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Editora Consequência
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Rio de Ianeiro - Rf
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não autorizada desta pubricação,
no todo ou em parte, constitui violação
do copyright (Lei no 9.6l0rgs).
Alvaro I
Augusto
Coordenaçao editorial
Editora Consequência PAR.TE T.

Revisõo RACIO!{/
Dos autores
CAPÍTUI
Capa, projeto gráfco e diagramação Sandra I
Letra e Imagem
CAPÍTUL
Foto da capa
desvend:
@ fborzicchi I Dreamstime.com
Ana Fan

CAPÍTUIJ
eo desei
por que Í
Alvaro Fr

DÂDos TNTERNAcToNAIs DE CAPÍTULI


careloceçÃo N puBlrcrlçÃo (cre)
cÂuene BRASILETRA Do LrvRo, sR BRÂSIL la crisis e
Metropolização do_espaço: gestão territoriar Oriol Nel
e relaçôes urbano_rurais/
organizadores Alvaro Ferreira...[et al.].
2013. Outros organizadores:
- Rio de lanúro, òorr"querr.i",
foão Rua, Glaucio fosé Marafon, e,rgurto Ce.", CAPÍTUL(
Pinheiro da Silva.
552p.: il e reconfig
; 16 x 23 cm
Paulo Ca
Inclui bibliografia
ISBN 978 _8s _ 64433 -09 _0
CAPÍTUL(
t. Cicll:s
2. Geografia urbana 3. pesquisa urbana Iosé Borcr
,
urbano 5. Urbanismo 6. Urbanização I.
4. planejamento
Ferreira, Alvaro.IL Rua, João. IIL
Marafon, Glaucio fosé. IV Silva, Augusto pinheiro
César da. CAPÍTULC
t3-12t52. sobre a pr
CDD:910.91
Maria Ba
SUMARIO

Introdução... ou as primeiras aproximações .....................9

lúlicação, Alvaro Ferreira,loão Rua, Glaucio Marafon e


In). Augusto César Pinheiro da Silva

PARTE 1. METROPOILZfuçLO DO ESPAçO: DESVENDANDO


RACTONALTDADES E PROPONDO INTERVENçÕES

cepÍrur.o 1. Metrop ollzaçaodo espaço: Processos e dinâmicas......... .....-.....I7


Sandra Lencioni

ce.pÍruro 2. Dinâmica urbana e metropolização:


desvendando os processos espaciais. ................35
Ana Fani Alessandri Carlos

cepÍtur.o 3. A imagem virtual transformada em paisagem


e o desejo de esconder as tensões do esPaço:
por que falar em agentes, atores e mobilizações? .....-......53

Alvaro Ferreira

cn pÍruro 4. El mafrana no está escrito: notas sobre


la crisis económica en las ciudades europeas. ..................75
Oriol NeI.Io

ce. pÍru ro 5. Metrop olízaçâo, reestruturação imobiliária


e reconfiguração da cidade de São Paulo...... ......-..--.........97

Paulo Cesar Xavier Pereira

clpÍruro 6. Fortaleza: o centro e


losé Borzacchiello da Silva

cepÍrulo A incorporação da metrópole: algumas considerações


7.
sobre a produção imobiliâría e a metropolízação ......... 131

Maria Beatriz Cruz Rufino


crpÍrur-o
de descen
cApÍTuLo 9. A ritmanálise
_---s.s'Dç çe u na esfera 1
o urb
ufDârìo: aproximações
Michel Moreaux iniciais ...171 Fbriano I
c'rpíruro l0' Algumas considerações sobre
PARTE 3: I
as possibilidades
do planejamento e da
gestão: riscos e promessas cepÍrtrro
do desenvolvimento em prol
sócio_espacial constnrçir
Ioão Paulo Monte de Santanì 191
Jaão Rll,o
cepÍruro ll. planejamento
e política urbana: cepÍrtro
desafios no contexto
metropoliturro Glaucio 16
Arlete Moysés Rodrigues ..............207
crpÍnr.o.
capÍruro 12. euem tem medo
da autogestão?
---vbvulsr-'; e os coffill
Luciano ximenes Aragão ""'.......
..
........,........22s
Flamsiut t

PARTE 2: METROVOTIZIçÃO
DO ESPAçO E CES'ÃO
DO TERRITóNTO cepÍnno 2
cepÍruro 13. C de bindird
d o territó,r
"
J ".::1:.ï:'j.,',:fi ;ij:::::*"
I ------'vu
Douglu k
João Ferrão ..255
cepín"ro 2
capÍruro l4.Geopolítica de la ciudad:
COmO urÌìr l
poder y control de los Regina C-cül
espacios urbanos
Clemente Herrero Fabregat '................283
capÍruro Z
clpÍruro Arquiteturas territoriais
15. agora do ry
nos espaços porítico_
administrativos Vera Lúcia S
brasireiros: possibilidades
e entraves dos
zoneamentos ecológico-econômicos
(zee) como estratégia PARTE 4: ìíE]
sustentável de gestão
de unidades municipais
e regionais ............................313
Augusto cesarïinheiro cepÍruro
da sirva 24
eflorestas uri
cepÍruro 16. A produção dos
espaços metropolitanos: Rogério RitrÌ
planejamento e gestão do territórìo ..........
Nelba Azevedo penna .
...............337 cepÍruro 25
um olhar da I
Marcelo Mofl

Sobre os autot
cepÍruro 17. Planejamento e participação social no atual modelo
b........... ....... r4g
de descentralização administrativa: limites da democ ratízaçâo
na esfera política .............363
b --.......... ....... t7t Floriano José Godinho de Oliveira

I
PARTE 3: METRONOIIZAçÃO DO ESPAçO E AS RELAçONS URBANO-RURAIS
I

It
I
cepÍruro 18. urbanidade, urbanidades, urbanidades no rural: uma
!
I construção para melhor compreender a unicidade do espaço geográfico ..3g3
t--................ l gl
loõo Rua
I

cepÍruro 19. Considerações sobre as transformações no espaço rural ....40g


I
Glaucio losé Marafon
í_--.......... .....207
cepÍruro 20. As configurações do campo brasileiro
I
e os contrastes do agronegócio
L_. .....225
Flamarion Dutra Alves
......42L

i
cepÍrur.o 21. considerações sobre a territori arizaçâo da produção
hrc
I
de biodiesel no Brasil e a ordem ambiental internacional ..........443
Douglas Rodrigues Torres
L--........... ....2ss
I
clpíruro 22.Relação urbano-rural: colocando o gênero
como uma necessária discussão ....4g5
Regina Celia de Mattos
b,..r..........293
cepÍruro 23. o
cerrado, antes dos"inhambus, das juritis, das siriemas,,,
I

agora do agronegócio? As transformações no pós IgT0 ........ .......49g


i
Vera Lúcia Salazar Pessôa

PARTE 4: METROVO,jtZ1\çÃo Do EspAço: ouTRos oLHARES


!

L- ..313 clpÍruro 24. Apaisagem como esconderijo: invisibilidade social


I eflorestas urbanas do Rio de faneiro do século XIX ........ ............519
Rogério Ribeiro de Oliveira

cepÍruro 25. Metropolização, espaços urbanos e rurais:


um olhar da Geografia Física ........527
Marcelo Motta
INTRODUÇÃO OU AS PRIMEIRAS APROXIMAÇOES

Alvaro Ferreirat, João Rua2, Glaucio losé Marafon3


e Augusto César Pinheiro da Silvaa

No início do século xxl, percebemos que cada vez mais


os governantes
Procuram construir uma marca Para suas cidades; contudo o "sucesso" de
uma determinada cidade acaba provocando um movimento
que objetiva
copiar aquilo que teria dado certo, levando à homog
eneizaçãodas formas-
conteúdo, pois acreditam que assim atrairiam investidores.
Contradição.
Tem-se, simultaneamente, um discurso que defende
a manutenção dos
centros históricos - vislumbrando o potencial de exploração
turística des-
sas áreas - e o crescimento do número de condomínios
fechados e sho-
pping centers. Os velhos centros muitas vezes não
são vistos como opção
para habitação' mas como possibilidade para o
crescimento de atividades
comerciais e turísticas.
Muitas cidades têm seguido as definições de uma política
empreendedo-
rista' investindo em infraestrutura ligada às atividades
turísticas, muitas ve-
zes aproveitando-se de eventos internacionais
como o fizeram Barcelona (fo-
gos olímpicos, 1992 e o Fórum de las culturas, 2004),Lisboa
(Expo,9g) ou
Sevilha (Expo'92); o Rio de |aneiro vem seguindo o mesmo
caminho: fogos
Pan-Americanos 2007,Copa do Mundo de Futebol2)ll,Olimpíadas
2016.
Assim, agências multilaterais - BID, Banco Mundial, PNUD,
Agência
Habitat, dentre outras - e consultores internacionais acabam
construindo
ideários e modelos que afirmam que as cidades devem
comportar-se como
empresas e adotar uma postura vencedora em um mundo
que é visto como
um mercado, em que cidades competem entre si.

