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4. Diálogo....................................................................................................................................7
5. Ficha de leitura........................................................................................................................8
6. Referências bibliográficas.....................................................................................................10
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Em princípio a leitura apresenta-se como uma actividade que é determinante em toda a vida
do indivíduo, quer no que diz respeito à sociedade em geral, quer no que diz respeito à Escola
em particular. Daí que ler para recolher informação é uma das modalidades de leitura mais
imediatamente úteis, ao longo de toda a escolaridade (tanto nos ensinos Básico, Secundário e
Superior) e também de toda a vida.
Palavras-chave – as notas não formam um texto de frases completas, mas são constituídas por
palavras significativas, seleccionadas cuidadosamente – as palavras-chave do discurso. Segue-
se a organização destas de modo a abrangerem conceitos mais complexos. Mencionam-se
factos e ideias de modo esquemático, contudo, a compreensão destes esquemas está ligada à
memória de quem os fez. (As palavras-chave não são geralmente utilizáveis por pessoas que
não o autor. Neste modo de tomada de notas, as ligações de dependência entre as palavras-
chave são evidenciadas com o recurso a setas e outros sinais.
Tomar notas do próprio texto – neste caso, antes de as registar em folhas ou fichas, as notas
são tomadas no próprio texto, possibilitando a realização de uma primeira triagem
directamente na matéria prima. São evidenciadas as ideias-chave sublinhando-as, colorindo-
as, etc. À margem do texto podem ser colocadas as anotações que sejam formulações
abreviadas de cada parágrafo. Ao mesmo tempo, com recurso a setas, são estabelecidas
relações de aproximação entre certos elementos dispersos ao longo do texto.
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Mapas – As notas são organizadas num mapa que ocupa(aproximadamente) metade da folha.
Nos mapas ocorrem frase esquemáticas e palavras-chave, mostrando graficamente as
correspondências e as hierarquias entre as palavras e/ou ideias1.
Pode-se compreender que a tomada de notas é forma de retenção das informações para seu
reaproveitamento posterior. O objectivo da tomada de notas é a memorização.
De acordo com Serafini (1994) na tomada de notas faz-se o uso das abreviaturas e símbolos, e
muitas vezes a escrita deve ser rápida, por essa razão, se recorre ao uso de símbolos. Contudo,
estes símbolos, na sua maioria, são convencionais, ou seja, representam um código já
consagrado. A autora mostra alguns princípios para as abreviaturas:
(a) deve seguir-se um ponto à abreviatura. Exemplo: i.e. (id est) = isto é;
(b) não se abrevia numa vogal, mas sim numa consoante (ex. bol.= boletim), salvo excepção
motivada por uma vulgarização do uso. Exemplo: ex. = exemplo, exo.= exercício;
(c) as abreviaturas fazem-se as mais das vezes sem estabelecer distinção entre o substantivo,
o adjectivo, o advérbio, o verbo. Exemplo: an.= ano, anual, anualmente;
(d) é prático abreviar suprimindo uma parte dos sufixos correntes. Exemplo; formul., mús.,
neolog. ...
(e) pode-se por vezes dobrar a consoante inicial a fim de marcar o plural. Ex.: p. = página,
pp. = páginas.
Normalmente as pessoas têm receio em apresentar um trabalho oral e há todo custo tentam a
evitar as apresentações orais. Nas universidades é comum ao longo do curso ter um momento
ou outro em que é necessário realizar uma apresentação oral e isso não deve ser encarado
como o fim do Mundo. Sentir algum nervosismo quando se fala perante uma audiência é algo,
não só inevitável, mas também desejável. Quando controlamos o nervosismo, este poderá ser
exteriorizado na forma de entusiasmo ou motivação face à audiência.
Assim, segundo Ferreira (s/d) afirma que a primeira coisa que se deve ter em conta é saber o
que falar. Por isso deve-se ler, pesquisar, saber tudo sobre o assunto em questão, numa
palavra dominá-lo. Segundo este autor, um outro ponto a ter em consideração é conhecer bem
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Simonet (1988).
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o terreno que se vai pisar, isto é, procurar obter informações básicas tais como para quem vai
falar, quanto tempo se tem disponível para a apresentação, se vai haver mais oradores e que
meios se vai ter a disposição para a apresentação.
