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1 INTRODUÇÃO
apenas aquelas altamente digestíveis, com adequado perfil de aminoácidos, são desejáveis nos
sucedâneos de leite.
De acordo com o NRC, (1988), são recomendados para sucedâneos como níveis
mínimos; 22% de proteína bruta, 10% de extrato etéreo, 0,70% de cálcio e 0,60% de fósforo,
já que o excesso de amido e fibra, e baixa qualidade ou incorporação inadequada das gorduras
e fontes protéicas de baixo aproveitamento pode levar o animal a ter transtornos digestivos,
uma vez que a utilização de produtos não lácteos em sucedâneos de leite tem mostrado
resultados inferiores aos obtidos com a utilização do leite (CAMPOS, 1982; HUBER e
CAMPOS, 1982; QUIGLEY, 1992).
A utilização de proteínas não lácteas prejudica a formação do coágulo no abomaso
(PETIT et al., 1989; CAUGANT et al., 1994), a proteína permanece mais tempo no abomaso,
apresentando menor taxa de passagem e, conseqüentemente, maior exposição à pepsina e
HCl. Nestes animais, o intestino delgado é regularmente cheio com proteína e gordura,
quando comparados com bezerros recebendo dietas à base de soja (KEMPEN e HUISMAN,
1991).
O local de acomodações dos bezerros deve ser sombreado, e deve-se dar preferência à
aquisição de casinhas móveis, a fim de poder mudar a posição das mesmas em dias de frio,
vento, chuva ou em casos de limpeza e desinfecção do piso.
As casinhas podem ser de madeira ou metálicas, sendo essa última mais fácil manejo
de limpeza, desinfecção e deslocamento (mais leve). No Brasil, pode-se optar pela casinha
metálica em sistema tropical, com cobertura de chapa de zinco. Além disso, no arranjo das
casinhas deve ser respeitada uma distância de 2 m de lado, e de 3 m de frente, a fim de evitar
contato dos animais uns com ou outros e liquidar possível proliferação de doenças.
Nas casinhas é necessário a presença de um suporte para o bebedouro (deve-se
oferecer água aos animais a partir da 1º semana de vida), e um outro suporte para oferecer aos
animais o leite/sucedâneo e posteriormente, neste mesmo suporte, oferecer ração inicial para
os bezerros (a partir da 2º semana de vida).
O piso pode ser de terra/areia, e pode-se utilizar feno descarte ou maravalha como
cama para os bezerros, principalmente nos dias de inverno.
Deve-se observar se os animais não estão ingerindo o feno fornecido para cama, pois
não é fornecido feno para consumo dos animais nesta fase e em nenhuma outra fase qualquer.
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A cama deve ser retirada diariamente, fornecendo cama nova. Pelo menos uma vez ao mês, é
necessário ser realizado uma limpeza e desinfecção no local das casinhas, com uma
substância desinfetante ou vassoura de fogo, a fim de eliminar possíveis patógenos e proteger
os animais.
A cada saída e entrada dos animais nas casinhas também deve ser realizado a limpeza
e desinfecção do local, principalmente se o animal que ocupava o lugar anterior veio a óbito
por alguma patologia.
_ Sugestões de dimensões da casinha:
- 1,10 metros de largura;
- 1,50 metros de comprimento;
- 1,38 metros de altura;
- telhas de 1,79 metros.
2.3 Ração concentrada inicial
leite/sucedâneo deve ser restringido, fazendo com que o animal ingira o concentrado inicial,
motivado pela fome. É necessário ensinar os animais a consumir o concentrado. Uma das
maneiras é, no momento em que for oferecer o leite ou sucedâneo no balde aos animais,
podemos colocar um punhado do concentrado no balde, além levar com a mão pequenas
quantidades de concentrado no interior da boca do animal (LUCCI, 1989).