Ì Departamento
de Geografia da Pontifícia Universidade Católica
do Rio de faneiro (pUC
-Rio) e Departamento de Geografia da FEBF-uERf. <alvaro_ferreira@puc-rio.br>
2
Departamento de Geografia da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de Janeiro (pU-
C-Rio). <joaorua@uol.com.br>
3
Instituto de Geografia da UERf. <glauciomarafon@hotmail.com>
a
Departamento de Geografia da Pontifícia Universidade
Católica do Rio de |aneiro (pUC
-Rio) e CAp-UERf. <augustoc@puc-rio.br>
10
METRoPoLtzAÇÃo Do ESeAÇo lËtr 1rËEl*l
Embora essa seja a marca dominante atual, percebe-se uma outra con-
DrlrOomÍI?-'EdeC
tradição nas relações entre as metrópoles, agora aceitas como parceiras
se urlacúpi't cm çcsi
econômicas de relevo no cenário mundial.
qpe sc descohm dr Fú;l
Ao mesmo tempo em que competem, as grandes cidades e metrópoles
pÍoürção de ume cqltr
associam-se em parcerias que colocam em xeque a visão, até agora do-
protetc dc rcrUllrric
minante, sobre a força do poder local. As grandes cidades e metrópoles nons ftomeinouúrq
mundiais estabelecem redes de relações horizontais, pouco dependendo, de certa fum s5&irl
Para esse fim, de limitações estabelecidas pelo poder central de seus países. Obserrramc, trdén
Forma-se uma espécie de segundo escalão da diplomacia em que o "clima
pecie de urbenizaçar di
de negócios" entre as grandes cidades prospera, graças a escritórios de re-
forma intense- Às mae
presentações e a serviços consulares, agora com novas atribuições.
com comércio, crrrloq
Assim foi na Rio+20, em2}l2,quando os pífios resultados obtidos pela etc. Tal pÍocesso trzz m
diplomacia dos estados-nação foram ultrapassados pelas relaçõês entre as consumo de encrgir u
quarenta maiores metrópoles mundiais, também representadas nessa con-
lizzçÁo do solo (tcodocft
ferência.
perda do espaço runL pc
No forum das metrópoles perceberam-se, também, fortes contradições áreas centrais quc poffi
entre os movimentos rumo às parcerias e o clima de competição. A cres-
movimentm penfrhrcrc
cente importância das aglomerações organizadas em rede para a gestão
Acreditamc qE.crF
territorial e para o enfrentamento dos problemas ambientais esbarrava na valorizafro & inrurn, c
lógica competitiva estimulada pela visão da cidade-empresa. Parceiras e micos, acabe scndo crtrc
competidoras, como quaisquer outras parcelas do espaço, igualizando-se muitas vczcÍ, possrm G
e desigualizando-se/hierarquizando-se, simultaneamente. Na escala da to, Éo bcÍta fuà e críi
globalização, homogeneizam-se, tornando-se cada vez mais semelhantes,
tranfrn*b,Fnd
até mesmo parceiras; na escala das relações global/local desigualizam-se e
61 ,lrc pcrqlrirt3 ç[ü
tornam-se competidoras principalmente na disputa por recursos oriundos
mud.nFr"grllÍr-[1;
dos fi nanciadores internacionais.
apetrGpdefufo&o
Dessa forma, esse ideário da competição defende que grandes proje- unadd.dconÉi-
tos urbanos, recuperação de centros históricos, parcerias público-privadas
AckladcéenroÚ
e revitalizações fomentam a produtividade e competitividade da cidade, na-se cade vrz meir o Í
assegurando - graças à atração de investimentos, turistas e grandes even- rarquizado, obtcb dc in
tos- uma inserção de sucesso no mundo globalizado. Além disso, surgem ou mesmo dci?-'loÌ--
também como opção a criação de parques associados a grandes projetos centrar-se na rerúS
imobiliários de condomínios de alto poder aquisitivo e de shopping centers. essa dominação &ãp.S
A parte do tecido urbano avaliada pelos empreendedores como degra- O espaço torna-a o I
dada ou habitada por grupos sociais de baixo poder aquisitivo, como ve-
dução e não ap€nas doe I
lhas áreas fabris, armazéns em antigas zonas portuárias, tornam-se áreas
como mercadoria- hÍËn,
potenciais para Passar por refuncionalizações e para se transformarem em
lugar da contestação, do,
lntroduçã0... ou as primeiras
aproxímações...

uma outra con_ 11

como parceiras novos complexos dei


consumo. Nesse sentido,
se uma cópia' em todo lugar acaba tornando_
que surgem paisagens
urbanas cada ï.,
e metrópoles
que se descolam da
própiia reahdá. . iirtoria -rr, repetitivas
produção de uma .rpe.i. do rugar. observamos
ate agora do_ de urban ioiir'aunarizad.t.ã"rra. a
e metrópoles
projetos de revitalização' parte dos
que alteram as características
:o dependendo, novas fronteiras urbanar, do lugar criando
u.aba t.ru.rao ulrocessos
de certa forma não de gentrificação, que
de seus países. deixa de ser uma formade
Observamos, també_, esporiação.
em que o .,clima
escritórios de péciedeurbani"uça.ã'i;;.ïï,ï:::ï:ïïü,ï:ï:ï,ï".::T,ïJ#:;:
,,

re_
forma intensa. As novas
rçoes. ár.u, integradas entram
com comércio, cinemas, na rógica do consumo,
obtidos pela restauran t r, ,lroppings,
etc' Tal processo traz condomínios fechados
relações entre as consigo o aumento
consumo de energir, dos congestionamentos,
as nessa con_ uu_.rt-o da poluiçao o maior
lização do solo ão ar e sonora, a impermeabi_
(tendo efeito dir.r"
perda do espaço rurar,
,"#; urr.ì, mudança no uso
contradições perigo para a fauna do solo,
áreas centrais qu. pod.rirrrï J. flora, ub"rdoro de antigas
ição. A cres_ r., aproveitadas
para a gestão -ï:i:ïfipendurares em desroiam.",", para moradia e aumento de
..0 a vezmais longos.
is esbarrava na
. Parceiras e
vatorizaç."#,Ïïil:ïiïï:ï,ï".ïru;:xlï*:Í:;:.,"ïï
igualizando_se micos, acaba sendo extremamente
prejudiciar em Iongo
muitas vezes, possam prazo,ainda que,
Na escala da ser obtido, u.rr.ri.ì*
to' não basta fazer a crítica fornr.o, imediatos. Entretan_
semelhantes, ao modelo, é pr..iso
transformá-ro, parx interpretá-ro para, então,
igualizam-se e mudar o estado d. .oir",
ria das pesquisas quando atuar. Inferizmerrt., u maio_
oriundos muito .p.rr",
mudança significa rutar thega à interpretação. pensar a
pera tranrrorÃrçà
apenas pela obtenção au, .onaições materiais
grandes proje_ de concessões formais; e não
uma cidade com mais justiça lutar pelo direito de viver
ico-privadas sociar, torna-se imperativo. em
da cidade, A cidade é,
na_secada*,lïï:ïlï::,ff.Jfi
egrandes even_
disso,'surgem rarquizado, objeto de
investimentos púbricos
,ii.,":lï*::x,.,Jffliï_
ou mesmo deixado ao e privados, reserva
acaso e de valor
projetos abandà".d;. ;; vez agrande
rng centers.
batalha deva
de romper com a ocurtação
|l,ï iï;ïJïï:i::: . bu,.uì a.,,,.r.,
tomo degra_
,'O, COIÌìO o espaço torna-se o lugar da
Ve- reprodução das rerações
dução e não apenas sociais de pro_
m-se áreas do, m.ìos de produção,
como mercadoria. porém, destarte percebemos
arem em o espaço
se o espaço é o lugar
lugar da contestação, da reprodução, é também
do encontro, da rebelãia, iugu, da
ação. E aqui es_
t/-
METR0poLtzAÇÃo oo espnÇo hffif* tll!.sgfiltttüõryiuúm

