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A Inclusão de surdos às aulas de Educação Física Escolar e o papel do


professor de Educação Física nesse processo

The inclusion of the deaf to the physical education lessons and the role of the
physical education teacher in the process
Artigo
Andréa Oliveira Almeida 1 Original
Adriano Magno Ferreira2
Daniel Ferreira dos Santos2 Original
Nayara Souza dos Santos2 Paper

Palavras-chave: Resumo

Cultura corporal O presente trabalho tem como objetivo discutir a inserção de profissio-
nais da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) no contexto da Educação
Inclusão Física escolar, haja vista a crescente demanda de pessoas com deficiência
auditiva que em sua maioria são excluídas tanto das aulas práticas quanto
Libras teóricas, pela falta de preparo de professores, sendo que a pessoa sur-
da não tem impeditivo pelo fato de seu intelecto, sua motricidade e seu
Verbalização oral cognitivo não foram afetados pela perda da audição (ou em alguns casos
surdez congênita) esse despreparo também pode ser observado por parte
até mesmo de instituições de ensino que por lei tem que se adequar as
necessidades individuais de cada aluno mais que muito pouco ou nada
fazem para se adaptar a uma realidade cada vez mais iminente de que as
pessoas com deficiência querem e podem ocupar seu lugar na sociedade.
Pretendemos discutir e apresentar neste a importância da LIBRAS como
fator de inclusão no contexto comum às escolas no intuito de torná-la
algo real e não simbólica. É nosso objetivo também apresentar de forma
concreta que a inclusão seja ela em que aspecto adquirir, deve ser algo
paulatino e duradouro. Uma vez que a Educação Física presa pela cultura
corporal e o corpo em movimento, pretendemos discutir que se por um
lado a surdez compromete um dos sentidos, por outro os sentidos não
afetados tornam-se mais aguçados tornando-s aptos a vivenciarem as cul-
turas do desenvolvimento corporal através da prática da Educação Física.
Acreditamos que a falta de verbalização oral torna o surdo intimamente
ligado ao movimento pelo fato dele estar usando seu corpo constante-
mente para “falar.” Como base metodológica o estudo opta pela revisão
bibliográfica a fim de buscarmos pistas que nos levem senão a soluções
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ou que pelo menos suscite debates e análise posteriores.
Edição Especial - 40 anos Educação Física

Abstract Key words:

The present study has as objective to argue the insertion of Corporal culture
professionals of the Brazilian Language of Signals (LIBRAS) in the
context of the pertaining to school Physical Education, has seen Inclusion
the increasing demand of people with auditory deficiency who in its
majority are excluded in such a way from the practical lessons how Libras
much theoreticians, for the lack of preparation of teachers, being that
the deaf person does not have impeditive for the fact of its intellect, Verbal comunication
its motricity and its cognitive had not been affected by the loss of the
hearing (or in some cases congenital deafness) this unpreparedness

1
Professora graduada em Pedagogia e Especialista em Psicopedagogia – Centro Universitário Geraldo Di Biase; Docente do Centro Universitário de
Volta Redonda – UniFOA.
2
Graduação em Educação Física - Centro Universitário de Volta Redonda – UniFOA.
also can be observed on the part even though of institutions of teach
12 that for law it has that if to adjust the individual necessities of each
pupil more than very little or nothing they make to adapt to a reality
each more imminent time of that the people with deficiency want and
can occupy its place in the society. We intend to argue and to present in
this the importance of the LIBRAS as factor of inclusion in the common
context to the schools in intention to become it something real and not
symbolic. It is our objective also to present of concrete form that the
inclusion is it where aspect to acquire, must be something gradual
and lasting. A time that the imprisoned Physical Education for the
corporal culture and the body in movement, we intend to argue that
if on the other hand the deafness compromises one of the directions,
for another one the affected directions do not become more sharpened
becoming-s apt to live deeply the cultures of the corporal development
through the practical one of the Physical Education. We believe that
the lack of verbal comunication becomes the closely on deaf person the
movement for the fact of it to be using its body constantly “to speak.”
As metodology base the study it opts to the bibliographical revision in
order to search tracks that in them take the solutions or that at least it
excites posterior debates and analysis.

1. Introdução objetivos para além do âmbito individual, mas


para o bem da coletividade.
A sociedade, em todas as culturas, atra- O atual assunto tem proporcionado aos
vessou diversas fases no que se refere às práti- professores, funcionários, alunos e a sociedade,
cas sociais, culturais e educacionais. A prática que repensem nos direitos e deveres de cada
que leva à exclusão social de pessoas que, por cidadão, que devemos não apenas incluir mais
causa das condições atípicas, não lhe pareciam um aluno na escola, sem que consigam acom-
pertencer à maioria da população era prática panhar os conteúdos em sala de aula e sim ofe-
comum, contudo no último século presenciou- recerem suportes cabíveis a esses alunos, dando
se o desenvolvimento para o atendimento se- condições para uma boa aprendizagem.
gregado dentro de instituições, com as chama- Para que esse aluno não seja apenas mais
das “classes especiais”, passando para a prática um na estatística, devemos recebê-lo com ca-
da integração social, recentemente, adotando a rinho, dedicação, respeito e amor, para que es-
filosofia da inclusão social para modificar os tes não se sintam discriminados pelos demais,
sistemas sociais gerais. fazendo com que seu aprendizado escolar,
Presencia-se ainda hoje a exclusão e a aconteça de maneira agradável e natural.
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segregação sendo praticadas em relação a di- À instituição escolar, juntamente com os


