta a fundamentar o pedido alternativo de
sobrestamento do recurso extraordinário até o julgamento dos embargos de declaração
opostos na ADI 3106/MG. Com efeito, o art. 27 da Lei n. 9.868/99 é expresso em
afirmar que o Supremo Tribunal Federal poderá, "por maioria de dois terços de seus
membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a
partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado”. O
relator também considera que o STF silenciou em relação à modulação dos efeitos dessa
decisão, sendo certo que a simples oposição dos embargos declaratórios não autoriza o
sobrestamento do presente recurso extraordinário até sua apreciação, em especial
quando o precedente analisado sob a ótica da repercussão geral – RE 573.540/MG - não
fez qualquer ressalva em relação ao ponto discutido. Entendeu, desta forma, que não
houve vício a ser suprido.

O agravo em recurso especial nº 136.399 - RN (2012/0015008-0) teve como agravante o


Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (DNOCS) que alegou desrespeito aos
artigos 20, §4º, do CPC e 27, §§1º e 3º, II, do Decreto-lei n. 3.365/1941 e questionou a
aplicação do limite percentual previsto no § 1º do art. 27 do Decreto-lei n. 3.365, de 21
de junho de 1941.

Os Ministros da SEGUNDA TURMA do Superior Tribunal de Justiça negaram, por


unanimidade, provimento ao agravo regimental, onde o agravante sustentava que a
mantença da verba honorária no percentual de 20% incidente sobre a totalidade da
indenização importava manifesto desrespeito ao art. 27, §§ 1º e 3º, inciso II, do Decreto-
Lei n. 3.365/41. A parte salienta que, "ao contrário do afirmado no r. Decisum atacado,
a assertiva de que 'o valor da condenação corresponde à base de cálculo', não representa,
a toda evidencia, 'premissa de fato fixada pela corte de origem'" (e-STJ fl. 232), que
estabeleceu ser a base de incidência da verba honorária a totalidade da indenização a ser
apurada em liquidação. A mesma discorreu sobre a limitação do percentual que deve ser
fixada entre 0,5% e 5% nos termos do dispositivo acima mencionado e da
jurisprudência pacificada desta Corte, inclusive em sede de representativo da
controvérsia, além de destacar que, na hipótese dos autos, o valor da oferta inicial é
igual ao da indenização.

O Ministro-Relator considerou que não houve afronta à Súmula 617 do STF, que prevê
como base de cálculo dos honorários a diferença entre a quantia ofertada e aquela
corrigida- “judicialmente, já que o valor acolhido pelo Juiz sentenciante corresponde
àquele indicado pelo DNOCS, que passou a ocupar o imóvel, não havendo o que se
falar em diferença." Relativamente ao alegado desrespeito aos artigos 20, §4º, do CPC e
27, §§1º e 3º, II, do Decreto-lei n. 3.365/1941, o Ministro considerou a questão como
óbice no enunciado nº 7 da Súmula do STJ, uma vez que necessário seria reformar a
premissa de fato fixada pela corte de origem no sentido de que o valor da condenação
corresponde à base de cálculo indicada pelo ente público. No pertinente à aplicação do
limite percentual previsto no § 1º do art. 27 do Decreto-lei n. 3.365, de 21 de junho de
1941, o relator observou que a questão não foi objeto de apreciação pelo Tribunal de
origem, aplicando-se na hipótese o veto da Súmula 211/STJ.

O conteúdo do direito administrativo varia no tempo e no espaço, conforme o tipo de


Estado adotado. No chamado Estado de Polícia, em que a finalidade é apenas a de
assegurar a ordem pública, o objeto do direito administrativo é bem menos amplo,
porque menor é a interferência estatal no domínio da atividade privada. 0 Estado do
Bem-estar é um Estado mais atuante; ele não se limita a manter a ordem pública, mas
desenvolve inúmeras atividades na área da saúde, educação, assistência e previdência
social, cultura, sempre com o objetivo de promover o bem-estar coletivo. Nesse caso, o
direito administrativo amplia o seu conteúdo, porque cresce a máquina estatal e o campo
de incidência da burocracia administrativa. 0 próprio conceito de serviço público
amplia-se, porque o Estado assume e submete a regime jurídico publicístico atividades
antes reservadas aos particulares. Além disso, a substituição do Estado liberal, baseado
na liberdade de iniciativa, pelo Estado-Providência ampliou, em muito, a atuação estatal
no domínio econômico, criando novos instrumentos de ação do poder público, quer para
disciplinar e fiscalizar a iniciativa privada, com base no poder de polícia do Estado, quer
para exercer atividade econômica, diretamente, na qualidade de empresário. Também
sob esse aspecto, ampliou-se o conteúdo do direito administrativo, a ponto de já se
começar a falar em novo ramo que a partir daí vai se formando o direito econômico
baseado em normas parcialmente públicas e parcialmente privadas.