A seleção das matrizes será feita pelos próprios produtores, se for o caso, com
orientação da equipe técnica, escolhendo-se animais de bom padrão genético, com no máximo
duas crias, paridas ou prenhes.
Os bezerros devem nascer na propriedade. Podem ser provenientes de monta natural
ou inseminação artificial; não podem ser filhos de matrizes que receberam hormônio para
estimular o cio ou de transferência de embriões.
As matrizes terão que ficar na pastagem orgânica no mínimo durante 12 (doze) meses,
para serem convertidas em orgânicas.
As matrizes para serem abatidas como orgânicas terão que ter vivido no mínimo 3/4
(três quartos) de sua vida no sistema orgânico de produção.
A idade de abate dos vitelos ainda está em fase de pesquisa,onde os mesmos serão abatidos
com 8,9,10,11 e 12 meses.
3.4 Área
As áreas devem ter capacidade para manter os animais durante o ano todo ou seja, em
condições de seca e cheia. Para atender este requisito é necessário mapear as invernadas
fazendo croquis, com GPS, assim como a proporção da área inundada, em anos de máxima
inundação;
No caso de propriedades que possam sofrer inundações em toda a área e que
necessitam utilizar o manejo integrado entre duas propriedades ou duas áreas distantes uma da
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outra (dentro do pantanal), ambas as propriedades ou áreas utilizadas devem estar dentro dos
critérios mínimos de produção orgânica;
As áreas escolhidas devem ter como base as fitofisionomias (flora típica da região)
preferidas por bovinos para pastejo que são campo limpo com predominân-cia de espécies
preferidas, tais como Axonopus purpusi (mimoso), Mesosteum chaseae (grama-do-cerrado),
entre outras, e áreas baixas como bordas de baias permanentes, baias temporárias, vazantes e
baixadas em geral;
As áreas mais baixas como bordas de baias, vazantes e baixadas em geral são usadas
para forrageamento por vários herbívoros silvestres como veado campeiro, capivaras, entre
outros. Além do mais, estas áreas constituem um banco de proteínas para os bovinos e
eqüinos, pois possui espécies de alta qualidade nutricional, sendo muito preferidas por estes
animais. Portanto, estas áreas devem ser preservadas;
A taxa de lotação deve ser de leve a mediana, pois a pressão de pastejo é o principal
fator que influencia a condição ecológica do ecossistema pastagem e o nível de produção
animal.
Invernadas que possuem maior proporção de área de campo limpo e áreas baixas
apresentam maior capacidade de suporte, porém, esta situação depende do nível e tempo de
inundação;
A estimativa da capacidade de suporte deve ser flexível e em função das condições
ambientais. É recomendável que o sistema seja auto-sustentável com a utilização dos recursos
localmente disponíveis, porém às vezes isto nem sempre é possível. Portanto, o produtor
deve trabalhar com estratégias de manejo variáveis em função das condições ambientais; as
áreas escolhidas devem possuir pastagens as mais naturais possíveis, com pouca influência
antrópica (modificação feita pelo homem). Evitar áreas com modificações antrópicas severas
como construção de diques, áreas degradadas, etc.
O desmatamento de capões e cordilheiras não é recomendável, pois destrói habitats
chaves, como flora e fauna específicas, que têm a função de refúgios de numerosas espécies.
3.5 Pastagens
O manejo extensivo das pastagens e dos animais deverá permitir uma redução do
período de conversão, desde que os criadores assinem os termos de compromissos relativos a
não utilização de insumos químicos nos últimos três anos. O período de conversão poderá
então ser reduzido a 12 meses ao invés, em lugar de 24 meses.
A vacinação deve ser feita de preferência pela manhã ou à tarde, evitando assim o
estresse dos animais.
Medicamentos químicos poderão ser aplicados no máximo duas vezes em vacas e
uma vez em bezerros, com acompanhamento de um Médico Veterinário credenciado.