O que se nota é que muitas vezes as pessoas sentem ansiedade de falar em público, dizem que
estão preocupados com a possibilidade de se sentirem embaraçados com a situação;
expressam medo em errar ou parecer “idiotas” aos olhos dos outros e, consequentemente,
serem julgados como incapazes perante ao público; falam também do incómodo que sentem
só de pensar que muitos pares de olhos vão tê-los como figura central; muitos deles têm a
crença que ninguém está interessado naquilo que eles têm para dizer ou então que nada
daquilo que eles têm para dizer vale a pena ser dito.
Esse deve ser preparado para evitar frases truncadas e fora de ordem, evitar quebras de
raciocínio e ideias mal explicadas, pois o que acontece é que algumas pessoas durante a
apresentação perdem o fio de pensamento e o que dizem a seguir perde o sentido. Então, o
autor aqui afirma que texto devem-se evitar frases excessivamente longas.
O texto deve ser compatível com o tempo disponível para apresentação e, em geral, deve-se
cuidar para não aprofundar demasiadamente a explicação de uma parte do tema em
detrimento de outra mais importante. Deve-se ter atenção para o texto não exceder o tempo
disponível, pois na altura da apresentação o coordenador pode suspendê-la, caso ultrapasse o
tempo2.
A autora Silva (2015) no seu artigo sobre “Como fazer uma apresentação oral de trabalho
científico” afirma que antes da apresentação, o apresentador deve ter em conta sobre alguns
aspectos fundamentais como o tempo que dispõe para fazer a apresentação, quem são as
pessoas que estarão na plateia. A autora afirma ainda que é recomendável visitar o local da
apresentação antes para ter ideia do tamanho da sala, se tem degraus ou não, como é a
iluminação, se existem fiações que passam pelo piso. Ela afirma que o apresentador não se
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Idem, Ferreira (s/d).
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deve preocupar com a aparência pessoal, pois isso não é relevante e o que tem que chamar
atenção é o trabalho a ser apresentado e não a roupa ou os apetrechos e acessórios.
E de certeza, numa apresentação a aparência pessoal não tem nada a ver com a estatura do
apresentador ou com o preço da roupa utilizada. Nossa opinião é de que no dia da
apresentação oral, é apena necessário que o apresentador use roupas que o façam sentir-se
bem e que sejam apropriadas para a ocasião. Quando avançar para a frente da audiência, para
dar início ao discurso, é importante que esteja motivado para estar nessa posição. E, ainda que
seja difícil estar a fazer a apresentação, é importante não passar essa mensagem e tentar passar
a mensagem de que está motivado para continuar.
Uma apresentação deve ser pensada como uma comunicação com a audiência, em vez de uma
apresentação para a audiência. Para que tal aconteça, o apresentador não se deve deixar levar-
se de vencido pelo pavor. Deve gastar mais tempo com a audiência do que com os papéis de
apoio, mantendo o contacto visual com o público, não só num único ponto, mas por toda a
audiência, evitar-se um olhar vago, vazio, de preferência deve-se olhar nas pessoas Ferreira,
s/d).
Antes do dia da apresentação, o apresentador tem de chegar um pouco mais cedo ao local
onde vai decorrer a apresentação, de modo a ter tempo para testar mais do que uma vez todo o
material de apoio que irá ser utilizado. É necessário dar uma volta à sala para certificar-se de
que toda a audiência será capaz de o ver a si e ao material que irá apresentar.
Ainda durante a apresentação, o apresentador deve comportar-se de uma forma natural, não
ter medo de cometer erros, ser humano é uma condição inimputável ao qual somos alheios,
por isso as imperfeições são inevitáveis. Deve-se criar um estilo próprio, sorrir, ser humilde e
evitar demonstrar preocupação, mas sim calma, confiança e tranquilidade. Estes são factores
determinantes para que a apresentação ocorra de forma natural4.
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Idem, Ferreira (s/d).
4
Idem, Ferreira (s/d).
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No final da apresentação se surgirem questões ou dúvidas, isto será um sinal positivo pois
revela que a audiência esteve com atenção à apresentação. Durante este período deve-se ser
paciente e ouvir as perguntas sem interromper quem as coloca, repetir para toda a audiência a
questão colocada e fazer uma pausa antes de responder de forma a ponderar a resposta, não se
deve apressar a resposta, pois assim transmite-se à pessoa que colocou a pergunta que ela é
suficientemente importante porque se ponderou a resposta. Deve-se responder à pergunta de
forma directa (sem, no entanto, dar rodeios) e a olhar-se para toda a audiência, não apenas
para a pessoa que colocou a questão. De notar que uma dúvida ou questão é uma oportunidade
para explicar melhor o que antes não foi bem explicado. E muitas vezes as pessoas fazem
pergunta só para terem um esclarecimento5. Mais tarde, o apresentador pode fazer uma auto-
avaliação sobre o seu desempenho. Descobrir o que fez bem ao longo da apresentação e
guardar essa informação para um desempenho futuro.
