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IV Congresso de Iniciação Científica do IFGoiano – Campus Rio Verde - 2010

RESPOSTAS DA APLICAÇÃO DE DOSES DE FOSFORO REVESTIDA POR


POLÍMEROS NA PRODUÇÃO DE BIOMASSA DO GIRASSOL

SILVEIRA, Flávio de Oliveira (Estudante de IC)1; VALDERRAMA, Márcio (Colaborador)2;


PERIN, Adriano (Orientador)1; MEDEIROS, Laiany Costa (Colaborador)1; SANTINI, José
Mateus Kondo (Colaborador)1; GAZOLLA, Paulo Roberto (Colaborador)1
1
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano – campus Rio Verde. Laboratório de Fitotecnia, Rod. Sul
Goiana, km 01, Cx Postal 75.901-970, Rio Verde/GO, E-mail: flaviosrv@ibest.com.br;
2
Kimberlit Agrociências, Assis Chateaubriand, Km 144,5 - Caixa Postal 281 - Olímpia/SP, E-mail:
pesquisa@kimberlit.com

RESUMO
Este trabalho teve como finalidade avaliar produtividade de biomassa foliar em função de doses e fontes de
fosfato em cultura de girassol. O experimento foi realizado em casa de vegetação no IFGoiano – campus Rio
Verde. Foi utilizado o esquema fatorial 3x2+1. O primeiro fator são três doses de aplicação (50, 100 e 200
kg ha-1), o segundo duas fontes de fertilizantes (superfosfato triplo e KimCoat-P) e o tratamento adicional,
testemunha sem fertilizante. Foi feita a avaliação da produtividade de biomassa foliar fresca e seca, em
ambas houve diferença significativa entre a fertilização por superfosfato triplo e KimCoat-P, demonstrando
eficácia no revestimento polimerizado, onde se observou aumento gradual na biomassa. À aplicação da
adubação com P aumentou a produção de biomassa fresca e seca da parte aérea, sendo a ausência de
adubação prejudicial ao desenvolvimento da cultura do girassol e o KimCoat-P apresentou maior produção
de biomassa em relação ao SFT.
Palavras-chave adicionais: Fosfato. Polímero. Helianthus annuus L. Produtividade.

associam a irrigação e adubação adequada


INTRODUÇÃO
(UNGARO, 1990). O P é um dos macronutrientes
Segundo SAMRIG (1988) o girassol apresenta menos exigidos pela planta, porem é o nutriente
grande adaptação climática, pois é resistente a aplicado em maiores proporções no Brasil. Isto
baixas temperaturas e a seca e se desenvolve bem acontece devido à forte fixação deste nutriente,
solos argilosos como arenosos. Tais argilas e outros elementos do solo, que reduz a
características aliadas ao seu desenvolvimento de eficiência da adubação fosfatada (FAQUIN,
ciclo curto o encaixam como possibilidade para 1994), porque o processo de adsorção é a
época de entressafra. A cultura do girassol passagem de formas solúveis para formas
(Helianthus annuus L.) em nosso país ainda é insolúveis ou menos solúveis, não disponíveis às
bastante limitada e precisa haver muita expansão plantas. Para a grande maioria dos solos
para poder competir com outras culturas de ponta, brasileiros, esse fenômeno ocorre principalmente
o que vem acontecendo gradualmente. Na safra de com o fósforo, devido a reações de precipitação
2003/04, a área destinada à oleaginosa foi com alumínio e ferro e de adsorção em óxidos,
somente de 55,7 mil hectares; já no ano seguinte hidróxidos e oxihidróxidos de ferro e alumínio
foi de 44 mil hectares, havendo um decréscimo de (LOPES & GUILHERME, 2000). Uma técnica
21% da área plantada. O cultivo de girassol alternativa de fertilização consiste no emprego de
voltado à produção de grãos concentra-se nos adubos encapsulados de liberação gradual
estados de Goiás (70% da produção na safra (SHAVIV, 1999), segundo ROSSA (2008) os
2002), Mato Grosso do Sul (12,6% da produção fertilizantes de liberação controlada eliminam
na safra 2002) e Rio Grande do Sul (8,1% na possíveis danos causados às raízes pela alta
safra 2002). Paraná e Mato Grosso juntos, foram concentração de sais e distribuição mais
responsáveis por aproximadamente 9,3% da homogênea dos nutrientes no substrato,
produção total em 2002 (SMIDERLE, 2004). favorecendo o fornecimento e a demanda
Alguns experimentos mostraram que as melhores fisiológica da planta. Sendo assim, o trabalho teve
respostas obtidas de produtividade do girassol, como objetivo avaliar a eficiência agronômica da