Se houver a necessidade de utilizar produtos sintéticos no controle de endo e
ectoparasitas, deve-se observar o dobro do período de carência determinado pelas bulas.
Evitar o uso desses produtos, uma vez que são poluentes, e podem contaminar a carne e o
meio ambiente.
A aplicação de medicamentos deve ser feita em locais apropriados. As vacinações
devem ser feitas sempre no terço médio do pescoço do animal (tábua do pescoço).
As fichas de controle de vacinação ou aplicação de medicamento permitido devem
ficar à disposição das auditorias.
Análise de resíduos serão feitas em amostras de produtos e caso positivo de uso não
permitido, o produtor será imediatamente desligado do programa.
A aplicação e uso de medicamentos veterinários no sistema orgânico seguem as
seguintes diretrizes:
• produtos fitoterápicos homeopáticos, acupuntura, inicial-mente;
• caso não se obtenha sucesso no tratamento da doença, poderão ser aplicados
medicamentos sintéticos (alopáticos) ou antibióticos,sempre com acompanhamento do
Médico Veterinário responsável;
• uso preventivo de medicamentos sintéticos ou de antibióticos é proibido;
• uso de hormônios para indução de cio ou para estimular produtividade, bem como
promotores de crescimento e coccidiostáticos é proibido.
Toda administração de medicamentos aos animais deverá estar registrada e ficar à
disposição do Inspetor. Antes da administração, a consulta à Certificadora é recomendável e
no caso de medicamentos proibidos ou restritos por estas diretrizes, a consulta é
indispensável.
gaiolas sem saliências de madeira, prego, ferro, parafuso, etc, que podem ser
responsáveis por traumatismos dos animais;
gaiolas com pelo menos uma divisão interna;
o transporte deverá ser feito no horário mais fresco do dia;
há necessidade de descanso a cada hora para estrada sem pavimentação e a cada três
horas para vias pavimentadas;
quando estacionado o caminhão, o motorista devera buscar sombra para os animais;
fica definido um mínimo de 1,25 m² por cabeça;
choques elétricos são proibidos e aguilhões devem ser evitados; no caso de usar
aguilhões, a legislação prevê diâmetros de 10 mm;
para desembarque, devemos observar os mesmos cuidados exigidos no embarque, de
modo a facilitar a descida dos animais, evitando traumatismos.
Assim, a rampa de desembarque deve ser suave, com pisos ásperos e quadriculados,
para evitar escorregões.
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Com a necessidade cada vez maior de aumentar a produção, o homem esqueceu que
os animais necessitam estar em condições ambientais adequadas. O clima é um dos fatores
mais importantes a ser considerado na produção dos animais, pois as alterações climáticas
mudam o comportamento fisiológico (SILVA, 2000).
O comportamento dos animais está intimamente ligado à funcionalidade do seu
sistema nervoso central, órgãos dos sentidos, sistema endócrino, locomotor e digestório. O
estudo do comportamento animal, associado aos aspectos ecológicos e bioclimáticos,
contribui para adequação do manejo e seleção de rebanhos, quando relacionados com a
adaptação de um determinado animal ou espécie (DAWKINS, 1989; DETHIER, 1988) por
sua vez, o conhecimento do comportamento dos animais é essencial para a obtenção de
condições ótimas de criação e alimentação (CUNNINGHAM, 1993; KOLB, 1984;
SWANSON, 1993).
A adequada manutenção do ambiente térmico traz benefícios à produção animal,
aumentando a produtividade e a eficiência na utilização dos alimentos. Dentre os métodos
usados para promover melhorias no ambiente, pode-se citar o sombreamento nas pastagens, o
confinamento e a oferta adequada de água (SILVA, 2000).
O sombreamento nas pastagens pode reduzir a carga térmica radiante em 30% ou
mais. Assim, em ambientes quentes, com alta incidência de radiação solar, deve-se
proporcionar sombra aos animais, reduzindo o aquecimento corporal e facilitando a
termorregulação. O sombreamento é benéfico e recomendado em climas quentes, pois
favorece a perda de calor e a regulação da temperatura corporal (PARANHOS DA COSTA,
1997).
