Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
Rio de Janeiro,
2017
Lídia Silva Lacerda da Rosa
Rio de Janeiro,
2017
Lídia Silva Lacerda da Rosa
___________________________________________
________________________________________________
Rio de Janeiro,
2017
DEDICATÓRIA
Dedico esta dissertação a Deus por fundamentar minha fé e cercar-me de anjos disfarçados
de familiares e amigos.
Ao meu esposo Marcos Lacerda, ao meu filho Pedro e a minha filha Ana Laura pelo
incentivo e por entenderem minha ausência do ingresso ao término do mestrado.
Ao meu pai Nelson e ao meu irmão Josias por sonharem com minha trajetória acadêmica,
mesmo quando isso era apenas um desejo. _ Pai, o senhor só queria a faculdade e eu
cheguei ao mestrado!
Ao Instituto de Aplicação Fernando Roberto da Silveira – CAP UERJ, por apostar em um
projeto de pesquisa na educação básica e me incluir nessa empreitada.
AGRADECIMENTOS
A Deus que é eterno, sobrenatural, existente por si só e fim último de tudo que existe.
Ao meu esposo Marcos Lacerda, meu companheiro há 29 anos de lutas, sonhos e
conquistas.
Ao meu filho Pedro Lacerda e Ana Laura, motivos que me fazem seguir em frente.
Aos meus pais, Creuza e Nelson, por me ancorarem com seus exem plos de vida,
ensinamentos sólidos e orações.
Aos meus irmãos, irmãs, sobrinhos, sobrinhas, cunhadas e cunhados que me cercam
com incentivos e orações. Em especial aos meus irmãos Josias e Miguel, que não esperaram
este momento aqui na terra e viraram estrelas.
Aos muitos amigos e amigas de longa e recente data.
À banca que me aprovou no ingresso ao curso do mestrado: Professora Dr.ª Claudia
Barreiros, Professor Dr. Lydio Pereira de Sá e Professora Dr.ª Maria Beatriz Porto.
Aos amigos da turma 2015 que compartilharam risadas, lanches, conhecimentos e
rabugices em todos os semestres. Em especial a Marcelle Aguiar, pelas caronas com direito
a risadas, choros e confissões.
Aos professores de todas as disciplinas que juntos vivenciamos experiências
inesquecíveis em cada encontro.
Às secretárias Daniele, Renata e Roberta pelas orientações, conselhos e serviços
burocráticos.
Ao meu orientador Professor Dr. Francisco Mattos pelos encontros de ideias, que
serviram de aprendizado por toda minha vida.
À diretora Simone Pereira que flexibilizou meus horários na escola para que fosse
possível frequentar as aulas no primeiro ano do curso.
À diretora Sandra Regina pela colaboração durante o período de pesquisa em campo.
Aos alunos da turma 1501 que protagonizaram experiências que me acompanharão
por toda a minha vida.
Gratidão.
RESUMO
ROSA, Lídia Silva Lacerda da. Desafios na Criação e Aplicação de uma Sequência
Didática – Uma Introdução ao Ensino de Estatística nos Anos Iniciais. 2017.
163f.Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Educação Básica), Instituto de
Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2017.
ROSA, Lídia Silva Lacerda da. Challenges in the Creation and Application of a Didactic
Sequence - An Introduction to the Teaching of Statistics in Elementary School. 2017.
163f. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino de Educação Básica), Instituto de
Aplicação Fernando Rodrigues da Silveira, Universidade do Estado do Rio de Janeiro,
Rio de Janeiro, 2017.
INTRODUÇÃO...................................................................................... 13
1.3.1 Os subsunçores.................................................................................... 38
2.2.9 Categorizações...................................................................................... 78
REFERÊNCIAS..................................................................................... 124
INTRODUÇÃO
Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem
ensino.
(Paulo Freire, 1996)
A primeira etapa metodológica foi composta por três fases: a- expressão oral,
b- pesquisa livre e c- sequência didática pré-teste, que juntas compuseram o que
denominamos de “sequência pré-teste”. A segunda etapa metodológica se construiu
inteiramente a partir do percurso de investigação da primeira, e se debruçou sobre
como construir uma sequência didática sob a forma de um produto educacional
aplicável às series iniciais do Ensino Básico.
Na análise qualitativa sobre as construções dos estudantes não enfatizamos
erros e acertos, mas as possibilidades de trabalho e a qualidade de raciocínio, como
em Skovmose (2013), Alro e Skovsmose (2010), Batanero (2001), Cazorla (2002 e
2003) e Lopes (2003; 2008 e 2010).
A coleta de dados se deu então a partir da sequência pré-teste, com as
narrativas, análises e registros escritos dos grupos de estudantes da turma de 5° ano.
Essa coleta foi realizada em dias distintos e serviu estruturalmente para a
consolidação do produto educacional.
Os critérios usados para a análise levaram em conta a organização de
pensamento e a forma como os estudantes produziram as respostas aos itens
propostos. Os critérios foram construídos a partir dos interesses dos estudantes, mas
tendo como eixo norteador, os princípios dos componentes curriculares: Gráficos e
Tabelas, e sua ancoragem curricular e nos documentos de orientação, Pró-letramento
Matemática (BRASIL, 2014) e Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998).
A estrutura da dissertação está baseada em três capítulos. No primeiro,
teremos um panorama teórico da Educação Estatística, Educação Matemática Crítica
e Aprendizagem Significativa e um quadro teórico sobre as produções acerca da
temática consideradas com relevância e de acordo com essa proposta.
