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Noções de Arquivologia – Professor Darlan – Atualizações TJDFT

Instruções Preliminares:
a) Os alunos que realizaram o curso regular da Disciplina deverão apenas ler as
atualizações abaixo e resolver as questões sugeridas. Estas atualizações servem
também para o concurso do DFTRANS e o da FUB;
b) Os alunos que participaram apenas do curso da Disciplina em exercícios,
deverão realizar também, uma leitura dos recortes da legislação, que estão nas
páginas 6-8. Estes recortes não foram distribuídos em sala, mas são de grande
importância para a prova.

1. Avaliação de Documentos
Os documentos de arquivos devem ser avaliados de acordo com sua freqüência
de uso e conforme os valores que apresentam para a instituição produtora. Deve-se
estabelecer critérios para realizar a destinação dos documentos, tendo em vista a
impossibilidade de se preservar tudo que é acumulado e o fato de existirem documentos
de guarda temporária e outros de guarda definitiva.

Objetivos
A avaliação visa identificar valores e definir prazos de guarda para os
documentos de arquivo, independentemente de seu suporte. Os objetivos da avaliação
são:
• Reduzir a massa documental;
• Reduzir o prazo de busca de informações arquivísticas;
• Reduzir os gastos referentes ao armazenamento da documentação;
• Garantir a preservação dos documentos de valor permanente, contribuindo para
a formação do patrimônio arquivístico da instituição;
• Controlar o processo de produção documental, orientando o emprego de
suportes adequados ao registro da informação.

2. Arquivos Intermediários
São aqueles de guarda temporária, onde os documentos apresentam baixa
freqüência de uso para a instituição acumuladora; no entanto, por razões
administrativas, devem ainda ser mantidos no arquivo até que seja estabelecida a sua
destinação final, que pode ser a eliminação ou a guarda permanente. Com a finalidade
de se diminuir os gastos referentes à sua manutenção e utilização, os documentos da
fase intermediária podem ser arquivados em local distinto daquele em que foram
produzidos. Os depósitos de guarda intermediária devem possuir grande capacidade de
armazenamento e devem ser construídos com materiais e equipamentos de baixo custo e
utilizam sistemas de segurança para a prevenção de desastres.

Atividades
Para cumprir a sua função, os arquivos intermediários executam as seguintes
atividades:
• Coordenação do recebimento de documentos da fase corrente;
• Atendimento a consultas dos setores/órgãos depositantes;
• Aplicação da tabela de temporalidade;
• Seleção de documentos para eliminação e para guarda permanente;
• Recolhimento (envio) de documentos à fase permanente.

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3. Alteração do Suporte da Informação

Digitalização
A digitalização consiste na captura de imagens analógicas para a conversão em
formato digital, sua prática tem por objetivos promover o acesso rápido às informações
arquivísticas, reduzir os danos causados ao suporte original e agilizar a execução das
atividades administrativas.

Microfilmagem
O microfilme, as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas
diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos jurídicos do documento
originalmente microfilmado, desde que obedecidos os critérios e padrões estabelecidos
na Lei nº 5.433, de 8 de maio de 1968, que “regula a microfilmagem de documentos
oficiais e dá outras providências”. Para serem microfilmados, os documentos devem
apresentar uma organização que possibilite a recuperação das informações neles
contidas e devem estar previamente avaliados. Cabe ressaltar que é obrigatória, para
efeito de segurança, a extração de filme cópia do filme original, e que os documentos de
valor histórico não poderão ser eliminados após a microfilmagem.

Símbolos Utilizados
O processo de microfilmagem adota um conjunto de símbolos utilizados nos
rolos conforme a situação em que eles se encontram; estes símbolos estão descritos na
Resolução nº.10 do Conarq – Conselho Nacional de Arquivos.
1) Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos:
Inicio do rolo Fim do rolo

2) Símbolos obrigatórios a serem utilizados em todos os rolos, caso a documentação tenha continuidade:
Continua em outro rolo Continuação de outro rolo

4. Arquivos Permanentes
Os arquivos permanentes são formados pelos documentos que constituem o
patrimônio arquivístico da instituição, seja pelo seu valor informativo ou pelo valor
histórico; estes valores estão relacionados ao potencial de pesquisa dos documentos
como forma de criar um memorial das decisões passadas da instituição.

