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IVA

IMPOSTO SOBRE O VALOR ACRESCENTADO

Apresentação e suas implicações


contabilísticas e fiscais

Julho/Agosto de 2018

PROGRAMA GERAL DA FORMAÇÃO 2

Módulo I
Caracterização, Regimes, Incidência, Isenções e o RJFDE

Módulo II
Valor tributável, Taxas, Liquidação e pagamento e Reembolsos

Módulo III
Fiscalização, Garantias, Penalidades e Modelos declarativos

Módulo IV
Contabilização e efeitos financeiros

Módulo V
Exercícios e casos práticos
IVA
APRESENTAÇÃO E SUAS IMPLICAÇÕES
CONTABILÍSTICAS E FISCAIS
Módulo I

Caracterização, Regimes, Incidência, Isenções e o RJFDE

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 4


Preâmbulo

Aprovação É aprovado o Código do IVA, anexo a presente Lei e que é dela parte integrante.
(art. 1.º)

É revogado o Decreto Legislativo Presidencial n.º 3-A/14, de 21 de Outubro, que


aprova o Regulamento do Imposto de Consumo, bem como O Decreto
Legislativo Presidencial n.º 3/18, de 9 de Maio que aprova a Pauta Aduaneira e
Revogação dos Direitos de Importação e Exportação, apenas na parte respeitante às taxas
(art. 2.º)
aplicáveis ao Imposto de Consumo nas operações aduaneiras, e demais
legislação que contrarie o disposto na presente lei e no Código do IVA.

O Código do IVA entra em vigor a 1 de Janeiro de 2019 (n.º 1).


Entrada em vigor
(art. 3.º) As disposições do Código do IVA aplicam-se com caracter obrigatório aos
contribuintes cadastrados na Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, na
data da sua entrada em vigor (n.º 2).

As disposições do CIVA aplicam-se plenamente e com caracter obrigatório a todos os contribuintes,


sujeitos passivos desse imposto a partir do dia 1 de Janeiro de 2021 (n.º 4).
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 5
Preâmbulo

Substituição do termo imposto de consumo pelo IVA e ajustamentos tendo


Taxas do IVA na
em conta a harmonização dos direitos alfandegários, entre o Imposto de
Importação consumo e os Direitos Aduaneiros, para os Direitos Aduaneiros com o IVA.

1. Decreto Legislativo Presidencial nº 3-A/14 de 21 de Outubro, que aprova o


Revogações Regulamento do Código do Imposto de Consumo* e toda legislação que
contrarie o disposto no CIVA.

É revogado a verba nº 23.3 da tabela do Código do Imposto de Selo, para os


Isenção
sujeitos passivos do IVA enquadrados no regime geral e na tributação
(Imposto de Selo)
simplificada durante o período transitório.

Actualização do 1. Entrada em vigor do Código: Todos os contribuintes cadastrados na


Repartição Fiscal dos Grandes Contribuintes, de forma oficiosa.
Cadastro
2. Outros contribuintes, de forma facultativa durante o regime transitório.

Será implementado o imposto especial de consumo para: bebidas alcoólicas;


IEC
tabaco; veículos de colecção; produtos derivados de petróleo, etc.

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CARACTERIZAÇÃO (IPC vs IVA)
IPC IVA

Restrita base de incidência Ampla base de incidência

Monofásico Plurifásico

Imposto cumulativo (efeito cascata) Imposto não cumulativo

Declaração de início, alteração e


Não existe enquadramento de actividade cessação de actividade

+ Declaração Periódica e anexos

Declaração anual (simples) Declaração anual (+ detalhada)

Não é obrigatório ter um sistema de É obrigatório sistema de facturação


facturação eletrónico e certificado electrónico e certificado

Imposto não reembolsável Imposto reembolsável


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 7
CARACTERIZAÇÃO (IPC vs IVA)

NORMAL

Taxa Compra Venda IVA a


entregar
14% Base IVA Base IVA ao Estado
Produtor de MP 100 14 14
Fabricante 100 14 150 21 7
Grossista 150 21 200 28 7
Retalhista 200 28 300 42 14

Consumidor Final 300 42 42

NORMAL
IVA IVA a
Taxa Compra Dedutivel
Venda Entrega s TOTAL IVA
entregar pel os SP entregue
de Outros
14% Base IVA Base IVA ao Estado dos OBS
B+S
Produtor de MP 3 100 14 11 3 14
Fabricante 100 14 1 150 21 6 1 7
Grossista 150 21 2 200 28 5 2 7
Retalhista 200 28 4 300 42 10 4 14

Consumidor Final 300 42 32 10 42

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 8


REGIMES
PAGAMENTO LIQUIDAÇÃO DEDUÇÃO
Regime Geral
Se VN > 250.000 USD
registados na Repartição Fiscal
dos Grandes Contribuintes Pagamento IVA liquidado nas operações Direito à dedução do IVA incorrido
Mensal activas (facturação) nas operações passivas

Regime de Caixa
Liquidação do IVA em Direito à dedução do IVA incorrido
Se VN 500.000 USD função dos recebimentos nas operações passivas em
(ou distribuidores de energia função dos pagamentos
eléctrica e água potável)

Características: Regime opcional; Só para operações com outros sujeitos passivos; Derrogação ao sigilo bancário

Regime Transitório
Só durante 2019 e 2020

Se VN > 250.000 USD mas não


registados na RF dos Grandes Não deduz o IVA das aquisições
Pagamento Taxa aplicada sobre facturação (mas pode abater ao imposto a
Contribuintes
trimestral recebida (excepto isentas) pagar parte do suportado (sujeito a
(Podem OPTAR pelo Regime Geral)
uma declaração)

Regime Declarativo
Simplificado
Não há dedução do IVA incorrido
Se VN 250.000 USD Não há liquidação de IVA nas operações activas nas operações passivas (mas pode
(Podem OPTAR pelo Regime (facturação) abater à colecta parte do suportado
Geral se VN > 125.000 USD (sujeito a uma declaração)

(serão abordados com mais pormenor em slides seguintes


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 9
CARACTERIZAÇÃO (IPC vs IVA)

ENQUADRAMENTO
A partir de 01/01/2019
(art. 3.º, 1 RT)

Regime Geral
Contribuintes VN > 250.000 USD

cadastrados (art.45.º,2, a contrário)


Com Direito de Opção
R.F. Grandes
pelo Regime Geral
Contribuintes (art.47.º,1)
Disposições Regime Declarativo Simplificado
VN =< 250.000 USD
CIVA
(art.45.º,2)
Sem Direito de Opção
pelo Regime Geral
VN < 125.000 USD
Regime de Caixa (art.47.º,1)
VN =< 500.000 USD
Requisitos
(art.25.º,1)
art.48.º
Contribuintes Por opção, c/ Mínimo

cadastrados permanência 3 anos


(art.25.º, 8)
nas outras R.F.