üun6 diante de grandes tensões, contradições; ou seja, se é


no espaço da públicas,<1rcstbn rap(
ril" cotidiana que percebemos e vivemos o dia-a-dia, é nele também que e planciamcmo pcnsar (
os especialistas - cientes ou não do fato de que o espaço produzido
interfe- O I Simpcúo hücrr
re fortemente nas relações sociais concebem seus
- projetos e os põem em torial e RelaçOES UôeÍ
curso à revelia dos habitantes do lugar. Muitas vezes,
aqueles que vivem na Estudos e Pesquisa em I
cidade acabam Por Perceber e viver a partir da total
naturalizaçao de tudo, o Grupo de Estudos LJï
da banalização da miséria, da desigualdade. por outro
lado, há também
aqueles atores sociais que, a partir da indignação, procuram
- (PUC-Rio), o grrryo &
formas de - GTERI - (PUC-Rb) c
lutar contra o estado de coisas atual; as estratégias de suas
práticas espa- NEGEF - (UERD, tcre I
ciais são fundamentais, posto que percebem que a produção
do espaço é valores articuladm ü, t
também instrumento de reprodução das relações sociais.
produçao e norrÍìs r€alidí
o cotidiano, embora muitas vezes banalizado, já que se expressa por ção das cidades e &s reü
sua miséria e riquezaapartir de eventos triviais, caracteriza-se como
a me- ao debate os gnrpc soci
diação entre a repetição e a criação, entre a alienação e
a liberdade, como a interações. Aq*, tornm
clara explicitação da imbricação entre espaço e tempo.
bilidades de apropriação do cotidiano resultam da vivência,
As inúmeras possi- cago da cidade, b city-
da experiência governÍìnça da cidedg d
vivida, e têm grande potencial criador, possibilitando
a formação e perma- da metropolizaçãr do cs
nência de resistências. portanto, quando através da aprop
riaçãodo espaço o nrral embore co'. a E
da cidade reconstruímos a cotidianidade, é possível pensarmos
na forma- Obt tiïu uobdm d
ção de movimentos que lutem pela emancipação e pela sua transformação.
Se o fenômeno urbano tomou o planeta, se vivemos
utili'-a,* FÍr I edlb
bana (e não nos referimos apenas ao domínio edificado,
uma sociedade ur- Lsç.i3nlF
mas ao conjunto
flis&
das manifestações de hegemonia do urbano sobre o rural),
perimentamos um processo de metropol ização do
atualmente ex- ocç3'
espaço; ou seja, trata_ dacr c
se da transcendência das características metropolitalinas
a todo o espaço.
Nesse sentido, grandes mudanças podem ser observadas,
pd. IFÕ
cimento e intensificação dos fluxos imateriais, de pessoas
tais como: cres- identifs e
e de mercadorias; mesIIl;l
cada vez maior utilização de tecnologias de informação
e comunicação; e de gradrnçio
grande variedade de atividades econômicas com maior
concentração de redes públba e
serviços de ordem superior.
civil promoecnrn o
A metropolização do espaço estaria, de certa maneira, alterando
ainda político sobre a
mais as relações urbano-rurais. Se em determinado momento
lar dicotomia cidade-campo, talvez agora possamos falar de
pudemos fa- e as relações urüamc
urbanidades O livro está divift
no rural, já que' atualmente, objetiva-se o desenvolvimento
de condições lização do espaçc dcÍil
metropolitanas que viabilizemainda mais a reprodução
do capital. b) metropolização do cr
Não nos resta dúvida de que as estratégias de gestão territorial
são tam- espaço e as relaçõ6 urü
bém atingidas por tal Processo. Nessa seara, é pràciso pensar
em políticas olhares.
MFrRopoltzAÇÃo oo rsrnço lrffod4ã: . ul a primeiras aproximações... 13

Fcia, se é no espaço da públicas, questionar. a política pública, pensar em outras formas de gestão
F, é nele também que e planejamento, pensar em como viabilizar formas de autogestão.

I+o produzido interfe- O I Simpósio Internacional Metropolizaçao do Espaço, Gestão Terri-


poietos e os põem em torial e RelaçOES Urbano-Rural, através da associação entre o Núcleo de
lraqu.ler que vivem na Estudos e Pesquisa em Espaço e Metrop olizaçáo - NEPEM - (PUC-Rio),
)nturali zação de tudo, o Grupo de Estudos URBANOS E RURAIS Rurais e Urbanos - URAIS
Ir- lado, há também - (PUC-Rio), o grupo de Gestão Territorial no Estado do Rio de |aneiro
I procuram formas de - GeTERJ - (PUC-Rio) e o Núcleo de Estudos de Geografia Fluminense -
)de suas práticas espa- NEGEF - (UERJ), teve por objetivo debater como o surgimento de novos
trodução do espaço é valores articulados ao tecido urbano, juntamente com novos sistemas de
Fieis. produção e novas realidades de mercado, contribuíram para a transforma-
lí q,t. se expressa por ção das cidades e das relações urbano-rural. Para tanto, objetivamos trazer
|cÌeriza-se como a me- ao debate os grupos sociais envolvidos no processo, suas ações, reações e
fea liberdade, como a interações. Aqui, tornou-se imprescindível o debate aceÍca da mercadifi-
F Ar inúmeras possi- cação da cidade, do city-marketing e do discurso do empresariamento na
lrËncia, da experiência governança da cidade; elementos claramente identificáveis neste momento
ta formação e perma- da metropolização do espaço em que se nota uma refusão do urbano com
lropriação do espaço o rural, embora com a manutenção de algumas especificidades.
];nrsarmos na forma- Objetivou também divulgar os referenciais teóricos e metodológicos
È sua transformação. utilizados para a análise e reflexão acerca das recentes transformações pe-
Fe uma sociedade ur- las quais passamos, possibilitando o aprofundamento dos debates e pes-
ldo, mas ao conjunto quisas de cunho interdisciplinar.
pural), atualmente ex- O simpósio buscou promover o diálogo entre pesquisadores, planeja-
prpaço; ou seja, trata- dores e gestores ligados à universidade e aos órgãos públicos responsáveis
F^atodooespaço. pela gestão, divulgar o arcabouço teórico e as práticas afins, bem como
Fdas, tais como: cres- identificar e mapear os conflitos entre os atores sociais envolvidos. Da
lms e de mercadorias; mesma forma, a participação e aproximaçáo de pesquisadores, estudantes
hio e comunicação; e de graduação e pós-graduação, professores do ensino médio e superior das
Fr
I
concentração de redes pública e privada, representantes do poder público e da sociedade
I civil promoveram o aprofundamento do conhecimento teórico, prático e
Ffo., alterando ainda político sobre a relação entre metropolizaçáo do espaço, gestão territorial
lmento pudemos tà- e as relações urbano-rural.
Fhr de urbanidades O livro está dividido em quatro partes, que se intitulam: a) metroPo-
Fto de condiçoes lizaçâo do espaço: desvendando racionalidades e propondo intervenções;
Fo do capital. b) metropolização do espaço e gestão do território; c) metropolização do
fof".itorial são tam- espaço e as relações urbano-rural; e d) metropolização do esPaço: outros
em políticas olhares.
fnc"r.r
i
i

I
I

t
rvtETnopoltzAçÃo Do EspAço
DESVENDANDO RACIONALIDADES
E PROPONDO INTENVTruÇOTS
CAPITULO 1

METRoPoLTZAçAo D0 ESPAço
PROCESSOS E DINÂMICAS

Sandra Lencionil

lntrodução

A metrop olízaçâo do espaço se constitui num processo socioespacial que


transforma profundamente o território. A bem da verdade, não se trata de
uma simples transformação, mas de uma verdadeira metamorfose, pois
implica em profundas alterações, quer de formas, bem como de estrutura
e natureza.Dai,melhor o uso da expressão metamorfose do que o uso da
palavra transformação. Em suma, a metropolízaçao do espaço se constitui
num processo socioespacial que metamorfoseia o território.
Antes mesmo de abordarmos o que vem a ser o processo de metropoli-
zação do espaço, cabe salientar que esse processo é imanente ao Processo
de globalïzaçáo,ou seja, fazparteconstitutiva dele, embora não se restrinja
a essa fase do capitalismo. Fase essa, que fez com que o mundo se constitu-
ísse, como nunca antes, num único espaço social regido Por uma dinâmica
de expansão crescente das relações sociais capitalistas em escala planetária
e, ao mesmo tempo, de intensificação dessas relações.
O que temos pela frente é o desafio de entender a dinâmica socioespa-
cial contemporânea. Podemos até dizer que o que temos afazer é produzir
uma geografia contemporânea que busque tornar mais inteligível o mundo
atual. Uma geografia que trate de aspectos desse novo mundo e que ttaga
instrumentos analíticos que permitam melhor evidenciar essa nova reali-
dade. Dentre esses instrumentos, por assim dizer, dentre as novas referen-
cias de análise para se entender a dinâmica socioespacial contemporânea,
se situa a metrop olizaçao do espaço.

I Professora Titular do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo.