Atividades Técnicas
Para cumprir a função de disponibilizar as informações sob sua guarda, os
arquivos permanentes devem executar um conjunto de atividades destinadas à
organização e difusão dos documentos. Segundo Paes (Arquivo: teoria e prática, 2004),
as principais atividades dos arquivos permanentes são: arranjo, descrição, conservação e
restauração.
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Arranjo
È a “seqüência de operações intelectuais e físicas que visam à organização dos
documentos de um arquivo, de acordo com um plano ou quadro previamente
estabelecido” (Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística - 2005). As
atividades de arranjo são do tipo físicas e intelectuais: as físicas são aquelas destinadas
ao arquivamento e armazenamento dos documentos, enquanto que as intelectuais estão
relacionadas a análise dos documentos quanto à sua forma, origem funcional e
conteúdo.
Descrição
È definida como o “conjunto de procedimentos que leva em conta os elementos
formais e de conteúdo dos documentos para a elaboração dos instrumentos de
pesquisa”. A descrição visa disponibilizar aos pesquisadores as informações contidas no
arquivo, por meio da elaboração de instrumentos de pesquisa como o guia, o inventário,
o catálogo, o catálogo seletivo e o índice.

• Guia: O primeiro e mais importante instrumento de pesquisa a ser desenvolvido


pelo arquivista é o guia, que fornece uma visão de conjunto dos fundos que a
instituição abriga. Permite o pesquisador identificar os conjuntos documentais de
seu interesse e tomar ciência das condições de consulta.
• Inventário: Instrumento de pesquisa que descreve as unidades de arquivamento
de um fundo, ou parte dele, cuja apresentação obedece a uma ordenação lógica.
• Catálogo: O instrumento de pesquisa em que a descrição exaustiva ou parcial de
um fundo, ou de uma ou mais de suas subdivisões, toma por base a peça
documental, respeitada ou não a ordem de classificação.
• Repertório (catálogo seletivo): Traz relação seletiva de documentos pertencentes
a uma ou mais fundos e no qual cada peça integrante de uma unidade de
arquivamento é descrita minuciosamente segundo critério temático, cronológico,
onomástico ou geográfico.
• Edição de Textos: instrumento que descreve na íntegra alguns documentos do
fundo de arquivo.
• Índice: é uma lista sistemática dos elementos do conteúdo de um documento ou
grupo de documentos, disposta em determinada ordem para indicar a localização
no texto.

Conservação e Restauração
São atividades que visam diminuir os danos causados aos documentos de arquivo
por meio de técnicas que permitam a preservação do suporte da informação. Os fatores
que causam danos aos documentos estão relacionados com sua própria estrutura (fatores
intrínsecos), bem como aos agentes externos cuja ação prejudica o tempo de vida útil
dos documentos (fatores extrínsecos); estes se dividem em:

a) Agentes químicos: poluição atmosférica, tintas, gordura, oleosidade e objetos


metálicos (clipes, grampos e hastes de metal).
b) Agentes biológicos: insetos, microorganismos, homem, roedores, entre outros.

c) Agentes físicos: a luz, temperatura e a umidade são agentes físicos


causadores de danos aos documentos. A luminosidade natural e a artificial
devem ser evitadas, pois causam o enfraquecimento das fibras dos documentos.
Para evitar o mofo e a proliferação de insetos, os níveis de temperatura e
umidade devem ser controlados de acordo com o tipo de suporte dos
documentos. O papel deve ser mantido a um nível de umidade entre 30% e 70%
e os demais suportes devem ser conservados nas seguintes condições:

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Tipos de documentos Condições ambientais
Fotografias em preto e branco T 12ºC +/- 1ºC e UR 35% +/- 5%
Fotografias em cor T 5ºC +/- 1ºC e UR 35% +/- 5%
Registros magnéticos T 18ºC +/- 1ºC e UR 40% +/- 5%

Métodos de Conservação
São técnicas aplicadas ao documento ou à sua área de guarda, visando manter
condições ideais para a conservação do suporte da informação. As principais técnicas de
conservação são:
• Alisamento: processo de conservação que consiste em colocar os documentos
em bandejas de aço inoxidável, expondo-os à ação do ar com forte percentagem
de umidade (90 a 95%) durante uma hora, em uma câmara de umidificação. Em
seguida são passados à ferro, folha por folha, em máquinas elétricas.