versos grupos sociais vulneráveis, em várias pais, cabe formar uma rede de apoio para que se
partes do Brasil, mas também vemos a prática possa fazer o melhor por estes educandos, desen-
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da tradicional integração dando lugar à da in- volvendo suas potencialidades e cidadania. A es-
clusão escolar. cola é o espaço que pode proporcionar-lhes con-
O desafio da educação inclusiva brasilei- dições para exercer sua identidade sociocultural
ra é a implantação de uma educação de qua- e a oportunidade de ser e viver dignamente.
lidade associada a uma organização escolar O objetivo desse trabalho visa discutir a
que atendam a todos os alunos sem nenhum inclusão de pessoas surdas nas aulas de edu-
tipo de discriminação e que reconheçam as cação física, bem como, salientar o papel do
diferenças como fator de enriquecimento no professor de educação física nesse processo.
processo educacional. Assim sendo, abordaremos no decorrer deste
Nesse sentido, entende-se como educa- trabalho a importância da inclusão e o papel
ção de qualidade aquela que atende as necessi- desenvolvido deste professor, para que a in-
dades de cada aluno, respeita o estilo de apren- clusão venha a ser cíclica, paulatina e conti-
dizagem e propicia condições para se atingir
nua, com o comprometimento de todos os se- assim condições necessárias para a aprendiza-
tores envolvidos. gem e a inclusão social. 13
Com isso podemos ficar mais atentos se Incluir tem sido um desafio que abrange
realmente estão fazendo valer as leis e que os todas as áreas sociais, culturais e podem-se di-
professores possam transmitir por igual a seus zer familiares, ao passo que muitas vezes não
alunos a importância de fazer valer a inclusão há um comprometimento sério por parte do
escolar, ressaltando a consciência de todos, poder (no caso político) que façam uma real
para que não haja nenhum tipo de rejeição e inclusão de uma parcela da sociedade que há
discriminação, ou seja, todos devem estar uni- muito vem sofrendo todo tipo de preconceito
dos em prol da igualdade para todos. e discriminação por algum defeito físico ou de
O estudo que pretendemos elaborar par- qualquer outra natureza.
te de um conjunto de idéias de que a inclusão Afinal o que é a inclusão? Para que pos-
de forma alguma é ou poderá ser um favor a samos entender o significado de inclusão vale
ser prestado. A educação inclusiva será apre- lembrar que incluir não pode ser um processo
sentada como uma regra e não exceção, como paliativo e sim algo cíclico e continuado que
um fator preponderante para uma sociedade além de inserir estas pessoas a sociedade leve-
que busque o equacionamento de não confor- nas a se sentirem úteis, capazes e habilitados,
midades ou soluções simples para problemas tanto quanto as pessoas ditas socialmente nor-
que poucas vezes são trazidos a tona, pelo mais. A perda da audição não pode ser fator
fato de que é mais fácil esconder do que ten- preponderante para que essas pessoas sejam
tar solucionar algo que incomoda a sociedade. excluídas ou isentas de aprender algo que é de
Incluir, de acordo com (ALVES 2007, p.24) é direito à todos pois está na constituição.
“Abranger, compreender, envolver, acrescen-
tar e somar.” Todos são iguais perante a lei e têm
Sabendo disso gostaríamos de discutir direito, sem qualquer distinção, a igual
proteção da lei. Todos têm direito a
o papel do professor de educação física nesse
igual proteção contra qualquer discri-
processo de inclusão pelo fato de ser esse o
minação que viole a presente Declara-
nosso foco e objeto de estudo. ção e contra qualquer incitamento a tal
A inclusão, sobretudo a inclusão escolar discriminação (Declaração Universal
é algo a ser discutido, analisado e que soluções dos Direitos Humanos, artigo VII).
sejam apontadas para que não seja tão somen-
te leis que fiquem no papel e que de tempos A lei é bem clara quanto ao direito de
em tempos são tiradas das gavetas por força todas as pessoas - o acesso a saúde, educação,
eleitoreiras ou modismo midiático. A aquisi- esporte e lazer, dentre outros direitos por lei
ção da LIBRAS por parte dos professores de assegurada. A inclusão, portanto é antes de
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Educação Física nos leva então a uma pergun- tudo um direito, seguido pelo dever social que
ta: qual a bilateralidade da inclusão? Sabemos todos os poderes têm com as pessoas porta-
que ao incluir pessoas com deficiência de al- doras de deficiência, seja ela qual for, enten-
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guma forma o professor também está sendo der que essas pessoas não são debilitadas, que
incluído em um mundo cujo seu conhecimento nada possam aprender e que a sociedade não
é limitado, mas como esse não é nosso foco de estará fazendo favor algum.
estudo vamos nos ater à inclusão aluno/insti- Em se tratando de inclusão escolar para
tuição de ensino/professor e não o inverso. pessoas com deficiência a Constituição Federal
Segundo (ALVES 2007) para que pos- de 1988 respalda os direitos, a cidadania e a
samos incluir, devemos respeitar e querer de- dignidade da pessoa humana em seu artigo 1º
senvolver o indivíduo em todos os aspectos incisos, II e III e como um de seus objetivos
dentro do processo de aprendizagem. Deve-se fundamentais a promoção do bem estar a todos,
haver a inclusão social, respeitando a criança sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, ida-
portadora de necessidades especiais, possibi- de e quaisquer outras formas de discriminação
litando-a da convivência com os indivíduos (artigo 3º inciso IV). A Constituição também
sem deficiência, através de trocas, dando-lhes elege como um dos princípios para o ensino “a
igualdade de condições de acesso e de perma- Ainda segundo a autora é possível citar
14 nência nas escolas” (artigo 206 inciso I). em vários tópicos o que não é inclusão (p. 42):
De acordo com Mantoan (2006, p. 45):
Quando há uma classe de inclusão;
A inclusão também se legitima, porque Quando há uma escola de inclusão;
a escola, para muitos alunos é o único Quando há uma professora de inclu-
espaço de acesso aos conhecimentos. É são;
o lugar que vai lhes proporcionar con- Quando todo mundo pensa que está fa-
dições de desenvolverem e de se tor- zendo inclusão;
narem cidadãos, com uma identidade Quando o pátio da escola é dividido,
sociocultural que lhes conferirá oportu- justamente por causa de determinado
nidades de ser e de viver dignamente. aluno etc.