<slencion@usp.br>

17
METRoPoLtzAÇÃo oo rspnÇo

yem a ser a metropolização.do


9 que espaço? crrql
A inspiração em Bernard-Kayser
flcÉüüÊ!'r
O debate sobre metropolização do espaço não tem a mesma
s: AIÉbtrq
as discussões sobre globaliz ação, mas tem seduzido muitos
densidade que ffiPÉF
pesquisadores ,ffi3rmrrç
Porque traz subsídios para se apreender melhor as transformações da di- n{fficctd
nâmica socioespacial contemporânea. Não são muitos os aportes teóricos
sobre a questão e as diferenças entre eles são menores do que se
percebe a --Éúpdqçcrr
ffidúdi
primeira vista.
çfr&ffiiruiel
A ideia de metropolizaçã.o do espaço se encontra, com força, no geógra-
fo francês, Bernard Kayser (1969) quando ele ao discutir as mudanças
tr&tÉed
na lFüroDa- "
relação cidade e camPo, tendo como referência o território francês,
cons-
trói a distinção entre espaços metropolizados e espaços não metropoliza-
ÕcèGrif,efuu
húEál'.iíl-
dos. Talvez resida aí a explicação de uma maior preocupação com
o tema
da metropolização por parte dos geógrafos e outros cientistas sociais
büfftusdr
França2.
da b *Etrcr diu q
bòrfiópdcaid
Para Bernard Kayser cujo texto de 1969 foi republicado em 1990, "es-
o ErccrFpr.firyú
Paço metropolizado se caracteriza como um espaço estreitamente e con- nnfimEins&nr
cretamente ligado à grande cidade por meio de fluxos de pessoas, merca- ji; ÚrrsrrnrrrrreFú
dorias, capitais; fluxos esses bastante intensos e permanentes e que coinci-
*pr:ÇmnOr
dem, de fato, com os grandes eixos de urban ização".(KAysER
,lgg},p.46) prampdizefuofi
Por outro lado, "o espaço não metropolizado é fundamentalmente he-
Lcnmoüeaqal
terogêneo e essa heterogeneidade se revela em vários níveis... O espaço não &fmlc, mcrdcier
metropolizado se caracteriza, ainda, por uma densidade demogr áfica não
ilfúumcmpdirr
só rural como particularmente fraca..." (KAysER , 1990, p. 4T)
Aqcret'odrcü
Essa distinção analítica se constitui num recurso metodológico que
pode ser muito profícuo, desde que não se construa uma distinção
fo&lre c"tnc=ncspo
estan-
que: de um lado, espaços metropolizados; de outro, espaços não metropo-
ftritpodcpcrmfiru
-bcn&1dirrgr
lizados, sem perceber as nuanças e graduações entre um e outro. É impor-
rq:HEbÈtrt
tante afirmar, então, que os espaços metropolizados e não metropolizados
não constituem uma dualidade espacial, não são antagônicos, não são ex-

l|r-ür:rl
: O artigo de Bernard
Kayser, de 1969, intitulado "L'espace non-metropolisé du territoire
français'" foi originalmente publicado na Revue Géographique des pyrénées
|bür'qq, telçz n
et Sud-Ouest.
Toulouse' Univesité de Toulouse Le Mirail, 1969, n.o 4. A referencia a esse
artigo, mas cEctFf Ectrryolir
tendo como data o ano de 1990, dizrespeito a uma coletânea de artigos de Bernard
seguida de artigos de vários autores discutindo as mesmas temáticas. (KAySER:
Kayser t'rcrlntinhapapí
1990). rÉqllüa{bdocryeg
I

| ',,-:ooLrzrçÀo Do EspAÇo
HffiTtu do espaço 19
I

ìo? clndanlss e nem contrapostos. A distinção é particularmente, instrumen-


I
tel e permite notar diferenças importantes para a análise espacial.
l A partir dessa distinção entre espaços metropolizados e espaços não
f -.r-. densidade que c-tropolizados posta por Bernard Kayser, podemos avançar no seu ra-
pnútos pesquisadores cirínio e acrescentar que os espaços metropolizados são espaços que as-
uanstbrmações da di- flunem aspectos e características similares, mesmo que em menor escala,
I
lbs os aportes teóricos u da metrópole, quer dizendo respeito aos investimentos de capital, ao
O" que se percebe a dcsenvolvimento das atividades de serviços com sua correlata concentra-
F=
t çeo de trabalho imaterial; ou ainda, relacionados ao desenvolvimento das
torça, no geógra-
-*
ft ativitlades de gestão e administração. Podem, também, apresentar outros
as mudanças na
Ftir aqt€ctos, como a tendência ao desenvolvimento de vários centros comer-
Frritorio francês, cons- ciris e de serviços, a forma de consumir e viver semelhante a da metrópole,
não metropoliza- bem como uma densidade significatiya de redes imateriais e a presença
Fç"t
frupaçao com o tema bastante visível dos socialmente excluídos.
fr cientistas sociais da Isso significa dizer que podemos encontrar espaços metropolizados
I 6ra das metrópoles instituídas pela administração pública. Em outros ter-
iUUao em 1990, o "es- rrlos, o esPaço metropolizado não é exclusivo da metrópole e nem se confi-
fço estreitamente e con- na nas fronteiras de uma região metropolitana. Eles tendem a se apresentar
Fs de pessoas, merca- mai5 intensamente junto a um núcleo metropolitano, mesmo sendo esse
b.oentes e que coinci- de porte regional. o que a paisagem revela, de fato, são mosaicos de espa-
[ruvseR, leeo, p.46) ços metropolizados confundidos com o de espaços ainda não metropoliza-
lfrndamentalmente he- dos e na medida em que se vai distanciando das áreas de maior densidade
tnÍr'eis... O espaço não de pessoas, mercadorias e fluxos, os espaços não metropolizados vão se
ldede demográfica não imponto aos metropolizados.
F9o, p.47) A recuperação dessa discussão de Bernard Kayser e o esforço de atualiza-
metodológico que çao de suas colocações pode ter a vantagem, ainda, de colocar um outro ele-
uma distinção estan- mento em pauta: a dimensão regional no trato das questões metropolitanas.
cspaços não metropo- Ou seja, pode permitir amalgamar questões urbanas e regionais, questões es-
umeoutro.Eimpor- sas que há muito vêm trilhando caminhos paralelos, mas que são próximos.
cnão metropolizados
lcos, nao sao ex-
Algumas abordagens

ise du territoire
'renees et Sud-Ouest.
Como dissemos, talvez resida na distinção proposta por Bernard Kayser,
;:a a esse artigo, mas entre espaços metropolizados e espaços não metropolizados, a preocupa-
s de Bernard Kayser So, em particular, por parte dos franceses com a discussão do processo de
KAYSER: 1990). metropolização do espaço. Quem sabe aí resida a explicação desse debate
rot,,çÃ'D,ESpAç'
ser Ínais rnúrtinr", .h+_^
os pesqui,"iÏ::"0Ïffi:ffi[:::"dores de ríngua francesa
do que entre
De forma sintética,
*Ë;
ïï, ü i:;',:;l* i ï;ïÏ; iï : Íïïï:.1u':"'
qu e vem d i s c u
ri n do o

a urore s 0,,.
acerca do processo
J::ff;: :,',: ï : i: t; ; ;;
a
;,, * dff ff:ï::itl*:
convergên.iu
d..r,*a,-entos
de
François Ascher -.r."oli,ïil;::
frrrri rï,
r;::ï:ïÍ;,ïïïïï,ff
das aglomerações
diz que;fçffiãïïhiï:.,,:Hilï
", -sict
,1';Hï:::j:::ïi"i:i::.ï;ï:ï#',:""i'ì"';ì.ï*,,u-.n.
pequenas.,oroïr'ïï".ttÍ,fi:.d1'-s'"'il;iÏ:,ff
tipos Ìlovos. " (ascu'n,ìõ;:
ï:ï:ffi *:;
engendra morforogiu, ü
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o ideia
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que o process"
o. rrlllrrìh^r:_
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rurbanos), cope ;:: ï::'iÍ,Ïï::, que age,
urb-ano, r. errfrfr 6
nu, u.n'r'aços
io""i..tnìil".ì"ï:i:ï ccqrirL r r

Ë::ïJ:l,uçao.uü;:;:::ï:::i::..ï::ff
mento e diversifi< Alìrnf r
cia, assin
Sqts e Serl
tointensilcomou,utiuiãu^aïu-'a'"-"1il":"1ïli[iïïi:.,,r1ï-
.,,,.",..i:ïÍiffi:i::i j:1ï:ï:Ï;ï::i'a'fodo"'o"""nsimen. +ç-alE
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nec 3:::"",:^l1n
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lrcrrra
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centro" são indissociáveis
Denrre ur
do pro_ WYtl*
dT:.*icas rerritoriais
Pierre veltz próprias da grobar ;, q;hciròur
eg97)'ur- .o-""oo,.rr.r izaçãoda
j,..:tlïïliï. ôr;il.pascare *, ,"i.ïï#l], cD'c
de arração;;;
1*., _;;;o,,,,u,,u,. Embora não rarem rfucih
;
:ïh,'iìiüËï,",ïï:r*:"t':; ;;:,ã.
g*:l1;Tï,ï en,re &dcnuulu
p'tizaçã.;;;Ìiff
.;'ï:ïlilt'#i*:iï:iïlï.3J:lï;*ïlï :rmam que
l*rr l!
r
I