• Desacidificação: processo pelo qual o valor do PH do papel é elevado a um


mínimo de 7, com vistas a sua preservação;

• Desinfecção / desinfestação: processo de destruição ou inibição da atividade


de microorganismos; A fumigação é um exemplo de desinfestação.

Métodos de Restauração
São intervenções que visam a recuperação de documentos deteriorados ou a
interrupção dos danos por eles sofridos. As principais técnicas de restauração são:

• Banho de gelatina: consiste em mergulhar o documento em banho de gelatina


ou cola, o que aumenta sua resistência, não prejudica a visibilidade e a
flexibilidade e proporciona a passagem dos raios ultravioleta e infravermelhos.

• Encapsulação: processo de preservação no qual o documento é protegido


entre folhas de poliéster transparente, cujas bordas são seladas.

• Laminação: consiste no reforço de documentos deteriorados ou frágeis,


colocando-os entre folhas de papel de baixa gramatura, fixadas por adesivo
natural, semi-sintético ou sintético, por meio de diferentes técnicas, manuais ou
mecânicas;

• Velatura: consiste na aplicação de reforço de papel ou tecido em qualquer


face de uma folha;

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Exercícios
Conservação de Documentos 11. (Unb/Cespe - STM 2004) Para o registro do
1. (Unb/Cespe - PRG/DF 2005) Quanto às código de classificação nos documentos do STM,
instalações físicas da unidade de arquivo, devem deve ser utilizada a caneta esferográfica, pois esta
ser evitados locais com muita umidade e com ar não danifica as fibras do papel.
seco. Alteração do Suporte
2. (ANP 2005) A umidade e o ar seco são fatores 12. (Cespe - Unb ANA - 2006) Mesmo após a
de enfraquecimento do papel, sendo que a primeira microfilmagem, nenhum documento original pode
provoca mofo. ser eliminado, sob pena de perda do valor
3. (Unb/Cespe - PRG/DF 2005) A escolha de local probatório da informação.
adequado para o arquivo deve considerar vários 13. (Cespe/Unb SGAA - 2004) A microfilmagem
fatores ambientais. A esse respeito está correta a é uma técnica adequada para proporcionar a
instalação do arquivo em ambientes que recebam a preservação a longo prazo do conteúdo
luz direta do sol para evitar a formação e a informacional ou para reduzir a utilização e a
proliferação de fungos. deteriorização dos originais.
4. (Unb/Cespe-TRE/MA 2005) Na preservação de
documentos, devem-se manter os índices de
umidade relativa do ar e de temperatura idênticos 14. (Cespe/Unb Anatel 2006) Os documentos
para os documentos em suporte de papel e para os oficiais ou públicos, com valor de guarda
rolos de microfilmes. permanente, podem ser eliminados após a
5. (Unb/Cespe - TRT 10ª Região 2004) Nos microfilmagem.
processos que tramitam no TRT, em virtude da 15. (Cespe - Unb ANA 2006) A legislação
inserção freqüente de novos documentos, é autoriza a microfilmagem de documentos
indicado o uso de hastes plásticas. particulares e oficiais arquivados em órgãos
6. (Unb/Cespe - CREA/DF 2003) O papel, que se federais, estaduais ou municipais em todo o
tem revelado como o suporte documental de maior território nacional. Entretanto, os microfilmes não
durabilidade, deve estar isento de objetos possuem valor jurídico e, portanto, não produzem
metálicos, como clipes e grampos. efeitos legais.
7. (Unb/Cespe - TRE/MA) Os conjuntos 16. (Cespe - Unb ANA 2006) Para garantir a
documentais que possuam mais de duas folhas segurança, é obrigatória a confecção de uma cópia
devem ser juntados por meio de grampo metálico. do microfilme, que deve ser armazenada em local
8. (Unb/Cespe - STM 2004) Se ocorrerem rasgos, diferente do original.
é indicado o uso de fitas adesivas para pequenas 17. (Cespe-TST 2008)A microfilmagem permite a
restaurações dos documentos em suporte de papel. eliminação dos originais dos documentos, exceto
9. (Unb/Cespe - TRE/PA 2005) Para reparos em no caso de documentos com valor permanente.
documentos, como enxertos e rasgos provocados 18. (Cespe-TST 2008) É possível a digitalização
pelo manuseio constante, é indicado o uso de cola de documentos de necessidade imediata para
plástica comum. consulta administrativa, jurídica ou técnica,
10. (Unb/Cespe - TRE/MA 2005) No manuseio mesmo que eles já tenham sido microfilmados.
dos documentos fotográficos incluindo-se os
negativos e as reproduções, é indicado o uso de
luvas de borracha.

