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Universidade de Cabo Verde (UNICV)

Escola de Negócios e Governação (ENG)


Mestrado em Relações Internacionais e Diplomacia Económica

Disciplina: Análise da Política Externa- Ética e Diplomacia


Estudante: Euclides Pereira Cabral
Professor: Dr. Vicente Paiva Brandão

Trabalho individual

Síntese do artigo: AS TEORIAS DAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS, UM


ESTUDO DA DÉCADA DE 80 COM O FIM DA GUERRA FRIA E A NOVA
CONCEPÇÃO DA POLÍTICA MUNDIAL1

Um artigo de Veranice Bohn e Mateus Dalmáz, composto de oito (8) páginas, in


REVISTA DESTAQUES ACADÊMICOS, VOL. 5, N. 1, 2013 - CGO/UNIVATES.

O presente artigo começa por introduzir as mudanças de paradigma nas relações


internacionais, fruto de vários acontecimentos sociais , políticos, económicos,
ambientais, tecnológicos, verificados após a segunda guerra mundial, durante e pós a
guerra fria, que contribuíram para inserção na agenda das relações internacionais, de
outras questões para alem da velha questão das guerras e a perda do predomínio do
Estado nessas relações, com a intervenção de vários outros atores como, as organizações
internacionais não governamentais, transnacionais, empresas e outras instituições.

Três questões fazem parte do objeto de análise do artigo. Primeiro são analisados, os
modelos teóricos das relações internacionais. Segundo, são descritos o fim da Guerra
Fria e a queda do socialismo da Rússia. Terceiro, são vistos o fim da bipolarização entre
os Estados Unidos e a União Soviética e o novo capitalismo emergente.

Na primeira parte, os autores baseiam-se na visão de Marinho 2008, para explicar os


modelos teóricos das relações internacionais, que apresentava três teorias fundamentais
desenvolvidas nas escolas europeias e americanas na segunda metade do sec. XX: a
teoria idealista, a teoria realista e a teoria marxista.
A teoria idealista, tinha o seu principal defensor, o Presidente norte americano
Woodrow Wilson, que acreditava na possibilidade de uma paz universal, por meio da
materialização de alguns princípios, designados dos catorze (14) pontos de Wilson para
a Paz.

Esta teoria tinha como características principais, um certo desvio da realidade para focar
na perspetiva de um futuro idealizado, tornando a de certa forma utópica.

Da teoria idealista, surgiram as teorias liberais valorizando uma sociedade internacional


e as suas múltiplas relações e as teorias neoliberais com primazia para a importância de
um mercado livre nas relações internacionais.

Por sua vez, a teoria realista na ótica do mesmo autor, é uma teoria que defende uma
relação anárquica entre os Estados, onde a força militar e os interesses de cada Estado
constituem fatores determinantes nas relações internacionais. Deste modo o Estado é o
ator principal nas relações internacionais, e tem legitimidade para usar a força em defesa
dos seus interesses. Já o realismo moderno, embora realça a prioridade dos interesses
nacionais propõe a sua defesa por meios políticos e poder.

O modelo marxista que segundo o Marinho 2008 não foi traçada especificamente para a
relações internacionais, mas a visão do Marx, sobre o capitalismo no processo de
produção, bem como a influencia dos interesses burgueses e a estrutura socioeconômica
interna na política externa, servem de base nas relações internacionais.

O modelo liberal do pensador Adam Smith, defendia o livre comércio ou a não


intervenção do Estado na economia. O papel do estado nas relações Internacionais
estava reservado a manutenção da paz, como forma de facilitar o livre comercio. Uma
das maiores crises desse modelo aconteceu nos anos 1929 com a grande depressão que
atingiu a América e toda a Europa, o que provocou a mudança de atitude de alguns
países como a Rússia e a China que passaram a ter uma intervenção mais acentuada do
Estado na economia, assumindo modelos protecionistas, preconizado por J.M. Keynes.
A divisão do mundo em dois blocos durante a guerra fria, fui também atribuída a este
modelo.

No ano 70, o modelo transnacional entrou em cena fruto das transformações ocorridas
no sistema económico mundial, com a perda da hegemonia americana, a ascensão de
países como japão, o processo de descolonização, dando abertura as transações
comerciais transfronteiriças ou a globalização da economia, daí o surgimento de novos
atores nas relações comerciais.

Ainda nos anos 60 e 70 uma outra teoria a dependentista, tinha surgido como forma de
explicar o subdesenvolvimento da América Latina. Os defensores desta teoria, atribuem
a responsabilidade do subdesenvolvimento e da dependência de alguns países em
relação a outros, sobretudo os mais industrializados ao capitalismo internacional
aplicado por estes.