No segundo capítulo trataremos de uma análise do campo de pesquisa,
contextualizando-o, apresentando a metodologia, os critérios de coleta e análise e
descrevendo a sequência pré-teste. Trataremos nesse plano da Teoria dos Registros
de Representação Semiótica (TRRS) (DUVAL, 2012), ainda que não em
profundidade. Tal teoria é apresentada no exercício de compreensão das produções
dos estudantes.
No terceiro capítulo apresentaremos a sequência didática como proposta de
trabalho na sala de aula. Levantaremos questões em sua produção e a relevância
16
desta construção ser conduzida por uma pesquisa empírica anterior e ainda como
esse caminho de pesquisa pode ser importante na formação de professores
pesquisadores.
Nas considerações finais, levantaremos ideias sobre o campo de estudos dos
Gráficos e Tabelas à luz das teorias, articulando com a pesquisa realizada em sala de
aula. E ainda, a possibilidade de outros pesquisadores ampliarem a proposta aqui
descrita, uma vez que é um componente relevante para os Anos Iniciais do Ensino
Fundamental.
17
A referida autora ainda reúne, organiza e, também, escreve artigos sobre como
as demandas de seus alunos sobre o ensino de Educação de Estatística nas escolas
europeias. São textos de reflexão e estratégias de ensino de diferentes componentes
da Educação Estatística, de vários níveis, desde o Ensino Fundamental até o Ensino
Superior. (BATANERO, 2001; BATANERO & GODINO, 2001; BATANERO & DÍAZ,
2008; BATANERO & DÍAZ, 2011)
Batanero reflete sobre a necessidade de se tratar em uma didática da
Estatística dentro do campo da Estatística. Ela escreve uma série de textos de
formação didática para professores nesta linha.
Nesses textos, organizados em parceria com outros autores, Carmen Batanero
trabalha a didática do ensino de estatística para professores e pesquisadores
(BATANERO, 2001), a didática da análise e tratamento de dados (BATANERO &
GODINO, 2001), o ensino e análise de dados a partir de gráficos (BATANERO & DÍAZ,
2008) e a utilização da estatística com projetos (BATANERO & DÍAZ, 2011).
A autora, com relação a educação estatística afirma que:
2 A partir dos pressupostos das tendências da Educação libertária, emancipatória e humanista, conforme
se depreende dos autores citados, e da Educação Crítica, sob a influência da escola de Frankfurt, Skovsmose
postula uma Educação Matemática Crítica, que, em termos sumários e reducionistas, representa uma busca por
construir democraticamente condições de apropriação dos conhecimentos que, de fato, empoderem cada
educando – intento social e politicamente mais relevante que o entendimento da arquitetura lógica da Matemática
–; é fazer, enfim, dessa ciência algo que tenha sentido em seu contexto social e que cada cidadão dela venha a
se aproveitar em todos os espaços de atuação na sociedade em que vive. (ALRO & S KOVSMOSE, 2010)
32
3 Em 1963, Ausubel divulgou a Teoria de Aprendizagem Significativa, The psychology of meaningful verbal
learning (New York: Grune & Stratton). No ano de 1968, lançou o livro Educational psychology: a cognitive view
(New York: Holt, Rinehart & Winston), cuja segunda edição (1978) tem Joseph Novak e Helen Hanesian como co-
autores. Recentemente, no ano de 2000 escreveu The acquisition and retention of knowledge: a cognitive view
(Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva), publicado por Kluwer Academic Publishers,
traduzida e publica em 2003 por Plátano Edições Técnicas, Lisboa. Essa teoria está descrita no presente trabalho
por vários outros autores: Moreira, Caballero e Rodriguez, 1997; Moreira, M.A, 2012; Adriana Peli zzari, Maria de
Lurdes Kriegl, Márcia Pirih Baron, Nelcy Teresinha Lubi Finck e Solange Inês Dorocinski, 2002.
originarão, a partir dos diversos valores que possam tomar em cada caso, a classes
diferentes de aprendizagem:
• Aprendizagem significativa (AS);
• Aprendizagem memorística (AM).
Nesse caso, quanto mais se relaciona o novo conteúdo de maneira substancial
– e não arbitrária – com algum aspecto da estrutura cognitiva prévia, que lhe for
relevante, mais próximo se está de uma aprendizagem significativa. Quanto menos se
estabelece esse tipo de relação, mais próximo se está da aprendizagem mecânica ou
repetitiva.
De acordo com Ausubel (MOREIRA, 2012), pode-se conseguir a aprendizagem
significativa tanto por meio da descoberta como por meio da repetição, já que essa
dimensão não constitui uma distinção tão crucial como dimensão de aprendizagem
significativa/aprendizagem repetitiva, do ponto de vista da explicação da
aprendizagem escolar e do delineamento do ensino.
A respectiva teoria apresenta três vantagens essenciais da AS sobre a AM:
1.3.1 Os subsunçores
Moreira (2012, p. 10), ainda afirma que: “o subsunçor pode ser também uma
concepção, um constructo, uma proposição, uma representação”; como um modelo,
“enfim um conhecimento prévio especificamente relevante para a aprendizagem
significativa de determinados novos conhecimentos” (p.10). Seria uma espécie de
mecanismo de suporte conceitual que funciona como âncora para novos
conhecimentos, ou seja, seriam conhecimentos prévios especificamente importantes
para a aprendizagem de outros conhecimentos.