Gabarito

1. V 2. V 3. F 4. F 5. V 6. V 7. F 8. F 9. F 10. F
11. F 12. F 13. V 14. F 15. F 16. V 17. V 18. V

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7. Legislação Arquivística (recortes)

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA instituições públicas e de caráter público implica o


FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988 recolhimento de sua documentação à instituição
Título II arquivística pública ou a sua transferência à
DOS DIREITOS E GARANTIAS instituição sucessora.
FUNDAMENTAIS Art. 8º - Os documentos públicos são
Capítulo I identificados como correntes, intermediários e
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E permanentes.
COLETIVOS § 1º - Consideram-se documentos
"Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, correntes aqueles em curso ou que, mesmo sem
sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se movimentação, constituam objeto de consultas
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no freqüentes.
País, a inviolabilidade do direito à vida, à § 2º - Consideram-se documentos
liberdade, à igualdade, à segurança e à intermediários aqueles que, não sendo de uso
propriedade, nos termos seguintes: corrente nos órgãos produtores, por razões de
X - são invioláveis a intimidade, a vida interesse administrativo, aguardam a sua
privada, a honra e a imagem das pessoas, eliminação ou recolhimento para guarda
assegurado o direito a indenização pelo dano permanente.
material ou moral decorrente de sua violação; § 3º Consideram-se permanentes os
XXXIII - todos tem direito a receber dos conjuntos de documentos de valor histórico,
órgãos públicos informações de seu interesse probatório e informativo que devem ser
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que definitivamente preservados.
serão prestadas no prazo da lei, sob pena de Art. 9º - A eliminação de documentos
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo produzidos por instituições públicas e de caráter
seja imprescindível à segurança da sociedade e do público será realizada mediante autorização da
estado; instituição arquivística pública, na sua específica
Art. 216. esfera de competência.
§ 2º - Cabem a administração pública, na Art. 10 - Os documentos de valor
forma da lei, a gestão da documentação permanente são inalienáveis e imprescritíveis.
governamental e as providências para franquear CAPÍTULO III
sua consulta a quantos dela necessitem." DOS ARQUIVOS PRIVADOS
LEI Nº 8.159, DE 08 DE JANEIRO DE 1991 Art. 11 - Consideram-se arquivos
Dispõe sobre a política nacional de arquivos privados os conjuntos de documentos produzidos
públicos e privados e dá outras providências ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, em
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA decorrência de suas atividades.
Faço saber que o Congresso Nacional Art. 12 - Os arquivos privados podem ser
decreta e eu sanciono a seguinte Lei: identificados pelo Poder Público como de interesse
CAPÍTULO I público e social, desde que sejam considerados
DISPOSIÇÕES GERAIS como conjuntos de fontes relevantes para a história
Art. 1º - É dever do Poder Público a e desenvolvimento científico nacional.
gestão documental e a proteção especial a CAPÍTULO IV
documentos de arquivos, como instrumento de DA ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE
apoio à administração, à cultura, ao INSTITUIÇÕES
desenvolvimento científico e como elementos de ARQUIVÍSTICAS PÚBLICAS
prova e informação. Art. 18 - Compete ao Arquivo Nacional a
Art. 2º - Consideram-se arquivos, para os gestão e o recolhimento dos documentos
fins desta Lei, os conjuntos de documentos produzidos e recebidos pelo Poder Executivo
produzidos e recebidos por órgãos públicos, Federal, bem como preservar e facultar o acesso
instituições de caráter público e entidades aos documentos sob sua guarda, e acompanhar e
privadas, em decorrência do exercício de implementar a política nacional de arquivos.
atividades específicas, bem como por pessoa
física, qualquer que seja o suporte da informação CAPÍTULO V
ou a natureza dos documentos. DO ACESSO E DO SIGILO DOS
Art. 3º - Considera-se gestão de DOCUMENTOS PÚBLICOS
documentos o conjunto de procedimentos e Art. 22 - É assegurado o direito de acesso
operações técnicas referentes à sua produção, pleno aos documentos públicos.
tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase Art. 23 - Decreto fixará as categorias de
corrente e intermediária, visando a sua eliminação sigilo que deverão ser obedecidas pelos órgãos
ou recolhimento para guarda permanente. públicos na classificação dos documentos por eles
CAPÍTULO II produzidos.
DOS ARQUIVOS PÚBLICOS § 1° - Os documentos cuja divulgação
ponha em risco a segurança da sociedade e do
Art. 7º - Os arquivos públicos são os Estado, bem como aqueles necessários ao
conjuntos de documentos produzidos e recebidos, resguardo da inviolabilidade da intimidade, da
no exercício de suas atividades, por órgãos vida privada, da honra e da imagem das pessoas
são originalmente sigilosos.
públicos de âmbito federal, estadual, do Distrito § 2° - O acesso aos documentos sigilosos
Federal e municipal em decorrência de suas referentes à segurança da sociedade e do Estado
funções administrativas, legislativas e judiciárias. será restrito por um prazo máximo de 30 (trinta)
§ 1º - São também públicos os conjuntos anos, a contar da data de sua produção, podendo
de documentos produzidos e recebidos por esse prazo ser prorrogado, por uma única vez, por
instituições de caráter público, por entidades igual período.
privadas encarregadas da gestão de serviços § 3° - O acesso aos documentos sigilosos
públicos no exercício de suas atividades. referentes à honra e a imagem das pessoas será
§ 2º - A cessação de atividade de restrito por um prazo máximo de 100 (cem) anos, a