Regime Transitório
VN > 250.000 USD
(art.4.º, 1 RT)

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CARACTERIZAÇÃO (IPC vs IVA)

APURAMENTO E PAGAMENTO DO IVA

Mensal Liquidação IVA Dedução IVA


Regime Geral (art. 16.º, a) (art. 18.º a 22.º)
(art. 23.º,1 e 40.º,1)

Regime Declarativo Sem


Não Liquida IVA Benefício Fiscal de
Apuramento IVA Não Deduz IVA
Simplificado (art. 45.º) (art.45.º,1) (art. 46.º) 15% s/ IVA suportado
(art. 52.º)

Dedução
colecta I.R.
Liquida IVA em Deduz IVA em
Mensal
Regime de Caixa função recebimentos função pagamentos
(art. 23.º,1 e 40.º,1)
(art. 25.º,1) (art. 25.º,1)

Liquida IVA s/ Deduz IVA suportado Anexo


Trimestral Fornecedores
Regime Transitório recebimentos até 15% (art.51.º e 52.º,1)
(art. 5.º,1) (art. 4.º,4)
(art. 5.º,2) (art. 4.º,4)
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 11
REGIMES

Incidência Decorrerá durante o período transitório 2019 a 2020 apenas aos


Obrigatória Contribuintes cadastrados na Repartição fiscal dos Grandes Contribuintes
Regime liquidarão o IVA e terão direito a dedução e reembolso.
Geral
Durante o período transitório 2019 a 2020 poderão (OPÇÃO) liquidar e
Incidência deduzir o IVA, todos os contribuintes mediante entrega da declaração de
Facultativa inicio de actividade, que preencham os requisitos cumulativos,
nomeadamente: (i) contabilidade organizada, (ii) programa de facturação
devidamente certificado nos termos da Lei, (iii) Cadastro actualizado, (iv)
outros.

Regime Declarativo Aplicável aos contribuintes com volume de negócios igual ou inferior a USD
Simplificado 250.000,00.

Aplicável a contribuintes com volume de negócios equivalente em Kz


Tributação Simplificada superior a USD 250.000,00 (Não cadastrados na RF dos Grandes
Regime Contribuintes );
Contribuintes não liquidam IVA na factura;
Transitório Deduzem até 15% do IVA suportado desde de submeta o ficheiro SAF-T;
Declaração trimestral, envio da declaração simplificada por transmissão electrónica de dados;
2019/2020 Entrega facultativa de declaração mensal com indicação de compras de bens e serviços sujeito a IVA (com benefício fiscal-
dedução);
Prazos de pagamentos: Abril, Julho, Outubro do ano corrente e Janeiro do ano seguinte;
Entrega do imposto aos Cofres do Estado no momento do efectivo recebimento do valor da factura;
Proibição de inclusão do IVA na formação do preço de venda dos bens e dos serviços (porque são dedutíveis em sede dos
impostos sobre o rendimento);
Taxa do imposto, a mesma do Código do IVA, com base no volume de vendas e serviços efectuados.

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 12


HIPÓTESES DE INCIDÊNCIA

Objectiva/Real Subjectiva/Pessoal
Pessoas designadas na lei que têm a
Factos designados na lei que geram a obrigação de repercutir o IVA, ou seja,
obrigação de pagar IVA. adicionar o imposto liquidado ao valor da
factura ou documento equivalente para
efeito da sua exigência aos adquirentes
dos bens ou destinatário dos serviço.

Transmissões* (onerosas) de bens


1. Pessoas singulares
Prestações (onerosas) de Serviços
2. Pessoas colectivas**
Importação

Que de modo independente e com caractér de


habitualidade ou de forma isolada,
desenvolvam uma actividade económica com
ou sem fim lucrativo.

*Transmissões lícitas. Tráfico de estupefacientes está subtraído da incidência do IVA


**Incluindo o Estado e demais pessoas colectivas de direito público quando realizem actividades despido(a)s de ius imperium
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 13
INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 1º

O que está sujeito a IVA?


(n.º 1)

Transmissões de bens Prestações de serviços Importações de bens


(n.º 1, a) (n.º 1, a) (n.º 1, b)

Extensão do espaço terreste, as águas


interiores e o mar territorial, o espaço
Efectuadas no aéreo, o solo e o subsolo, o fundo
Território Nacional marinho e os leitos correspondentes, tal
como se encontra definido no nº. 2 do
artigo 3.º da C.R.A. (n.º 2)
A título oneroso
por um Sujeito Passivo

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 14


INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 1º

Transmissão de bens Prestações de serviços Importação de bens

É a transferência onerosa de É qualquer operação A transmissão ocorre fora


bens corpóreos por forma efectuada a título oneroso, do território nacional, mas
correspondente ao exercício que não constitua o facto torna-se tributável
do direito de propriedade, transmissão ou importação porque o bem é consumido
sendo que a energia eléctrica, de bens. em território nacional.
o gás, o calor, o frio e
similares são considerados
bens corpóreos.

Bens adquiridos e serviços prestados


no território nacional
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 15
INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 1º

Encontram-se sujeitas a IVA as seguintes operações:

(A) - Transmissões de bens e prestações de serviços;


(B) - Vendas de bens e de serviços, aquisições de bens, e importações de bens;
(C) - Vendas de bens e de serviços, exportações de bens, transmissões de bens,
aquisições de bens e de serviços e importações de bens;
(D) - Transmissões de bens, prestações de serviços e importações de bens.