I
!
MFrRopoLtzAÇÃo Do ESpAÇo
ffiúry 21

francesa do que entre


ás mudanças tecnológicas modificam a natureza das motivações que
f ahem as emPresas e, principalmente, os grupos internacionais para
F Or. vem discutindo o as metrópoles atuais. Parece, de fato, que são menos as economias de
e de
expor de forma aglomeração de localízaçâo centrada na diminuição dos custos e mais
loa"
as economias de aglomeração ligadas diretamente à função de urba-
fompreensão de alguns nização que determinam essas dinâmicas metropolitanas. (VAN DO-
Ihcra de entendimentos REN, QUEVIT, t993, p. 43)
I
frtz que ere coloca que o l{€ssa mesma direção, relacionando globalizaçáo, reestruturação e dinâ-
p+o merropolirano, po-
pençoi s Á scher, fàlando Db metropolitana, Claude Lacourt e Sylvette Puissant (1993) discutem o
p um simples fenômeno Focesso de metropolização dizendo que esse processo diz respeito "ao con-
iúode processos que privilegiam as grandes dimensões urbanas marcadas
FÉmeno que diz respei-
Pdes transformações do sistema produtivo apreendido a nível internacional
l:rações, das cidades e c rnundial". Acrescentam que esse processo "conduz às organizações e às
frcrtblogias urbanas de
ÍmPosições territoriais novas, tanto no plano interno dos conjuntos ur-
I
benos que lhes dizem respeito, quanto relativos às suas relações externas."
fSendra mortblogias ur-
o muitos autores. In_ fI-ACOURT, PUISSANI 1998, apud LACOURI tggg,p.64)'
f
p ele, Como precedentes e contemporâneos a essa linha de raciocínio, e, aci-
me de tudo, autores de referencia para grande parte daqueles que buscam
e contraditório, que age, qxnPreender a relação entre a economia pós-fordista e as mudanças ter-
l'ez mais nos espaços ritmiais, em especial, as transformações das metrópoles, cabe destacar a
is e internacionais. A mtribuição intelectual de David Harvey, François Ascher, Manuel Cas-
fenômenos de dilata_
üdls' Edward Soja e Saskia Sassen. Esses autores, por meio de diversas
as lógicas da residên_
e todo constrangimen_
obras" referindo-se explicitamente, ou não, ao processo de metropoliza-
os espaços naturais e @, tornaram-se parâmetros fundamentais na discussão da relação entre
lidade não são, gbbalização, reestruturação e metrópole; revestida, essa última, de vários
de reurban ização e nomes que buscavam anunciar que um novo tipo de metrópole estava se
desenvolvendo na atual economia pós-fordista.
facques Levy (1997) observou que a

emergência do termo metropolização responde à necessidade de iden-


tificar esse novo "ciclo" urbano, menos marcado que o precedente pe-
las lógicas espaciais da indústria e marcado por configurações que cor-
respondem às cidades que continuam a crescer sendo afetadas, no seu
estilo de desenvolvimento, pelo crescimento dos deslocamentos (uma

! O terto de Lacourt, Puissant,


1998, tem como título: Métropolisation, metrópole et dy-
nemique urbaine. Monterrey, 37" colloque de la WRSA, rB-22 février.
22 METR0PoLIzAÇÃo oo rsrnço

cidade "(auto)móvel") e da circulação da informação (irrupção, ainda pé<iffir


confusa, do "cyberurbano"). (LEVY, 1997, p.2) lso ÍiEEi
ÉúccÍPef m
Com ideia similar de que a metropolização se relaciona a um novo ciclo ltf Ahüs'cacI
urbano, Michel Bassand (2001) diz: crpccÍfior r
çqm@d
a metropolizaçao se desenvolve sobre o modo de crise; nós entende- ' TdÊfilü
mos que ela implica uma conflguração de contradições, de conflitos, -' ãll2]Ags
de violência, certamente de graus diversos. Além disso, é indispensável
insistir sobre a ideia de que metrópole e metropolização só são com- F@pr*ifrrmcc:
c dc gEffiifcí
preensíveis se se tem em perspectiva a ideia de sociedade. Enfim, a me-
tropolização, como anteriormente a urbanização, depende de um tipo
(LE\rr, r$r7}et
(B
de sociedade: a urbanização dependia da sociedade industrial, a me- tË'oeeviilÊocie
tropolização da sociedade contemporânea que nós qualificamos, como r ËÍl,enrtroPolizeção ec c
outros, de sociedade informacional. (BASSAND,200l, p. 38)
fú-tTbde nodcrniH
f.mdmmineçlll
Alain Scott e Michel Stopper (1986) identificam o processo de metro- Ciillmndo csse Étcet
polização com o de constituição de grandes metrópoles. Indicam que esse ÉoÍEDvurdedcin
Processo gera ao mesmo tempo disjunçoes espaciais como micro diferen- L'kfrndo as intGnçõcÍ
ças. Dizem eles, esse processo tende a se manifestar, seja no plano social sÜ+fl, rs6' vE[re 19
como em relação ao aparelho produtivo, sob a forma de patchworks desor-
{iü,lçela)mÚDEl
denados, desiguais e rígidos, desafiando as intenções e as instituições de ', Jqfué cirurnscrüe s
governança local.
' mrmo-,1)scoduind
Enfatizando a ambivalência da metropolização, facques Garnier (2005- fpmdeubanir4ir
4) ressalta que esse processo se constitui numa
-aE nnniftsfeçõcsdol
ÈÉof'mdeseiunrere
instancia de fluidez, líquidez, de reversibilidade; a metropolização é,
Ah{pmais'pm&zn
então, e ao mesmo tempo, de maneira dual, instância de segmentação,
bem como, rigidez e irreversibilidade. Processo visível poíque sua lo-
Ëmdcco{urmuÍtÚ
calizaçâo geográfica é circunscrita, é, ao mesmo tempo, pouco visível rdeçõcscrternr'- (IJ
devido a sua forma caótica. (GARNIER, 2005-4,p.367) Fnlizando es* ilcn'r
bç. ÍGcstruturafo oo
As pesquisas que temos desenvolvido, assentadas na tríade globaliza- cülrnrúsqrr afttanmdi
ção, reestruturação produtiva e metamorfose metropolitana, têm trazido c, an FinciÍo luger' e m
elementos para a discussão do processo de metropolização. Reafirmam as ar&odo mrmdo e' €m P{
diversas posições aqui apresentadas, que, como dissemos no início desse rrdcftndc a Pc{átr d
texto, são mais próximas do que distantes umas das outras. cfrrllunl d6 frtoÍcs qr
De maneira sintética podemos dizer que, em geral, o processo de metro- Éc, H[r Pqrco Prwál
(Pco
polização imprime características metropolitanas ao espaço, transforman- lhirrtendêncis
I

I
rrrRopoltzAÇÂo Do ESpAÇo Wfury 23

f.Or-*ro (irrupção, ainda Õ eecJtruturas pré-e4istentes, independentemente desses espaços serem

r'' r ú metrópoles. Isso significa dizer que o processo de metropolização


I* iDddir sobre espaços metropolitanos ou não, conforme apontou As-
a um novo ciclo fu, 1998. Além disso, esse processo engendra morfologias urbanas com
fU"cron"
I @rteÍísticas específicas, se constituindo num fenômeno multiforme e
I
mrdiório que, no caso das grandes cidades faz com que elas se cur-
Fdo de crise; nós entende_ Em a(F fenômenos de dilatação, aumento e diversificação das mobilida-
fontradições, de conflitos, dcs (PNçON, 2012). Acresce-se, ainda, que a metropolização se constitui
disso, é indispensável
FE-
ptnopolização só são com_ mm prìocesso proteiforme e relacionado aos fenômenos de reurbanizaçáo,
fÈ so.-iedade. Enfim, a me_ ndcnsificação e de gentrificação... e expressa, além do mais, um novo ci-
|f: depende de um tipo ò ubano (LEVY, 1997), caracterizado pela crise e marcado por contradi-
Fridade industriaÌ, a me_ fcs, conflitos e violência (BASSAND, 2001). No dizer de fean Paul Volle
pnós qualificamos, como (1996), a metropolização se constitui num dos principais elementos para a
2001, p. 33)
pcri<úização da modernidade. O processo de metropolizaçâo se constitui,
r*íim, numa determinação histórica dos dias atuais.
o processo de metro_
C-ontinuando essa síntese, podemos dizer que esse processo tende a se
les. Indicam que
esse rnanifestar como verdadeiros patchworks desordenados, desiguais e rígi-
como micro diferen_
dm' desafiando as intenções e as instituições de governança local (SCOTT;
seja no plano social
STOPPER, 1986, VEI:IZ, 1997) e se manifesta por meio de uma fluidez 1í-
de patchworks desor_
qpida, a qual, ao mesmo tempo em que salta à vista, porque sua localização
e as instituições de
gmgnífica é circunscrita, se oculta porque tem uma forma caótica (GAR-
Ì.{IER 2005-4) se constituindo num processo que se agrega,se soma, se junta
lF.Ou., Garnier (200s- ú processo de urbanização. Ou seja, a "metropolizaçâo não torna obsoletas
t es outras manifestações do fenômeno urbano (urbanização, sub e periurba-
I

nizaSe), mas ela se junta a essas." (BASSAND, JOYE, LERESCHE, 1995, p.1)
Itile " merropoii zação é, Âlém do mais "produz recomposições territoriais novas, tanto no plano
Einsis de segmentação,
p rìsír-el porque sua lo_ interno dos conjuntos urbanos que lhes dizem respeito, quanto relativos às
p tempo, pouco visivel suas relações externas." (LACOURI PUISSANT, 1998)
prp. tez) Finalizando esse item, vale lembrar Carlos de Mattos (2012) que assina-
i la que a reestruturação econômica "ocasionou um conjunto de mutações
fr na triade globaliza- estruturais que afetaram diversas dimensões da vida social, entre as quais...
|olit"na, têm trazido e, em primeiro lugar, a metamorfose urbana que afetou as principais ci-
fãção Reafirmam as dades do mundo e, em particular, as dos países latino-americanos". Esse
FDs no inicio ciesse autor defende a posição, da qual compartilhamos, de que "dado o caráter
fnas estrutural dos fatores que incidem de forma generalizada nessa metamor-
[opn*.rso de metro- fose, resulta pouco provável que enquanto os mesmos mantenham sua vi-
pqnço, rransrbrman- gência, as tendências que os caracterizampossam reverter ou desaparecer".
I

t
24 METRoPoLTzAÇÃo oo rsenço

Em outras palavras, o desencadeamento para a evoluçao de um urbano ge-


neralizado é umfato indissociavelmente associado às mudanças estruturais
pós-fordistas, isto é, à nova organizaçao e dinâmica capitalista re-escalada
num esPaço mundial de acumulaçao e, portanto, suA persistência pode con-
siderar-se como inexorável. (MATTOS, 2012, p.12, 13) (grifo nosso)