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contar da data de sua produção. CAPÍTULO II
Art. 24 - Poderá o Poder Judiciário, em DO SIGILO E DA SEGURANÇA
qualquer instância, determinar a exibição Seção I
reservada de qualquer documento sigiloso, sempre Da Classificação Segundo o Grau de Sigilo
que indispensável à defesa de direito próprio ou Art. 5º Os dados ou informações sigilosos
esclarecimento de situação pessoal da parte. serão classificados em ultra-secretos, secretos,
Parágrafo único - Nenhuma norma de confidenciais e reservados, em razão do seu teor
organização administrativa será interpretada de ou dos seus elementos intrínsecos.
modo a, por qualquer forma, restringir o disposto § 1º São passíveis de classificação como ultra-
neste artigo. secretos, dentre outros, dados ou informações
DECRETO Nº 4.073, DE 3 DE JANEIRO DE 2002 referentes à soberania e à integridade territorial
Regulamenta a Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de nacionais, a planos e operações militares, às
1991, que dispõe sobre a política nacional de relações internacionais do País, a projetos de
arquivos públicos e privados. pesquisa e desenvolvimento científico e
Capítulo I tecnológico de interesse da defesa nacional e a
DO CONSELHO NACIONAL DE programas econômicos, cujo conhecimento não-
ARQUIVOS autorizado possa acarretar dano excepcionalmente
Art. 1o O Conselho Nacional de grave à segurança da sociedade e do Estado.
Arquivos - CONARQ, órgão colegiado, vinculado § 2º São passíveis de classificação como
ao Arquivo Nacional, criado pelo art. 26 da Lei no secretos, dentre outros, dados ou informações
8.159, de 8 de janeiro de 1991, tem por finalidade referentes a sistemas, instalações, programas,
definir a política nacional de arquivos públicos e projetos, planos ou operações de interesse da
privados, bem como exercer orientação normativa defesa nacional, a assuntos diplomáticos e de
visando à gestão documental e à proteção especial inteligência e a planos ou detalhes, programas ou
aos documentos de arquivo. instalações estratégicos, cujo conhecimento não-
Capítulo II autorizado possa acarretar dano grave à segurança
DO SISTEMA NACIONAL DE ARQUIVOS da sociedade e do Estado.
Art. 10. O SINAR tem por finalidade § 3º São passíveis de classificação como
implementar a política nacional de arquivos confidenciais dados ou informações que, no
públicos e privados, visando à gestão, à interesse do Poder Executivo e das partes, devam
preservação e ao acesso aos documentos de ser de conhecimento restrito e cuja revelação não-
arquivo. autorizada possa frustrar seus objetivos ou
DOS DOCUMENTOS PÚBLICOS acarretar dano à segurança da sociedade e do
Art. 15. São arquivos públicos os Estado.
conjuntos de documentos: § 4º São passíveis de classificação como
I - produzidos e recebidos por órgãos e reservados dados ou informações cuja revelação
entidades públicas federais, estaduais, do Distrito não-autorizada possa comprometer planos,
Federal e municipais, em decorrência de suas operações ou objetivos neles previstos ou
funções administrativas, legislativas e judiciárias; referidos.
II - produzidos e recebidos por agentes Art. 6º A classificação no grau ultra-
do Poder Público, no exercício de seu cargo ou secreto é de competência das seguintes
função ou deles decorrente; autoridades: I - Presidente da República; (Redação
III - produzidos e recebidos pelas dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004)
empresas públicas e pelas sociedades de II - Vice-Presidente da República;