Para estruturar uma exposição é necessário compreender, antes de mais, o que ela é. Assim,
de acordo com Dean, (1994) citados por Vieira (2009), uma exposição é um grupo polivalente
de elementos que, de forma completa, apresenta ao público uma colecção ao mesmo tempo
que disponibiliza um conjunto de informação no sentido de permitir a sua acepção pelo
público.
Numa outra perspectiva, mas muito complementar à aquela citada acima, Vehaar e Meeter
(1989) citados por Vieira (2009) definem exposição como “um meio de comunicação
dirigido a um público alargado e que tem como fim transmitir informação, ideias e emoções
relativas às evidências materiais do Homem e dos seus meios circundantes, com o auxílio de
métodos visuais e multidimensionais”.
A exposição é assim uma obra em que a pessoa pode se observar e recompor os fragmentos e
fracturas do mundo, a fim de criar uma outra obra: a sua própria.
5
Ibidem, Ferreira (s/d).
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De uma forma geral, os locais habituais onde ocorrem as exposições é nos museus. Porém,
nada impede que sejam realizadas em espaços alternativos como bares, restaurantes, ou em
qualquer local que se encaixe nos padrões da ideia e do conceito que se quer mostrar.
Assim, de acordo com Vieira (2009) uma das melhores formas de estruturar uma exposição é
em princípio é a definição dos pontos que darão início à organização como o tema, o público,
o local e a duração do evento. O autor da exposição deve procurar fazer uma pesquisa extensa
na fase de pré-produção para que a escolha seja mais acertada possível.
Para Parreiras (2011) o primeiro passo para a estruturação de uma exposição é estabelecer o
tema/conceito, que deve se relacionar, necessariamente, com o acervo seleccionado para
compô-la, considerando o público-alvo pretendido. Seguidamente é o objectivo principal do
expositor em apresentar o produto de uma pesquisa, que tenha em seu percurso uma narrativa
que estabeleça a fruição entre público visitante, acervo e instituição.
A autora6 afirma que a pesquisa possui importante papel no contexto de uma exposição, pois
se encontra presente desde a referência para se pensá-la, até a fundamentação do seu conceito,
justificando, desse modo, a museografia, os textos, os catálogos e outros produtos gerados
pela exposição.
Para se estruturar e gerir uma exposição é importante ter em mente que a mesma se configura
como um grande projecto de pesquisa e que seu produto final é a exposição, que se conforma
num discurso tridimensional da pesquisa realizada. Para tal, é importante a escolha de
profissionais qualificados no projecto e, de preferência, de áreas diferentes, montando assim
uma equipa multidisciplinar, possibilitando uma ampliação das discussões e do alcance dos
objectivos propostos.
Nome da Exposição: a exposição deve ter nome que é aquilo que o público irá encontrar.
Títulos que apresentem nomes e datas facilitam na localização e entendimento geral do
conceito e dos objectivos da exposição.
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Idem, Parreiras (2011)
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Data de abertura/Data de término: deve ter uma data. A duração de uma exposição consiste
em um dos primeiros aspectos a ser pensado, pois isso definirá o seu perfil, se será de curta,
média ou longa duração.
Descrição (resumo da exposição): é preciso pensar uma descrição sucinta da exposição que
abranja seu título e uma breve definição dos seus conceitos.
Objectivos: a exposição deve ter bem claro os objectivos do trabalho. Como a exposição é
produto de um apurado processo de pesquisa, a mostra deve estar bem definida em seus
objectivos gerais e específicos, para nortear toda a museografia que será desenvolvida.
Local/Espaço Expositivo: O espaço onde a exposição será montada deve ser estudado com o
auxílio de plantas baixas e elevações com as respectivas medidas.