A metropolização para além da metrópole


-
O processo de metropolizaçâo, como bem observou Ascher, não se restrin- d
ge às áreas metropolitanas, E, além do mais, tem uma dimensão cultural. 3l
Ou seja, ele vem acompanhado de uma alteração profunda da cultura mer- d

cantil, a qual atinge todas as esferas da vida e incide sobrç espaços de toda
ordem. Daí, é certo afrrmar que os hábitos culturais e os valores urbanos
próprios da metrópole se difundem para além dela. Nas pequenas e médias
cidades, por exemplo, podemos encontrar hábitos culturais e valores que
antes eram próprios e exclusivos daqueles que viviam nas metrópoles. Por
exemplo, podemos encontrar nela, a figura do metrossexual, figura essa que
foi concebida como sendo exclusivamente de um habitante da metrópole.
Foi o britânico Mark Simpson que juntando a palavra metro, de metró-
pole, e sexual, para referir a heterossexual, cunhou esse termo para qualifi-
car o homem heterossexual que tem um modo de vida metropolitano e que
encontra na metrópole os serviços voltados para o cultivo de sua aparência.
O metrossexual se constitui, portanto, num modo de ser e diz respeito a ff
um habitante da metrópole. No entanto, o metrossexual inicialmente con- I
cebido como um habitante da metrópole, não se circunscreve a ela. Essa
figura se relaciona não à metrópole, mas ao processo de metropolizaçâo
itê-
do espaço. Por isso é que o metrossexual pode ser encontrado em diversas
cidades, não importando se essas sejam metrópoles ou não.
O processo de metropolízaçáo, tanto quanto o de globalização e o de
reestruturação, desenvolve-se em diversas escalas territoriais, mas prefe-
rencialmente incide e contribui para a conformação da metrópole difusa,
da metrópole dispersa. Dizendo de uma outra maneira, guardam relação ú
com a constituição dos grandes aglomerados metropolitanos, por exemplo, q
com a metapolis, com a macro-metrópole ou com a cidade-região. ol
Ò,
Cabe chamar atenção para outro aspecto. Essa nova dimensão da reali-
dade onde se entrecrvzam globalização, reestruturação e metropolização, n
MErR0PoLtzAÇÃo D0 ESPAÇ0 il"çrn 25

a evolução de um urbano ge_


PÍofimdamente os espaços rurais, em especial os mais próxi-
o às mudanças estruturais ctFToc metropolizados, independentement e de fazerem parte de
Jfuramica capitalista re- escalada O que vale mais é arelaçáo com a globalizaçao e a reestru-
o, sua persistência pode con_ q ÍlrÍ86! a vinculação a um espaço metropolitano.
p.12, 13) (grifo nosso) ff çc podo, então, os espaços rurais estão sujeitos ao processo de
d Sobretudo, quando a distinção entre o rural e o urbano
poc tão clara como no passado?
Ë hpimiro hg"r, é quase consensual que, hoje em dia, o mundo rural
"üüdo urbeno não têm mais aquela dicotomia de antes. A intensifica-
'ou Ascher, não se restrin- "Êar cTiÌrlizaçâo do campo e a grande diversidade das atividades que
tem uma dimensão cultural. r krohrcm no campo - não mais restritas ao cultivo ou à criação
ão profunda da cultura mer_ fr dnlai<, como o desenvolvimento do turismo rural - acrescidas da
e incide sobre espaços de toda *Ëo nos transportes e nas comunicações aproximaram esses dois
cuhurais e os valores urbanos dc Acrescenta-se a essa descrição, o fato de haver uma forte difusão
dela. Nas pequenas e médias p ndo o espaço da cultura urbana, dos valores urbanos, das normas e
lábitos culturais e valores que Égõcs sociais dominantes na cidade.
l-iviam nas metrópoles. por Esrs mudanças significam, então, que o espaço rural é um espaço re-
metrossexual, figura essa que it'l? Essas mudanças exprimem a ideia de que quando se fala em me-
um habitante da metrópole. h;ldizaçao do espaço se descartao pensar sobre os espaços rurais? Des-
a palavra metro, de metró_ cbee o pensamento sobre os espaços rurais incrustrados nos mosaicos
u esse termo para qualifi_ prycos da urba nização contemporânea?
de vida metropolitano e que tcspondemos a essas questões de forma negativa. Em primeiro lugar,
o cultivo de sua aparência.
tlrpe a cidade e o campo não são mais termos antagônicos como no pas-
modo de ser e diz respeito a ú- São, sim, dicotômicos. Cada termo se coloca oposto ao outro, mas
ossexual inicialmente con_ É mais contrários, contrapostos ou conflitantes como no passado.
s€ crrcunscreve a ela. Essa Thmbem, jâ é consenso que não se sustenta mais o entendimento de
lxocesso de metro polização (1uÊadistinção entre o rural e o urbano se baseie unicamente num critério
s€r encontrado em diversas pqolacional, segundo o lugar de moradia das pessoas. A compreensão do
ou nao. çe yìem a ser o rural e o urbano cada vez mais exige a compreensão de dois
o de globalizaçao e o de ffios processos: o de urbanização do campo e o de periurbanização. Na
territoriais, mas prefe- rc0exao sobre metropolizaçâo do espaço é importante levar em considera-
;ão da metrópole difusa, ção esses dois processos mencionados, em especial, o de periurbanização.
maneira, guardam relação A discussão sobre periurbanização é importante, tanto quanto a de
litanos, por exemplo, urbanização do campo, mas não cabe no escopo desse trabalho. Vamos
a cidade-região. rpenas anunciar o sentido pelo qual são, aqui, percebidos. Entende-se
nova dimensão da reali- por urbanizaçâo do campo um conjunto de aspectos da transformaçao
ração e metrop olização, do campo sob influência da cidade, independentemente da distância fí-
26
METRopoltzAÇÃo oo rsenço

sica entre campo e cidade. Dentre esses aspectos destaca-se


a difusão de
valores qualificados como urbanos. Nesse processo,
mais do que assimi-
larem valores urbanos, os habitantes do campo integram-se
redimensionam, mesmo de forma simbólica, os valores
a eles porque Ë
culturais urbanos CT
e requalificam sua vida cotidiana.
Quanto à periurb anização, o sentido El
que queremos dar é o de transformação dos espaços rurais _
mesmo que lr
descontínuos que tem proximidade com as cidades.
-
Isso significa que a dicotomia entre o rural e o urbano
integração do que uma separação, apresentando-se .o-pi.-entar
expressa mais uma tu
e, dife- ol
rentemente do passado, nada antagônica. Essa perspectiva
mentar, de outra maneira, a afirmação de que o processo
permite funda- burr
de metro polização
do espaço não se restringe a espaços metropolitanos, se constituindo
processo que pode alcançar cidades de diferentes portès
num çÊ
e, também, algumas Õc
áreas rurais' em geral mescladas com o urbano e que
expressam hábitoscul-
turais e valores urbanos até então exclusivos da metrópole.
O que se quer chamar atenção é parao fato de que as características
md
ba- cbcelü
silares do processo de metropol ização se adensam e
alcançam grau expres- 1}1fu--r-g
sivo nas metrópoles que estão profundamente se metamorfoseando,
como itEròr
a cidade de São Paulo, como, também, de tantas outras
metrópoles como
Rio de faneiro, Curitiba, Porto Alegre, Belo Hor izonte,Recife,
1núEof
Fortaleza... CorrìüGn
Essas metrópoles exprimem com nitidez que o processo
de metro polização dec
produz um grande aglomerado metropolitano difuso, desconcentrado ch3hl
e
disperso, onde os mosaicos de espaços metropolizados
se confundem com irs td
os espaços não metropolizados. E, na medida em que
se vai distanciando Grc-'(LEFI
do núcleo metropolitano os espaços não metropolizados
vão se impondo,
paulatinamente, aos metropolizados. Mas, é em são paulo
que se expres-
sam de forma mais completa as mudanças, uma vez que
a tiíade, glúali-
zação, reestruturação e metropolização alcança, aí, maior realização. são
Paulo apresenta nitidamente, por exemplo, os fenômenos ..dilatação ÍúÍc
de e es trr
de hipermobilidade [que] não são, necessariamente,
incompatíveis com os eçrrÉr fi,
fenômenos de reurbani zação e de redensificação" (pINÇoN ünlirrlrt?icrc,r
,
z0!1, p. 40),
expressa um novo "ciclo" urbano, (LEVY, lgg7, p. 2) e depende de uma frÉoccÍmoGr
sociedade informacional (BASSAND, 2001, p. 3g) etc.
A dinâmica do processo de metropolizaçaovai envolvendo áreas
tlD-.rÍq c dirf
dificando o mercado de terras, que passa, assim, por uma
e mo- IÈ16abryrl
maior ,.valo_ +j& inbo, amb.s
rizaçã,o", ou seja, por um aumento de seu preço.
Em outros termos, há Htq,macfifo1a
uma elevação geral do preço da terra, pois a propriedade
privada da terra l&Òm hdo es=srÍ
METR0P0LtzAçÃo oo rsenço
27