economia mista; (Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004)
IV - produzidos e recebidos pelas III - Ministros de Estado e autoridades
Organizações Sociais, definidas como tal pela Lei com as mesmas prerrogativas; (Redação dada pelo
nº 9.637, de 15 de maio de 1998, e pelo Serviço Decreto nº 5.301, de 2004)
Social Autônomo Associação das Pioneiras IV - Comandantes da Marinha, do
Sociais, instituído pela Lei nº 8.246, de 22 de Exército e da Aeronáutica; e (Redação dada pelo
outubro de 1991 Decreto nº 5.301, de 2004)
DA GESTÃO DE DOCUMENTOS V - Chefes de Missões Diplomáticas e
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL Consulares permanentes no exterior. (Incluído pelo
Seção I Decreto nº 5.301, de 2004)
Das Comissões Permanentes de § 1o Excepcionalmente, a competência
Avaliação de Documentos prevista no caput pode ser delegada pela
Art. 18. Em cada órgão e entidade da autoridade responsável a agente público em missão
Administração Pública Federal será constituída no exterior. (Incluído pelo Decreto nº 5.301, de
comissão permanente de avaliação de documentos, 2004)
que terá a responsabilidade de orientar e realizar o § 2o Além das autoridades estabelecidas
processo de análise, avaliação e seleção da no caput, podem atribuir grau de sigilo:
documentação produzida e acumulada no seu (Renumerado do parágrafo único pelo Decreto nº
âmbito de atuação, tendo em vista a identificação 5.301, de 2004)
dos documentos para guarda permanente e a I - secreto: as autoridades que exerçam
eliminação dos destituídos de valor funções de direção, comando, chefia ou
DECRETO Nº 4.553, DE 27 DE DEZEMBRO assessoramento, de acordo com regulamentação
DE 2002 específica de cada órgão ou entidade da
Dispõe sobre a salvaguarda de dados, informações, Administração Pública Federal; e (Redação dada
documentos e materiais sigilosos de interesse da pelo Decreto nº 5.301, de 2004)
segurança da sociedade e do Estado, no âmbito da II - confidencial e reservado: os
Administração Pública Federal, e dá outras servidores civis e militares, de acordo com
providências. regulamentação específica de cada órgão ou
CAPÍTULO I entidade da Administração Pública Federal.
DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES (Redação dada opelo Decreto nº 5.301, de 2004)
Art. 7 Os prazos de duração da
Art. 1º Este Decreto disciplina a salvaguarda de classificação a que se refere este Decreto vigoram
dados, informações, documentos e materiais a partir da data de produção do dado ou
sigilosos, bem como das áreas e instalações onde informação e são os seguintes: (Redação dada pelo
tramitam. Decreto nº 5.301, de 2004)
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I - ultra-secreto: máximo de trinta anos; interesse coletivo ou geral, mediante requerimento
(Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004) ao órgão ou entidade competente.
II - secreto: máximo de vinte DECRETO Nº 5.301, DE 9 DE DEZEMBRODE
anos;(Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004
2004)
III - confidencial: máximo de dez anos; e Regulamenta o disposto na Medida Provisória nº 228,
(Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004) de 9 de dezembro de 2004, que dispõe sobre a
IV - reservado: máximo de cinco anos. ressalva prevista na parte final do disposto no inciso
(Redação dada pelo Decreto nº 5.301, de 2004) XXXIII do art. 5º da Constituição, e dá outras
Parágrafo único. Os prazos de providências.
classificação poderão ser prorrogados uma vez, Art. 3º Os documentos públicos que
por igual período, pela autoridade responsável pela