Esses elementos cognitivos, também podem ser entendidos como
conhecimentos prévios que servem de matriz ideacional e organizacional para a
incorporação, compreensão e fixação de novos conhecimentos. Trata-se de conceitos
preexistentes e em construção, que em relação interativa com os novos conceitos,
produziriam dialeticamente a Aprendizagem Significativa (MOREIRA et al, 1997).
Pode-se citar como exemplo, o desenvolvimento motor de uma criança ao
longo de seu processo de crescimento. A criança aprende a falar, engatinhar, andar,
pular, correr e a se equilibrar. Tais habilidades serão necessárias quando precisar
aprender a andar de bicicleta. No momento em que precisa aprender a se equilibrar
39
estudante já sabe, pois dessa forma, é possível garantir uma aprendizagem que faça
sentido. Desse modo, é exatamente por estar imbuído de sentido, que o objeto é
apreendido pelo aluno.
A linguagem é o fator que dá corpo a toda e qualquer teoria. Entendemos aqui que é
através dela que o ser humano se desenvolve e busca aprimorar seu
desenvolvimento.
Por tudo isso até aqui descrito, entendemos que a tríade do presente trabalho
é a Educação Estatística, a Educação Matemática Crítica e a Aprendizagem
Significativa e a forma como a operação conceitual da triangulação é proposta é a
Sequência didática, sendo ela fruto de um caminho histórico-conceitual anterior e
processual.
A Educação Estatística, trazida à tona neste trabalho, estrutura todo o objeto
que construímos nesta proposta de análise e intervenção escolar nos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental.
Embora os campos epistemológicos da Educação Matemática Crítica e da
Aprendizagem Significativa sejam distintos, entendemos neste trabalho que ambos
tratam de diálogo, aprendizagem e conhecimento. O ponto que uniria esses conceitos
seria a proposição que é possível ter um espaço em sala de aula onde o diálogo
construiria as situações de aprendizagem com foco no conhecimento.
Na Educação Matemática Crítica, o pilar social do ensino e da aprendizagem
dialógica (FREIRE, 1996), da democratização do ensino da Matemática e de uma
construção dos saberes que se daria coletivamente, em caráter social.
Na Aprendizagem Significativa, embora também fundada no diálogo,
fundamenta-se ainda no exercício do poder, na mediação importante do professor e
dos recursos de aprendizagem (Moreira, 2012), do ser pensante, no viés mais
individual, destacando-se os conhecimentos prévios que os indivíduos têm e que
ancoram os novos ou conhecimentos mais complexos.
Por isso, entendemos que trabalhar com esses os dois conceitos juntos, não
consistiria num binarismo, onde um conceito excluiria o outro. Pelo contrário, esses
conceitos unidos completariam lacunas importantes: social e individual, ambas
solidificadas pelo diálogo na construção dos saberes escolares, em sala de aula, para
explicar, entre outros elementos, o deslocamento de poder. Quando o poder sai das
mãos do professor e também não se encontra centrado no estudante. O poder está
na proposta de construção de conhecimento, mediada pelo diálogo e no
desenvolvimento de um caminho de investigação.
43
Fonte: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/
51
Fonte: www.google.com.br
Fonte: http://portalgeo.rio.rj.gov.br/armazenzinho/web/
A escola ainda está inserida num corpo de projetos institucionais como: Novo
Mais Educação, Escola do Amanhã, Trilhas e Estrada para Cidadania e Saúde na
Escola.
Como uma escola que atende exclusivamente crianças dos anos iniciais do
Ensino Fundamental (EF), a E. M. Cornélio Pena tem características particulares e
uma cultura própria. O ensino da Matemática por professores polivalentes, como é no
caso de professores dos anos iniciais do EF têm marcas próprias e são essas marcas
e possibilidades de construções outras que trataremos neste e no próximo capítulo.
Para situar melhor a pesquisa, trataremos então da sequência inicial, nomeada
como pré-teste, trabalhada processualmente numa turma de 5° ano de escolaridade
da Escola Municipal Cornélio Pena, no bairro de Irajá, cidade do Rio de Janeiro.
A dinâmica de expressão oral foi realizada em uma sala de aula e mediada pela
professora pesquisadora. A atividade foi aplicada em um grupo representativo da
turma observada, doze estudantes, e teve a duração de duas horas. Optamos pelo
grupo representativo para melhor aproximação dos estudantes e observação de suas
narrativas à medida que expressavam suas ideias, falavam sobre fatos e situações de
seu contexto real.
A escolha dos doze estudantes se deu pelos resultados em uma avaliação
anterior realizada pelos estudantes. Os doze são um grupo representativo de
estudantes que foram avaliados com conceitos “bom”, “muito bom” e “regular”. Isso,
para este primeiro momento da pesquisa.
Para que houvesse um clima leve e mais informal, os estudantes foram
organizados em uma roda e convidados a sentar no chão. O espaço da sala era
pequeno, porém o suficiente para que o grupo pudesse realizar a atividade sem
nenhum problema.
Após sentarem, explicamos que esta era a primeira de uma série de atividades
que iriam fazer e que as outras duas atividades seriam realizadas com todos os
estudantes da turma, em outro momento.
Em seguida, deu-se início a dinâmica. Um grupo de palavras foi colocado no
centro do círculo. Os estudantes então escolhiam as palavras que estavam ali
posicionadas. Em seguida, reservamos um momento para cada estudante justificar a
escolha de cada vocábulo.