É preciso incluir, ainda que por força da É sabido que a inclusão é um direito de
lei, mas antes de tudo se faz necessário um cui- todas as pessoas que apresentem algum tipo
dado além de especial quanto ao preparo das de deficiência e é um dever de todos fazer a
pessoas envolvidas nesse processo inclusivo, inclusão de fato e de direito não somente no
no, caso dos surdos as adaptações não são tão papel. O comprometimento deve ser de todos
expressivas quanto às dependências e sim aos (Sociedade, Estado, Escola), para que a inclu-
profissionais, o primordial nesse processo é que são não seja apenas algo que vá suprir uma ne-
todas as pessoas envolvidas na inclusão de pes- cessidade imediata e sim que venha a cumprir
soa surda, seja a instituição que irá acolher esse o seu dever e o seu papel.
aluno, os professores, diretores, coordenadores, Muito se fala hoje em incluir, ou seja,
pessoal de apoio os outros alunos e toda a comu- trazer para o meio comum pessoas que por
nidade se capacite ao uso comum da LIBRAS, algum motivo são deixadas de lado da socie-
como instrumento de trabalho e também como dade ou que ao ver de uma cultura totalmente
fator gerador de inclusão e incentivo. capitalista não tem muita valia por que não
O profissional de educação física seria produzem, não geram riqueza, ou pior ainda,
neste processo um dos agentes de importância não existem. Seguimos ao longo de nossa his-
ímpar pelo fato de estar em contato mais pró- tória um processo de colonização totalitário e
ximo com os alunos, até mesmo pelo fato da extremamente excludente (vide a vergonhosa
cultura do movimento corporal ser seu objeto história escravocrata do Brasil).
de estudo e matéria prima de seu trabalho. Tenta-se hoje, com políticas de inclusão,
Seguimos no Brasil uma política ainda que reparar erros do passado com a classe menos
velada de exclusão do diferente por pessoas sem favorecida, com programas sociais como se
deficiência, exclui-se o negro, o pobre, o velho essas pessoas fossem abnegadas dos direitos
comuns e constituintes à toda a população. A
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e o deficiente, isso se torna evidente quando há