destaca-se a difusão de condição indispensável à produção imobiliária formal,


mais do que assimi- arL*ivemente) mercantiliza o espaço. Em geral, as terras
mais
integram-se a eles porque É+o metropolitano tendem a ter um preço de mercado menor.
valores culturais urbanos etido e essa dinâmica dos preços, novas áreas passam a ser con-
urbanização, o sentido incorporadas à lógica do mercado de terras da metrópole,
rurals mesmo que
- Ë-rbPera a indefinição dos limites do aglomerado metropolitano.
S. ., &.dcnsirtade urbana apresenta-se menor, a propriedade dos terre-
urbano expressa mais uma dimensões maiores. Trata-se, muitas vezes, de terrenos in-
se complementar e, dife- rbÍ* nrrais ou terrenos sem uso e vazios que apresentam preços mais
tiva permite funda- fficEss€sterrenosseconstituememmercadoriae'comoqualquer
de metropolização r-=he' constituem estoques antes da sua realização. Em especial, são
se constituindo num cr trcoÍr que fazem crescer o estoque de terras do setor imobiliário.
e, também, algumas b Ercnos são os privilegiados para a çonstrução de unidades habita_
expressam hábitos cul- ü horizontais, sejam voltadas para alta renda ou para extratos popu-
ipole. h$Ë$E o Preço da terra é relativamente menor do que de outras áreas,
que as características ba- c crycial os localizados nas áreas com melhores equipamentos urbanos
e alcançam grau expres- cÉ h distantes do centro do aglomerado metropolitano.
metamorfoseando, como Afinâmica do mercado de terras alcançado pelo processo de metropo-
outras metrópoles como hrÉo Permite compreender porque se desenvolve um padrão territorial
te, Recife , Fortaleza... ÜTGITÍL Como bem asseverou Lefebvre (1978), a "cidade se estende des-
so de metropolizaçáo nsnedemente; ela explode... As extensões urbanas (subúrbios, periferias
dilh.rso, desconcentrado e promas ou longínquas) são submetidas à propriedade da terra, às suas
hodor se confundem com qr*cqpencias: renda fundiária, especulação, rarefação espontânea
ou
F q,r. se vai distanciando euocaaa etc." (LEFEBVRE, lg76,p. l7S)
tolizados vão se impondo,
So Paulo que se expres-
1,,

l. *r que a tríade: globali- I rtropolização vista a partir da melrópole


f ú maior realização. São
olhar sobre as transformações internas da metrópole ressalta, quase
Fmenos de "dilatação e
[-nm

FB incompatíveis com os ÍtmPre' a questão da centralidade. Muitas vezes a metrópole é percebida


f- trtxçoN, 2oll, p. 4o), aÍtÍno multicêntrica e, outras, como policêntrica. Termos esses, usad.os sem
I p- zl e depende de uma distinçao e com o mesmo sentido, o de conter várias centralidades.
Fo.- No entanto, se distinguirmos a multicentralidade da policentralidade
fÉgvolvendo áreas e mo- poderemos alcançar um nível de compreensão mais apurado. Examine-
lr* p"r uma maior "valo- Eo6' de início, ambas as palavras, que igualmente contém a palavra cen-
F E* outros termos, há tralidade, mas diferentemente, são formadas pelos anteposto s multi e poli.
fridade privada da rerra 5e de um lado esses antepostos tem o mesmo sentido na linguagem (o sig-
t

t
n
METRopoLtzAçÃo Do EspAço

nificado de vários e de numerosos),


são distintos no âmbito da política.
essa diferença encontrada E
no campo da política pode ser
urhna. útil na análise ET
Em porítica, o vocáburo pori tem
o sentido de direção. portanto,
E
tinguir murticentraridade e poricentralidade dis_ C'
pode anunciar, em si, carac_
terísticas diferentes' Embora
a palavra multicentraridade,
como a paravra -cfú
policentralidade indiquem vários
centraridades npü
de uma centralidade - ou, pero ao menos, mais
ao pinçarmos o sentido de direção
tepostopolipoderemos- capturar contido no an-
1iJ3rrrrleis 1
um elemento de distinção das
metrópoles,
ou mesmo das cidades. r ciLdc g
São paulo e Buenos Aires, por
exempro, são metrópores com &&Gúuú.E
várias cen_
tralidades. No entanto, a primeira é poricêntrica,
uma vez que mais de uma
dirôade,
centralidade desempenha as funções iliD
de direçã o.Iá,Buenos Aires se
titui como uma metrópole multicêntrica, cons_
com vários centros. Isso porque bmartird
o centro de comando e direção das pam. Em 6a
atividades econômicas, da gestão
do
capital, está circunscrito a uma
só áreaa. *pcttnc
Resumindo, são pauro e Buenos Õrtt,mocÍ
Aires são metrópoles que vem passan_
do por profundas mudanÇâs, mas
enquanto são pauro se
como constitui Orçundopr
uma metrópole policêntrica, Buenos
foi são
Aires é multicêntrica, tanto quanto unfurttrc*s
Paulo até os idos dos anos sessenta
do sécuro passado, quando, en_ , meo arti
tão' a Avenida Paulista se constitui
como mais uma centralidade com eo finrrrpirO g
função de gestão do capitar. com a
mais precisão, podemos dizerque dG cada nrn ddq
bas são metrópoles desconcentradas, am_
metrópoles difusâs, fiìâs diferem de mctropol
que diz respeito à questão da centralidade. no
metrópole difusa multicêntrica,
Énquanto Buenos Aires é uma FFdGra es poef,
são pauro ,. .orrrtitui numa metrópole pda üú
difusa policêntrica.
;- fuir o 'irrntiliário,
Sejam metrópoles multicêntricas
ou policêntricas, as áreas mais
rizadas tendem a ser áreas não tão valo_
longínquas. E, se tiverem a capacidade
-Ener mtmlpnlrt
de abrigar maior número de unidad.rlorrìtruídas
r{rrlte aceffi1çf
são as que podem ren_ inüÉstries- (LEF.
der bom negócio' São elas as eleitas
pa.ra construção de edifícios suntuo- Gmdo' etscentrrl r
'-hEpa$ccimrti
a
Terral e shearmur (2008) fazemdistinção.
,lllÈrr-r 15 npcanirtr
entre multipolarização e policentrismo.
tendem que a multipolarização diz
respeito às funções dà comando
En- çpmdedoo do capitdlr
à policentralidade corresponderia em múltiplos polos e
à constituições de várias centralidades,
&rÌ,or|.crnrctvirncnrto in
do sentido de transferêncà das independente
oposta ao que se está sugerindo,
funções de comando p"ru *r.s
centros. posição, portanto, hlirctczas do mcrca
uma vez que a distiniao qu" se
sentido político do anteposto poli. está propondo se funda no
Fbr'bíiáÍbs; enfim, da
cecfficia do6 dercdc
MFrROPOLtzAÇÃo D0 ESPAçO 29