As palavras foram: Matemática, Ciências, Família, Educação Física, Saudades,
Animais, Medo, Escola, Recreio, Brinquedo, dentre outras.
56
Estudante R. “Eu gosto muito de animais, porque eu gosto muito dos animais, porque
eu tinha um... meu cachorro... aí né tia... ele fugiu... aí pegou, né tia... ele fugiu de
casa... aí... tia... aí pegou... ele morreu... aí eu escolhi animais porque eu gosto.
(Risos)”
58
Estudante P. “Aí tia… (risos e aparente timidez) ... Eu gosto muito de casa... arrumo
a casa... vejo televisão... lavar a louça... mexo na internet. Só.
Estudante J. “Eu quero muita paz na minha casa nos meus amigos, na minha escola.
É isso.”
Estudante F. “Tristeza...eu estavo com minha vó na casa dela e falei...Vó, você vai
ficar bem? Aí ela foi na padaria e escorregou e depois ela morreu. Eu fiquei muito
triste…”
Estudante B. “Eu escolhi diversão, porque eu gosto muito de brincar com meus
amigos, jogar bola. (Risos). Família, porque gosto de brincar com meus parentes, pra
gente passear, ir pra praia, pra poder se divertir…”
e meu irmão Isaque que só vi uma vez na minha vida. Pais e mães... (Essas palavras
não estavam no banco dos vocábulos apresentados ao grupo. A estudante as
escreveu em uma ficha em branco.).... Eu nunca vi meu pai. Ele deve ter uns oitenta
e poucos anos.... Agora minha mãe... eu não vejo ela sempre. ” (Aparência de tristeza
nos olhos e fala pausada.)
- “Vocês se conhecem?”
A maior parte respondeu que sim. Grande parte da turma estuda na unidade
escolar desde o primeiro ano de escolaridade. Alguns vieram até da mesma classe de
Educação Infantil, de uma unidade localizada no terreno paralelo à unidade escolar.
Ao serem questionados sobre as preferências de alguns colegas da turma,
muitos não souberam responder. A partir desse ponto, lançamos a proposta “A turma
1501 também tem suas preferências”, despertando curiosidade e entusiasmo nos
integrantes da turma.
No momento seguinte, explicamos como seriam as etapas da proposta. Na
primeira etapa, os grupos escolheram um tema que tiveram interesse em pesquisar.
Os temas escolhidos foram: medo, recreio, música, bullying, saudade e animais. Na
segunda etapa, os grupos elaboraram a pergunta envolvendo o tema. As perguntas
foram:
● Você já sofreu bullying? /Você já praticou bullying? (O mesmo
grupo elaborou as duas perguntas)
● Vocês concordam com o dia do brinquedo na escola?
61
Para maior organização das narrativas dos grupos, foi elaborado um protocolo
de perguntas iguais a serem feitas aos sete agrupamentos. Em cada apresentação,
os estudantes respondiam as seguintes indagações:
“Eu tive dificuldade em anotar as respostas, porque cada hora eles diziam uma
coisa”.
“Teve gente que sofreu e praticou, daí eu escrevi nas duas listas”.
“Eu acho que ninguém deve praticar, nem sofrer bullying. Isso é muito ruim”.
“Nós escolhemos esse tema, pra incentivar as crianças para brincar mais”.
“As cores ‘demorou’ pra fazer e na ideia de pensar do que nós íamos fazer”.
“Pensamos em desenhar outra coisa, tipo um carro, uma moto, mas a ideia do
caminhão foi ganha, porque o caminhão eu nunca desenhei”.
“As dificuldades foram o desenho... tudo tinham coisas e eu não consegui fazer
nada direito.”
“Nós escolhemos esse tema, porque eu sempre quis escrever sobre medo”.
“Tem que falar? “Ah...professora...não! ” “Não queremos não” (Esse grupo não
quis apresentar e falar sobre o trabalho.)
“A V. não quis ajudar muito... [...]“Eu quis, sim” [...], mas depois ela ajudou,
professora”. “Foi muito bom fazer isso”.
Este grupo fez opção pelo registro em formato de lista, com representação
pictórica para um apelo visual maior da informação. Uma hipótese para esse tipo de
impressão pode ser pela lista nominal pensada para colher as opiniões dos pares
sobre “medo”, tema de pesquisa. Da primeira para a segunda forma, com a informação
organizada, percebe-se a divisão da folha em quadrantes, visando maior organização,
a representação por desenhos e o modelo visual em si.
2.2.9- Categorizações
Dessa forma, sentimos a necessidade de explorar mais essas duas formas tão
diferentes de representação, mas que até então não haviam sido percebidas. Nessa
altura chegamos aos conceitos exatos, já de domínio público, mas ainda não
percebidos nos registros das pesquisas: desenhos iconográficos e desenhos
pictográficos.
Segundo o Dicionário Online de Português 5, pictográfico significa “em que os
conceitos são representados por cenas figuradas ou por símbolos complexos”.
Enquanto iconográfico está “relacionado com iconografia, com a representação de
algo através de imagens, gravuras, fotos. Pode se referir ao material imagético usado
para consulta ou representação visual de: material iconográfico”.
Ou seja, em linhas gerais, pictográfico estaria posicionado num sistema mais
complexo de análise já que representaria um conceito. E por sua vez, iconográfico
estaria num patamar de menos complexidade por se tratar de uma representação de
imagem.