pessoas que fogem às normalidades que as pes- falta de responsabilidade do Estado para com
soas concedem e aceitam em seu convívio. a parcela da população menos favorecida ain-
De acordo com Mantoan (2006), há da fornece subsídios para que projetos pura-
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uma distorção que não pode passar em branco mente especulativos e com finalidades ilícitas
quando o assunto é inclusão pelo fato de que se multipliquem disfarçadamente em ONG’s
nos dias de hoje ainda as pessoas (inclusive da (Organizações Não Governamentais).
área da educação) se confundem ao mencio- Sim, tem-se muito a reparar, mas não são
nar a inclusão como se fosse a integração. A através de programas trazidos por ONGs que
inclusão questiona não somente as políticas e irá mudar uma realidade histórica. A inclusão
a organização da educação especial e da regu- deve ser algo que passe por um longo processo
lar, mas também o próprio conceito de integra- onde as pessoas envolvidas devem ser ouvi-
ção. Ela é incompatível com a integração, já das, objetivando atender de forma direcionada
que prevê a inserção escolar de forma radical, a classe a ser incluída.
completa e sistemática. Já a integração é inse- Passaremos, pois daqui em diante a ela-
rir um aluno ou um grupo de alunos que já foi borar nosso trabalho em prol da inclusão de
anteriormente excluído. pessoas surdas ao convívio comum às aulas
de Educação Física, tanto quanto ao papel do toda uma estrutura que a sustente como “lín-
professor neste processo, pois cremos que suas gua” (ainda que não verbalizada oralmente). 15
qualificações profissionais deverão perpassar Para corroborar com o que foi dito acima, ain-
por um longo processo de capacitação no in- da acrescentaria:
tuito de trabalhar com todo tipo de público,
sem fazer acepção de raça, credo, ou qualquer As línguas de sinais são línguas comple-
tipo de deficiência. tas e naturais, pois apresentam estrutura
gramatical própria em seus níveis fono-
Acreditamos também, na importância
lógicos (ou querológicos), morfológico,
ímpar do professor de Educação Física, num
sintático e semântico, alem de seus as-
processo que busque a igualdade e a inclusão pectos pragmáticos. O fato de as línguas
de uma parcela da sociedade cujas capacida- de sinais não serem faladas e de não
des são analisadas pelas suas perdas (no caso teres seus códigos escritos ainda popu-
os deficientes onde dependendo da mesma larizados entre os surdos, não as elimina
poderá comprometer a visão, audição, fala das considerações cientificas, visto que
cognição-motora e outras). apresenta uma organização estrutural
e fazem parte da constituição cultural
desses sujeitos – crescendo, envolvendo
e transmitindo dinamicamente tradições
2. Libras no ensino regular: culturais. Portanto, as línguas de sinais
proposta de inclusão fazem parte do conjunto da linguagem
humana, com a diferença de se apresen-
Ao contrário do que imaginamos ao per- tarem uma terceira modalidade: a visuo-
ceber a existência desse tipo de linguagem, a espacial 1. (STOKOE apud FINAU in
QUADROS, 2006, p. 28).
LIBRAS não é apenas uma medida paliativa
para se estabelecer algum tipo de comunica-
No Brasil, a língua de sinais é chamada
ção com os deficientes auditivos, mas é uma
LIBRAS, e foi oficializada em 2002, ela tam-
língua natural como qualquer outra, com es-
bém possui regionalismo o que a caracteriza
truturas sintáticas, semânticas, morfológicas.
ainda mais como uma língua.
No período de 1970 a 1992, os surdos se
Neste sentido, é importante salientar que
fortalecerem e reivindicaram os seus direitos.
o termo utilizado para se referir aos indivídu-
Desde aquela época, as escolas tradicionais
os com alguma deficiência auditiva pode ser
existentes no método oral mudaram de filoso-
bem diferente, segundo (DIEHL, 2006, p.34),
fia e, até hoje, boa parte delas vêm adotando a
“Muitos são os nomes utilizados ao se referir
comunicação total.
àqueles que têm o sentido da audição com-
Em 2002, foi promulgada a lei 10.436
prometido ou inexistente, tais como “mudos”,
que reconhecia a Língua Brasileira de Sinais
“surdo-mudo”, e deficiente auditivo.”
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como meio de comunicação objetiva e de uti-
Optamos por usar o termo surdo neste
lização das comunidades surdas no Brasil. Em
trabalho por ser esta expressão adotada pela
2005, foi promulgado um decreto que tornou
comunidade surda.
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obrigatória a inserção da disciplina nos cursos


de formação de professores para o exercício
A comunidade surda se origina em uma
do magistério em nível médio (curso Normal) atitude diferente frente ao déficit, já que
e superior (Pedagogia, Educação Especial, não leva em consideração o grau de per-
Fonoaudióloga e Letras). Desde então, as ins- da de audição de seus membros. A par-
tituições de ensino vêem procurando se ade- ticipação na comunidade surda se define
quar a essa lei. pelo seu uso comum da língua de sinais,
As Libras, ao contrário do que se pensa pelos sentimentos de identidade grupal,
o auto-reconhecimento e identificação
não é e não pode ser confundida com mímica
como surdo, o reconhecer-se como dife-
ou gestos que representem algo ou alguma coi-
rentes [...] (SKLIAR,1999, p.141).
sa, ela é uma língua assim como outros idiomas
que aprendemos ao longo de nossa vida por ter