Artigo 1.º, n.º 1

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 16


INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 1º

Sociedade Copa, Lda. adquiriu à Kaiser SA, empresa sediada em Espanha, uma
máquina para distribuição de adubo na sua exploração agrícola com produção de
milho.
Como caracterizaria esta operação para a empresa COPA, Lda, à luz da incidência
Objectiva?

(A) - Uma exportação de bens;


(B) - Uma prestação de serviços;
(C) - Uma importação;
(D) - Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.

Art. 1.º, n.º 1


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 17
INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 2º

Quem está sujeito a IVA?


Quem são os sujeitos passivos do imposto?

Pessoas singulares e colectivas


(n.º 1 e 2)

Quando exerçam as actividades


económicas do n.º 1, art. 1.º

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 18


INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 2º
Quem está sujeito a IVA? Quem são os sujeitos passivos do imposto?

Pessoas singulares e colectivas (n.º 1 e 2)


Adquirentes de bens e serviços Vendedores e prestadores de serviços
Disponham de domicílio, sede ou estabelecimento De um modo independente e com carácter de
estável no território nacional e que pratiquem habitualidade, exerçam, com ou sem fim lucrativo,
operações que confiram o direito à dedução total ou actividades de produção, comércio ou prestação de
parcial do imposto, quando sejam adquirentes de serviços, profissões liberais, incluindo as actividades
serviços de construção civil, incluindo a exploração agrícola, aquícola, apícola, avícola,
remodelação, reparação, manutenção, conservação pecuária, piscatória, silvícola (actividade
e demolição de bens imóveis, em regime de económica) (n.º 1, a);
empreitada ou subempreitada (n.º1, e); {Inversão
do sujeito passivo - Reverse Charge} De modo independente e com carácter isolado
pratiquem uma só operação tributável, desde que
Sejam adquirentes dos serviços nas circunstâncias essa operação preencha os pressupostos de
referidas nos n.º 5 e 7 do artigo 6.º (n.º2, a). incidência objectiva dos impostos sobre os
{Inversão do sujeito passivo - Reverse Charge} rendimentos (n.º1, b);

Sejam adquirentes de bens e serviços a entidades Realizem importações de bens nos termos da
não residentes sem domicílio, sede ou legislação aduaneira (n.º 1, c);
estabelecimento estável no território nacional, nas
situações referidas no n.º 5 do artigo 27.º (n.º2, b). Mencionem indevidamente IVA em factura ou
{Inversão do sujeito passivo - Reverse Charge} documento equivalente (n.º1, d);
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 19
INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 2º

Quem está sujeito a IVA? Quem são os sujeitos passivos do imposto?

Quando exerçam as actividades


económicas do n.º 1, art. 1.º

As instituições públicas de previdência e segurança social (n.º 3, b);

Os partidos políticos, sindicatos, associações públicas e instituições


religiosas legalmente constituídas (n.º 3, c).

O Estado, os Institutos Públicos e as Autarquias Locais (n.º3, a);

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 20


INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 2º

O Município das Ingombotas emite licenças de construção pelas quais cobra as


respectivas taxas. Para efeitos de IVA estamos perante uma:

(A) - Transmissão de bens;


(B) - Prestação de serviços fora do âmbito de incidência do IVA;
(C) - Prestação de serviços sujeita a IVA, mas isenta nos termos do art. 8.° do CIVA.
(D) - Prestação de serviços sujeita a IVA e tributada neste imposto.

Artigo 2.º, n.º 3, a)


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 21
INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 2º

António é electricista na Sociedade Socasa, Lda., com sede no Namibe, tendo


celebrado um contrato individual de trabalho com esta empresa, através do qual
aufere 800.000Kz mensais como contrapartida do seu trabalho. Para efeitos de IVA
estamos perante:

(A) - Uma prestação de serviços sujeita a IVA;


(B) - Uma prestação de serviços isenta de IVA;
(C) - Uma prestação de serviços fora do campo de aplicação do IVA;
(D) - Nenhuma das respostas anteriores é verdadeira.

Art. 2.º, n.º 1, al. a)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 22


INCIDÊNCIA OBJECTIVA art. 2º

Um engenheiro, profissional liberal, está enquadrado no regime declarativo simplificado, regulamentado


pelo artigo 45.º Código do IVA. Após a prestação de um determinado serviço emite um recibo relativo
aos honorários cobrados, liquidando IVA sobre os mesmos, à taxa normal. Face às normas do CIVA:

(A) - O IVA liquidado não tem que ser entregue ao Estado uma vez que o engenheiro está enquadrado
no regime declarativo simplificado;
(B) - O engenheiro, por força da liquidação do IVA, sai automaticamente do regime declarativo
simplificado, passando obrigatoriamente a liquidar IVA pelos serviços que prestar a partir desse
momento;
C) - O IVA liquidado deve ser entregue ao Estado e o engenheiro mantém-se enquadrado no regime
declarativo simplificado;
(D) - O IVA liquidado não tem que ser entregue ao Estado porque o engenheiro não é sujeito passivo de
IVA.