No que tange às atividades dos grupos de estudantes do 5° ano, a análise de
material de segunda etapa, isto é, informação organizada estaria classificada em cinco
categorias: 1- representação iconográfica, 2- representação pictográfica 3-
informações topicalizadas, 4- informações de textos narrativos e, 5- tabela rudimentar.
Na 1- representação iconográfica, onde uma representação mais simples, de
cunho de ilustração, criação de uma imagem, se mostra presente nas ilustrações 2 e
9, respectivamente sob a temática “dia do brinquedo na escola” e “ animal preferido”
Na 2- representação pictográfica, onde o sistema de representação é mais
complexo porque envolve a representação de conceitos, ideias e signos, é marcada
nas ilustrações de informações organizadas de números 4, 7 e 12, respectivamente
sobre os temas “pessoas que já praticaram bullying” e “pessoas que sofreram
bullying”, e, “saudade”.
Acerca do item 3 - informações topicalizadas - ou seja, onde são utilizados
tópicos como orientação de organização da informação, encontramos nas ilustrações
de números 2, 4 e 12, este último sob o tema “medo”.
8
Análise de dados e construção de gráfico de coluna.
a- Aplicação da Sequência
Ilustração 13 - Atividade 1
15 Gráficos de colunas
1 Gráfico de setores
2 Listas nominais
1 Em branco
1 Fachada da escola
Todavia, na ilustração 19, três estudantes escreveram “Não sei fazer”, o que
caracteriza a falta de tentativa de expressão de sua compreensão de pensamento
sobre a questão trazida à pauta.
Ilustração 20 - Atividade 2
SERTANEJO 50
RAP 80
POO 30
FUNK 130
ELETRÔNICA 10
GOSPEL 40
Item “a”: respostas variadas que atingiram o objetivo (19); “pesquisa” (5);
“queimado” (2); “entre perguntas” (1) e em branco (1). Item b: “futebol” (24); “vôlei”
(1); “queimado, futebol, vôlei, basquete” (1) e “basquete” (1) e em branco (1). Item
“c”: “basquete (26); “futebol” (1) e em branco (1). Item “d”: “100%” (1); “100” (7); ”100
votos ou total (1); “10” (1); “total é 100” (2); “100 entrevistados” (1); “o total de
entrevistado é 90. ” (1); “100 alunos” (1); “queimado” (2); “vôlei” (1); “5%” (1); “trilha”
(1); “95 entrevistados” (1); “100 pessoas” (1); 5 (2); “O total de entrevistado é 100” (1);
“Total de 90” (1); “70% entrevistados” (1) e em branco (1).
94
de “inferência informal”, como um processo criativo, indutivo, no qual o aluno gera uma
hipótese provisória, observando padrões nos dados.
Ilustração 26 – Atividade 07
Os estudantes apresentaram as seguintes respostas: Item “a”: “A” (3); “B” (2)
“C” (21) e “D” (2).
102
Ilustração 27 - Atividade 08
Fonte: Estudantes
Fonte: Estudantes.
Fonte: Estudantes
Fonte: Estudantes .
Fonte: Estudantes
Fonte: Estudantes
A próxima ilustração traz além das informações dos últimos dois gráficos, uma
proposta de título.
110
Fonte: Estudantes.
A sequência de atividades foi nomeada como pré-teste, por servir de base para
formulação da Sequência Didática- produto demonstrou resultados relevantes para a
111
E outra fala do professor: “Por que é dessa forma?”, pode desencadear a fala do aluno
“Sim, porque é dessa forma?”. (Idem)
Alargando as fronteiras dos cenários de investigação, as oficinas não
funcionariam apenas como cenários em si e nem qualquer outro meio de comunicação
de conteúdo. Trabalhando com Brousseau (1988), percebemos que o que de fato
delineia o cenário é a qualidade da relação que se estabelece no seu cerne.
Nesse sentido, construímos a estrutura da oficina, com bases nos autores
citados, entendendo que essa proposta possibilitaria cenários de investigação e
consequente aprendizagem, mas exclusivamente pelo tipo de relação estabelecida
entre professor e estudantes. Necessariamente uma relação onde os centros de poder
são deslocados das relações educativas mais comuns. Onde as perguntas, a
construção, a aferição e reconstrução dos conceitos é mais fluída. Onde se
desenvolve um diálogo mais equânime, onde professor e estudantes estão mais
próximos de um mesmo plano de investigação.
O formato de oficina seria então mais que um modo de organização, e
mediação docente mais intercambiáveis entre o professor com ele mesmo e,
essencialmente com os estudantes.
contrário. Contudo, essa é uma forma de redação onde a organização pode ficar mais
clara. Sublinha-se que todas as dimensões são interdependentes e por vezes
simultâneas.
Conteúdos conceituais
Conteúdos procedimentais
Conteúdos atitudinais
120
3.3.1 A Oficina
6 Mais informações em: Oficinas Aprendendo e Ensinando Direitos Humanos Metodologia de Oficina
Pedagógica: Uma experiência de extensão com crianças e adolescentes
Disponível em <http://educacaointegral.org.br/glossario/oficinas/> Acesso em 23/08/2017.
124
CONSIDERAÇÕES FINAIS
como na linha teórica de Ausubel. Mais que isso, mostra que os estudantes se
interessaram pela proposta e a concluíram com empenho.
As respostas aos itens foram organizadas em cinco grupos, onde os mesmos
representavam de distintas formas de suas ideias sobre a informação:
1- representação iconográfica, 2- representação pictográfica 3- informações
topicalizadas, 4- informações em textos narrativos e, 5- tabela rudimentar.