1
Ato de visualizar mentalmente uma imagem. Por exemplo, a localização de uma rua, cubo, realizar um movimento, entre outras formas.
Ainda, segundo a autora, o termo surdo mos também a entender um termo amplamen-
16 não é apenas reconhecido como uma definição te utilizado: o bilinguismo 2.
conceitual, mais uma forma do “Ser Surdo”,
embora se encontre abordagens diferentes O bilingüismo surgiu para tornar eficaz
para o tema surdez. Sendo a linguagem utili- o aprendizado dos surdos, visto que
prioriza a LIBRAS em todas as situa-
zada como meio de comunicação por indiví-
ções, enquanto o português escrito é
duos surdos, a LIBRAS é estritamente visual,
ensinado como segunda língua. No le-
comunicada através de gestos codificados, tais tramento bilíngue, o uso de ilustrações
como expressões faciais, e pequenos movi- nos textos faz com que a leitura torne-
mentos do corpo. Assim como no idioma fa- se agradável, pois dessa forma o aluno
lado, a LIBRAS também possui uma estrutura surdo pode visualizar não só o texto
própria comum a cada país, por receber uma mais também, as figuras que represen-
bagagem cultural de seu povo. tarão o que todas aquelas palavras que-
rem dizer, surgirão então, as interpreta-
Perlin (apud DIEHL, 2006, p.47) afirma
ções. (BOTELHO, 2002, p.15)
que “cada sinal tem uma representação mental
que o surdo tem condição de conferir, enten-
A aquisição da LIBRAS como uma se-
der e dar significados”.
gunda língua, torna a pessoa ouvinte um tanto
Os sinais próprios das línguas de sinais quanto responsável pela inclusão de pessoas
geralmente são constituídos de configu- surdas ao convívio comum e aos ambientes
ração e orientação da mão, movimento, onde a adaptação nem sempre é eficaz o que
ponto de articulação, expressão corpo- podemos incluir a escola como um ambiente
ral. Esses últimos são sinais mais cla- ainda nos dias de hoje como um local onde
ros, criados e utilizados pela comunida-
poucas adaptações são realizadas para que o
de surda. (PERLIN, 1999 p.80)
aluno surdo seja acolhido e se sinta plenamen-
te contemplado satisfatoriamente em suas ne-
Bem como a língua falada que apresenta
cessidades , ainda segundo o autor:
uma estrutura gramatical própria, a LIBRAS
também tem sua estrutura e é interpretada pelo
O que antes era visto como “deficiência”
surdo de forma diferenciada dos ouvintes, pes- e ausência de capacidade, hoje é consi-
quisas apontam que a língua de sinais se origina derado “diferente”, ou seja, os surdos
no cérebro da mesma forma que a língua oral, tem outros métodos de aprendizado, por
difere-se tão somente como a informação é cap- meio da Língua Brasileira de Sinais, o
tada e transmitida ao passo que uma utiliza a au- que os torna aptos a exercer seus direitos
dição e a fala, a outra faz uso de gestos e visão. de cidadãos. (BOTELHO, 2002, p. 17)

A LIBRAS, como toda língua de sinais, Os professores, sobretudo o professor de
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é uma língua de modalidade gestual-vi- educação física que pretende se embrenhar no


sual, porque utiliza como canal ou meio processo de inclusão, (vale lembrar que nos
de comunicação, movimentos gestuais dias atuais não é mais uma opção do profes-
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e expressões faciais que são percebi-


sor aceitar ou não alunos com deficiências em
das pela visão, portanto, diferencia-se
suas aulas, pois estes estão assegurados por lei
da língua portuguesa de modalidade
de seus direitos legais), contudo, o professor
oral-auditiva por utilizar, como canal
ou meio de comunicação, sons articula- que desde já esteja trabalhando com a inclusão
dos que são percebidos pelos ouvidos. e faz o uso da LIBRAS como uma ferramenta
Mas, as diferenças não estão somente de trabalho estará de certo num caminho de
na utilização de canais diferentes, estão atualização e bem próximo de uma auto -reali-
também na estrutura gramatical de cada zação profissional.
linguagem (FENEIS, n 2 , p. 16)
É importante também salientar que a
LIBRAS em um contexto inclusivo deve in-
No discurso comum à inclusão, no que
corporar dentro das instituições a qualificação
se refere a LIBRAS é necessário que venha-
2
O Bilinguismo (num sentido escrito) é uma proposta de ensino usada por escolas que se propõem a tornar acessível à criança duas línguas no contexto
escolar
de todas as pessoas envolvidas para que não ser vista, por que uma parcela significativa da
haja uma falsa idéia de inclusão, onde na ver- sociedade fecha os olhos pra uma realidade tão 17
dade o que terá ocorrido será a cópia do que se evidente), acredita-se que com ações de ajuda
tentam ainda hoje abolir, as classes especiais. meramente financeira vá suprir a necessidade
de planos e comprometimentos com essa par-
cela importante e crescente da sociedade.
3. As faces da inclusão A inclusão escolar destas pessoas ainda
vem a ser um capitulo vergonhoso, mas que se
Se o que pretendemos é que a escola faz urgente que se debata e se adéqüe o quan-
seja inclusiva, é urgente que seus pla- to antes. As escolas não estão preparadas, os
nos se redefinam para uma educação
professores tão pouco para receber alunos “di-
voltada para a cidadania global, plena,
ferentes”. Como estão hoje nossas escolas?
livre de preconceitos, que reconheça e
valorize as diferenças. Chegamos a um
impasse: para reformar a instituição, te- Todos sabem que deixam a desejar e
mos de reformar as mentes, mais não há que é urgente fazer alguma coisa para
como reformar as mentes sem uma pré- redefini-las de todas as formas pos-
via reforma das instituições. (MORIN síveis. É difícil o dia-a-dia da sala de
apud MANTOAN, 2006, p. 16) aula. Esse desafio que enfrentamos tem
limite: o da crise educacional que vive-
mos, tanto pessoal como coletivamente,
Vivemos hoje numa aldeia global, as
no ofício que exercemos (MANTOAN,
informações são repassadas ao passo que os 2006, p.8).
fatos acontecem, temos acesso as mais diver-
sificadas formas de tecnologias que nos une Seguimos uma política de total despre-
enquanto comunidades, cidadãos, comparti- paro e de adequação, tanto por parte dos pro-
lharam gostos, desejos, tristezas e felicidades, fessores envolvidos quando das instituições,
enfim somos seres humanos dotados de de- que não tem como compromisso a inclusão,
feitos e qualidades, contudo ainda somos ex- mais um paliativo que tente cobrir brechas
tremamente preconceituosos quando lidamos que deveriam ser sanadas de forma definitiva.
com circunstâncias, fatos ou pessoas que fo- Confunde-se ainda hoje a inclusão com a inte-
gem ao que elencamos como sendo “normal”, gração, o que é um erro de interpretação que
tudo que venha a fazer com que as pessoas ainda hoje vem a vigorar.
saiam de sua zona de conforto trás certo incô-
modo, ainda que muitas vezes seja dissimula- A discussão em torno da integração e
damente disfarçado. inclusão, cria ainda inúmeras e infindá-
As pessoas com alguma espécie de de- veis polemicas, provocando as corpora-
ficiência são as que mais sofrem com esta ex- ções dos professores e de profissionais
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da área de saúde que atuam no atendi-
clusão, por que a sociedade de certa forma já
mento às pessoas com deficiência – os
as condenou a viver no anonimato.
paramédicos e outros que, que tratam
A exclusão vivenciada por pessoas sur-
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clinicamente crianças e jovens com