Art.2.º, n.º 1, al. d)


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 23
TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º

Transferência onerosa de bens corpóreos por forma correspondente ao exercício do


direito de propriedade (n.º 1)

A entrega material de bens em execução de um contracto de locação com cláusula


de transmissão de propriedade vinculante para ambas as partes (n.º 3, al. a)

Pressupostos A entrega material de bens móveis decorrente da execução de um contrato de


de sujeição a compra e venda, em que se preveja a reserva de propriedade até ao momento do
imposto pagamento total ou parcial do preço (n.º 3, al. b)

As transferências de bens entre comitente e comissário, ao abrigo de contrato de


comissão, (n.º 3, al. c)
Factos
económicos Na comissão de venda considera-se comprador o comissário; na comissão de
sujeitos a IVA compra é considerado comprador o comitente

Transferências de bens entre consignante e consignatário de mercadorias enviadas


à consignação (n.º 3, al. c)

A não devolução, no prazo de 180 dias a contar da data da entrega ao destinatário


das mercadorias enviadas à consignação (n.º 3, al. d)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 24


TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º

Pressupostos Afectação De bens da empresa a uso próprio do seu titular, do pessoal


de sujeição a permanente ou, em geral, a fins alheios à mesma (n.º 3, al.e)
imposto
Quando relativamente
Factos A um sector de actividade isento a esses bens ou aos
Afectação de (n.º 3, al. f) elementos que os
económicos bens
sujeitos a IVA constituem, tenha
Do art. 20.º, n.º1, al. a) ao activo havido dedução total
imobilizado (n.º 3, al. f) ou parcial do imposto

Excluem-se deste regime, as amostras e as


Transmissão
ofertas de pequeno valor, conforme aos usos
gratuita, (n.º 3, al. e)
comerciais, até ao limite de cinco por mil do
volume de negócios no ano civil anterior.
Energia eléctrica.
O gás, o calor, o Bens corpóreos (n.º 2)
frio e similares
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 25
TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º

Presunção legal
(n.º 4) Os bens adquiridos, importados ou produzidos que não se
encontrem nos locais em que o contribuinte exerce a sua
Transmissão actividade. (com doc.compra e sem doc.venda)
de bens
Salvo prova Os que tenham sido consumidos em quantidades que tendo
em em conta o volume de produção, devam considerar-se
excessivas. (conceito indeterminado)
contrário
Aquisição Os bens que se encontrarem em qualquer dos referidos locais.
de bens (sem doc.compra)
As cessões a título oneroso ou gratuito do estabelecimento comercial, da
Não são totalidade de um património ou de uma parte dele, que seja susceptível de
constituir um ramo de actividade independente.
transmissões
de bens Quando, em qualquer dos casos, o adquirente seja, ou venha a ser pelo facto da
(n.º 5) aquisição, um sujeito passivo do imposto de entre os referidos na alínea a) do
número 1 do artigo 2.º (para evitar dispêndios de tesouraria relativos ao IVA.
Cedente liquida e o Cessionário deduz => operação neutra)
A AGT pode limitar o direito à dedução sempre que o adquirente seja um sujeito passivo que não
pratique exclusivamente operações tributáveis. (n.º 6)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 26


TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º

A EDEL, SA é uma empresa a quem compete o


fornecimento de energia eléctrica a todos os
consumidores espalhados pelo território nacional. Para
efeitos de IVA o fornecimento de energia eléctrica é
considerado como:

(A) - Uma prestação de serviços;


(B) - Uma importação de bens;
(C) - Uma transmissão de bens.

Art. 3.º, n.º 2


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 27
TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º
A sociedade XP, com sede em Luanda, celebrou um contrato de
locação-venda com a sociedade ABC, igualmente com sede em
Luanda, através do qual mediante uma renda mensal de 600.000Kz
cede a esta a utilização de uma máquina, sendo que no final do
contrato a primeira se compromete a vender e a segunda a adquirir
a referida máquina. Esta operação, para efeitos de IVA, é considerada
como:

(A) - Operação fora do campo do imposto;


(B) - Prestação de serviços;
(C) - Uma transmissão de bens;
(D) - Importação de bens.

Art. 3.º, n.º 3, al. a)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 28


TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º

O Sr. Dias, gerente da firma XPTO, fabricante de material de


iluminação, renovou completamente as luzes da sua residência
utilizando o material fabricado pela empresa, sem pagar qualquer
importância por esse facto.

(A) - Não tem qualquer relevância para efeitos de IVA;


(B) - É uma prestação de serviços, devendo ser liquidado IVA sobre o
valor normal do serviço;
(C) - É uma transmissão de bens, devendo ser liquidado imposto
sobre o preço de custo do material de iluminação;
(D) - É uma transmissão de bens, devendo ser liquidado imposto
sobre o valor da contraprestação obtida.

Art. 3.º, n.º 3, al. e)


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 29
TRANSMISSÃO DE BENS art. 3º

A Sociedade Linha, Lda., com sede em Lobito, trespassou um dos


seus estabelecimentos comerciais à Sociedade Confecções Belmoda,
com sede em Lobito, pelo valor de 25.000.000 Kz, tendo esta
instalado aí uma loja de venda ao público. Para efeitos do IVA o
trespasse é considerado como:

(A) - Prestação de serviços;


(B) - Transmissão de bens;
(C) - Simultaneamente transmissão de bens e prestação de serviços;
(D) - Operação excluída do âmbito de aplicação do IVA.

(Art. 3.º, n.º 5)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 30


PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS art. 4.º
Pressupostos Qualquer operação efectuada a título oneroso, que não constitua transmissão ou
de sujeição a importação de bens (n.º 1)
imposto Para uso próprio do seu titular, do pessoal ou, em
geral, a fins alheios à mesma (n.º 2,al. a)
Utilização de bens da
empresa
Factos Em sectores de actividade isentos (n.º 2,al. a)
económicos
Quando, relativamente a esses bens ou aos
sujeitos a IVA
elementos que os constituem tenha havido dedução
(n.º 1 e 2) total ou parcial do imposto

Serviços gratuitos Pela própria empresa com vista às necessidades


particulares do seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins
alheios à mesma (n.º 2,al.b)

Quando a prestação de serviços for efectuada por intervenção de um mandatário


Mandato
agindo em nome próprio, este é, sucessivamente, adquirente e prestador do
(n.º 3) serviço. (n.º 3)

Não são
O disposto no número 5 do artigo 3.º é aplicável em idênticas condições, às
prestações de prestações de serviços (n.º 4). (Cessões de estabelecimento, na parte que sejam
serviços bens incorpóreos, por exemplo marca)
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 31
IMPORTAÇÕES art. 5.º

Entrada dos bens no


Importação território nacional (n.º 1)
Após o desembaraço alfandegário

Sempre que os bens sejam colocados, desde a sua entrada no


território nacional, numa das situações previstas no número 1 do
artigo 12.º,
Regime de
Suspensão A entrada efectiva dos mesmos no território nacional para efeitos da
sua qualificação como importação só se considera verificada (n.º 2)

Quando forem introduzidos no consumo. (n.º 2)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 32


IMPORTAÇÕES art. 5.º

Princípio do Destino

Tributam-se (em regra)


Operações (transmissões de bens, prestações de serviços e
importações) realizadas em Angola.