Para análise e entendimento das representações, recorremos ao estudo das
TRRS- Teoria de Registros de Representação Semiótica para apresentar as ideias
pautadas na representação do objeto matemático.
Dessa maneira, o registro iconográfico, tem a forma de cunho e ilustração,
como nas imagens 2 e 9. Acerca da representação pictográfica, onde o sistema de
representação é mais complexo porque envolve a representação de conceitos, ideias
e signos, é marcada nas ilustrações de informações organizadas de números 3 e 7.
Nas informações topicalizadas encontramos nas ilustrações de números 2, 3 e 12, e
trata da organização da informação pelo sistema de lista ou tópicos. Sobre o item 4,
informações de textos narrativos é o formato de organização da imagem 9. Na última
categoria, tabela rudimentar, entendemos que há o entendimento do que é e para quê
serve uma tabela. Contudo, há informações importantes que estão ocultas e não
permitem um entendimento imediato e visual como na ilustração 5.
Esse sistema de categorização dos estudantes iluminou importantes ângulos
da questão da leitura, intepretação e construção de gráficos e tabelas. Partimos da
premissa dos conhecimentos prévios dos estudantes, mas isso foi ampliado pelo
quadro mais complexo de que tipo de saberes com relação a organização da
informação tem os estudantes do 5º ano da escola pública analisada.
Sublinhando-se o fato de não querermos aqui sugerir que existem etapas
evolutivas da aprendizagem de gráficos e tabelas. Do contrário, apenas apresentar o
agrupamento de respostas aos itens realizados pelos estudantes.
À luz da teoria aqui proposta nos capítulos iniciais, especialmente da Educação
Matemática Crítica, é possível notar o quanto o diálogo nas aulas de Matemática é
importante e desperta interesse, concentração e empenho. A turma do 5º ano, ainda
que tendo várias questões disciplinares envolvendo até o Conselho Tutelar,
demonstrou envolvimento com a atividade.
127
REFERÊNCIAS
AUSUBEL, D.P. The use of advance organizers in the learning and retention of
meaningful verbal material. Journal of Educational Psychology.Vol. 51, No. 5, 267-272,
1960.
CAZORLA. I.M.
_______. Pedagogia do Oprimido, 17ª ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
Sequência Didática
Oficinas
Pedagógicas
133
Gráficos de coluna
Ex istem v árias formas de representar graficamente uma pesquisa estatística. Essas formas
serão apresentadas abaixo:
Gráficos de Segm entos ou linhas - O gráfico em segmentos é indicado para repr esentar
crescimento, decrescimento ou estabilidade de uma determinada v ariável. O comportamento
dessa v ariável é facilmente observado nesse tipo de representação
Gráficos de Setores - O gráfico de setores evidencia apenas uma v ariável, onde o leitor tem
a v isão de toda a população e dos percentuais dos v alores que essa v ariável pode assumir.
Levar para sala de aula, diferentes gráficos impressos, com assuntos que
sejam do interesse da turma, como por exemplo, situações envolvendo a criança, a
família e a escola em um contexto social mais amplo, brincadeiras, consumo de
brinquedos, trabalho infantil, índice de natalidade, mortalidade infantil, crianças no
Brasil, alimentação, desempenho escolar ou outras de mesma teia semântica ou
propostas ampliadas.
Material - 1 Cartolina para cada grupo, papel ofício, tiras de ofício de uma mesma
cor, tesoura, cola, régua, lápis grafite, lápis de cor e borracha.
Organização da turma
Perguntas que podem
Primeiro momento: Roda ser utilizadas na
Segundo momento: grupos com 4 ou 5 estudantes. condução da atividade.
Todos os estudantes estão
Procedimentos registrados na pesquisa?
gráfico de coluna, posta no quadro branco, com recursos Que mês apresentou
diversos, como: imagem digital, figura retirada de jornal maior ou menor
quantidade de
ou revista, reprodução de imagem, etc. Nessa etapa, aniversariantes?
analisar a função dos eixos (horizontal e vertical), título,
Qual a diferença entre os
fonte, espaçamento entre colunas larguras das colunas, meses com maior ou
menor?
etc.
Segundo momento, solicitar que os grupos façam os Algum mês não tem
registro de
gráficos na cartolina, utilizando as tiras de ofício que aniversariantes?
deverão ser de um mesmo tamanho. Trabalhar ainda o
Para que serve um
que representa o eixo vertical e o eixo horizontal de um gráfico?
gráfico.
Como a informação visual
se apresenta? É diferente
do texto? Como?
Gráfico de setores
Popularmente, conhecido como gráfico de pizza, esse tipo é utilizado
para representar variáveis qualitativas quando estamos interessados em
observar a relação parte--todo, em especial, as variáveis nominais. No caso
das variáveis ordinais, pode ser que exista algum padrão relacionado a ordem
das classes e, nesses casos, é mais indicado o uso do gráfico de barras.
Fonte: Cazorla e orgs. Estatística para os anos iniciais do Ensino Fundamental. livro eletrônico. 1ª Edição - Brasília;
Sociedade Brasileira de Educação Matemática - SBEM, 2017. (Biblioteca do Educador - Coleção SBEM;9) 6,5;PDF.
Organização da turma
Primeiro momento, enturmados.
Procedimentos
Escolha da atividade, divisão em grupos, representação de meninos e meninas por
gráfico de setores para a compreensão da relação parte-todo, estabelecida na divisão
por gênero da escolha da modalidade vôlei.