das, bem como por indivíduos que apresen- problemas escolares e de adaptação so-
tem alguma forma de deficiência em todos os cial (STOKOE,apud FINAU in QUA-
ciclos sociais reflete em primeiro lugar uma DROS 2006).
ignorância pelo desconhecido, em segundo lu-
gar pela falta de vontade em trazer essas pes- Se o que se pretende é incluir, deixa-
soas ao convívio comum em todas as esferas e se muito ainda a desejar no que se refere às
níveis sócio-econômicos, culturais, esportivos qualificações profissionais e adaptações de
e religiosos. ambientes e estruturas físicas que possam per-
O que se assiste hoje é um despreparo feitamente tornar o aluno aceito e respeitado.
generalizado quando o assunto é inclusão, as O professor que decide trabalhar na íntegra a
pessoas com alguma forma de deficiência ain- inclusão como uma ferramenta de multiplica-
da hoje é vista com um olhar extremamente ção e inovação, não pode e não deve ter sua
paternalista pela sociedade (quando no caso de identidade profissional abalada, o professor
deve vivenciar e experimentar as mudanças constituído por habilidades e competências que
18 e conquista adquiridas com esforço, o surdo completam um sujeito empreendedor, criativo
deve ser inserido nas aulas de educação físi- e compromissado com o seu papel quanto a
ca da forma mais natural possível, mesmo se formação plena do cidadão, portanto, espera-
no caso o professor precise de um intérprete se que o educador tenha um importantíssimo
de LIBRAS. De acordo com Botelho (2002, papel a desenvolver no processo educacional
p.16): do “sujeito”.
Nesse sentido, o professor de educação
A história dos surdos denota preconcei- física deverá superar a perspectiva reduzida
to, indiferença e negligência por parte que tem do conhecimento. Sendo assim, o
de alguns educadores, do governo e da
professor de educação física deve considerar
sociedade. Anteriormente, as pessoas
outros temas que emergem do cotidiano esco-
que nasciam surdas eram consideradas
incapazes de se desenvolver, de apren- lar e que possibilitem a intervenção junto a di-
der, de ser como “os outros”, por isso versidade vivenciada pelos seus alunos. Dessa
eram excluídas da sociedade, privadas forma, a inclusão constitui em questão central
de se casar, de adquirir ou herdar bens. para (des) construir uma abordagem que pro-
Injustamente eram esquecidas, aban- mova os princípios constitucionais: direito,
donadas em seus mundos silenciosos, cidadania e dignidade.
interiormente, ansiavam poder gritar,
Para tratar com a diversidade, o professor
mais em vão.
de educação física deverá agregar ao seu perfil
as características apontadas por Fonseca, (1995
A inclusão de pessoas surdas nas aulas
p.45) para um docente do ensino especial.
de ensino regular, sobretudo nas aulas de edu-
Ainda segundo o autor, trata-se de um qua-
cação física é uma realidade possível, desde
dro da personalidade que nos fornece uma visão
que haja um engajamento, um compromisso
de quem é que teremos que formar, ainda que
com as partes envolvidas. Pretende-se que
este perfil seja vago para se perceber as compe-
as turmas tenham uma integração plena, sem
tências pedagógico-profissionais que o campo da
que a necessidade da existência de turmas es-
Escola Especial requer. Além das especificações
peciais onde a segregação ainda continuaria
já citadas o autor sugere uma série de competên-
a existir mesmo que de forma velada por que
cias que o profissional do professor de ensino
se assim houvesse onde estaria a inclusão? É
especial deve demonstrar capacidades:
necessário que as turmas, os professores, fun-
cionários, enfim todo o corpo docente/discente
Para avaliar as necessidades educacio-
adquira a LIBRAS como uma ferramenta de
nais especificas da criança;
inclusão e esteja preparado para receber alu- Para planificar curricularmente as seqü-
nos surdos no contexto escolar de forma natu- ências de aprendizagem;
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ral, sem que esse se sinta protegido ou visto de Para utilizar métodos pedagógicos re-
forma preconceituosa. educativos, reabilitativos ou compen-
O professor que possui a Libras como satórios, bem como técnicos e mate-
Edição Especial - 40 anos Educação Física