no âmbito da política. E dc escritórios, fazendo multiplicar as centralidades da


pode ser útil na análise [ïFiçrc reside o maior segredo de tantas centralidades. Elas
muito menos pelas necessidades da cidade desempenhar
de direção. Portanto, dis- & mcio e de serviços, e, muito mais, devido às necessida-
anunciar, em si, carac- do capital do setor imobiliário. Em suma, a multicen-
idade, como a palavra Ë é .'m produto das funções urbanas, mas dos investimentos
ou, pelo ao menos, mais
-
de direção contido no an-
Eis centrais se adensam, fazendo o céu se pontuar de torres
distinção das metrópoles,
ii a cidade sobre si mesma por meio da gentrificação e da
dÊ áÍeas urbanas. Esse movimento de adensamento e de reno-
metrópoles com várias cen-
aliado ao de espraiamento da metrópole, se desenvolve àluz
uma vez que mais de uma
Òrndeçuento íntimo entre o setor imobiliário e o financeiro. Dizer
fá, Buenos Aires se cons-
vários centros. Isso porque Çr çe há uma articulação entre o .setor imobiliário e o financeiro é
conômicas, da gestão do
& nib pouco. Em geral, quando se diz articulação se constrói dois
treinterpretativos.oprimeiro'équeessareferidaarticulaçãopa-
que vem Passan-
Erir& nada, como se fosse uma dádiva, por exemplo, uma benção da
Paulo se constitui como íüf,tTão- O segundo problema é o de que o termo articulação significa
icêntrica, tanto quanto ç crde um dos referentes, no caso o imobiliário e o financeiro, mantêm-
passado, quando, en- r ilçendentes, mas articulados. Melhor dizer, melhor precisar que o
uma centralidade com a inl;liirio e o financeiro se integram, jáque na ideia de integração a inde-
podemos dizer que am- recia de cada um deles se dilui.
difusas, mas diferem no Opnocesso de metropolização exprime uma fase do capital e uma face
to Buenos Aires é uma tq porque eleva as possibilidades de valorização do espaço-mercadoria,
onstitui numa metrópole Lrnmentalizado pela valorização imobiliária.lâ, em 1968, Lefebvre di-
rie çe iria o 'imobiliário, doravante mobilizado (construções, especula-
s, as áreas mais valo- çõcs), se tornar central para o capitalismo, como uma nova indústria, rÌÌ€-
F- se tirerem a capacidade m submetida aos entraves, saturações e dificuldades diversas que freiam
são as que podem ren- es antigas indústrias." (LEFEBVRE, 196811972, p.233)
de edifícios suntuo- C-ontudo, acrescentava que essa tendência não encontraria um cami-
nho liwe porque os investimentos de capitais nesse ramo tendem a des-
regulamentar os mecanismos reguladores mais ou menos espontâneos
e policentrismo. En- on controlados do capitalismo (LEFEBVRE, 196811972, p.233). Por assim
mando em múltiplos polos e dizr:r, o desenvolvimento imobiliário encontraria um caminho pedregoso,
tccntral
idades, inàependente
centros. Posição, portanto,
frce às incertezas do mercado, da economia, das apostas futuras nos pre-
r está propondo se funda no ços imobiliários; enfim, dada a sua relação com as crises do capitalismo,
com a solvência dos devedores e com a desvalorização.
30 METR0PoLTZAÇÃo D0 ESPAÇo

Considerações Íinais

Consideramos que a metropolizaçâo é ao mesmo tempo um processo que


acentua a homogeneização do espaço, intensifica sua fragmentação e altera
a hierarquizaçao entre os lugares. Essa afirmação se funda em colocação
de Henri Lefebvre (1930). Ele formula essa ideia no seu livro, intitulado
Une Pensée Devenue Monde. Fault-il abandonner Marx? Nesse livro, Lefe-
bvre discute o trabalho social mostrando que, no capitalismo, o trabalho
apresenta as seguintes características: ele é homogêneo, fragmentado e hie-
rarquizado. A partir daí Lefebvre deriva, ou seja, faz decorrer os termos
basilares constitutivos do espaço capitalista. Como o trabalho, o espaço
também se apresenta homogêneo, fragmentado e hierarquizados.
Que o espaço é homogêneo, não há nenhuma dúvida, uma vez que salta
à vista a mesmice paisagística. E que com a metropolízaçáo houve um acir-
ramento da mesmice também é indiscutível. Importante é chamar a atenção
para a ideia de fragmentação, para a ideia de fragmentação do espaço. Com
a metropolízação essa fragmentação se intensifica tornando claro que é na
fragmentação que reside a percepção de que o espaço parece se constituir de
mosaicos justapostos e, ao mesmo tempo disjuntos, conformando territórios
socialmente segregados. Esses territórios revelam com nitidez as diversas
temporalidades: a dos condomínios privados, a das favelas, a das pequenas
cidades, a dos centros de negócios, por exemplo. Expressam temporalida-
des que se dão no presente, mas que têm ritmos e sentidos muito diferentes;
umas lembram mais o passado, outras anunciam o devir.
A metropolizaçao também se traduz numa redefinição na hierarquia
dos lugares6. As transformações que incidem sobre a hierarquia herdada,
as que se impõem sobre ela, a modifica. Redefine-se, assim, a hierarquia
entre os lugares e, consequentemente, se reconstrói a rede urbana. Não se

s
Uma observação é digna de nota. Quando Lefebvre fala em espaço, ele está falando em
espaço social. Ele não fala, e nunca usou o termo'espaço geográfico'. Muitas vezes, após
a palavra espaço, ele escreve a palavra social entre parênteses, reafirmando que sua re-
ferência é o espaço na condição de espaço social. Para ele, como para muitos não geógrafos
como ele, o sentido de espaço geográfico é o de primeira natureza.
6
Falando de forma concordante com os dois termos referidos, diríamos hierarquia dos
espaços. Essa forma de expressão não foi privilegiada na redação porque levaria a usar a
palavra espaço no plural, mas preferimos substituí-la pela palavra'lugares'para manter o
uso da palavra'espaço'no singular, com o sentido geral.
MFIR0POLtzAçÃ0 D0 ESPAço
31

t msilerar que na ideia de hierarquia está posta a ideia de


'tn" a de subordinação. Nesse sentido, os espaços hierar-
Gmpo um processo que {Fdo passado, quer do presente, revelam a espacializaçao da
fragmentação altera
e de polÍtica.
se funda em colocação o processo de metropolização acentua a homogeneizaçâo
no seu livro, intitulado iransifica sua fragmentação e altera a hierarquiza entre os lu-
Harx? Nesse livro, Lefe- .lh dfuso, se faz acompanhar ou induz ao desenvolvimento de
capitalismo, o trabalho tais como as redes de circulação, a provisão de serviços
fragmentado e hie- a rodes informacionais e comunicacionais, etc.
Ëz decorrer os termos hdo nessas redes é importante lembrar que elas, dentre outros ele-
o trabalho, o espaço c espectos que se pode dizer a seu respeito, é que elas buscam ga-
rquizado5. Ífu e mtinuidade na descontinuidade; a unidade na fragmentação e
, uma vez que salta rhÍnio, na hierarquia. Se é importanfe mantermos na análise da me-
lzação houve um acir- h;ldúzaçao do espaço a tradição na referência à distância e densidade
teéchamaraatenção e hgares, não podemos nos furtar, por contingência do presente, em
ão do espaço. Com rorpomr a dimensão das redes imateriais, que devem ser analisadas com
claro que é na rrrrs referências, como a fluidez dos fluxos, a densidade e o alcance des-
parece se constituir de s" ltíesse sentido, esse presente cada vez mais imaterial e virtual nos faz
mando territórios n:rguthar numa outra lógica: a lógica topológica, a da estruturação das
om nitidez as diversas ÍGdes imateriais, que é diferente da lógica do terreno, da lógica topográ-
Êl'elas, a das pequenas fiça tao tradicional ao conhecimento geográfico. É claro que isso nos traz
furessam temporalida- um grande desafio, pois não há, ainda, indicadores sistematizados para
idos muito diferentes; d.imensionarmos a densidade virtual dos lugares.
Outro aspecto importante de ser mencionado é que as infraestruturas
nição na hierarquia eram, em grande parte, providas na quase totalidade pelo Estado, por meio
a hierarquia herdada, dos fundos públicos. Essas infraestruturas embora pudessem ser, também,
assim, a hierarquia fonte de negócios para o capital, não eram produzidas segundo o imperati-
a rede urbana. Não se vo único da racionalidade capitalista e condicionadas aos interesses exclu-
sivos da reprodução do capital. Hoje em dia, no entanto, conhecemos uma
significativa mudança. A produção dessas infraestruturas se colocam cada
cqnco,'ele está falando em
vez mais como negócios do capital, uma vez que o Estado vem refluindo
lico'. Muitas vezes, após
realirmando que sua re- na sua competência de prover tais infraestruturas ou de dirigir o processo
Fra muitos nao geógrafos de seu desenvolvimento. Consequentemente, o que se vê é que o processo
de metropolizaçáo sefazacompanhar pelo crescimento da participação da
diriamos hierarquia dos
porque levaria a usar a iniciativa privada na provisão dessas infraestruturas.
'lugares'para manter o O fazer urbano, no tocante ao provimento das infraestruturas urbanas
se privatizaprogtessivamente e o sentido da cidade como um todo se torna
32
METRopoLtzAÇÃo Do ESpAÇo

mais impossível, pois as intervenções


públicas vão acompanhando e
dirigindo a eleição dos lugares e tipos menos
de investimentos. A cidade
é cadavez
menos pensada como um todo.
rsso traz um grande desafio quando
tão é de se pensar as políticas públicas a ques_
de inteivenção no espaço. políticas
sas que possam criar possibilidades es-
de intervenções efetivas que caminhem
na direção oposta da qual temos
visto, na direção do direito à cidade.
A discussão sobre metropor ização do
espaço imprica na consideração
do espaço como política. Nesse sentido,
traz paraa cena a prática política
do fazet urbano e a utopia do direito
à cidade. projetar .rr. f.r,,.rro
mais do que anunciar uma carta requer
de princípios. É necessário mais.
Essa
talvez seja a maior dificuldade, a
ae nao ..i, ,ro fosso da lamentação
da carta de princípios' É necessário e
pensar o possível conjunturalmente.
Sobrevivendo a esse mergulho, nesse
fosso de ramentações . d. prirrcípios
difíceis de corocarem de imediato
na prática política , tarvezpossamos
encontrar soruções ou encaminhamentos
paraum futuro em construção.
Mesmo que essas soluções não sejam
as ideais, ao menos devemos
forçar paraque possam contribuir nos es_
para demolir as falácias e as
mazelas da
produção capitalista do espaço
nos dias atuais.

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t
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