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O Apocalipse

de São João
O Caminho para a Iniciação da Alma
Zachary F. Lansdowne

O Apocalipse
de São João
O Caminho para a Iniciação da Alma

Tradução:
Carlos Raposo
Agradecimentos

Sou grato a Perry Havranek, George Karthas


e Barbara Olson, por seus comentários perceptivos e úteis
a respeito do primeiro esboço deste livro.
Índice
Introdução........................................................................................
Capítulo 1 – A Alma........................................................................
Capítulo 2 – Chacras Sacro, Plexo Solar, Cardíaco e Larírgeo ......
Capítulo 3 – Chacras Frontal, Coronário e Básico .........................
Capítulo 4 – Meditação....................................................................
Capítulo 5 – Orientação...................................................................
Capítulo 6 – Autopurificação...........................................................
Capítulo 7 – Preparação para a Kundalini.......................................
Capítulo 8 – Despertando a Kundalini.............................................
Capítulo 9 – Culpa e Medo..............................................................
Capítulo 10 – O Plano das Ideias Divinas ......................................
Capítulo 11 – Julgamento................................................................
Capítulo 12 – Ilusão.........................................................................
Capítulo 13 – Glamour e Maya ......................................................
Capítulo 14 – O Reino Espiritual . ..................................................
Capítulo 15 – Os Sete Chohans.......................................................
Capítulo 16 – As Sete Provações.....................................................
Capítulo 17 – O Ego........................................................................
Capítulo 18 – Eliminação do Ego....................................................
Capítulo 19 – União com a Alma ...................................................
Capítulo 20 – Morte e Ressurreição................................................
Capítulo 21 – Transformação Espiritual..........................................
Capítulo 22 – Poder de Decisão.......................................................
Apêndice A – Tabelas de Referência ..............................................
Apêndice B – Perspectivas Relacionadas .......................................
Apêndice C – Quem escreveu o Apocalipse de São João?..............
Bibliografia .....................................................................................
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Introdução

A revelação de Jesus Cristo, concedida a ele por Deus


para apresentar a seus servos as coisas que deverão acontecer em breve;
enviando – a comunicação-as por meio de seu anjo a seu servo,
João (Ap. 1:1)

O Apocalipse de São João, o último livro da Bíblia, tem sido


um mistério desde que surgiu, há aproximadamente 2 mil anos. Al-
gumas vezes chamado de Apocalipse ou de Livro da Revelação, essa
obra enigmática está inteiramente escrita em símbolos. Suas ima-
gens, dramáticas e vívidas, têm produzido louvor em seus admira-
dores e escárnio entre seus críticos. Nenhuma outra parte da Bíblia
tem causado mais controvérsia. Muitos pensam que ele fornece a
chave que desvela os mistérios da vida; outros pensam que deveria
ser retirado da Bíblia.
O Apocalipse é realmente a expressão velada de uma doutrina
esotérica, ou oculta, do Cristianismo primitivo. Quando interpretado
psicologicamente, fornece instruções detalhadas e práticas para a
jornada espiritual – um mapa para o despertar da consciência supe-
rior. Essa jornada espiritual pode ser caracterizada como o caminho
da libertação ou da iluminação, porque conduz à completa liberdade
da tristeza e a uma vida puramente intuitiva. Embora o Apocalipse
apareça no livro santo da tradição judaico-cristã, suas instruções po-
dem ser apreciadas e aplicadas por aspirantes de todas as tradições
religiosas.