Local designado na lei onde


os factos serão tributados Não se tributam (em regra)
Operações (transmissões de bens, prestações de serviços e
importações) realizadas fora de Angola.

Duas situações de destaque

1.ª Inversão do sujeito passivo (reverse charge), que ocorrerá nos casos em que um sujeito passivo
com domicílio, sede ou estabelecimento estável no território nacional contrate serviços a um
prestador que não tenha domicílio em Angola. Nesse caso, a responsabilidade pela liquidação e
pagamento do imposto será do adquirente, quando o prestador não tenha representante.

2.ª Exportação de Serviços situações em que um sujeito passivo do IVA com domicílio, sede ou
estabelecimento em Angola, transmista bens ou preste serviços a uma pessoa (singular ou colectiva)
sem domicílio, sede ou estabelecimento no território nacional. Nesta situação não haverá lugar a
liquidação e pagamento do imposto, porquanto este será tributado, em princípio, fora de Angola.
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 33
LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES TRIBUTÁVEIS art. 6º

No momento em que se
Se houver expedição ou inicia o transporte ou
Situados transporte expedição para o adquirente
no
Território Tributáveis
nacional No momento em que são
(n.º 1) Se não houver expedição
postos à disposição do
ou transporte
adquirente

Transmissões
feitas pelo
importador Quando as referidas
Tributáveis transmissões ocorrerem antes
da importação (n.º 2)
Transmissões
subsequentes
de bens
expedidos do
estrangeiro
(n.º 2)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 34


LOCALIZAÇÃO DAS OPERAÇÕES TRIBUTÁVEIS art. 6º
PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS (P.S.)
Regra geral
Sede P.S. T.N.
(n.º 3) Qualquer tipo de
serviço (n.º 3) Tributável
1.ª Excepção T.N.
Serviços do tipo
(n.º 4) Sede P.S. fora (n.º 4)
T.N.
2.ª Excepção Serviços do tipo
(n.º 5) (n.º 5) Não
Tributável
3.ª Excepção Sede Adquirente Qualquer tipo de T.N.
(n.º 7) T.N. serviço (n.º 7 e 8)

4.ª Excepção Sede Adquirente


(n.º 8) fora T.N. Tipos de Serviços previstos no n.º 5 São idênticos aos tipificados no n.º 4,
mas são materialmente executados ou têm lugar no território nacional
20-08-2018
Tipos de Serviços previstos no n.º 4: Relacionadas com um imóvel sito fora do território nacional, incluindo os serviços prestados por arquitectos, por empresas de fiscalização de
obras, por peritos e agentes imobiliários, e os que tenham por objecto preparar ou coordenar a execução de trabalhos imobiliários, assim como a concessão de direitos de utilização de
bens imóveis e a prestação de serviços de alojamento efectuadas no âmbito da actividade hoteleira ou de outras actividades similares (n.º4,a)

- Efectuados sobre bens móveis e peritagens a eles referentes, executados total ou essencialmente fora do território nacional (n.º4,b)

- Relativas ao acesso a manifestações de carácter cultural, artístico, científico, desportivo, recreativo, de ensino e similares, incluindo o acesso a feiras e exposições, compreendendo as
dos organizadores destas actividades e as prestações de serviços que lhe sejam acessórias, que não tenham lugar no território nacional (n.º4,c);

- Transporte de passageiros, pela distância percorrida fora do território nacional (n.º4,d)

Conceito de distância percorrida no território nacional: O percurso efectuado fora do mesmo, nos casos em que os locais de partida e de chegada nele se situem. Para
este efeito, o trajecto de ida e de volta considera-se dois transportes (n.º 6).
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 35
FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º
Quando ocorre da lugar a
Facto Gerador Exigibilidade
É o facto que preenche as hipóteses de incidência É o direito que a administração tem de poder fazer valer, a
previstas na lei, originando assim a relação jurídica partir de certo momento, o pagamento do imposto.
tributária de IVA.

No momento em que os bens são postos a


Transmissão de bens Geral
disposição do adquirente

Prestações de serviço Geral No momento da sua realização

No momento aplicável as disposições


Importações Geral aplicáveis aos direitos aduaneiras
(Desembaraço)

Mercadorias enviadas a consignação Especial No termo dos 180 dias

Final de 12 meses, se não for fixada


Prestações de serviço de caracter
Especial periodicidade de pagamento ou se esta for
continuado
superior a 12 meses

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 36


FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º

Nascimento da obrigação tributária: Momento em que o imposto é devido e se torna exigível

(art. 3.º,n.º 3,al. e) A afectação permanente de bens da empresa a uso


No momento próprio do seu titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios à mesma, bem
em que essas como a sua transmissão gratuita
afectações de
bens tiverem (art. 3.º, n.º 3, al. f) A afectação de bens por um sujeito passivo a um sector
lugar. de actividade isento e bem assim, a afectação ao activo imobilizado de bens
referidos na alínea a) do n.º 1 do artigo 20.º

(art.4.º, n.º 2,al. a) A utilização de bens da empresa para uso próprio do seu
No momento titular, do pessoal ou, em geral, a fins alheios à mesma e ainda em sectores
em que essas de actividade isentos
prestações de
serviços tiverem (art.4.º, n.º 2,al. b) As prestações de serviços a título gratuito efectuadas pela
lugar. própria empresa com vista às necessidades particulares do seu titular, do
pessoal ou, em geral, a fins alheios à mesma
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 37
FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º
Nascimento da obrigação tributária: Momento em que o imposto é devido e se torna exigível

No momento (art.3.º, n.º 3, al.c) Contrato de Comissão As transferências de bens entre


em que o comitente e comissário, efectuadas em execução de um contrato de
comissário comissão nos termos do Código Comercial, incluindo as transferências de
colocar os bens bens entre consignante e consignatário de mercadorias enviadas à
à disposição do consignação. Na comissão de venda considera-se comprador o comissário;
na comissão de compra é considerado comprador o comitente
seu adquirente.