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adubação fosfatada por meio de fertilizantes para a cultura de girassol quando comparado a
revestidos por polímeros na cultura do girassol, adubação fosfatada à testemunha, ou seja, a
por meio da avaliação da produtividade de adubação fosfatada é indispensável para a cultura
biomassa de parte aérea. do girassol, proporcionando um aumento da
produção de biomassa fresca e seca de parte
MATERIAL E MÉTODOS aérea. Na produção de massa fresca, o KimCoat-P
O experimento foi realizado em casa de vegetação evidenciou aumento significativo em relação ao
SFT, somente na dose de 200 kg ha-1 (Figura 1).
do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia Goiano - campus Rio Verde Essa maior produção de massa fresca deve-se à
(IFGoiano/Rio Verde), utilizando solo da área maior eficiência proporcionada pela estrutura dos
experimental do IFGoiano/Rio Verde, cujo grânulos dos fertilizantes revestidos por
caracterização físico-química do solo, apresentou polímeros, os quais ao absorverem água do solo,
solubilizam os nutrientes no interior das cápsulas,
os seguintes valores: pH (em água) = 6,3; Corg =
48,84 g dm-3; P(Mehlich I) = 7,83 mg dm-3; K = que são gradativamente liberados através da
2,05 mmolc dm-3; Ca= 23,0 mmolc dm-3; Mg = estrutura porosa na zona da raiz, de acordo com a
necessidade das plantas (HANAFI et al., 2000). A
15,8 mmolc dm-3; Al = 0,0 mmolc dm-3; V =
57,16% e textura média (449 mg/kg de argila, 150 curva dos fertilizantes podem ser explicadas pelas
mg/kg de silte e 401 mg/kg de areia). O equações:
experimento, delineado em blocos inteiramente ao SFT: y = -0,0003x2 + 0,0841x + 10,853 com R2 =
acaso, com quatro repetições, foi formado por um 0,5705.
fatorial 3x2+1, sendo três doses de fósforo (50,
KimCoat-P: y = 0,0008x2 - 0,0274x + 12,431 com
100 e 200 kg ha-1 de P), duas fontes de
R² = 0,992
fertilizantes fosfatados (superfosfato triplo (SFT)
e KimCoat-P) e testemunha (sem P-fertilizante).
40
O fertilizante KimCoat-P difere do SFT, no 35
Massa Fresca g planta -1

revestimento de seus grânulos por três camadas 30


SFT

de polímeros. O SFT possui 46% de P2O5, 25 KimCoat-P


enquanto o KimCoat-P contém 41% de P2O5. 20
Polinômio
Cada unidade experimental foi formada por um 15 (KimCoat-P)
vaso com capacidade de 3,0 kg de solo onde foi 10 Polinômio (SFT)

realizada a semeadura da variedade Guará em 5


15/08/09, juntamente com a aplicação dos 0
tratamentos. Adicionalmente, foi aplicado o 0 50 100 150 200 250

