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JUAN BARBOSA
R. São uma estratégia para fazer cidadãos menos críticos. Disseram aos
professores que eles não são intelectuais, que são tecnocratas e que estão lá
para medir o conhecimento dos alunos, que o que importa são os exames.
Parece que a avaliação é o centro do sistema educacional. Mas a função da
escola deveria ser conseguir criar cidadãos tolerantes, com capacidade de
diálogo. O colégio é o lugar onde se criam as identidades. Quem você quer
ser? Quando o professor e os conteúdos são incontestáveis, estão
inculcando uma forma autoritária de entender a sociedade. Silenciar as
dúvidas sobre o que vem dado de cima. A direita sabe tirar partido disso.
R. Não têm que preparar para o trabalho que os alunos terão no futuro, e
sim para o tipo de sociedade em que eles querem viver. Eu te ofereço as
habilidades digitais para que você trabalhe no Google ou no Facebook, mas
você viverá numa sociedade fascista e intolerante. Isso não vale. É preciso
priorizar que eles aprendam a serem cidadãos informados, quando há
partidos de extrema direita que estão ascendendo ao poder.
P. Poderiam acusá-lo de ter uma visão utópica demais.
P. Em seu último livro você faz uma crítica muito dura ao trato dispensado
pelos Governos às universidades.