riais didáticos apropriados ao estilo de


uma segunda língua está se adiantando a uma
aprendizagem das crianças;
crescente e inevitável realidade, a de que em
Para usar a informação contida na ava-
um futuro muito próximo não mais haverá
liação de outros profissionais (médicos,
turmas especiais e que todos os alunos estarão psicólogos, terapeutas, assistentes so-
inseridos em um mesmo contexto escolar. ciais, consultores, especialistas etc.);
Para desenvolver prescrições educacio-
nais em termos de comportamento que
4. O perfil do professor de satisfaçam as necessidades intra-indivi-
duais identificadas;
educação física e a educação
Para selecionar técnicas e materiais que
fisica inclusiva
implementem um programa educacio-
nal individualizado;
O perfil pretendido para um profissional Para criar recursos pedagógicos, geri-
da educação, sobretudo o de educação física é los e administrá-los adequadamente;
Para realizar avaliações continuas (pré- ciais na escola regular de ensino, pois dentro
programas); de seus objetivos trabalha-se com o desenvol- 19
Para efetuar relatórios evolutivos e vimento motor, cognitivo, social e afetivo que
cumulativos;
é de extrema importância para a formação do
Para recomendar mudanças apropriadas
ser que é inserido em uma sociedade onde se
no fim ou durante o programa, através
de reavaliações periódicas; restringe a todo tempo pessoas que são consi-
Para abordar e integrar os pais e outros deradas “diferentes”, podendo-se assim buscar
colegas no processo educacional da a igualdade no aspecto de ser um cidadão com
criança. (FONSECA, 1995, p. 42.) direitos e deveres iguais.
Nas aulas de Educação Física o aluno
Segundo (SILVA, 2005), o profissional de com deficiência, tem a oportunidade de se
educação física, desde que esteja certo de suas relacionar com outras crianças e interagir de
capacidades e métodos, seria algo que beire maneira que acrescente novas experiências
muito do que se é necessário para que a inclusão em sua vida, pois a Educação Física trabalha
de pessoas surdas seja uma realidade palpável, também com a ludicidade, a individualidade
óbvio que nenhum professor é um divisor de e cooperação, sendo assim uma forma de se
águas, perfeito, principalmente na área da saúde inserir os alunos com deficiência com maior
médica em especial com pessoas deficientes ou facilidade e proporcionar as outras crianças a
dependentes de atenção diferenciada. se relacionar e respeitar as diferenças.
O cotidiano das escolas nos dias de hoje
que se propõe uma descentralização, certa
autonomia do aluno, um romper de autorita- 5. Considerações finais
rismos deve incorporar subsídios para que o
professor em sua área se torne um instrumento De acordo com Sassaki (1999), no Brasil
de inclusão tão almejado por pessoas social- algumas leis serviram de base para colocar em
mente excluídas. Ainda de acordo com Silva prática as tentativas de construção de propos-
(2005), o professor de educação física que tas inclusivas, objetivando a reestruturação de
opta por trabalhar com pessoas deficientes sistemas educacionais.
deve exercer sua função em escolas publicas Mas, infelizmente, ainda não há o cum-
onde a realidade social é um fator que gera um primento total dessas legislações que seja in-
distanciamento ainda maior da inclusão, pois clusiva em relação à educação. Concluímos até
a carência de profissionais especializados para o presente momento, que a LIBRAS mesmo
esses trabalhos é infinitamente superior. sendo uma disciplina obrigatória nos cursos de
A educação física dentro do âmbito esco- licenciatura, a Lei ainda não é respeitada em al-
lar é vista como uma disciplina prazerosa, um gumas Instituições, salvo o Centro Universitário
momento para o aluno de alegria e prazer. No
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de Volta Redonda – UniFOA - que já estruturou
entanto pode-se dizer que a Educação Física suas novas matrizes curriculares com a referida
contribui não só para a formação do aluno em disciplina. Para alguns professores são muitas
seus aspectos físicos, psicossociais, mas tam-
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as dificuldades no início em receber um aluno