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10 O Apocalipse de São João

Interpretações Tradicionais
O Apocalipse tem tido significativo impacto sobre a civilização
Ocidental nos últimos 2 mil anos. Os medos e as esperanças do ser
humano são frequentemente expressos por meio de palavras e imagens
retiradas dele – apocalipse, milênio, quatro cavaleiros, aleluia, Arma-
gedom e Nova Jerusalém. Muitos teólogos, poetas, eruditos, pintores,
músicos, cineastas e políticos têm sido influenciados pelas ricas ima-
gens desse livro.
A grande maioria dos comentários publicados sobre o Apocalipse
podem ser classificados em três categorias:1
• O ponto de vista preterista sustenta que o Apocalipse descreve
questões e eventos do primeiro século. Particularmente, acredi-
tam que as maiores profecias do livro foram cumpridas com a
destruição da cidade de Jerusalém, em 70 d.C. A principal difi-
culdade nessa perspectiva é que a vitória decisiva do bem sobre
o mal e a inauguração do reino eterno de Deus, descritas na parte
final do livro, parecem não ocorrer.
• O ponto de vista histórico argumenta que o Apocalipse prediz
todo o curso da história humana, desde a fundação do Cristia-
nismo até o fim do mundo. Os eventos históricos e os proemi-
nentes líderes são identificados como símbolos em visões. Ao
longo da narrativa simbólica, os que propõem esta perspectiva
encontram referências aos imperadores romanos, a vários papas,
a Carlos Magno, à Reforma Protestante, à Revolução Francesa
e a Mussolini. Aqui, a maior dificuldade é sua subjetividade,
assim como demonstrado pela ampla diversidade de interpreta-
ções do simbolismo.
• O ponto de vista futurista, ou escatológico, afirma que o Apoca-
lipse prediz os eventos que ocorrerão no fim do mundo. A carac-
terística dos futuristas é acreditar que o fim do mundo ocorrerá
logo depois de eles o noticiarem. Essa perspectiva reúne as di-
ficuldades tanto dos preteristas quanto dos históricos, uma vez
que a linha de tempo é subjetiva e que muitos dos eventos pre-
ditos ou não, de fato, já ocorreram. Indo ainda mais longe, essa
perspectiva falha em identificar qualquer real significado que o

1. A. W. Wainwright, Mysterious Apocalypse: Interpreting the Book of Revelation (Nashville,


TN: Abingdon Press, 1993) fornece um levantamento das tentativas de interpretações do
Apocalipse feitas desde o segundo século até os dias de hoje.
Introdução 11

livro possa ter tido para as pessoas às quais ele fora inicialmente
dirigido – nomeadamente, os cristãos que foram perseguidos no
primeiro século.
Essas três abordagens tradicionais podem ser caracterizadas
como “externas e temporais”, porque todas assumem que os personagens
e episódios presentes no Apocalipse denotam eventos que ocorrem no
mundo externo em um passado ou futuro definidos.
Além disso, nenhuma dessas três categorias parece consistente
com o que o Apocalipse diz a respeito dele mesmo. Conforme Ap. 1:1,
seu propósito é mostrar “as coisas que deverão acontecer em breve”.
Do mesmo modo, Ap. 1:3 determina: “Abençoado seja aquele que lê e
aqueles que escutam as palavras desta profecia, e que guardam as coi-
sas que nela estão escritas, pois que o tempo está próximo”. Então, de
acordo com seus próprios versos, o Apocalipse de São João lida com o
presente. Portanto, contém informação que qualquer leitor – incluindo
você ou eu – poderá usar para tornar-se abençoado.

Interpretações Psicológicas
Este comentário incorpora uma interpretação psicológica do Apoca-
lipse que difere radicalmente das abordagens externas e temporais que a
antecederam. Essa interpretação baseia-se nos seguintes quatro princípios:
• Cada uma das visões de João é similar a um sonho. As visões
de João contêm símbolos, assim como os sonhos. Na verdade,
antigas escrituras dos judeus frequentemente usam os termos
visão e sonho de modo alternado.2 É importante distinguir aqui
entre o João que era escritor e discípulo de Jesus e o João das
visões. Uma distinção análoga pode ser feita entre uma pessoa
que está sonhando e o personagem que a pessoa representa den-
tro do sonho, em si. Por exemplo, você pode ser médico em sua
vida profissional e mesmo assim surgir em seu sonho na função
de professor, de palhaço ou de carpinteiro. Fazer essa distinção
ajuda-nos a resolver um dos maiores quebra-cabeças do Apoca-
lipse – um incidente no qual João parece ter sido repreendido
duas vezes, a saber, quando estava adorando um anjo. A primeira
2. Em 1 Enoque 85:1, as visões de 83:1–3 são chamadas de sonhos. No Testamento de Levi
8:18, a visão de 8:1 é chamada de sonho. Em 4 Esdras, 12:10, 13:21 e 25, os sonhos de
11:1 e 13:1 são chamados de visões. Os textos dessas antigas escrituras são dados por J. H.
Charlesworth, The Old Testament Pseudepigrapha, vol. I (New York: Doubleday, 1983).
12 O Apocalipse de São João