No termo do (art.3.º, n.º 3, al. d) Consignação A não devolução, no prazo de 180 dias a
prazo
(n.ºde5)180 contar da data da entrega ao destinatário das mercadorias enviadas à
dias consignação

No momento Efeitos Translativos do contrato Quando os bens forem postos à disposição


(n.º 6) de um contratante antes de se terem produzido os efeitos translativos do
em que os
contrato, salvo se estiverem em causa transmissões de bens ao abrigo de um
efeitos contracto de locação com cláusula de transmissão de propriedade vinculante
translativos do para ambas as partes (art.3.º, n.º 3, al.a) ) e contrato de compra e venda, em
contrato se que se preveja a reserva de propriedade até ao momento do pagamento
produzirem total ou parcial do preço (art. 3.º, n.º 3, al.b)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 38


FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º
Nascimento da obrigação tributária: Momento em que o imposto é devido e se torna exigível

No momento
em que deixem Importação de bens - Regime suspensivo de imposto: Sempre que os bens
de estar sujeitos sejam colocados sob um dos regimes ou procedimentos referidos no
ao regime número 2 do artigo 5.º
suspensivo
Se o prazo previsto para a Na data da factura (n.º 9,a)
emissão for respeitado
No momento
(n.º 8)
da emissão da Se o prazo previsto para a No término do prazo (n.º 9,b)
factura ou emissão não for respeitado
documento
equivalente, Se se verificar pagamento, ainda No momento do recebimento, pelo
que parcial, anteriormente à montante recebido, sem prejuízo do
emissão da factura disposto na alínea anterior (n.º 9,c)

(n.º 9)
Regras Quando se verifique emissão de factura ou documento equivalente, ou ainda o
contantes no n.º pagamento, precedendo o momento da realização das operações tributáveis.
9 são aplicáveis (n.º 10)
A exigibilidade do imposto tem por base o valor facturado ou pago, consoante
o caso. (n.º 11)
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 39
FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º
Nascimento da obrigação tributária: Momento em que o imposto é devido e se torna exigível

Regime IVA de Caixa


No momento do recebimento total ou parcial do preço, pelo
montante recebido (n.º 12)
Regime Especial de
Liquidação e Pagamento do É exigível quando o recebimento total ou parcial do preço preceda
IVA o momento da realização das operações tributáveis (n.º 13)

previsto art.25.º (n.º 12, 13)

O imposto incluído nas facturas ou documentos equivalentes


relativamente às quais ainda não ocorreu o recebimento total ou
parcial do preço é exigível: (n.º 14)
Deixa de aplicar-se:
Regime IVA de Caixa No 12.º mês posterior à data de emissão da factura, no período
de imposto correspondente ao fim do prazo (n.º 14, a)
(n.º 14)
Ex: Data factura 02/07/2018 : Prazo de 12 meses 02/07/2019
=> DP de Julho.2019; Pagamento do IVA até ao final de
Agosto.2019

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 40


FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º

- No período de aplicação do regime geral de tributação, nos termos do n.º 8


ou dos factos n.º15 do artigo 25.º (n.º 14, b)

{DP alteração do art.42.º: Por opção de mudança para o regime geral no final
do período mínimo de 3 anos de permanência no regime caixa, (art.25.º, 8).
Deixa de
aplicar-se:
{DP alteração do art.42.º : Por imposição legal quando tenha atingido no ano
civil um volume de negócios superior a 500.000,00 USD ou passe a efectuar
Regime IVA exclusivamente operações excluídas pelo n.º 6:
de Caixa
a) A operações de importação, exportação e as actividades conexas;
b) As operações em que o adquirente seja devedor do imposto;
c) As operações em que os sujeitos passivos tenham relações especiais, n.º 9 e
11 do art. 13.º;
(n.º 14) d) Nos 12 meses prévios à adesão ao regime tenham incumprido quaisquer
obrigações fiscais
e) As operações cujos pagamentos não sejam efectuados através de contas
bancárias.
(art.25.º, 15)
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 41
FACTO GERADOR E EXIGIBILIDADE art. 7.º

- No período correspondente à entrega da declaração de cessação de


actividade a que se refere o artigo 43.º, nos casos previstos no artigo 44.º
(n.º14,c).

Cessação da actividade : Considera-se verificada a em qualquer dos seguintes


factos:
Deixa de a) Deixem de praticar actos sujeitas a tributação durante um período de 2 anos
aplicar-se: consecutivos, caso em que se presumem transmitidos os bens a essa data
existentes no activo da empresa;
b) Se esgote o activo da empresa pela venda dos bens que o constituem ou
Regime IVA pela sua afectação a uso próprio do titular, do pessoal ou, em geral, a fins
de Caixa alheios à mesma, bem como pela sua transmissão gratuita;
c) Seja partilhada a herança indivisa de que façam parte o estabelecimento ou
os bens afectos ao exercício da actividade;
d) Se verifique a transferência, a qualquer outro título, da propriedade do
(n.º 14) estabelecimento.
(art.44.º, 1)

Declaração oficiosa da AGT: Cessação da actividade quando for manifesto que


esta não está a ser exercida, não há intenção de a continuar a exercer, ou
quando existam indícios de que está a ser exercida de forma ou com objectivos
fraudulentos. (art.44.º, 2)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 42


Isenções art. 8º

São excepções a regra de incidência, em que embora ocorra o fato tributário, há dispensa do
contribuinte liquidar o imposto devido a uma razão especifica.

Simples* Completas
Ao sujeito passivo não se lhe permite liquidar o (Vulgarmente designadas de taxa zero)
imposto nas suas operações activas (venda ou Ao sujeito passivo não se lhe permite liquidar o
prestação de serviços), assim como não se lhe imposto nas suas operações activas (venda), mas
confere o direito de deduzir o imposto suportado se lhe permite deduzir o imposto suportado na
a montante (vide operações internas). aquisição de bens ou serviços (a montante).