Os animais procuram as sombras nas horas mais quentes do dia e, se este recurso
estiver à disposição, suas necessidades serão atendidas, devendo ter sombra suficiente para
abrigar todos os animais ao mesmo tempo e a qualquer hora do dia.
Existem recursos que são necessários para que os animais mantidos em confinamento
se encontrem em boas condições de bem-estar, como a presença de abrigos, para que se
protejam de rigores do clima. Existem particularidades que definem o grau de necessidade de
cada um desses recursos, dependendo das características genéticas e ambientais. Por exemplo,
a necessidade por sombra depende, dentre outras coisas, da intensidade de radiação solar e da
capacidade de adaptação do animal ao calor (PARANHOS DA COSTA, 1998).
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As mães dos reprodutores passam por dois critérios básicos de seleção: a fertilidade
e a habilidade materna. Isto significa que as matrizes precisam, necessariamente, enxertarem
todos os anos, caso contrário, são sumariamente descartadas e abatidas. Além disso, precisam
criar bem seus bezerros, produzindo leite suficiente para que sua cria se desenvolva
satisfatoriamente.
Por este critério de seleção, vaca ruim de leite é destinada ao frigorífico. Agora, o
mais importante: tanto a fertilidade quanto a habilidade materna são selecionadas
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É importante que se esteja atento a este item. O touro jovem necessita de alternância
entre períodos de trabalho e descanso, pois a cobertura é muito desgastante. Quando retirar o
touro jovem da vacada e quando retornar, dependerá da condição corporal do reprodutor.
Quanto menor for o desgaste do touro trabalhando, mais rapidamente ele poderá voltar ao
serviço.
Os reprodutores com alta libido costumam se desgastar mais rapidamente, pois
realizam muito mais coberturas.
O touro jovem deve ser “apresentado” aos outros touros da fazenda em piquete
separado ao das vacas, sempre que possível. O pasto de descanso de touros, por exemplo, é
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um bom local. Tal cuidado permite que o estabelecimento da hierarquia entre os touros seja
menos traumática do que se a introdução se der em lotes já “apadrinhados”.
Quando da apartação dos touros para o início de cobertura, quanto mais homogênea
for a tourada em relação a peso e idade, melhor será para a formação da hierarquia no lote.
Touros mais velhos e mais pesados costumam estabelecer uma relação de dominância sobre a
vacada, impedindo que touros jovens façam coberturas.
6 CONCLUSÕES
Como se trata de um produto que não é muito comum no Brasil, seria interessante
pesquisas econômicas para constatar a dimensão do mercado consumidor, inclusive com
avaliação das carcaças, composição química da carne e qualidade da carne de vitelos leiteiros.
A decisão de se utilizar leite integral ou sucedâneo comercial dependerá basicamente
da relação de preços entre estes dois alimentos, quando da implantação do sistema para a
produção de vitelos, entretanto o uso de sucedâneos lácteos poderá reduzir o custo da
alimentação e ou disponibilizando mais leite para o consumo humano.
O alto custo na fase de desaleitamento, deve-se à alimentação; novos estudos devem
ser realizados referentes a busca de alimentos alternativos, visando diminuir o gasto com este
item, sem que comprometa o desempenho animal.
Bezerros mestiços possuem potencial para produção de vitelo róseo, em razão de seu
desempenho semelhante ou até superior em alguns aspectos, se comparado ao dos animais da
raça Holandesa, amplamente utilizados nos países de pecuária leiteira desenvolvida. Além do
desempenho favorável, o custo de produção para os animais mestiços foi menor, pois estes
apresentaram maior produção de porção comestível em relação aos animais da raça
Holandesa, no mesmo período e com custo fixo igual.
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