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GABE IND. E COM. LTDA.

BOLETIM INFORMATIVO
BI-03-07/12/82 – Rev. 22/10/07

ACIDEZ E ALCALINIDADE

As substâncias de modo geral e, especialmente as soluções (tanto líquidas como sólidas ou


gasosas), podem ser classificadas em ácidas, alcalinas ou neutras.

Ácidas – quando apresentam predominância de elementos formadores de ácidos, chamados


cátions, íons positivos ou ainda radicais positivos.

Alcalinas – quando nelas predominam os elementos formadores de álcalis (ou bases), chamados
ânions, íons negativos ou ainda radicais negativos.

Neutras – quando há um equilíbrio químico entre cátions e ânions.

Para se expressar numericamente as condições acima, usa-se o pH (potencia de hidrogênio ou


concentração hidrogeniônica), que indica a concentração de cátions de hidrogênio (H+) e ânions
de Oxidrila (OH-) existentes na solução.

Os valores de pH formam uma escala numérica que vai de 0 a 14. O ponto intermediário dessa
escala (pH=07) indica uma solução neutra, ou seja, quando os íons H+ e OH- se neutralizam.

A partir desse ponto intermediário (7) e caminhando para 0 (zero), a substância é acida e tanto
mais ácida quanto mais próxima de zero, quando então é totalmente ácida.

Por outro lado, partindo de 7 em direção a 14, a substância será mais e mais alcalina, tornando-se
totalmente alcalina ao atingir 14.

IMPORTÂNCIA DO pH DO SOLO COM RELAÇÃO ÀS PLANTAS

A condição de acidez ou alcalinidade do solo é um fator importantíssimo na produtividade


agrícola, pois influi:
a) na disponibilidade de maior ou menor quantidade de nutrientes às raízes das plantas;
b) na existência de condições favoráveis ou de toxidez;
c) no desenvolvimento de micro-organismos que melhoram as condições do solo; ou
d) no desenvolvimento de outros micro-organismos causadores de doenças das plantas.

A classificação do solo, com relação ao pH, é a seguinte:

pH INTERPRETAÇÃO

abaixo de 5,5 muito ácido


de 5,5 a 6,0 ácido
de 6,0 a 6,5 pouco ácido
de 6,5 a 7,0 praticamente neutro
de 7,0 a 7,5 pouco alcalino
acima de 7,5 alcalino

Os solos alcalinos, normalmente decorrentes da presença de Cálcio ou Magnésio livres,


apresentam baixas disponibilidades de Fósforo, Manganês, Zinco e Cobre. Ocorrem normalmente
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nas regiões áridas, porque a evaporação da água do solo traz para a sua superfície grande
quantidade de sais.

Os solos ácidos são mais prejudiciais ao desenvolvimento das plantas, pois apresentam
deficiência de Cálcio, Manganês, Fósforo, Molibdênio e Boro, além de propiciarem a ação tóxica
de elementos como o Alumínio, Manganês e Zinco. Além disso, impedem o desenvolvimento de
micro-organismos que operam transformações úteis ao solo e também favorecem o aparecimento
de bactérias nocivas causadoras de doenças às plantas.

A grande maioria dos solos brasileiros á ácida, com pH ao redor de 5,5. No Estado de São Paulo,
por exemplo, cerca de 90% de sua área é constituída por solos com pH abaixo de 6,0.

Disso tudo, conclui-se que a acidez do solo é um dos grandes problemas da nossa agricultura.

Em termos práticos, o PH 6,5 é, em geral, o mais adequado para a maioria das culturas.
Observando-se o gráfico que se segue, notamos que, para valores extremos de pH não há
nenhuma absorção de elementos como o Nitrogênio, Fósforo, Potássio e Cálcio, devido ao
excesso de acidez ou de alcalinidade, casos em que as raízes chegam a perder os elementos que
contêm.

EFEITOS DO pH NA DISPONIBILIDADE DE NUTRIENTES NO SOLO

NOS SOLOS DOS CLIMAS ÚMIDOS DO BRASIL


NOS SOLOS DOS CLIMAS ÚMIDOS DO BRASIL
n
nd
N (NITROGÊNIO)

nd
P (FÓSFORO)

n
K (POTÁSSIO)
n nd
Ca (CÁLCIO)

nd
S (ENXOFRE)
n nd
Mg (MAGNÉSIO)
nd
Fe (FERRO)
nd nd
Mn (MANGANÊS)
n
B (BORO) nocivo

n
Cu (COBRE) e Zn (ZINCO)