A atividade que o Estado exerce a título de intervenção na ordem econômica não é


assumida pelo Estado como atividade pública; ele a exerce conservando a sua condição
de atividade de natureza privada, submetendo-se, por isso mesmo, às normas de direito
privado que não forem expressamente derrogadas pela Constituição. Aqui, a
Administração Pública sai de sua órbita natural de ação para atuar no âmbito de atuação
reservado preferencialmente à iniciativa privada. A intervenção compreende a
regulamentação e fiscalização da atividade econômica de natureza privada, bem como a
atuação direta do Estado no domínio econômico, o que se dá normalmente por meio das
empresas estatais; nesse caso, o Estado opera segundo as normas do direito privado,
consoante artigo 173, § 12, da Constituição Federal, porém com inúmeras derrogações
impostas por outras normas constitucionais, como as referentes à fiscalização financeira
e orçamentária (art. 70 e seguintes) e as constantes do capítulo concernente à
Administração Pública, em especial o artigo 37.

São as seguintes as características da administração pública, em sentido objetivo: é uma


atividade concreta, no sentido de que põe em execução a vontade do Estado contida na
lei; a sua finalidade é a satisfação direta e imediata dos fins do Estado; o seu regime
jurídico é de direito público. Assim, em sentido material ou objetivo, a administração
pública pode da como a atividade concreta e imediata que o Estado desenvolve sob-
regime único de direito público, para a consecução dos interesses coletivos.

Essa jurisprudência do STJ é referente a intervenção do estado na propriedade através


da desapropriação da Fazenda Ladeira, por não cumprir os requisitos mínimos de
utilização da terra para que a terra seja considerada produtiva.

Trata-se de agravo regimental interposto pelo INSTITUTO NACIONAL DE


COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA - INCRA, em face da decisão que negou
seguimento ao especial (e-STJ Fl. 677/685), consignando não configurada a alegada
violação ao art. 1º, § 1º, da Lei nº 8.437/92, bem como o art. 113, § 2º, do Córigo de
Processo Civil. O decisum ora impugnado restou assim ementado, litteris (e-STJ Fl.
677):

RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA


PROPRIEDADE. ACÓRDÃO A QUO ASSENTADO EM FUNDAMENTO
CONSTITUCIONAL. A INDICADA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 2º, § 4º, 6º, 9º E 10,
TODOS DA LEI Nº 8.629/93; E AO ART. 16 DA LEI Nº 4.771/65 NÃO RESTOU
CONFIGURADA. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. RECURSO
ESPECIAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.

Nesta fase processual o INCRA entra com um agravo regimental para provar que a
reserva legal, não averbada antes da vistoria do imóvel, deve ser considerada como área
não utilizada, para cálculos da produtividade do imóvel, através de entendimento
pacifico do STJ sobre tal contenda.

O ministro relator do Agravo usa como justificativas alguns julgados do STJ

PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.


DESAPROPRIAÇÃO. RESERVA LEGAL NÃO
AVERBADA DE MODO INDIVIDUALIZADO.
EXCLUSÃO PARA FINS DE CÔMPUTO DA
PRODUTIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE.
1. A Área de Reserva Legal, para ser excluída do cálculo da produtividade do imóvel,
deve ter sido averbada no registro imobiliário antes da vistoria. Precedentes do STF e do
STJ.

2. Não basta a averbação genérica. "Não se encontrando individualizada na averbação, a


reserva florestal não poderá ser excluída da área total do imóvel desapropriando para
efeito de cálculo da produtividade" (MS 24.924/DF, Relator para o acórdão Min.
Joaquim Barbosa, Tribunal Pleno, j. 24/2/2011, DJe-211).

3. Agravo Regimental não provido. (AgRg no AREsp 196.566/PA, Relator Min.


HERMAN BENJAMIN, DJ de 06/09/2012).