141
Demanda atenção ainda a explicação dos setores circulares recortados serem proporcionais
ao número de componentes no grupo. Como a nota acima detalha.
Gráfico de linhas
O gráfico de linhas normalmente é utilizado quando queremos mostrar
uma tendência nos nossos dados ao longo do tempo. Se quisermos, por
exemplo, saber como as sementes vão germinando e prevermos qual se
desenvolverá melhor, podemos ir anotando a sua altura em um período de
tempo. Os gráficos de linhas geralmente apresentam dados de determinados
eventos no decorrer de um espaço de tempo. Veja o exemplo.
Fonte: Autora
O geoplano é um material que constitui-se de uma placa de madeira, marcada com uma
malha quadriculada ou pontilhada. Em cada vértice dos quadrados formados fixa -se um prego, onde
se prenderão elásticos, usados para “desenhar” sobre o geoplano. De modo geral esse material é
utilizado para o trabalho com a Geometria e é particularmente indicado para alunos com deficiência
visual.
Segundo momento: Análise das faltas por dia da Quais dias da semana
semana, organização dos números de faltas em em que faltaram mais
sequência, organização das informações no eixo X e eixo estudantes?
Y, delineamento da informação e apresentação da
informação. Quais dias da semana
faltaram menos
No papel quadriculado, os estudantes farão a estudantes?
Procedimentos
Primeiro momento: Conversa sobre o grande número de faltas que a turma vem
tendo no último bimestre. Mapeamento dos prejuízos pedagógicos que não ir a escola
acarreta e quais os principais motivos para faltas. Detecção se a maior parte das faltas
são realmente necessárias e conversa sobre modos de estar na escola e
aprendizagens sem limites que podemos ter quando nos apropriamos do espaço
escolar com a sensação de pertencimento.
bimestre, dois meses e alguns dias. E, por fim, organizarão a tabela simples, num
cartaz.
Na sequência, criarão uma frase de efeito para inaugurar o projeto “Nenhum a menos”
- uma possibilidade levantada a partir das falas dos estudantes para diminuir o número
de faltas desnecessárias da turma 501.
O objetivo é uma
reflexão coletiva
sobre a baixa
frequência da
turma.
148
Situação-problematizadora - Na
Procedimentos
Primeiro momento: Coletar as informações no mural da sala da direção com o total
de gols do campeonato de futebol dos três anos anteriores. A partir das informações,
alguns questionamentos possíveis:
149
Segundo momento
Atividade
de
avaliação
Jogo da trilha: gráficos e tabelas
151
152
153
REGRAS!
Por que esse gráfico é feito com lápis Por que em cima do peixe não tem O que corresponde a cor AZUL e
coloridos? gráfico? VERMELHA?
A- Porque foram desenhados com A- Porque esqueceram de colocar. A- Quantidade de meninos e meninas.
lápis. B- Porque votaram no peixe. B- Número de pessoas na turma.
B- Porque representam lápis. C- Porque ninguém votou no peixe. C- Número de estudantes da escola.
C- Porque usamos lápis.
Quais as informações têm na linha Quantos gols o Brasil fez na Copa de O gráfico apresenta que o faturamento:
vertical e horizontal? 2002?
A- Aumentou
A- Número de filhos pelas regiões do A- 147 B- Diminuiu
Brasil. B- 171 C- Dobrou
B- Número de crianças brasileiras. C- 161 D- Manteve-se o mesmo
C- Número de crianças do Rio de
Janeiro.
O Gráfico 07 fala sobre o quê? No ano de 2010, qual a região que Localize o ano em que a venda de
apresenta maior percentual de crianças bonecas foi o dobro da venda de jogos:
A- Número de pessoas de 15 anos que
com dente cariado?
estão na escola. A- 2011
B- Percentual de analfabetos. A- Centro-Oeste B- 2012
C- Percentual de estudantes B- Norte C- 2008
brasileiros C- Sudeste
155
Por que esse gráfico é feito com lápis Por que em cima do peixe não tem O que corresponde a cor AZUL e
coloridos? gráfico? VERMELHA?
Quais as informações têm na linha Quantos gols o Brasil fez na Copa de O gráfico apresenta que o faturamento
vertical e horizontal? 2002? aumentou ou diminuiu?
O Gráfico 07 falas sobre o quê? No ano de 2010, qual a região que Localize o ano em que a venda de
apresenta maior percentual de crianças bonecas foi o dobro da venda de jogos:
b-Percentual de analfabetos.
com dente cariado?
a-2011
c-Sudeste
156
Turma: 1501
Introdução
As etapas das atividades realizadas com os estudantes da turma 1501, consistem em,
primeiramente, uma dinâmica de expressão oral, em seguida uma pesquisa de registro livre das
informações sobre as preferências da turma e, depois, a realização de 8 questões envolvendo os
conteúdos sistematizados sobre Gráficos e Tabelas. A presente proposta baseia-se no trabalho
de Tratamento da Informação, de acordo com a proposta dos Parâmetros Nacionais Curricula res
(BRASIL, 1998) de e do Pacto Nacional de Alfabetização da Idade Certa (BRASIL, 2014).
Justificativa
De acordo com Lopes (2010, p.3) a Estatística, com os seus conceitos e métodos,
configura-se com um duplo papel: permite compreender muitas das características da complexa
sociedade atual, ao mesmo tempo em que facilita a tomada de decisões em um cotidiano onde
a variabilidade e a incerteza estão sempre presentes.