bém para seu entendimento como ser humano surdo em sua sala de aula, pois faltam cursos de
e um cidadão dentro da sociedade, onde nas capacitação em LIBRAS.
aulas se pode conhecer o seu eu e o próximo Constatamos que, a inclusão escolar não
e, suas respectivas diferenças. Afinal, “desen- é tarefa fácil, porém não é impossível, pois
volver a motricidade não é apenas apresentar o professor terá que garantir o aprendizado
maior rendimento em determinadas habilida- desses alunos, no contexto de suas ativida-
des (...); bem mais que isso, significa adquirir des rotineiras e no planejamento para a turma
melhores recursos para se relacionar com o como um todo. Contudo, ainda há a carência
mundo dos objetos e das pessoas” (FREIRE, na disponibilização de materiais didáticos vi-
1989, p. 56). suais para alunos surdos, tendo este que uti-
A partir desta concepção, a Educação lizar de outros meios para tentar acompanhar
Física pode e deve contribuir no processo de o aprendizado em sala de aula. As pessoas
inclusão de alunos com necessidades espe- com deficiência necessitam de instruções, de
instrumentos, de técnicos e de equipamentos 4. DALPIAZ, Gisele Santos; DUARTE,
20 especializados. Todo este apoio para alunos e Marcelo Gonçalves. Apontamentos sobre
professores deve ser integrado e associado a aulas de educação física adaptadas
uma reestruturação das escolas e das classes. para surdos <http://www.efdeportes.
Dessa maneira, os benefícios do ensino inclu- com/efd134/aulas-de-educacao-fisica-
sivo podem atingir todos os alunos, professo- adaptadas-para-Surdos.htm>. Acesso em:
res e a sociedade em geral. 19 de setembro de 2010.
Há insegurança por parte dos educado-
5. DIEHL, Rosilene Moraes. Jogando
res que ainda não dominam LIBRAS, de como
com as diferenças: jogos para crianças
transmitir de forma clara e eficiente os conteú-
e jovens com deficiências. São Paulo:
dos programáticos em sala de aula por igual.
Phorte, 2006.
Ainda há um longo caminho a percorrer
e isso não acontecerá por decreto, mas através 6. FELIPE, Tanya Amaral. LIBRAS
de mudanças internas, individuais, que unidas em contexto. Rio de Janeiro: Editora:
as de outros, se tornam mudanças coletivas. WalPrint, 2008.
Precisamos ter em mente que o principal pro- 7. FREIRE, João Batista. Educação de
pósito é facilitar e ajudar a aprendizagem e o corpo inteiro: teoria e prática da Educação
ajustamento de todos os alunos, os cidadãos Física. São Paulo: Scipione, 1989.
do futuro.
8. FONSECA, Victor da. Educação
Consideramos ainda, que a educação
especial: programa de estimulação
inclusiva poderá e será no futuro um parâme-
precoce - uma introdução às idéias de
tro de qualificação, tanto das instituições que
Feuerstein - 2.ed.rev.aumentada - Porto
abracem esta realidade como algo inevitável,
Alegre: Artes Médicas Sul, 1995.
quanto para os profissionais que estarão mais
empenhados e comprometidos com o desen- 9. MANTOAN, Maria Teresa Eglér.
volvimento do aluno como um todo, a fim de Inclusão escolar: o que é? Por que?
que ele se torne membro integrante de uma Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.
sociedade justa e igualitária. O caminho a se 10. QUADROS, Ronice Müller de. Estudos
percorrer é longo e cremos que não será fá- Surdos I - Rio de Janeiro: Arara Azul,
cil, contudo acreditamos na capacidade e des- 2006.
treza dos professores, sobretudo os da área
de Educação Física, que tem como missão a 11. SASSAKI, Romeu Kazumi. Inclusão:
transmissão de conhecimentos corporais, vi- construindo uma sociedade para todos. 3
vências esportivas e através de sua profissão a ed. Rio de Janeiro: WVA, 1999.
procura de encurtar desigualdades sociais. 12. SKLIAR, Carlos. A Surdez: um olhar
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sobre as diferenças. Porto Alegre:


Mediação, 1999.
6. Referências bibliográficas
13. SILVA, Marcos Antonio C; SOARES,
Edição Especial - 40 anos Educação Física

Antonio Jorge. Educação Física e cotidiano


1. ALVES, Fátima. Inclusão: Muitos
escolar: possibilidades e limites. Revista
olhares, vários caminhos e um grande
Espaço: Informativo técnico - cientifico
desafio. 3. ed. Rio de Janeiro: Wak
do INES. Nº 24 (Julho - Dezembro 2005).
Editora, 2007.
Rio de Janeiro, 2005.
2. BRASIL. Ministério da Educação
– Secretaria de Educação Especial -
Declaração Universal dos Direitos
Humanos, Brasília MEC, 1994. Endereço para Correspondência:

3. BOTELHO, Paula. Linguagem e


Andréia Oliveira Almeida
letramento na educação dos surdos - andrea.almeida@foa.org.br
ideologias e práticas pedagógicas. Belo
Horizonte: Autêntica, 2002. Rua Angola 286, Retiro - Volta Redonda. RJ

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