repreensão é feita sobre o personagem que João representa em


uma de suas visões (Ap. 19:10). A segunda, feita ao próprio João
quando de seu estado normal de consciência (Ap. 22:9).
• Cada episódio em uma visão descreve um estágio na jornada
espiritual. Entre os viajantes dessa jornada encontra-se incluí-
do qualquer um que aspire a um alto modo de vida, pois não
importa qual a tradição religiosa seguida por eles. O nome e
as conotações de qualquer um dos símbolos dados podem ter
origem na experiência religiosa de João (o Judaísmo do Velho
Testamento), contudo o significado específico ou denotação
do símbolo pode ser parte de outras religiões ou tradições fi-
losóficas. Portanto, neste comentário, a análise dos símbolos
refere-se ao Velho Testamento e a conceitos relacionados com
outras tradições.
• Cada símbolo representa algum aspecto da consciência de
um aspirante que estiver em um estágio correspondente na
jornada espiritual. Da mesma forma, qualquer parte de um
sonho pode representar um fragmento da personalidade daquele
que sonha, as várias bestas, selos, livros, lugares e anjos que
aparecem nas visões de João ilustram fragmentos da vida in-
terior de um aspirante. Por exemplo, guerras podem referir-se
a contendas internas que você enfrenta quando tenta obter
autocontrole. Mesmo que alguns símbolos possam se referir
diretamente a pessoas externas, lugares e coisas, eles não re-
presentam qualquer coisa que ocorra fora da própria consciência
de um aspirante.
• A função de João nas visões representa a atitude consciente do
aspirante; os demais símbolos representam aspectos de natureza
subconsciente e superconsciente do aspirante. Aqui, a “atitude
consciente” indica o que os aspirantes sabem a respeito deles
mesmos – suas qualidades, características e poderes. “Natureza
subconsciente” refere-se à vida instintiva do corpo físico, assim
como aos desejos e culpas reprimidos ou desconhecidos.
“Natureza superconsciente” indica os poderes e capacidades que
o aspirante possui em potencial, mas que estão desativados ou
que lhes são desconhecidos.
A interpretação psicológica das visões de João revela o significado
esotérico do Apocalipse. Ela provê as instruções práticas e detalhadas
para a jornada espiritual, cujo objetivo é o que os místicos cristãos
Introdução 13

chamam de “união consciente com Deus”. Os budistas chamam-na de


“iluminação”; os hindus, de “autorrealização”; e os psicólogos trans-
pessoais, de “autoatualização”.
Esse mapa espiritual segue um plano lógico. O Capítulo 1 dá o
material introdutório. Os Capítulos 2 e 3 apresentam a instrução intui-
tiva que os aspirantes receberão nos sete diferentes estágios ao longo
da jornada espiritual. Nos Capítulos 4 a 11, veem-se os sete estágios da
jornada, junto com as experiências que os aspirantes podem esperar
conhecer caso sigam as instruções anteriores. Os Capítulos 12 a 21
fornecem outras descrições a respeito de toda a jornada espiritual, mas
sob uma ênfase diferente, enquanto que o Capítulo 22 resumirá os bene-
fícios da jornada espiritual, encorajando os aspirantes a embarcar nela.
Assim, o Apocalipse descreve os mesmos sete estágios três vezes. A
análise de qualquer uma destas seções, portanto, fornece suporte para
um insight a respeito das outras duas seções. Tópicos tratados de modo
breve e obscuro em uma seção são frequentemente dados com mais
extensão em outra.
Desde o terceiro século até os dias atuais, comentadores têm no-
tado que vários episódios no Apocalipse são repetidos ou acontecem
em paralelo, antes de seguirem um caminho linear. Comentadores mais
modernos concordam com essa perspectiva, chamada de “teoria de
recapitulação”, mesmo quando não concordam com o método psicoló-
gico utilizado neste comentário.3
Cada capítulo numerado deste comentário corresponde a um
número do capítulo do Apocalipse. O comentário fornece o texto da
Versão do Rei James, também conhecida como a “Versão Autorizada”.
Embora tenha aproximadamente quatro séculos de idade, ela ainda é
o texto bíblico mais usado em língua inglesa, pois combina beleza em
linguagem com precisão literária.4 O texto original é apresentado ver-
sículo a versículo, com a interpretação baseada no modelo psicológico
discutido anterior. Essas interpretações são complementadas por notas
3. A questão estrutural básica é se os eventos descritos no Apocalipse devem ser entendidos
em uma ordem cronológica estrita ou se alguma forma de recapitulação está envolvida.
R. H. Charles, The Revelation of St. John, vol. 1 (1920; reimpressão; Edinburgh: T. and T.
Clark, 1985), p. xxiii, diz que “a teoria da recapitulação ... desde a época de Victorinus
de Pettau (cerca de 270 d.C.) tem dominado praticamente toda sorte de interpretação desde
aquele tempo até o presente”. R. H. Mounce, The Book of Revelation (revisto; Grand
Rapids, MI: William B. Eerdmans Publishing Company, 1998), p. 31, diz que “a abordagem
contínua e cronológica não é aceita pela maioria dos escritores contemporâneos”.
4. Essa Versão do Rei James (VRJ) fornece uma tradução palavra por palavra do texto ori-
ginal em grego. Quando a VRJ inclui palavras adicionais, não encontradas no texto grego,
essas palavras adicionais encontram-se em itálico.
14 O Apocalipse de São João