4. Diálogo
Segundo Rodrigues (s/d) a palavra diálogo tem sua raiz no grego, “dia” e “logos”, e poderia
ser definida como “significado que se move através das palavras”. É uma forma de
comunicação que permite descobrir o sentido compartilhado que se move entre e através de
um grupo de pessoas. Assim, o diálogo implica o dar-se conta dos pensamentos, sentimentos e
conclusões já formulados que subjazem na cultura ou na maneira de ser de um grupo.
Para Mariotti (2017) o diálogo é uma metodologia de conversação que busca 3 resultados: a)
melhoria da comunicação entre os interlocutores; b) observação compartilhada da
experiência; e c) produção de percepções e ideias novas. Para o esmo autor, o diálogo
(reflexão conjunta e observação cooperativa da experiência) é uma metodologia de
conversação que visa melhorar a comunicação entre as pessoas e a produção de ideias novas e
significados compartilhados.
Diante do exposto, propomos a seguinte definição: é uma reflexão conjunta que visa buscar
uma comunicação melhor entre as pessoas. O diálogo cria um ambiente que fomenta a
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Segundo Mariotti (2017) o diálogo é um jogo que prevê algumas normas iniciais, mas daí em
diante tudo depende dos participantes. Este autor traz quatro (4) elementos fundamentais: a)
ouvir para aprender algo de novo e não para conferir com crenças prévias; b) respeitar as
diferenças e a diversidade; c) reflectir sem julgar; d) ter sempre em mente que o objectivo do
diálogo é criar e aprender, e não “ter razão” e sair vencedor. Para o autor, as pessoas que não
compreendem o que é suspensão de ideias preconcebidas, ou que necessitam de explicações,
regras, normas e directrizes detalhadas (manuais de instrução) para suspendê-las, dificilmente
conseguirão dialogar.
Um aspecto que a nosso ver é uma regra do diálogo é que sempre, no diálogo procura-se
negociar, e ao negociar os interlocutores trabalham no sentido de ganhar algo, embora nesse
esforço possa ter de ceder um pouco daquilo que pretendiam ganhar. Depois de uma
discussão/debate há uma conclusão, pelo menos é isso que se deseja (Mariotti, 2017). No
diálogo não se visa concluir, chegar a um resultado único, nem nada equivalente. Tudo o que
se quer é fazer emergir ideias e significados novos e compartilhá-los.
5. Ficha de leitura
Segundo Carvalho e Pimenta (2005), as fichas de leitura obedecem uma certa regra. Num
primeiro conjunto, as fichas de leitura são compostas por notas mais ou menos desenvolvidas,
organizadas por tópicos, correspondendo a um tipo de organização diagramática; nuns casos,
apresentam um forte grau de explicitação da organização textual e de hierarquização da
informação; noutros casos, o grau de explicitação é menor e não há hierarquização,
assemelhando-se este registo a uma mera justaposição de dados, na linha da sequência por que
são apresentados nos textos de onde são recolhido.
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Idem, Mariotti (2017).
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Um segundo grupo, caracteriza-se pelo registo de notas sob a forma de texto/pequeno, texto,
numa opção em que a topificação da informação cede lugar à redacção detalhada dos dados a
integrar, posteriormente, nos textos. Ainda assim, se nalgumas das fichas de leitura se valoriza
a cópia/transcrição da informação de passagens textuais tidas como relevantes, noutras
observa-se uma intervenção pessoal no modo como se trata informação, existindo, por isso,
maior elaboração.
Por fim, Carvalho e Pimenta (2005), indicam um quarto grupo de fichas de leitura que na sua
visão apresenta um tipo de fichas de leitura dos textos com um tratamento exaustivo da
informação, fortemente hierarquizada. Nesse tipo, trata-se de um desenho em que o texto lido
é pulverizado em parágrafos traduzidos (sem excepção) em sínteses pessoais.
6. Referências bibliográficas
Carvalho, J. & Pimenta, J. “Escrever para aprender, escrever para exprimir o aprendido”.
In: B. Silva & L. Almeida (coords.). Actas do VIII Congresso Galaico Português de
Psicopedagogia. Braga: CIEd/IEP/UM, 1877 1885 (edição CD rom), 2005.
SERAFINI, M. T. Como se faz um Trabalho Escolar. 3.ed. Lisboa. Editorial Presença, 1994.
Silva, B. A. de. Como fazer uma apresentação oral de trabalho científico. III Encontro
Unificado da UFPB. Universidade Federal de Paraíba, 2015.
Simonet, J. e R. Como Tirar Notas de Maneira Prática. Lisboa, Edições Catop, 1988.