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IP – PED
Disciplina: Psicologia Escolar
Aluno: Eduardo R. C. S. Silva
Data: 01/04/2015
sociedade contemporânea. Nesse apanhado é traçada uma rota dessa instituição da idade média até
Desse panorama, a primeira coisa que me saltou aos olhos foi o trio mestre-conhecimento-
aluno. Nessa articulação, em todos os momentos, o aluno sempre é tratado como uma folha em
branco; a obra que será escrita para Deus (na Idade Média), a obra que será preparada para o
capitalismo industrial e, posteriormente, a obra que será elaborada para preencher um espaço
Dentro desse mesmo flashback histórico, o status da escola também me chamou a atenção.
Na Idade Média, ela era extensão da própria Igreja. Isso deixava claro a inquestionabilidade de seus
ensinamentos – filha íntima da religião católica (no sentido institucional), ela era, a priori, um
industrial europeia, a escola assume um papel mais pragmático; passa a “preparar” as classes
Nesse ponto, acho extremamente pertinente fazer algumas observações. No período feudal,
essa instituição não possui bases “terrenas”, digamos assim. O seu trabalho possuía um objetivo
quase transcendental. As pessoas não aprendiam latim porque isso melhoraria suas condições
materiais – até porque pertencer à nobreza já era pré-requisito para estudar. Sucintamente, o estudo
burguesia, do comércio e da indústria, a escola foi adaptada (nesse momento histórico, foi visível a
perda de unidade e de força ideológica da Igreja. Deus, de certa forma, deixou de ser tão
importante). Associado a isso, o ensino formal foi reinventado: se tornou uma estrutura chave do
capitalismo nascente. Era essencial preparar mão de obra e “mentes” mais qualificadas que, como
incrivelmente no/como meio científico. Na verdade, direta e indiretamente, ele tornou a esse campo
(promissor e “produtivo” tal como nós o conhecemos) possível e desejável. Portanto, a escola,
como engrenagem essencial e quase que berço de processos sociais complexos, se aperfeiçoou em
gerar o “substrato” humano para essas formas de conhecimento e produção em franca expansão.
Um detalhe interessante sobre esses saberes é a profunda segmentação /especialização que sofreram
redes) e etc. e durante esse processo de profundo “aperfeiçoamento”, ela gera “subprodutos” (não
menos desejados): uma gigantesca parcela da população que não é adaptada e que simplesmente
será expulsa dessa máquina durante suas várias fases de funcionamento. Essa massa de fracassados
– apenas no contexto escolar formal, pois como elementos da estrutura social são altamente
funcionais – é aproveitada especificamente dentro das atividades mais indesejáveis. Aquelas que
não possuem caráter científico, aquelas que são mal remuneradas e que são de “baixo nível”. Dessa
maneira, a escola também assume um caráter “seletivo”. Coloquei aspas nesse termo pois, na minha
concepção, ele é oposto a outra característica dessa mesma escola: seu papel de simples
legitimadora das desigualdades sócias. De certa maneira, ela é uma extensão dos grandes e
massa? Acredito que a ligação esteja na artificialidade e desconexão dessa metodologia com a
realidade subjetiva dos sujeitos. Atualmente, é normal a escola ensinar as disciplinas separadamente
e sem contextualização. Para o aluno, essa exposição – que faz dele um objeto passivo, uma folha a
ser preenchida – nada tem a ver com o seu mundo. E de fato, a grande preocupação das instituições
de ensino é formar números para preencher quadros; não há nenhum interesse me explorar as
verdadeiras potencialidades dos indivíduos. O importante é qualificar (em última instancia, adaptar)
ilustração dos sólidos geométricos distintos entre si diante dos encaixes circulares regulares é
exemplar.
Apesar de concordar com o livro em vários aspectos, houve ao menos um em que divergi.
aprendizagem e não o contrário. No contexto em que o livro foi escrito – na Suíça, lar teórico de
Piaget – ela é admissível. No entanto, não acredito que a aprendizagem simplesmente acompanhe o
aprendizagem de fato, ou seja, que possui mediadores mas que é regida pelo aluno – que puxa o
Referências Bibliográficas
Harper, B., Ceccon, C., Oliveira, M. D., & Oliveira, R. D. (1987). Cuidado, Escola! Editora
Brasilience.
Vygotsky, L. S. (1999). Formação Social da Mente. São Paulo: Martins Fontes