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na América Latina:
do ciclo político progressista ao ciclo
político neoliberal e autoritário
Josué Medeiros
Universidade Federal do Rio de Janeiro (BRA)
Esse artigo é dedicado a Eduardo Galeano e Gabriel Garcia Marquez, dois latino-
americanos que nos ajudam a imaginar nossa identidade coletiva na América Latina.
1
http://brasil.elpais.com/brasil/2014/05/04/cultura/1399232315_232658.html
Márquez afirmou ainda, naquela ocasião, que tal sucesso não fazia
sentido
Los críticos tratan de solemnizar y de encontrarle el pelo al
huevo a una novela que dice muchas menos cosas de lo que
ellos pretenden. Sus claves son simples, yo diría que
elementales, con constantes guiños a mis amigos y conocidos,
una complicidad que sólo ellos pueden entender 2.
2
http://www.abc.es/cultura/libros/20140417/abci-garcia-marquez-odio-cien-
201404172322.html
3 http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2017/05/1880597-50-anos-bastavam-teria-dito-
borges-sobre-cem-anos-de-solidao.shtml
4
http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-05/brasil-formaliza-pedido-de-
adesao-ocde
5
http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,macri-comeca-aproximacao-com-o-
pacifico,10000057220
Pereira da Silva, por seu turno, congrega quatro eixos analíticos nos
quais os governos progressistas apresentaram mudanças substanciais que
nos permitem caracterizá-los como experiências distintas daquelas que os
precederam. São eles “papel do Estado; da ênfase e redesenho das políticas
sociais; da participação social no governo; dos organismos de integração
regional” (2014: 6). Em todas elas, o que podemos verificar, ainda segundo
o autor, é que – não obstante apresentarem “matizes variados de acordo com
o tema avaliado e com o governo” – há um ponto de unidade no fato de que
“houve mudanças, em alguns casos de grau, em outros de abandono de
paradigmas (ainda que sem grande clareza do que estaria substituindo-os)”
algumas das quais com “relativo sucesso (redução da pobreza e
desigualdade notoriamente)” (2014:18).
O resultado desse embate entre as classes não poderia ter sido pior
para os subalternos. Uma vez derrotada a alternativa socialista – devido a
vários processos políticos que não vem ao caso esmiuçar6 – os números da
desigualdade explodem nos países do capitalismo central:
6
Sobre isso, ver a já mencionada introdução de Perry Anderson ao Mapa da Esquerda na
Europa Ocidental.
É essa energia que volta, nos anos 1990, para resistir e derrotar o
neoliberalismo e que vai alimentar os governos progressistas no seu
primeiro impulso. Soares Lima e Coutinho destacam esse processo das
“calles” como crucial para o ciclo progressista:
7
http://exame.abril.com.br/economia/desigualdade-e-a-maior-em-30-anos-da-pra-reverter/
8
http://www1.folha.uol.com.br/poder/2014/06/1466547-conluio-antidistributivo-puniu-
dilma-e-campanha-sera-mais-radicalizada-diz-sociologo.shtml
9
https://nacoesunidas.org/cepal-pobreza-teria-aumentado-na-america-latina-atingindo-175-
milhoes-de-pessoas-em-2015/
Conclusão
10
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2017/06/1895452-violencia-e-medo-insuflam-
defesa-de-autoritarismo-no-brasil.shtml