Com base no que foi exposto, o trabalho de coleta, interpretação de construção de gráficos e
tabelas, tem uma importância fundamental na formação dos estudantes desde os seus primeiros
anos de escolaridade.
Objetivos gerais
Objetivo específico
Conteúdos conceituais
Conteúdos atitudinais
Desenvolvimento
Será posto no centro da sala um grupo de palavras relacionadas aos contextos dos estudantes,
como: família, brincadeiras, alimentos, frutas, diversão, etc. As palavras estarão escritas em
tiras de papel. Algumas tiras ficarão em branco para que os estudantes possam escrever que
preferência desejam descobrir. Cada estudante justificará, oralmente, sua escolha.
Segunda atividade – Atividade livre de pesquisa “A turma 1501 tem a sua preferência”
160
A turma dividida em grupos, escolherá uma preferência que deseja pesquisar na própria
turma. Os temas surgirão com base nas palavras escolhidas pelos estudantes durante a primeira
atividade. Após a escolha, os grupos iniciarão a pesquisa e depois organizarão as informações
em uma folha A3. Em seguida, farão a apresentação da tarefa realizada. A professora
pesquisadora não irá fazer intervenções didáticas, porque o objetivo é permitir que os estudantes
apresentem, através da atividade, o que sabem e o que tem interesse em saber a respeito dos
conteúdos de Gráficos e Tabelas.
Avaliação
A avaliação incidirá sobre a participação e interação dos estudantes durante o
desenvolvimento da atividade, análises dos recursos utilizados para coleta e organização dos
161
dados. No final, os trabalhos serão recolhidos para continuação da análise realizada pela
pesquisadora.
Referências bibliográficas
Turma: 1501
Tratamento da Informação
1- Bianca é uma menina muito ativa. Ela resolveu registrar, por meio de um gráfico,
o tempo que gasta com suas atividades.
3- Bianca participou de uma pesquisa feita por sua professora de Educação Física.
Observe o gráfico e responda:
4- O gráfico a seguir representa uma pesquisa sobre medo, realizada na sala de aula
de Bianca, após a leitura do livro “O Bicho Medo” de Eliane Pimenta, realizada
pela professora da Sala de Leitura.
_________________________________________________________
diminuiu? ______________________________________________
167
7- Bianca gosta muito de dançar. Ela pretende ser dançarina profissional quando
crescer. Na cidade onde mora, todo ano acontece uma famosa Mostra de Dança. O
valor das inscrições está apresentado na tabela abaixo.
8- Uma turma do 5º ano da escola de Bianca fez uma pesquisa sobre os meses de
aniversário dos estudantes. Para organizar melhor as respostas, escreveram os
nomes em uma ficha. Veja como ficou.
Termo de Assentimento
Seu filho (a) está convidado (a) a participar voluntariamente do estudo/pesquisa a ser
realizada na Escola Municipal Cornélio Pena intitulada “Desafios da criação e aplicação de
uma sequência didática – Uma introdução ao ensino de estatística nos anos iniciais” ,
conduzida pela pesquisadora Lídia Silva Lacerda da Rosa. Para tanto, necessitamos do seu
consentimento. Este estudo tem por objetivo criar e aplicar uma sequência didática, com
referência à Educação Estatística, em uma turma do quinto ano dos anos iniciais de uma escola
pública municipal do Rio de Janeiro. A qualquer momento, o estudante poderá desistir de
participar e retirar seu consentimento/assentimento. A recusa, desistência ou retirada não
acarretará prejuízo. Não há nenhum risco para a participação no estudo. A colaboração a essa
pesquisa será de forma anônima. Além disso, não acarretará nenhum custo financeiro.
Os dados do estudo serão obtidos por meio de observação, entrevista, fotos, filmage ns,
registro das atividades e impressões sobre o conhecimento que os alunos possuem sobre o
assunto pesquisado. O acesso e a análise dos dados coletados se farão apenas pela pesquisadora
com supervisão de seu orientador. Os dados obtidos por meio desta pesquisa serão confidenc ia is
e não serão divulgados em nível individual, visando assegurar o sigilo de sua participação.
A pesquisadora responsável se comprometeu a tornar públicos nos meios acadêmicos e
científicos os resultados obtidos de forma consolidada sem qualquer identificação de indivíd uos
participantes.
Caso você consinta a participação de seu filho (a) nesta pesquisa, assine ao final deste
documento, que ficará com o pesquisador responsável, podendo entregar-lhe uma cópia se
assim desejar. Seguem os telefones e o endereço institucional do pesquisador responsável e do
Comitê de Ética em Pesquisa – CEP, onde você poderá tirar suas dúvidas sobre o projeto e sua
participação nele, agora ou a qualquer momento.
Fui informado/a que poderei contactar a pesquisadora Lídia Silva Lacerda da Rosa,
professora dos Anos Iniciais, a qualquer momento através do email lacerda.lidia@gmail. co m
(21) 3362-1021. Caso você tenha dificuldade em entrar em contato com a pesquisadora
responsável, comunique o fato à Comissão de Ética em Pesquisa da UERJ: Rua São Francisco
Xavier, 524, sala 3018, bloco E, 3º andar, - Maracanã - Rio de Janeiro, RJ, e-mail: etica@uerj.br
- Telefone: (21) 2334-2180. Declaro que entendi os objetivos, riscos e benefícios de
participação de meu filho (a) na pesquisa, e que concordo em participar.