"MANDADO DE SEGURANÇA. DESAPROPRIAÇÃO


DE IMÓVEL PARTICULAR PARA FINS DE
REFORMA AGRÁRIA. PRELIMINAR DE PERDA DO
OBJETO DA SEGURANÇA QUE SE REJEITA. NO
MÉRITO, NÃO FIZERAM AS IMPETRANTES PROVA
DA AVERBAÇÃO DA ÁREA DE RESERVA LEGAL
ANTERIORMENTE À VISTORIA DO IMÓVEL CUJO
LAUDO (FLS 71) É DE 09.05.96, AO PASSO QUE A
AVERBAÇÃO EXISTENTE NOS AUTOS DATA DE
26.11.96 (FLS. 73-VERSO), POSTERIOR, INCLUSIVE,
AO DECRETO EM CAUSA, QUE É DE 06.09.96.
MANDADO DE SEGURANÇA INDEFERIDO." (MS
22688/PB; Rel.: Min. MOREIRA ALVES; Tribunal
Pleno; DJ 28.4.2000); "MANDADO DE SEGURANÇA.
DESAPROPRIAÇÃO. REFORMA AGRÁRIA.
DILAÇÃO PROBATÓRIA. NÃO-CABIMENTO DO
WRIT. INSTRUÇÃO NORMATIVA 8/93 REVOGADA
PELA DE N. 31/99. PRAZO ESTABELECIDO NA LEI
8629/93: INTERPRETAÇÃO DO STF.
IMPRESTABILIDADE DA AVERBAÇÃO DE QUOTA
IDEAL, SEM IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA.
PROCEDIMENTO EXPROPRIATÓRIO, QUE NÃO SE
VINCULA AO DESFECHO DE AÇÃO CAUTELAR.
(...)

3. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que o § 4º do art. 2º da Lei


8629/93 não fixa prazo de validade para a vistoria, apenas determina que, durante o
referido período, as modificações introduzidas no imóvel deverão ser levadas em conta
para o efeito de desapropriação.

4. Não se encontrando individualizada na sua averbação, a reserva florestal não poderá


ser excluída da área total do imóvel desapropriado para efeito de cálculo da
produtividade. Precedente. (...) “(MS 24113/DF, Rel.: Min. MAURÍCIO CORRÊA,
Tribunal Pleno, DJ 23.5.2003).

Ante o exposto, o Ministro relator deu provimento ao agravo regimental para conhecer
do apelo e dar provimento ao recurso especial interposto pelo INCRA.

Esse julgado do STJ trata-se de uma interferência do Estado no domínio Econômico


através da fixação de preços das Usinas Sucroalcoleiras, a agravante, Usina Santa
Clotilde, alega prejuízo por conta do preço fixado.

AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL


CIVIL. ADMINISTRATIVO. INDENIZAÇÃO. PERDAS
E DANOS. OFENSA AO ART. 535 DO CPC.
INEXISTÊNCIA. RECONHECIMENTO DOS
PREJUÍZOS ALEGADOS. NECESSIDADE DE
REEXAME DE PROVAS. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO
DESPROVIDO (fls. 884).
1. Sustenta a agravante que a análise dos prejuízos
sofridos não demanda o reexame de provas, devendo,
assim, ser afastada a incidência da Súmula 7/STJ. Ressalta
ser, sim, o caso de nova valoração jurídica com a correta
aplicação dos dispositivos legais violados.
Segundo o relator do Acórdão, o Tribunal a quo, competente para a análise das
circunstâncias fáticas da causa, com base no material probatório dos autos, entendeu não
existir o prejuízo causado pela política estatal de fixação dos preços para as usinas das
Regiões Centro-Sul e Norte-Nordeste, isso porque a atuação estatal se pautou nos
limites da legalidade e constitucionalidade, dentro das conveniências e autonomia
regentes da política econômica-fiscal do País.

Diante do exposto, permanecendo íntegros os fundamentos da decisão agravada, por


unanimidade nega-se provimento ao Agravo Regimental.

RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON; EMBARGANTE : UNIÃO


EMBARGADO : MAURILIO HOFFMAN E OUTRO; ADVOGADO : ANTONIO
PICHETTI

EMENTA - PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. EMBARGOS DE


DECLARAÇÃO. RECURSO ESPECIAL. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA
PROPRIEDADE. LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA. DECRETO 750/93. PRAZO
PRESCRICIONAL QUINQUENAL. PRECEDENTES.