O segundo aspeto abordado por este artigo foi o fim da guerra fria e colapso do
socialismo soviético, explorado sob visão do Vizentini (2000)

Segundo os autores, citando Vizentini (2000), alguns fatores foram determinantes para o
fim da guerra fria e colapso do bloco soviético, tais como: a queda do muro de Berlim; a
grave crise económica e falta de democracia que começou a gerar revolta popular; a
ascensão ao poder de Mikhail Gorbachev em 1085 e suas reformas políticas e
económicas;

As reformas políticas denominadas de Glasnost, priorizando a liberdade e a


Democracia, bem como as reformas económicas denominadas de Perestroika, voltada
para a economia de mercado ou capitalismo, facilitou a independências de várias
repúblicas e influenciou outros países socialistas como Hungria, Bulgária, Polónia,
Roménia a abrirem-se para o capitalismo. Iniciou-se ainda um novo período nas
relações internacionais com a assinatura de vários acordos de paz e desarmamento,
mudando assim o seu perfil a nível internacional.

As mudanças, sobretudo a nível económico, levadas a cabo por Gorbachev, não


proporcionaram pelo menos até então, os resultados pretendidos e criou um clima de
instabilidade económica e de caos, com surgimento de muitos conflitos étnicos
nacionais.

Em 1991 com o plesbicito que aprovou a nova federação USSS, concedendo maior
soberania as repúblicas e o controlo do património por diferentes Estados e a chegada ao
poder através de golpe de estado por Boris Ieltsin, a maioria das repúblicas federativas
pediram a sua independência a apropriaram-se de grande parte do património da união,
acabando por ditar o fim URSS, donde saíram vários países incluindo a Rússia.

O terceiro tema abordado pelo artigo, retrata o novo capitalismo emergente


Seguindo o pensamento de Saraiva (2007), foi anotado que no fim da guerra fria,
embora os Estados Unidos saiu como a única potência mundial, a sua hegemonia
económica já não era a mesma do período antes da II guerra mundial. O seu capitalismo
estava em crise. As medidas protecionistas ao emprego, contribuíram para uma crise
fiscal e o declínio da economia a par das consequências da guerra do Vietnã. Alguns
países da Europa ocidental como a Alemanha, o Japão e outros asiáticos começaram a
ter um desenvolvimento considerável. A Asia Oriental já se destacava no comercio
mundial, mudando o rumo das relações internacionais de um mundo bipolar para um
mundo multipolar. A China embora com regime socialista conheceu um crescimento
extraordinário. A busca da constituição de um mercado alargado e unificado deu origem
a formações de blocos econômicos, sob a forma de zonas de livre comércio, uniões
aduaneiras ou mercados comuns. Com o fim do mundo bipolar, segundo Saraiva (2007),
as relações internacionais entraram numa fase de transição, período de dificuldades e de
indefinições que o mundo enfrentou nos anos 1990. Desta forma os Estados Unidos
sentiu-se obrigado a aliar a outros países, sobretudo os mais avançados, para não ficar
sozinho face a então conjuntura internacional, formando assim os G7 e depois G8.

Foi analisado também a perspetiva de Huntington (2010), sustentando que durante a


guerra fria o mundo estava dividido em dois blocos sendo um constituído por estados
capitalistas do ocidente mais desenvolvidos económica e militarmente, liderados pelo
Estados Unidos e o outro bloco de estados socialistas do oriente menos desenvolvidos,
liderados pela União Soviética. Após guerra fria extinguiu-se os dois blocos e
constituiu-se um grupo das nações mais poderosas os G7/8 e que nesse mundo novo, a
política local é a política da etnia e a política mundial é a política das civilizações, a
rivalidade das superpotências é substituída pelo choque das civilizações. Refere que o
ocidente vai deixando de ser o centro do poder em detrimento dos não ocidentais e que a
política mundial se tornou multipolar e multicivilizacional.

Finalmente, referiu-se ainda a visão de Lohbauer, afirmando que uma nova era da
civilização mundial iniciou a partir dos anos noventa, justificando com os novos
conflitos como: os Balcãs, Croatas, Sérvios e Bósnios, o Oriente Médio, com a Guerra
do Golfo de Saddam Hussein em 1991 e 1992, onde o confronto ideológico e
geoestratégico deu lugar a nacionalismos conturbado com conflitos selvagens,
autoritarismo e oportunismo, que certeza será objeto de estudos futuros.

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