acidez nociva - Al nocivo - alcalinidade sódica

4 4,5 5 5,5 6 6,5 7 7,5 8 8,5 9 9,5


pH
ACIDEZ NEUTRALIDADE ALCALINIDADE
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ACIDEZ DO SOLO

Os solos ácidos são, em geral, pobres e mais comuns nas regiões onde chove constantemente. A
acidez do solo á causada, principalmente, pelos seguintes fatores:

a) presença de substâncias que têm capacidade de liberar os íons de Hidrogênio (H+). A


concentração de H+ provoca a acidez ativa e é expressa pelo índice pH.
b) Presença de Alumínio na forma de íons Al+3 (Alumínio Trocável), provocando a acidez
trocável. O Al+3 , além de provocar acidez, constitui-se também em elemento bastante
tóxico para as plantas. Esse tipo de acidez pode também ser causado pela presença
excessiva de Manganês (Mn+2).
c) Intensificação da agricultura, devido à maior extração de alcalinos pelas plantas.
d) Utilização de fertilizantes de características ácidas.

Para que o solo possa proporcionar condições adequadas para o bom desenvolvimento das
culturas, é necessário que sua acidez seja neutralizada, procurando elevar-se o pH a valores
próximos de 7, com pequenas variações, conforme o tipo de planta. Como já foi dito, o pH 6,5
atende às necessidades da maioria das culturas vegetais.

Os limites de pH para diversas culturas encontram-se na tabela constante dos Manuais de


Instruções dos diversos kits fabricados pela GABE. Note-se que são limites dentro dos quais as
plantas têm satisfeitas as suas exigências quanto ao pH para produzirem adequadamente, em
termos econômicos.

CALAGEM

O processo mais usado para a correção da acidez do solo é a adição de calcário, operação esta
denominada calagem.

A quantidade de calcário a ser utilizada é calculada em função do valor do pH e pelo cálculo da


CTC (Capacidade de Troca Catiônica), obtidos pela análise do solo conforme instruções contidas
nos Manuais de Instruções do kit Laboratório Completo fabricado pela GABE.

Outro fator importante para determinar a calagem correta é o conhecimento dos teores de
Alumínio Trocável, Cálcio e Magnésio. Quanto maior a quantidade de Alumínio, maior será a
quantidade de calcário a ser aplicada.

Também o teor de matéria orgânica afeta a determinação da quantidade de calcário a ser


aplicada: quanto mais alto este teor, mais calcário será preciso, porque a matéria orgânica oferece
uma certa resistência à mudança do índice de pH.

Outro fator de grande importância nessa determinação é o tipo de solo (argiloso ou arenoso):
quanto mais argiloso, maior será a quantidade de calcário a aplicar, pelas mesmas razões
indicadas acima para a matéria orgânica.

Portanto, sem um conhecimento adequado do solo em questão, é muito difícil realizar uma
calagem de forma correta. Daí a importância da análise de solo.

Quando a calagem é feita corretamente, o pH do solo se eleva a níveis mais adequados ao


crescimento das plantas e o rendimento das culturas.

A título de exemplo, o gráfico a seguir mostra os efeitos do pH do solo no rendimento da alfafa,


em toneladas por hectare.
4

12 -

10 -

8-

6-
ton/ha
4-

2-

I I I I I pH
5 5,5 6 6,5 7

Dentre os benefícios da calagem, podemos citar:

1. diminuição ou eliminação de elementos tóxicos, principalmente Alumínio e Manganês


(esse último, tóxico quando presente em quantidade superior à exigia pelas plantas);
2. aumento da disponibilidade dos macro-nutrientes;
3. melhoria da atividade micro-biológica no solo;
4. melhoria das condições físicas do solo, facilitando o arejamento e a circulação de água;
5. aumento dos teores de Cálcio e Magnésio (elementos contidos no próprio calcário).

Os dois tipos de calcário mais usados na agricultura são: calcítico, composto de carbonato de
cálcio (CaCO3), e o dolomítico, composto principalmente de carbonato de cálcio e contendo
também carbonato de magnésio (MgCO3). Prefere-se, geralmente, este último, por incorporar ao
solo os nutrientes Cálcio e Magnésio.

Bibliografia: “ABC DA ADUBAÇÃO”, E. Malavolta – “MANUAL DE EDAFOLOGIA” , E. J. Kiehl – “OS BENEFÍCIOS DO


CALCÁRIO”, A. C. F. Porto – “A UTILIZAÇÃO RACIONAL DO CALCÁRIO NA AGRICULTURA”, A. B. V. Varella

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