Nessas situações há apenas a redução da carga A carga fiscal suportada nos estádios anteriores
fiscal, desde que esta isenção se situe no estádio económicos é totalmente anulada.
final do circuito económico.
Operam junto de quem suporta o encargo do imposto
Operam junto do sujeito passivo do IVA
Só há duas (02) situações destas no CIVA
Matérias primas
*Afectam a neutralidade do IVA e o nosso ordenamento Produtos de consumo básico (cesta básica)
não se permite a renuncia a esta isenção.
Exportação (não estão sujeitas) situação particular
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 43
Isenções art. 8º

TAXA ZERO
Taxa Compra Venda IVA a
entrega r
14% Base IVA Base IVA a o Es ta do
Produtor de MP 100 14 14
Fabricante 100 14 150 21 7
Grossista 150 21 200 28 7
Retalhista 200 28 300 0 -28

Consumidor Final 300 0 0

TAXA ZERO
IVA IVA a
Taxa Compra Venda Entregas
Dedutivel entregar pel os SP TOTAL IVA
de Outros entregue
14% Base IVA Base IVA ao Estado dos OBS
B+S
Produtor de MP 3 100 14 11 3 14
Fabricante 100 14 1 150 21 6 1 7
Grossista 150 21 2 200 28 5 2 7
Retalhista 200 28 4 300 0 -32 4 -28

Consumidor Final 300 0 -10 10 0

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 44


Isenções art. 8º

ISENÇAO

Taxa Compra Venda IVA a


entrega r
14% Base IVA Base IVA a o Es ta do
Produtor de MP 100 14 14
Fabricante 100 14 150 21 7
Grossista 150 21 200 28 7
Retalhista 200 28 300 0

Consumidor Final 300 0 28

ISENÇAO
IVA
Taxa Compra Dedutivel
Venda IVA a Entrega s TOTAL IVA
de Outros entrega r pel os SP entregue
14% Base IVA Base IVA a o Es ta do dos OBS
B+S
Produtor de MP 3 100 14 11 3 14
Fabricante 100 14 1 150 21 6 1 7
Grossista 150 21 2 200 28 5 2 7
Retalhista 200 28 4 300 0 0 4 4

Consumidor Final 300 0 22 10 32


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 45
Isenções art. 8º

A Sociedade Angolana Lda., sujeito passivo de IVA, vai adquirir


serviços de consultoria a uma sociedade inglesa. Para efeitos de
aplicação do imposto:

(A) A sociedade Angolana, adquirente deste tipo de serviços,


deverá proceder à liquidação do IVA;
(B) - A operação não é tributada em território nacional, dado que o
prestador do serviço é sujeito passivo em Inglaterra

(art.6.º, n.º7)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 46


Isenções art. 8º

Uma empresa de construção civil angolana, com sede em Luanda,


efectuou trabalhos de recuperação de um prédio situado em Madrid
por conta de uma empresa espanhola. O serviço efectuado pela
empresa angolana:

(A) - Não é tributável em Angola, porque o prédio se situa em


Espanha;
(B) - É tributável em Angola, porque o prestador do serviço tem aqui
a sua sede;
(C) - É tributável em Angola, porque o adquirente do serviço não
indicou qualquer NIF à empresa angolana;
(D) - Não é tributável em Angola, porque o adquirente do serviço não
é uma empresa nacional.

Art. 6.º, n.º 4, al. a)


IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 47
Isenções art. 8º

Uma companhia de música sinfónica austríaca faz uma actuação em


Angola. O promotor do espectáculo é uma empresa alemã que está
registada em IVA em Angola. A actuação da companhia austríaca:

(A) - É localizada em Angola, porque o promotor do espectáculo é


um sujeito passivo de IVA em território nacional;
(B) - É localizada em Angola, porque a actuação tem lugar em
território nacional;
C) - Não é localizada em Angola, porque o prestador do serviço não
é português;
(D) - Não é localizada em Angola, porque o promotor do espectáculo
é alemão, apesar de estar registado em IVA em Portugal.

Art. 6.º, n.º 5, al. c)

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 48


Isenções art. 8º
Isenções nas operações internas Isenções nas operações petrolíferas
(Art. 8.º do Projecto de CIVA) (Art. 9.º do Projecto de CIVA)
Cesta básica [alínea a)]* 1. Isenção nos custos:
Serviços médicos e medicamentos [alíneas b) Pesquisa, desenvolvimento e abandono
a g)] (classificados como tal pela Concessionária
Ensino e formação profissional [alíneas h) a Nacional)
j)]
Livros, jornais e revistas [alínea k)] 2. Sujeição na fase de produção:
Actividades agrícola, apícola, aquícola, Consumo de água e energia
pecuária, silvícola, avícola ou piscatória Serviços de hotelaria
[alínea p)]
Transporte colectivo de passageiros
Matérias-primas e subsidiárias, peças
sobressalentes que sejam incorporados no
processo de fabrico. Se com certificação e
declaração de exclusividade [alínea q)]*
Operações bancárias, excepto locação
financeira
Operações de seguro, resseguro, corretores
e mediadores
Combustíveis
*Está isenção é completa
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 49
Isenções art. 8º

Isenções nas importações Outras isenções


(Art. 10.º do Projecto de CIVA) (Art. 12.º do Projecto de CIVA)
Importações com regime aduaneiro Importação de bens postos em zona franca
Matérias-primas e subsidiárias, peças que sejam introduzidos em armazéns de
sobressalentes que sejam incorporados no regimes aduaneiros ou lojas francas
processo de fabrico, se com certificação e Transmissão de bens e prestação de serviço
declaração de exclusividade. que se expedidos ou transportados em zonas
francas
Aquisição de bens destinados a ofertas a
organismos sem finalidade lucrativa e a
instituições nacionais com estatuto de
utilidade pública de interesse público e de
Exportações e operações internacionais relevantes fins sociais, dependendo sempre de
(Art. 11.º do Projecto de CIVA) aprovação por parte do Ministro das Finanças,
sob parecer da Administração Geral Tributária
Operações relacionadas com embarcações e Aquisição de bens destinados a ofertas para
aeronaves afectas a actividade comercial atenuar os efeitos das calamidades naturais,
Transporte internacional de pessoas tais como cheias, tempestades, secas, ciclones,
sismos, terramotos e outros de idêntica
natureza, dependendo sempre de aprovação
por parte do Ministro das Finanças, sob
parecer da Administração Geral Tributária