O presente caso de simples limitação administrativa instituída pelo Decreto n.º 750/93 –
proibindo o corte, a exploração e a supressão de vegetação primária ou nos estágios
avançado e médio de regeneração da Mata Atlântica –, e não de desapropriação indireta,
pois não reflete nenhum apossamento pela União dos imóveis de titularidade da parte
recorrida.

A ação que busca a reparação de danos em decorrência da imposição de limitação


administrativa está sujeita à prescrição quinquenal, seja em função do disposto no art.
1º do Decreto 20.910/32, seja em razão da inovação legislativa trazida pela MP 2.183-
56, de 2001, que acrescentou o parágrafo único no art. 10 do Decreto-Lei 3.365/41,
dispondo o seguinte:

Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante acordo ou intentar-se


judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição do respectivo
decreto e findos os quais este caducará. (...) Parágrafo único. Extingue-se em cinco
anos o direito de propor ação que vise a indenização por restrições decorrentes de atos
do Poder Público.. O recurso especial combateu de forma eficaz o fundamento do
aresto, não busca a análise dos fatos da causa e não depende da interposição de
recurso extraordinário, ultrapassando os óbices das Súmulas 7/STJ, 283/STF e 126/STJ.

AgRg no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 19.966 - SP (2011/0077549-5)

1. Recurso especial parcialmente conhecido, mas, nessa parte, não provido. Os


primeiros embargos de declaração foram rejeitados, entendendo o Relator, Ministro
Cesar Asfor Rocha, ausente efetivo erro material ou omissão, a justificar a reforma do
acórdão embargado. Nos segundos aclaratórios, defende a embargante persistir omissão
quanto ao fato de que o Tribunal a quo, formulou, ainda que de forma sucinta,
juízo a respeito da natureza jurídica do Decreto 750/1993 — juízo esse em
evidente conflito com o entendimento pacificado nesta Corte Superior, no sentido de
que a edição do referido decreto implicou mera limitação administrativa dos imóveis
situados na Mata Atlântica, não havendo que se falar em desapropriação indireta.

Trata-se, de simples limitação administrativa, que, segundo a definição de Hely


Lopes Meirelles, "é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública
condicionadora do exercício de direitos ou de atividades particulares às exigências do
bem-estar social" ("Direito Administrativo Brasileiro", Eurico de Andrade 32ª ed).
REFERÊNCIAS

ALEXANDRINO, Marcelo & PAULO, Vicente. Direito administrativo descomplicado.


20ª Edição. São Paulo: MÉTODO, 2012.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Acórdão nº 136.399 RN (2012/0015008-0).


Plenário. Relator: MINISTRO MAURO CAMPBELL MARQUES. Sessão de 24 de
abril de 2012.

BRASIL. Superior Tribunal de Justiça. Acórdão nº 1.331.065 – MG (2012/0132224-7)


Plenário. Relator: MINISTRO GILSON DIPP. Sessão de 01 de julho de 2013.
FILHO, José dos Santos Carvalho. Manual do Direito Administrativo. Rio de Janeiro:
Ed Lúmen Juri, 2011.
Lex: Jurisprudência do Superior Tribunal Federal. Emb.decl. no agravo de instrumento
825.516 Santa Catarina, STF. 19/11/2013 primeira turma.
MEIRELLES, Helly Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: Editora RT,
1990.
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. 31ª edição, São
Paulo: Malheiros Editores LTDA, 2014.

OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende, Curso de Direito Administrativo, ed. Método.


São Paulo, 2014.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Acórdão no Recurso Extraordinário nº


635.682/RJ. Plenário. Relator: Ministro Gilmar Mendes. Sessão de 25/04/2013.

BRASIL. Supremo Tribunal Federal. Acórdão no Agravo Regimental no Agravo de


Instrumento nº 608.035/MG. Primeira Turma. Relator: Ministro Dias Toffoli. Sessão de
25/06/2013.

BRASIL. Supremo Tribunal de Justiça. Acórdão Agravo Regimental no Recurso


Especial Nº 1.223.349 - SE (2010/0197120-9). Agravante: Instituto Nacional de
Colonização e Reforma Agrária – INCRA. Agravado: Isaías de Assis Oliveira. Relator :
Ministro Mauro Campbell Marques. 13 de Agosto de 2013.

BRASIL. Supremo Tribunal de Justiça. Acórdão Agravo Regimental no Recurso


Especial Nº 243.520 - AL (2012/0217246-1). Agravante: USINA SANTA CLOTILDE
S/A. Agravado: União. Relator : Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. 18 de Dezembro
de 2012.

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