equivalente a 80 kg ha-1 de nitrogênio em forma Doses kg ha-1

de uréia (45%) e 80 kg ha-1 de potássio em forma


de cloreto de potássio (58%). Durante todo o Figura 1 – Produção de massa fresca (g planta-
1
experimento foram realizadas capinas para ) em função de fontes e doses de fósforo na
retirada de ervas daninhas e irrigações manuais cultura do girassol.
conforme a necessidade da cultura. Para avaliação Na produção de massa seca, o KimCoat-P
de produção de massa fresca de parte aérea de evidenciou aumento significativo em relação ao
plantas (MFPA), procedeu-se o corte rente ao SFT, somente na dose de 200 kg ha-1 (Figura 2).
solo de plantas do girassol, em cada vazo aos 60 A curva dos fertilizantes podem ser explicadas
DAE. Após a coleta, as plantas foram pesadas em pelas equações:
balança de precisão para determinação da massa
SFT: y = 0,0002x2 + 0,0054x + 1,9368 com R² =
fresca de cada planta. Para quantificar a produção
0,9972
de massa seca da parte aérea das plantas (MSPA),
utilizaram-se quatro plantas sendo feito a média. KimCoat-P: y = -6E-05x2 + 0,0215x + 1,8722
O material foi picado e acondicionado em estufa com R² = 0,9929
de ventilação forçada a uma temperatura de 65 ºC
Pode-se inferir que o KimCoat-P apresenta ganho
por 72 horas, e após esse período, realizou-se a
de produção de massa seca para a cultura do
pesagem para estimar massa seca de parte aérea.
girassol devido a sua liberação gradativa
aumentando a eficiência do fertilizante. Um dos
RESULTADO E DISCUSSÃO
fatores que conferem maior desempenho das
Houve diferença significativa de produtividade de plantas aos fertilizantes de liberação controlada é
biomassa fresca e seca de parte aérea (p < 0,05) o fornecimento regular e contínuo de nutrientes às

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plantas, redução de perdas de P por adsorção Revista da madeira, n.115, 2008.


(SHAVIV, 2001; MENDONÇA et al., 2004).
SAMRIG , Girassol. Uma oportunidade
12
econômica. Folheto, Porto Alegre, 1988.
Massa Seca g planta -1

10 SFT

8
KimCoat-P
SMIDERLE, O. J. O girassol como alternativa
6 de combustível. Disponível em:
Polinômio
4 (KimCoat-P) http://www.agrisustentavel.com/artigos>.
Polinômio Acesso em: 18 out. 2004.
2 (SFT)

0 SHAVIV, A. Preparation methods and release


0 50 100 150 200 250
mechanisms of controlled release fertilizers:
Doses kg ha-1
agronomic efficiency and environmental
significancy. International Fertiliser
Figura 2 – Produção de massa seca (g planta-1) Society, v.41, p.1-35, 1999.
em função de fontes e doses de fósforo na
cultura do girassol. SHAVIV, A. Advances in controlled-release
fertilizers. Advances in Agronomy, v.71,
CONCLUSÃO n.05, p.1-49, 2001.
Nas condições deste experimento à aplicação da
adubação com P aumentou a produção de UNGARO, M. R. G. Girassol (Helianthus annuus
biomassa fresca e seca da parte aérea, sendo a L.). Boletim Informativo do Instituto
ausência de adubação prejudicial ao Agronômico, Campinas,v. 200, p. 112-113,
desenvolvimento da cultura do girassol. 1990.
Entre as fontes utilizadas, o KimCoat-P
apresentou maior produção de biomassa fresca e
seca de parte aérea em relação ao SFT.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FAQUIN, V. Nutrição mineral de plantas.


Lavras, MG: ESAl, 1994.

HANAFI, M.M.; ELTAIB, S.M.; AHMAD, M.B.


Physical and chemical characteristics of
controlled release compound fertilizer.
European Polymer Journal, v.36, n.03,
p.2081–2088, 2000.

LOPES, A.S.; GUILHERME, L.R.G. Uso


eficiente de fertilizantes e corretivos
agrícolas: aspectos agronômicos. 3º ed. São
Paulo, ANDA, 2000. 64p.

MENDONÇA, V.; RAMOS, J.D.; GONTIJO,


T.C.A.; MARTINS, P.C.C.; DANTAS, D.J.;
PIO, R.; ABREU, N.A.A. Osmocote® e
substratos alternativos na produção de mudas
de maracujazeiro-amarelo. Ciência e
Agrotecnologia, v.28, n.04, p.799-806, 2004.

ROSSA, U.B. Fertilizante de liberação lenta no


desenvolvimento de mudas de Paricá.

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