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 50


Isenções art. 8º
Isenção completa
A transmissão dos bens da cesta básica, conforme anexo I do
Alimentação - n.º 1, a) presente código (n.º1, a);

Processo fabrico n.º 1, q)


Isenção incompleta

Saúde - n.º 1, b), c), d), e), f), g)

Ensino e formação n.º 1, h), i), j)


Livros, jornais e revistas - n.º 1, k)
Operações com imóveis - n.º 1, l) e m)
Actividade militar - n.º 1, n)
Jogos de fortuna e azar - n.º 1, o)
Actividade agrícola - n.º 1, p)
Transporte - n.º 1,r)
Operações financeiras, seguros - n.º 1, s), t)
Produtos petrolíferos - n.º 1, u)
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 51
Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes

Decreto Presidencial n.º 149/13 de 1 de Outubro visa tornar as declarações dos contribuintes mais
comprováveis, objectivas e inequívocas reforçando melhor os mecanismos de controlo e fiscalização
das transacções efectuadas elo contribuinte por parte da Administração Geral Tributária (AGT).

Estrutura do Regime

1. Objecto 7. Requisitos
O actual Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes comporta 4
8. Identificação de elementos capítulos e 11 artigos
2. Âmbito
rectificados ou substituídos
3. Dispensa da emissão Este Diploma estabelece as regras aplicáveis à emissão, conservação e
9. Arquivamento
de factura arquivamento das facturas e documentos equivalentes , por parte dos
4. Documentos contribuintes
10. Penalidades
equivalentes

5. Processamento 11. Dúvidas e omissões

6. Emissão de facturas
Mas algumas lacunas devem ser supridas, como:

- Reduzir as penalidades;

- Exigir a documentação devida dos custo

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 52


Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes

Motivos da Alteração do Actual Regime


Pretende-se com a revogação do Decreto Presidencial n.º 149/13 de 1 de Outubro, ajustar o Regime
Jurídico das Facturas e Documentos Equivalentes à realidade sócio-económica Angolana pretendida
para acomodar todas as alterações do fórum fiscal.

Foco da Proposta de Alteração

Pontos chaves da Revogação:

Clarificação da dispensa de facturas


Definição de documentos comerciais existentes no mercado
angolano
Introdução do regime da auto-facturação para os contribuintes do
sector de hotelaria e restauração
Ajustamento dos requisitos de facturação e introdução de novos
elementos
Redução das penalidades e inclusão dos critérios presuntivos
Obrigatoriedade e emissão de facturas em programas certificados
Lista de definições
Ajustamento com a realidade do IVA
IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 53
Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes
Proposta de Alteração
Com vista a estabelecer-se os ajustamentos necessários e introduzir alguma flexibilização, justiça material e
equidade no domínio do tratamento jurídico-fiscal dos custos, visando contribuir para a redução dos níveis de
informalidade económica, actualizou-se o Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes.

Estrutura da Proposta do Regime

O actual Regime Jurídico de Facturas e Documentos Equivalentes comporta 4 capítulos, 16 artigos, dentre os
quais 8 (oito) as redacções foram actualizadas mediante o contexto que se pretende actuar e 8 (oito) são novos.

1. Objecto 9. Auto- facturação


Este Diploma estabelece as regras aplicáveis à
emissão, conservação e arquivamento das
2. Âmbito
10.Requisitos das facturas e documentos facturas e documentos equivalentes , por parte
equivalentes dos contribuintes
11.Emissão tipográfica de facturas ou
3. Definições
documentos equivalentes Para efeitos do Diploma, aplicam-se figuras novas como:
4. Emissão de facturas ou documentos - Auto-facturação;
12.Factura em formato electrónico
equivalentes
- Custo indevidamente documentado;
5. Dispensa de emissão de factura 13.Facturação electrónica e sistemas
- Custo não documentado;
6. Recibos 14.Arquivamento
- Factura genérica;
7. Processamentos 15.Penalidades - Factura global;
8. Emissão, rectificação e anulação de - Factura /Recibo;
16.Competência de fiscalização
facturas ou documentos equivalentes
- Nota de débito e nota de crédito;
Legenda:
Artigos com a redacção actualizada
- Programa informático de facturação;
Artigos novos - Recibo e volume de negócios.

IVA - Apresentação e suas implicações contabilísticas e fiscais 54


CARACTERÍSTICAS DO IVA

Imposto de IVA
Consumo

Base tributária alargada


Base tributária limitada
Plurifásico
Monofásico
Método subtractivo do imposto
Efeito cumulativo
Efeito neutral (objectivo)
Efeito cascata

Caracterização do IVA Valor Valor Taxa IVA IVA IVA Margem


venda aquisição IVA Liquidado dedutível a pagar
Produtor (qualquer produto)
Venda ao consumidor final 1.000.000 50.000 14% 140.000 7.000 133.000 95,0%

Produtor vende ao grossista 500.000 50.000 14% 70.000 7.000 63.000 90,0%
Grossista vende ao retalhista 700.000 500.000 14% 98.000 70.000 28.000 28,6%
Retalhista vende ao consumidor final 1.000.000 700.000 14% 140.000 98.000 42.000 30,0%
Total 133.000

Violação do princípio da neutralidade Valor Valor Taxa IVA IVA IVA Margem
fiscal venda aquisição IVA Liquidado dedutível a pagar
Produtor vende ao grossista 500.000 50.000 14% 70.000 7.000 63.000 90,0%
Grossista vende ao retalhista (isento IVA) 700.000 500.000 14% 98.000 70.000 28.000 28,6%
Retalhista vende ao consumidor final 1.140.000 798.000 0 30,0%
Total 91.000

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