classificação ou autoridade hierarquicamente contenham informações imprescindíveis à
superior competente para dispor sobre a matéria. segurança da sociedade e do Estado poderão ser
(Incluído pelo Decreto nº 5.301, de 2004) classificados no mais alto grau de sigilo.
Seção IV
Da Expedição e da Comunicação de Documentos LEI N° 5.433, DE 8 DE MAIO DE 1968
Sigilosos Regula a microfilmagem de documentos oficiais e
(Obs :este artigo foi cobrado no prova do TST - dá outras providências.
2008) Art. 1° É autorizada, em todo o território nacional,
Art. 24. Os documentos sigilosos em suas a microfilmagem de documentos particulares e
expedição e tramitação obedecerão às seguintes oficiais arquivados, estes de órgãos federais,
prescrições: estaduais e municipais.
I - serão acondicionados em envelopes §1° Os microfilmes de que trata esta Lei,
duplos; assim como as certidões, os traslados e as cópias
II - no envelope externo não constará fotográficas obtidas diretamente dos filmes
qualquer indicação do grau de sigilo ou do teor do produzirão os mesmos efeitos em juízos ou fora
documento; dele.
III - no envelope interno serão apostos o DECRETO Nº 1.799, DE 30 DE JANEIRO DE 1996
destinatário e o grau de sigilo do documento, de Regulamenta a Lei n° 5433, de 8 de maio de 1968,
modo a serem identificados logo que removido o que regula a microfilmagem de documentos
envelope externo; oficiais, e dá outras providências.
IV - o envelope interno será fechado, Art. 3° Entende-se por microfilme, para fins deste
lacrado e expedido mediante recibo, que indicará, Decreto, o resultado do processo de reprodução em
necessariamente, remetente, destinatário e número filme, de documentos, dados e imagens, por meios
ou outro indicativo que identifique o documento; e fotográficos ou eletrônicos, em diferentes graus de
V - sempre que o assunto for considerado redução.
de interesse exclusivo do destinatário, será inscrita Art. 5° A microfilmagem, de qualquer espécie,
a palavra pessoal no envelope contendo o será feita sempre em filme original, com o mínimo
documento sigiloso. de 180 linhas por milímetro de definição, garantida
Art. 25. A expedição, condução e entrega a segurança e qualidade de imagem e de
de documento ultra-secreto, em princípio, será reprodução.
efetuada pessoalmente, por agente público § 1° Será obrigatória, para efeito de
autorizado, sendo vedada a sua postagem. segurança, a extração de filme cópia, do filme
Art. 26. A expedição de documento secreto, original.
confidencial ou reservado poderá ser feita § 2° Fica vedada a utilização de filmes
mediante serviço postal, com opção de registro, atualizáveis de qualquer tipo, tanto para a
mensageiro oficialmente designado, sistema de confecção do original como para a extração de
encomendas ou, se for o caso, mala diplomática. cópias.
CAPÍTULO IV § 3° O armazenamento do filme original
DO ACESSO deverá ser feito em local diferente do seu filme
Art. 37. O acesso a dados ou informações cópia.
sigilosos em órgãos e entidades públicos e Art. 11. Os documentos, em tramitação ou em
instituições de caráter público é admitido: estudo, poderão, a critério da autoridade
I - ao agente público, no exercício de
cargo, função, emprego ou atividade pública, que competente, ser microfilmados, não sendo
tenham necessidade de conhecê-los; e permitida a sua eliminação até a definição de sua
II - ao cidadão, naquilo que diga respeito destinação fina
à sua pessoa, ao seu interesse particular ou do

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