de rodapé que contêm citações do material relacionado com as antigas


escrituras dos judeus, bem como as citações similares em significado
advindas de várias outras tradições religiosas e filosóficas. A não ser
quando observado, todas as citações bíblicas foram retiradas da Versão
do Rei James (VRJ). Dois apêndices exploram os primeiros esforços
interpretativos e questões a respeito da autoria do Apocalipse.
O Apocalipse de São João, quando visto por meio das lentes
psicológicas, contém ideias associadas com diversas tradições – o
poder redentor do amor, a eficácia dos chacras e da kundalini, o ca-
minho da atenção plena e o absoluto idealismo da filosofia platônica.
Portanto, o Apocalipse revela mais que a sabedoria oculta do Cris-
tianismo esotérico. Ele revela a harmonia essencial e a unidade que
abarcam as grandes religiões e filosofias do mundo, reunidas como
uma verdade espiritual.
Capítulo 1

A Alma

Na visão inicial de João, o aspirante torna-se consciente da alma, que é a divina


voz interior, e recebe orientação concernente aos sete chacras.

Versão do Rei James Interpretação Psicológica


1. A revelação de Jesus Cristo, 1. A revelação dada por Deus a
concedida a ele por Deus para Jesus Cristo mostra aos servos de
apresentar a seus servos as coisas Deus o que logo acontecerá.5 Jesus
que deverão acontecer em breve; transmitiu e garantiu essa revela-
enviando-as e comunicando-as por ção conduzindo sua inspiração a
meio de seu anjo a seu servo, João: seu discípulo João.6

5. O Apocalipse em seu versículo 1 e, além desse, em 1:3, 2:16, 3:11, 22:6, 7, 10, 12 e 20,
estabelece que isso concerne aos eventos que irão ou que poderão acontecer imediatamente.
A ênfase a respeito da urgência não é consistente com o método tradicional de interpreta-
ção que trata a obra como uma sequência cronológica de eventos de um passado ou futuro
distantes.
6. Anjo é uma tradução para a palavra grega aggeloi, que significa “mensageiro”, “enviado”
ou “aquele que transmitiu”. No versículo 1, o anjo de Jesus é interpretado como a inspira-
ção que comunica a instrução de Jesus. R. Steiner, The Book of Revelation and the Work of
the Priest (London: Rudolf Steiner Press, 1998), p. 61, tem uma perspectiva similar quando
se refere ao “apocalipse, escrito por intermédio da Inspiração”. Ainda mais geral, Paulo,
em 2 Tm. 3:16, diz: “Toda a escritura é dada pela inspiração de Deus”. A não ser quando
observado, todas as citações bíblicas foram retiradas da VRJ.
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